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Z99t
2210 FEF/765
TIRO PRÁTICO
MODALIDADE IPSC:
um aprofundamento da literatura
e uma proposta de preparação fisica específica
Campinas
1996
TCC(UNICAMP .41r&- I
Z99t "'
1111111 ~11111111111rrr
1290002210
TIRO PRÁTICO
MODALIDADE IPSC:
um aprofundamento da literatura
e uma proposta de preparação fisica específica
Campinas
1996
Agradecimentos...
Agradeço, sem talvez nunca conseguir fazê-lo suficientemente, ao meu pai por
ter me auxiliado arduamente nas traduções que pareciam infinitas pelo pouco tempo livre
tio Júlio César me entregou seus conhecimentos com afeição e determinação nas várias
Agradeço, a quem hoje analisa este trabalho, Prof. Paulinho, por ter
Agradeço aos meus amigos, todos. por cada olhar-acreditar que eu chegaria ao
fim ...
trabalho ..
Agradeço a razão quase inexplicável que fez com que o Mundial de Tiro
monografia que agora posso tocar, e confesso que é dificil tê-la em minhas mãos e não
chorar...
Dedico este trabalho, ao mundo: o mundo
possibilidades ..
Apresentação
Meu contato com o tiro começou cedo, era assim que acordava ao som dos
A primeira vez que atirei foi em Caçapava (São Paulo) em 1988, estava com
meu pai em uma competição de Tiro ao Alvo quando decidiram fazer uma competição de
carabina de pressão entre as crianças. A sensação de segurar aquela arma ficou mais
fascinou: Tiro Prático, modalidade que crescia cada vez mais na quantidade e na
pistola e revólver. Participei de duas competições de tiro prático, na primeira como eu era
segunda, fiquei em primeiro na categoria damas que passava a existir. Este interesse
do IV Torneio IMBEL de Tiro Prático (julho 1995 - Itajubá - MG) e citada por
Guimarães (1995) foi um ponto crucial na decisão de ampliar meus estudos nesta área,
pois este trabalho despertou o interesse de atiradores e diretores que acompanharam este
específica foi divulgada. Entre estes atiradores, o depoimento do João Alberto Nabak de
aumentando seu índice técnico nas competições da ASSUMITA. Outro atirador, Vitor
Matos (Cascavél -PR) disse que depois daquele momento, grande parte da rotina de
treino dos atiradores do seu clube foi modificada e encarada com mais seriedade e
do participante e o treinamento realizado para este evento. Este questionário não vai ser
analisado neste trabalho, mas será enviada sua análise as Federações do Brasil e ainda,
para as equipes dos Estados Unidos, Austrália, França, Paraguai, Suiça e Filipinas que se
Foi feita uma entrevista com Rob Leathan, melhor atirador do mundo
nos últimos anos, e chefe da equipe americana sobre seu processo de treinamento e
preparação física Estes dados serão analisados num próximo trabalho, que pretendo
Pratrcn. pnr i~-;o c.•m:ontranornm uso dos doi~ (crmrh n•~tc trabalho
que rcspt,ndia
Esta últ1ma foto do Mundial acho que mio podcri11 1ki·qr de ú>:oe<u
Qlll' ~~.,polia~ qm: ~e ahrirnm, antecipam à_q muitos portas que hJo de vir
Os mclhort•s do mundo e o!. melhore.<. no
XI Campeonato Mundtal de Tiro Prático a equipe americana.
O Tiro Prático tem seu início na forma de competição com arma criada por Jeff Cooper em
1956. Modificações ocorreram para desenvolver e divulgar este tipo de competição; entre estas
modificações destacaMse a técnica de atirar com as duas mãos criada por Weaver em 1958. Atualmente o
Tiro Prático caracteriza-se por competições dinâmicas, de pistas rápidas, onde os competidores atiram em
alvos de metal, papelão ou ambos. Este esporte vem crescendo no Brasil mas continua escasso de estudos
científicos e de bibliografia nacional. Esse trabalho monográfico visou.. então, estabelecer uma
fundamentação teórica através de estudos de bibliografia internacional e apresentar uma proposta de
preparação fisica especifica. A fundamentação teórica englobou os aspectos técnicos, anatômicos.
fisiológicos e psicológicos do atirador de Tiro Prático e ocorreu através de pesquisa documental e
bibliográfica. A proposta de preparação física específica é discutida e ampliada JXlT relatos de aplicações
desta proposta de preparação em dois atiradores. A utilização de imagens de pistas do IX Campeonato
Mundial de Tiro Prático, realizado no Brasil, em outubro de 1996, facilitam o entendimento da estrutura
competitiva. Na tentativa de compreender este esporte buscamos estruturar um trabalho que colocasse à
disposição de atiradores. técnicos e profissionais de Educação Física uma bibliografia especializada.
esclarecedora e divulgadora sobre este esporte ainda elitizado.
SUMÁRIO
Apresentação ...... .!
Resumo. ... !I
Introdução ... ............ .. ················ .......... 01
Capítulo I
Aprofundamento da literatura visando a fundamentaçào cientí:fica do Tiro Prático .13
1.1- Aspectos anatômicos........ .......... .. ...... ........................ 13
1.2- Aspectos fisiológicos.. ............ ................ ...... 17
1.2.1- Os efeitos das drogas no atirador...... . ......... .... . ... 19
1.3- Aspectos técnicos.. ..21
1.3.1- Fundamentos das posições de tiro ........ .. . . ... 21
1.3.2- Figura de pontaria e visada........ . ................ 26
1.3.3-Controledogatilho............. ................. .............. ..28
1.3.4- Coordenação da liberação do gatilho e pontaria.... . ........ 29
1. 3.5- Empunhadura: os fundamentos da empunhadura com duas mãos
e suas variações ................................................ . ........ .31
1.3.6-Saque ..................................................... . ........ .31
1.3.7- Os erros técnico ....................................... . ... .33
1.3.7.1· O erro mais comum do tiro: ftúnch ................ . ...39
1.3. 7.2- Erros técrricos e as implicações destes no local em que o tiro
atinge o alvo.. . ........ .42
1.4- Aspectos psicológicos........ ......................... .47
1.4.1- Reações ao estresse........... .4 7
L4.2·Ansiedadeemedo .......................... .............. . ..... .48
Capitulo JJ
A relação entre o condicionamento físico e a habilidade de atirar.. ...................... .49
Capítulo III
Questões teóricas para a proposta de preparação física específica ............. . ....... 56
Capítulo IV
Relatos das experiencias das aplicações de preparação física específica ................ 71
4.1- Relato da experiência com o atiradorAlberto Morimoto...... ... .............. . .73
4.2- Periodização de treino e preparação fisica para o atirador
Michel Passos Zylberberg................................... .. .95
Anexos
I - Partes da anna: esquematiza termos que denominam partes de uma anna, visando
facilitar a compreensão de conceitos específicos deste esporte: papelão e metálico.
li- Os alvos da IPSC
III-Gráficos da periodização do atirador Alberto Morimoto
IV- Dados médicos e esquemas de pistas do atirador Michel
V- Exemplos esquemáticos de pistas do Campeonato Mundial de Tiro Prático.
Introdução
termo pistola sendo entendido como arma curta não necessariamente pistola semi-
automática.
esforço individual, uma forma de competição com arma, uma prova de saque rápido
contínuo denominada "LeatherslaJi', esta consistia em sacar e disparar num alvo do King
qualquer pessoa. Em 1958, houve uma segunda "LeatherslaJP, o tamanho dos alvos foi
atiradores por prova. Weaver, um ex-delegado aposentado, criou a técnica de tiro com as
denominado Tiro Prático, que caracteriza-se por competições dinâmicas, de pistas rápidas,
onde os atiradores atiram em alvos, que a CBTP [199-] esclarece em sua publicação ao
papel ou papelão, com desenho méiiico da JPSC, alvos metJilicos (que reajam) e alvos diversos (p. 15). O
primeiro tipo de alvo tem sua pontuação anotada quando o projétil atinge-o e deixa um furo
com diâmetro integral da munição. Já o segundo tipo de alvo deve cair ao ser atingido pelo
2
projétil; e o terceiro, são os alvos usados para definir objetos, áreas ou alvos que os
competidores não podem atingir, esclarece CBTP [199-] (capitulo 7 da modalidade IPSC,
O resultado da prova é dividido pelo tempo corrido (que vai desde o início do sinal
do cronógrafo até o último tiro). O cronógrafo é um aparelho usado neste esporte, e que
marca o tempo entre os tiros pelo barulho destes; nele é marcado o tempo de realização da
prova que depois é transcrito para a ficha do atirador. As provas não têm um padrão
definido, estão sempre em constantes mudanças, podem conter uma seqüência de vários
estágios, onde misturam-se obstáculos tais como barricadas, parede, portas ou mesas que
7.1- SEM RESTRIÇÕEs- As aJIIJaS n6a d~cm ter restrições por ação
ou tipo, c as mesmas condições de tempo, distância e pontu3ção, devem ser
aplicadas para todas as 1II111as (pistola.slrevó/veres) igualmente. O
reconhecimento da pottncia deve ser obtido pelo uso dos alvos JPSC.
7.2- CALIBRE MiNJMO- O menor calibre para 1II111as usadas em
competição é 9mrn (0.354")- (OBS: No BrasiL atendidas todas as exigências
legais} (p. 16).
3
Nom1almcntc. tod~s as !-itunçiles de tiro tem micio com a amm no coldtc. ~:rn
segurança, e com as mãos s.em tocar em nt·nhum equipamento. Outra~ posiçõe:; podem ser
estipuladas (gavctat-, m~~a". bancos. dentro de pacotes, em bolsas), desde que o inicw da
que a am1a inicia sobre a mesa c os tin.H ;;rto dados ntni~ desta.
