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Para prestadores

de serviços em
transporte
rodoviários
de cargas
Prezado transportador,
Em 2012 a BRF deu início ao Projeto Saúde, Segurança e Meio Ambiente
(SSMA) em Transportes e Distribuição. Em apenas quatro anos, reduzimos
em 52% a frequência de Acidentes.
2
Esse resultado é fruto do comprometimento de nossos parceiros
transportadores e motoristas, que acreditaram que é possível um trânsito
mais seguro.
Esta edição atualizada do manual contempla os quatro níveis da pirâmide de
gestão de SSMA e as orientações de como implementá-las. Ele também
serve de suporte para aplicação no pilar de SSMA no GIF.
O desafio em prol da vida continua, e temos a certeza que juntos
alcançaremos a classe mundial em SSMA.
Contamos com seu apoio e desejamos sucesso na implementação!

Atenciosamente,
Leonardo Dallorto
Diretoria Logística Brasil
Sumário
Transportador BRF,................................................................................................................ 2
NOMENCLATURAS E CONCEITOS ......................................................................................... 5
OBJETIVO................................................................................................................................ 7
POLÍTICA DE SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DA BRF ........................................... 7
CÓDIGO DE CONDUTA PARA FORNECEDORES .................................................................... 9
Por que Ocorrem os Acidentes? ......................................................................................... 10
10 Elementos de Gestão de SSMA ..................................................................................... 11 3

FUNDAMENTOS DO SSMA .................................................................................................. 12


REGRAS DE OURO DA BRF ................................................................................................... 13
PORTAL DE TERCEIROS BRF ................................................................................................. 15
REGRAS BRF ......................................................................................................................... 16
PROIBIÇÃO DE ACOMPANHANTES.................................................................................. 16
BAFÔMETRO .................................................................................................................... 16
ASO, DIREÇÃO DEFENSIVA E INTEGRAÇÃO .................................................................... 16
LIMITES DE VELOCIDADE ................................................................................................. 17
JORNADA DE TRABALHO ................................................................................................. 17
REGRAS DE PERMANÊNCIA NAS UNIDADES E CDs BRF ..................................................... 17
Não é permitido fazer manutenção de qualquer tipo no interior da empresa. .............. 18
MEDIDAS DISCIPLINARES .................................................................................................... 21
UNIFORME ........................................................................................................................... 21
PROGRAMA DE GESTÃO DE SSMA ...................................................................................... 36
1. REQUISITOS BÁSICOS .................................................................................................... 377
1.1 Atendimento aos requisitos Legais........................................................................... 37
1.2 Treinamento em Direção Defensiva ......................................................................... 39
1.3. Inspeção e Manutenção ........................................................................................... 39
1.4. Comunicação e Investigação Preliminar de Sinistros ............................................. 48
1.5. Indicadores de SSMA ................................................................................................ 52
1.6. Programas Básicos de SSMA .................................................................................... 53
1.7. Gestão de Subcontratados ....................................................................................... 55
1.8. Comunicação de SSMA ............................................................................................. 55
1.9. Programa de reconhecimento e consequência ...................................................... 57
2. REQUISITOS AVANÇADOS – 2° NÍVEL ............................................................................. 58
2.1 Estrutura de gestão integrada .................................................................................. 58
2.2. Compromisso da liderança ...................................................................................... 58
2.3 Atribuições e Responsabilidades .............................................................................. 59
2.4 Investigação de Acidentes......................................................................................... 59
2.6. Auditorias comportamentais ................................................................................... 60
3. REQUISITOS AVANÇADOS – 3° NÍVEL ............................................................................. 61
3.1 Capacitação e Treinamento ...................................................................................... 61
3.2. Programas avançados de SSMA ............................................................................... 61 4
3.3 PROCEDIMENTOS ...................................................................................................... 62
.............................................................................................................................................. 62
4. REQUISITOS AVANÇADOS – 4° NÍVEL ............................................................................. 63
4.1. Plano de atendimento a emergência ...................................................................... 63
4.2 Análise de risco rodoviário ........................................................................................ 64
4.3 GESTÃO DE SSMA ...................................................................................................... 66
ARR: Análise de Riscos Rodoviários.
SSMA: Saúde, Segurança e Meio Ambiente
5
PDCA: Método iterativo de gestão de quatro passos, Plan/Do/Check/Act
(Planejar/Fazer/Checar/Agir), visando o controle e melhoria contínua de
processos.
NR: Norma Regulamentadora
Transporte Primário: Operação de transporte de matérias-primas, produtos
congelados, resfriados ou carga seca com origem nas unidades produtoras, CDs,
armazéns e fornecedores, com destino a outras unidades produtoras, CDs,
armazéns, portos e clientes.
- Transporte Container: Operação de transporte em contêiner de produtos
congelados, resfriados ou carga seca das unidades para os terminais alfandegados
(portos e armazéns portuários).
- Transferência-Frigorificado: Operação de transporte com veículo específico para
transporte de matérias primas, produtos congelados e resfriados, com origem nas
unidades produtoras, CDs, armazéns e fornecedores, com destino a outras
unidades produtoras, CDs, armazéns e clientes.
Transferência Secos: Operação de transporte com veículo específico para
transporte de produtos secos, com origem nas unidades produtoras, CDs,
armazéns e fornecedores, com destino a outras unidades produtoras, CDs,
armazéns e clientes.
Insumos: É o transporte de materiais e insumos necessários para a produção, tem
como origem os fornecedores e destino as fábricas da BRF.
Transporte Secundário: Distribuição de produtos congelados, resfriados ou carga
seca nos CDs para TSP, TSPF e clientes.
Distribuição: Distribuição de produtos congelados, resfriados ou carga seca dos
CDs para clientes.
Transporte TSP e TSPF: Transit Shift Point (Ponto de Transbordo). Transferência de
produtos congelados, resfriados ou carga seca dos TSPs para clientes.
Transporte Agropecuário: Transporte de ração a granel, ovos, pintinhos,
peruzinhos, leitões, reprodutores, matrizes e animais para abate.
- Transporte Rações: Transporte de ração a granel com origem nas fábricas de
rações destinados a: integrados, granjas, entrepostos ou transferências entre
fábricas.
- Transporte de Ovos: Transporte de ovos oriundos de granjas próprias ou
terceiros para incubatórios.
- Transporte de Pintinhos: Transporte de pintinhos dos incubatórios para os 6
integrados/produtores.
- Transporte de Peruzinhos: Transporte de peruzinhos dos incubatórios para
integrados/produtores SIP (Sistema Iniciados Peru) e do SIP (Sistema Iniciador de
Peru) para integrados/produtores STP (Sistema terminador de Peru).
- Transporte de Leitões: Transporte de leitões entre os integrados/produtores: SPL
(Sistema Produtor de Leitão), UPD (Unidade Produtor Desmamado), SVC (Sistema
Vertical de Creche) e SVT (Sistema Vertical Terminador).
- Transporte de Reprodutores: Transporte de animais reprodutores de granjas
próprias ou de terceiros para integrados/produtores SPL (Sistema Produtor de
Leitão).
- Transporte de Matrizes: Transporte de animais matrizes recria de granjas
próprias ou terceiros para integrados/produtores SPO (Sistema Produtor de Ovos).
- Transporte de Animais para Abate: Transporte de animais oriundos de
integrados/produtores para as unidades produtoras da BRF ou terceiros.
Transportador Spot: Prestação de serviço em transporte de forma isolada,
extraordinária, única e a qual não se tem expectativa que possa voltar a acontecer
futuramente, podendo ser realizada com ou sem a necessidade de contrato.
Transportador Spot Regular: Prestação de serviço de transporte na qual o
transportador possui frequência mensal em transportes. Podendo ser realizada
com ou sem a necessidade de contrato.

Rotas críticas: são aquelas que apresentam grande histórico de furtos, roubos,
acidentes, entre outros.
Este manual tem por objetivo informar ao transportador as regras de SSMA da
BRF, bem como fornecer um suporte (por meio de modelos e exemplos) para o
desenvolvimento e implantação do programa. Através da disciplina operacional e
foco no comportamento seguro, buscaremos a redução de incidentes e acidentes
prejudiciais à Saúde e Segurança dos condutores, ao meio ambiente e à imagem
da empresa. 7

O manual descreve os níveis de requisitos de SSMA que serão exigidos pela BRF e
os modelos propostos para gerenciar o pilar de SSMA do programa Gestão
Integrada de Fornecedores (GIF). As regras presentes neste manual são
obrigatórias para TODO transportador que presta serviços para a BRF, não só para
aqueles que participam do GIF.

Assim como todo procedimento adotado dentro da BRF, o Programa de Gestão


SSMA tem como princípio seguir os critérios estabelecidos pela Política de Saúde,
Segurança e Meio Ambiente.

PRINCÍPIOS DE SSMA
A Política de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, está baseada nos seguintes
princípios:

a) A BRF assegura que o SSMA é um valor e que suas atividades são executadas
visando:

• A saúde e a segurança do ser humano;

• A preservação de seu patrimônio;

• A continuidade dos processos;


• O compromisso com o meio ambiente;

• O atendimento da legislação aplicável à Saúde, Segurança e Meio Ambiente.

A URGÊNCIA, A MAIOR IMPORTÂNCIA, OU


QUALQUER OUTRO FATO NÃO PODERÃO SERVIR DE
JUSTIFICATIVA PARA O DESCUMPRIMENTO DESTA
POLÍTICA
b) A alta administração é responsável pela prevenção de acidentes, doenças ocu- 8
pacionais, preservação do meio ambiente e do patrimônio. Cada Gestor de Área e
demais níveis hierárquicos são responsáveis diretos pela Saúde e Segurança
daqueles que com eles trabalham. Deve-se utilizar de todos os recursos técnicos
e administrativos possíveis e viáveis da empresa para prevenir e reduzir os
acidentes, incidentes e, consequentemente, perdas;

c) Trabalhar com segurança é uma condição essencial de manutenção da relação


de emprego que cada funcionário deve assumir com responsabilidade individual.
Para tal, toda condição de risco observada deve ser notificada ao Gestor de Área;

d) Os Treinamentos e Ações Educacionais devem ser permanentes e todos os


serviços desenvolvidos nas instalações da empresa devem ser executados por
pessoas devidamente habilitadas e capacitadas. Todos os trabalhadores têm en-
volvimento e participação, com o suporte dos Gestores de Área, na prevenção de
acidentes, doenças ocupacionais e danos ambientais;

e) O desempenho em Saúde, Segurança e Meio Ambiente é acompanhado


quantitativa e qualitativamente. Deve melhorar consistentemente, tendo os
requisitos legais como patamar mínimo e os padrões internacionais como
referência;

f) Com o gerenciamento dos processos, deve−se primar pela prevenção de toda e


qualquer perda, seja ela humana, ambiental ou material, e pela melhoria contínua
das condições de nossas instalações. Os planos de ação para prevenção de
acidentes e incidentes ou para correção de desvios comportamentais, devem ser
priorizados por parte dos Gestores de Área;

g) Todos os incidentes e acidentes (de trabalho, ambientais e doenças ocupacio-


nais) na BRF serão objeto de análise e investigação, e medidas para evitar
recorrências serão tomadas;
h) A BRF incentiva e apoia ações e comportamentos de saúde, segurança e meio
ambiente fora do trabalho e considera que essas iniciativas são tão importantes
quanto as praticadas dentro das instalações da empresa;

i) O trabalho será considerado adequado somente quando executado em obser-


vância aos procedimentos de saúde e segurança, e quando respeitar o meio am-
biente. É assegurado a todos os trabalhadores o direito de questionar a realização
de tarefas em que as condições de trabalho não estejam em conformidade com a
Política de SSMA. Assim, todos os envolvidos, além de seguir as regras estabeleci-
das para cada atividade de trabalho, devem assumir esta responsabilidade; 9

j) As questões de SSMA são consideradas no relacionamento com todas as partes


interessadas nas nossas operações, inclusive nos processos que envolvem o trans-
porte de pessoas e cargas, os quais são partes integrantes do Sistema de Gestão
de SSMA para Transportes e Distribuição. A comunicação e a informação devem
ser sempre adequadas e transparentes;

k) O SSMA deve funcionar como sistema integrado, envolvendo os profissionais de


saúde, segurança do trabalho e meio ambiente, as Comissões Internas de Preven-
ção de Acidentes − CIPAs, os Gestores de Área e os trabalhadores. Nas fases de
concepção, análise de projetos, de construção ou reforma, deverá ser requerida a
participação dos profissionais de SSMA.

