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AS RAINHAS DA SELVA

Aventura para personagens de 2º a 4º nível

Paladino
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AS RAINHAS DA SELVA
Homeless Dragon e Ninja Egg são dois grupos de jogadores e fãs
de RPG que resolveram se juntar e publicar materiais de RPG em
uma página de internet. Não somos profissionais da área, todos
temos nossos empregos fora da área editorial ou do mercado de
RPG, somos apenas jogadores criando/adaptando materiais para
outros jogadores se divertirem. Nenhum de nossos arquivos pode
ser comercializado.

Essa é uma aventura bem diferente, pois os jogadores podem


Créditos terminá-la sem sacar a espada uma única vez sequer, mas como
é uma aventura baseada em ações e decisões dos personagens,
Autor essa aventura pode ser uma carnificina e talvez a última aventuras
Steve Kenson desses personagens.
Essa aventura publicada na Dragão Brasil número 18 apresenta as
Arte da Capa terríveis Dragoas Caçadoras poderosas guerreiras que no quesito
Ted Nasmith arrogância deixam os elfos no chinelo.
Serão apresentadas também regras para jogadores que queiram
Tradução jogar com essa nova raça.
Gilvan Gouvêa
ÍNDICE
Publicação original
The ghosts of Aniel Começando a aventura....................................................4
(12/01/2001) Parte 1: As dragoas caçadoras..........................................4

Adaptação Parte 2: Mundo perfeito...................................................5


Ninja Egg
Parte 3: Louca decisão.....................................................8
Diagramação Parte 4: Final imprevisível.................................................9
Ninja Egg
Informações adicionais..................................................10
Nosso site
www.homelessdragon.com.br

Junho/2014
“Fico feliz, que estejam interessados,
COMEÇANDO A AVENTURA amigos — diz ela, quando tem certeza de
Parte 1 que estão sozinhos.
— Antes de mais nada, contudo, quero
As dragoas caçadoras
que dêem uma boa olhada NISTO. ”
A aventura tem início na vila ou cidade
onde os personagens vivem, onde quer Layala puxa a lona que cobre a carroça,
que isso seja. Tudo começa quando eles exibindo uma jaula de ferro. Lá dentro,
ouvem falar que uma forasteira está à sua uma criatura agita-se com tamanha fero-
procura. Até agora nada se sabe sobre cidade que nem parece estar amarrada da
ela, exceto que chama-se Layala e deseja cabeça aos pés. O corpo lembra o de uma
especificamente os serviços de um grupo mulher pequena, esguia e felina, mas a
onde exista um homem-lagarto ou pelo cabeça é como a de um lobo sem ore-
menos alguém que tenha experiência lhas. Mandíbulas arreganham-se no foci-
com tais criaturas. Ela pode ser encontra- nho amordaçado, exibindo presas muito
da na hospedaria local. Logo nota-se que brancas, enquanto os olhos brilham com
é uma aventureira, a julgar pela armadura sinistra luz amarela. Garras negras saltam
de couro e pela espada em sua cintura. das pontas de seus dedos, e uma cauda
Layala parece tremendamente nervosa. delgada agita-se nervosa.
Os olhos vermelhos e inchados sugerem É como se um homem-lagarto pudesse se
que andou chorando. Fala sempre aos parecer com uma mulher. Mas qualquer
sussurros, implorando aos aventureiros homem-lagarto presente saberá que ela,
que sejam discretos. “As feras podem com certeza, não é um deles.
estar escutando”, ela alerta. Nota-se
“Tenho que mantê-la amarrada, pois já
também que, se há um homem-lagarto
tentou matar-se várias vezes — explica
no grupo, Layala mostra-se um tanto apa-
Layala. —A mordaça também é neces-
vorada — algo estranho para alguém que
sária; não fosse por ela, os urros seriam
fazia questão da presença de uma criatu-
ouvidos a quilômetros. Por todos os deu-
ra destas.
ses, vocês não podem imaginar como ela
A mulher recusa-se a adiantar
ruge!
detalhes. Diz apenas que precisa contra-
Eu e meus companheiros avançávamos
tar aventureiros para um serviço, algo
pela selva em busca de um templo es-
que envolve muito dinheiro. Nada que
condido. Quando descobrimos que era
seja ilegal, ela garante. Combina com os
apenas uma lenda e que nosso mapa
aventureiros um encontro para esta noi-
era falso, começamos a viagem de vol-
te, fora da cidade, onde vai explicar me-
ta. Tudo ia bem. Achamos alguns lobos,
lhor sua proposta. O local é uma mata
lagartos e até um tigre com dentes maio-
próxima, ou qualquer outro lugar deserto
res que adagas. Mas nada que pudesse
que exista por perto.
nos deter.
O encontro combinado por Layala não é
Então elas vieram.
nenhum tipo de emboscada. Os persona-
Foi tudo muito rápido. Caíram sobre nós
gens que comparecerem vão encontrar a
como um bando de demônios. Dez, vin-
mulher esperando ao lado de um carro-
te, não sei dizer. Dois de nós tombaram
ção, coberto por uma lona.

