Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
1
Empowerment pode ser conceituado de forma simples como a criação ou o fortalecimento do poder
decisório nas mãos das pessoas da organização.
2
Administrador de Empresas, Pós-Graduando em Marketing e Recursos Humanos, Autor do Trabalho.
O presente trabalho, resultado de uma pesquisa bibliográfica, tem como
proposta apresentar elementos teóricos para destacar a importância para as
organizações da implantação da tecnologia de gestão organizacional denominada
empowerment.
Nos últimos anos vem aumentando a conscientização por parte das
organizações de que as pessoas são um dos fatores mais importantes para a
realização dos objetivos e a obtenção de um desempenho de excelência nas
empresas.
Dessa forma, as organizações estão buscando a adoção de novas e variadas
tecnologias de gestão de pessoas, para aumentar o desempenho e a satisfação dos
empregados, pois, níveis superiores de produção, certamente estão relacionados a
níveis superiores de gestão de pessoas.
Dentre as diversas tecnologias de gestão existentes atualmente, o
empowerment possui uma abordagem que tem como objetivo a delegação do poder
de decisão, autonomia e participação dos funcionários na administração das
empresas, buscando, desta forma, o comprometimento dos empregados em
contribuir para as decisões estratégicas, com o objetivo de melhorar o desempenho
da organização.
Alinhado com esta posição, Araújo (2001, p.261), define que o empowerment
pode ser conceituado de forma simples como a criação ou o fortalecimento do poder
decisório nas mãos das pessoas da organização, ou seja, conceder às pessoas
oportunidades de participar ativamente do processo de tomada de decisão e,
também, decidirem.
Nelson; Economy (1998, p.232), afirmam que a transferência de poder do topo
para a base da pirâmide traz como resultado o aumento da sensibilidade e rapidez
no atendimento às necessidades dos clientes e a solução dos problemas no nível
mais baixo possível da empresa.
De acordo com Daft (1999, p.330-331), o aumento do poder de um empregado
eleva a motivação para a realização de tarefas porque as pessoas aumentam sua
própria eficiência, escolhendo como fazer uma tarefa e usar sua criatividade. A
maioria das pessoas vem para uma organização com o desejo de fazer um bom
trabalho, e o empowerment libera a motivação que já está ali.
3
o seu corpo funcional se sinta mais valorizado e motivado por deter o controle sobre
suas atividades; ela também deve permitir que a alta gerência fique livre para o
desenvolvimento de novas ações que inclui, inclusive, novas oportunidades de
negócios.
Alinhados com esta visão, Nelson; Economy (1998, p.232) definem que com a
delegação de mais autoridade e responsabilidade ao pessoal de primeira linha, os
gerentes não apenas asseguram melhores serviços aos clientes, como também
adquirem maior liberdade para executar outras tarefas de sua competência
exclusiva, como orientação do pessoal, marketing e planejamento de longo prazo. O
resultado é uma empresa mais eficiente e mais eficaz.
Quanto aos requisitos necessários para que os benefícios da tecnologia do
empowerment sejam alcançados, (ARAUJO, 2001 apud MILLS, 1996) define que
existem cinco condições que caracterizam as empresas comprometidas com o
empoderamento, com a energização de seu pessoal, quais sejam:
Competência e experiência: se uma empresa quer pessoas responsáveis
por suas ações e decisões e comprometidas com os objetivos que traça, deve
estar atenta para o fato de que apenas pessoas competentes, habilidosas e
experientes podem oferecer contribuições valiosas;
Informações necessárias: não é concebível implementar a tecnologia em
ambientes nos quais circulação de informações seja restrita a alguns poucos
níveis da empresa. É dar autoridade e responsabilidade às pessoas, de sorte
que a empresa possa aproveitar melhor o potencial de cada um desses
colaboradores. Não é possível imaginar pessoas responsáveis e
comprometidas com o ideal de excelência organizacional em suas ações e
decisões sem o suporte, o subsídio de informações;
Recompensa adequada: a empresa que busca o comprometimento de seu
pessoal no atingimento de suas metas precisa reconhecer os esforços desse
contingente. Caso contrário, haverá frustrações e desânimo. Afinal, é uma
característica humana o desejo de ser elogiado por uma atitude,
comportamento ou sugestão significativa. Uma empresa que não reconhece o
esforço do seu corpo social, despreza o tempo e trabalho que foram dedicados
à organização;
Conhecimento da missão: pessoas energizadas precisam saber qual é a
5
missão da empresa. E não poderia ser diferente. Para que elas alcancem as
metas das empresas, é necessário que saibam onde, como, quando e porque
suas decisões e ações podem impactar positivamente a realidade
organizacional; e
Tolerância a erros: uma empresa em que empowerment é palavra de ordem,
toleram-se os erros. Se a empresa espera que as pessoas contribuam,
sugiram, deve estar predisposta a aceitar algumas falhas. Caso contrário, se
punir feroz e exemplarmente aquelas pessoas que participam do processo de
crescimento organizacional, incutirá medo. A tentativa de sua implementação
não resultará em sucesso, porque as pessoas se sentirão receosas quanto a
agir por conta própria.
Ainda quanto aos requisitos necessários para que os benefícios da tecnologia
do empowerment sejam alcançados, Lacombe; Heilborn (2003, p.331) afirmam que
para estes objetivos serem alcançados, a organização deve ter o apoio da alta
administração e que existam três condições:
Compartilhar informações com todos: sem informação as pessoas não
podem agir com responsabilidade; com informação, elas são obrigadas a isso;
Criar autonomia por meio de limites: quando compreendem de que forma
sua contribuição influencia os resultados, a motivação e a responsabilidade
aumentam;
Substituir a hierarquia por equipes autogerenciadas: ensinar às pessoas
o que elas podem fazer para terem mais autonomia.
Também (ARAUJO, 2001 apud BLANCHARD, 1996), destaca que a formação
de equipes autogerenciadas é fundamental e necessária para substituir a hierarquia
por equipes dotadas de forte dose de autonomia e raro poder decisório.
Quanto à implantação da tecnologia do empowerment em uma organização,
(ARAUJO, 2001 apud MILLS, 1996) oferece uma seqüência esclarecedora de
etapas ou passos constituintes de um bom programa de implantação do
empowerment, que são:
Passo 1 – Tolerância a erros: Se a empresa repreender seus colaboradores
quando eles falharem na busca da excelência, a reação normal será recusar a
autonomia dada, conforme prega a tecnologia, e a conseqüente redução a uma
expressão menor de motivação das pessoas;
6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ARAUJO, Luis C. G. Tecnologías de Gestão Organizacional. São Paulo: Atlas,
2001.
DAFT, Richard L. Administração. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
FURASTÉ, P. A. Normas Técnicas Para o Trabalho Científico. Porto Alegre: s. n.,
2004.
LACOMBE, Francisco J. M.; HEILBORN, Gilberto L. J. Administração: Princípios e
Tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.
NELSON, Bob; ECONOMY, Peter. Gestão Empresarial. Rio de Janeiro:
Campus,1998.
ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. Rio de Janeiro: LTC,
1999.