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EM 423 Aula 03

Data: 30 de Março 2020

Capítulo 2: Esforços Internos em Sistemas Isostáticos

Tópico: Método das Equações Diferenciais de Equilíbrio

Arquivos com Material Didático:

 texto cap 2 parte 3 equações diferenciais de equilíbrio em sist isostáticos versão


agosto 2019.pdf
 Capítulo 2 Parte 3a exercícios equação dif equil sem funções de singularidade versão
março 2020.pdf

Observações Iniciais

Esta aula 03 é dedicada a apresentar uma metodologia alternativa para que se possa
determinar os esforços internos em sistemas isostáticos. No caso vamos resolver os problemas
de esforços internos através do Método das Equações Diferenciais de Equilíbrio aplicadas a
barras, eixos e vigas. O material didático está apresentado no texto acima indicado.

Pontos chaves da aula 03.

Aqui segue uma breve explicação do que são os pontos mais importantes do texto sobre
equações diferenciais de equilíbrio.

O começo diz respeito à análise de uma estrutura simples, sujeita a múltiplos carregamentos,
tal como mostrado na figura 2.59, abaixo. Nesta figura estão mostradas a convenção da
estática e a convenção de esforços da resistência dos materiais.

Vamos analisar o equilíbrio de uma seção de comprimento Dx. Os possíveis esforços que
atuam no elemento de comprimento Dx, estão mostrado na figura 2.60. O texto mostra o
equacionamento para esforços para as Forças Normais Nx(x), para Momentos Torsores, Mx(x),
para Esforços Cortantes no sentido y, Vy(x) e ainda para Momentos Fletores, Mz(x).

O resultado são um conjunto de equações diferenciais simples, resumidas na Tabela 2.4. O


importante aqui é notar que os esforços axiais, de torção e de flexão são desacoplados. Ou
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seja as barras são resolvidas de forma desacoplada dos eixos e das vigas. Somente os
esforços cortantes Vy e momento fletor Mz é que são acoplados no problema de flexão

Figura 2.59: Elemento estrutural submetido a múltiplos esforços

Figura 2.60: Equilíbrio de uma parcela de uma estrutura submetida a múltiplos esforços

As equações diferenciais de equilíbrio mostradas na Tabela 2.4 tem soluções gerais, mostradas
no texto e reproduzidas neste resumo. Todas as soluções possuem constantes de integração,
cujo número depende da ordem da equação diferencial.

A determinação das constantes de integração vai depender das condições de contorno em


termos de esforços para cada problema. Isto está bem explicado no texto. Existem diversos
figuras mostrando como se aplicar as condições de contorno em cada tipo de problema.

Um ponto interessante é que as equações diferenciais de equilíbrio foram estabelecidas usando


a convenção de esforços mostrada na figura 2.60. Assim esta é a convenção que se deve usar
para descrever o sinal dos termos de carregamento edas condições de contorno. Se forem iguais
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às da figura 2.60, o carregamento e as condições de contorno são consideradas positivas. No
sentido contrário, negativas.

Uma lista de exercícios, alguns resolvidos e outros com solução encontra-se no texto de
exercícios. Eles complementam o texto teórico e servem de base para se resolver a terceira
lista de exercícios.

Tabela 2.4: Resumo das equações diferenciais de equilíbrio.

Tipo de esforço Equação de equilíbrio utilizada Equação diferencial resultante

Força Normal dN X  x 
  p( x)
NX(x) NX(x)=0 dx

Momento Torsor dM X  x 
 t ( x )
MX(x) MX(x)=0 dx

Esforço Cortante dVY  x 


  q( x)
VY(x) VY(x)=0 dx

Momento Fletor dM Z  x 
 VY  x 
MZ(x) MZ(x)=0 dx

Momento Fletor + Esforço VY(x)=0 d 2M Z  x


Cortante + Carregamento  q( x)
+ dx 2
transversal
MZ(x)=0

Carregamento axial

Equação diferencial Solução Geral

dN X  x 
  p( x)
dx
N X  x     p( x)dx  C p (0.1)

Esforço de torção

Equação diferencial Solução Geral

dM X  x 
 t ( x )
dx
M X  x     t ( x)dx  Ct (0.2)

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Esforço de flexão

Equação diferencial Solução Geral

dVY  x 
  q( x)
dx
VY  x     q ( x)dx  C1 (0.3)

dM Z  x 
 VY  x 
dx
M Z  x     VY ( x)dx  C2 (0.4)

d 2M Z  x
 q( x)
dx 2
M Z  x       q( x)dx  dx  C1 x  C2 (0.5)

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