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ÁREAS DO SISTEMA LÍMBICO

Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_l%C3%ADmbico"

Estruturas cerebrais na formação das emoções.

Amígdala: A destruição experimental das amígdalas (são duas, uma para cada um dos
hemisférios cerebrais) faz com que o animal se torne dócil, sexualmente indiscriminativo,
afetivamente descaracterizado e indiferente às situações de risco. O estímulo elétrico dessas
estruturas provoca crises de violenta agressividade. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre
outras coisas, com que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda
de fora, como a visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo mas, não sabe se gosta
ou desgosta da pessoa em questão. Localizada na profundidade de cada lobo temporal anterior,
funciona de modo íntimo com o hipotálamo. É o centro identificador de perigo, gerando medo e
ansiedade e colocando o animal em situação de alerta, apontando-se para fugir ou lutar.

Hipocampo: Envolvido com os fenômenos da memória de longa duração. Quando ambos os


hipocampos (direito e esquerdo) são destruídos, nada mais é gravado na [[memória[[. Um
hipocampo intacto possibilita ao animal comparar as condições de uma ameaça atual com
experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim, escolher qual a melhor opção a ser
tomada para garantir sua preservação.

Tálamo: São lesões ou estimulações do dorso medial e dos núcleos anteriores que estão
correlacionadas com as reações da reatividade emocional do homem e dos animais. A
importância dos núcleos na regulação do comportamento emocional possivelmente decorre, não
de uma atividade própria, mas das conexões com outras estruturas do sistema límbico. O núcleo
dorso-medial conecta com as estruturas corticais da área pré-frontal e com o hipotálamo. Os
núcleos anteriores ligam-se aos corpos mamilares no hipotálamo (e através destes, via fornix,
com o hipocampo) e ao giro cingulado.

Hipotálamo: É parte mais importante do sistema límbico. Além de seus papéis no controle do
comportamento, essas áreas também controlam várias condições internas do corpo, como a
temperatura, o impulso para comer e beber, etc. Essas funções internas são em conjunto
denominadas funções vegetativas do encéfalo, e seu controle está relacionado com o
comportamento. Ele mantém vias de comunicação com todos níveis do sistema límbico. O
hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções. Especificamente, as partes laterais
parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à
aversão, ao desprazer e a tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De um modo geral,
contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese do que na expressão(manifestações
sintomáticas) dos estados emocionais. Quando os sintomas físicos da emoção aparecem, a
ameaça que produzem, retorna, via hipotálamo, aos centros límbicos e, destes, aos núcleos pré-
frontais, aumentando, por um mecanismo de feed-back negativo, a ansiedade, podendo até chegar
a gerar um estado de pânico. O Conhecimento desse fenômeno tem, como veremos adiante,
importante sentido prático, dos pontos de vista clínico e terapêutico.

Giro cingulado: Situado na face medial do cérebro entre o sulco cingulado e o corpo caloso, que é
um feixe nervoso que liga os 2 hemisférios cerebrais. Há ainda muito por conhecer a respeito
desse giro, mas sabe-se que a sua porção frontal coordena odores, e visões com memórias
agradáveis de emoções anteriores. Esta região participa ainda, da reação emocional à dor e da
regulação do comportamento agressivo. A ablação do giro cingulado (cingulectomia) em animais
selvagens, domestica-os totalmente. A simples secção de um feixe desse giro (cingulomia),
interrompendo a comunicação neural do circuito de Papez, reduz o nível de depressão e de
ansiedade pré-existentes.

Tronco cerebral: Região responsável pelas reações emocionais. Na verdade, apenas respostas
reflexas de vertebrados inferiores, como répteis e os anfíbios. As estruturas envolvidas são a
formação reticular e o locus cérulus, uma massa concentrada de neurônios secretores de
norepinefrina. É importante assinalar que, até mesmo em humanos, essas primitivas estruturas
continuam participando, não só dos mecanismos de alerta, vitais para a sobrevivência, mas
também da manutenção do ciclo vigília-sono.

Área tegmental ventral: Grupo de neurônios localizados em uma parte do tronco cerebral. Uma
parte dele secreta dopamina. A descarga espontânea ou a estimulação elétrica dos neurônios da
região dopaminérgica mesolímbica produzem sensações de prazer, algumas delas similares ao
orgasmo. Indivíduos que apresentam, por defeito genético, redução no número de receptores das
células neurais dessa área, tornam-se incapazes de se sentirem recompensados pelas satisfações
comuns da vida e buscam alternativas "prazeirosas" atípicas e nocivas como, por exemplo,
alcoolismo, cocainomania, compulsividade por alimentos doces e pelo jogo desenfreado.

Septo: Situado à frente do tálamo, por cima do hipotálamo. A estimulação de diferentes partes
desse septo pode causar muitos efeitos comportamentais distintos. Anteriormente ao tálamo,
situa-se a área septal , onde estão localizados os centros do orgasmo (quatro para mulher e um
para o homem). Certamente por isto, esta região se relaciona com as sensações de prazer,
mormente aquelas associadas às experiências sexuais.

Área pré-frontal: Não faz parte do circuito límbico tradicional, mas suas intensas conexões com o
tálamo, amígdala e outras sub-corticais, explicam o importante papel que desempenha na
expressão dos estados afetivos. Quando o córtex pré-frontal é lesado , o indivíduo perde o senso
de suas responsabilidades sociais, bem como a capacidade de concentração e de abstração. Em
alguns casos, a pessoa, conquanto mantendo intactas a consciência e algumas funções cognitivas,
como a linguagem, já não consegue resolver problemas, mesmo os mais elementares. Quando se
praticava a lobotomia pré-frontal para tratamento de certos distúrbios psiquiátricos, os pacientes
entravam em estado de "tamponamento afetivo", não mais evidenciando quaisquer sinais de
alegria, tristeza, esperança ou desesperança. Em suas palavras ou atitudes não mais se
vislumbravam quaisquer resquícios de afetividade.

Circuito Pré-Frontal Dorsolateral

- Responsável por funções cognitivas executivas: resolução de problemas complexos,


estratégias de organização e capacidade verbal para resolver problemas.
- Memória operacional = memória de trabalho.
- Fazer prognóstico e planejar futuro, retardar resposta para aguardar outras informações,
considerar conseqüências das ações.
Þ lesão: apraxia (incapacidade de conduzir uma seqüência motora ou de pensamento),
incapacidade de focar a atenção.

Circuito Orbitofrontal

- Envolve-se com monitoração do sistema límbico, sendo importante para o humor e


personalidade.
- Medição de respostas socialmente apropriadas (comportamento social).

Þ lesão: respostas socialmente inadequadas, diminuição da agressividade.

Circuito Cingular Anterior

- Envolvido com intenção, monitoração de conflitos e comportamento motivado.


- Pode ainda, reforçar estímulos para outras áreas dos núcleos da base e córtex, através de
conexões com área tegmental ventral e substância negra compacta; sendo importante no processo
de aprendizagem. 

Área Parieto-occipito- temporal

• Responsável pela noção do espaço corporal contralateral.


• Responsável pela noção do espaço extra-pessoal.
• Área de processamento da linguagem visual (leitura):
giro angular Þ lesão: “cegueira para as palavras”
• Área da associação dos nomes aos objetos:
lobo occipital Þ lesão: agnosia associativa

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