Identidades
Aula 5
Categorias históricas e
práxis da identidade – Siân
Jones
A nova abordagem das
identidades de grupo que
incorpora o aspecto mutável
e relacional das identidades
sociais teve no antropólogo
norueguês Fredrik Barth.
O conceito de etnicidade se
definia por “um modelo de
interação social da
identidade ética que não
supõe um caráter ou uma
essência fixa para o grupo,
mas, ao contrário, examina
as percepções dos seus
membros pelas quais eles se
distinguem de outros
grupos”
Objetivista o fato que a
definição dos grupos étnicos
é feita com base na
percepção do analista.
Foi um marco nos estudos
antropológicos.
Apresenta o problema grave
de expandir o conceito de
grupo étnico. Os critérios
empíricos ou objetivos tem
sido reincorporado nas
definições processuais de
etnicidade.
Siân Jones acredita que
existe a necessidade de
arcabouço teórico adequado
para a união de elementos
subjetivos e objetivos em
uma definição da etnicidade.
Teoria da prática de Pierre
Bourdieu
Habitus – “um
conhecimento adquirido e
também um haver, um
capital (....) indica a
disposição incorporada,
quase postural”
Através da qual se tem as
incorporações conscientes e
inconscientes das
convenções sócio-históricas.
Compreende o modo como
são utilizados os estoques
que os diversos grupos
sociais detêm através de
apropriações históricas e
sociais, a partir de sua
origem social e através da
sua movimentação dentro do
jogo social. Tais estoques
são, de certa maneira,
conformadores das práticas
sociais desses grupos.
“Estruturas estruturantes” e
“estruturas estruturadas”
porque elas moldam e são
moldadas pela pratica social.
Definição de etnicidade
segundo Siân Jones – Todos
os fenômenos sociais e
psicológicos associas a uma
identidade de grupo
culturalmente construída. O
conceito de etnicidade se
centra sobre os modos pelos
quais processos sociais e
culturais interagem na
identificação de, e na
interação entre, grupos
étnicos.
O objetivo Siân Jones –
Criar um corpo teórico da
etnicidade na arqueologia.
Torna-se um dos principais
pontos no debate da esfera
política.
Impasse entre fontes
históricas e arqueológicas –
projeto
Dimensão consiste em
dialogar com as ciências que
buscam a demarcação do seu
território.
Subjetividade é incorporada
(Jörn Rüsen – História como
Ciência que incorpora o
aspecto da subjetividade)
O estudo étnico acaba
favorecendo um
determinismo histórico por
considerar com maior ênfase
o conhecimento escrito.
Expõe uma compreensão da
etnicidade da antiguidade
que não é mais possível
considerar apenas
características documentais
ou características
arqueológicas. É necessário
um processo dialético.
Interação de texto e cultura
material na interpretação dos
grupos étnicos
Cunho subjetivo do conceito
e implica que os
arqueólogos não podem
examinar a etnicidade de um
grupo se não disporem de
dados etnológicos e
pesquisas do grupo
estudado.
Há falta de estudos de
arqueologia pré-histórica
que estão explicitamente
interessados em grupos
étnicos do passado.
O estudo étnico na
arqueologia histórica é
identificada pelos
marcadores étnicos –
Constitui-se em uma fase
circular.
I - As fontes históricas
podem ser tomadas como
afirmações diretas e válidas
concernentes à etnicidade
II - Há uma relação fixa
entre estilos particulares da
cultura material (os
marcadores étnicos) e uma
identidade particular;
III – Que os grupos étnicos
são entidades homogêneas e
radicalmente separadas
umas das outras.
Arqueologia Histórica
Preocupação com os relatos
históricos isolados
As fontes escritas analisadas
sozinhas não podem ser
consideradas como objetivas
e como determinantes para
os grupos do passado.

Tratando as fontes históricas

e escritas como secundárias
e atribuindo a fonte
arqueológica um foco
melhor

Bourdieu – Considera
melhor a questão do
indivíduo e não só do social.

Noção de habitus como algo

que não está fora do
indivíduo, mas não é algo
superior ao indivíduo.

Identidade étnica antes de

ser discursiva é um conjunto
de práticas.