Geralmente segura-se a arma C(lm as dua~ mão~. entretanto algumas provas exigem
o 1is n com apena~ uma das mãos. c.omo é o ca~o da prova uúmero um do campeonato
mundial. cn\'ll)via a pu:sição dt:itado para a realização de uma parte do~ 1iru5 c\igido~ na
posicionados de cab~ para baixo no porta carregadores c são coloc.ados no cinto do .. lado
fraco" (lado de menos dnnúnà.ncia) do corpo, a recarga (troca de carregador) deve ser teita
com a anna "quente'' (que está carregada c pode dispantr). O cinto ern que 'l' colon1 o
coldre de\' e estar ao ni-.·el da cintura exceto para mulheres nas quais este pode c:.tar abaixo
hipotéticas ou reais na.s quais a pistola dc..-fcnsiva deve ser rcali:,ticarm:nh.~ utili7ada. os
trajeto~ d(~vt:m ses Cl.'nários. que simuJam combates lles~o:ús. Estes. podem 'ir da vida re-al,
recarregamento forçado. f)Oiiiçôe~ de tiro variadas (em p.;. de jor.:lho. dettado ~entadu}.
tirof. du]1lo~ e uma boa mistura entre di stJnci<t~ lnnga. média e curta. btc autor refere-se
lambem ,i... mà(.l!'. diZI.:ndo que de\em variar nas posições iniciais. exemplificando· n.> nln:l do
0~ pcrcurl.>OS daeo pistaS são de!".enhados para tCSl8T 8 habilidade.! do l:OJrtpc."tidOt CIU
como coloca a CBTP l19~·1 no capitulo ~ quando c:,p~o.·~.:Hi&:,l snbre l) II'SC: ''IJWiíhniJ. entre
apcna~ criar l>ituaçt\es que impliquem em d<.>terminadas po~i~·õ~ nus não pode exigir um
Segundo a C.:llTP (199·) existem três tipos d~ pista' puhlf~dJ., (as que o:,
atitador~ recebem no mel)mo prcti'Ll comendo Ol> detalhes das pistas). ~·rm· wtrp.'l'';~, {t)tUHUlu
intbrnla-sc apcmu; uma visão re~trita da~ pista-.) e as .wrpn·t>a.~ (quando se inicia a prova com
ân,b'tllos de tiro c que todos os ob~táculll' (}l!~ exi~am nas pistas de\ em ser estruturados de
n:io pllde t-er ma:,ipulada a não ~er nas áreas de se.~ran~·a . Então. quando u atiradt.tr tiver
am1mar seu ffidlcrial ou fazer ltciucl em sect'l, de\·e se dirigir para estes locais A foto abaixo
pela CBTP rI W-] (:p.·r•••'tr.·,ud.Jf{/. l1infor(ate::! 1 anos). V.tmlJ~ ~· ~·mt~r(atiradnr lJllt! th cr mais
de 51 ano~)
Niio çxistc ninm:w fixo de pi~tas para as competições. varitnU(l de acm,lo com a-.
reali1.ad<t!; 5 à 7 p•ovas por dia, iniciando de manhã em tomo das oitt.,·novc horas. tendo
inte1 valo de almoço de aproximadamente uma hora ~ meia. só acabando quando todos os
atircu.lnrcs terminam as provas Cada squad (equjpe) é fonnada de S à .J 5 J>ess<.'<~" dl' ambos
os se.xi)S, com tdade acima de 18 anos (idade mínima J){)t lei, mas pode ocorrer pankipação
ao seu "quad, mentaJiza os procedimentos de ação (st.'~JUt~ncia l~m qut irâ acenar os alvos e
.alguma p\lde se pegar na arma. as duas fotos a s~"gliÍI demonqram ~le momento Sendo
que na primeira v.irios atintdon:)\ t!lll varias etapas deste processo. podl··sc \·c1 ainda. um
que usa o " \\ alkman" pam conccntr•tt-~c rt:sla il\·ão. ouvido mu;;1cn relaxante ou r.onnal: c
na sc~runda. a atiradora ulcm:i linha \!.abado de realizar o "brict"'. da utili:rCt (.1 S<tpinho de
pelúcia que está apoiado na ponte • no luga1 da anr1a durante e!-la fa~.
lO
Apo:> 3 auloritaçiiu d•• RO ('"ranger oAicc" que <' H'~ponsa~el pel!ls ações do
Jtiradn1 na pi-;1a) para municiar a anna. f;,J,amin !""'' c:Jt'rl'[lllr c pn.purar. e!>lc rwtgam:a "t' o
JJtlrador está pronltl. depois l.!a H!:-pt)~ta afim1attva. l' contp\~ti\1111 11.1n p<~de mais !>C mover c
ugua!dll a tiltunn fala do RO. ,j (')pt'rit, oii(II:JI Jlldt.:a que o crooogr.rio li.ti hg.-ll!o ~ () clUrttdor
só pode agir apo\ o ~1rMI dt:sre aparelho. Ao fin~tl dl'~ cirn~. o RO p~e para que am~a :;t•ia
dt:~llllJilll:lada ante~ de !iCr {:Q)oçadél 'lU Cl)idte A pontuaçio r vcritiçada ~~ regNtrada ficando
uma copiu com alitallm c a outra :lrqui,ad.:t para labul:t-;Ju do~ dado~
O tiro prático tem um nillllem cada ,cl. ma1or de adcplo'> no Brasil mes cominun
nKmogrntko \'isa. então Cl,l<lhelccer um\\ fur.cam\!ntai,O:i\1 lc<Hica, e en\oh·c ainda. urna
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proposta de preparação fisica específica para este esporte. A CBTP [199-] afirma no
capítulo 5 referente a modalidade IPSC, que a competição de Tiro Prático é, por sua natureza_.
variada, exigindo preparo físico, habllidade de tiro e de tomada de decisões (p_l~) associada a
necessidade de manejo complexo das armas empregadas durante uma prova com:
movimentos rápidos, com'da entre pontos distantes, passagem por obstáculos, acionamento dos
eqw"pamentos na pista, o uso correto dos postos de tiro definidos, tudo isso acrescentando aos testes básicos
bibliográfica. As fontes que foram utilizadas para a pesquisa documental são os arquivos
públicos e particulares do tipo escrito. Esta primeira fonte, segundo Lakatos, Marconi
(1991) pode ser municipal. cstadwl c nacional e contendo: documentos oficiais, publicações
instituições de ordem pn"vada e instituições públicas (p.l77). A pesquisa bibliográfica que também
será utilizada, corresponde para as mesmas autoras a toda bibliografia já to!Il3dE pública (p.l83).
fisica específica proposta neste trabalho, em dois atiradores: um iniciante e o outro já com
monografia.
cidade de Brasília, que enriquece este trabalho com fotos, recurso este, que permite melhor
Capitulo/
uma bibliografia especializada, discutimos, neste capítulo, diversos aspectos que envolvem
estática como parece, pois exige uma contração isométrica constante, descrevendo um
equilíbrio dinâmico.
Uma boa postura de tiro proporciona uma plataforma estável para o atirador
sem tensão excessiva dos grupos musculares envolvidos, e mantém o centro de gravidade
do corpo acima da área de suporte. A maior parte do peso~ segundo Antal (1989), é
distribuido pelas articulações do quadril, joelho e tornozelo através dos ossos que se
Os músculos que suportam estas articulações têm apenas uma ação passiva em
manter o equilibrio, coloca este mesmo autor, e acrescenta que se a postura de tiro não
coincide com o centro de gravidade o equilíbrio só vai ser mantido pela ação de poderosos
grupos musculares, isto pode levar a fadiga e instabilidade. Não há postura de tiro ideal,
cada atirador deve procurar a postura que oferece a maior estabilidade combinada como o
mínimo esforço.
geral, todas as articulações são estáveis em proporção inversa a sua faixa de movimento. A
manutenção da postura de tiro, ela é tanto instável como altamente móvel, a estabilidade
ocorre através de uma adaptação mútua com as superficies articulares do osso do quadril
com a cabeça do fêmur. A estabilidade desta articulação é obtida através dos músculos e
ligamentos que a envolvem. Para proporcionar urna plataforma estável, Antal (1989) afirma
que é importante que os pés estejam na largura dos ombros, num ângulo entre 37 e 42
graus. Se os pés estiverem muito afastados, o peso fica fora do eixo do fêmur o que pennite
estabilidade.
rotação, inversão e eversão, é uma articulação menos estável que as duas anteriores e um
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suporte dos pés, Antal (1989) analisa através dos arcos mediai, transverso e lateral; sendo
que estes arcos proporcionam uma platafonna flexível para sustentar o peso do corpo, o
qual deve ser igualmente distribuído para evitar estresse em qualquer arco individual ou
perda da estabilidade.
movimento de suportar a anna a frente do corpo na empunhadura com uma mão (p.l24):
·"""' -~--~
Deltóide
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1
entrem em atividade. A manutenção do peso por um certo periodo de tempo resulta num
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"reflexo estático segmentar" da musculatura. O tremor que pode ser vi sto em atiradores
novatos e em atiradores fatigados é causado por uma resposta muscular variada pelos
impulsos nervosos estimulados pelo peso da arma. O treinamento pode proporciOnar força e
deltóide tem sua intensidade de trabalho variada para cada uma das três porções, em relação
a posição do tronco. Anta! ( 1989) diz que quando mais perto da postura ideal está o tronco,
menos fibras são requeridas para sustentar o peso da arma. Entretanto se houver inclinação
músculo deltóide quando se empunha a arma com uma mão, utilizada por Anta! (1989,
p.124):
jMuscúlo Deltóide
11··~~-T- -
17
A pistola é mantida pela pressão exercida pelos dedos, palma e base da mão. O
músculo flexor do antebraço controla a empunhadura através dos tendões que se estendem
até os dedos. Não existe separação entre a musculatura dos dedos, mas acontece ação única
para puxada do gatilho. Praticamente sempre que se precisa de ação separada dos dedos da
músculos flexores.