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mortos antes que percebessem o ataque. — e não aceitei no mesmo instante ape-
Apenas tive tempo de esconder-me nas nas porque ela é minha única pista para
sombras da mata — é o que costumo chegar a Riksa!
fazer nessas situações, esperando poder Vocês podem fazer fortuna capturando
ajudar meus companheiros mais tarde se estas mulheres-demônio e vendendo-as
as coisas ficarem realmente ruins. Desta para os magos, vivas ou mortas. Esta é
vez, contudo, de nada adiantou. minha proposta: vocês vão comigo até
Foi lima carnificina. Aquelas malditas a selva e ajudam a salvar minha amiga.
mulheres-demônio rasgaram todos em Depois podem fazer o que quiserem com
pedaços, arrancaram suas cabeças, des- as feras, inclusive esta. Não me impor-
membraram seus corpos. A única que to.”
não vi morrer foi minha amiga Riksa,
Vamos esperar que os jogadores queiram
uma clériga; pude apenas ouvir seus gri-
ajudar Layala, seja por compaixão, seja
tos sumindo enquanto ia sendo arrasta-
pela promessa de riqueza, seja para livrar
da pela selva.
o mundo de uma praga.
Goldon, nosso guerreiro, conseguiu ferir
Talvez passe pela cabeça deles trair Laya-
gravemente uma das feras antes de ter o
la, ficar com a valiosa criatura e deixar que
coração arrancado. As outras devem ter
sua amiga capturada se dane. Não é o que
pensado que ela estava morta e a deixa-
personagens honestos fariam, mas pode
ram para trás. Eu consegui amarrá-la e,
acontecer. Nesse caso, Layala revela que a
apenas os deuses sabem como, arrastá-
jaula tem uma armadilha mágica mortal,
la para fora daquele lugar maldito e re-
cujo segredo apenas ela conhece — o que
tornar à civilização.
é verdade. Fica a critério do Mestre deci-
Olhem para essa coisa. Dias atrás ela
dir exatamente o que essa armadilha faz.
teve o ventre atravessado pela espada
Layala vai ainda blefar a respeito dela ser
de Goldoti. E agora, nem um arranhão! ”
a única que pode levá-los ao lugar certo,
“Ouçam — Layala prossegue, depois de
e também a única que conhece os magos
uma pausa para recobrar-se —, sei que
dispostos a pagar mais pela fera.
podem me achar louca, mas tenho que
voltar lá. Riksa ainda pode estar viva, e
nunca serei deixada em paz por minha
Parte 2
consciência se não tentar salvá-la. Não Mundo perdido
posso pagá- los, usei todas as minhas Os detalhes desta parte da aventura vão
economias para conseguir esta jaula má- ficar inteiramente por conta do Mestre
gica. Mas não menti quando disse que a — é apenas uma “viagem padrão para
missão envolve muito dinheiro. um mundo perdido”. Tudo vai depender
Sabem, certos magos são loucos para es- do mundo onde os aventureiros se en-
tudar monstros e coisas assim. O mago contram e a que distância estão da selva
de quem comprei esta jaula chamou a onde vivem as dragoas-caçadoras. Pode
criatura de “dragoa-caçadora”, e pare- ser uma grande jornada, com viagens de
ceu bem espantado; disse que sua exis- barco e travessias de montanhas, ou ape-
tência era apenas hipotética. Ofereceu- nas alguns dias a cavalo através de um
-me dez mil peças de ouro pela criatura desfiladeiro.
Eis alguns episódios que podem (ou não)

