Você está na página 1de 8

Faculdade Pitágoras de Betim

Engenharia Elétrica
Sistemas Elétricos de Potência II

Controle do Fluxo de Potência

Professor: Marcelo Roger da Silva


e-mail: marcelo.roger@kroton.com.br

2016
Sistemas Elétricos de Potência II
Controle do Fluxo de Potência
Na análise e para solução de um fluxo de potência real, além das equações algébricas não
lineares de potência ativa e reativa de um sistema, deve-se considerar as restrições
operacionais do sistema e a atuação de dispositivos de controle.

Restrições operacionais do sistema

São limites de operação de equipamentos do sistema. Exemplos:


a. Corrente máxima em linhas de transmissão e transformadores (capacidade térmica);
b. Potência ativa de geradores:
• Limite mínimo: cavitação;
• Limite máximo: capacidade mecânica;
c. Potência reativa de geradores:
• Limite mínimo: estabilidade do gerador;
• Limite máximo: capacidade térmica da excitatriz;
d. Potência aparente máxima nos geradores (capacidade térmica);
e. Tensão máxima em equipamentos;
f. Intercâmbio entre áreas (mínimo e máximos);
g. Limite da variação de tapes (a menor e a maior) de transformadores.
Sistemas Elétricos de Potência II
Controle do Fluxo de Potência
Atuação de dispositivos de controle

São ações de controle do fluxo de potência entre barras e linhas. Exemplos de controles:

a. Controle de tensão: transformadores com tape fixo e tape variável. Os transformadores


de tape variável também são denominados de comutadores sob carga (LTC), porque o
fazem energizados. Para os de tape fixo, a alteração de tape somente com equipamento
desenergizado;
b. Controle de fluxo de potência ativa: transformadores de regulação de fase
(defasadores);
c. Controle de tensão / fluxo de potência reativa: transformadores de regulação de
módulo da tensão;
d. Controle de tensão / fluxo de potência reativa: banco de capacitores, banco de reatores,
compensadores síncronos, compensadores estáticos de reativos;
e. Intercâmbios de potência ativa entre áreas.
Sistemas Elétricos de Potência II
Controle do Fluxo de Potência
Transformadores de tape fixo e tape variável
Transformadores com diversos tapes podem ser utilizados para controlar tensões. Este
controle é de baixo custo e é empregado de maneira generalizada, tanto nos sistemas de
alta potência quanto em redes de distribuição.
Os transformadores são construídos com diversos tapes além do tap nominal. O objetivo
dos tapes é o controle de tensão. Os tapes normalmente alteram a relação de
transformação entre +5% e -10%, podendo, entretanto, existir outras especificações.
Existem dois tipos de comutadores de tapes, os que podem ser mudados com o
transformador em operação, denominados de comutadores sob carga (LTC) e os que
somente podem ser mudados com o transformador desligado. O primeiro tipo é conhecido
como tap variável e o segundo como tap fixo.
Devido a fatores econômicos, somente transformadores de grande porte (maior que 10
MVA), são construídos com tapes variáveis. Os tapes variáveis servem para controlar as
tensões dos sistemas acompanhando as variações da carga ao longo do dia. Os tapes fixos
também tem a finalidade de controlar tensões, entretanto em termos práticos, a alteração
destes tapes é feita em intervalos regulares (a cada 12 meses ou mais).
Sistemas Elétricos de Potência II
Controle do Fluxo de Potência
Transformadores com comutadores sob carga
Sistemas Elétricos de Potência II
Controle do Fluxo de Potência
Transformadores de regulação para controle do módulo de tensão
Sistemas Elétricos de Potência II
Controle do Fluxo de Potência
Transformadores de regulação para controle da fase da tensão
Sistemas Elétricos de Potência II
Controle do Fluxo de Potência
Compensadores estáticos de reativos
• Reatores Controlados por Tiristores (RCT)
• Capacitores Chaveados por Tiristores (CCT)

FIM.

Você também pode gostar