1. 2- Aspectos fisiológicos
Estudos provam que a braquicardia toma mais eficiente a ação do atirador por
-partículas de triacilglicerol.
implica em que o braço que segura a arma seja movido, por isso é importante interromper a
respiração durante o processo de pontaria. Este autor indica que antes de direcionar a arma
para o alvo, inspire e expire algumas vezes nonnalrnente, pois a respiração forçada ou
hipetventilação aumentam a :frequência cardíaca. O autor indica que se faça uma inspiração
profunda à medida que a arma é elevada em direção a marca do alvo para um ponto um
pouco acima do ponto visado, que permita que a elasticidade de sua caixa toráxica e
pulmões expirem algum ar. É importante não forçar a respiração enquanto se traz a arma
em direção a área de tiro. O músculo diafragma, deve ser mantido imóvel desde o início da
atirador não treinado esta chega a 120 por minuto, interferindo seriamente na habilidade de
19
atirar. Um atirador treinado tem sua frequência cardíaca nesta situação, afirma este autor,
nervoso central, na secreção gástrica e na circulação. Sua utilização segundo Antal ( 1989)
diâmetro das artérias coronárias. Meta ainda, salienta Anta! (1989), o sistema nervoso
O café e o chá contêm cafeína, que tem poder estimulante que causa insônia,
e mogadon). Estes efeitos colaterais podem aparecer no sistema respiratório como rinites
gastrite, diarréia, constipação, cólica, naúsea e vômito; e no órgão da visão pode causar
coceira, redução da acomodação, pouca nitidez das imagens e dor. O estado psicológico do
atirador pode ser afetado ocorrendo típicos efeitos colaterais como formigamentos,
princípios técnicos:
A perna do lado fraco deve se apoiar e cruzar sobre a perna do lado forte, pois
desta forma, o corpo fica suportado pelo cotovelo do braço fraco o que mantém o peso
deslocado dos pulmões e diafragma do atirador que apeia a face no braço do lado forte,
minimizando o estresse e a tensão no pescoço e no ombro. Para atiradores que estão fora
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do peso ideal, este autor indica que se ajoelhem nos dois joelhos e depois se abaixem um
pouco mais devagar, evitando que o peso fique todo no braço do lado dominante, com isso
Anderson (1989) elucida que dois segundos depois do mido do cronóg:rafo para o túv não é um
tempo incomum paro bons atiradores (p.13 7). Quando refere-se a posição ou a postura do tiro,
Anta! (1989) declara que antes que um tiro possa ser disparado, o atirador deve permanecer
excessiva, de modo que a mão que empunhe a pistola aponte naturalmente em direção ao
alvo. Este posicionamento do pé, ombro, cabeça, braço determina a postura, a qual deve
postura ideal~ cada atirador deve encontrar a posição mais apropriada para sua estrutura e
suas características fisicas. Os pés devem estar posicionados de modo que o atirador fique
em pé confortavelmente, estes devem estar na mesma largura dos ombros, o peso deve
distribuir-se igualmente sobre os dois pés. A parte superior do corpo deve estar ereta sem
contração excessiva, a articulação do cotovelo deve manter-se estendida, sendo que todos
os movimentos laterais detenninam-se pela posição dos quadris e não dos braços, e nesta
fonna, a mão que empunha a arma só deve ser mudada pelo movimento dos pés ou pela
ajustagem do centro de gravidade de modo que ele coincida como o centro do alvo, se
retornar à posição lateral sob a solicitação de fazer a pontaria e disparar e esta não
Para obter a postura apropriada, .>\ntal (1989) ensina alguns passos básicos:
Este mesmo autor continua suas explicações, dizendo que a cabeça deve
estar nivelada com a linha das miras, pois se esta for inclinada para frente ou para trás causa
excesso de contração dos olhos, a face, então, deve estar virada quanto possível em direção
ao alvo sem causar contração excessiva para os músculos do pescoço (p.l5). Deve-se evitar
uma postura aberta (fazendo frente para o alvo com os pulmões), ou urna que esteja
completamente em linha fazendo o dorso do corpo em direção ao alvo; coloca Anta! (1989)
segunda a cabeça está em uma posição tão extrema que a circulação fica dificultada e os
em relação ao dorso muda e o recuo vai ser absorvido apenas pelo braço resultando num
movimento apreciavelmente maior do braço que na arma. Quando empunha a anna com
uma mão deve se preocupar apenas com a que suporta a anna. E os músculos que não
Na maior parte das competições de tiro prático, coloca Antal (1989), a postura
Weaver é utilizada. Entretanto existem algumas exceções, pois para alguns tiros, a
24
distâncias maJOres que 25 metros, visando tiro único na cabeça do alvo, a posição
convencional (com uma mão) pode possibilitar melhores chances para um tiro preciso.
Este autor esclarece sobre duas outras posições utilizadas: ajoelhado com apoio
a) posição ajoelhado com apoio: braços ficam alinhados com o alvo, o pé esquerdo a
frente, mão direita no punho da pistola, e a mão esquerda envolvendo a direita. Realizar o
assim que o cano deixar de direcionar para qualquer parte do corpo. A mão esquerda
envolve a direita à medida que a arma vai sendo apontada para o alvo, o dedo do disparo é
abaixando-se apoiado nos dois joelhos; com a mão esquerda dirigida para frente em
pronação, saca-se a arma e projeta-se para frente com a palma da mão esquerda apoiando
no solo para amortecer a queda, puxar a mão direita com a pistola já tendo removido a
segurança. Envolva a mão direita com a esquerda e posiconar o dedo no gatilho; girar a
antes do primeiro tiro. Dois métodos são usados, segundo Antal (1989): o giro do Coopere
estenda os joelhos.
se nivele com o topo da massa de mira e a luz entre a alça e os dois lados da massa deve ser
mantida igual. Anta! (1989) indica que se memorize a figura de pontaria correta e para
mantê-la, o olho que faz a visada deve focalizar somente na alça e massa_ O olho não pode
tomar foco ao mesmo tempo no alvo e na alça e massa, e se o aparelho de pontaria não for
mantido em foco, não se pode verificar se o alinhamento está correto. Até mesmo um
pequeno erro vai ser grandemente aumentado na hora em que a munição deixar a arma para
atingir o alvo.
disparado suavemente, o projétil vai atingir o centro do ponto visado, desde que a figura da
centro do alvo de forma que possa repetir essa mesma posição consistentemente numa
sequência de tiros. Se o ponto visado for muito perto do local que se quer atingir, a alça e
altura e na mesma direção e elas vão se deslocar do centro do alvo. Antal (1989) diz que o
ponto de visada dev(: ser um terço d;J distância d;J base da marca do alvo pan1 o ponto visado (p.I9).
27
O olho dominante deve ser usado para a pontaria, quando não são utilizadas
miras extras. Para saber qual é o olho dominante, Antal (1989) explica um teste:
apenas o olho dominante aberto, mas o esforço necessário para manter o olho firmemente
fechado enfraquece a concentração e aumenta a tensão nos músculos faciais. Uma forma de
contornar este fato é manter ambos os olhos abertos na realização da pontaria, e evitar
distrações usando um disco em frente ao olho não diretor (um disco translúcido é o ideal
pois a luz entrando por ambos os olhos permite a visão de profundidade), as miras devem
ser de tamanho razoável para não dificultar a manutenção de ambas em foco, a massa de
mira deve ser retangular em forma de um bloco, e o entalhe da alça de mira deve ser da
mesma forma que a massa, o que facilita centrar a massa de mira em relação a alça e a
faixa de luz visível em ambos os lados da alça de mira vão ter uma espessura suficiente para
este propósito. Como uma regra prática Antal (1989) diz que a alça de mira deve ser
munição no alvo pode ser alterado movendo o aparelho de pontaria tanto lateral quanto
verticalmente. A arma não pode ser mantida completamente imóvel de modo que a posição
ideal de tiro, só pode ser mantida ou sustentada por alguns momentos. Um tempo longo
para liberar o gatilho corretamente, pennite que a anna se movimente numa área abaixo do
28
ponto visado. Nesta área de visada, Anta! (1989) lembra que é preciso escolher a posição
abaixo do local de disparo desejado. Este autor coloca que à medidli que o atirador se toma mais
treinado a arma vai oscilar menos e sua área de pontaria vai se tomar menor (p. 19).
alinhadas, porque o atirador não vai estar tão preocupado com a relação entre sua visada e
ao ponto visada, porque vê uma faixa maior do alvo, o movimento da arma parece ser
menor, isto aumenta a confiança do atirador permitindo que se concentre na alça e massa e
Este autor, segue suas discussões sobre o controle do gatilho, enfatizando que o
dedo do disparo deve aplicar pressão no gatilho em linha reta para a retagarda em direção
ao eixo do cano, e para isso, o dedo indicador deve ser posicionado corretamente, isto é,
apenas com a parte central da falange distai encostada no gatilho, isto porque esta parte do
dedo se move em linha reta enquanto as outras se movem numa série de arcos (p.22).
Ressaltando que desta forma, o dedo indicador vai estar completamente afastado da anna e
do punho. Se a puxada não for reta para a retaguarda, ela vai causar desvio do cano para
músculos da base do dedo vão aplicar pressão na lateral da pistola causando deslocamentos
laterais na hora em que o tiro é disparado. A pressão aplicada ao gatilho deve ser suave e
oxigênio e a redução da histamina muscular vão fazer com que sua pontaria não seja estável
no momento em que o tiro ocorrer. Fazer a visada enquanto suporta a pistola é uma
atividade estática, e apertar o gatilho é uma atividade dinâmica, no entanto, usando uma
mão o atirador tem que coordenar ambas. Estas duas atividades, visar e mirar, ao mesmo
tempo, assim que a arma é levada em direção ao alvo, o atirador faz a correção final da
tiro subconsciente.
uma ação muita rápida vai causar o acionamento do gatilho defeitoso, e a demora faz com
que a pontaria seja instável e a mira saia de foco. A esta aJtura, o desejo de respirar toma-se
irresistiveL O tiro deve ser liberado no periodo ótimo, no periodo em que todos os fatores
melhor período
7_ ~ 4 ~ h 7 R 9 10 11 1?_
tempo em segundos
O melhor período para se realizar o tiro com todos os fatores perto da máxima eficiência
liberação do gatilho após o período ótimo ter passado, o que causa tiro perdido. O atirador
deve usar pressão crescente contra o peso do gatilho. Uma forma de obter esta progressão
é apertar o punho mais forte, o que tende a aliviar a força do dedo indicador.
a) o olho deve estar focado na alça e massa, e estar num correto alinhamento;
b) o aparelho de pontada deve ser maDtido nfi área de visada abaixo da área de impacto;
c) enqiJJUJtO a figuro de pontaria for mantida co.Ireta, o gatilho é apertado
progressivamente;
d) se o gatilho não for apertado dunmtc o período ótimo, todo o processo deve ser
repetido (p.22).
