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SUMÁRIO

UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................ 2

UNIDADE 2 – SISTEMA DE PROTEÇÃO ............................................................. 4

2.1 SITUAÇÕES DE OPERAÇÃO DE UM SISTEMA ........................................................ 4


2.2 A IMPORTÂNCIA DE UM PROJETO BEM ELABORADO .............................................. 5
2.3 PROTEÇÃO DE SISTEMAS DE BAIXA TENSÃO E MOTORES ELÉTRICOS ..................... 6
2.3.1 Proteção contra corrente de sobrecarga: ............................................... 6
2.3.2 Proteção contra as correntes de curto-circuito ....................................... 7
2.3.3 Proteção de motores .............................................................................. 8
2.4 DIMENSIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO ...................................... 11
2.5 FUSÍVEIS, DISJUNTORES E RELÉS .................................................................... 15
2.6 PROTEÇÃO DE SISTEMAS PRIMÁRIOS ............................................................... 24

UNIDADE 3 – SISTEMAS DE ATERRAMENTO ................................................. 27

3.1 NOÇÕES BÁSICAS SOBRE PROTEÇÃO DO SISTEMA ............................................ 27


3.2 SISTEMA DE ATERRAMENTO ............................................................................ 31
3.3 PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ............................................. 36
3.4 PROTEÇÃO CONTRA RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO ..................................... 47

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 50
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO

Proteção é uma ação, uma atitude, algo muito complexo, principalmente


porque geralmente ela é percebida somente quando já estamos em situação de
perigo!
Estatisticamente, os números podem parecer baixos, mas algo em torno
de 1000 vidas são perdidas anualmente no Brasil em decorrência de acidentes
originados de sistemas que envolvem eletricidade. Não é pouco!

A Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da


Eletricidade (Abracopel), entidade que trabalha desde 2005 em prol da
mudança de cultura da população brasileira com a segurança elétrica,
divulgou a consolidação dos dados de acidentes com eletricidade
ocorridos em 2013. O número foi de 592 mortes, portanto, uma média de
dois óbitos por dia. A quantidade de choques elétricos que não
resultaram em morte, mas que deixaram sequelas foi de 173. Então, o
total de acidentes envolvendo choque elétrico foi de 765 ocorrências. Os
incidentes com curto-circuito foi de 234, sendo que 200 evoluíram para
incêndios de diferentes proporções. Desse modo, há o total de 1038
acidentes com eletricidade (Jornal da Instalação, 10.03.2014, disponível
em:
http://www.jornaldainstalacao.com.br/index.php?id_secao=1&noticia=119
99)

De maneira bem simplificada, mas coerente e pontual, os sistemas de


proteção elétrica têm dois objetivos fundamentais:
evitar falhas num sistema elétrico, que pode levar a curto-circuito, por
conseguinte, danificar equipamentos, materiais do sistema; e,
promover o rápido restabelecimento de energia, evitando danos aos
consumidores e proporcionando uma qualidade no fornecimento da energia
aos usuários quando se tratar de geração e distribuição desta.
Para que os sistemas funcionem a contento, um dos fatores está em
seguir as normas estabelecidas por órgãos competentes como, por exemplo, as
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Dentro deste contexto, no item instalações elétricas, temos como exemplo
a ABNT NBR 14039 – Instalações Elétricas de Média Tensão, a ABNT NBR 5410
– Instalações Elétricas de Baixa Tensão e a NR 10 – Regulamentação de
Serviços com Eletricidade. Estes são exemplos de algumas normas e
regulamentos que definem as regras mínimas de segurança e qualidade.
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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Disso podemos inferir dois princípios básicos:


- primeiro ter parâmetros para se basear quando for executar um serviço;
- segundo ser consciente da importância de seguir as regras de
segurança.
Pois bem, sistemas de proteção e aterramento são os temas deste
módulo voltado para instalações industriais.
Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha
como premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia,
fugiremos um pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os
temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos
científicos. Em segundo lugar, deixamos claro que este módulo é uma compilação
das ideias de vários autores, incluindo aqueles que consideramos clássicos, não
se tratando, portanto, de uma redação original e tendo em vista o caráter didático
da obra, não serão expressas opiniões pessoais.
Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se
outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo
modo, podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo
dos estudos.

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UNIDADE 2 – SISTEMA DE PROTEÇÃO


2.1 Situações de operação de um sistema
Segundo Cotosck (2007), na análise de proteção dos sistemas elétricos,
torna-se necessária a distinção entre as seguintes situações de operação do
sistema:
a) Situação normal de funcionamento.
b) Situação anormal de funcionamento, como por exemplo, perda de
sincronismo.
c) Situações de curto-circuito.
Como operação normal pode ser entendida a ausência de falhas nos
equipamentos de operação e falhas aleatórias.
No caso de situação anormal, são situações que podem provocar
distúrbios na rede elétrica, tais como oscilações de tensão, sem, contudo,
apresentar elevações de corrente elétrica em termos de curto-circuito.
As situações de curto-circuito são mais críticas, podendo danificar
severamente o sistema de geração, transmissão ou distribuição de energia
elétrica.
A proteção dos sistemas elétricos deve proporcionar, além da interrupção
da eletricidade, com o objetivo de proteger linhas, barras e equipamentos, a
possibilidade de monitorar dados com o intuito de se estudar posteriormente as
causas das “falhas” ocorridas.
Alguns dos aspectos que devem ser levados em consideração quando do
estudo de implementação da proteção elétricas seriam:
a) Econômico: hoje, por exemplo, novos sistemas de proteção são
implementados, utilizando-se relés microprocessados, porém, devidos a fatores
econômicos, os equipamentos eletromecânicos e estáticos que estão em
funcionamento são mantidos.
b) Propagação do defeito: evitar que o defeito possa atingir outros
equipamentos da rede, causando danos a esses ou interferindo na operação
normal do sistema.
c) Tempo de inoperância: minimizar o tempo da não disponibilidade do
fornecimento de energia.
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2.2 A importância de um projeto bem elaborado


Um esquema completo de proteção para uma instalação elétrica industrial
envolve várias etapas, desde o estabelecimento de uma estratégia de proteção,
selecionando os respectivos dispositivos de atuação, até a determinação dos
valores adequados para a calibração destes dispositivos. Ser seletivo, exato,
seguro e sensível são requisitos básicos para que a proteção seja atingida em
sua plenitude:
seletividade quer dizer a capacidade que possui o sistema de proteção de
selecionar a parte danificada da rede e retirá-la de serviço sem afetar os
circuitos sãos;
exatidão e segurança garantem ao sistema uma alta confiabilidade
operativa;
sensibilidade representa a faixa de operação e não operação do dispositivo
de proteção.
Outro ponto a considerar é que o projeto deve ser feito globalmente, e
não setorialmente, uma vez que, por setores, implica uma descoordenação do
sistema de proteção, trazendo, como consequência, interrupções desnecessárias
de setores de produção, cuja rede nada depende da parte afetada do sistema.
Basicamente, um projeto de proteção é feito com três dispositivos:
fusíveis, disjuntores e relés. E para que os mesmos sejam selecionados
adequadamente, é necessário se proceder à determinação das correntes de
curto-circuito nos vários pontos do sistema elétrico. Os dispositivos de proteção
contra correntes de curto-circuito devem ser sensibilizados pelo valor mínimo
dessa corrente.
A proteção é considerada ideal quando reproduz a imagem fiel das
condições do circuito para o qual foi projetada, isto é, atua dentro das limitações
de corrente, tensão, frequência e tempo para as quais foram dimensionados os
equipamentos e materiais da instalação (MAMEDE FILHO, 2012).
A capacidade de um determinado circuito ou equipamento deve ficar
limitada ao valor de seu dispositivo de proteção, mesmo que isso represente a
subutilização da capacidade dos condutores ou da potência nominal do
equipamento.

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Os dispositivos de proteção devem ser localizados e ligados


adequadamente aos circuitos, segundo regras gerais estabelecidas por normas.

2.3 Proteção de sistemas de baixa tensão e motores elétricos


Os condutores e equipamentos, de maneira geral, componentes de um
sistema industrial de baixa tensão, são frequentemente solicitados por correntes e
tensões acima dos valores previstos para operação em regime para os quais
foram projetados. Essas solicitações normalmente vêm em forma de sobrecarga,
corrente de curto-circuito, sobretensões e subtensões. Todas essas grandezas
anormais devem ser limitadas no tempo de duração e módulo.
Portanto, dispositivos de proteção encontrados nas instalações elétricas
industriais devem permitir o desligamento do circuito quando este está submetido
às condições adversas anteriormente previstas. Na prática, os principais
dispositivos utilizados são fusíveis, dos tipos diazed e NH, os disjuntores e os
relés térmicos, sobre as quais falaremos adiante.