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ocorrer no decorrer da aventura. Claro oportuno. E talvez ele resolva matar os
que o Mestre pode incluir situações no- personagens enquanto dormem para evi-
vas ou modificar estas: tar problemas no futuro. A presença de
• Os personagens podem tentar comuni- um traidor obcecado por tesouros é um
car-se com a dragoa. Será difícil. Se a mor- dos clichês mais manjados em aventuras
daça for removida, ela vai emitir rugidos do tipo “expedição pela selva”, mas ainda
audíveis a 1d6 quilômetros (nenhum ab- funciona.
surdo: o rugido do leão africano pode ser Claro que os bandidos podem optar pelo
ouvido a até oito quilômetros). De qual- bom, velho e totalmente estúpido ataque
quer forma, dragoas-caçadoras não uti- direto, armando emboscadas e armadi-
lizam nenhum tipo de linguagem falada. lhas, ou atacando enquanto os persona-
Elas usam uma primitiva linguagem de si- gens dormem. Apenas mais um combate
nais que qualquer homem-lagarto ou dra- para agitar as coisas.
coniano pode entender com sucessos em • Assim que entrarem no território das
testes de Inteligência — mas é impossível caçadoras os aventureiros serão ataca-
para ela exprimir-se estando amarrada. dos. Ao contrário do que se possa pensar,
Meios mágicos ou telepáticos de comuni- elas não estão nem um pouco interessa-
cação também podem ser tentados. das em salvar sua companheira cativa:
A dragoa não tem qualquer interesse em isso seria submetê-la a uma vergonha
dialogar. Está enlouquecida de raiva, fu- horrível. Na verdade desejam capturar
riosa feito um diabo-da-tasmânia. Ame- Layala (e qualquer outra mulher presente
aças e chantagens apenas vão irritá- la no grupo) e levá-la para sua aldeia como
mais — ela parece incapaz de sentir medo escrava, com ferimentos mínimos.
mesmo diante da morte certa. Aliás, pre- As caçadoras são inteligentes. Embora
feria estar morta a encontrar-se nesta não façam uso de armadilhas ou armas
condição humilhante. Se em algum mo- de projéteis, adotam eficientes táticas de
mento concordar com uma trégua, estará combate. Rosnam à volta do grupo para
apenas buscando uma chance de escapar. “plantar a flor do medo em seus cora-
São pequenas as chances de que a dragoa ções”, como elas costumam dizer. Depois
revele qualquer coisa de útil. Reconhecer atacam do alto das árvores ou quando os
que ela é uma “poderosa guerreira” pode aventureiros estão dormindo. Às vezes
acalmá-la apenas um pouco. Na melhor uma ou mais dragoas distraem os opo-
das hipóteses os jogadores podem enten- nentes enquanto o resto do grupo ataca
der um pouco sua psicologia e comporta- pelo outro lado.
mento (mais detalhes no final do ebook). • Quando não estiver sendo vigiada, a
• Tratando-se de uma criatura rara e va- dragoa cativa tentará cortar as cordas
liosa, pode- se esperar que bandidos ten- que a prendem com as garras. Ela tem
tem roubar a dragoa cativa. Podem usar 70% de chance de conseguir. Depois disso
trapaças e mentiras, fingindo interesse pode ainda arrancar lascas das partes de
em participar da aventura — talvez aque- madeira da jaula ou destruir o cadeado a
le NPC homem-lagarto, de cuja ajuda os dentadas, ainda que precise quebrar al-
personagens precisam, esteja planejando gumas presas (que vão crescer de novo
fugir com a dragoa cativa no momento mesmo). Se puder escapar sem ser no-

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deixar as dragoas estarrecidas, pois elas
jamais pensaram que criatura alguma no
mundo fosse capaz de tamanha ousadia.
Em respeito a isso, talvez mostrem-se
dispostas a dialogar com os aventureiros
em vez de reduzi-los a mingau. Estarão
preocupadas em proteger os homens e
filhotes, escondidos na cabana maior, e
principalmente as escravas: existem 2d6
fêmeas humanóides (humanas, elfas e
outras raças que existam na campanha)
amarradas em totens espalhados pela
aldeia. Em nenhuma hipótese as drago-
as vão permitir que alguém se aproxime
delas, e morrerão para protegê-las se ne-
cessário.

