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[Técnico de vitivinícola]
[81855 -Fertilidade do solo, nutrição e fertilização
da vinha]
I.FP.016.02 – 12/2015 1 / 33
POCH-03-5470-FSE-000666
Formador: Rita Metelo
[outubro] de [2020]
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Ficha Técnica:
https://www.slideshare.net/grasielaabreu/nutrio-vegetal-
Fontes 86092500
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http://efaland.weebly.com/03---nutriccedilatildeo-vegetal-e-
fertelidade.html#
file:///C:/Users/Rita/Downloads/ID-8688%20(2).pdf
http://apagri.com.br/sem-categoria/guia-rapido-sobre-
analise-de-solo/
https://www.slideshare.net/JosLeandroAraujo/avaliao-da-
fertilidade-do-solo-e-estado-nutricional-das-plantas
http://www.drapn.min-
agricultura.pt/drapn/conteudos/zv/codigobpa.pdf
http://www.advid.pt/imagens/boletins/14104364156148.pdf
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Índice
Ficha Técnica:............................................................................................................................... 3
Índice ............................................................................................................................................. 5
Conteúdos: ................................................................................................................................... 6
Desenvolvimento: ......................................................................................................................... 7
Macronutrientes: ....................................................................................................................... 8
Micronutrientes: ........................................................................................................................ 8
Para que serve a avaliação do estado nutricional do solo e das plantas? ..................... 11
Corretivos: ................................................................................................................................... 18
Solos ácidos............................................................................................................................. 21
Solos calcários......................................................................................................................... 22
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solos com carência de magnésio ........................................................................................ 23
Compostos ternários............................................................................................................... 25
Fertirrigação ............................................................................................................................ 27
Eutrofização ............................................................................................................................ 30
Poluição do ar ........................................................................................................................ 30
Conteúdos:
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gerais da fertilização racional;
Desenvolvimento:
Nutrição vegetal:
• Devem estar disponíveis na solução do solo para que as plantas possam absorvê-
las;
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Classificação dos nutrientes:
• Macronutrientes
• Micronutrientes
Apenas o carbono, o hidrogénio e o oxigénio não são minerais. Estes representam cerca
de 90 a 95% da massa seca da planta.
Macronutrientes:
Micronutrientes:
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Fertilidade do solo
Leis da fertilidade:
A produção de uma planta é limitada pelo nutriente que estiver em menor quantidade no
solo, em relação á necessidade da planta, mesmo que os nutrientes estejam em
quantidades adequadas.
4º-Lei da restituição
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“Os nutrientes retirados pelas culturas do desenvolvimento à produção, devem ser
restituídos ao solo para evitar o seu empobrecimento”.
Cada cultura retira do solo uma certa quantidade de nutrientes essenciais ao seu
desenvolvimento, estes nutrientes ficam contidos no caule, folhas, sementes, grãos, frutos
e precisam ser restituídos ao solo para evitar diminuição da produtividade e
empobrecimento do solo, esta reposição é feita através da aplicação de fertilizantes via
soco ou via folha.
“Um solo sem reposição de nutrientes sem neutralização de acidez, sem rotação ou
sucessão de culturas, sem adubação verde, tende a decrescer a sua fertilidade com o
passar do tempo”.
“Para uma ótima produtividade da lavoura, o solo deve conter todos os fatores de
produção em níveis adequados”.
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Para que serve a avaliação do estado nutricional do solo e das plantas?
É uma forma de avaliar a fertilidade e o estado nutricional do solo e da planta, tentando a melhor
forma de adubar, evitando gastos com adubos de forma errada ou desnecessária.
• Raiz
• Caule
• Fruto
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Análise de terra - procedimento para colheita de amostras de terra
http://labsolos.esa.ipcb.pt/docs/recolha.pdf
Época de colheita: Qualquer altura do ano, mas deve evitar terras muitos molhadas ou
extremamente secas, pois é mais difícil a mistura final da amostra. A amostra deve ser
recolhida pelo menos 3-5 meses antes da data das plantações.
Material necessário:
• Enxada
Procedimento:
• Antes de retirar as amostras deve excluir os locais perto de muros, caminhos, valas
e lagos ou riachos.
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• No terreno, retirar as amostras (amostras parcelares), com as culturas já instaladas
ou por plantar, percorrendo o terreno em zig-zag, tentando abranger toda a área
de plantação.
• Raspar com uma enxada e retirar a camada superficial (2 cm), que deve ser
desprezada.
• Cada amostra de terra deve ser retirada com a pá “tipo francesa” com 2-3 cm de
espessura a uma profundidade de 15-25 cm.
• Retirar apenas 1kg de terra para um saco, que deve ser identificado, com o nome
da parcela/propriedade, profundidade e a data de colheita.
Deve também referir o tipo de cultura que quer instalar ou que já está instalada e solicitar
um parecer técnico (a maioria das entidades fornece). Resta referir que as análises têm os
seus custos, que podem, não ser muito relevantes, tendo em conta que fica a saber o que
verdadeiramente necessita para corrigir o seu solo.