2.3.1 Proteção contra corrente de sobrecarga:


Mamede Filho (2012) elenca as seguintes prescrições básicas contra as
correntes de sobrecarga nas instalações elétricas:
é necessária a aplicação de dispositivos de proteção para interromper as
correntes de sobrecarga nos condutores dos circuitos, de sorte a evitar o
aquecimento da isolação, das conexões e de outras partes contíguas do
sistema além dos limites previstos por norma;
os dispositivos de proteção contra correntes de sobrecarga devem ser
localizados nos pontos do circuito onde haja uma mudança qualquer que
caracteriza uma redução no valor da capacidade de condução de corrente
dos condutores. Esta mudança pode ser caracterizada por uma troca de
seção, alteração da maneira de instalar, alteração no número de cabos
agrupados ou na natureza da isolação e outras situações;
o dispositivo que protege um circuito contra sobrecargas pode ser colocado
ao longo do percurso desse circuito se a parte do circuito compreendida
entre a troca de seção – de natureza, de maneira de instalar ou de

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constituição – e o dispositivo de proteção não possuir qualquer derivação


nem tomada de corrente e atender a uma das duas condições: seu
comprimento não exceder a 3 m, ser instalada de modo a reduzir ao
mínimo o risco de curto-circuito; não estar situada nas proximidades de
materiais combustíveis;
os dispositivos de proteção contra correntes de sobrecarga em circuitos de
motor não devem ser sensíveis à corrente de carga absorvida pelo mesmo,
tendo, no entanto, as características compatíveis com o regime de corrente
de partida, tempo admissível com rotor bloqueado e tempo de aceleração;
pode-se omitir a aplicação dos dispositivos de proteção contra correntes de
sobrecarga nas seguintes condições:
- nos circuitos situados a jusante de uma mudança qualquer que altere a
capacidade de condução de corrente dos condutores, desde que haja uma
proteção contra sobrecargas localizada a montante;
- nos circuitos de cargas resistivas ligadas no seu valor máximo;
- nos circuitos de comando e sinalização;
- nos circuitos de alimentação de eletroímãs para elevação de carga;
- nos circuitos secundários de transformadores de corrente;
- nos circuitos secundários de transformadores de potencial destinados ao
serviço de medição;
- nos circuitos de carga motriz em regime de funcionamento intermitente.

2.3.2 Proteção contra as correntes de curto-circuito


Estas são as prescrições básicas contra as correntes de curto-circuito nas
instalações elétricas:
os dispositivos de proteção devem ter sua capacidade de interrupção ou de
ruptura igual ou superior ao valor da corrente de curto-circuito presumida
no ponto de sua instalação;
a energia que os dispositivos de proteção contra curtos circuitos devem
deixar passar não pode ser superior à energia máxima suportada pelos
dispositivos e condutores localizados a jusante;

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o dispositivo de proteção deve ser localizado no ponto onde haja mudança


no circuito que provoque redução na capacidade de condução de corrente
dos condutores;
a proteção do circuito terminal dos motores deve garantir a proteção contra
as correntes de curto-circuito dos condutores e dispositivos localizados a
jusante;
os circuitos terminais que alimentam um só motor podem ser protegidos
contra curtos-circuitos utilizando-se fusíveis do tipo NH ou diazed com
retardo de tempo, ou disjuntores com dispositivos de disparo magnético;
pode-se omitir a aplicação dos dispositivos de proteção contra as correntes
de curto-circuito nas seguintes condições:
- num ponto do circuito compreendido entre aquele onde houve a
mudança de seção ou outra modificação e o dispositivo de proteção, desde que
este comprimento não seja superior a 3 m e o circuito não esteja localizado nas
proximidades de materiais combustíveis;
- num ponto do circuito situado a montante de uma mudança de seção ou
outra modificação, desde que o dispositivo de proteção proteja o circuito a
jusante;
- nos circuitos que ligam geradores, transformadores, retificadores,
baterias e acumuladores aos quadros de comando correspondentes, desde que
nestes haja dispositivos de proteção;
- nos circuitos que ligam os secundários dos transformadores de potencial
e de corrente aos relés de proteção ou aos medidores de energia;
- nos circuitos que, desenergizados, possam trazer perigo para a
instalação correspondente (MAMEDE FILHO, 2012).

2.3.3 Proteção de motores


Os motores elétricos, peças fundamentais de um projeto de instalação
elétrica industrial, devem merecer cuidados especiais quanto à proteção individual
ou em grupo a eles aplicada, tanto que quando submetidos a condições anormais
durante o período de funcionamento, devem ser imediatamente separados do
circuito de alimentação. Assim, essas anormalidades podem ser divididas em

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diferentes tipos, sendo cada uma delas prejudicial à máquina, conforme o tempo
de duração, por exemplo: sobrecarga contínua; sobrecarga intermitente; redução
da tensão de alimentação; tensão de alimentação elevada; rotor bloqueado;
temperatura ambiente elevada e outras condições.
A proteção dos motores tem por base o uso dos relés de sobrecarga
bimetálicos. Apesar de ser a proteção mais empregada em motores de utilização
industrial, o mercado oferece várias outras opções como:
a) Relé falta de fase – esse dispositivo deve ser aplicado sempre após
qualquer outro dispositivo que possa operar monopolarmente, já que ele é
sensível, ausência de fase do sistema desde a fonte até seu ponto de instalação.
Atua normalmente sobre o contator de manobra do motor.
b) Relé digital de proteção multifunção – são relés numéricos dotados de
transformadores de corrente conectados à rede de alimentação do motor. A
corrente de entrada é constantemente monitorada por um microprocessador.
Esses relés oferecem proteção ao motor contra sobrecorrente, falta de fase,
inversão de fase, desbalanceamento de fase e rotor travado.
c) Sondas térmicas e termistores – são detectores térmicos dependentes
da temperatura, constituídos de lâminas bimetálicas que acionam um contato
normalmente fechado. As sondas térmicas são ligadas em série com o circuito de
comando do contator. Os termistores são também detectores térmicos,
compostos de semicondutores, cuja resistência varia em função da temperatura,
podendo ser ligados em série ou em paralelo com o circuito de comando do
contator. São localizados internamente ao motor, embutidos nos enrolamentos.
Podem ser dos tipos PTC ou NTC.
Segundo Cidral Junior (2010), a proteção de motores objetiva detectar o
aumento de temperatura e evitar que as bobinas internas do motor sofram danos
que inutilizem o funcionamento do mesmo.
A seguir, o autor relaciona os principais sensores térmicos usados na
proteção de motores:

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Comparativo entre os sistemas de ligação mais comuns em motores


Termoresistor Termistor (PTC Termostato Protetor
e NTC) térmico
Mecanismo Resistência Resistor de Contatos móveis Contatos
de proteção calibrada avalanche bimetálicos móveis
Disposição Cabeça de Cabeça de Inserido no Inserido no
bobina bobina circuito circuito
Cabeça de
bobina
Atuação direta
Forma de Comando Comando Comando Atuação
atuação externo de externo de externo de direta
atuação na atuação na atuação na
proteção proteção proteção
Limitação de Corrente de Corrente de Corrente do Corrente do
corrente comando comando motor motor
Corrente de
comando
Tipos de Temperatura Temperatura Corrente e Corrente e
sensibilidade temperatura temperatura
Número de 3 ou 6 3 ou 6 3 ou 6 1
unidades por 1 ou 3
motor
Tipos de Alarme e/ou Alarme e/ou Desligamento Desligamento
comando desligamento desligamento Alarme ou
desligamento
Fonte: WEG (2004).

Quando estes motores são ligados na instalação elétrica da indústria, são


usadas proteções externas ao motor como: fusíveis, disjuntores e comandos a
partir de sensores térmicos. Dependendo de seu regime de operação e de seu
acionamento, poderá ocorrer, mesmo assim, sobreaquecimento. A tabela a
seguir, relaciona as causas de sobreaquecimento de motores:
Comparativo entre os sistemas de proteção para motores
Proteção em função da corrente Proteção com
sondas
Causas de sobreaquecimento
Só fusível ou Fusível e térmicas no
disjuntor protetor térmico motor
Sobrecarga com corrente 1.2 x a 0 2 2
corrente nominal
Regimes de carga S1 a S10 0 1 2
Frenagens reversões e 0 1 2
funcionamento com partidas
frequentes
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Funcionamento com mais de 15 0 1 2


partidas por hora
Rotor bloqueado 1 1 2
Falta de fase 0 1 2
Variação de tensão excessiva 0 2 2
Variação de frequência na rede 0 2 2
Temperatura ambiente excessiva 0 0 2
Aquecimento externo provocado por 0 0 2
rolamentos, correias, polias, etc.
Obstrução da ventilação 0 0 2
Legenda:
0 – Não protegido
1 – Semiprotegido
2 – Totalmente protegido
Fonte: WEG (2004).

2.4 Dimensionamento dos dispositivos de proteção


Um circuito elétrico só está adequadamente protegido contra as
sobrecorrentes quando todos os seus elementos, tais como condutores, chaves e
outros, estiverem com suas capacidades térmica e dinâmica iguais ou inferiores
aos valores limitados pelos dispositivos de proteção correspondentes. Assim,
torna-se importante analisar as sobrecorrentes e os tempos associados à
resposta efetiva da proteção.
Quando se trata de correntes de sobrecarga, seus módulos são muito
inferiores aos módulos relativos às correntes de curto-circuito.
Por esta razão, as correntes de defeito costumam ser analisadas por
processos mais detalhistas, como o da integral de Joule. Este método é bastante
representativo na análise matemática dos efeitos térmicos desenvolvidos pelas
correntes de curto-circuito, e sua formulação é dada pela Equação:

lcs - corrente de curto-circuito que atravessa o dispositivo de proteção;


T - tempo de duração da corrente de curto-circuito.