Parte 3
Louca decisão
Não há como prever os rumos que a aven-
tura pode tomar, mas o Mestre deve fazer
tada, a dragoa tentará também capturar um razoável esforço para conduzir aven-
Layala e levá-la como escrava. E grande a tureiros e dragoas a um impasse. Talvez
chance de que, pela manhã, os aventurei- eles já tenham causado mortes demais
ros encontrem uma jaula vazia e a ladra entre as caçadoras, obrigando-as a dia-
desaparecida. logar; talvez eles tenham alcançado sua
Se não puder escapar desta forma, a dra- aldeia arborícola e estejam colocando es-
goa ainda será inteligente o bastante para cravas, filhotes e machos em perigo; e tal-
tentar enganar seus captores. Pode humi- vez estejam cercados por dezenas delas,
lhar-se a ponto de fingir rendição, apenas sem chance de vitória.
esperando uma chance de fugir — para De qualquer forma, os personagens são
depois retornar e fazê-los pagar caro. colocados frente-a-frente com as caçado-
• As dragoas-caçadoras vivem em caba- ras. Com elas está Riksa, a clériga captura-
nas sobre um grande tablado de madeira, da, seminua, os braços amarrados às cos-
construído sobre árvores gigantes, a cen- tas. Seu corpo está marcado e arranhado,
tenas de metros de altura. A aldeia não mas sem nenhuma cicatriz profunda.
pode ser vista do chão. Encontrar esse “Não é o que parece — ela começa a
lugar será um desafio para as habilidades dizer. — É verdade que me chamam de
de rastreio de qualquer ranger, uma vez escrava, é verdade que sou açoitada e
que as dragoas quase não caminham pelo meus gritos espalham-se pela floresta...
solo. E chegar até lá será um problema mas não é o que parece.
ainda mais interessante... É tão difícil explicar. Gostaria de poder
A presença de invasores em sua aldeia vai orar por sabedoria para escolher as pala-

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das elas passaram por um ritual e viram
uma entidade extraplanar, uma presen-
ça tão impressionante que roubou delas
qualquer esperança de escapar. Alguma
coisa poderosa, imensa... divina. Talvez
uma verdadeira deusa, talvez um demô-
nio.
Quem sabe?
Algo que derrubou todas as suas crenças.
Algo que a mente humana não pode acei-
tar.
Algo que pode surgir em uma aventura
futura...

Parte 4
Final imprevisível
A maneira como a aventura vai terminar
dependerá apenas dos jogadores. Eis al-
guns eventos interessantes que podem
rolar:
vras, mas já não tenho esse direito. Não, • Os aventureiros decidem que a clériga
não sou mais uma clériga. Perdi minha Riksa está louca e não pode responder
fé no poder superior que eu idolatrava. por si mesma; seguem o plano original e
Vocês também perderiam, diante do que resgatam a clériga, mesmo contra a sua
me foi mostrado. vontade, lutando contra as dragoas-ca-
Passei por um tipo de ritual, uma cerimô- çadoras. Da mesma forma, as feras não
nia. Fizeram-me sangrar até que eu per- pretendem deixar que nenhuma mulher
desse os senti-dos, e nesse mundo dos abandone a selva em liberdade, exigindo
sonhos fui apresentada à única criatura que fiquem. Todas elas lutarão até a mor-
que as dragoas-caçadoras veneram.. te para evitar que suas escravas sejam
Não, não era um demônio. Levaram-me levadas. Este curso de ação será provavel-
à presença de sua DEUSA! Se vocês a vis- mente suicida para os personagens.
sem... se ao menos pudessem vê-la... • Os aventureiros conseguem capturar
O que estou tentando dizer é que... bem, algumas dragoas-caçadoras, vivas ou
eu não posso ir com vocês. Preciso ficar. ” mortas. As outras não farão qualquer es-
Os personagens podem pensar que a ex- forço para resgatar as companheiras, pois
-clériga está sob efeito de algum encan- acham que os fracos não merecem a so-
tamento, mas não está. Nenhum tipo de brevivência — mas ainda tentarão matar
encantamento poderá trazê- la ao nor- os personagens por ousar desafiá-las. Se
mal. Ela está louca. Uma loucura além do escaparem da selva os personagens po-
alcance de qualquer cura dos mortais. dem conseguir até 30.000 peças de ouro
O mesmo vale para as outras escravas da por dragoas vivas e 10.000 pelas mortas,
aldeia — elas não desejam ir embora. To- se encontrarem os magos certos.