O tiro deve ocorrer durante a visada, não devendo ser deixado para o final
da ação. Após disparar, o atirador deve continuar na visada, recordando em sua memória a
31
figura da pontaria que viu no momento do disparo. À medida que a pistola é inclinada para
cima pelo recuo, o atirador deve pennanecer imóvel, após esse rápido movimento a anna
vai retornar para sua posição antes que o tiro seja liberado. A arma, só então, deve ser
abaixada. Se esta sequência não for seguida, a pressão no punho vai ser liberada muito cedo
Um atirador que abaixa seu braço assim que a arma dispara, tende a baixá-
la antes que o tiro seja liberado. A antecipação do tiro tensiona os músculos do braço e do
são: empunhe a arma :firme e dJJ mesma maneira para cada tiro e tenha a arma pronta paro o tiro çom a
menor perda de tempo possível (p.152). Este fundamento caracteriza-se pelo polegar
braço.
o tiro, isto vai rrrininuir salto e possibilitar maior rapidez de recobrimento, o que facilita que
32
o segundo tiro seja disparado. Quanto mais ahos os padrões de precisão, mais critica a
superior da armação deve pennanecer apoiada no dedo médio. A maior parte do peso da
arma é suportada pelos três dedos que envolvem o guarda mato. Este mesmo autor destaca
que o dedo indicador esteja livre para mover-se, que a pressão do dedo mínino deve ser
menor que dos outros, que o polegar deve estar relaxado no punho sem exercer qualquer
pressão na arma, o que tenderia a levar a inclinação. Para obter um correta empunhadura
sugere que a arma seja pressionada contra a palma da mão, que os três dedos do dedo
empuhadura deve ser a mesma para cada tiro, a pressão a ser usada na empunhadura é
diretamente relacionada à que será usada no gatilho. A pressão do dedo mínimo e das
falanges distais dos outros dedos, devem ser núnimas para não forçar o cano para baixo,
Entre os tiros, Antal (1989) indica para relaxar a empunhadura (remover a mão
completamente da arma), o que segundo este autor facilita a circulação nesta região e
em seco (sem munição) quanto com munição real, até que este fundamento tome-se um
reflexo condicionado.
33
1.3. 6- Saque
Anderson (1995 d) destaca que para atirar rápido é importante que o saque
inicial e o tiro, os dados dos primeiros saques registrados com cronográfos eletrônicos, na
década de 50, como em 1959 do atirador Bill Jordan de 0,32 centésimos de segundo
Thell Reed, teve registrado seu tempo entre o saque e o primeiro tiro, atingindo um alvo
entre o saque e o primeiro tiro podem ser marcados pelos cronógrafos eletrônicos.
Anderson (1 995a) e1ucida que para sacar uma pistola de forma rápida
existem técnicas básicas. Ressaltando que este treinamento deve ser feito com a arma
momento da trajetória da arma, alguma parte do corpo possa ser atingida. Este autor
afinna que buscar um saque Simples. seguro c eficiente que envolva quantJdddc rru"nima de monincnws
explicações a seguir.
segurança, mas não vai tirar esta da posição. Um dos aspectos básicos para um saque
35
eficiente é adquirir a empunhadura correta assim que a arma é envohida. Um bom modo de
adquirir correta empunhadura no coldre é atentar para dois pontos: a posição da mão entre
guarda-mato {p.32). Se a região entre o polegar e o indicador e o dedo médio estão bem
colocados contra o punho da arma a empunhadura deve estar adequada. Para saber se a
mesma está correta, este autor indica que se realize o seguinte processo:
apoio deve estar na posição praticamente ao mesmo tempo que a mão forte envolve a arma,
não deve haver qualquer movimento do corpo a não ser das mãos e braços, nenhuma
inclinação, nenhum balanço, movimento dos pés e nem inclinação exagerada do ombro, a
Passo 2· a mão forte levanta a arma do coldre até que o cano esteja livre, o
fora do guarda-mato, o polegar da mão forte continua não libera ainda o registro de
segurança. (p.32).
Passo 3~ a mão forte leva para frente e para cima com o cano na horizontal
e apontando na direção do alvo. A mão de apoio fica próxima ao corpo até que a arma
36
do estemo, a este ponto, o registro de segurança ainda está engajado, e polegar continua
(1995a), neste momento, a !li111a está agora grosseiramente direcionada para o alvo que por definição é
UIIJa direçio em que ela pode ser associadE seguramente, o atirador está com a empunhadura da.s duas mãos
estâbelecida (p.34).
saques, o atirador pare numa das posições e verifique se a sequência está sendo
corretamente seguida, e enfatiza que mesmo os atiradores expen'cr~tes devem fazer estes estágios
dutrante a pnitica e ocasionalmente parar o saque na posição três e venficar que não há tendência a liberar
braços para a posição final. Este breve intervalo, entre levantar a arma e estender um pouco
mais o braço vai permitir posicionar as miras exatamente na direcão do alvo, assim que a
arma atinge a posição final do tiro ela pode ser adequadamente direcionada para o grau de
precisão e com menor perda de tempo. Desde que a arma é apontada para o tiro após a
gatilho.
estar envolvendo a anna, o foco do olho começa a variar do alvo para as miras para
para o alvo, mas dependendo do grau de precisão o tiro vai requerer que se procure melhor
pontaria.
acionamento do gatilho de "prepping", e que este só deve ocorrer depois que arma está
direcionada para o alvo e começa a se deslocar para fazer o tiro. Com a prática dos treinos
com tiro em seco, este movimento estará automatizado. À medida que o tiro progride, a
direcionada à medida que vai para o alvo exigindo cada vez, menos tempo de observação
atiradores, é que à medida que sua a habilidade aumenta, a tra.jetólia da f1lilla do coldrc para a posição
final de tiro se toma mais próxima de uma linha reta ou se toma um único movimento (p.3-l-). A arma
passa a ser trazida direto para a linha do alvo, enquanto no início, deslocava-se 20 ou 30
centrímetros em linha reta até o alvo para depois ser levantada e deslocada 5 ou 6
pontaria.
direcionamento do alvo, e ainda, a pontaria começam a ser tão precisas, que não há mais
que a arma está apontada e como indicação para liberar o tiro, este processo é a visão da
Anderson (1995a) diz para se praticar o saque com munição inerte (tiro em
seco), parar em cada passo e verificar cada etapa até que a sequência se tome um processo
passar a praticar com munição real, mas ainda assim, ocasionarnente, é importante parar na
posição 3. Para verificar se esses passos estão corretos, o autor propõe filmar o saque e
observar se na posição 3 a arma ainda está em segurança e se o dedo indicador está fora ou
desviada.
1.3. 7-Os erros técnicos
Fhinching*, define Anderson ( 1995 b), é uma reação fisica ao ruido r:: ao recuo da
arma assim que o tiro é dispa.mdo, e ocorre entre o puxar o gatilho e a munição sair do cano (p.48). Este
ocasionalmente.
thinching é detectado alternando munição real e munição inerte. Quando o atirador está
aguardando o disparo, até que o cão acione o percurssor, um fhinching negativo toma-se
perceptíveL A reação pode ser tão grande que a arma chegue ao limite de cair da mão. O
fato de piscar é pouco acentuado, podendo ocorrer tão rapidamente que o atirador não
consegue percebê-lo.
da arma que está sendo utilizada. O movimento súbito e violento próximo dos olhos,
ao movimento. Um ruído muito alto, que não é esperado, provoca uma reação fisica
Anderson (1995b) cita o técnico russo Yur'Yev o qual coloca que se alguém
que nunca atirou com uma l1I1118 e atira de rifle dados alguns ensinamentos básicos, desta fonna, diz de
para atirarem seco não vai haver nenhwna tendência inicial ao ihínching ou a piscar (p.49). Após atirar
ombro, enquanto tiver acionando o gatilho o atirador vai inconscientemente tensionar seus
músculos e empurrar seu ombro para frente de forma a contragir e antecipar ao coice. Desta
incondicionado. São necessários apenas poucos tiros para que este reflexo se estabeleça e
comece a ser formado, quando mais tempo este hábito continuar, mais profundamente
recuo e o ruído (p.49). Os efeitos do ruído e do recuo são acumulativos. Um tiro de uma arma
poderosa pode iniciar ou reforçar o reflexo do fhinching, mas uma quantidade de tiros de
uma arma menos poderosa pode ter o mesmo efeito, o ruído pode ser tão debilitante quanto
o recuo.
Algumas susgestões para este erro são traçadas, por este autor:
filmagempode ser a opção. Caso esta não seja disponível, outra maneira é sugerida, a que
Brian Enos utilizou. Esta caracteriza-se por olhar para a chama cor de laranja assim que a
arma dispara; não são vistas a chama, a massa de mira subir ou a trajetória da própria
permite quase tudo o que permite uma munição real, exceto os efeitos negativos
quantidade de reação muscular para contragir ao recuo e para colocar a anna novamente
em posicão no alvo. Isto só pode ser praticado com munição real. O técnico russo Yur'Yev
(1993) observa que quando o flinching é detectado o atirador deve parar de atirar com a
munição real e começar a atirar em seco para permitir que o sistema nervoso descanse do
de tensão muscular, a antecipação do tiro e a ação de piscar ao som do disparo, não vão
repita o exercíco válias e várias vezes. Se sua posição de disparo estiver correta,
as linhas marcadas vão coincidir,
c- Use um diaiiagma ocular ou um tllpa olhos com um filro central nos seus
óculos de tiro, tome a postura de tiro, anume o diaffagma de modo que a sua
cabeça fique na posiçào no1111al de visada possa ver um objeto representando a
marca do alvo, relaxe, feche seus olhos e tome a posiçào de postunl de tiro outra
vez, abra seu<; olhos, você deve ser capaz de ver o alvo claramente através dessa
abertura; se ele não estiver visível ou sua postura esti incorreta ou você tem que
alterar a posição de sua cabeça (p.28).
