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ALUNO: JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA PEREIRA

MATRÍCULA: 119231176

CENTRO DE HUMANIDADES – CH UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS


SOCIAIS – UACS DISCIPLINA: METODOLOGIA DAS CIENCIAS SOCIAIS
DOCENTE: LEMUEL DOURADO GUERRA SOBRINHO

PERÍODO: 2020.0

FICHAMENTO DO CAPÍTULO III


FEITICISMO, ABSTRAÇÃO E VIDA REAL
NOTAS EPISTEMÓLOGICAS E METODOLÓGICAS SOBRE A TEORIA DIALÉTICA
TESE PÓS DOUTORADO UFPB 1993
(EDGARD MALAGODI)

CAMPINA GRANDE 23/11/2020


CAPÍTULO III – FEITICISMO, ABSTRAÇÃO E VIDA REAL

Este fichamento aspira organizar algumas reflexões sobre metodologia das ciências
sociais, considerando alguns apontamentos referente à obra de Marx, incorporando
críticas atuais ao marxismo, observando as perspectivas através de algumas categorias
chaves para compreender metodologia a partir de Marx.

1 - No início do capítulo em questão o autor procura analisar o termo “abstração” pois


na obra de Marx a citada palavra aparece com três significações diferentes.

2 - Propõe estudar a questão da abstração através de uma única definição: A “abstração


real”. Na verdade, a “abstração real”, sendo um aspecto da superação do dualismo entre
“pensamento” e “realidade”.

3 - No primeiro momento observar-se a materialidade das relações sociais. Conceito que


denomina o método de Marx (Materialismo Histórico Dialético) sendo desenvolvido em
debate com o a filosofia idealista de Hegel, que considerava que as ideias antecediam a
ação humana.

4 - Fundamenta tais observações por meio de certas indagações, por exemplo; como o
homem pode reconhecer suas próprias obras se, quando toma consciência delas, elas já
existem diante dele como coisas prontas e acabadas e ademais com “vida própria”?

5 - Outro ponto importante nesse artigo sobre a obra de Marx é considerar a contradição
e o conflito como elementos centrais da realidade. Conferindo em tal aspecto uma
semelhança entre o cientista social e o psicanalista

6 - O autor estabelece sua crítica assinalando que se vive entregue em uma espécie de
flacidez mental e de imediatismo face aos estímulos, onde os “recalques” impostos pela
vida social falam mais alto do que qualquer tipo de consciência efetiva.

7 - Reitera seu posicionamento afirmando que quando o cientista social aponta os


contornos deste “inconsciente” coletivo e quando evidencia uma realidade recalcada, é
natural, portanto, que os indivíduos reajam negativamente, isto é, se recusem a aceitar a
realidade de seus atos coletivos.

8 - Faz uma ressalva importante no que diz respeito as medidas repressivas que impõe o
silencio forçado aos cientistas sociais advindas não apenas das forças dominantes, mas
também do apoio da grande massa.

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9 - Contextualiza a “história” da abstração na sociedade capitalista como uma abstração
universal e “miúda”.

10 - Faz uma breve colocação a respeito da obra “O capital”, no que diz respeito ao
“caráter feiticista da mercadoria e seu segredo”. Para Marx trata-se de um tipo muito
particular de “feitiçaria”: a transformação do produto do trabalho humano em
mercadoria.

11 - Ou seja, os objetos passam por um processo de transformação criados pelos


homens e o valor dos mesmos adquire vida própria, cristalizando-se no dinheiro, no
capital, na propriedade privada, “entidades” que passam a governa os homens e fazer
destes simples servidores.

12 - Outra colocação apresentada pelo autor em sua tese através desse percurso é que as
relações contratuais sejam elas qualquer tipo de compra e venda, de prestação de
serviços (individual ou empresarial) ou de trabalho assalariado, são todas relações
mercantis. Todas têm, portanto, o traço comum de representar interesses humanos, mas
escondidos por trás das “coisas” (que são objeto dos contratos), que falam mais alto e
que parecem dotadas de uma alma própria.

13 - Ponderando o posicionamento do autor com base nas citações acima, os homens


desenvolvem o seu relacionamento recíproco, tomando o mercado (no caso, o “saco”) e
a mercadoria como realidades objetivas, como coisas dotadas de força e poder próprios,
independentemente de seus próprios produtores.

14 - Finalizando o capítulo III, o auto menciona que “Abstração real” é, portanto, um


processo mental, uma idealização que se vincula ao próprio processo de
desenvolvimento das relações sociais mercantis e capitalistas. Neste sentido, não é uma
ideologia formulada por um segmento da sociedade com base em valores selecionados
um pouco voluntariamente e utilizados por este segmento.

15 - É importante observar que o processo de criação de “abstrações reais” não se


encerra na mercadoria. Todas as relações sociais desta sociedade, da sociedade
industrial/capitalista, que têm a sua forma de comunicação social fundada no
intercâmbio mercantil, estão preenchidas por “abstrações reais”,

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