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As articulações trocóideas permitem rotação em torno de um eixo central; são, portanto, uniaxiais.

Nessas articulações,
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um processo arredondado de osso gira dentro de uma bainha ou anel. Um exemplo é a articulação atlantoaxial mediana,
na qual o atlas (vértebra C I) gira ao redor de um processo digitiforme, o dente do áxis (vértebra C II), durante a rotação
da cabeça.

VASCULATURA E INERVAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES


As articulações são irrigadas por artérias articulares originadas nos vasos ao redor da articulação. Com frequência, há
anastomose (comunicação) das artérias para formar redes (anastomoses arteriais periarticulares) e assegurar a irrigação
sanguínea da articulação e através dela nas várias posições assumidas. As veias articulares são veias comunicantes que
acompanham as artérias e, como as artérias, estão localizadas na cápsula articular, principalmente na membrana sinovial.
As articulações têm rica inervação propiciada por nervos articulares com terminações nervosas sensitivas na cápsula
articular. Nas partes distais dos membros (mãos e pés), os nervos articulares são ramos dos nervos cutâneos que suprem a
pele sobrejacente. No entanto, a maioria dos nervos articulares consiste em ramos de nervos que suprem os músculos que
cruzam e, portanto, movem a articulação. A lei de Hilton afirma que os nervos que suprem uma articulação também suprem
os músculos que movem a articulação e a pele que cobre suas inserções distais.
Os nervos articulares transmitem impulsos sensitivos da articulação que contribuem para a propriocepção, responsável
pela percepção do movimento e da posição das partes do corpo. A membrana sinovial é relativamente insensível. Há muitas
fibras de dor na camada fibrosa da cápsula articular e nos ligamentos acessórios, o que causa dor intensa em caso de lesão
articular. As terminações nervosas sensitivas respondem à rotação e ao estiramento que ocorre durante a prática de atividades
esportivas.

ARTICULAÇÕES

Articulações do crânio do recém-nascido


Não há contato completo entre os ossos da calvária de um recém-nascido (Figura BI.6). Nesses locais, as suturas
formam largas áreas de tecido fibroso denominadas fontículos. O fontículo anterior é o mais proeminente, chamado
de “moleira” pelos leigos. Muitas vezes os fontículos em um recém-nascido são palpados como cristas devido à
superposição dos ossos cranianos pela moldagem da calvária em sua passagem pelo canal de parto. Normalmente, o
fontículo anterior é plano. A saliência do fontículo pode indicar aumento da pressão intracraniana; entretanto, a saliência
durante o choro é normal. As pulsações do fontículo refletem o pulso das artérias cerebrais. Pode-se observar depressão do
fontículo quando o bebê está desidratado (Swartz, 2001).

Doença articular degenerativa


As articulações sinoviais são bem projetadas para resistir ao desgaste, mas o uso excessivo ao longo de vários anos
pode causar alterações degenerativas. Certo grau de destruição é inevitável durante atividades como a corrida, que
desgasta as cartilagens articulares e às vezes causa erosão das faces articulares dos ossos subjacentes. O
envelhecimento normal da cartilagem articular começa no início da vida adulta e avança devagar, acometendo as
extremidades articulares dos ossos, sobretudo do quadril, joelho, coluna vertebral e mãos (Salter, 1998). Essas alterações
degenerativas irreversíveis nas articulações diminuem a efetividade da cartilagem na absorção de choques e a lubrificação da
superfície. Consequentemente, a articulação torna-se cada vez mais vulnerável ao atrito repetido que ocorre durante os
movimentos. Essas alterações não causam sintomas significativos em algumas pessoas, mas causam dor intensa em outras.

Figura BI.6

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