(sem munição).
figura de tiro correta Uma forma de perceber este erro, diz Antal (1989) é atirar em uma
cartolina branca com munição, pois o fato de não ter nenhuma marca de identificação para
necessidade de manter uma relação entre o aparelho de pontaria e o ponto visado de modo
que uma instabilidade em manter a pontaria é menos visível e a liberação do gatilho é mais
relaxada.
deles virem a ter oscilações verticais. Qualquer tiro que estiver fora do grupo vertical, vai
A liberação correta do gatilho pode ser melhor praticada com o tiro em seco,
movimento do cano pode ser observado sem distração do recuo. Antal ( 1989) ressalta a
importância de se praticar com munição real numa cartolina branca, os erros na liberação do
gatilho vão mostrar grupamentos desalinhados, o gatilho deve ser liberado no tempo ótimo
e um cronográfo deve ser usado para checar o progresso, este autor ainda coloca que
primeiramente deve-se usar o tempo que for necessário pois com a prática atinge-se uma
A posição correta do dedo indicador para acionar o gatilho evita puxar o gatilho
prática constante para isso. A visada e liberação do gatilho devem ser coordenadas tanto em
Para finalizar esta parte deste trabalho, nos deteremos na análise de erros
técnicos, evidenciados pela posição dos tiros nos alvos, Anta! (!989, p.I03) que sugere
falta de controle o recuo, porque não há tensão suficiente entre as mãos que suportam a
arma
Tiros para esquerdõ. (9 horas): a arma não está alinhada com o ombro.
Tiro para direita. empunhadura incorreta da mão esquerda (mão fraca) ou ação
Para analisar os erros, Antal (1989) indica que se atire a curtas distâncias (até
1Om) e em velocidade, e enuncia alguns treinamentos que Jeff Copper recomendava. Atirar
150 tiros por semana para aprimorar as técnicas básicas, seguindo a seguinte sequência:
A· oito tiros simples à 7 metros sendo }segundo e meio por tiro, aumentar
gradiJtivamcnte a velocidade até atingir um segundo;
B- 10 tiros simples à 7 metros , de 1 à 1 segundo e meio cada, e aumente
gradativamente a distância um metros de cada vez até atingir dez metros;
C- 10 tiros simples ;i 15 metros, 2segundos e meio por tiro, e aumente
gradativamente a distância até 25 metros;
D~ 5 tiros duplos à 10 metros em 2 segundos, aumente gradaüvamente a
velocidade;
E~ 5 grupos de 4 tiros a 10m (dois tiros reca.rrega e dois tiros) comece a 8
segundos gradualmente reduza o tempo ;} 5 segundos;
F-~s grupos de seis tiros à 10 metros, comece com um giro de noventa graus e
acerte cada Wl1 dos Ires alvos dUils vezes, repita o exercício duJJS vezes, trabalhe
em busca de um tempo de qUiltro segundos;
G- três alvos distantes tres passos lateralmente um do outro, à distância de 10
metros (prova E/ presidente), comece de costas para o alvo, gire 180 graus
dispare dois tiros em cada alvo, recarregue e repim. O objetivo é atingir 10
segundos para os doze tiros. independente da pnirica do tiro, é importante ir para
a região de treinamento todos os dias.(p.103)
seguindo as instruções de Jeff Cooper, Antal (1989) destaca algumas informações para
ação:
quadrante ("quadrant timing") estabelecido por Jeff Cooper relatado por !'u!tal (1989,
p.105) e introduzido na seleção americana por Jonh Drury. O exercício é conduzido com
tiro em seco e um estojo vazio deve ser introduzido na câmara para proteger o percursor.
Sustente a anna na mão direita com o cano na vertical e o cotovelo flexionado que deve ser
apoiado na palma da mão esquerda (em supinação e mantida próxima ao tronco). O braço
simultaneamente o atirador deve contar até 5, e pressiona o gatilho. À medida que o braço
atinge o final do quadrante atingiu-se o tiro controlado (de surpresa). A contagem deve ser
Anta! ( 1989) conclui que cada vez que o braço é movimentado da direita para
pode ser feito em menos que I segundo. É importante que os vârios elementos técnicos
1.4-Aspectos Psicológicos
Antal (1989) relata que a concentração do atirador é pelo menos 100 vezes maior que a de
possa causar resultados abaixo das possibilidades, afirma ser importante aplicar psicologia
1.4.1-Reações ao estresse
O estresse fisiológico é um intenso estímulo que produz fortes reações
ótimo nível de exitação é alcançado com aumento da ansiedade em padrões normais. Acima
48
deste nível, a performance começa a decair, com efeito ocorre uma notável interrupção na
habilidade de ação.
antecipação desagradável do futuro baseada em fatos reais ou imaginá.dos (p.J34) A ameaça externa
evoca estes fatos e acarreta reações :fisicas, psicologicas e bioquímicas, efeitos estes
ação, e principiando que a ação vai reduzir a ansiedade. A não-ação vai aumentar o nível
Capftuloll
Este capítulo dividi-se em duas partes principais, a primeira refere-se aos estudos
segunda parte caracteriza-se por uma explanção na proposta de preparação fisica de Anta!
(1989).
contribuem para melhores resultados por diversos fatores, que foram traduzidos da língua
que fez uma inspeção nos trinta e cinco melhores atiradores de precisão do pais, em julho
de 1949, no qual se incluiarn nomes legendários Joe Benner, BillToney e Harry. Esta
atirar. A altura média dos homens selecionados era de I metro 72 centímetros, e peso médio
50
de 84 quilos . Baseando-se nas tabelas militares para a relação ideal entre peso e altura,
Libasci concluiu que 60% do grupo tinha mais que 4,5 quilos acima do peso ideal, 71%
escreviam a si mesmo como tendo condicionamento físico médio, 37% eram fumantes e
89% usavam álccol pelo menos ocasionalmente. A idade média do grupo era de 40 anos.
Em relação a altura Libasci apud Anderson ( 1996a) concluiu que esta não
causa muita desvantagem e em muitos casos, é uma vantagem, isto é, atirar sob barreiras,
sob obstáculos, através de portas pequenas, como ainda, atirar em túneis. Anderson (1996
a) determina a partir destes estudos que a agilidade, eqm1íbn0 e cooordenação parecem ser
estão muito a frente do grupo estudado em 1949. Anderson (1996a) afrrma que quase todos
desenvolvimento. Que em relação a fumar não só, não fu~ como radicalmente são
cervejas ocasionais ou copos de vinho, mas a maioria é totalmente abstinente. Este autor
segunda é melhorada pela primeira, mas não da mesma forma que em outros esportes,
frequência cardíaca baixa era benéfica, sugerindo que o treinamento para aumento de
resistência cardíaca poderia melhorar a habilidade do tiro (p.l61). Estes autores reportam-
se ainda, a outra reportagem publicada por Dr. Walter Bauer, no "l.JlT JoumaJ" em julho
de 1976, na Alemanha que conclui que um bom tiro não depende apenas de baixa pulsação e
exercícios físicos extenuantes não tem valor p8.11l o atirador (p. 161 }.
realizado pela Universidade Estadual da Pensivânia, o qual sugeriu que frequência cardíaca
baixa era importante para atiradores de fuzil mas tinha pouco efeito para atiradores de
comprovava que realmente havia condicionamento fisico maior que a média nos atiradores
em atividade (p.161).
que trabalhe o sistema cárdio vascular e a resistência localizada dos membros superiores.
Cita entre os exercícios para o sistema cárdio vascular a corrida, a bicicleta, a natação, mas
arma.
como de pistola, a qual concluiu que os principais fatores na perfonnance de um atinidor bem
atiradores observaram que normalmente os atletas de esportes que exijam movimento, tem
geral.
Jonas (1984) relata uma história de uma das equipes Islarelences que foi
enviada para se vingar dos assassinos da equipe olímpica de 1972. Dave (um americano e
um ex-fuzileiro naval), o instrutor de armas de fogo que treinou os agentes israelenses falou
aos estudantes interessados em tiro : se você quer aprender .a atirar tiro ao alvo, você deve se juntar
ao time olímpico. Eu vou ensinar a vocês tática de tiro de competição (p.50). Jonas (1984) traça os
princípios de Dave em relação ao condicionamento fisico dizendo que este e.rn um fanático em
relação ao condicionamento físico, não a força mas a coordenação (p.5l ). As palawas de Dave apud
Dave parecia ter uma crença mística entre a habilic!E.de de pular corda e a habihdade
de usar uma arma eficientemente~ coloca Jonas (1984) a partir citação máxima: se você não pode
justificar o uso do pular corda com elemento auxiliador no treinamento de tiro. Nenhuma
de Pullum, Hanenkrat (1981 ). Entretanto confrontá-las estenderia ainda mais este projeto.
específicos para o tiro, a fim de buscar o que melhor se adapta. Amai (1989) relata que os
influência na execução deste movimento (p. 156) devido a ação da repetição mental que
Antal (1989), aperfeiçoa a concentração e adapta o corpo às substâncias que são liberadas e
fina necessária para a técnica de treinamento, mas sessões regulares de tiro em seco (sem
tenham sido atingidas, o atirador deve concentrar em aumentar suas habilidades técnicas e
da habilidade de tiro. Registrando estes dados, toma-se possível planejar para atingir auge
Uma vez que a frequência cardíaca esteja normalizada o atirador está preparado
para a disputa final Alongamentos específicos para o tiro prático devem ser realizados,
a- faça uma lista de controle para ganmtir que tem tudo que precisa;
b- prepare a sua anna carregadores c munição;
55
Capítulo 11/
reversibJ]idade (p.23).
Volkov (1975), as mudanças fimcionais no co;po ocorrem somente quando a carga é suficiente para
causar uma ativação considerável de energia e mudança plástica nas células relacionadas com a síntese de
no organismo durante o treinamento fisico, é determinada pela natureza da sobrecarga, sua intensidade e
volume {p.23).
um treinamC!Jto específico tem efeitos específicos sobre o organismo, Oll seja., o organismo sempre se
adapta de modo específico ao que lhe for oferecido (Mt:lleroulias & Meller (1979) apud Ba.rbanti (I 996).
realizada.
que as mudanças corporais consegwdas pelo treinamento físico são de natureza transitón"a (p.25}, isto é,
57
níveiS iniciais.
