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Biologia e Geologia – 10º Ano

Geologia – Tema I: Geologia, os geólogos e os seus métodos


Ficha nº 3

Assunto: Terra um planeta em mudança


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GRUPO I

Os fósseis das maiores trilobites do mundo foram encontrados em Portugal

Uma equipa internacional descobriu em Arouca, perto de Aveiro, vários grupos de fósseis
de trilobites com 465 milhões de anos. Apesar de não haver espécies novas, a importância da
descoberta deve-se à dimensão dos indivíduos que, segundo os investigadores, são os maiores do
mundo.
Na pedreira de Arouca, só cinco ou seis espécies é que apresentaram um tamanho
fenomenal. Habitualmente, as espécies não ultrapassam os dez centímetros, aqui a maioria
ultrapassava os 30 centímetros e o maior fóssil tem 86 centímetros de comprimento. Outros fósseis,
como os “icnofósseis”, foram recolhidos ao longo da extração de ardósia, rocha metamórfica que
melhor caracteriza a região.
Há 465 milhões de anos, no período Ordovícico, a zona de Arouca estava submersa e
ficava pertíssimo do polo sul, junto da costa do continente chamado Gondwana, que resultou da
fragmentação da Pangea. O frio e as águas com uma baixa concentração de oxigénio permitiram às
trilobites crescerem mais, num ambiente protegido em que seres maiores com um metabolismo
mais lento estariam bem adaptados. Graças ao seu tamanho e ao baixo metabolismo, teoriza-se
que as trilobites poderiam descer até profundidades de 150 metros para se alimentarem de
partículas orgânicas. A falta de oxigénio ajudou à fossilização. “Trata-se aqui de uma preservação
excecional, que só ocorre quando temos sedimentos muito finos e ausência de oxigénio”, frisa o
investigador. adaptado do jornal Público, Maio 2009

1. A aplicação de princípios estratigráficos a unidades geológicas, possibilita a


(A) determinação da sua idade relativa através da desintegração de radioisótopos.
(B) reconstituição da sequência dos acontecimentos geológicos que as originaram.
(C) identificação dos tipos de rochas existentes nessas formações.
(D) determinação da sua idade absoluta através do estudo dos fósseis encontrados.

2. As fossas oceânicas encontram-se associadas a limites


(A) convergentes, em que a placa de menor densidade afunda sob a placa de maior densidade.
(B) convergentes, em que a placa de maior densidade afunda sob a placa de menor densidade.
(C) divergentes, em que a placa de menor densidade afunda sob a placa de maior densidade.
(D) divergentes, em que a placa de maior densidade afunda sob a placa de menor densidade.
3. A fragmentação do continente Gondwana, permitiu a formação de uma crosta oceânica
essencialmente constituída por basalto,
(A) rocha plutónica, que se forma em condições de arrefecimento rápido do magma.
(B) rocha plutónica, que se forma em condições de arrefecimento lento do magma.
(C) rocha vulcânica, que se forma em condições de arrefecimento rápido do magma.
(D) rocha vulcânica, que se forma em condições de arrefecimento rápido do magma.

4. Devido ao movimento das placas tectónicas, verificado no planeta Terra, a Índia continuará a
chocar com a Ásia. As rochas localizadas nas margens da Índia e do continente asiático vão
permanecer a tensões particularmente
(A) baixas, que podem desencadear fenómenos de metamorfismo regional.
(B) elevadas, que podem desencadear fenómenos de metamorfismo de contato.
(C) baixas, que podem desencadear fenómenos de metamorfismo de contato.
(D) elevadas, que podem desencadear fenómenos de metamorfismo regional.

5. A presença de um rifte continental, numa dada região do planeta Terra, permite verificar
(A) destruição de crusta, acompanhada do afastamento entre massas continentais da mesma
placa.
(B) destruição de crusta, acompanhada da colisão entre massas continentais da mesma
placa.
(C) construção de crusta, acompanhada do afastamento entre massas continentais da mesma
placa.
(D) construção de crusta, acompanhada da colisão entre massas continentais da mesma
placa.

6. A ardósia é uma rocha que se forma


(A) em profundidade, pela ação de fatores como a pressão e temperatura.
(B) em profundidade, pela ação da meteorização e erosão de rochas preexistentes.
(C) à superfície, pela ação de fatores como a pressão e temperatura.
(D) à superfície, pela ação da meteorização e erosão de rochas preexistentes.