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A integral de Joule de cabos e componentes, tais como disjuntores,


fusíveis, etc., é calculada normalmente através de ensaios de curto-circuito.
A Figura abaixo representa a curva típica da integral de Joule de um cabo
de baixa tensão a qual fornece para cada valor de corrente a energia específica
ou energia por unidade de resistência (J/Ω = A2 . s).
O valor de I na figura representa a capacidade de corrente do cabo que
nessas condições atinge a temperatura máxima para serviço contínuo e com a
qual pode operar ao longo de sua vida útil, normalmente considerada de 20 anos.
Já o valor de I, na mesma figura representa o valor limite da corrente para a qual
o aquecimento do condutor é adiabático, isto é, sem troca de calor entre o
condutor e a isolação. Logo, a energia necessária para elevar a temperatura para
serviço contínuo até a temperatura de curto-circuito é denominada integral de
Joule.
Característica I2 X t típica de cabos de baixa tensão

A norma NBR 5410:2004 estabelece que a integral de Joule, a qual o


dispositivo de proteção deve deixar passar, não deve ser superior à integral de
Joule necessária para aquecer o condutor, desde a temperatura máxima para
serviço contínuo até a temperatura limite de curto-circuito, ou seja:

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K2 X S2 - integral de Joule para aquecimento do condutor desde a


temperatura máxima para serviço contínuo até a temperatura de curto-circuito,
admitindo aquecimento adiabático, sendo:
K = 115 para condutores de cobre com isolação de PVC;
K = 143 para condutores de cobre com isolação de EPR ou XLPE;
S - seção do condutor, em mm2.
Ainda da NBR 5410:2004, podemos acrescentar:
- para curto-circuito de qualquer duração, onde a assimetria da corrente
não seja significativa, e para curtos-circuito simétricos de duração igualou superior
a 0,1 s e igual ou inferior a 5 s, pode-se escrever:

lcs - corrente de curto-circuito presumida simétrica, em A;


T - duração, em segundos, sendo 0,1 ≤ T ≤5 s.
- a corrente nominal do dispositivo de proteção contra curtos-circuitos
pode ser superior à capacidade de condução de corrente dos condutores do
circuito.
A tabela a seguir fornece a integral de Joule para o aquecimento
adiabático dos condutores de cobre desde a temperatura máxima de serviço até a
temperatura limite suportável para correntes de curto-circuito, considerando-se as
isolações de PVC, XLPE e EPR.
Integral de Joule para aquecimento adiabático para condutores de cobre

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Fonte: Mamede Filho (2012, p. 340).

Ressalte-se que os fabricantes de fusíveis fornecem a integral de Joule


que esses elementos de proteção deixam passar, de forma a se poder
dimensioná-los adequadamente.
Enfim:
Um circuito só está adequadamente protegido quando o dispositivo de
proteção contra sobrecorrentes satisfaz às seguintes condições:
não opera quando a corrente for inferior à capacidade de condução de
corrente do condutor do circuito na sua particular condição de maneira de
instalar;
opera normalmente, com tempo de retardo elevado, para uma corrente de
sobrecarga de até 1,45 vez a capacidade de corrente do condutor;
opera em tempos inversamente proporcionais para correntes de
sobrecarga compreendidas entre 1,45 e 8 vezes a corrente nominal;
opera num tempo extremamente reduzido para as correntes de curto-
circuito.
Os dispositivos de proteção devem ser nominalmente dimensionados em
função das particularidades de cada sistema.
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2.5 Fusíveis, disjuntores e relés


Os dispositivos elétricos utilizados normalmente em baixa tensão podem
ser classificados como: de seccionamento e de proteção.
Dispositivos de seccionamento: comutadoras, seccionadoras (a vazio ou
sob carga), interruptores e contatores.
Dispositivos de proteção: proteção contra sobrecargas (relé térmico,
termistores) e proteção contra curto-circuito (fusível, relé eletromagnético). Podem
ser aplicados isoladamente ou em conjunto, necessitando análise detalhado para
cada aplicação.
Além dos dispositivos de seccionamento e proteção, os disjuntores têm
sido considerados os dispositivos mais completos por se tratarem de um elemento
que integra em um só dispositivo as funções dos dispositivos de seccionamento e
proteção. De maneira geral, os disjuntores possuem a função de interruptores
(liga/desliga), função relé térmico (contra sobrecarga) e função relé
eletromagnético (contra curto-circuito) (BISONI; VAZ; PEREIRA JUNIOR, 2010).
Sua aplicação em série com outros disjuntores ou fusíveis exige dos
especialistas na área cuidados especiais com a coordenação para que
mantenham a atuação do sistema de proteção de acordo com os critérios de
seletividade.
Os fusíveis são dispositivos de proteção mais tradicionais na alimentação
de diversas cargas, tendo como principal função a proteção contra curto-circuito
de sistemas elétricos, atuando também como limitadores das correntes de curto-
circuito.
A operação dos fusíveis é dada pela fusão do elemento fusível, contido
em seu interior. O elemento fusível é um condutor de seção transversal
dimensionado para que sofra com a passagem de corrente elétrica um
aquecimento maior que o dos outros condutores devido à sua alta resistência.
Os fusíveis possuem em seu interior um elemento fusível que geralmente
é de cobre, prata, estanho, chumbo ou liga. O corpo do fusível, geralmente de
porcelana ou esteatita, é hermeticamente fechado. Os fusíveis possuem ainda um
elemento indicador de operação, possibilitando ao profissional da área observar
seu estado de funcionamento. O elemento fusível é ainda envolvido, por

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completo, por um material granulado extintor, utilizado em areia de quartzo com


granulometria adequada.
Os fusíveis podem ser classificados segundo a tensão de alimentação
(baixa tensão ou alta tensão) e segundo a característica de desligamento (efeito
rápido ou efeito retardado).
a) O diazed (Siemens) é um fusível de baixa tensão, sendo usados
preferencialmente na proteção dos condutores de redes de energia elétrica e
circuitos de comando. Podem ser do tipo rápido ou retardado.
São acessórios para fusíveis Diazed:
tampa – a peça na qual o fusível é encaixado, permitindo colocar e retirá-la
da base, mesmo com a instalação sob tensão;
anel de proteção – protege a rosca metálica da base aberta, isolando-a
contra a chapa do painel e evita choques acidentais na troca dos fusíveis;
fusível – a peça principal do conjunto, constituído de um corpo cerâmico,
dentro do qual está montado o elo do fusível, e é preenchido com areia
especial, de quartzo, que extingue o arco voltaico em caso de fusão. Para
facilitar a identificação do fusível, existe um indicador que tem as cores
correspondentes com as correntes nominais dos fusíveis. Esse indicador
se desprende em caso de queima, sendo visível através da tampa;
parafuso de ajuste – construído em diversos tamanhos, de acordo com a
corrente dos fusíveis. Colocados nas bases, não permitem a montagem de
fusíveis de corrente maior do que o previsto. A colocação dos parafusos de
ajuste é feita com a chave 5SH3-700-B;
base – a peça que reúne todos os componentes do conjunto. Pode ser
fornecida em duas execuções: normal, para fixar por parafusos, e com
dispositivo de fixação rápida, sobre trilho de 35mm.
b) Silized/Sitor: esses fusíveis têm como característica serem
ultrarrápidos da curva tempo/corrente. São, portanto, ideais para a proteção de
aparelhos equipados com semicondutores (tiristores e diodos) em retificadores e
conversores.

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c) Neozed: fusíveis de menores dimensões e com característica retardo


da atuação, utilizados para proteção de redes de energia elétrica e circuitos de
comando.
d) Fusíveis NH1: os fusíveis limitadores de corrente NH reúnem as
características de fusível retardado para correntes de sobrecarga e de fusível
rápido para correntes de curto-circuito.
Os fusíveis NH também são próprios para proteger os circuitos, que em
serviço estão sujeitos às sobrecargas de curta duração, como, por exemplo,
acontece na partida direta de motores trifásicos com rotor em gaiola.
Os fusíveis NH têm os contatos (facas) prateados, o que proporciona
perdas muito reduzidas no ponto de ligação e o corpo de esteatita para garantir a
segurança total.
São acessórios para fusíveis NH:
base – possui contatos especiais prateados, que garantem contato perfeito
e alta durabilidade. Uma vez retirado o fusível, a base constitui uma
separação visível das fases, tornando-se dispensável, em muitos casos, a
utilização de um seccionador adicional;
punho – destina-se à colocação ou retirada dos fusíveis NH de suas
respectivas bases mesmo sob tensão.

Precauções a serem tomadas nas substituições de fusíveis:


• nunca utilizar um fusível de capacidade de corrente superior ao projetado
para a instalação nem por curto período de tempo;
• na falta do fusível, no momento da troca, jamais faça nenhum tipo de
“remendo”, supondo que a instalação estará protegida;
• no lugar do fusível que “queimou”, podemos colocar um fusível de
capacidade de corrente menor até que seja providenciado o correto;
• se o rompimento do fusível se deu por sobrecarga, fazer um levantamento
de carga do circuito para redimensioná-lo;
• se foi por curto-circuito a causa do rompimento do fusível, proceder ao
reparo na instalação antes da substituição do fusível;

1
N – Baixa tensão H – alta capacidade de interrupção.
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recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
18

• na eventualidade de ainda se utilizarem porta-fusíveis do tipo rolha, não


colocar moeda para substituir o fusível rompido. O procedimento correto
para esse caso é a substituição por disjuntor;
• na substituição de fusíveis do tipo cartucho (virola ou de lâmina ou faca),
desligar a chave geral e lixar os contatos antes da troca (CAVALIN;
CERVELIN, 2011).