Matveíev (1981) diz que esta deve estar associada ao processo de desenvolvimento
múltiplo.
índices de quantidade de dias de treino, quantidade de seções de treino, tempo gasto para a
nem todas as cargas, mesmo a.s cargas fisica.s sistemáticas, podem causar
a elevação das possibilid:uies fimcionais do organismo. A elevação
progressiva do nívt:l de treioo só é possível, qlllJIJdo a grandeza das
cargas atinge ou supen1 o limiar determinado de mobüização d1ts
reservas fimcionais do organismo (p. 73).
58
uma preparação específica para atiradores, entre elas destacamos as seguintes capacidades
Segundo Zakharov (1992) mede-se o tempo dJJ reação motora pelo intenralo entre
efetuador de resposta;
repouso.
explicada pela reação do atirador ao sinal do cronógrafo para o inicio da prova. Outra
(alvos surpresa).
A ação que surge entre o sinal de partida e a saída revela que um período
segundos.
fi si co.
velocidade primeira deste reflexo aparece como determinante genética mas pode ser afetada
As ações voluntárias são aquelas que são controladas pelo nosso desejo;
por exemplo, quando uma pessoa está começando a aprender o saque os movimentos são
feitos sobre controle voluntário após o sinal de partida o ponto de partida para acionar os
mecanismos que realizam o movimento, pois ao ruído do cronógrafo, o atirador pensa que
os reflexos normais é muito pequena a taxa varia de O, 15 a 0,20 segundos, afirma Anderson
do que o modo como o reflexo é absorvido por meio de repetição, o grau de preparação
cronógrafo.
Yur'Yev (1993) relata estudos com vários atiradores de alto nível. Estes
estudos envolviam testes de reação motora, e este foram estruturados da seguinte forma:
num primeiro estágio os sujeitos da pesquisa tinham que acionar um botão ao estímulo de
luz piscando numa tela, o tempo médio de reação foi de O, 17 segundos. No segundo teste
tinham que pressionar apenas o botão quando a luz verde piscava, o tempo de reação
aumentou para 0,28 para 0,30 segundos, e mesmo neste caso, algumas vezes se tomava a
decisão errada. No terceiro estágio repetia o segundo, exceto que as pessoas precionassem
61
apenas quando tivessem certeza da luz, o tempo aumentou para 0.40 segundos. Os centros
nervosos adicionais no córtex cerebral tem que ser usados para tomar a decisão correta,
essas pessoas eram atletas de alto nível (nas condições de pico) sabendo que tinham que
bom se ficar em tomo de 0,15 a 0,20 segundos. Anderson (!995) relaciona estes dados ao
tempo de saque atual, considendo um tempo de saque, resposta e acerto de 0.25 já scâa uma
1Ometros e ocorrendo recarga durante. É importante esclarecer, que não se trata de correr
livremente, o atirador corre durante a prova com todo o equipamento e quase sempre com a
arma em uma das mãos. Os treinos devem envolver corridas de curta distância nesses
padrões das condições de competição. Existem diversas formas para eliminar artificialmente
velocidade, o que para Zakharov ( 1992) intensifica o processo de adaptação dos sistemas fimcionais
saque rápido da anna, rápido deslocamento entre as estações, da rápida recarga durante a
prova, estes fatores possibilitam mais tempo para realização dos tiros com precisão.
62
c) Coordenação
grupos musculares não atuantes. O treino "permitiria" o recrutamento ideal para execução
ressaltar que apenas a "mão fraca" (a não dominante à nível da lateralidade) realiza força
para segurar a anna, já a "mão forte" deve ter "'força" apenas com o dedo indicador que é
tiro.
Essa duas ações musculares - estática em uma posição de repouso, assim corno
a dinâmica do movimento do gatilho, são comandadas pelo sistema nervoso centraL É por
músculos necessários no movimento de puxada do gatilho. A ordem atirar vem dos centros
nervosos, e a imobilidade da anna desaparece, isto resulta que o atirador não seja capaz de
63
atirar ativa os outros grupos musculares e a arma treme, por isso que as duas condições de
repouso e ação devem estar treinadas de maneira a tomar essa ação eficiente.
Para Weineck (1986) só uma coordenação intra e inter muscul.uótima pennite melhorar
a cooperação dos agomStas e antagomStas, assim como o número das unidades motoras ao mesmo ativúb.s,
d) Resistência
caracterizamos a resistência muscular geral dinâmica, pois mais de 116 à 1/7 da massa
muscular estão envolvidas, esta atividade dura mais de quatro minutos, e a freqüência
cardíaca de 120/min é atingida. Mas toma-se resistência aeróbia pelo número de pistas
A resistência pode ser ainda classificada, no caso do tiro, como curta duração
para cada pista com trajetos curtos; ser de média duração ou longa duração quando são
realizadas várias pistas durante o dia. Entretanto se os squads forem grandes e o tempo de
recuperação entre uma pista e outra for longo este processo é diferente.
e) Força
(1986) entende-se por força geral a força de todos os grupos musculares, independentes da
modalidade esportiva (p. 97) e por força especial a fonna de manifestação ffsica de um detenninado
esporte, assim como seu fator correlativo específica (isto é_ os grupos musculares envolvidos em um gesto
segurança;
atleta(feedback).
A.ntal (1989) destaca estudos que mostraram que existem períodos no ciclo de
24 horas, onde pontencialidades individuas mentais e :fisicas estão no pico máximo. Para os
atiradores, estes serão condicionados pelo horário do dia quando realizam os treinos. Se
estes honin"os não coincidirem com os horários das perfoJW.a.ces na competição, não será capaz de fàzer o
65
seu melho.J(p.I31). Este autor coloca ainda, que outros fatores ambientais podem intererferir
extremos de calor ou frio (os quais alteram a circulação e afetam a temperatura corporal).
realizados testes de velocidade para curtas distâncias (a média de deslocamento nas pistas);
testes de freqüência cardíaca antes e depois para estabelecer o padrão da freqüência; testes
rápida mudança de posição no percurso das pistas verificar o tempo que leva para sentar,
66
deitar, ajoelhar, mirar, atirar e levantar. Deve-se conhecer o tempo de reação ao som do
imediata plliâ as tensões limite e está on"entad;J pant obtenção do nível máximo de treino especial (pllfll
esse ciclo) e para a SU1J manutenção, bem como paro a conSCJVação do nível de treino gero] alcançado
(Matvdev, J98J,p.88).
pistas reproduzindo padrões da prova, isto é, com uso de equipamentos e a roupa, corrida
com apenas uma mão livre pois a outra empunha a arma, no mesmo horário, mesmas
condições climáticas. Adaptar-se a atirar com sol, frio, chuva, vento, altitude. A
Os treinos seriam feitos nas pistas, com um peso no formato da arma, para
resistência muscular localizada num primeiro momento, já num segundo momento diante da
situação deve ter as mesmas carcteristicas da que será usada na competição, ressaltando que
clareadas através dos treinos específicos estruturados para o atirador Alberto Morirnoto,
não dos resultados obtidos. Hoplcins (1985) indica o "sistema entre amigos" que consiste
pelo beneficio deum companheiro retificar pequenos erros que normalmente, passariam
simulando, desta forma, a pressão da competição. Entre os beneficios de atirar com amigos
está a segurança, pois se o tiro atingir o atirador, os primeiros socorros ficam muito mais
facilitados (p.ll ).
Este autor, finaliza sua discussão, dizendo que uma forma de ter certeza
que este sistema funciona basta perguntar a Rob Leathan e Brian Enos esse dois juntos
somam mais campeonatos que todos os outros cometidores, neste comentário "a parte",
Anderson (1989) esclarece que uma outra forma de verificar que existe
aumento da habilidade de tiro são os registros escritos num diá.n'o de treinamento das sessões
práticas.
68
sessão de treino. Para exemplificar sua colocação, Anderson ( 1989) cita Rob Leatham, um
dos melhores atiradores dos últimos tempos, que concorda que é importante manter os
sem os registros você não tem como saber o quanto voei está
melhorando ou que áreas precisa trabalhar. A mai0n8 das pessoas confia na
memória mas o problema que essas memórias tendem a ser seletivas e as
perfonnaces pobres tendem a ser facüamente esquecidas. As pessoas vão para o
estande e fazem centenas de saques esse recordam apenas do mais rápido, isso
nào quer dizer abslolutante nada, você tem que saber o que pode fazer numa
competição (p.20)
resultados obtidos na sessão e uma avalição e qual progresso foi feito e qual o objetivo
para a próxima sessão devem estar presentes. Ainda é importante contar o gasto dos
medida que o nível de habilidade cresce a mesma quantidade de esforço já não traz tanta
Anderson (1989) esclarece que o atirador deve acreditar que assim que os
fundamentos básicos são adquiridos, as melhorias não vão ser muitos grandes, alguns
poucos centésimos de segundo no saque e pouco menos ainda de tempo entre os alvos, dois
69
ou três pontos máximos a mais durante uma competição de I 00 tiros, mas esses pequenos
acréscimos vão melhorar seu desempenho. Quando seus registros mostram que seu nível de
performance está melhorando constantemente mesmo que seja um pouquinho a cada tempo,
isto pode ser uma ocorrência realmente estimuladora. Este autor destaca que as competições
de IPSC e tiro prático medem tanto precisão quanto velocidade, a precisão é medida pelos pontos
obtidos no alvo, mas para manter o registro da velocidade o competidor sério realmente
período fora de estação pode ser um período produtivo panl o atirador de competição justamente porque
você não tem mais a pressão da competição (p.32), e elabora algumas sugestões, como: o tiro em
minutos por dia; treinar com arma de ar comprimido o que ressalta a precisão; exercício
para o punho para aumentar a firmeza que diminui o efeito do recuo e rninimiza a oscilação
da arma, além de manter a posição da arma de um tiro para o outro, de forma que cada vez
mais reduz a influência do equipamento de tiro; com uma bola de tênis fazer exercícios para
para resistência muscular localizada precionando-a 1O minutos por dia cada vez com uma
mão, coloca para que seja feito mesmo durante o treino dizendo ser grande o resultado. É
importante, neste caso, nos apropriarmos da questão da fadiga muscular se realizar este
indica para este periodo que se estude balística, fundamentos de tiro, recarga, teoria de
experiências e tesres com novo equipamentos devem ser realizados neste período sem
competições.