7. Na região de Arouca foram encontrados, ao nível da formação de Sobrido, depósitos


sedimentares de origem glaciária, datados de há cerca de 445 milhões de anos, sendo por isso
classificados como depósitos tardi-ordovícicos.
Explique de que forma os vestígios de depósitos glaciários na região de Arouca apoiam a
hipótese da mobilidade das placas litosféricas.
GRUPO II

Pegadas de dinossáurios

O Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros da Serra de Aire fica situado no


extremo oriental da serra de Aire, na povoação de Bairro, em pleno Parque Natural das Serras de
Aire e Candeeiros. Contém um importante registo fóssil do período jurássico — as pegadas de
alguns dos maiores seres que alguma vez povoaram o planeta Terra: os dinossáurios saurópodes.
Na laje calcária, onde as pegadas de dinossáurio se conservaram ao longo de 175 milhões
de anos, podem ser observados cerca de 20 trilhos ou pistas, uma delas com 147 m e outra com
142 m de comprimento. No período jurássico, a fragmentação da grande massa continental -
Pangea - que levou à formação dos atuais continentes, proporcionando, em geral, um clima mais
ameno, levou também à existência de extensos mares pouco profundos, onde a vida era abundante.
O clima era tropical (quente e húmido) e havia densas florestas. A quantidade de vegetação permitiu
a proliferação de dinossáurios herbívoros, como os saurópodes. Nas suas deslocações, estes
animais deixaram as suas pegadas nas camadas da lama calcária existente nas lagunas marinhas
de baixa profundidade.
Depois, a lama secou e foi soterrada por sedimentos calcários que acabaram por se
transformar em rocha. Passados cerca de 175 milhões de anos, os trabalhos de exploração da
pedra permitiram pôr a descoberto os vários trilhos visíveis na laje.
adaptado de http://www.pegadasdedinossaurios.org/html/mon_conmon.htm

1. A existência de um clima tropical, na região por onde passaram os dinossáurios na Serra de Aire,
sugere que aquela região esteve deslocada para
(A) sul há mais de 175 milhões de anos.
(B) sul há menos de 175 milhões de anos.
(C) norte há mais de 175 milhões de anos.
(D) norte há menos de 175 milhões de anos.

2. Análises laboratoriais radiométricas realizadas em amostras de calcários foram inconclusivas


quanto à idade absoluta da génese desta rocha, porque os seus constituintes minerais
(A) tiveram origem em rochas preexistentes.
(B) tiveram origem no magma.
(C) sofreram cristalização.
(D) formaram-se em profundidade.

3. Após a deposição de sedimentos calcários verificar-se-ão fenómenos de diagénese, onde


durante a compactação
(A) aumenta a porosidade da rocha assim como a sua densidade.
(B) diminui a porosidade da rocha e a sua densidade aumenta.
(C) aumenta a porosidade da rocha e a sua densidade diminui.
(D) diminui a porosidade da rocha assim como a sua densidade.

4. O calcário pode originar mármore, rocha metamórfica com textura não foliada. Esta última forma-
se em regiões de metamorfismo
(A) de contacto, sendo o fator de metamorfismo predominante a tensão.
(B) de contacto, sendo o fator de metamorfismo predominante a temperatura.
(C) regional, sendo o fator de metamorfismo predominante a tensão.
(D) regional, sendo o fator de metamorfismo predominante a temperatura.

5. A hipótese da existência da Pangea foi apontada por Alfred Wegener baseando-se, por exemplo,
na
(A) existência de uma litosfera dividida em placas.
(B) existência de riftes nos fundos oceânicos.
(C) complementaridade entre o traçado das zonas costeiras de continentes hoje separados.
(D) ausência de camadas rochosas com a mesma idade em certas regiões distintas de vários
continentes.

6. Faça corresponder a cada uma das afirmações expressas na coluna A, o respetivo conceito,
referido na coluna B.
Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes. Utilize cada letra e
cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
(a) Assume que as leis naturais são constantes,
independentemente do espaço e do tempo.
(1) Princípio da sobreposição de estratos
(b) Atribui uma idade em valor numérico a uma formação
(2) Catastrofismo
rochosa, expressa em unidades de tempo.
(3) Princípio da identidade paleontológica
(c) A sua aplicação atribui uma idade superior aos estratos
(4) Idade relativa
mais profundos, relativamente aos superficiais.
(5) Idade radiométrica
(d) Rocha que resulta da consolidação do magma no interior
(6) Uniformitarismo
da crusta terrestre.
(7) Rocha Plutónica
(e) Permite avaliar a idade de formações geológicas na
(8) Rocha Vulcânica
Terra, com base no seu conteúdo fóssil.