Além da Política de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, a BRF conta também com
o Código de Conduta para Fornecedores, que tem como propósito estabelecer as
diretrizes para a conduta ética dos fornecedores da BRF, afim de estimular e
orientar a adoção e o cumprimento de práticas socioambientais responsáveis em
suas operações. A versão completa do código é entregue a todos os fornecedores
após ser firmado o contrato e deve ser lido e seguido.
O caminho para o Código de Conduta para Fornecedores se encontra disponível
em:
http://ri.brf-
global.com/conteudo_pt.asp?idioma=0&tipo=52104&conta=28&id=195604
Os acidentes ocorrem por diversos fatores, mas o comportamento das pessoas
contribui em grande parte para o número de eventos. Por isso é fundamental o
desenvolvimento de uma cultura de comportamento seguro.
Estudos indicam que atitudes comportamentais (excesso de velocidade, desres- 10
peito a jornada de trabalho, ausência de manutenção do veículo, falta de reparo
na rodovia, etc.) representam 96% das causas imediatas, enquanto apenas 4%
correspondem a outros elementos, tais como fatores naturais (enchentes, animais
na pista, etc.) entre outros.

É com base nesses dados e como forma de bloqueio do comportamento inseguro


que se deve colocar em prática a disciplina operacional. Ela orienta que as
atividades sejam realizadas de acordo com os padrões e procedimentos
adequados, conhecidos, compreendidos e disponíveis de forma sempre
atualizada. Isto é fundamental para o desenvolvimento das pessoas e da cultura
do comportamento seguro.
Um desempenho em SSMA de “Classe Mundial” somente é alcançado mediante a
aplicação das Melhores Práticas Internacionais de Gestão, Operação e Projeto.
Na BRF, o sistema está constituído por 10 Elementos ou Melhores Práticas, que 11
estão descritos a seguir:

10 ELEMENTOS DE GESTÃO DE SSMA EM TRANSPORTES


FUNDAMENTOS DO
SSMA
12

• Compromisso visível: “Não basta ser líder, tem que dar bons exemplos”. Todos
os níveis da Liderança devem demonstrar o valor do SSMA através de suas
atitudes, decisões e palavras, de maneira que os colaboradores PERCEBAM este
comprometimento.
• Disciplina operacional: Capacidade de uma organização de seguir seus padrões.
Assegura que todas as operações sejam conduzidas de forma segura, correta e
consistente, com ausência de atalhos ou improvisos. “Todos executam conforme
os padrões estabelecidos, sempre”.
• Foco no comportamento humano: Ações de promoção à qualidade de vida e de
desenvolvimento comportamental também devem fazer parte do propósito da
transportadora, pois a BRF acredita que ações desta natureza contribuem
diretamente com a melhoria contínua da gestão de Saúde e Segurança.
• Responsabilidade de linha: Todos os níveis da Liderança são responsáveis pelas
ações e condições de SSMA própria e de todos os colaboradores sob sua
supervisão direta, além de ser responsável pelo Sistema de Gestão de sua área de
atuação. Esta responsabilidade não é delegada.
• Administração de desvios: Através da ferramenta do POP Rodoviário e Patrulha
de Segurança, é possível bloquear ações inseguras e assim diminuir a
probabilidade de acontecer um acidente ou incidente. As compilações dos
resultados das observações fornecem dados para analisar e planejar ações visando
a eliminação de riscos sistêmicos.
• Aprendizado contínuo: Processo que promove a troca de informações entre os
colaboradores, criando dessa forma uma força de trabalho mais instruída. Esse
fato produz uma organização mais flexível, onde as pessoas aceitarão e se
adaptarão a novas ideias e mudanças por meio de uma visão compartilhada.

Objetivo: Estabelecer regras consideradas invioláveis pela empresa BRF, cujo ob- 13
jetivo principal é prevenir acidentes e incidentes e definir critérios para avaliação
da violação destas regras.

Conceito: São procedimentos de extrema importância que conectam as


contribuições individuais a um sistema efetivo de reconhecimento ou
consequências. Estes procedimentos estão relacionados às mais rigorosas regras
da empresa e são conhecidos por reduzir drasticamente a exposição das pessoas
a lesões sérias ou fatalidades.

1. Proibido adulterar sistemas de segurança e fazer improvisações: “Os dispositivos


de segurança instalados em máquinas e equipamentos para garantir sua operação
segura não devem, em nenhuma hipótese, ser retirados, eliminados ou
adulterados. Em nenhuma circunstância poderá existir dentro das instalações da
empresa situações criadas por improvisações (gambiarras), decorrentes de
mudanças sem análise de segurança”.

Motorista subindo no baú Motorista subindo no


do veículo sem utilizar a baú do veículo utilizando
escada; a escada, conforme
estabelecido na regra.
2. Proibido intervir em máquinas e equipamentos em movimento: “Proibido a
intervenção em máquinas e equipamentos em movimento por colocar em risco a
integridade física do operador. Eventual necessidade de intervenção deve ser feita
somente por pessoas capacitadas, com emissão de PET e/ou AST e/ou seguindo os
procedimentos operacionais pré-estabelecidos. ”

14

Motorista realizando a Motorista aguardando


manutenção do veículo a retirada do veículo do
dentro do pátio e com a pátio por mecânico da
tomada conectada; transportadora, para que
efetuada a devida
manutenção.

3. Emissão, cumprimento e fechamento da PET: Observação: Essa regra de ouro


não se aplica ao transporte.
4. Comunicação de acidentes: “Funcionários e terceiros devem comunicar todos os
acidentes, não importando o tipo e a gravidade da ocorrência. ”

Veículo danificado por Motorista


colisão sem comunicação comunicando o acidente
da ocorrência; à transportadora, e a
mesma emitindo a
comunicação preliminar.
5. Uso Dos EPIs – equipamentos de proteção individual em atividades que envolvam
riscos de alto potencial: “Funcionários e terceiros devem utilizar os EPIs definidos
nos procedimentos específicos e conforme indicação dos profissionais de SSMA.
Serão considerados riscos de alto potencial para efeitos desta regra aqueles que
possam causar lesões incapacitantes ou fatalidades, tais como os inerentes a
trabalho em altura, espaço confinado, serviços em eletricidade e serviços com
amônia. ”

15

Motorista dirigindo Motorista dirigindo


sem a utilização de utilizando as EPIs
EPIs; conforme indicado pela
norma.

Em conformidade com as diretrizes da BRF, todos os transportadores passarão por um


Processo de Homologação.

As diretrizes para homologação serão enviadas em anexo para o transportador à ser


contratado.

 Manual_Portal Terceiros_Empresas_Homologação_Transportador
 Manual_Portal Terceiros_Empresas_Gestão de Transportadores
PROIBIÇÃO DE ACOMPANHANTES
É expressamente proibido o transporte de acompanhantes e caronas em viagens
realizadas a serviço da BRF (exceto nas atividades em que seja necessário um ajudante
ou motorista aprendiz). Em caso de ocorrência detectada, a transportadora será
penalizada. 16

Os veículos frota devem utilizar o adesivo que


identifica “Proibido carona”.

BAFÔMETRO
Todo motorista que estiver a serviço da BRF estará sujeito a realização do teste de
bafômetro quando solicitado pela própria BRF ou equipe contratada.

O resultado positivo implicará em substituição imediata do motorista (Lei


12760/12)

Nenhum motorista será obrigado a realizar o teste, porém havendo recusa na


realização, a BRF reserva-se ao direito de comunicar ao Transportador o ocorrido
e, em conjunto, tomarem as medidas que entenderem necessárias.

A realização do teste é totalmente sigilosa, tendo acesso aos resultados apenas o


motorista, os responsáveis da BRF pela realização e controle e o Transportador,
este último quando necessário.

ASO, DIREÇÃO DEFENSIVA E


INTEGRAÇÃO
O transportador deverá garantir que o motorista esteja com o Treinamento em
Direção Defensiva e ASO realizados dentro do prazo de validade de 01 ano para
iniciar suas atividades na BRF. Além do ASO e Direção Defensiva, é necessária a
Integração dos Motoristas, mantendo tais documentos atualizados no Portal de
Terceiros conforme manual de instrução específico. Maiores informações sobre
Direção Defensiva estão no item 1.2.

NOTA: O curso de direção defensiva deve ser presencial e com carga horária de 08
horas por empresa homologada pela BRF
LIMITES DE VELOCIDADE
Todos os motoristas que prestam serviços para a BRF deverão respeitar a
velocidade da via, não ultrapassando o limite de 80 km/h em dias normais e 60
km/h em dias de chuva. Esses limites deverão estar afixados na parte traseira do
caminhão conforme exemplo abaixo:

JORNADA DE TRABALHO
17
É premissa da BRF que todos os motoristas cumpram a jornada de trabalho
estabelecida em lei, respeitando o tempo de parada para almoço, descanso e
entre jornadas:

• Jornada máxima diária de 12 horas, sendo 08 horas normais, admitindo-se


sua prorrogação por 02 horas ou 04 horas mediante acordo coletivo;
• Realizar paradas de 30 minutos a cada 5h30m de direção contínua; LEI Nº
13.103, DE 2 DE MARÇO DE 2015.

REGRAS DE PERMANÊNCIA NAS


UNIDADES E CDs BRF
Quando dentro das instalações da BRF, todos os transportadores, motoristas e
ajudantes deverão estar atentos aos seguintes itens:

O consumo e preparo de
alimentos deve ser realizado Utilizar o cinto de segurança
em locais autorizados.
Os motoristas deverão utilizar
uniforme com faixa ou colete Utilizar as faixas de pedestres no
refletivo ao transitarem pelo pátio deslocamento dentro da unidade

18
Não é permitido acompanhantes nas Não é permitido o acesso de
dependências da empresa e em animais domésticos nas
viagem dependências da BRF

Todos os incidentes e acidentes


Não falar no celular ao dirigir.
ocorridos na unidade deverão ser
comunicados ao responsável de
transporte do local.