Partindo do entendimento que numa instalação elétrica, residencial,


comercial ou industrial, o importante é garantir as condições ideais de
funcionamento do sistema sob quaisquer condições de operação, protegendo os
equipamentos e a rede elétrica e acidentes provocados por alteração de corrente,
encontramos dispositivos que vieram para cumprir três funções básicas.
a) Abrir e fechar os circuitos (manobra).
b) Proteger a fiação, ou mesmo os aparelhos, contra sobrecarga por meio do
seu dispositivo térmico.
c) Proteger a fiação contra curto-circuito por meio do seu dispositivo
magnético.
Nesse contexto, os dispositivos de proteção para baixa tensão são
exatamente aqueles dispositivos que servem para proteger a instalação em casos
de curtos-circuitos, ou quando há excesso de corrente elétrica (sobrecarga).
Estamos falando dos disjuntores!
Os mais comuns são os disjuntores termomagnéticos que garantem,
simultaneamente, a manobra e a proteção contra correntes de sobrecarga e
contra correntes de curto-circuito.
Segundo explica Carvalho Junior (2011), cada circuito terminal da
instalação elétrica predial deve ser ligado a um dispositivo de proteção, que pode
ser um disjuntor termomagnético – DTM, um disjuntor diferencial residual – DR ou
interruptor diferencial residual – IDR.
Os disjuntores termomagnéticos de baixa tensão são os dispositivos mais
usados atualmente em quadros de distribuição. Esses disjuntores oferecem
proteção aos fios do circuito, desligando-o automaticamente quando da
ocorrência de uma sobrecorrente provocada por um curto-circuito ou sobrecarga.

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Permitem manobra manual como um interruptor, seccionam somente o circuito


necessário numa eventual manutenção.
O DR é um dispositivo de segurança de uso recomendado pela NBR
5410. Trata-se de um dispositivo supersensível às menores fugas de corrente,
ocasionadas, por exemplo, por fios descascados, ou por uma criança que
introduza o dedo ou qualquer objeto numa tomada. De atuação imediata, ele
interrompe a corrente assim que verifica anomalias. É possível instalar um único
DR na caixa de medição ou um para cada circuito da instalação, nesse caso
colocados no quadro geral de distribuição.
O IDR deverá ser utilizado em conjunto com um disjuntor
termomagnético, pois o mesmo não possui proteção contra curto-circuito ou
sobrecarga.
A norma recomenda a utilização de proteção diferencial residual
(disjuntor) de alta sensibilidade em circuitos terminais que sirvam a:
tomadas de corrente em cozinhas, lavanderias, locais com pisos e (ou)
revestimentos não isolantes e áreas externas;
tomadas de corrente que, embora instaladas em áreas internas, possam
alimentar equipamentos de uso em áreas externas;
aparelhos de iluminação instalados em áreas externas;
circuitos de tomadas de corrente em banheiros.

Os circuitos que não se enquadram nas recomendações e exigências


aqui apresentadas serão protegidos por disjuntores termomagnéticos.
Na proteção com DR, deve-se tomar cuidado com o tipo de aparelho a ser
instalado. Chuveiros, torneiras elétricas e aquecedores de passagem com
carcaça metálica e resistência nua apresentam fugas de corrente muito elevadas,
que não permitem que o DR fique ligado. Isso significa que esses aparelhos
representam um risco à segurança das pessoas, devendo ser substituídos por
outros com carcaça de material isolante e com resistência blindada.
Na escolha do tipo de proteção, é importante considerar também o fator
econômico, sempre observando e respeitando as recomendações e os
parâmetros restritivos da NBR 5410.

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Para dimensionar o dispositivo de proteção (disjuntor) de um circuito, é


necessário saber a potência a ser instalada em cada circuito e calcular sua
corrente. Para dimensionar o disjuntor ou interruptor DR geral do quadro de
distribuição, é preciso saber a potência elétrica total instalada na edificação e
calcular a corrente do circuito de distribuição.
Para dimensionar o disjuntor aplicado no quadro de medição, é
necessário saber a potência total instalada que determinou o tipo de fornecimento
e o tipo de sistema de distribuição da companhia de eletricidade local. De posse
desses dados, consulta-se a norma de fornecimento da companhia fornecedora
de eletricidade local para saber a corrente nominal do disjuntor a ser empregado
(CARVALHO JUNIOR, 2011).
É muito importante utilizar disjuntores ou fusíveis adequados nas
instalações elétricas. A capacidade desses equipamentos é dada em ampere (A),
que indica a intensidade de carga elétrica que é permitida passar por eles. A
utilização de disjuntores com capacidade acima do necessário poderá danificar as
instalações e os aparelhos elétricos; por outro lado, se a amperagem desses
dispositivos de proteção for abaixo do indicado, ocorrerá o desarme dos
disjuntores ou a queima excessiva de fusíveis, às vezes sem necessidade.
Vantagem do disjuntor: permitir o religamento sem necessidade de
substituição de componentes.
Características do disjuntor: caso o defeito na rede persista no momento
do religamento, o disjuntor desliga novamente. Ele não deve ser manobrado até
que se elimine o problema do circuito.
Em relação ao número de polos podem ser:
monopolares ou unipolares;
bipolares;
tripolares.
Quanto à tensão de operação:
a) Disjuntores de baixa tensão (tensão nominal até 1000V):
- disjuntores em caixa moldada;
- disjuntores abertos.
b) Disjuntores de média e alta tensões (acima de 1.000V):

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- vácuo;
- ar comprimido;
- óleo;
- pequeno volume de óleo (PVO);
- SF6 (hexafluoreto de enxofre).

Dentre todos os dispositivos de proteção conhecidos, o fusível é o mais


simples construtivamente, mas apesar disso, é importante observar que são
elementos mais fracos (de seção reduzida), propositadamente intercalados no
circuito, para interrompê-lo sob condições anormais.
Das grandezas elétricas, são as seguintes as mais importantes no seu
dimensionamento:
a corrente nominal deve ser aquela que o fusível suporta continuamente;
a corrente de curto-circuito é a máxima que pode circular no circuito sem
provocar danos à instalação, e que deve ser desligada instantaneamente;
a tensão nominal dimensiona a isolação do fusível;
a resistência de contato depende do material e da pressão exercida. A
resistência de contato entre a base e o fusível é a responsável por
eventuais aquecimentos, devido à resistência oferecida na passagem da
corrente;
a instalação dos fusíveis deve processar-se sem perigo para o operador;
a montagem deve ser feita em bases que evitem a substituição de um
fusível por outro de grandeza inadequada (CAVALIN; CERVELIN, 2011).

Os relés, grosso modo, interruptores que atuam eletricamente, estão


escondidos em praticamente todo tipo de dispositivo, sendo classificados de
acordo com a grandeza com a qual atuam, como por exemplo: tensão, corrente
ou frequência; e também quanto ao princípio de atuação: eletromecânicos,
estáticos ou digitais (CTOSCK, 2007).
Os primeiros tipos de relés foram os eletromecânicos. Na sequência
vieram os estáticos (por volta de 1960). Estes tipos de relés não possuem
movimentação mecânica no seu mecanismo de atuação e por não possuírem
partes móveis são extremamente rápidos, comparados aos relés eletromecânicos.
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Além disto, apresentam uma melhora nas características de sensibilidade e


repetibilidade (as partes móveis dos relés eletromecânicos se desgastam com o
tempo, enquanto os relés estáticos não apresentam danos para atuação repetidas
vezes). Devido aos componentes estáticos, tem-se também menor consumo de
potência, menor tamanho e um grau de manutenção menor.
Como desvantagem, apresenta-se a maior sensibilidade, e, portanto,
susceptibilidade a variações de pequenos transientes ocorrido no sistema, bem
como maior sensibilidade a variações de temperatura.
Os relés estáticos podem ser usados para a maioria dos tipos de
proteção, tais como: proteção de linha de transmissão, de transformadores, de
barramentos, de geradores síncronos, etc.
Os relés digitais são considerados a terceira geração dos relés estáticos e
utilizam como base os microprocessadores.
A primeira geração dos relés digitais (estáticos) é aquela em os
equipamentos utilizavam os transistores, enquanto a segunda geração fez uso
dos circuitos integrados e amplificadores operacionais.
Devido à grande flexibilidade dos microprocessadores, um mesmo relé
pode exercer várias funções, tais como: controle, gravação dos dados
amostrados, informação de eventos e diferentes funções de proteção. Os dados
são armazenados no hardware e diferentes programas podem ser executados
simultaneamente ou não neste mesmo hardware. Estes dados armazenados
podem ser periodicamente retirados da memória (devido ao limite da capacidade
de dados armazenados) para que novos dados possam ser gravados sem perda
de informação. Como os dados estão armazenados, e não oscilografados e
impressos, podem ser tratados (através de processamentos matemáticos dos
sinais e/ou filtragem) para se obter diversos resultados que facilitem a análise dos
operadores do sistema e engenheiros de proteção (COTOSCK, 2007).
Relés de sobrecarga, por exemplo, são dispositivos constituídos por um
par de lâminas metálicas (um par por fase), com princípio de funcionamento
baseado nas diferentes dilatações térmicas que os metais apresentam quando
submetidos a uma variação de temperatura. Também são constituídos por um

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mecanismo de disparo contido num invólucro isolante e com alta resistência


térmica.
São aplicados na proteção de um possível superaquecimento dos
equipamentos elétricos, como transformadores e motores.
Algumas dicas:
a posição de montagem dos relés deve seguir sempre as orientações
fornecidas pelo fabricante, mas em geral é possível afirmar que os relés
podem ser fixados em paredes verticais. Inclinações de até 30° na vertical
e 90° na horizontal são admissíveis para todos os lados (sempre
observando a limitação da mola dos contatores);

Posição de montagem de um relés de sobrecarga

Fonte: WEG (2007, p. 276).

deve-se consultar as características de rede indicadas pelo fabricante a


cada modelo de relé, como é o caso de relés WEG apropriados para
instalações com frequência de 0 Hz (CC) e 400 Hz, com restrição aos relés
acoplados a TCs que devem ser aplicados em rede de 50/60 Hz. Nessa
faixa de frequência, a influência sobre os valores de desarme deverá ser
desprezada. A tensão nominal de isolação indica o maior valor de tensão
que o dispositivo pode suportar;
a proteção de um motor com relé de sobrecarga tem seu desempenho
garantido nos casos de operação contínua ou respeitado o limite de
frequência de manobras do fabricante, que na maioria dos casos é 15
manobras/hora.
Caso os relés tripolares sejam utilizados na alimentação de cargas
monofásicas ou bifásicas a conexão desse dispositivo deve ser efetuada

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conforme a figura abaixo, ou seja, dessa forma, o relé se comporta como se


estivesse carregado para serviço trifásico.