7. No Jurássico a abertura do Atlântico Norte estava em curso, sendo que o grau de separação
das massas continentais da Europa e da América do Norte continua a ser objeto de debate
entre os cientistas. Em Portugal foram descobertos fósseis de dinossauros do Jurássico (nas
zonas do Pombal e da Batalha) semelhantes a exemplares descobertos nos Estados Unidos da
América.
Explique de que modo as semelhanças entre os achados fósseis descobertos em Portugal e
nos Estados Unidos pode ajudar a esclarecer o debate entre os cientistas.

GRUPO III

Manto geológico da Península Ibérica tem 300 milhões de anos

A Península Ibérica formou-se há, aproximadamente, 300 milhões de anos. Segundo artigo
publicado na revista «Geology» foi o movimento das placas tectónicas que fez com que este
pedaço de terra, no centro da Pangeia – o continente único que existia naquele período – ganhasse
um novo revestimento geológico. O movimento deu lugar à destruição do manto litosférico existente
até esse momento, situado entre os 30 e os 150 quilómetros de profundidade, e à formação do
actual.
Durante dois anos e meio os cientistas estudaram rochas vulcânicas datadas antes e depois
de, aproximadamente, 300 milhões de anos, que se encontram em vários afloramentos na
Península. Através de análises geoquímicas específicas, conseguiram provar que o manto que tinha
a Península Ibérica antes dessa data formou-se há 1000 milhões de anos.
O manto que existe actualmente tem 290 milhões. Os investigadores conseguiram, assim,
provar que nesse período “houve uma substituição total ou quase total do manto”, como explicou um
dos investigadores.
adaptado de www.cienciahoje.pt

1. A datação das rochas de origem _____ presentes em vários afloramentos da Península Ibérica
foi possível pois a desintegração radioativa de determinados elementos é feita de forma _____
ao longo do tempo.
(A) magmática … variável
(B) sedimentar … regular
(C) magmática … regular
(D) sedimentar … variável
2. O mobilismo da litosfera permite, segundo o princípio do _____, compreender a mudança de
configuração das massas continentais da Pangeia. A expansão do fundo dos oceanos ocorre
devido à existência de limites em que se verifica a _____ de litosfera oceânica.
(A) catastrofismo… génese
(B) uniformitarismo… génese
(C) uniformitarismo…destruição
(D) catastrofismo…destruição

3. A observação de areias graníticas em bacias sedimentares será o resultado de processos de


alteração da rocha-mãe e que serão _____ à génese do granito. O granito terá sofrido
fenómenos de meteorização quando submetido a condições de pressão e temperatura _____ às
da sua génese.
(A) anteriores … inferiores
(B) posteriores … superiores
(C) posteriores … inferiores
(D) anteriores … superiores

4. Faça corresponder a cada um dos processos, expressos na coluna A, a respetiva designação, que consta da
coluna B.
Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes.

COLUNA A COLUNA B

(a) Numa sequência de estratos que não experimentem


deformação, cada estrato é mais recente do que
aqueles que lhe estão subjacentes. (1) Princípio da sobreposição
(b) Deposição determinada pela força gravítica atuante dos estratos
sobre os materiais transportados por um rio, junto à (2) Princípio da
sua foz. horizontalidade inicial
(c) Evolução experimentada pelos sedimentos, por (3) Datação absoluta
processos físico – químicos, que os transformam em (4) Datação relativa
rochas sedimentares. (5) Sedimentogénese
(d) Transformação mineralógica e estrutural de uma (6) Metamorfismo
rocha, no estado sólido, no interior da crosta terrestre. (7) Sedimentação
(e) Processo de datação que permite avaliar a idade de (8) Diagénese
umas formações geológicas em relação a outras,
tendo em conta a presença de fósseis.
5. A teoria de que os continentes não mantiveram sempre as suas posições atuais foi sugerida pela
primeira vez em 1596 pelo holandês Abraham Ortelius, conhecido como o pai do Atlas Moderno.
Há 200 milhões de anos existia um único supercontinente: o Pangeia, que sofreu fragmentação
há 130 milhões de anos, originando a Laurásia (América do Norte e Eurásia) e Gondwana
(América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida).

Explique a formação da Laurásia e Gondwana, tendo por base a Teoria da Tectónica de Placas.