71
Capitulo/V
neste trabalho; a primeira a ser descrita foi elaborada para o atirador Alberto Morimoto, em
Passos Zylberberg ocorrida de março à julho de 1996. Seguem-se, então, estes dois
momentos.
Torneio IlvfBEL de Tiro Prático, em julho de 1995. Estabelecido este primeiro contato,
Brasileiro do mesmo ano. Dispúnhamos de dois meses e meio, o que não era muito mas o
atirador, que já tinha sete anos de contato com este esporte, junto a recomendações, como
mental.
período de treino era possível e seis vezes na semana. A periodização dividiu-se em oito
semanas. O atirador informou que tinha como atividade física musculação na academia, e
esta era sua única atividade física. Diante da constatação de que estava fora de peso, foram
geral.
três séries de doze repetições para três séries de quinze repetições. As atividades diárias
Devido ao seu interesse por uma preparação fisica visando o Campeonato Brasileiro
de Tiro Prático que será realizado em São Paulo, nos dias 12,13,14,15 de outubro do
corrente ano, estabeleço-a partindo das suas informações e dos meus conhecimentos
Seria muito interessante que testes pudessem ser realizados para se conhecer o seu
diante das dificuldades: distância e o não acompanhamento direto, peço que de forma
simplificada algumas informações sejam fornecidas por você, para controle de alguns dados
de seu condicionamento:
-que atividades fisicas praticava antes deste programa especificando tempo, duração
atingir hipertrofia);
- e infonnações de sua condição técnica: o tempo que leva entre o sinal e o primeiro
tiro, o tempo entre os tiros para as distâncias específicas, além das dificuldades e
Espero poder contar com sua colaboração e seu empenho, no que diz respeito ao
Deixo um espaço disponível para contato e dúvidas nesse trabalho que estamos
iniciando juntos, elucidando a importância dessa experiência não só para sua glória no
deveria ser realizada seis vezes na semana, no período da tarde. 1\.1as seria muito importante
l-agosto 14-19
2-agosto 21-26
3-agosto 28-02
4-setembro 04-09
5-setembro ll-16
6-setembro 18-23
?-setembro 25-30
8-outubro 02-07
9-outubro 08-ll
Semana 1
Segunda -feira:
-alongamento-duração de quinze minutos
-trabalho de musculação realizado dentro dos padrões de atividades do atirador com duas
horas de duração
Terça -feira:
-alongamento 15 minutos, todos os segmentos corporais
-ergométrica 20 minutos (3 minutos normal alternando com 3 minutos em alta intensidade.
-musculação durante duas horas, trabalho da musculatura posterior (costas e pernas) , braço
e antebraço, principalmente.
-corrida para recuperação ativa, baixa intensidade, durante 1O minutos pode ser na esteira.
Quarta-feira:
-alongamento 15 minutos
-esteira 1O minutos correndo mas se seu joelho ainda não estiver bom ande 15 minutos pois
o impacto é menor.
-musculação trabalhar toda musculatura mas membro inferior com intensidade baixa (60% ).
Quinta -feira:
-alongamento 15 minutos
76
Sexta-feira:
-alongamento 15 minutos
-ergométrica 20 minutos
-musculação mais do membro superior, principalmente costas , antebraço e punho.
Sábado:
-alongamento 15 minutos
-musculação mais ênfase no membro inferior.
Semana2:
Segunda -feira:
-alongamento 15 minutos
-musculação membro superior principalmente
-ergométrica 1O minutos
Quarta-feira:
-alongamento 15 minutos
-musculação membro inferior, principalmente musculatura antigravitacional (posteriores).
Sexta-feira:
-alongamento 15 minutos
-musculação membro superior e inferior
77
Semana 3
Segunda-feira:
-aquecimento: quinze minutos de alongamento.
- treinamento isométrico com halteres: com as pernas levemente afastadas (na direção do
seu ombro) e semi-flexionadas, mantendo ambos os braços, na posição do tiro com duas
mãos , segure um peso de 4kg entre elas, durante 30 segundos, de um intervalo de 1O
segundos, repitindo duas vezes.
-treinamento com halteres para empunhadura com peso de 2,5kg, 15 repetições para cada
posição: abdução, adução, flexão e extensão( movimentos do punho)
-treino com annas e peso de 1,5kg estático: posição de tiro, segurando arma com um pesos
de !,Skg em cada braço, durante 20segundos, abaixar 4segundos, levantar e
manter mais 20segundos, abaixar mais 4 segundos levantar e manter por mais 20 segundos.
-pernas afastadas pesos de 2kg em cima dos ombros, braços acima dos ombros em abdução
segurando o peso. Os braços vão ficar parados nessa posição acompanhando a elevação do
corpo estando os joelhos semi-flexionados (ficar na "ponta de pé" para trabalhar a
musculatura antigravitacional que o mantém em pé contra a ação da gravidade).
Fazer quatro repetições de 10, com intervalo de 15 segundos entre cada uma.
78
-. Fazer saque 8 vezes e manter cada vez por 15 segundos~ com um descanso de 3
segundos entre cada vez (utilizando cinto e coldre e uma arma pesada com as mesmas
características da arma que irá competir).
-corrida à 50-60% buscando uma recuperação ativa.
-intervalo de 15 minutos
Quarta-feira:
-alongamento 20 minutos
Treinamento em circuito
Obs: como as provas são geralmente realizadas ao ar livre e em terrenos não tão regulares,
além dos atiradores usarem durante todo o tempo o equipamento (cinto, coldre,
carregadores nos porta pentes, etc) os treinos deste periodo reproduzirão esta realidade.
Estação 2- Saia da postura de tiro, corra para a primeira sessão e faça 1O abdominais,
levante, corra. Ao parar, pegue o objeto com peso de 3 kg que estará amarado por um fio.
faça 8 giros (4 para frente e 4 para trás)
,
-·-·-·- -·-·-·-·---·-·-4"-
79
Estação 3:
Suba e ande rapidamente pelo banco = ,pulando no
final, deste. Salte o obstáculo à sua frente com os dois pés
unidos alternando os lados de salto, repetital O vezes
(contando I para cada lado). Corra e ultrapasse um obstáculo
que estará à 3m e terá 80 em de altura .
•
Estação 4: A empunhadura começa a ser trabalhada , pois as simulações são feitas com
arma desmuniciada visando aperfeiçoar o movimento de puxada do gatilho. O mesmo
sistema de distâncias da estação 1(3m e 7m). Fique na posição de tiro, com braço na altura
do ombro e mãos atrás da cabeça, espere o sinaldo cronográfo. Após este, em posição de
tiro com as duas mãos, conte até 5, se desloque para a linha dos três metros com um braço
livre e o outro próximo ao corpo (com a arma- simulando posição de recarga). Chegando
ao local refaça a posição de tiro, simule 4 tiros visualizando o alvo durante o tempo que
achar suficiente para fazer 2 tiros, se desloca para os 7m, em diagonal à frente e a esquerda,
ajoelha-se (com um ou dois joelhos no chão) e simula 5 tiros. Levante coloque a anna no
coldre e retorne correndo ao início, braços livres.
Estação 5: posicione-se no quadrado marcado no chão de (70 x 70cm) terá ao seu lado,
tanto no direito quanto do esquerdo, bolas de tênis no chão. Na distância de 4,50rn à frente
80
de cada lado, estarão sendo lançadas bolas de borracha aleatoriamente e de ambos os lados,
tente acertar o maior número possível de bolas de borracha com as bolas de tênis.
00\ ···.··.·ü
~ ·O·
Estação 6: De costas para a pista, aguarde o sinal após este vtre-se. Corra para a primeira
sessão sente e levante rápido, 4 vezes, corra lateralmente para à 2 e deite e levante 3 vezes
em decúbito ventral, levante corre em ziguezague pelos cinco cones. Simule o saque da
arma e corra em diagonal de frente para o alvo, o braço que segura a arma fica junto ao
corpo (posição de corrida com a arma) e o outro ··solto".
·Á. ....
. :Â..ot.
___ .-··
81
Estação 7: Sentado atrás de uma mesa (típica de escritório) Ao sinal levante e corra em
direção ao 2, deite e espere as bolas que estarão sendo roladas. Receba 3. À medida que as
pegar coloque-as do lado do seu lado direito pois é destro. Gire deitado sobre o eixo
corporal duas vezes (sem a bola) levante e corra para trás da linha para 3 pára no quadrado
demarcado no chão. Simule o saque da arma, posicione os braços em direção a um alvo 1
como se tivesse o gatilho, "dê" dois tiros e depois mais dois no alvo 2. Encolha os braços e
corre para o três.
o
o o
====:::::\lt
Estação 8: Com um elástico circundando a cintura fazendo uma contra ação a corrida, por
um percurso de 10m. Saia do elástico. Corra lateralmente pare e faça dez abdominais.
Levanta, saque a arma, vise o alvo, corra com a arma em posição de corrida durante a
pista. Para, visa 2 alvos, dando dois tiros em cada alvo.
o o
t
82
Estação 9: Em pé, atrás de uma porta. Ao sinal faça o saque com anna travada
"simule"(sem munição) tiros de banicada, 3 tiros na direita e 3 na esquerda, corra para
situação 2, ajoelhe-se, simule 2 tiros em cada alvo nesta posição. Levante, corra em
diagonal, deite, simule 2 tiros. Levante, corra deite de lado e simule 4 tiros.
r
Sexta-feira:
-alongamento 15 minutos
- corrida com velocidade máxima, piques de 8m , em cada estação (de I à 8) pára 4
segundos
entre
cada.
corra 8rn
' - - - - - - - - - - - - - > pare aponte para o alvo de papelão durante I O seg
simulando 4tiros
~/
- -
/
•
•
•
'
83
-com equipamento e anna com peso de 2,5kg e cartucho com coldre, saque, simule dois
tiros em cada, repõnha a anna; saque, simule dois tiros em cada, repita 1O vezes. Obs: o
peso diferente do real com intenção de fortalecimento.