Não é permitido fazer manutenção de É obrigatória a utilização do corrimão


qualquer tipo no interior da empresa. por todos para subir e descer as
escadas.

**Situações extremas em que seja necessário chamar apoio


externo, o gestor da área deve ser comunicado e autorizar a
entrada, sendo que estes terceiros devem ter integração.
Estacionar o veículo em lugares
É obrigatório respeitar as placas de
demarcados de acordo com a
sinalização.
orientação das unidades/CDs

19
Utilizar o som de veículos em volume Durante a circulação dos veículos nas
que não perturbe o sossego ou instalações da BRF, os veículos
trabalho de colaboradores deverão estar com os faróis acesos

Não é permitido adentrar nas instalações da É proibido trafegar nas vias internas
Brf com veículos apresentando vazamento com pessoas sobre carroceria,
de óleo e/ou graxa e/ou combustível mesmo que sentada

O lixo deve ser separado conforme É proibido o uso de arma branca, arma de
padrão de coleta seletiva existente na fogo, munição ou objetos que possam causar
unidade riscos a outras pessoas no interior da BRF
Não é permitido tirar fotos no
Deve-se sempre utilizar o calço. interior das instalações BRF

20

A velocidade máxima permitida


nas instalações da BRF é de 20 Álcool e direção não combinam.
km/h

INTEGRAÇÃO
Para um maior sucesso, a transportadora deve possuir uma integração para ser
repassada aos seus colaboradores antes do início das atividades, que aborde
histórico da empresa, benefícios, normas, regras internas e também regras de
seus parceiros embarcadores: limite de velocidade, jornada de trabalho, proibição
de acompanhantes, etc.

Ao iniciarem seus serviços junto a BRF, o transportador, motorista ou ajudante


participará de nova integração que contém orientações de requisitos de SSMA e
procedimentos a serem seguidos dentro da BRF.
MEDIDAS DISCIPLINARES
Sempre que verificado o não atendimento das normas de SSMA da BRF pelas
empresas prestadoras de serviços de transporte de cargas e seus funcionários,
serão tomadas providências para que os desvios identificados sejam corrigidos e
sua recorrência seja evitada.

Para isso, a BRF possui uma sistemática de aplicação de medidas disciplinares:

1ª Medida: Notificação extrajudicial; 21

2ª Medida: Notificação extrajudicial informando o desconto de 10% no valor do


frete referente a viagem em que ocorreu o desvio, limitado ao valor de R$ 500,00
(quinhentos reais);

3ª Medida: Notificação extrajudicial informando o desconto de 10% no valor do


frete referente a viagem em que ocorreu o desvio, limitado a R$ 500,00
(quinhentos reais), além do bloqueio do motorista para operar com a BRF pelo
prazo de 15 (quinze) dias contados a partir do término do prazo para resposta;

4ª Medida: Notificação extrajudicial informando o desconto de 10% no valor do


frete referente a viagem em que ocorreu o desvio, limitado a R$ 500,00
(quinhentos reais), além do bloqueio do motorista para operar com a BRF pelo
prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir do término do prazo para resposta;

5° Medida: Notificação extrajudicial informando o desconto de 10% no valor do


frete referente a viagem em que ocorreu o desvio, limitado a R$ 500,00
(quinhentos reais), além do bloqueio do motorista para operar com a BRF por
prazo indeterminado, contados a partir do término do prazo para resposta;

OBS.: De acordo com maior ou menor gravidade, a BRF poderá não seguir as
etapas de notificações sugeridas.

UNIFORME
O uniforme é item de uso obrigatório para todos os motoristas que transportam
cargas para a BRF. Os modelos se diferenciam de acordo com o tipo de operação
de transporte.
Transporte Primário
 MODELO: CAMISA POLO MANGA CURTA (Transporte Primário)

BORDADOS:

22

DETALHES DO MODELO:
Camisa gola pólo com acabamento interno através de filete de 1 cm de largura,
com abertura de 15 cm de comprimento e quadrado 1 cm, com fechamento
através de 3 caseados (superior em sentido horizontal e inferior em sentido
vertical) e 3 botões, manga curta com bainha, pespontos duplo nos ombros e
cavas, com bainha inferior.
TECIDO: Technopolo fit (Santista) 62% alg 35% pol 3% elastano; GOLA: tipo polo;
FAIXA REFLETIVA: Tecido doptel plus na cor verde limão, faixa com refletiva prata
de 2,5cm de largura sobreposta, aplicada nas mangas, frente e costas; BOTÕES:
Tam. 18 (11mm de diâmetro) AVIAMENTOS: Linhas de costura 100% poliéster;
ETIQUETA INTERNA: Confeccionista / Composição / Tamanho.
 MODELO: CALÇA DE SARJA (Transporte Primário)

23

DETALHES DO MODELO:
TECIDO: Unitex (Santanense) ou Polybrim (Santista); FORRO: Cru para bolso; CÓS:
Meio elástico e 07 passantes; BOLSO FRENTE: 02 tipo faca e porta moeda lado
direito; BOLSO ATRÁS: 02 chapados com lapela e velcro centralizado; BOLSO
CARGO: Lado direito com lapela e velcro; FAIXA REFLETIVA: Tecido doptel plus na
cor verde limão, faixa com refletiva prata de 2,5cm de largura sobreposta,
aplicadas na altura da canela, frente e atrás; VELCRO: Branco 20mm para
fechamento dos bolsos com lapela; ELÁSTICO: Branco 40mm para cós parte
traseira; BARRA: 1,0cm na reta 1 costura; BOTÕES: 01 acrílico, 02 furos, tam. 24
transparente; ZÍPER: Metal preto 18cm; REBATIDO: 02 Costuras; ETIQUETA
INTERNA: Confeccionista / Composição / Tamanho.
 MODELO: BERMUDA DE SARJA (Transporte Primário)

24

DETALHES DO MODELO:
TECIDO: Unitex (Santanense) ou Polybrim (Santista); FORRO: Cru para bolso; CÓS:
Meio elástico e 07 passantes; BOLSO FRENTE: 02 tipo faca e porta moeda lado
direito; BOLSO ATRÁS: 02 chapados com lapela e velcro centralizado; BOLSO
CARGO: Lado direito com lapela e velcro; FAIXA REFLETIVA: Tecido doptel plus na
cor verde limão, faixa com refletiva prata de 2,5cm de largura sobreposta,
aplicadas na altura da canela, frente e atrás; VELCRO: Branco 20mm para
fechamento dos bolsos com lapela; ELÁSTICO: Branco 40mm para cós parte
traseira; BARRA: 1,0cm na reta 1 costura; BOTÕES: 01 acrílico, 02 furos, tam. 24
transparente; ZÍPER: Metal preto 18cm; REBATIDO: 02 Costuras; ETIQUETA
INTERNA: Confeccionista / Composição / Tamanho.
 MODELO: JAQUETA COM FAIXAS REFLETIVAS (Transporte Primário)

BORDADOS:

25

DETALHES DO MODELO:
Jaqueta com gola esporte, fechamento com ziper de jacaré e vista até final da gola,
vista com 3 botões, mangas com punho meio elástico meio reto, com 2 bolsos
inferior, 1 bolso superior interno e bainha inferior de 2 cm de largura.
TECIDO: 100% poliéster impermeável azul marinho; FORRO: Manta matelassê 80g
100% poliéster azul marinho; FAIXA REFLETIVA: Tecido doptel plus na cor verde
limão, faixa com refletiva prata de 2,5cm de largura sobreposta, aplicada nas
mangas, frente e costas; AVIAMENTOS: Linhas de costuras 100% poliéster, ziper
de jacaré e botão de pressão em aço niquelado; COSTURAS: - Máquina interlock
para fechamento de forro, gola, vista, laterais e colocação de punho e gola; -
Máquina reta 1 agulha para aplicação de bolso, vista e zíper pespontos de vista,
gola e bainha; - Máquina rebatedeira para elásticos de punho; - Máquina
botoneira pneumática para aplicação de botões. ETIQUETA INTERNA:
Confeccionista / Composição / Tamanho.
Transporte Agropecuário
 MODELO: JALECO MANGA LONGA AGROPECUÁRIA

BORDADOS / SILK:

26

DETALHES DO MODELO:
TECIDO: Unilight GOLA: Esporte; MANGA: Ribana 5006 com 4,5 cm pronta; BARRA:
1,0 cm na reta 1 costura; BOTÕES: 06 de pressão niquelado Eberle; FAIXA
REFLETIVA: Tecido doptel plus na cor verde limão, faixa com refletiva prata de
2,5cm de largura sobreposta, aplicada nas mangas, frente e costas; VISTA: Sim,
para encobrir os botões na abertura frontal; REBATIDO: 01 costura, ombro, cava e
vista; ETIQUETA INTERNA: Confeccionista / Composição / Tamanho.
 MODELO: JALECO MANGA CURTA AGROPECUÁRIA

BORDADOS / SILK:

27

DETALHES DO MODELO:
TECIDO: Unilight GOLA: Esporte; MANGA: Barra 2,0 na reta; BARRA: 1,0 cm na reta
1 costura; BOTÕES: 06 de pressão niquelado Eberle; FAIXA REFLETIVA: Tecido
doptel plus na cor verde limão, faixa com refletiva prata de 2,5cm de largura
sobreposta, aplicada nas mangas, frente e costas; VISTA: Sim, para encobrir os
botões na abertura frontal; REBATIDO: 01 costura, ombro, cava e vista; ETIQUETA
INTERNA: Confeccionista / Composição / Tamanho;
 MODELO: CAMISETA DE MALHA PV AGROPECUÁRIA

SILK:

28

DETALHES DO MODELO:
TECIDO: Poliester e Viscose (PV); GOLA: Ribana PV cinza claro 2,0 cm pregada na
galoneira; MANGA: 2,0 cm na galoneira 2 costuras; BARRA: 2,0 cm na galoneira 2
costuras; ETIQUETA INTERNA: Confeccionista / Composição / Tamanho.
 MODELO: CALÇA DE SARJA AGROPECUÁRIA

29

DETALHES DO MODELO:
TECIDO: Unitex (Santanense) ou Polybrim (Santista); FORRO: Cru para bolso; CÓS:
Meio elástico e 07 passantes; BOLSO FRENTE: 02 tipo faca e porta moeda lado
direito; BOLSO ATRÁS: 02 chapados com lapela e velcro centralizado; BOLSO
CARGO: Lado direito com lapela e velcro; FAIXA REFLETIVA: Tecido doptel plus na
cor verde limão, faixa com refletiva prata de 2,5cm de largura sobreposta,
aplicadas na altura da canela, frente e atrás; VELCRO: Branco 20mm para
fechamento dos bolsos com lapela; ELÁSTICO: Branco 40mm para cós parte
traseira; BARRA: 1,0cm na reta 1 costura; BOTÕES: 01 acrílico, 02 furos, tam. 24
transparente; ZÍPER: Metal preto 18cm; REBATIDO: 02 Costuras; ETIQUETA
INTERNA: Confeccionista / Composição / Tamanho.
 MODELO: BERMUDA DE SARJA AGROPECUÁRIA

