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Para quem é fã do cérebro e das suas capacidades, como eu, vai deliciar-
se com Oliver Sacks e o seu livro de histórias. Contar histórias, sim, porque
é isso que este neurologista 04pretende fazer neste livro. Desvendar-nos
alguns contos reais do que o nosso cérebro é capaz. Claro que, como
médico que é, se preocupa com os pensamentos, tece considerações,
expõe hipóteses, mas não está obcecado por dar-nos uma explicação
científica exacta. Oliver Sacks era um curioso, acima de tudo, e é com
curiosidade e humanidade que olha para os seus pacientes, criticando até
o sistema que só se preocupa com a doença e que esquece o seu
portador.
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10/12/2020 O homem que confundiu a mulher com um chapéu – Repórter Sombra
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10/12/2020 O homem que confundiu a mulher com um chapéu – Repórter Sombra
Oliver Sacks utiliza o termo “Transportes” para nos falar, na terceira parte,
de reminiscências, memórias, que nos transportam a outros tempos.
Mostra-nos memórias perturbadoras que foram desbloqueadas por um
acidente, sonhos tão reais que se tornam parte da nossa vida, lembranças
de uma infância perdida ao “ouvir” uma música depois de um derrame.
“Ouvir”, entre aspas, porque não havia, no exterior, nenhuma música.
Música, fala-se sempre, em todas as partes, muito de música. Quanto do
que sonhamos, do que lembramos (ou não lembramos) é real, faz parte
de nós, nos transforma? Nesta parte, o autor dá-nos também uma
explicação neurológica para as visões de uma religiosa do ano de 1180.
Li-o em inglês e já tem alguns anos (escrito nos anos 70, mas revisto em
1985) e seguramente alguns dos casos que o Dr. Sacks não sabia
diagnosticar já são facilmente explicáveis. Não sei. Acabei de ler agora e
ainda estou impressionada com as histórias incríveis, quase mágicas (o
realismo mágico passado para a realidade) e não tive tempo de ir em
busca de teorias e soluções. Sei que vou querer, eventualmente, descobrir,
mas para já estou ainda na fase do deslumbramento.
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