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MODELAGEM DE
NEGÓCIOS
ESTRATÉGIA E
MODELAGEM DE
NEGÓCIOS
J efferson M arlon M onticelli
1ª E dição | 2019
APRESENTANDO O AUTOR
JEFFERSON MARLON MONTICELLI
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SINOPSE
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Estratégia e modelagem de negócios | Jefferson Marlon Monticelli
1 Introdução
O mundo tem passado por diversas mudanças nas últimas décadas, como a
revolução digital, o empoderamento do cliente, a valorização das experiências
e a globalização. Tais mudanças não ocorrem mais em escala linear e
reprodutiva, pois têm se materializado exponencialmente de forma criativa e
inovadora. Como consequência, empresas precisam adaptar-se a esse novo
ambiente de negócios, caso contrário não sobrevivem. Por exemplo, entre
1955 e 2016, apenas 12% das empresas da lista Fortune 500 sobreviveram
devido ao processo de destruição criativa (PERRY, 2016).
Análise
externa
Modelagem Escolha Implementação Controle Vantagem
Missão Objetos estratégica
de negócio da estratégia da estratégia competitiva
Análise
interna
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Estratégia e modelagem de negócios | Jefferson Marlon Monticelli
2 Modelo de Negócio
Nesse sentido, “um modelo de negócios descreve a lógica de criação, entrega
e captura de valor por parte de uma organização” (OSTERWALDER; PIGNEUR,
2011, p. 14). O modelo de negócios demonstra como o cliente recebe a oferta,
assim como a captura do valor refere-se a como o ofertante gera valor, entrega
esse valor ao cliente, que, por sua vez, percebe-o e, principalmente, está
disposto a pagar por ele. Portanto, o modelo de negócios busca explicar como
sua empresa funciona por meio da geração e captura de valor, ou seja, qual o
seu modelo de receita por meio da geração de valor aos seus clientes.
Para tanto, podem ser estabelecidos alguns aspectos para ajudar a modelar o
negócio, como veremos a seguir. Antes de iniciar, tenha em mãos uma folha
com o modelo, autoadesivos coloridos, canetas coloridas.
Para começar, sugere-se que a escrita não seja diretamente no quadro, pois
o Business Model Canvas é dinâmico, e o uso de autoadesivos permite que
você altere as ideias. O BMC pode ser iniciado por qualquer bloco, mas, na
maior parte das vezes, é melhor iniciar pela Proposta de Valor ou Segmento
de Clientes, e completar o lado direito do Business Model Canvas (geração de
valor). O modelo é um roteiro para registrar e validar hipóteses, sendo muito
útil para gerar reflexões. Por isso, não se pode ter medo de errar.
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Estratégia e modelagem de negócios | Jefferson Marlon Monticelli
O quê?
O que vou fazer?
Qual é o valor que
ofereço?
Como?
Como vou fazer?
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Estratégia e modelagem de negócios | Jefferson Marlon Monticelli
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Estratégia e modelagem de negócios | Jefferson Marlon Monticelli
d. “Fazendo o que deve ser feito”: gera valor por meio do auxílio a clientes
apenas ao obter ou executar serviços que favoreçam sua vida. Ex:
aplicativos de delivery que realizam entrega de refeições de restaurantes,
facilitando a aproximação com o cliente.
g. Preço: gera valor para segmentos de clientes que podem ser mais
sensíveis ao preço para determinadas especificações de produtos ou
serviços. Ex: lojas de 1,99.
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Estratégia e modelagem de negócios | Jefferson Marlon Monticelli
i. Redução de risco: gera valor por meio da redução de riscos aos clientes.
Ex: oferta de garantia estendida na compra de veículos, eletrodomésticos
ou eletrônicos.