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volve fazer a escrava san-grar até perder
a consciência e sonhar com sua divindade
— talvez não seja apenas um sonho, mas
quem pode saber? Em termos de jogo, a
vítima deve ter sucesso em uma JP modi-
ficada pela Sabedoria com redutor de -6.
Se falhar, fica aterrorizada e acre-dita que
algo horrível acontecerá se for embora,
preferindo uma vida de tortura e sofri-
mento. Apenas depois de ld6 anos o teste
pode ser feito novamente. Claro, mesmo
que uma escrava resista ao ritual, isso não
significa que as dragoas vão libertá-la...

Informações adicionais
O texto abaixo foi retirado da revista Dra-
gon Slayer nº16 e o histórico apresentado
a seguir é recomendado para o cenário
Tormenta, onde existe a citada ilha de
Galrasia, mas nada impede que essa ilha
possa ser usada em outros cenários tam-
• Os personagens fazem um acordo. En- bém.
tregam Layala e quaisquer outras mulhe- Os Lagartos-Trovão
res presentes no grupo, em troca de duas Galrasia é uma terra infestada de lagar-
ou mais dragoas vivas e salvo conduto tos-trovão (ou dinossauros, como são
para sair da selva. Por estranho que pare- conhecidos no meio acadêmico). Estes
ça, as dragoas vão concordar —e até bri- monstros sauróides de tamanhos varia-
gar pelo privilégio de ir com os aventurei- dos — alguns menores que galinhas, ou-
ros. Para elas, não existe honra maior que tros maiores que castelos — às vezes lem-
sacrificar a própria vida pela segurança de bram dragões, mas não apresentam sua
uma escrava. Esta pode ser a chance de inteligência ou poder mágico. São bestas
introduzir no grupo uma dragoa-caçadora selvagens, primitivas; selvageria e violên-
como personagem jogador, caso os ou- cia em sua forma mais pura.
tros decidam não vendê-la. Entre eles, havia o pequeno troodon, o
• A ladra Layala choca os personagens e mais inteligente dos lagartos-trovão. An-
resolve ficar. Talvez já tenha sido captu- dava sobre duas pernas, usavas as garras
rada durante a aventura e submetida ao dianteiras como mãos, caminhava pelas
ritual, ou talvez esteja apenas disposta a árvores como um macaco. E assim como
sacrificar-se para ficar com a amiga. os macacos tornaram-se humanos, o
Um Mestre realmente diabólico pode fa- troodon um dia mudaria para algo dife-
zer com que o mesmo aconteça com qual- rente.
quer personagem feminina que esteja no Acadêmicos dizem antropossauros. Aven-
grupo. O ritual das dragoas-caçadoras en- tureiros dizem povos-trovão. Eles pró-