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Análise foliar - procedimento para colheita de amostras de plantas em vinhas:
• Verificar se aplicação de nutrientes ao solo está ou não a ser utilizada pela planta;
• Colher a folha oposta ao cacho basal, uma ou duas por videira, no lançamento inserido
no terço médio do braço da videira.
• Ainda na vinha destacam-se os pecíolos inteiros que são guardados em sacos de pano
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ou de papel tipo Kraft ou em alternativa embrulhados em papel absorvente (papel de
cozinha), não usar sacos de plástico e agrafos.
• As folhas devem ser colhidas com o pecíolo (parte da folha utilizada para a análise) pela
manhã ou ao fim do dia.
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Princípios gerais da fertilização racional
A fertilidade de um solo pode degradar-se quando este for sujeito a técnicas culturais
incorretas ou, pelo contrário, pode aumentar quando cultivado de forma adequada de
maneira a melhorar as suas características físicas, químicas e biológicas.
Um solo naturalmente fértil e produtivo pode, assim, tornar-se praticamente estéril por
esgotamento de um ou mais dos seus nutrientes ou por degradação de alguma das suas
propriedades ou ser mesmo completamente destruído por ação de fenómenos erosivos; e
um solo com uma fertilidade natural muito baixa pode tornar-se altamente produtivo após
correção dos fatores limitantes, designadamente de carências ou de excessos minerais,
impeditivos do normal crescimento e desenvolvimento das plantas.
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Através da fertilização racional procura-se aplicar corretamente ao solo e ou às plantas,
nas épocas apropriadas e sob as formas mais adequadas, os nutrientes que nele
escasseiam face às necessidades da(s) cultura(s). Haverá, por um lado, que conhecer as
necessidades de nutrientes da cultura relativamente ao nível de produção que
realisticamente pretende atingir-se e, por outro, conhecer as disponibilidades do solo em
nutrientes. A partir do balanço necessidades - disponibilidades poderão determinar-se os
nutrientes e respetivas quantidades que será necessário fornecer ao solo para garantir uma
adequada nutrição da cultura.
A fertilização racional será, pois, uma fertilização por medida, indispensável à obtenção
da melhor rendibilidade económica da produção agrícola e à preservação da qualidade
do ambiente, nomeadamente a proteção das águas superficiais e das águas
subterrâneas contra a poluição com nutrientes minerais veiculados pelos fertilizantes.
Corretivos:
Corretivo orgânico:
Para além dos estrumes, compostos e resíduos das culturas, também podem produzir-se
nas explorações agropecuária outros materiais fertilizantes como chorumes e, ainda,
águas residuais e lamas de depuração resultantes do tratamento dos efluentes
provenientes das humidades de criação intensiva de animais, designadamente das
suiniculturas.
corretivos minerais:
Os corretivos de acidez são produtos capazes de neutralizar, ou seja, diminuir e/ou eliminar
a acidez dos solos. Para além disso fornecem nutrientes vegetais ao solo, principalmente
cálcio e magnésio. O que corrige a acidez do solo são as bases químicas óxido/hidróxido,
carbonatos e silicatos em associação com os nutrientes cálcio e magnésio.
No que diz respeito aos adubos, estes classificam-se como produtos que são utilizados para
aumentar a disponibilidade de nutrientes no solo para as plantas.
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ao solo ou tecidos vegetais (geralmente as folhas) para prover um ou mais nutrientes
essenciais ao crescimento das plantas. São aplicados na agricultura com o intuito de
melhorar a produção.
Alguns desses elementos estão fartamente disponíveis no meio ambiente do nosso planeta
e são diretamente assimiláveis pelas plantas, como carbono, hidrogênio e oxigênio. Outros
como nitrogênio, apesar de fartamente disponível na atmosfera, não são diretamente
absorvíveis pelas plantas, ou o processo de absorção é muito lento face à demanda
produtiva. Aos elementos necessários e que são normalmente adicionados pelos
agricultores a suas plantações para suprir essas deficiências e aumentar a produtividade,
chamamos adubo.
Podem ser aplicados através das folhas mediante pulverização manual ou mecanizada,
chamada de adubação foliar, via irrigação ou através do solo.
Antes de se aplicar qualquer tipo de fertilizante ou corretivo de solo, deve-se antes fazer
uma análise química do solo e em seguida encaminhá-la a um engenheiro agrônomo,
engenheiro florestal, técnico florestal ou técnico agrícola, para que, dessa forma, não haja
desperdícios e compras desnecessárias, ou ainda uso incorreto dos fertilizantes podendo
acarretar perdas na produtividade com o uso desbalanceado dos nutrientes (o excesso
de um nutriente e a falta de outro pode deixar a planta muito suscetível a doenças).
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Mistura de adubos – tabelas de compatibilidade
É a partir do solo enquanto suporte físico, meio de desenvolvimento das raízes e verdadeira
reserva nutritiva das plantas, que a videira efetua, de forma natural e muito discreta, a sua
alimentação; Anualmente, ciclo após ciclo, é ao solo que a videira, através do seu sistema
radicular, vai buscar, os vários alimentos ou nutrientes de que necessita para o seu
crescimento e desenvolvimento. Logicamente, ano após ano, o solo vitícola sofre aquilo
que poderá ser designado de perda de reservas nutritivas.