Relé Térmico de Sobrecarga Tripolar para Serviço Monofásico(a) ou Bifásico(b)

Fonte: WEG (2007, p. 277).

2.6 Proteção de sistemas primários


Segundo a NBR 14039:2003, é considerado proteção geral de uma
instalação de média tensão o dispositivo situado entre o ponto de entrega de
energia e a origem da instalação.
A norma estabelece duas condições básicas:
a) Instalação com capacidade instalada igual ou inferior a 300kVA
Se a capacidade da subestação unitária for igual ou inferior a 300 kVA, a
proteção geral na média tensão deve ser realizada por meio de um disjuntor
acionado através de relés secundários dotados de unidades instantâneas e
temporizadas de fase e de neutro. Pode também ser empregada chave
seccionadora e fusível, sendo, neste caso, obrigatória a utilização de disjuntor
como proteção geral do lado de baixa tensão. Não são aceitos relés com
funcionamento com retardo a líquido.

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b) Instalação com capacidade superior a 300 kVA


Se a capacidade da subestação for superior a 300 kVA, a proteção geral
na média tensão deve ser realizada exclusivamente por meio de um disjuntor
acionado através de relés secundários dotados de unidades instantâneas e
temporizadas de fase e de neutro.
Dessa forma, fica vedada, pela NBR 14030:2003, a utilização de relés de
ação direta na proteção geral da subestação. No entanto, o projetista pode utilizar
relés de ação direta, bem como chave seccionadora acionada por fusível
incorporada na proteção de média tensão em ramais que derivam do barramento
primário da subestação após a proteção geral. Atualmente, existem milhares de
relés de ação direta com retardo fluidodinâmico e eletrônicos instalados em
subestações de consumidor.
Os relés primários de ação direta podem ser dos seguintes tipos: relé
fluidodinâmico e relé de sobrecorrente estático. Temos também os relés
secundários de sobrecorrente digitais.
A norma ANSI estabelece uma codificação das funções dos diferentes
dispositivos empregados na proteção, comando e sinalização dos sistemas
elétricos, e internacionalmente utilizada por fabricantes, projetistas e montadores.
Abaixo estão reproduzidas algumas das principais funções e aplicação nos
sistemas elétricos:
função 21 – relé de distância;
função 25 – dispositivo de sincronização;
função 27 – relé de subtensão;
função 30 – relé anunciador;
função 32 – relé direcional de potência;
função 38 – dispositivo de proteção de mancal;
função 43 – dispositivo de transferência manual;
função 47 – relé de sequência de fase;
função 49 – relé térmico para máquina ou transformador;
função 50 – relé de sobrecorrente instantâneo;
função 51 – relé de sobrecorrente temporizado;
função 59 – relé de sobretensão;
função 63 – relé de pressão de nível ou de fluxo de líquido ou gás;
função 64 – relé de proteção de terra;
função 67 – relé direcional de sobrecorrente em corrente alternada;
função 68 – relé de bloqueio;
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função 74 – relé de alarme;


função 79 – relé de religamento em corrente alternada;
função 81 – relé de frequência;
função 86 – relé de bloqueio de segurança;
função 87 – relé de proteção diferencial.

Os relés digitais são dispositivos que necessitam de informações do


sistema para exercerem suas funções de proteção. Os relés de aplicação mais
comum nos sistemas elétricos requerem os valores de tensão, corrente e
frequência. O valor de tensão é normalmente obtido através de transformadores
de potencial (TPs); já a corrente elétrica é fornecida ao relé pelos transformadores
de corrente (TCs).

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UNIDADE 3 – SISTEMAS DE ATERRAMENTO

Segundo Lima (2009), o acidente mais comum a que estão submetidas as


pessoas, principalmente aquelas que trabalham em processos industriais ou
desempenham tarefas de manutenção e operação de sistemas industriais, é o
toque acidental em partes metálicas energizadas, ficando o corpo ligado
eletricamente sob tensão entre fase e terra.
Assim, entende-se por contato indireto aquele que um indivíduo mantém
com uma determinada massa do sistema elétrico que, por falha, perdeu a sua
isolação e permitiu que esse indivíduo ficasse submetido a um determinado
potencial elétrico.
O limite de corrente alternada suportada pelo corpo humano:
geralmente é de 25 mA;
entre 15 e 25 mA, o indivíduo sente dificuldades em soltar o objeto
energizado;
entre 15 e 80 mA, ele é cometido de grandes contrações e asfixia;
entre 80 mA até poucos ampères, o indivíduo sofre graves lesões
musculares e queimaduras, além de asfixia imediata;
acima disto, as queimaduras são intensas, o sangue sofre o processo de
eletrolise, a asfixia é imediata e há necrose dos tecidos.

3.1 Noções básicas sobre proteção do sistema


Na NBR 5410:2004 (versão corrigida 17.03.2008), encontramos as
orientações/prescrições fundamentais para garantir a segurança de pessoas,
animais domésticos e bens contra os perigos e danos que possam resultar da
utilização das instalações elétricas em condições previstas. Para efeitos desta
norma, aplicam-se as definições da ABNT NBR IEC 60050.
Proteção contra choques elétricos:
a) Elemento condutivo ou parte condutiva: elemento ou parte constituída
de material condutor, pertencente ou não à instalação, mas que não é destinada
normalmente a conduzir corrente elétrica.
b) Proteção básica: meio destinado a impedir contato com partes vivas
perigosas em condições normais.
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c) Proteção supletiva: meio destinado a suprir a proteção contra choques


elétricos quando massas ou partes condutivas acessíveis tornam-se
acidentalmente vivas.
d) Proteção adicional: meio destinado a garantir a proteção contra
choques elétricos em situações de maior risco de perda ou anulação das medidas
normalmente aplicáveis, de dificuldade no atendimento pleno das condições de
segurança associadas à determinada medida de proteção e/ou, ainda, em
situações ou locais em que os perigos do choque elétrico são particularmente
graves.
e) Dispositivo de proteção à corrente diferencial-residual (formas
abreviadas: dispositivo à corrente diferencial-residual, dispositivo diferencial,
dispositivo DR): dispositivo de seccionamento mecânico ou associação de
dispositivos destinada a provocar a abertura de contatos quando a corrente
diferencial residual atinge um valor dado em condições especificadas.
NOTA: O termo “dispositivo” não deve ser entendido como significando um produto particular, mas
sim qualquer forma possível de se implementar a proteção diferencial-residual. São exemplos de
tais formas: o interruptor, disjuntor ou tomada com proteção diferencial-residual incorporada, os
blocos e módulos de proteção diferencial-residual acopláveis a disjuntores, os relés e
transformadores de corrente que se podem associar a disjuntores, etc.

f) SELV (do inglês “separated extra-low voltage”): sistema de extrabaixa


tensão que é eletricamente separado da terra, de outros sistemas e de tal modo
que a ocorrência de uma única falta não resulta em risco de choque elétrico.
g) PELV (do inglês “protected extra-low voltage”): sistema de extrabaixa
tensão que não é eletricamente separado da terra, mas que preenche, de modo
equivalente, todos os requisitos de um SELV.

Proteção contra choques elétricos e proteção contra sobretensões e


perturbações eletromagnéticas:
a) Equipotencialização: procedimento que consiste na interligação de
elementos especificados, visando obter a equipotencialidade necessária para os
fins desejados. Por extensão, a própria rede de elementos interligados resultante.
b) Barramento de equipotencialização principal (BEP): barramento
destinado a servir de via de interligação de todos os elementos incluíveis na
equipotencialização principal.
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NOTA: A designação “barramento” está associada ao papel de via de interligação e não a


qualquer configuração particular do elemento. Portanto, em princípio o BEP pode ser uma barra,
uma chapa, um cabo, etc.

c) Barramento de equipotencialização suplementar ou barramento de


equipotencialização local (BEL): barramento destinado a servir de via de
interligação de todos os elementos incluíveis numa equipotencialização
suplementar ou equipotencialização local.
d) Equipamento de tecnologia da informação (ETI): equipamento
concebido com o objetivo de:
d.1) receber dados de uma fonte externa (por exemplo, via linha de
entrada de dados ou via teclado);
d.2) processar os dados recebidos (por exemplo, executando cálculos,
transformando ou registrando os dados, arquivando-os, triando-os, memorizando-
os, transferindo-os); e,
d.3) fornecer dados de saída (seja a outro equipamento, seja
reproduzindo dados ou imagens).
NOTA: Esta definição abrange uma ampla gama de equipamentos, como, por exemplo:
computadores; equipamentos transceptores, concentradores e conversores de dados;
equipamentos de telecomunicação e de transmissão de dados; sistemas de alarme contra
incêndio e intrusão; sistemas de controle e automação predial, etc.