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prios (isto é, aqueles que sabem falar) Até recentemente, estudiosos acredita-
dizem thera-psidah, ou apenas thera. vam que as caçadoras eram literalmente
Os thera lembram outras raças humanói- as rainhas de Galrasia, o topo da cadeia
des — cabeça, tronco, dois braços, duas alimentar — aquelas que caçam todos,
pernas. Não possuem pele couraçada ou sem ser caça de nin-guém. Durante os
protegida com escamas. Têm couro liso e poucos encontros amistosos com expe-
macio, ou couraçado em algumas raças. dições do Reinado, as próprias caçado-
Em contrapartida podem regenerar par- ras sustentam essa história (e são pouco
tes perdidas, como muitos lagartos e sa- tolerantes com aqueles que duvidam...).
lamandras. Tamanho é seu poder de convicção (e in-
Thera-psidah possuem mais característi- timidação) que sua divindade local, a Di-
cas de mamífero que de réptil: não são vina Serpente, foi erroneamente conside-
especialmente vulneráveis ao frio, e ma- rada uma deusa maior em muitos círculos
gias e outros efeitos que afetem apenas durante longos anos.
répteis não têm efeito neles. Sua longe- Hoje, no entanto, sabe-se que a verdade
vidade varia: de modo geral, herbívoros é diferente.
vivem tanto quanto um humano normal, As caçadoras não dominam Galrasia. Pelo
ou metade desse tempo — e predadores menos, não como sempre fizeram. Em-
chegam a viver de duas a três vezes me- bora lutem e matem para manter esse
nos. Os povos-trovão são selvagens e tri- segredo que consideram vergonhoso, as
bais; usam armas toscas de pedra, osso e “rainhas” há muito perderam seu trono.
madeira, e apenas acabaram de dominar A verdade foi revelada apenas em tem-
o fogo. Existem algumas tribos mais avan- pos recentes, após uma trágica expedição
çadas, especialmente aquelas que têm conduzida por Dulcine Longbow, ex-líder
contato com outras culturas. Por algum da Guilda dos Exploradores de Gorendill.
motivo, as fêmeas costumam ser mais Embora sua natureza náo seja ainda to-
numerosas que os machos: em certos ca- talmente conhecida, havia em Galrasia
sos os thera masculinos sáo tão raros que uma ameaça sobrenatural adormecida.
sua escassez ameaça a sobrevivência da Um horror que repousava em ruínas an-
espécie, como as caçadoras. tigas, abraçadas pela selva. Lugares evi-
tados pelos povos thera — evitados até
Rainhas da Selva pelas feras, avisadas por seus instintos de
As caçadoras (também conhecidas como
sobrevivência.
dragoas-caçadoras) estão entre as raças
Não se sabe ainda como ou porque, mas
mais agressivas de Galrasia. Poderosas e
o antigo horror adormecido despertou. E
temidas pelos outros thera, foram duran-
nada voltou a ser como antes.
te incontáveis séculos as maiores preda-
As caçadoras preferem morrer a revelar
doras da ilha, temidas até mesmo pelos
— ou admitir — a existência de qualquer
mais colossais lagartos- trovão. Como de-
criatura superior a elas. Orgulhosas, fin-
monstração de sua supremacia, capturam
gem esconder-se em suas árvores gigan-
e conservam membros de outras raças
tes para emboscar presas, quando de fato
thera como escravos — não para traba-
escondem-se de algo pior. A verdade que
lhos forçados, mas simplesmente como
cada vez mais aventureiros vêm descorti-
vítimas de sadismo.
nando, é que as caçadoras estão aterro-
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rizadas. Pela primeira vez desde sua cria- sociais, existe na tribo uma hierarquia ba-
ção, elas são a caça. seada na força e intimidação — as mais
Sua própria raça está enlouquecendo. Al- fortes humilham as fracas para demarcar
gumas não aceitam a existência do pre- seu status.
dador — bloqueiam suas memórias assim Mesmo aquelas que aprendem a conviver
como também fazemos, diante de uma com outras raças ou povos (façanha nem
aversão insuportável. Outras vivem em um pouco simples) ainda exigem ser reco-
profunda neurose e paranóia, ainda mais nhecidas como guerreiras valorosas.
agressivas que o normal. Apenas as mais Descrição Física: caçadoras são baixas
corajosas e determinadas entendem que e esquias, medindo cerca de l,60m e pe-
existe algo, entendem que um grande sando não mais que 60kg. Seu couro liso
horror precisa ser destruído a qualquer varia entre tons marrons e avermelhados,
custo, mesmo que não entendam plena- muitas vezes com um tom brilhante se-
mente a natureza desse horror. melhante ao bronze. Os olhos são sem-
Personalidade: arrogância, orgulho e pre amarelos e brilhantes, com as pupilas
confiança encarnadas, as caçadoras verticais, lembrando olhos de leoa. Uma
acreditam (ou fingem acreditar) serem crista de cores vivas desce da cabeça até a
supremas entre as feras, o que tem sido base do pescoço; mais abaixo, uma cauda
verdade durante milênios. São psicologi- fina quase sempre apresenta as mesmas
camente incapazes de acreditar na pró- cores da crista.
pria derrota, atacam qualquer inimigo As caçadoras usam tangas, saiotes e ou-
sem medir conseqüências. Exatamente tras vestimentas curtas, que não interfi-
por essa razão, não conseguem tolerar a ram com sua movimentação. Adornos
aparição dc um predador mais poderoso. são muito valorizados, principalmente
Caçadoras adoram matança e comba- quando feitos a partir dos restos de inimi-
tes, atacando qualquer criatura que se gos e presas abatidas. O mesmo vale para
aproxime de seu território, mas se exis- armaduras e armas, apenas consideradas
te algo que amam muito mais é torturar de valor quando feitas com cara-paças,
escravas; elas capturam outras thera (ou couro ou ossos de inimigos abatidos.
quaisquer fêmeas humanóides) e as con- Por motivos desconhecidos, os machos
servam prisioneiras em sua aldeia no alto da espécie são raros a ponto de sua pró-
das árvores. As escravas permanecem pria aparência ser quase desconhecida.
amarradas na maior parte do tempo. São Suas vidas são consideradas valiosas, sen-
bem cuidadas, alimentadas e protegidas. do inco- mum que abandonem a seguran-
Apenas uma coisa é exigida delas: devem ça da aldeia. Alguns acabam tornando-se
sangrar, sofrer e gritar, pelo resto de suas xamãs ou druidas. Outros, rebeldes, es-
vidas. capam de suas “protetoras” em busca de
Caçadoras escolhem sua líder em comba- aventura — ou, pelo menos, um pouco de
te, náo raras vezes até a morte. Desafios liberdade até que sejam recapturados.
pela liderança são comuns (chega a ser Relações: por sua atitude arrogante e tra-
raro que uma líder mantenha o posto du- dições escravistas, as caçadoras sáo evi-
rante mais que algumas semanas). Como tadas e temidas por todos os outros an-
acontece com lobos e outros predadores tropossauros. Mesmo agora, quando uma