Solos ácidos
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elevada-, na absorção dos sais alcalinos pelas plantas cultivadas ou na reação de ácida
de certos produtos utilizados na fertilização do solo. A acidez do solo pode ser corrigida
com a incorporação no solo de substâncias alcalinas como conchas moídas, margas e
calcário.
Solos calcários
O solo calcário é um tipo de solo que contém muito cálcio ou cal, um material
muito usado na construção de casas. São solos calcários os que apresentarem
mais de 30% de calcário.
A presença de altos níveis de carbonato de cálcio determina um pH básico. Eles têm baixo
conteúdo de matéria orgânica e geralmente ocorrem em áreas áridas ou semiáridas em
todo o planeta. Eles também ocorrem em áreas de lagos com uma alta contribuição de
carbonato de cálcio das conchas de gastrópodes e bivalves.
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Solos salgados
Fertilizantes elementares
Azotados:
• nitra amoniacais;
• Ureia - A ureia é um tipo de fertilizante sólido muito utilizado para fazer a adubação
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de um grande número de plantas. Apresenta-se na forma de grânulos brancos que
contém em sua composição 46% de Nitrogênio.
• Potássicos
• quelatos líquidos
• borato de sódio
Compostos binários
• fosfo-potássicos;
• nitrato de potássio;
• nitrato de magnésio
• sulfato de magnésio
Compostos ternários
A videira é uma cultura que se adapta bem em vários tipos de solos, sendo que seu
desempenho produtivo é melhor naqueles com boa capacidade de suprimento de
nutrientes.
A aplicação dos fertilizantes deve ser efetuada após a sistematização do terreno, desde
que esta seja necessária.
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profunda.
..\fertilizaao_antes_da_instalaao_da_vinha.pdf
Adubação de cobertura
A adubação de cobertura é realizada após a cultura já estar instalada. Pode ser realizada
sobretudo durante três momentos distintos:
A adubação de cobertura serve como um reforço para a adubação de plantio. Ela age
suprindo as reservas do solo que já foram consumidas pelas plantas;
Adubação de fundo
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Adubação foliar – aplicação de bio estimulantes
Desde que aplicada de maneira correta, a fertilização foliar pode ser considerada uma
forma de aplicação de nutrientes mais rápida e eficiente do que a fertilização
convencional através do solo. Atualmente, verifica-se que existem fertilizantes solúveis em
água que podem cumulativamente ser aplicados diretamente na parte aérea das
plantas .
Os nutrientes que são mais eficientes quando aplicados pela via foliar são aqueles que as
plantas necessitam em concentrações inferiores que 1 a 2%. Neste contexto, destacam-se
os micronutrientes (B, Zn, Fe, Mn entre outros) os quais, geralmente, são necessários em
menor quantidade pelas plantas quando comparados com os macronutrientes .
Fertirrigação
Na maior parte das vezes, a fertirrigação tem a finalidade de tão somente adubar o solo
de uma maneira mais eficiente, barata e com um grau de precisão maior do que outros
métodos de adubação, através da diluição de fertilizantes comerciais (N, P, K) em água
de irrigação.
É essencial que, até a entrega, o produto esteja com uma qualidade no mínimo satisfatória
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para ser aplicado imediatamente sem comprometer sua aplicação ou,
consequentemente, o rendimento e qualidade das colheitas.
Ambiente limpo, livre de poeira e protegido da humidade, que pode causar a formação
de pó e empedramento, prejudicando a capacidade de aplicação.
Temperatura entre 5 e 30°C (alguns tipos de fertilizante são sensíveis a altas temperaturas).
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Fertilização e ambiente
Poluição do solo
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Poluição da água
Eutrofização
Poluição do ar
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Fertilização e qualidade alimentar
Os nitratos (NO3) são constituintes azotados cuja presença é natural no meio ambiente em
consequência do ciclo do azoto. Representam uma fonte de azoto essencial para o
crescimento normal das plantas, uma vez que, cerca de 90% do azoto requerido por estas
se apresenta na forma de nitratos (Perez et al, 1998).
Com o objetivo de promover o crescimento mais rápido dos produtos hortícolas e obter
folhas mais vistosas e de maiores dimensões, os processos de agricultura intensiva utilizam
de forma excessiva e não racional fertilizantes azotados. Este uso abusivo conduz ao
aumento de teor de nitratos nas plantas e a um excesso de fertilizante no solo, que
sofrendo processos de degradação, e/ou lixiviação proporcionam a contaminação dos
lençóis freáticos e das águas superficiais (Rovira et al, 1987; Elia et al, 1998, Faridan et al,
2005).
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Nutrientes minerais
A nutrição mineral é o estudo das formas como as plantas utilizam e obtêm os nutrientes
minerais obtidos através do solo.
As boas práticas agrícolas podem ser definidas como cultivar os produtos da melhor forma
e, em simultâneo, dar garantia dos mesmos.
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ambiente e melhorar as condições de trabalho dos produtores.
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