Proteção contra Efeitos Térmicos:


As pessoas, bem como os equipamentos e materiais fixos adjacentes a
componentes da instalação elétrica devem ser protegidas contra os efeitos
térmicos prejudiciais que possam ser produzidos por esses componentes, tais
como:
risco de queimaduras;
combustão ou degradação dos materiais;
comprometimento da segurança de funcionamento dos componentes
instalados.

Proteção contra Sobrecorrentes:


proteção contra correntes de sobrecargas;
proteção contra correntes de curto-circuito;
proteção dos condutores de fase;
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proteção do condutor neutro.

Proteção contra Sobretensões:


proteção contra sobretensões temporárias;
proteção contra sobretensões transitórias: em linhas de energia e em linhas
de sinal.

Observação:
Sobrecorrentes são correntes elétricas cujos valores excedem o valor da
corrente nominal. As sobrecorrentes são originadas por:
solicitação do circuito acima das características do projeto
(sobrecargas);
falta elétrica (curto-circuito).
Correntes de Sobrecarga são caracterizadas pelos seguintes fatores:
provocam, no circuito, correntes superiores à corrente nominal;
solicitações dos equipamentos acima de suas capacidades
nominais;
cargas de potência nominal acima dos valores previstos no projeto.
As sobrecargas são extremamente prejudiciais ao sistema elétrico, que
provocam a elevação da corrente do circuito a valores que podem chegar até, no
máximo, dez vezes a corrente nominal, produzindo com isso efeitos térmicos
altamente danosos aos circuitos.
As correntes de curtos-circuitos são provenientes de falhas ou defeitos
graves da instalação, tais como:
falha ou rompimento da isolação entre fase e terra;
falha ou rompimento da isolação entre fase e neutro;
falha ou rompimento da isolação entre fases distintas.
E, como consequência, produzem correntes extremamente elevadas, na
ordem de 1.000% a 10.000% do valor da corrente nominal do circuito (CAVALIN;
CERVELIN, 2011).

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3.2 Sistema de aterramento


Toda e qualquer instalação elétrica de média e baixa tensão para
funcionar satisfatoriamente e ser segura a riscos de acidentes fatais deve
necessariamente possuir um sistema de aterramento dimensionado
adequadamente para cada tipo de projeto.
Aterrar o sistema, ou seja, ligar um condutor (normalmente o neutro) à
terra, possibilita a detecção de sobretensões em relação à terra. Além disso,
fornece um caminho para a circulação de corrente, permitindo a detecção de
curtos-circuitos (entre os condutores vivos e a terra). Desta forma, o aterramento
é um aliado dos dispositivos de proteção contra sobretensões e sobrecorrentes
(curto-circuito) (PROCOBRE, 2001, p. 3).

O controle dessas tensões em relação à terra limita o esforço de tensão


na isolação dos condutores, diminui as interferências eletromagnéticas e
permite a redução dos perigos de choque para as pessoas que poderiam
entrar em contato com os condutores vivos (PROCOBRE, 2001, p. 3).

Pontualmente, são funções do aterramento:


i. Segurança de atuação de proteção;
ii. Proteção das instalações contra descargas atmosféricas;
iii. Proteção dos indivíduos contra contatos com partes metálicas da
instalação energizadas acidentalmente;
iv. Uniformização do potencial em toda área do projeto, prevenindo contra
lesões perigosas que possam surgir durante uma falta fase-terra.
A NBR 5410:2004 estabelece os esquemas de aterramento a serem
aplicados em uma instalação elétrica. Esses esquemas são listados a seguir:
TN-S – o condutor neutro e de proteção são interligados no aterramento da
alimentação, depois seguem distintos. É necessário o uso de disjuntores e
de DR’s para a respectiva proteção da instalação e de pessoas. É usado
na maioria das instalações elétricas. Onde é efetuada a
equipotencialização2 na entrada de energia elétrica.

2
Equipotencialização, como o próprio nome sugere, é a interligação em um mesmo ponto, de
todos os condutores destinados à proteção de equipamentos de informação, destinados contra
choques, contra descargas atmosféricas, contra sobretensões e contra descargas eletrostáticas.
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Esquema TN-S

TN-C-S - condutor PEN inicia (na alimentação) no modo TN-C e depois se


transforma em TN-S (para a distribuição). Recomenda-se realizar uma
equipotencialização bem feita. Este esquema é utilizado em locais onde o
condutor de proteção é necessário e de difícil acesso (longa distância).

Esquema TN-C-S

TN-C - apenas um condutor é usado para atender as duas funções: neutro


e proteção (PEN). Não é recomendado em circuitos com condutor de
seção inferior a 10mm², nem para a ligação de equipamentos portáteis.
Necessita de uma equipotencialização bem feita dentro da instalação
elétrica para evitar queima de equipamentos. É usado em instalações onde
se torna inviável a passagem de mais um condutor. DR’s não devem se
usados.

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Esquema TN-C

TT - “O neutro da fonte é ligado diretamente à terra, estando as massas da


instalação ligadas a um eletrodo de aterramento independente do eletrodo
da fonte.” No caso de um curto entre fase e massa, o fluxo de corrente é
baixo para a atuação de disjuntores, porém é recomendado o uso de DR’s
para a proteção de pessoas. É utilizado em casos onde há grandes
distâncias entre o ponto de aterramento da alimentação e a carga.

Esquema TT

IT - “Limita-se a corrente de falta a um valor desejado, de forma a permitir


que uma primeira falta desligue o sistema”. Não é necessário o uso de
DR’s. Uma impedância elevada pode ser instalada entre neutro e terra ou
simplesmente o neutro pode permanecer isolado do aterramento. É

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utilizado em casos onde uma primeira falha no sistema não possa desligar
imediatamente a alimentação, interrompendo processos importantes.

Esquema IT

1) O neutro pode ser ou não distribuído:

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A = sem aterramento da alimentação;


B = alimentação aterrada através de impedância;
B.1 = massas aterradas em eletrodos separados e independentes do eletrodo de aterramento da
alimentação;
B.2 = massas coletivamente aterradas em eletrodo independente do eletrodo de aterramento da
alimentação;
B.3 = massas coletivamente aterradas no mesmo eletrodo da alimentação.

Significado das letras:


Primeira letra – situação da alimentação em relação à terra:
T - um ponto diretamente enterrado;
I - isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento
através de uma impedância.
Segunda letra – situação das massas da instalação em relação à terra:
T - massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento
eventual de um ponto de alimentação;
N - massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado (em
corrente alternada, o ponto aterrado é normalmente o ponto neutro).
Outras letras (eventuais) – disposição do condutor neutro e do condutor
de proteção:
S - funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos;
C - funções de neutro e de proteção combinadas em um único (condutor
PEN).
Resumindo: nesses esquemas, a primeira letra indica a situação da
alimentação em relação à terra (T → ligado à terra e I → isolado), a segunda letra
indica a situação das massas em relação à terra (N → massas ligadas ao neutro e
T → massa ligadas diretamente à terra) e outras letras, se houver, indicam a
relação entre condutores neutro e terra (S → separados e C → combinados)
(WALENIA, 2008, p. 30).

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3.3 Proteção contra descargas atmosféricas


Os relâmpagos, descargas atmosféricas, ou ainda os raios são formados
dentro de uma nuvem denominada cumulonimbo, que possui característica
diferenciada em relação às outras, por ser verticalmente mais extensa.
Essas nuvens se formam a uma altura de 2.000 metros do solo e se
estendem até 18.000 metros acima.
De maneira bem didática, a dinâmica é esta:
O ar quente e úmido próximo do solo se eleva na atmosfera (ele sobe
porque é mais leve que o ar acima dele). O deslocamento ascendente faz com
que se esfrie até chegar ao topo da nuvem onde a temperatura é muito baixa, de
30°C negativos. A partir desse momento, o vapor d’água que estava misturado
com o ar quente transforma-se em granizo, que em função do seu peso começa a
precipitar-se para a base da nuvem. No deslocamento descendente ocorre o
choque com outras partículas menores, principalmente com cristais de gelo.
A colisão entre essas partículas (granizo e cristais de gelo) faz com que
fiquem carregadas eletricamente.
O granizo, como é mais pesado, fica com carga negativa e se desloca
para a base da nuvem, enquanto os cristais de gelo ficam com carga positiva e,
por serem mais leves, deslocam-se para a parte superior (topo) da nuvem.
Podemos notar que as cargas, dentro da nuvem, se separam: positivas na
parte superior e negativas na parte inferior. Quando as cargas atingem valores
extremamente elevados, ocorre o relâmpago, conforme as ilustrações abaixo:

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A maioria dos raios ou relâmpagos começa e termina dentro das nuvens.