30

DETALHES DO MODELO:
TECIDO: Unitex (Santanense) ou Polybrim (Santista); FORRO: Cru para bolso; CÓS:
Meio elástico e 07 passantes; BOLSO FRENTE: 02 tipo faca e porta moeda lado
direito; BOLSO ATRÁS: 02 chapados com lapela e velcro centralizado; BOLSO
CARGO: Lado direito com lapela e velcro; FAIXA REFLETIVA: Tecido doptel plus na
cor verde limão, faixa com refletiva prata de 2,5cm de largura sobreposta,
aplicadas na altura da canela, frente e atrás; VELCRO: Branco 20mm para
fechamento dos bolsos com lapela; ELÁSTICO: Branco 40mm para cós parte
traseira; BARRA: 1,0cm na reta 1 costura; BOTÕES: 01 acrílico, 02 furos, tam. 24
transparente; ZÍPER: Metal preto 18cm; REBATIDO: 02 Costuras; ETIQUETA
INTERNA: Confeccionista / Composição / Tamanho.
 MODELO: JAQUETA COM FAIXAS REFLETIVAS AGROPECUÁRIA

BORDADOS:

31

DETALHES DO MODELO:
Jaqueta com gola esporte, fechamento com ziper de jacaré e vista até final da gola,
vista com 3 botões, mangas com punho meio elástico meio reto, com 2 bolsos
inferior, 1 bolso superior interno e bainha inferior de 2 cm de largura.
TECIDO: 100% poliéster impermeável azul marinho; FORRO: Manta matelassê 80g
100% poliéster azul marinho; FAIXA REFLETIVA: Tecido doptel plus na cor verde
limão, faixa com refletiva prata de 2,5cm de largura sobreposta, aplicada nas
mangas, frente e costas; AVIAMENTOS: Linhas de costuras 100% poliéster, ziper
de jacaré e botão de pressão em aço niquelado; COSTURAS: - Máquina interlock
para fechamento de forro, gola, vista, laterais e colocação de punho e gola; -
Máquina reta 1 agulha para aplicação de bolso, vista e zíper pespontos de vista,
gola e bainha; - Máquina rebatedeira para elásticos de punho; - Máquina
botoneira pneumática para aplicação de botões. ETIQUETA INTERNA:
Confeccionista / Composição / Tamanho.
Transporte Secundário
 MODELO: BATA MANGA CURTA (Transporte Secundário)

BORDADOS:

32

DETALHES DO MODELO:
Bata com gola italiana com pesponto da gola fino, 1 bolso superior lado esquerdo,
manga curta com bainha, com bainha inferior e reforço no ombro.
TECIDO: Tapé Mais (Santista) 100% Algodão GOLA: italiana; FAIXA REFLETIVA:
Tecido doptel plus na cor verde limão 5 cm, faixa com refletiva prata de 2,5cm de
largura sobreposta, aplicada nas mangas, frente e costas; OMBRO: Reforço em
Unilester Rip Stop preto 2016 com manta 80; BARRAS: bainhas com 2 cm de
largura em galoneira 2 agulhas; AVIAMENTOS: Linhas de costura 100% poliéster;
ETIQUETA INTERNA: Confeccionista / Composição / Tamanho.
 MODELO: CALÇA DE SARJA (Transporte Secundário)

33

DETALHES DO MODELO:
TECIDO: Unitex (Santanense) ou Polybrim (Santista); FORRO: Cru para bolso; CÓS:
Meio elástico e 07 passantes; BOLSO FRENTE: 02 tipo faca e porta moeda lado
direito; BOLSO ATRÁS: 02 chapados com lapela e velcro centralizado; BOLSO
CARGO: Lado direito com lapela e velcro; FAIXA REFLETIVA: Tecido doptel plus na
cor verde limão, faixa com refletiva prata de 2,5cm de largura sobreposta,
aplicadas na altura da canela, frente e atrás; VELCRO: Branco 20mm para
fechamento dos bolsos com lapela; ELÁSTICO: Branco 40mm para cós parte
traseira; BARRA: 1,0cm na reta 1 costura; BOTÕES: 01 acrílico, 02 furos, tam. 24
transparente; ZÍPER: Metal preto 18cm; REBATIDO: 02 Costuras; ETIQUETA
INTERNA: Confeccionista / Composição / Tamanho.
 MODELO: JAQUETA COM FAIXAS REFLETIVAS (Transporte
Secundário)
BORDADOS:

34

DETALHES DO MODELO:
Jaqueta com gola esporte, fechamento com ziper de jacaré e vista até final da gola,
vista com 3 botões, mangas com punho meio elástico meio reto, com 2 bolsos
inferior, 1 bolso superior interno e bainha inferior de 2 cm de largura.
TECIDO: 100% poliéster impermeável azul marinho; FORRO: Tecido em poliéster
tipo tela com “furinhos”; FAIXA REFLETIVA: Tecido doptel plus na cor verde limão
5 cm, faixa com refletiva prata de 2,5cm de largura sobreposta, aplicada nas
mangas, frente e costas; OMBRO: Reforço Unilester Rip Stop azul marinho 2018
c/manta 80; AVIAMENTOS: Linhas de costuras 100% poliéster, ziper de jacaré e
botão de pressão em aço niquelado; COSTURAS: - Máquina interlock para
fechamento de forro, gola, vista, laterais e colocação de punho e gola; - Máquina
reta 1 agulha para aplicação de bolso, vista e zíper pespontos de vista, gola e
bainha; - Máquina rebatedeira para elásticos de punho; - Máquina botoneira
pneumática para aplicação de botões. ETIQUETA INTERNA: Confeccionista /
Composição / Tamanho;
Kit de Segurança Necessário

Colete Refletivo 04 Cones de Sinalização


(Caso não possua faixa
no uniforme)

35

Lanterna Fita Zebrada

Uniforme BRF: Calça e camisa com faixa refletiva.


Para veículos eventuais a exigência é o uniforme
Sapato de Segurança
da transportadora

02 Calços: Deve conter alça para transporte e dimensão de 200mm x 150mm x


150mm, podendo a rampa ser côncava ou reta conforme figura 1 abaixo
Visando o comprometimento com o SSMA, o prestador de serviço em transporte
rodoviário de cargas deverá implantar em sua empresa um Programa de Gestão
de SSMA. O programa este dividido em quatro níveis conforme ilustrado na 36
pirâmide abaixo.
As novas transportadoras que começarem a prestar serviço à BRF, deverão estar
no mesmo nível de SSMA das transportadoras que já prestam serviço. A
informação de qual nível a operação de transporte se encontra, será fornecida no
momento da contratação pela área de suprimentos.

* * * * *

*Exigências obrigatórias também aos veículos classificados como


SPOT regular. A área de SSMA Transportes da BRF recomenda a
realização dos demais requisitos da pirâmide.
1.1 Atendimento aos requisitos Legais
Devido ao comprometimento da BRF em atender a legislação aplicável a Saúde,
Segurança e Meio Ambiente e assim reduzir os riscos de incidentes e acidentes,
alguns requisitos legais são exigidos junto aos seus fornecedores.
37
As Normas Regulamentadoras (NRs) são elaboradas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), e regem os procedimentos a serem adotados nas empresas com
o intuito de eliminar os acidentes e doenças geradas no ambiente de trabalho. Os
requisitos legais contemplados no Programa de Gestão de SSMA serão verificados
durante auditoria. Eles deverão ser elaborados e atualizados por pessoa com
competência para a atividade.
Dentre os itens exigidos estão:
• PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA): Documento que
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos, busca a
preservação da integridade dos funcionários. Conforme item 9.1.5 da NR 9, no
PPRA devem ser considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos e
biológicos existentes no ambiente de trabalho que são capazes de causar danos à
saúde do trabalhador. Esses são os itens mínimos que devem estar presentes no
programa, porém o ideal é que ele contemple também agentes ergonômicos e
mecânicos.
• PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO): Com
base nos riscos existentes em cada atividade, o PCMSO tem o objetivo de pro-
mover e preservar a saúde dos funcionários. Os exames têm diferentes
denominações e são efetuados de acordo com a situação em que se encontra o
funcionário. Para o novo funcionário é realizado o exame admissional. O exame
periódico é feito pelo funcionário que já atua na empresa e o prazo a que deve
obedecer depende de determinação da norma. Exame de retorno ao trabalho se
faz necessário quando o funcionário fica afastado por um período maior do que
30 dias (não se enquadra em caso de férias). Exame de mudança de função é
realizado quando o funcionário tem alterada sua função de atividade. Por fim, o
exame demissional é feito quando o funcionário é desligado da empresa.
• ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL (ASO): Para cada exame realizado é
obrigatória a emissão, em duas vias (uma para o funcionário e outra para
arquivamento da empresa), do Atestado de Saúde Ocupacional. De acordo com o
Item 7.4.4.3 da NR 7, o ASO deve conter:
 Nome completo, número do RG e função exercida;
 Riscos ocupacionais existentes na atividade;
 Os procedimentos médicos aos quais o funcionário foi submetido;
 Nome do médico coordenador com CRM;
 Nome do médico examinador com CRM;
 Definição de APTO ou INAPTO para determinada função;
 Data, assinatura e carimbo do médico encarregado com dados do registro 38
do CRM.
O transportador deverá garantir que o motorista e entregador estejam com o ASO
realizado dentro do prazo de validade de 01 ano para iniciar suas atividades na
BRF.
• EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI): EPI é todo equipamento de uso
individual que se destina a proteção dos trabalhadores contra os riscos aos quais
estão expostos em suas atividades laborais. É crucial que os EPIs tenham o
Certificado de Aprovação (CA), que é expedido pelo órgão nacional competente
quanto a segurança e saúde no trabalho do MTE. De acordo com o item 6.9.3. da
NR 6, “Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome
comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA”. Tanto
a comercialização quanto o fornecimento de EPIs sem o CA são considerados
crime, sendo assim comerciante e empregador ficam sujeitos a penalidades
previstas em lei.
• COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA): A CIPA deve ser
constituída por estabelecimentos que tenham trabalhadores contratados como
empregados. Seu objetivo é prevenir os acidentes e doenças ocupacionais. O
dimensionamento da CIPA é realizado conforme estabelecido pelo Quadro I da NR
5, de acordo com o número de funcionários e a Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE) da empresa. Quando o estabelecimento não se
enquadrar na constituição de CIPA, deverá designar um membro responsável pela
mesma que deverá passar por treinamento e atuar na prevenção de acidentes.
• COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO (CAT): De acordo com a Previdência
Social, todo acidente de trabalho ocorrido deve ser informado à mesma. O prazo
para registro do acidente é de até um dia útil após a ocorrência, porém em caso
de morte o registro deve ser imediato. A CAT gerada deve ser emitida em quatro
vias: para o INSS, segurado ou dependente, sindicato de classe do trabalhador e
para a empresa.
1.2 Treinamento em Direção
Defensiva
O treinamento em Direção Defensiva, específico para motoristas de caminhão, é
obrigatório a todos os motoristas de transportadoras que prestam serviços a BRF.
Este treinamento deve ser reciclado anualmente. A carga horária de 08 horas
presenciais e sua realização é de responsabilidade da transportadora. Em caso de 39
acidente em que seja detectado através da investigação, algum desvio ou ação
direta na causa realizado pelo motorista (excesso de velocidade, jornada
inadequada, etc.), o motorista terá que realizar novamente o treinamento de
direção defensiva. A BRF firmou uma parceria com o SEST/SENAT a fim de estipular
um valor fixo para o treinamento de direção defensiva. Caso a transportadora opte
por outra empresa para realizar o treinamento, ela deverá apresentar ao SSMA de
Transportes Corporativo o conteúdo programático.
 O transportador deverá garantir que 100% de seus motoristas esteja com
o treinamento de direção defensiva realizado dentro do prazo de validade
antes de iniciarem as atividades pela BRF.
 Seguem abaixo critérios para alguns cursos realizado de direção defensiva
em casos diferentes:
o O curso de direção defensiva realizado no MOPP somente será
aceito se realizado no prazo de um ano.
o Curso de direção defensiva realizado a distância (EAD) não será
aceito.