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aliança entre os povos-trovão poderia
trazer esperança contra o horror antigo,
as caçadoras sáo orgulhosas demais para
abandonar a antiga postura dominante e
reconhecer que precisam desesperada-
mente de ajuda. Apenas o diplomata mais
habilidoso (ou a submissão mais sincera)
pode ser bem-sucedido em negociar com
estas feras de duas pernas.
Tendência: predadoras guiadas por instin-
tos, as caçadoras prezam por sua própria
liberdade (mesmo quando estão sempre
tentando tirá-la dos outros) e cultivam
uma crueldade natural, um prazer sádico
pelo sofrimento alheio. Sáo característi-
cas de criatu-ras Caóticas e Malignas.
No entanto, algumas caçadoras — ou até
tribos inteiras — podem inclinar-se a não
apenas maltratar os fracos, mas também
protegê-los.
A presença de um predador mais perigoso
de caminhada da temível Torre da Morte.
vem perturbando não apenas o equilíbrio
natural da ilha, mas também a psicologia Religião: a divindade principal das ca-
dos povos-trovão. Por essa razão, não é çadoras é a Divina Serpente — não uma
raro encontrar caçadoras desgarradas de deusa verdadeira, mas uma criatura ex-
suas tribos, fugitivas ou banidas. Por seu traplanar elemental do fogo. As caça-
“comportamento anormal”, estas párias doras não oram ou pedem graças à sua
podem adotar qualquer tendência. deusa, como outros povos fariam; elas
acreditam que a Serpente vive em uma
Terras das Dragoas: as caçadoras habitam
caverna em chamas, no interior de seus
grandes vilas sobre as árvores gigantes de
próprios corações. Cada tribo tem oca-
Galrasia, a centenas de metros do solo.
siões e rituais próprios para visitar esse
Grandes tablados de madeira abrigam
semi-plano e comungar com a deusa.
cabanas semi- esféricas, feitas de ossos e
Durante longos anos acreditou-se que a
decoradas com troféus de caça. Elevado-
Divina Serpente fazia parte do seleto gru-
res de corda com roldanas de pedra (um
po de deuses maiores que compõem o
dos mais espantosos avanços técnicos
Panteão. Mas, com a crescente influência
vistos entre os povos thera) conectam a
dos minotauros de Tapista sobre o Rei-
vila com o solo; uma vez que as próprias
nado, Tauron foi revelado como o verda-
caçadoras são exímias em escaladas, os
deiro Deus da Força e Coragem. Até hoje
elevadores são usados apenas para trans-
ainda existe controvérsia sobre como
portar cargas e prisioneiros.
a Serpente ocupava essa posição; seria
A maior parte das vilas das caçadoras fica
uma impostora, ou apenas um aspecto
na região central da ilha, a algumas horas
feminino do deus minotauro?