São poucos os que vêm para o chão. E é justamente desses que devemos nos
prevenir.
No momento inicial do relâmpago, isto é, alguns milésimos de segundos
antes da descarga, a nuvem e o solo ficam com uma diferença de potencial que
pode variar de 10kV (10.000V) a 100kV (100.000V), formando assim um
gigantesco capacitor.
Os raios são basicamente de dois tipos: os positivos e os negativos.
A diferença está onde os mesmos se originam, ou seja, os negativos
saem da parte inferior da nuvem e os positivos saem da parte superior das
nuvens.
Os raios ocorrem num curtíssimo espaço de tempo (200 milésimos de
segundos), e em função disso as instalações elétricas (residenciais, comerciais ou
industriais) podem atingir de forma direta estruturas de edificações, o sistema de
para-raios, as fiações elétricas, redes de energia elétrica, postes e, de forma
indireta, em função da formação da radiação eletromagnética, induzir
sobretensões nas estruturas, nas linhas de energia elétrica, cabos subterrâneos,
cabos de comunicações e de transmissão de dados.
De acordo com Cidral Junior (2010), em relação a uma instalação elétrica,
o raio pode influenciar de duas maneiras:
a) Incidência direta, quando o raio atinge a superfície da edificação.
b) Incidência indireta, quando o raio atinge as redondezas de instalações
elétricas, linhas de distribuição de energia e de telecomunicações.

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Forma-se uma grande radiação eletromagnética que gera sobretensões


que causam danos a equipamentos e instalações de empresas, indústrias e
residências.
A proteção contra as descargas atmosféricas (raios ou relâmpagos),
apesar de toda tecnologia existente hoje em dia, continua sendo o primitivo para-
raios, uma invenção do século XVIII. É, sem dúvida, um dos aparelhos de
proteção mais simples. Ele é instalado sobre uma casa, alto de edifícios ou em
uma torre, onde uma haste metálica é ligada a um condutor, enterrado no solo
que será a primeira parte da construção a receber a descarga.
As razões de o relâmpago atingir uma edificação nestas condições são:
primeiro por ser de metal, segundo por possuir um condutor que leva a
eletricidade para a terra, e, terceiro por ser o ponto mais alto.
No entanto, para que o para-raios fosse inventado, foi necessário,
primeiramente, descobrir que os raios são um fenômeno elétrico. O estudo
experimental foi uma façanha realizada em 1752, pelo cientista Benjamin Franklin
(1706 - 1790) (CAVALIN; CERVELIN, 2011).
Vários estudos e o cotidiano também nos apontam que as descargas
atmosféricas causam sérias perturbações nas redes aéreas de transmissão e
distribuição de energia elétrica, além de provocarem danos materiais nas
construções atingidas por elas, sem contar os riscos de vida a que as pessoas e
os animais ficam submetidos.
As descargas atmosféricas induzem surtos de tensão que chegam a
centenas de kV nas redes aéreas de transmissão e distribuição das
concessionárias de energia elétrica, obrigando a utilização de cabos-guarda ao
longo das linhas de tensão mais elevada e para-raios a resistor não linear para a
proteção de equipamentos elétricos instalados nesses sistemas.
Quando as descargas elétricas entram em contato direto com quaisquer
tipos de construção, tais como edificações, tanques metálicos de armazenamento
de líquidos não convenientemente aterrados, partes estruturais ou não de
subestações, etc., são registrados grandes danos materiais que poderiam ser
evitados caso essas construções estivessem protegidas adequadamente por um
Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA).

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Mesmo havendo instalação de um sistema de para-raios, há sempre a


possibilidade de falha desse sistema, podendo a construção protegida, neste
caso, ser atingida por uma descarga atmosférica. A partir dessa premissa, a IEC
61024-1-2/NBR 5419:2005 determina quatro diferentes níveis de proteção, com
base nos quais devem ser tomadas decisões de projeto mais ou menos severas3.
A NBR 5419:2005 exemplifica os diversos tipos de estruturas e os
equivalentes níveis de proteção quanto às descargas atmosféricas, facilitando,
dessa forma, a formulação dos projetos de SPDA.
De forma genérica, esses índices de nível de proteção podem ser
resumidamente definidos como se segue:
Nível I: é o nível mais severo quanto à perda de patrimônio. Refere-se às
construções protegidas, cuja falha no sistema de para-raios pode provocar danos
às estruturas adjacentes, tai como as indústrias petroquímicas, de materiais
explosivos, etc.
Nível II: refere-se às construções protegidas, cuja falha no sistema de
para-raios pode ocasionar a perda de bens de estimável valor ou provocar pânico
aos presentes, porém sem nenhuma consequência para as construções
adjacentes. Enquadrara-se neste nível os museus, teatros, estádios, companhias
comerciais comuns, etc.
Nível III: refere-se às construções de uso comum como os prédios
residenciais, lojas de departamento e indústrias de manufaturados simples.
Nível IV: refere-se às construções onde não é rotineira a presença de
pessoas. Essas construções são feitas de material não inflamável, sendo o
produto armazenado nelas de material não combustível, tais como armazéns de
concreto para produtos de construção (MAMEDE FILHO, 2012).
O nível de proteção influencia nos afastamentos, seções e materiais dos
condutores envolvidos no projeto do SPDA.
Os SPDA, de forma geral, são constituídos de partes bem definidas,
porém intimamente interligadas que são o sistema captor; o sistema de descida e
o sistema de aterramento e a equipotenciação:
3
Vale a pena conferir na NBR citada, uma tabela com a classificação das estruturas quanto ao
nível de proteção. Nela constam a estrutura, os vários tipos, os efeitos das descargas atmosféricas
e o nível de proteção necessário.

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elementos da captação – responsável pela recepção das descargas


atmosféricas;
elementos de descida – responsáveis por conduzir as correntes da
descarga até o aterramento. Para edificações com mais de 20 m de altura,
também atuam como elementos de captação lateral;
elementos de aterramento – responsáveis por dissipar as correntes no
solo;
equipotencialização – reduz os riscos de centelhamentos perigosos,
preservando equipamentos, instalações e pessoas. Pode ser feita de forma
direta ou indireta, via DPS (Dispositivos de Proteção contra Surtos).
O SPDA apresenta-se sempre numa configuração série, como na figura a
seguir:

Os condutores de interligação ou de descida podem ser:


cabos;
fitas;
estruturas prediais (metálicas ou ferragens).
Os sistemas de aterramento mais comuns são:
eletrodo vertical (haste);
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múltiplos eletrodos verticais;


eletrodos horizontais (cabos);
múltiplos eletrodos horizontais (sistema radial ou em anel);
sistemas combinados de eletrodos verticais e horizontais (sistema em
malha).

Os SPDA possuem duas funções:


1) A função preventiva é justificada pelo permanente escoamento de
cargas elétricas do meio ambiente para a Terra, pelo poder de atração das
pontas, neutralizando o crescimento do gradiente de potencial entre o solo e as
nuvens.
2) A função protetora está associada à presença de um caminho
preferencial para um possível raio que se forme na região.
Existem basicamente três tipos de SPDA: Franklin, Gaiola de Faraday e
Radioativo. Todos os tipos são compostos por estruturas chamadas de captores
do raio, cabos de descida e sistema de aterramento.
a) Para-raios tipo Franklin:
É composto por uma haste captora fixada no topo de um mastro elevado.
O captor é ligado ao aterramento através dos condutores de descida. Na maior
parte dos casos, os condutores de descida são instalados afastados da
edificação.
O mastro pode ser instalado sobre ou ao redor da edificação.
A caixa de inspeção possibilita que sejam desconectados os captores e
descidas para realizar a medição da malha de aterramento. Já o eletroduto (que
deve permanecer a uma altura de 2,5 m acima do solo) tem a finalidade de
proteger principalmente os condutores de descida contra danos mecânicos
(ABNT, 2005, p. 9).
Quando for necessário usar mais de um mastro, os captores presentes
nos mastros devem ser interligados.

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Exemplo de para-raios do tipo Franklin

b) Gaiola de Faraday:
Utiliza captores formando uma malha e cobrindo o plano mais alto do
prédio. As descidas devem ser dispostas no mínimo em cada vértice da
edificação e a malha de aterramento forma um anel ao redor da edificação,
podendo inclusive estar interconectada com a estrutura metálica de sustentação
da edificação.

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Exemplo de para-raios do tipo Gaiola de Faraday

c) Para-raios radioativo:
Foi abolido na maioria dos países e no Brasil, sua utilização está proibida
desde 1989 por resolução da CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear. O
princípio do para-raios radioativo é usar captores com pontas com tratamento
radioativo, o que causa riscos diretos para pessoas que realizam sua instalação e
manutenção e riscos indiretos às pessoas que efetuam transporte,
armazenamento, venda, etc. Além disso, este tipo de para-raios, através de
estudos recentes, não possui maior eficiência em relação aos outros tipos de
para-raios.
Duas observações básicas e importantes:
Um sistema de proteção contra descargas atmosféricas não busca evitar a
formação dos raios nem atrair raios, mas proporcionar um caminho
controlado para o raio atingir a terra.