1.3. Inspeção e Manutenção


Os veículos utilizados no transporte rodoviário de cargas devem apresentar
condições adequadas de forma a garantir a integridade e segurança do condutor
e terceiros, bem como dos produtos transportados. Quebras mecânicas podem
gerar acidentes causados por manutenção deficiente ou inexistente. A BRF possui
um check list veicular realizado nas fábricas e centros de distribuição. O motorista
e veículo poderão estar sujeitos a passar por essa vistoria nas unidades.
O transportador deverá realizar dois check lists, um regular (diário), e outro mais
detalhado (mensal).
 Check list regular: deve contemplar no mínimo os seguintes itens:
Km rodado, avaria (batida ou arranhão no veículo e baú), diesel, luz de freio
e ré, sirene de ré, calibragem dos pneus, extintor, nível de liquido de
arrefecimento e óleo, buzina, cinto de segurança, estepe e macaco, calços
(2), cones (4), faixa refletiva e fita zebrada.
 Check list detalhado: Esse check list terá que contemplar mais itens de
segurança para vistoria dos veículos.
 Para os problemas identificados, deverá ser realizado um
acompanhamento em planilha ou sistema, com datas e responsáveis pela
regularização das ocorrências apontadas.
40
Para garantir a manutenção preventiva, o transportador deverá realizar as paradas
obrigatórias conforme os manuais do fabricante, respeitando sempre os ciclos
previstos para cada revisão e tipo de veículo (km ou tempo).
Abaixo, segue o check list veicular utilizado pela BRF que os veículos estarão
sujeitos a passar:
Onde:
A - Itens referentes ao segmento Agropecuária;
C - Itens referente ao Porta-Contêiner;
D - Itens referente ao segmento Distribuição;
F - Itens referente ao segmento Frigorificado (carretas e trucks);
G - Itens referente ao segmento Grãos
T - Itens comuns a todos os veículos;
R - Itens de REPROVA: obrigatório que este item esteja ok para carregamento.
Seg. Documento
T R 1 CNH no prazo de validade
T 2 Crachá de identificação da transportadora
T R 3 Licença Rodoviários de Cargas (RNTRC) da ANTT
T R 4 Licenciamento do veículo e seguro obrigatório
T R 5 Disco tacógrafo, disco reserva e certificado do cronotacógrafo
Seg. Motorista
T R 6 Aspecto emocional (sinais de cansaço, irritação, sono, embriaguez)
T R 7 Motorista não estar portando arma nas dependências da empresa
T R 8 Utilização de uniforme e calçado de segurança*
A 9 Luvas de proteção - Modelo: vaqueta*
A 10 Capacete com jugular - apenas para rações*
A 11 Cinto de segurança com talabarte*
Colete refletivo (Somente para uniforme que não possua faixa
T R 12
refletiva) *
Seg. Veículo
T R 13 Cintos de segurança
T R 14 Extintores adequados dentro do prazo de validade
T R 15 Teste da fumaça (validade de 01 ano da data de realização)
T R 16 Teste de partida
T R 17 Freio de estacionamento
T R 18 Sirene da marcha ré
T R 19 Faróis, luzes de sinalização, buzina.
T R 20 Placas/adesivo de velocidade na carreta (80km/h e 60km/h)
F/D/C 21 Adesivo na traseira da carreta "Como Estou Dirigindo", Somente Frota
T R 22 Acessórios: triângulo, macaco, jogo de chaves 41
T R 23 Calços (02 unidades, sendo 200 x 150 x 150 mm)
T 24 Fita zebrada com 100m de comprimento com 7cm largura
T 25 Lanterna de mão
T R 26 Cones de sinalização (04 unidades)
T 27 Cinta de proteção para cardam
Para-brisas, vidros e espelhos sem tricas. Adesivos em local permitido
T R 28
e limpadores funcionando
T 29 Adesivo no para-brisa de "Proibido carona"
T R 30 Reservatório de combustível
A/F 31 Tanque para líquidos/resíduos
T R 32 Placas e lacres do veículo
A/F/C R 33 Rastreadores
A 34 Faróis auxiliares para descarga de ração (02 unidades)
A 35 Estado de conservação do sombrite/lona
A 36 Molhador no caminhão de frango.
T R 37 Estepes e Pneus com sulco superior a 3mm
F/D R 38 Certificado de teste de frio
T R 39 Para-choques e proteções laterais
T R 40 Faixas refletivas
D/F R 41 Fixadores de portas (baú)
F R 42 Cadeado na porta traseira e soldas nas dobradiças e varão das portas
Divisória de baú e ventilador para cargas compostas de prod. cong. e
D/F 43
resfr.
A/D/F R 44 Iluminação interna (baú)
D/F R 45 Trava paletes (04 unidades)
C R 46 Pino de travamento do contêiner - Lock (04 unidades)
C R 47 Plataforma do porta contêiner
C/D R 48 Cabo elétrico
Seg. Gentrex
D 49 Rastreadores
D R 50 Sensor de Temperatura
D 51 Lacre no sensor de temperatura
D R 52 Prateleiras/Trilhos
D 53 Drenos de água
D R 54 Limpeza Interna e externa (Baú)
D 55 Vedação das Portas
D R 56 Cortina
D 57 Porta de Divisória Interna (congelado/resfriado)
D R 58 Ventilador de Passagem
D 59 Ferragens Traseiras e fixadores.
D R 60 Escada
D 61 Cor 42
D R 62 Carrinho de Entrega

Observações:
- Para veículos classificados como SPOT regular, serão avaliados os itens de
reprova, exceto:
 Itens 8 (utilização de uniforme e calçado de segurança): será considerado
o uniforme do transportador: calça, camiseta e sapato fechado
 Item 20 (Placas/adesivo de velocidade na carreta (80km/h e 60km/h).
- Para veículos classificados como SPOT (emergenciais), além dos itens
mencionados acima, não serão exigidos os itens 23, 26 e 38.
- O item 26 (cones de sinalização) não se aplica a Vans.
* Todo o Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve possuir o Certificado de
Aprovação (C.A.) emitido pelo órgão nacional competente.
**Para-choques e proteções laterais é obrigatório para todos os veículos
***item de reprova no segmento agropecuário.
IDADE DOS VEÍCULOS
A idade máxima dos veículos e carrocerias deve seguir a seguinte regra para cada
tipo de operação:
Idade máxima
Idade máxima
Carreta/Baú/Carroceria
Operação Segmento do cavalo mecânico
Silo/Tanque (novos
(novos entrantes)
entrantes)

Container
Frigorificado 43
Transporte Primário 12 anos
Carga Seca
Insumos

Ração
Frango para abate 12 anos porta
Suínos para abate container
Peru para abate 10 anos para os demais
Ovos
Agropecuária 07 anos
Pintos
Peruzinho
Leitões
Reprodutores
Matrizes

05 anos no Nordeste e
Norte
Distribuição 07 anos
Secundária 07 anos para os
demais

Transferência TSP 12 anos 10 anos

20. Placas/adesivo de velocidade na carreta (80km/h e 60km/h):


Tamanho do adesivo 45 X 30 cm
21. Adesivo na traseira da carreta "Como Estou Dirigindo", Somente Frota
Tamanho do adesivo 50 X 30 cm

COMO ESTOU
DIRIGINDO?
LIGUE 44

0800 701 7783


28. Para-brisas, vidros e espelhos sem tricas. Adesivos em local permitido e
limpadores funcionando

29. Adesivo no para-brisa de "Proibido carona“: Deverá ser fixado em local


permitido conforme RESOLUÇÃO N° 216 do Conselho Nacional de Trânsito
(CONTRAN), Artigo 4°.
35. Estado de conservação do sombrite/lona: Garantir que o veículo de frango
tenha sombrite ou a lona em bom estado de conservação.

45

36. Molhador no caminhão de frango: Garantir que os veículos de frango tenham


instalados o sistema de molhador no caminhão

38. Certificado de teste de frio: Verificar a data de emissão do teste de


equipamento de refrigeração.
- Distribuição: O prazo de 4 meses a contar da data de realização. Para veículos
novos, o 1° teste deverá ser realizado a partir de 4 meses de uso.
- Primária: 6 meses para veículos a contar da data de realização. Para veículos
novos, o 1° teste deverá ser realizado a partir de 6 meses de uso.
40. Faixas refletivas - Portaria DENATRAN 1164/2010: Verificar se o veículo possui
faixas refletivas nas laterais e traseira, bem conservadas. Dimensões: 5cm X 30cm
(15cm: cor branca; 15cm: cor vermelha);

46

42. Cadeado na porta traseira e soldas nas dobradiças e varão das portas: Conter
soldas nos pinos, parafusos e porcas das dobradiças inferiores das portas. Soldar
os parafusos no suporte do varão e no suporte de alavanca do varão. Possuir
cadeado para travar a porta.
43. Divisória de baú e ventilador para cargas compostas de produtos congelados e
resfriados:
A divisória móvel utilizada não poderá permitir a passagem de frio através das
extremidades superior, inferior ou laterais. Deve possuir 60 mm de espessura com
ventilador de passagem. O ventilador de passagem congelado/ resfriado deve
estar posicionado a uma altura superior a 2m, para permitir melhor transferência
do frio entre congelado e resfriado bem como ajustado para temperatura
resfriada. Além disso, deve haver no veículo 4 trava-paletes, a fim de fixar a
divisória e carga durante o trajeto 47

44. Iluminação interna (baú):


Distribuição: Iluminação interna de LED nos compartimentos Congelado e
Resfriado deve ser colocada no teto, na linha do corredor (veículos prateleira) e
laterais (veículos paleteiros) com intensidade de 800 lúmens por compartimento
(conforme NBR5413);
Frigorificado: Iluminação interna no teto de LED na linha do corredor com
intensidade de 800 lúmens por compartimento (conforme NBR5413) e sistema
liga/desliga acionado interna e externamente (paralelo) com luz indicadora
externa. As conexões elétricas devem ser isoladas de umidade;
45. Trava paletes (04 unidades): Trava pallets com três níveis de trilhos logísticos
para a fixação de divisória e retenção de carga a 200mm, 800mm e 1500mm do
piso (cada reboque deve possuir 4 varões).
1.4. Comunicação e Investigação
Preliminar de Sinistros
1.4.1 Comunicação: Qualquer tipo de sinistro envolvendo veículo que esteja a
serviço da BRF, inclusive acidente leve, mesmo estando vazio, deve ser
prontamente reportado para a reguladora de sinistro homologada e para as áreas
responsáveis no prazo máximo de 4 horas. O Transportador deverá possuir um 48
fluxo interno e detalhado de comunicação de sinistros e todos os colaboradores
devem conhecer este processo.