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Seja como for, devotos da Serpente re- Aventureiras: uma caçadora vive em
cebem os mesmos poderes concedidos constante necessidade de demonstrar
— e estão presos às mesmas obrigações força e coragem, seja para manter uma
e restrições — reservados aos servos de posição confortável na hierarquia da tri-
Tauron; o forte deve dominar o fraco, e bo, seja para satisfazer a Serpente em
o fraco deve prestar reverência ao forte. seu peito. Não é raro que abandonem a
Idioma: as caçadoras falam seu próprio aldeia para enfrentar desafios pessoais,
dialeto do Thera-go, um idioma simples e especialmente confrontos com monstros
gutural, baseado em um número reduzi- e a conquista de troféus de caça. Nessas
do de fonemas cujo significado depende ocasiões, é possível que conheçam gru-
de gestos manuais, ou mesmo postura pos de aventureiros e aceitem lutar ao
corporal. Idiomas baseados em sinais são seu lado — embora sua arrogância seja
comuns entre povos primitivos, que não muitas vezes difícil de tolerar.
tenham ainda um aparelho vocal desen- Traços Raciais das Dragoas-Caçadoras
volvido. Por sua simplicidade, todos os +2 Destreza, -2 Inteligência. As caçadoras
povos-trováo dominam a linguagem, em- são extremamente ágeis, mas possuem
bora cada raça tenha seu dialeto próprio. uma mentalidade simples, movida por
Caçadoras aprendem outros idiomas com instintos.
grande dificuldade. Tamanho Médio: como criaturas médias,
Nomes: caçadoras usam nomes curtos, caçadoras não recebem qualquer bônus
simples e pouco variados, com muitas vo- ou penalidade em relação ao tamanho.
gais abertas, adequados ao sistema vocal O deslocamento básico das caçadoras cm
primitivo da espécie. O nome é recebido terra equivale a 9m. Caçadoras também
quando a caçadora abate sua primeira possuem deslocamento de escalada igual
caça e torna-se adulta; antes disso, é cha- a 6m.
mada simplesmente de “filhote”. Visão na Penumbra: caçadoras enxergam
Nomes Masculinos: Deno, Rano, Kelo, duas vezes mais longe que seres huma-
Nore, Gano, Taimo, Silto, Ka- nor, Klun, nos sob a luz das estrelas, lua, tochas ou
Mailo. outras condições de iluminação precária.
Nomes Femininos: Raisa, Dana, Tura, Nessas situações, elas ainda conseguem
Lana, Gani, Mali, Taima, Kala, Naira, Mai- distinguir cores e detalhes.
la. Armas naturais: 2 garras (ld4 cada, + mo-

DRAGOAS CAÇADORA S EM JOGO


• Pela grande agilidade e mentalidade primitiva, • Visão na Penumbra
recebem +2 Destreza e -2 Inteligencia • Regeneração: devido a seu intenso metabolismo,
• Medem quase sempre entre 1,50 e 1,60m e pesam uma caçadora em repouso pode recuperar 1 ponto
entre 50 kg e 60 kg. de dano por nível a cada hora, em vez de a cada dia.
• Movimento base de 9m (6m em Escaladas) Dano por contusão é curado ainda mais rápido: 1
• Armas naturais: 2 garras (ld4 cada, + modificador por nível a cada 5 minutos.
de Força) e mordida (ld6 + metade do modificador • Idiomas básicos: Thera-go (Comum de Galrasia).
de Força).

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dificador de Força) e mordida (ld6 + meta-
de do modificador de Força).
Regeneração: devido a seu intenso me-
tabolismo, uma caçadora em repouso
pode recuperar 1 ponto de dano por nível
a cada hora, em vez de a cada dia. Dano
por contusão é curado ainda mais rápido:
1 por nível a cada 5 minutos.
Regeneração: um dedo ou ponta da cau-
da cresce de novo em ld6 dias; uma mão
ou pé em 1 d6 semanas; e um olho, braço
ou perna em 2d6 semanas. Esta habilida-
de não restaura pontos de vida perdidos
devido à inanição, desidratação ou asfixia,
e também não funciona após a morte.
Idiomas básicos: Thera-go (Comum de
Galrasia). Idiomas adicionais: Comum, íg-
neo, Silvestre.

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