O item Canais descreve como uma empresa se comunica com seu Segmento
de Clientes para entregar sua Proposta de Valor. Basicamente, é como seus
produtos ou serviços serão entregues aos seus clientes. Uma empresa pode ter
canais particulares (próprios) ou por meio de parceiros (com terceiros), diretos
(em contato direto com o cliente final) ou indiretos (sem contato direto com o
cliente final). Canais indiretos e por meio de parceiros possibilitam uma expansão
maior e mais rápida, com um custo menor, porém com um lucro menor. Canais
diretos e particulares implicam utilizar-se de mais recursos e levam mais tempo
para escalar; porém, proporcionam uma maior margem de lucros.
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Estratégia e modelagem de negócios | Jefferson Marlon Monticelli
Tipos de receitas:
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Tipos de precificação:
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c.
Plataforma: relacionadas a desenvolver soluções para hospedar
atividades dos clientes. Ex: sites de venda coletiva.
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b. Foco no valor: direcionadas pela criação de valor por meio do elevado nível
de personalização de produtos e serviços, com foco na intangibilidade
da marca e experiência. Ex: hotéis de luxo.
Dev. de Plataforma
software e AdWords
manutenção
Dev. de Anúncios Google
novos direcionados Anunciantes
algorismos
Blog e outros
sites
Recursos Canais de
chave Busca
distribuição
Usuários de
gratuita internet
Panorama de
busca de
anúncios
Google.com
Algorismo
de busca
Comissão Leilão de
Dev. Software Manutenção Gratuito
blogueiros palavras-chave
plataforma
e sites
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Memórias Usuários
de fotos do mundo
Socialização e interações todo
Desenvolvimento on-line
e manutenção Efeito Empres
de Anunc as /
da plataforma rede iantes
(conex s
ões)
Bing Audiência /
Recursos usuários Canais de Desenvolve-
chave distribuição dores
Produt
de jogos oras
Gravad e
oras
Marca Equipe
Desenvolve-
dores de
Facebook.com Editora
Audiência / Aplicativos
Infra gia Base de s
olo usuário usuários
Tecn s
30% de
Equipe Infaestrutura Valor por comissão
tecnol[ogica clique (facebook
credit)
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MISSÃO
OBJETIVOS E PLANOS
ESTRATÉGICOS
(Organização como um todo)
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Estratégia e modelagem de negócios | Jefferson Marlon Monticelli
interna é a matriz SWOT, que vem das palavras do inglês strenghts (forças),
weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças).
O objetivo dessa ferramenta é maximizar os pontos fortes e oportunidades e
minimizar os pontos fracos e ameaças.
Análise Interna
S (strenghs) W (weaknesses)
Pontos fortes Pontos fracos
SO (maxi-maxi) WO (mini-maxi)
Tirar o máximo partido Desenvolver as estratégias
O (oportunities) dos pontos fortes para que minimizem os efeitos
Análise Externa
ST (maxi-mini) WT (mini-mini)
T (threats) Tirar o máximo partido
dos pontos fortes para
As estratégias a desen-
volver devem minimizar
Ameaças minimizar os efeitos das ou ultrapassar os pontos
ameaças detectadas. fracos e, tanto quanto possível,
fazer face às ameaças.
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Estratégia e modelagem de negócios | Jefferson Marlon Monticelli
4 Estratégias do Negócio
Após a definição da missão e objetivos estratégicos, além da realização da
análise dos ambientes interno e externo, o próximo passo é a seleção da
melhor estratégia de acordo com cada contexto. Para tanto, a matriz BCG
(desenvolvida pelo Boston Consulting Group) permite classificar as unidades
de negócio ou produtos de acordo com sua participação no mercado e a taxa
de crescimento projetada nos mercados em que a empresa atua (MAXIMIANO,
2012). Na prática, a matriz BCG permite avaliar, periodicamente, a oferta de
produtos e serviços que geram mais receita com menor investimento ou
esforço para operacionalização.