O objetivo em acionar a reguladora de sinistros é evitar ou minimizar os danos


causados nas mercadorias em decorrência do acidente, bem como o
levantamento de informações no local, possibilitando as investigações e evitando
recorrências.
Abaixo seguem os tipos de sinistros em que o transportador deve acionar a
seguradora (veículo vazio ou carregado, com ou sem vítima):
 Atropelamento, colisão, L na pista, tombamento e incêndio;
 Roubo (parcial e total), furto, violação no lacre;
Todo sinistro deve ser reportado para a seguradora. Para consultar as regras de
outros tipos de sinistros (furtos, roubos, problemas com o equipamento de
refrigeração, etc.), o transportador deve verificar o PGR (Plano Gerencial de
Riscos).
1.4.2 Procedimento em Caso de Acidente:
 Comunicar imediatamente a reguladora homologada. (0800-88 18 811 ou
0800 70 30 373);
 Preservar todos os bens atingidos pelo sinistro (passíveis ou não de
aproveitamento);
 Conservar, se possível, todos os indícios e vestígios deixados no local e nos
bens segurados, enquanto for necessário para constatação e apuração da
Seguradora;
 Registrar a ocorrência do sinistro junto às autoridades competentes – Item 49
de extrema importância.
Diversos custos são envolvidos em um acidente, entre eles:

 Processo de deslocamento até o local;


 Remoção da carga;
 Perda total ou parcial da carga;
 Destinação da mercadoria condenada;
 Reparos.
Acidentes cuja investigação, comprovar como causa raiz (culpa) através de
negligência, imprudência e/ou imperícia as seguintes ações serão tomadas pela
BRF:
- Será repassado ao transportador 10% do prejuízo do acidente, chegando ao teto
de R$ 20.000,00;
- Veículo/motoristas ficarão bloqueados da operação e somente poderão voltar a
prestar serviço após a participação no comitê de acidentes e apresentar o
comprovante de reciclagem no treinamento de direção defensiva.
O modelo da investigação é enviado ao transportador com certa antecedência;
OBS: Em todos os casos, se o transportador deixar de enviar algum documento
solicitado (tacógrafo, registro de jornada, certificado de direção defensiva, ...),
motorista e transportador serão bloqueados.
A quem devo comunicar?
Além da Reguladora de Sinistros, as seguintes áreas devem ser contatadas:
 Agropecuária: A área de transporte agropecuário da unidade responsável
pela carga deve ser contatada via telefone e, em seguida, via e-mail, com
as informações da tabela acima;
 Grãos: A área de commodities de grãos/farelos/óleos e a unidade
responsável pela carga devem ser contatadas via telefone e, em seguida,
via e-mail, com as informações da tabela acima;
 Secundária: A área de logística do Centro de Distribuição responsável pela
carga deve ser contatada via telefone e, em seguida, via e-mail, com as
informações da tabela acima.
 Primária: Informar, através do e-mail sinistro.transporte@brf-br.com, com
as informações da tabela abaixo;
Quais informações preciso enviar para a BRF na hora da comunicação? 50

 Quando aconteceu (data e hora):


 Onde aconteceu:
 O que Aconteceu (tipo do evento):
 Tipo de Operação:
 Origem X Destino:
 Placa:
 Número do sinistro Líder:
 Como aconteceu:
E se houver vítima fatal?
Em caso de fatalidade, além das informações já indicadas, o transportador deve
entrar em contato imediatamente com o número 0800-88 18 811 (Sinistros-
Transporte)
O transportador deve também apresentar todas as provas da ocorrência do
sinistro, da existência e quantidade dos bens e valores envolvidos, além dos
livros/registros comerciais exigidos por lei bem como toda a documentação
exigida e indispensável à comprovação dos prejuízos e apuração do sinistro.
1.4.3 Investigação de acidentes: O Transportador deve possuir uma investigação
preliminar dos acidentes identificando as causas que geraram o dano e um plano
de ação para não evitar recorrências.
Informações necessárias para investigar acidentes:
DADOS GERAIS
 Quando aconteceu: (Ex. data/ dia da semana/ hora)
 Origem x Destino:
 Onde aconteceu: (Ex. Município/ BR/ km):
 O que Aconteceu: (Ex. Tombamento / colisão / L na pista/ atropelamento/
incêndio)
 Segmento: (Ex. Frigorificada/ container/ distribuição/ grãos/ agropecuária)
 Placa Cavalo:
 Veículo Carregado (qual a carga):
 Como aconteceu:
DADOS DO MOTORISTA: 51
 Nome:
 Idade:
 Cidade que reside:
 Tempo de Habilitação:
 Possui multas na CNH:
 Possui ASO válido:
 Possui curso direção defensiva válido:
 Tempo de Empresa:
 Utilizava cinto de segurança no momento do acidente:
CONDIÇÕES DA VIA (LOCAL DO ACIDENTE):
 Acidente em Curva ou reta:
 Condições da Pista (simples, duplicada):
 Estado de conservação da pista:
 Possui Acostamento:
 Sinalização Vertical e Horizontal:
 Marcas de frenagem:
 Condições do tempo:
 Velocidade permitida no local do acidente:
 Velocidade do veículo no momento do acidente:
OUTRAS EVIDENCIAS:
 Fotos dos veículos envolvidos (laterais, dianteira, traseira e pneus) e o
local do acidente (placas de sinalização, via, marcas de frenagens, etc.).
 Disco de tacógrafo;
 Relatório de Rastreamento;
 Jornada;
 Comprovante ASO/Direção Defensiva.

1.5. Indicadores de SSMA 52

Para garantir uma gestão no detalhe dos resultados e atendimento aos requisitos
legais, o transportador deve controlar e monitorar os indicadores de SSMA de sua
operação. Os principais indicadores a serem analisados são os números de
acidentes (leve, moderado e grave), realização de checklist, número de multas,
desvios cometidos pelos motoristas, etc.
Além do acompanhamento periódico dos resultados, o transportador deve possuir
uma rotina de reuniões para tratamento dos principais desvios e análise das
investigações.
Todas as multas decorrentes de infrações de trânsito deverão estar estratificadas
no controle e detalhadas por veículo, motoristas e motivos.
Além do controle de multas, o transportador deverá controlar as pontuações da
habilitação de cada motorista, evitando assim o descumprimento das leis de
trânsito.
Os indicadores solicitados pela BRF para um controle de estatísticas de acidentes
são os seguintes:
• Número de Acidentes: Controle mensal do número absoluto de acidentes
• Número de vítimas fatais: Controle mensal do número absoluto de vítima fatais
• Taxa de Frequência de acidentes: A taxa de frequência de acidentes é resultado
do número de acidentes ocorridos em um período sobre a quilometragem
percorrida na operação nesse mesmo período de tempo, para isso utiliza-se a
seguinte fórmula:

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 ∗ 1.000.000


𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 =
𝑘𝑚 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑟𝑜𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜
• Taxa de Frequência de vítimas fatais: A taxa de frequência de vítimas fatias é
resultado do número de vítimas fatais ocorridos em um período sobre a
quilometragem percorrida na operação nesse mesmo período de tempo, para isso
utiliza-se a seguinte fórmula:

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣í𝑡𝑖𝑚𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑡𝑎𝑖𝑠 ∗ 1.000.000


𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑣í𝑡𝑖𝑚𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑡𝑎𝑖𝑠 =
𝑘𝑚 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑟𝑜𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜

53
Para facilitar o controle destes dados é indicado que seja utilizada uma tabela na
qual ocorra o preenchimento mensal, detalhando as características do acidente
(data do sinistro, nome do motorista, placa do cavalo, local do acidente, origem e
destino) e, posteriormente, a análise dos resultados.

Quantidade Taxa de
Indicador
(Nº Absoluto) Frequência

Acidente no mês 4 7,02


Vítimas Fatais no mês 1 1,75
Km total no mês 570.000

É fundamental que os dados cadastrados e os levantamentos realizados sejam


expostos a todos os funcionários, para que ocorra um conhecimento dos principais
problemas a que eles mesmos estão expostos em suas atividades.
Para o acompanhamento da melhora ou piora nos resultados, é importante
realizar um comparativo do ano corrente com o mesmo período do ano anterior.

1.6. Programas Básicos de SSMA


A BRF apoia e promove diversas atividades que tragam conhecimento e valorize
seus funcionários. A empresa conta com uma equipe que trabalha
constantemente em busca de ideias que despertem a atenção para a
conscientização dos motoristas, proporcionando uma aproximação entre todos e,
consequentemente, o cuidado mútuo. É importante que os transportadores
tenham a mesma linha de atividade através da realização de eventos e da
elaboração de materiais que levem informações e bem-estar aos seus
funcionários.
O programa é uma ferramenta de difusão de valores que ajudam a disseminar a
conscientização das pessoas envolvidas nos processos. O programa deve ser
desenvolvido através de ações que tratem diversos temas sobre questões de
saúde, segurança e meio ambiente, como por exemplo: álcool e drogas,
tabagismo, sono, cinto de segurança, celular, alimentação, descarte de lixo, etc.
Para que um programa seja iniciado é necessário que seja criado um planejamento
dos assuntos e períodos do ano a serem abordados e que ocorra uma definição de
data que marque o lançamento do programa na empresa.
Parcerias: Na busca por inovações e troca de experiências, a BRF firma parcerias 54
com empresas e organizações que tem a mesma visão sobre a importância do
SSMA no ambiente de trabalho. Atualmente, no sistema de transportes e
distribuição, a BRF conta com a parceria do Programa Na Mão Certa, Despoluir,
entre outros. As transportadoras podem desenvolver parcerias com companhias
que tenham os mesmos valores e assim agregar a ambas as partes. Quanto às
parcerias da BRF:
Na Mão Certa: Esta é uma organização que possui programas contra o abuso e a
exploração sexual de crianças e adolescentes na estrada. Um dos eixos
estratégicos utilizado pelo Programa na Mão Certa é a educação da sociedade e
principalmente dos caminhoneiros, com o objetivo de mostrar os danos causados
por essa prática. A intenção é fazer com que eles se conscientizem da gravidade
do problema e se tornem agentes de proteção dos direitos das crianças e
adolescentes. Através de um Pacto Empresarial a BRF é signatária deste projeto.
Despoluir: O Despoluir é um projeto ambiental do transporte que visa promover
ações de conservação do meio ambiente através das pessoas ligadas ao transporte
rodoviário. Essas ações, além de contribuírem com o meio ambiente, acabam
melhorando questões como custos e eficiência dos caminhões. Em algumas uni-
dades da BRF o Despoluir realiza um teste de fumaça dos caminhões para verificar
se estão de acordo com os critérios estabelecidos pela legislação nacional. Os
veículos que estão conformes recebem certificado com laudo do teste e um selo
de aprovação do Despoluir. O teste deve ser realizado nos veículos a cada três
meses e é de responsabilidade da transportadora.
Maio amarelo: O Movimento nasce com uma proposta de chamar a atenção da
sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
Este movimento espera a participação e envolvimento de todos comprometidos
com o bem-estar social, educação e segurança em decorrência de cultura própria
e regras de governança corporativa e função social; razão pela qual, convidamos
você, a levantar essa bandeira e fazer do mês de maio o início da mudança e fazer
do AMARELO, a cor da “atenção pela vida”.
Obs.: Para efeito de reconhecimento das ações realizadas, é importante que elas
sejam registradas de alguma forma, podendo ser por meio de fotografias, lista de
presença assinada pelos funcionários e/ou cópia dos documentos disponibilizados.
Durante a auditoria, a transportadora deve comprovar as atividades executadas
através desses documentos previamente arquivados.

