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Antecedentes:
O INÍCIO DO SÉCULO XVII corresponde a um BOOM ECONÓMICO. Alguns booms da sociedade
portuguesa: 1º Boom – Pimenta da índia; 2º Boom – Ouro do Brasil. Depois da paz com
Espanha D. JOÃO V, vai querer mostrar o nosso valor, querendo reforçar a sociedade
portuguesa. O SÉCULO XVIII – o SÉCULO DO ILUMINISMO, da ciência e da técnica, da
experiência e da exegese, das ideias políticas e das revoluções, não tinha eco em Portugal.
Assim, TOMOU ALGUMAS MEDIDAS SIGNIFICATIVAS: IMPOSIÇÃO DO PODER RÉGIO não é
bom que haja um poder fraco. Quem manda e quem representa Portugal é o rei. ANIMAÇÃO
DA POLÍTICA EXTERNA PORTUGUESA estava desativada pois desde 1640 ninguém acreditava
em nós e por isso sem significado nas nações europeias. Desde o Padre António Vieira que
houve um esforço grande para integrar Portugal na Europa. O certo é que nós não tivemos qq
tipo de reconhecimento. Será com D. João V que surgirá esse reconhecimento, sobretudo
pela questão do Ouro do Brasil. Aquilo que a palavra não convenceu, convenceu as arcas de
ouro oferecidas por D. João V ao Papa. MODERNIZAÇÃO DA ECONOMIA PORTUGUESA
apesar da sua ideia, não foi possível leva-la a cabo, pois para isso, era preciso mais formação.
Ainda hoje se discute se Portugal teve ou não revolução industrial. Máquinas efetivamente
tivemos, mas a revolução mental que a acompanhava careceu. Não foi possível modernizar
Portugal pq faltava pessoas qualificadas para usar as maquinas e modernizar o campo.
MODERNIZAR O ENSINO para que isso acontecesse era necessário uma grande metamorfose
na sociedade portuguesa, ou seja, a expulsão dos jesuítas que estavam em Portugal desde
1555 até à data de 1759, quando foram expulso por Marques de Pombal. D. João V não faz
esta reforma porque entretanto fica hemiplégico. É a própria rainha que pede à nação que
rezem pelo seu monarca. Como os jesuítas tinham tb um importante papel a nível espiritual,
não os podia expulsar quando lhes estava a pedir que rezassem pelo seu marido. Quando
morre D. João V ascende ao trono D. JOSÉ, seu filho, que vai convidar para seu ministro
MARQUES DE POMBAL.
MARQUÊS DE POMBAL Sebastião José de Carvalho e Melo passou dez anos em Londres e em
Viena de Áustria, tempo em que o futuro marquês de Pombal terá observado, lido, discutido e
sobretudo teve tempo para comparar a Europa culta com o panorama nacional enraizado há
séculos em Portugal, tendo como mola axial a Universidade de Coimbra. Era uma pessoa com
muita visão. Vai promover as reformas considera necessárias. Para isso, julga que não é
possível fazer reforma sem qualificar os portugueses. A EDUCAÇÃO DEVE SER PARA TODOS,
POIS É A NAÇÃO QUE LUCRA COM ISTO. Pode-se dizer que, no século XVIII tudo mudou, quer
do ponto de vista científico quer do ponto de vista político: a Revolução Americana e a
Revolução Francesa são os marcos políticos que mudaram o mundo europeu e Marques de
Pombal era muito sensível a estas mudanças. O COLÉGIO DOS NOBRES Uma segunda
instituição é o chamado Colégio Real dos Nobres, fundado em 1761. Era necessário, senão
imperativo, educar a juventude proveniente da nobreza para a tornar útil ao País. O plano de
estudos foi influenciado por ANTÓNIO NUNES RIBEIRO SANCHES, que escreve em 1760, uma
obra chamada CARTAS SOBRE A EDUCAÇÃO DA MOCIDADE. No entanto, Marques de Pombal
tomou uma base curricular e programática um pouco diferente. Há matérias que são
especificamente da formação do nobre, mas muitas outras matérias são da área estritamente
científica. Assim: DIPLOMACIA E TEMAS DE CULTURA GERAL: o nobre que tinha que também
ser formado na área diplomática, tinha que ter uma cultura geral em todos estes temas, que
na altura eram motivo de conversa. LÍNGUAS: o diplomata devia ser um individuo bem
formado nas línguas. Por isso, primeiro era o estudo exaustivo da língua vernácula, mas
também do grego e latim porque a nossa cultura deriva da grega e latina. Depois o italiano e o
francês. ACTIVIDADES FÍSICAS (DANÇA, ESGRIMA E EQUITAÇÃO) Esta escola não teve um
êxito muito longo por falta de professores e corpo docente, ao pouco zelo e actividades dos
mestres cuja pensão era altíssima. A REORGANIZAÇÃO DOS ESTUDOS MENORES: MARQUES
DE POMBAL é indiscutivelmente o primeiro que tem de facto uma visão de Portugal (no seu
conjunto). Considerava que Portugal só poderia desenvolver-se se toda a sua população fosse
escolarizada. É a escola que tem que ir ao encontro do aluno e não o aluno ao encontro da
escola. Por isso, vai conceber a 1ª rede de escolas em Portugal. 529 Escolas do ensino
primário; 405 escolas do ensino secundário (com metade da população que temos hoje). Ele
tem esta ideia: é necessário gente formada no seu próprio local. Ao expulsar os jesuítas, vai ter
que por professores no seu lugar; para isso vai ser necessário forma-los e paga-los. A Direcção-
Geral dos Estudos foi incapaz de realizar a tarefa que lhe fora imputada. Em 5 de Abril de 1768
foi criado um novo instituto – A REAL MESA CENSÓRIA. Fizeram o levantamento sociológico, o
nº de filhos, para depois criar um ponto imaginário nessa localidade onde todos os alunos
pudessem ir à escola e voltar no mesmo dia, ainda à luz do dia. A unidade geográfica era a
comarca. O novo corpo docente sairia do conjunto dos candidatos que se apresentavam para a
realização de provas. Para sustentar semelhante número de professores foi criado o SUBSÍDIO
LITERÁRIO que consistia na colecta proveniente do imposto de um real por canada de vinho,
quatro reis por canada de aguardente e 160 réis por pipa de vinagre. Obviamente os
resultados do imposto variavam das cidades para o interior, razão pela qual ninguém queria ir
para esses lugares.