Estrelas: são produtos ou serviços que geram muito lucro, pois possuem
participação elevada em mercados com alta taxa de crescimento. No entanto,
ao contrário das vacas leiteiras, exigem consideráveis investimentos para que
alcancem bom nível de lucratividade.
Muitos produtos e serviços têm um ciclo de vida que passa pelos quatro quadrantes
da matriz. No entanto, não há um padrão de comportamento para esta dinâmica.
Tradicionalmente, no início de sua vida útil, o produto ou serviço se posiciona no
quadrante das “interrogações”, ou seja, demonstra potencial de crescimento, mas
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Estratégia e modelagem de negócios | Jefferson Marlon Monticelli
ainda não gera lucros. O ideal aqui é determinar um tempo limite para voltar a
analisar os produtos desse quadrante e, preferencialmente, movê-los.
Participação no mercado
Crescimento do Mercado Alta Baixa
?
Alta
Baixa
?
Crescimento do Mercado
Alta
Estrela Em questionamento
Baixa
No entanto, ao utilizar a matriz BCG, deve ser evitado o risco de tomar decisões
com base somente no olhar “para dentro” da empresa. Na dúvida, devem
ser utilizadas análises complementares, pois a participação de mercado e o
crescimento do mercado não são os únicos fatores para determinar o sucesso
de um produto ou serviço. Além disso, para utilizar a matriz BCG, é mais
indicado possuir algum tempo de operação. Assim, avalia-se um histórico mais
consolidado do desempenho de cada produto e serviço quanto a volume de
vendas e custos operacionais.
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IMPORTÂNCIA = G x U x T
G
é o fator impacto financeiro ou qualquer
outro dependendo dos objetivos da
GRAVIDADE instituição.
U
URGÊNCIA
é o fator tempo.
T
TENDÊNCIA
é o fator tendência
(padrão do desenvolvimento).
G
GRAVIDADE
U
URGÊNCIA
T
TENDÊNCIA
= irá piorar
5 = extremamente
grave 5 = precisa de ação
imediata 5 rapidamente se nada
for feito
= irá piorar em pouco
4 = muito grave
4 = é urgente
4 tempo se nada for
feito
3 = grave
3 = o mais rápido
possível 3 = irá piorar
2 = pouco grave
2 = pouco urgente
2 = irá piorar em
longo prazo
1 = sem gravidade
1 = pode esperar
1 = não irá mudar
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2º) atribuir uma nota para cada problema listado, considerando a gravidade,
urgência e tendência;
4º) elaborar planos de ação, com prazos e responsáveis, para cada problema a
ser solucionado.
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Estratégia e modelagem de negócios | Jefferson Marlon Monticelli
Financeiro
Para ter sucesso
financeiramente, como nós
devemos aparecer para os
nossos investidores?
Aprendizado e
Crescimento
Para alcançar nossa visão,
como sustentar a habilidade
de mudar e progredir?
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Perspectiva de
Processos
Fortalecer o Otimizar a Melhorar a Manter
Desenvolver atendimento e o operação de eficiência de conformidade Melhorar
novos relacionamento atendimento da Processos com a legislação eficácia dos
produtos com o cliente demanda Produtivos ambiental investimentos
Perspectiva de
Pessoas e Desenvolver Orientar a Garantir segurança
empresa a no ambiente de
Aprendizados competências
resultados trabalho
Conclusão
Após o estudo das matrizes e ferramentas anteriores podemos compreender
que, munida da modelagem e definição de negócios, implementação e
controle da estratégia, uma empresa está preparada para realizar suas
escolhas estratégicas, ou seja, está apta a compreender como obter vantagens
competitivas sustentáveis sobre seus concorrentes no mercado e no contexto
em que atua.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PERRY, M.J. Fortune 500 firms 1955 v. 2016: Only 12% remain, thanks to the creative
destruction that fuels economic prosperity, AEI, 3 de dezembro de 2016. Disponível
em: http://gg.gg/drftn. Acesso em: 7 dez. 2018.
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