1.7. Gestão de Subcontratados


A subcontratação somente poderá ocorrer com a anuência da contratante, sendo 55
que esses eventuais subcontratados devem ser pessoas jurídicas devidamente
habilitadas à prestação dos serviços objeto deste contrato. Devem, inclusive,
apresentar à BRF toda documentação detalhada da subcontratada, conforme
relação constante na minuta de contrato, bem como o contrato firmado entre si e
a subcontratada. É necessário estar ciente que permanecerá responsável solidária
pela efetiva e satisfatória entrega do objeto da subcontratação e que não existirá,
em nenhuma hipótese, relação jurídica entre a BRF e a subcontratada;
A empresa subcontratada deverá atender os mesmos procedimentos de SSMA
aplicáveis à contratada.

O TRANSPORTADOR DEVERÁ CONSULTAR A ÁREA DE SSMA


TRANSPORTES PARA IDENTIFICAR SE EXISTEM NOTIFICAÇÕES E
BLOQUEIOS DE PLACAS E MOTORISTAS A SEREM
SUBCONTRATADOS.

1.8. Comunicação de SSMA


A divulgação de dados sobre as questões de SSMA é fundamental para o
reconhecimento dos problemas e para a busca por uma melhoria contínua. Essa
comunicação deve ser rotineira e pode ser feita por utilização de mural, realização
de palestras e Diálogo de SSMA (DSSMA), informativos, comunicação digital,
reuniões, etc.
A melhor maneira de garantir a realização contínua dessa comunicação é por meio
de cronograma de repasse dos temas a serem tratados.
A seguir seguem exemplos das atividades desenvolvidas pela BRF:
Campanhas: As campanhas têm como objetivo elevar a qualidade de vida, a
adoção de práticas seguras e a preservação do meio ambiente pelos motoristas na
condução de veículos no transporte rodoviário de cargas. Desta forma elas
contribuem com a eliminação dos desvios, incidentes e acidentes. Elas devem
envolver os motoristas em atividades e eventos que promovam a troca de
informações e conscientização dos diversos aspectos da Saúde, Segurança e Meio
Ambiente.
DSSMA: Os Diálogos de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (DSSMA), têm o intuito
de promover a discussão de ideias e a conscientização da necessidade do cuidado
consigo mesmo, com o próximo, com o ambiente e com as ferramentas de
trabalho
Informativos: O informativo é uma ferramenta que pode ser utilizada para 56
comunicação de informações e utilidades diretamente com os motoristas. A BRF
envia com frequência informativos a todas as unidades da empresa e às trans-
portadoras contratadas. As ideias de informativos, cartazes, banners e cartilhas
são facilmente difundidas entre os funcionários e por isso se tornam uma
ferramenta eficaz. Desta forma o transportador consegue abordar um grande
número de funcionários sem muito investimento financeiro.
Sugestões de temas para abordar:
Saúde
• Alimentação para uma dieta equilibrada;
• Cuidados com a saúde para evitar patologias tais como: infarto, AVC
(Acidente Vascular Cerebral), trombose, diabetes, varizes e outros;
• Importância da prática de exercícios físicos;
• Tipos de exercícios recomendados para o profissional do volante;
• Orientação sobre exames médicos periódicos;
• Importância da qualidade do sono;
• Drogas lícitas e ilícitas;
• Fumo em viagem;
• Condições psicológicas;
• Ergonomia;
• DST;
• Exploração sexual infantil.
Segurança
• Direção preventiva;
• Riscos adversos, como neblina, chuva, etc.
• Importância da manutenção preventiva;
• Perigos de acompanhantes em viagem;
• Organização da Cabine;
• Perigos ao utilizar rádio amador, celular, digitar no sistema de
rastreamento enquanto dirige;
• Importância da utilização do cinto de segurança.
Meio Ambiente
• Descarte de resíduos (onde e como devem ser descartados óleos, pneus,
baterias);
• Educação sobre lixo gerado em trânsito;
• Sustentabilidade;
• Controle de fumaça preta. 57

Calendário de eventos: Demonstram o compromisso visível da liderança. É uma


ferramenta fundamental para a conscientização e sensibilização de motoristas e
entregadores.
Os eventos definidos no calendário, são momentos diferenciados com os
motoristas e entregadores com o objetivo de divulgar, capacitar, educar,
promover e integrá-los nos temas definidos.

1.9. Programa de reconhecimento e


consequência
Reconhecimento
O programa de reconhecimento tem como objetivo a motivação dos
colaboradores. Adotar esta prática conduz outros a desenvolverem atitudes
corretas na sua rotina de trabalho, trazendo resultados para a empresa.
É ideal que todo transportador possua um programa de reconhecimento escrito e
seja divulgado para todos os colaboradores da empresa. Esse programa deve
contemplar aspectos de SSMA para reconhecer os bons motoristas. A intenção é
motivar os colaboradores mais engajados, reconhecendo as boas práticas e
buscando contagiar os demais integrantes da companhia.

Consequência
Afim de melhorar o processo de transporte, garantir a segurança das pessoas e
evitar possíveis prejuízos com acidentes, é importante que toda transportadora
possua um programa de consequências. Ele deve conter as medidas disciplinares
e serem aplicadas como método de correção e inibição de recorrências de desvios.
É importante desenvolver uma escala de consequência e realizar a divulgação para
todos os colaboradores.
Exemplo: Caso o motorista descumpra o limite de velocidade de 80km/h ele é
notificado verbalmente pela empresa. Havendo a recorrência de desvio, ele é
então notificado por escrito e assim por diante.

58

2.1 Política de SSMA


Assim como a BRF possui uma política (apresentada no início deste manual) que
contempla aspectos de SSMA, todas as transportadoras devem ter uma política
que estabeleça as diretrizes da empresa com relação a saúde, segurança e meio
ambiente. Ela deve ser assinada pelo presidente e divulgada a todos os
colaboradores de forma clara, baseando-se sempre na visão e valores da empresa.

2.1 Estrutura de gestão integrada


Todo transportador deve possuir um Comitê de Gestão com foco em Saúde,
Segurança e Meio Ambiente, formado por equipe multidisciplinar e coordenado
pela liderança da empresa.

O objetivo desse comitê é gerenciar, acompanhar e discutir periodicamente o


desempenho de SSMA, incluindo indicadores de acidentes, incidentes, desvios
identificados, rotas de risco, motoristas com problema de conduta, campanhas e
programas de SSMA, etc.

2.2. Compromisso da liderança


A liderança da empresa deve assumir total responsabilidade pela implantação
efetiva do processo de SSMA, conduzindo as reuniões relativas ao tema e
mantendo ativo o processo de construção do programa.

É também dever das lideranças definir e atualizar as atribuições e


responsabilidades dentro do SSMA para toda equipe e áreas. Deve garantir que a
implantação e resultados estejam de acordo com o planejamento e o engajamento
venha sendo disseminado desde o topo da empresa.
A liderança deve inspirar e ser exemplo visível das regras de SSMA, despertando
em todos os envolvidos o desejo de construir o programa e gerando resultados
objetivos em prol da empresa. Para que isso ocorra, esse compromisso deve ser
visto na liderança como fonte de inspiração.

2.3 Atribuições e Responsabilidades


As atribuições e responsabilidades de todos os setores da empresa devem ser
claras e definidas com o papel de cada colaborador, definindo onde estão 59
inseridos dentro do SSMA na empresa. As alterações que ocorrerem também
devem ser contempladas para que todos estejam cientes do andamento do
programa e não desviem do objetivo do SSMA.

2.4 Investigação de Acidentes


Uma das ferramentas importantes no Sistema de Gestão de SSMA é o tratamento
dado aos eventos que levaram ou poderiam levar a um dano, para isso deve existir
um procedimento padrão para comunicar e investigar os sinistros.
Toda a investigação deve gerar planos de ação, com os responsáveis pelas ações
de implementação e os prazos para suas conclusões.
Todo acidente em que houver lesão ao motorista deverá ser registrado através de
um Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) junto a Previdência Social.
Para classificação dos acidentes poderá ser utilizado o quadro abaixo:

Grau Descrição
Leve Evento sem lesão corporal dos indivíduos envolvidos.

Moderado Evento que gere lesão ou restrições corporais


temporárias aos envolvidos.
Grave Evento que gere lesão de incapacidade ou vítima falta.

OBS: os itens mínimos para realizar a investigação estão descritos no item 1.4.

2.5 Indicadores, metas e objetivos


A definição de metas e objetivos contribuem na motivação e direcionamento das
ações. Uma meta é um resultado a ser alcançado e deve ter o objetivo claro, com
valores e prazos estabelecidos.
As metas devem ser desafiadoras e ao mesmo tempo viáveis, elas são resultado
dos indicadores utilizados pela empresa. Trazendo para a realidade do SSMA,
podem-se considerar como base o número de acidentes, realização de diálogos de
SSMA, auditorias comportamentais, investigação de acidentes, entre outros.

2.6. Auditorias comportamentais


As auditorias têm como objetivo a eliminação de desvios comportamentais com o
60
intuído de evitar incidentes e acidentes. Tais auditorias são imprescindíveis, tendo
em vista que grande parte do tempo os motoristas estão nas estradas onde o
acompanhamento do desvio se torna limitado. Esta limitação de sistemas de
controle e prevenção de desvios na atividade aumenta a exposição a risco de
acidentes.
As auditorias comportamentais concentram-se na abordagem dos motoristas,
objetivando identificar e eliminar desvios, melhorando o desempenho em SSMA.
Para que essa atividade seja praticada, é necessário que a transportadora realize
atividades como patrulha e blitz de segurança, entre outras.
A cada patrulha de segurança ou blitz é importante que seja realizado um
material/dossiê contendo tratativas para correção. Para casos em que não forem
encontrados desvios, também é importante que se realize essa divulgação como
fator motivacional para o colaborador.
A pirâmide de perdas nos mostra que a cada 30.000 desvios identificados ocorre
uma fatalidade. Isso nos quer dizer que precisamos agir nos desvios
comportamentais.
3.1 Capacitação e Treinamento
A capacitação e treinamento com foco em SSMA devem ser garantidos para
TODOS os motoristas antes de iniciarem suas atividades. Além do curso de direção 61
defensiva, a empresa pode também realizar outros treinamentos, sempre com o
intuito de certificar que seus motoristas estejam de acordo com os padrões do
SSMA.

