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A grande depressão dos anos 30

Época de prosperidade
Após a 1° guerra mundial, devido ao facto de os EUA terem emprestado armas,
mantimentos e dinheiro aos países europeus durante a guerra, este passou a ser a potência
mundial. Para complementar a facilidade monetária que o país tinha, também surgiram
novos métodos de organização de trabalho que vieram facilitar e aumentar a produção e
consequentemente aumentar o lucro como a divisão técnica do trabalho de Adam Smith, o
taylorismo de Frederick Taylor e o Fordismo de Henry Ford.
Com o aumento constante de lucros e o desenvolvimento das indústrias americanas e sua
bolsa de valores (Nova York) que atraía muitos investidores (sobretudo para novos setores
produtivos como empresas de automóveis, aviação e rádio), o poder de compra das famílias
aumentou e o acesso ao crédito ficou mais facilitado.

Início da crise
Porém a prosperidade económica dos EUA não foi algo permanente visto que o final da
década de 20 foi marcada por uma recessão do crescimento económico, devido ao facto da
Europa ter retomado a sua produção.
O excesso de produção (crise de superprodução) levou a que os produtores tentassem
desesperadamente escoar os produtos, diminuindo os preços dos mesmos e diminuindo a
produção e consequentemente o rendimento.
A acumulação de stocks, levou várias pessoas a destruir as suas produções, o consumo e o
poder de compra da população diminuiu, propagando-se a fome.

Dificuldades a nível económico e financeiro


Às dificuldades de caráter económico somaram-se às do mercado financeiro como
consequência dos créditos e a especulação bolsista.
No dia 24 de Outubro de 1929 deu-se o crash bolsista também conhecido como "Quinta-
feira Negra". Milhares de ações foram postas à venda e não tiveram comprador, o que levou
à quebra acentuada do valor das ações. Vários empresários faliram.

Nova política de incentivos econômicos- new deal


Vendo a gravidade da depressão econômica que se sentia, o então presidente dos Eua,
Franklin Roosevelt juntamente com Keynes decidiu criar uma política econômica com o
objetivo de alterar a condição do país.
Este projeto teve por base o combate ao desemprego através de medidas fiscais e
orçamentais que relançaram a atividade econômica.
Para além disso, Keynes decidiu aumentar os salários em geral para renovar o ânimo para
as pessoas investirem e criarem novos negócios e indústrias; baixar a taxa de juro e
aumentar o investimento público, pois keynes acreditava que em tempos de crise, o estado
deveria ajudar a economia, reanimando-a, ao contrário do que a teoria clássica defendia

Mundialização da crise
A crise rapidamente tomou proporções mundiais visto que alguns países da Europa ainda
eram bastante dependentes economicamente dos EUA, assistiu-se à desvalorização da
moeda, à diminuição acentuada da produção, à diminuição dos salários, ao aumento do
desemprego, à diminuição do consumo,ao encerramento de vários bancos e empresas e à
deflação dos preços.
Esta depressão económica afetou o comércio internacional e trouxe consequências não só
para os países desenvolvidos/Produtores, mas também para os países em
desenvolvimento/fornecedores de matéria prima.

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