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Os para-raios protegem apenas a edificação. Eles não preservam


eletrodomésticos nem computadores. Portanto, se a sobrecarga vier pela
rede elétrica, pelo fio do telefone ou até mesmo pelo cabo da TV por
assinatura, é possível ocorrer uma danificação nesses aparelhos. Para
proteger os equipamentos foi criado o “supressor de surto de tensão”. Esse
dispositivo desvia as sobrecargas, funcionando como uma espécie de
para-raios interno.
Sobre o Dispositivo de Proteção Contra Surtos, conhecido como DPS,
este tem por finalidade evitar que a incidência indireta de descargas atmosféricas
danifique equipamentos presentes dentro da edificação.
Os DPS devem atender à IEC 61643-1 e ser selecionados com base no
mínimo nas seguintes características (CAVALIN, 2006, p. 379):
nível de proteção;
máxima tensão de operação contínua;
suportabilidade a sobretensões temporárias;
corrente nominal de descarga e/ou corrente de impulso;
suportabilidade à corrente de curto-circuito.
Os componentes da instalação devem ser selecionados de modo que o
valor nominal de sua tensão de impulso suportável não seja inferior àqueles
indicados na tabela a seguir:
Suportabilidade a impulso exigível dos equipamentos e instalações

Fonte: ABNT (2004, Tabela 31).

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Os DPS protegem os equipamentos contra sobretensões transitórias nas


instalações das edificações, cobrindo tanto as linhas de energia quanto as linhas
de sinal (ABNT, 2004, p. 130).
Os DPS podem ser especificados pela máxima corrente de curto-circuito,
veja os exemplos a seguir:
DPS 20kA: recomendado como proteção única ou primária em
instalações situadas em zonas de exposição a raios classificados como AQ1
(desprezível). Deve ser instalado no circuito elétrico no qual o equipamento está
conectado.
DPS 30kA: recomendado como proteção única ou primária em redes de
distribuição de baixa tensão situadas em áreas urbanas e densamente edificadas,
expostas a raios, classificadas como indiretas (AQ2). Deve ser instalado junto
com o quadro de distribuição central de rede elétrica.
DPS 45kA: recomendado como proteção única ou primária em redes de
distribuição de baixa tensão, situadas em áreas rurais ou urbanas com poucas
edificações, em zonas expostas a raios, classificadas como diretas (AQ3) e com
históricos frequentes de sobretensão. Deve ser instalado junto com o quadro de
distribuição central de rede elétrica.
DPS 90kA: recomendado como proteção única ou primária em redes de
distribuição de baixa tensão situadas em áreas rurais ou urbanas com poucas
edificações, em zonas expostas a raios classificadas como diretas (AQ3) e com
histórico de frequência elevada de sobretensões. Deve ser instalado junto com o
quadro de distribuição central de rede elétrica.
A instalação de um DPS irá depender das características do sistema de
alimentação de energia da edificação.

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Esquema de conexão de um DPS

Fonte: ABNT (2004).


De forma geral, o DPS deve ser instalado juntamente com um dispositivo
de proteção contra sobrecorrentes (disjuntor ou fusível), veja a representação a
seguir:

Esquemas de ligação entre DPS, DP, E/I

Fonte: ABNT (2004, figura 13).

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Onde:
DPS → Dispositivo de proteção contra surto.
DP → Dispositivo de proteção contra sobrecorrente.
E/I → Equipamento ou instalação.
A norma regulamentadora da ABNT NBR 5419 estabelece os
procedimentos relacionados com a Proteção de Estruturas contra descargas
atmosféricas. Como já vimos, o projeto do SPDA, basicamente é dividido em
Projeto dos Captores, Projeto das Descidas e Projeto da Malha de Aterramento.

3.4 Proteção contra riscos de incêndio e explosão


De acordo com Pereira e Sousa (2010), as indústrias, em geral, estão
permanentemente sujeitas a riscos de incêndio e, dependendo do produto que
fabricam, são bastante vulneráveis a explosões normalmente seguidas de
incêndio. Para prevenir contra essas ocorrências, existem normas nacionais e
internacionais que disciplinam os procedimentos de segurança que procuram
eliminar esses acidentes. Julga-se oportuno citar os diversos itens a seguir
discriminados constantes da norma NR-10 do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE).
Todas as empresas estão obrigadas a manter diagramas unifilares das
instalações elétricas com as especificações do sistema de aterramento.
O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido pelo
empregador ou por pessoa formalmente designada pela empresa e deve
permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e
serviços em eletricidade.
É obrigatório que os projetos de quadros, instalações e redes elétricas
especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos que possuam
recursos para travamento na posição desligado, de forma a poderem ser
travados e sinalizados.
O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes
itens de segurança:
a) Especificação das características relativas à proteção contra choques
elétricos, queimaduras e outros efeitos indesejáveis.

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b) Exigência de indicação de posição dos dispositivos de manobra dos


circuitos elétricos (Verde - “D” - Desligado; Vermelho - “L” - Ligado).
c) Descrição do sistema de identificação dos circuitos elétricos e
equipamentos, incluindo dispositivos de manobra, controle, proteção, condutores
e os próprios equipamentos e estruturas, esclarecendo como tais indicações
deverão ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações.
d) Recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de
pessoas aos componentes das instalações.
e) Precauções aplicáveis em face das influências ambientais.
f) O princípio funcional dos elementos de proteção constantes do projeto
destinados à segurança das pessoas.
g) Descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção.
Quanto à segurança em instalação elétricas desenergizadas, somente
serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para
serviço mediante os procedimentos apropriados, obedecida a sequência a seguir:
a) Seccionamento.
b) Impedimento de reenergização.
c) Constatação de ausência de tensão.
d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos
condutores dos circuitos.
e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada.
f) Instalação da sinalização de impedimento de energização.
O estado de instalação desenergizado deve ser mantido até a autorização
para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a sequência dos
seguintes procedimentos:
a) Retirada de todas as ferramentas, equipamentos e utensílios.
b) Retirada, da zona controlada, de todos os trabalhadores não
envolvidos no processo de energização.
c) Remoção da sinalização de impedimento de energização.
d) Remoção do aterramento temporário da equipotencialização e das
proteções adicionais.

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e) Destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de


seccionamento.
Os processos ou equipamentos suscetíveis de gerar ou acumular
eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de
descarga elétrica.
Nas instalações elétricas das áreas classificadas ou sujeitas a risco
acentuado de incêndio ou explosões devem ser adotados dispositivos de proteção
complementar, tais como alarme e seccionamento automático para prevenir
sobretensões, sobrecorrentes, fugas, aquecimentos ou outras condições
anormais de operação.
Enfim, por mais que queiramos o assunto não se esgota. Sugerimos que
atentem à NR-10 e às NBR 5410, 5413, 5419 que muito podem acrescentar aos
conhecimentos para que atuem em projetos elétricos industriais com muito
segurança, diminuindo ou eliminando os riscos de acidentes para as pessoas ao
seu redor, contribuindo para que sua organização atue de maneira ética e
melhore sempre sua rentabilidade e competitividade.

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50

REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS BÁSICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: 2004.


Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2005. Disponível
em:
http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/normas%20e%20relat%F3rios/NRs/nbr_5410.
pdf
MAMEDE FILHO, João. Instalações elétricas industriais. 8 ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2012.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5413: Iluminância


de Interiores. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1992.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419: Proteção de
Estruturas contra Descargas Atmosféricas. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR5444: Símbolos
Gráficos para Instalações elétricas prediais. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1989.
BADIA, José Octavio; DUTRA FILHO, Getúlio Delano. Interpretação de Projetos
Elétricos. Pelotas, RS: CEFET-RS, 2008.
BASOTTI, Márcio Rogério. Eletricidade: instalações industriais. Sapucaia do Sul:
Centro de Educação Profissional SENAI de Eletromecânica, 2001.
BISONI, Paulo Roberto; VAZ, Frederico Samuel de Oliveira; PEREIRA JUNIOR,
Paulo Roberto. Instalações elétricas industriais. Florianópolis: SENAI/SC, 2010.
Disponível em:
http://www.sc.senai.br/admin/documentos/pda/SENAISCSaoBentodoSulELETRo
MECANICA3MODULO-instalacoeseletricasindustriais.PDF
CAMINHA, Amadeu C., Introdução à Proteção dos Sistemas Elétricos. Edgard
Blücher Ltda, 1977.
CARVALHO, Moisés Roberto Lanner. Apostila Instalações Elétricas De Baixa
Tensão. Rio de Janeiro, RJ: ABACUS Informática e Engenharia, 2003.
CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações Elétricas Prediais. 15 ed.
São Paulo: Editora Érica, 2006.
CIDRAL JUNIOR, João Máximo. Projetos elétricos industriais. Florianópolis:
SENAI, 2010.
COTOSCK, Kelly Regina. Proteção de sistemas elétricos: uma abordagem
técnico-pedagógica. Belo Horizonte; UFMG, 2007. Dissertação de Mestrado.
Disponível em: http://www.ppgee.ufmg.br/defesas/381M.PDF
COTRIM, Ademaro A. M. B. Instalações Elétricas. 4 ed. São Paulo: Editora
Prentice Hall, 2003.
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. 14 ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., 2000.
FERRAZ, Rubinei de Servi. Dispositivos de Média e Baixa Tensão. Pelotas, RS:
CEFET-RS, 2008.

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51

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52

ANEXOS

Tabelas com símbolos padronizados utilizados pela ABNT e órgãos


internacionais (DIN, ANSI e IEC), os outros símbolos que fazem parte da
simbologia elétrica industrial, além dos relacionados pela norma NBR 5444.

Símbolos dos elementos de comando

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53

Símbolos de bobinas de comando e relés

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54

Símbolos de contatos e peças de contatos

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55

Símbolos de dispositivos de comando e proteção

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