Sugestão de treinamentos:

 Como evitar tombamentos;


 Direção econômica e segura;
 Valorização do motorista;
 Direção consciente;
 Postura no cliente;
 Qualidade;
 Monitoramento;
 Finanças.

3.2. Programas avançados de SSMA


A melhoria continua é fundamental para a continuidade dos resultados, para
motivar as equipes no caminho da excelência.

A BRF recomenda programas avançados de SSMA:

Condições pessoais dos motoristas: Os motoristas, ao assumir a direção de seus


veículos, devem estar nas melhores condições psicológicas. Aspectos pessoais que
possam lhe tirar a concentração devem ser identificados de forma a não se
autorizar o início de sua jornada ou mesmo a interromper se necessário.

Plano de saúde: Ter implementado para motoristas próprios e de transportadores


contratados seu acesso à planos de saúde.

Qualidade do sono: Garantir que, adicionalmente às regras e procedimentos de


viagem em que são determinados os tempos de parada para descanso e pernoite,
que a qualidade do sono seja avaliada e tratada, propiciando a manutenção da
direção segura pelos Motoristas nas suas perfeitas condições emocionais, físicas e
psicológicas.

Programa de auditorias: As existências de auditorias internas da transportadora


têm o propósito de avaliar o cumprimento das Diretrizes em SSMA Transportes
visando:

 Avaliar o cumprimento dos procedimentos, regras e critérios de SSMA;


 Identificar os pontos de melhorias;
 Gerar dados necessários para a elaboração dos planos de ação;
62
 Reduzir acidentes.

3.3 PROCEDIMENTOS
Entendendo que o conhecimento sobre as atividades não deve ficar restritas às
pessoas, é importante que os padrões das tarefas sejam descritos em forma de
documento.

Dessa forma, os procedimentos têm por objetivo a formalização de um processo,


descrevendo o passo-a-passo da atividade a ser executada. O documento auxiliará
os colaboradores da empresa a realizar suas tarefas de forma padronizada.

Os procedimentos deverão ser escritos e assinados pela alta direção do


transportador. Todos os colaboradores deverão estar cientes desse documento.

Dentre os procedimentos específicos de SSMA estão: os padrões de velocidade,


trajetos, locais de parada e pernoite, tempos mínimos de descanso entre jornadas,
proibição de acompanhantes, contratação de motoristas, regras do embarcador,
integração de novos funcionários, entre outros.
4.1. Plano de atendimento a
emergência 63

A empresa deve padronizar procedimentos a serem adotados em caso de


emergências. Este plano deve conter os recursos humanos e materiais necessários
para atender situações emergenciais bem como as primeiras ações a serem
tomadas para cada tipo de ocorrência (roubos, furtos, acidentes, quebras, etc.)

Esse plano tem por finalidade:

• Orientar pessoas e equipes responsáveis pelo atendimento às emergências,


definindo as principais ações a serem adotadas, e os recursos humanos e
materiais disponíveis;
• Estabelecer procedimentos técnicos e administrativos, com base em
legislações e normas brasileiras, contemplando todas as fases de acidentes
que eventualmente possam ocorrer;
• Atuar, de forma organizada e eficaz, em situações de emergência, para que
a estratégia de combate implementada, possa neutralizar os efeitos do
derramamento ou minimizar suas consequências;
• Identificar, controlar e extinguir as situações emergenciais, no menor
espaço de tempo possível;
• Evitar ou minimizar os impactos negativos dos acidentes sobre a população
da área afetada, ao meio ambiente e a equipamentos e instalações.

Precisa estar claro e evidenciado que no evento de qualquer emergência as


prioridades durante essa situação devem seguir a seguinte ordem:

• Salvaguardar a vida humana;


• Proteger o meio ambiente;
• Proteger os equipamentos e instalações;
• Manter a imagem e a reputação da transportadora e BRF;
• Retornar à operação normal.

O Plano de Atendimento a Emergência precisa ser documentado, contando com


as responsabilidades de cada integrante da equipe e deve ser elaborado junto a
um profissional da área de segurança. Além da documentação de procedimentos
e responsabilidades, devem ser descritos os envolvidos na comunicação do
ocorrido (colaboradores, clientes, autoridades, etc.)

64

4.2 Análise de risco rodoviário


A Análise de Risco Rodoviário (ARR) é uma ferramenta utilizada para identificar,
avaliar, controlar e propor ações para eliminar os perigos e/ou reduzir os riscos de
uma operação de transportes, abrangendo rotas, tipos de equipamentos e
motorista.

Trata-se de um estudo sistemático e completo da operação utilizando métodos


para fim de identificar perigos e analisar de riscos.

A ARR tem como objetivo responder às seguintes questões:

 O que pode ocorrer de errado?


 Quais as causas básicas dos eventos indesejados?
 Quais as prováveis consequências?
 Quais os riscos desses eventos indesejados?
 Quais medidas podem ser tomadas para controlar e minimizar os riscos?

Abaixo segue alguns exemplos de aplicação da Análise de Risco Rodoviário:


Rotas: o transportador deverá realizar a Análise de Riscos Rodoviários em rotas
críticas e novas rotas.

 Rotas críticas: Rotas com alto índice de acidentes, furtos e roubo, alta
densidade demográfica e de tráfego, vias rurais de difícil trafego e com
potencial de alagamentos.
 Novas rotas: sempre que o transportador for realizar viagens por trechos
em que ainda não operou, deverá fazer o estudo sobre as condições
viárias, trechos com curvas perigosas, pontos seguros para pernoite, bem
como realizar levantamento estatístico sobre acidentes nessas rodovias. 65

A análise dos riscos nas rotas tem como produto principal um plano de viagem
detalhado, contando com todos estes aspectos descritos. Este plano deve ser
apresentado aos motoristas para que conheçam as rotas e entendam os pontos
críticos de cada trajeto. Sugere-se que, através de sistemas de monitoramento,
sejam criadas cercas eletrônicas nos locais de risco.

Equipamentos: sempre que houver uma mudança nos equipamentos utilizados


(modelo do cavalo, semirreboque, tecnologias, sistema de rastreamento,
equipamento de refrigeração, etc.) o transportador deverá realizar a análise de
tais mudanças, identificando os riscos e garantindo que o motorista tenha
conhecimento sobre o equipamento antes de realizar sua viagem. Esse
treinamento tem o intuito de prevenir mau uso ou imperícia e pode ser utilizado,
como exemplo, nas seguintes situações: Alteração da utilização de carretas para
porta-containers, carreta para rodotrem, mudança nas tecnologias de
monitoramento etc.

NOTA: No caso da mudança de tipo de veículo, principalmente de carreta para


porta-container, sugere-se que o motorista rode pelo menos 3.000km com um
motorista instrutor antes de iniciar suas atividades.

Motoristas: A partir do estudo sobre rotas e equipamentos, o transportador deve


capacitar seus motoristas para que os riscos sejam conhecidos e bloqueados ou
minimizados, através de treinamentos.

- Estes treinamentos poderão contemplar o mapeamento e estudo realizado


das rotas críticas ou nova rotas.
- O acompanhamento com motorista instrutor, conhecendo a rota e/ou
veículo operado.
- A capacitação dos motoristas nos veículos (cavalo e carreta) e tecnologias,
através de curso e treinamentos oferecidos pelos fabricantes.
- Treinamento em Direção Defensiva.
Exemplo de Plano de Viagem

66

4.3 GESTÃO DE SSMA


Compreende-se a Gestão de SSMA como o controle de todos os requisitos
compostos na pirâmide descritos no item programa de gestão de SSMA. O
transportador deverá acompanhar e garantir que todos os itens estejam
implementados, bem como a execução dos planos de ação.

A Gestão do SSMA deve ser perene, buscando sempre a melhoria contínua


baseada em 4 elementos:

PADRONIZAÇÃO DOS PROCESSOS

O cumprimento e a constante revisão dos processos operacionais


garantem a qualidade e a confiabilidade dos produtos e serviços.

MELHORIA CONTÍNUA

O uso do método PDCA incentiva a constante busca por melhores


desempenhos e a correta identificação de problemas a serem
atacados para alavancar a performance.
ENGAJAMENTO

O reconhecimento e a premiação com os motoristas com melhores


performances durante o programa, garantem uma motivação pela
excelência em todas as atividades realizadas.

SUSTENTABILIDADE

Os processos devem estar padronizados, com suas normas e 67


procedimentos implantados e sendo executados para gerar
resultados sustentáveis.

O PDCA/SDCA são métodos gerenciais utilizados para atingir e manter os objetivos


de melhoria definidos nos planejamentos estratégico, tático e operacional.

Conhecimento gerencial, é fundamental para que o método de trabalho e o


caminho a ser seguido pela busca de melhores resultados seja o menor e
mais eficiente possível.
OLÁ TRANSPORTADOR!
SOU CRISTÓVÃO E TRAREI
68
INFORMAÇÕES SOBRE SSMA,
COM O OBEJTIVO DE REDUZIR
INCIDENTES E ACIDENTES,
PROMOVENDO A SAÚDE,
SEGURANÇA E MEIO
AMBIENTE.
Sua participação e comprometimento na inserção do SSMA são muito
importantes. Desta forma conseguiremos proteger vidas.
Por isso:
Cuide de sua saúde, ela é seu bem maior; 69
Cumpra as normas de segurança da empresa;
Dê sugestões para melhorias na prevenção de acidentes;
Preserve o meio ambiente.
SEUS FILHOS E NETOS ESTARÃO PRESENTES NESSE MEIO.

Contamos com você nessa luta a favor da vida!

Saúde, Segurança e Meio Ambiente

Um processo a favor da
Na qualidade de prestador de serviços da BRF, declaro ter recebido o “Manual de
SSMA para Transportes e Distribuição”, com o intuito de informar e orientar os
transportadores quanto aos quesitos exigidos relativos a Saúde, Segurança e Meio
Ambiente (SSMA).
70

Dessa forma, declaro que:

 Li e tomei conhecimento de todas as orientações básicas contidas no


Manual;
 Comprometo-me a cumprir os requisitos obrigatórios conforme normativas
legais e diretrizes da BRF;
 Darei ciência deste Manual aos meus empregados, prepostos e a equipe de
liderança (líderes, supervisores, encarregados) e exigirei o seu
cumprimento;
 Responsabilizo-me integralmente por meus empregados, prepostos e pela
subcontratada em caso de infrações pelo eventual descumprimento das
exigências contidas neste Manual e na legislação vigente.

Empresa:__________________________________________________________
CNPJ:_____________________________________________________________
Endereço:_________________________________________________________
Responsável da Empresa:_____________________________________________
Cargo:____________________________________________________________
Local e Data:_______________________________________________________

________________________
Assinatura

*Este termo deve ser assinado pelo prestador de serviços e entregue à unidade contratante BRF
MANUAL DE GESTÃO DE SSMA PARA PRESTADORES DE SERVIÇOS EM TRANSPORTE RODOVIÁRIO
DE CARGAS.

Edição n° 2 – agosto de 2017

Elaborado por:
SSMA Logística Brasil

71

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