GRUPO IV

A extinção no final do Pérmico

O registo fóssil revela que a grande extinção do Pérmico promoveu o desaparecimento de,
aproximadamente, 90% das espécies marinhas e mais de 2/3 das espécies de vertebrados
terrestres. As causas desta grande extinção não foram, ainda, clarificadas. No entanto, existe um
conjunto de indícios que nos podem levar a colocar algumas hipóteses justificativas desta extinção
em massa.
A teoria mais aceite pela comunidade científica atualmente, diz que um tipo de erupção
vulcânica gigantesca aconteceu no território da Sibéria, que libertou grandes quantidades de dióxido
de carbono, aumentando o efeito estufa em 5 graus extras na temperatura da Terra. Em
consequência, ocorreu a sublimação de uma grande quantidade de metano congelado no fundo dos
oceanos. A libertação deste
metano para a atmosfera
causou o aumento em mais 5
graus a temperatura do efeito
estufa, somando 10 graus
extras à temperatura do
mundo. E com isso os únicos
lugares onde a vida poderia
sobreviver seriam próximos
aos Pólos geográficos da
Terra. Para os biólogos esta
explicação é mais plausível,
pois esta mudança rápida de
temperatura não poderia ser
acompanhada pelo processo
evolucionário de adaptação.

Figura 1: Principais extinções ao longo da Escala de Tempo Geológico


1. Explique as interações Geosfera ↔ Hidrosfera ↔ Atmosfera ↔ Biosfera, que estão
relacionadas com a extinção em massa no final do Pérmico.

2. Analise as seguintes afirmações que dizem respeito à interpretação da figura do documento 5.


Selecione a alternativa que as avalia corretamente.

1. Ao longo do tempo verificaram-se mudanças significativas no número de famílias de seres


vivos.

2. A redução substancial de seres vivos ocorrida no final do Pérmico estará, de alguma forma,
relacionada com o aumento dos níveis de O2.

3. A existência de indícios vulcânicos, em rochas datadas do Pérmico, apoia a hipótese


mencionada no documento relativa à causa da diminuição drástica da biodiversidade.

(A) 2. e 3. são verdadeiras; 1. é falsa


(B) 1. e 2. são verdadeiras; 3. é falsa
(C) 1. e 3. são verdadeiras; 2. é falsa
(D) 1. e 2. são falsas; 3 é verdadeira.

3. A existência de crateras de impacto resultantes da colisão de corpos rochosos provenientes do


espaço com a superfície terrestre é um argumento _____ do facto de o planeta Terra ser um
sistema _____, pois estes corpos rochosos não alteram a massa da Terra.
(A) a favor do… fechado
(B) contra o…aberto
(C) a favor do … aberto
(D) contra o… fechado

4. A existência da Pangeia é apoiada pela presença, em determinados estratos rochosos,


presentes em diferentes continentes, do mesmo tipo de fósseis. Organismos que só existiram
no Pérmico _____ bons fósseis de idade e serão úteis em processos de datação relativa de
formações _____.
(A) não constituirão … sedimentares
(B) não constituirão … magmáticas
(C) constituirão … sedimentares
(D) constituirão … magmáticas

5. A variação dos níveis de O2 e de CO2 atmosférico podem estar relacionados com fenómenos
biológicos. Durante a respiração aeróbia a molécula de O 2 é _____ em reações que decorrem
_____.
(A) oxidada… no interior da mitocôndria
(B) oxidada… no hialoplasma
(C) reduzida… no hialoplasma
(D) reduzida… no interior da mitocôndria
(E)
6. Faça corresponder a cada uma das afirmações, que constam da coluna A o respetivo termo ou
expressão mais adequado, expresso na coluna B.

Escreva na folha de respostas, as letras e os números correspondentes. Utilize cada letra e


cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B

(a) A queda de um meteorito de grandes dimensões pode levar à


(1) Uniformitarismo
extinção de um grande número de espécies.
(2) Limites divergentes
(b) Zonas onde ocorre o afundamento de uma placa e a sua
(3) Zonas de subducção
destruição.
(4) Catastrofismo
(c) Zonas onde não se verifica nem formação nem
(5) Planície Abissal
destruição de material rochoso.
(6) Princípio do Atualismo
(d) A observação da dinâmica de um rio atual, permite
(7) Limites conservativos
explicar a transporte e deposição de sedimentos no
(8) Cadeias Montanhosas
passado.
(e) Formação geológica resultante da colisão de duas
placas pouco densas.

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