-pernas afastadas e semiflexionadas, braços à frente do corpo (90°)-, exercício para punho
com peso de 2 kg cada mão, 20 repetições, 4 séries.
-elevação curvada: 30 repetições, 2 séries, peso de 2kg.
SEMANA4
Segunda-feira:
-alongamento 20 minutos
= = = =
.. o
• =
00
o = •
-. =
= =
-exercício punho -força estática 2kg cada mão
-recuperação ativa corrida intensidade 50-60%
Quarta-feira:
-alongamento 20 minutos
-bicicleta ergométrica 15 minutos (3 minutos normal e 30 segundos máximo, alterne)
-Trabalho de coordenação neurornuscular com musculação:
Sexta-feira:
-alongamento 15'
-trote 20'
-alongamento lO'
85
SEMANA5
Se~Wnda-feira:
-alongamento 20 minutos
-8 tiros(corrida) de 7m com intervalo de 45" entre cada tiro, realizar os treinos com
todo o equipamento: cinto, coldre, óculos, protedor de ouvidos, carregadores no guarda
pentes. Realizar controle de freqüência cardíaca antes e após cada tiro.
-trote 60% durante quinze minutos
-exercício com arma descarregada com todo material:
* saque
*faça pontaria durante 7 segundos
*faça recarga com cartucho vazio
*segure mais sete segundos em pontaria
*faça recarga
*segure mais 7 segundos em pontaria
*faça recarga
*segure sete segundos em pontaria.
-trabalho com deslocamento e posicionamento com material ( cinto, coldre, óculos,.
protetor)
1(
..K ·..
I I
·· .. ""
86
----.0° de tiros: pela barricada 2 tiros por cada lado, depois dois tiros deitado, corre,
simula recarga, faz simulação de dois tiros em cada alvo, corre, simula recarga, deita dá
mais dois tiros.
-trote 15 minutos
-alongamento ativo durante 15 minutos.
Quarta-feira:
-alongamento 20 minutos
-trote 20minutos (60% da intensidade)
-exercício de força para punho e antebraço na musculação: rosca de punho 1O
repetições em 3 séries, rosca inversa 1Orepetições em 3 séries, pronação-supinação com
peso de 2kg em cada mão; sempre com pernas afastadas e levemente flexionadas.
-alongamento passivo durante 15 minutos
- relaxamento na perspectiva trabalhar a concentração e visualização necessária
para tiros com mais eficiência.
Sexta-feira:
-alongamento durante 20 minutos
-treino intervalado com tiros de 7 metros e intervalo de 45 segundos, fazendo
verificação de frequência cardíaca antes e depois de cada tiro. Caso a frequência no
decorrer dos intervalos esteja em um nível alto, isto é, não chagando próximo de 120 por
minuto, aumentar o intervalo para 1 minuto.
-musculação - trabalho de coordenação neuromuscular:
-supino (3 repetições) à noventa porcento da carga máxima;
-leg press (3 repetições) também à 90% da craga máxima;
-mesa romana (2repetições) à noventa porcento, movimento de flexão e
extensão do joelho.( 2 para cada movimento);
-puley (3 repetições) à 90%
-rosca inversa (3 repetições) à 90%;
87
SEMANA6
Segunda-feira:
-alongamento 15 minutos
I
I I
.,f I
I •• I
I
.,f
I
• I
I I
-----······· . I ....
"
89
Quarta-feira:
-alongamento 15 minutos
--
- -~
-corridas distâncias variadas : começa em pé com as mãos cruzadas atrás do
pescoço, ao sinal, saca a anna, dá os tiros nos alvos à frente correspondentes. Corre 7
metros, com arma segura na mão que atira mas sem munição, simula os tiros nos alvos
correspondentes, corre mais 6 metros, ajoelha, para, dá os tiros correspondentes a posiçào,
levanta, corre mais 5 metros, para, sobe no objeto colocado ao chão que permite os tiros
entre o latão. Corra mais 7 metros, passa por baixo do obstáculo determinado, para, simula
os tiros, corre mais 4 metros, para, acerta os alvos. E retoma trotando ao início. Repetir 4
vezes.
-trote de 20 minutos (recuperação ativa).
Sexta-feira:
-alongamento durante 20 minutos
90
Faça uma "avaliação" de como tem se saido nos campeonatos, se tem realizado as
provas com desespero e sem confiança ou se acredita que é bom e pode melhorar, como
estamos buscando, pense no que podemos mudar e crescer nesse tempo que temos pela
frente.
No treinamento mental, procure um lugar calmo, silencioso que deveria ser usado na
atividade anterior, deite e visualise durante 3 minutos o que ocorre no campeonato, duas
vezes na semana se possível alternando com o treino físico, isto é, nas terças e quintas.
dois lados do corpo, se sente mais dor em algum local específico, qual parte toca mais o
chão, perceba partes específicas específicas do seu corpo (seus braços, suas mãos, seu
calcanhar, sua cabeça, suas costas e entre os lados do seu corpo). Respire lentamente,
das pistas.
primeíramente como você está vestido para o campeonato Gá está com o cinto, coldre,
óculos, protetor de ouvidos, como costuma estar) imagine que o RO avisa que você vai ser
o próximo, a munição e a arma estão prontas; você caminha, ele pergunta se o atirador está
92
pronto, se acredita que está diga que sim. Agora está na posição ideal, perceba como fica,
como estão seus pés, seus braços, onde fixa seu olhar, enquanta aguarda o sinal. Pronto o
sinal foi dado e agora você corre contra o tempo mas necessita de precisão. Aproveita ao
máximo o tempo e os tiros, todos no alfa (ponto máximo), sem desespero e controlado
visualize-se acertando os alvos, todas as pistas. Acaba de fazer seu melhor tempo com
maior aproveitamento.
Observações nutricionais:
Por estar longe e não conhecer seu "padrão" alimentar, não posso simplesmente
estabelecer regime específico. Darei apenas indicações do que você deve estar fazendo ou
não:
1- Respeite o horário de suas refeições. O organismo precisa manter o equilibrio para bom
funcionamento;
passar horas sem se alimentar e depois comer uma fruta e beber vários copos de água está
bom; seu organismo necessita de um número mínimo de calorias para realizar seu
5- Evite ainda, comer no periodo mínimo de uma hora e meia antes de treinar e de urna hora
6- Não substitua a água por aquele suco da lanchonete da academia, pois a atividade fisica
dificultando a perda de peso. Mas se for hipoglicêmico e o treino longo não fique tanto
tempo sem comer para não ocorrer uma queda na taxa glicêmica.
campeonato as provas são realizadas de manhã e à tarde. Seria interessante e mais eficiente
de economia de energia pelo fato de não ser mais necessário pensar no que fazer, pois os
movimentos vão estar automatizados. A reprodução nos treinos dos padrões da prova
implica em maior eficiência e rendimento. Será que vai ser possível pelo menos nas duas
1995.
Alberto L Morimoto
deste ano da Associação Sul Mineira de Tiro ao Alvo (ASSUMITA). Os eventos oficiais
desta associação envolveriam três modalidades: Tiro Prático, NRA. e Carabina de :Mira
disponíveis:
semanas de competição, não ocorrendo treino aos sábados nem às segundas-feiras seguintes
a estes eventos.
97
sexto lugar na categoria Pistola Open. Cabe resaltar que as provas de NRA. foram utilizadas
O periodo geral, tinha como objetivo a preparação fisica geral e envolvia a perda de 10 kg
pois o atirador iniciante estava com excesso de peso. Este foi o único período realmente
realizado pelo Michel e acompanhado por mim Ele acabou não realizando os treinos
específicos propostos para o período específico, pois não estava estimulado a realizar as
atividades que eram passadas por escrito, e como moramos em cidade diferentes, e não
posso acompanhá-lo dia-a-dia para incentivá-lo, decidi não considerar os outros dados
consciente que isto não atingiria a cientificidade desta proposta. . Dados de avaliação
para a detenninação da perda de peso. Ao final das 12 semanas do período geral, o peso
ideal foi atingido. Estes dados estão anexados, neste trabalhotanto os coletados no dia 16
quanto os do dia 07 de junho, que demonstram que este atirador atingiu o peso de 65.80
acordo com a rotina diária do Michel: escola das sete às doze e trinta da manhã, faria então,
o café da manhã deveria ser às seis horas. Na escola, aproximadamente às dez horas,
comeria outra vez, e depois, ahnoçaria às treze horas. Mantendo o período de quatro horas
Foi elaborada uma série de exercícios para serem cumpridos todos os dias:
98
minutos com 70% de intensidade e depois 15 minutos de bicicleta em terreno plano. Seguia-
se , então, a musculação que era realizada em casa. Inicialmente eram feitas três barras, três
séries de dez flexões, três séries de 70 abdominais, exercícios para punho sendo três séries
de 20 repetições para cada lado (direito e esquerdo), e trabalho de triceps sural (ficando em
meia ponta) em três séries de 40. Foi explicado que não deveria comer após acabar os
exercícios, apenas água era permitida, deveria esperar pelo menos uma hora para se
alimentar. Deveria beber muita água e repor sódio e potássio, e mastigar devagar durante as
refeições.
Segunda-feira:
-Alongamento I Ominutos
-Musculação Gá explicada)
Terca-feira:
-Alongamento 15 minutos
-Bicicleta 20 minutos
99
Quarta-feira:
-Alongamento 15minutos
-Musculação com aparelhos, duração de duas horas, membro inferior (leg press, apolo,
Quinta -feira:
-Alongamento 15 minutos
Sexta-feira:
-Alongamento 15 minutos
supervisionados pelo técnico Ricardo Calvo (atirador patrocinado pela IMBEL) e pelo pai
do atirador.
O Michel CL'ntou tlllll ao,; in..-tru\-ÕL~ dt! !>CU h:cnico au!('ji de realit~t o pnmeua
patte da pnwa
As duas fotl'~ a ~~:guir mo~t•am ptitrtL'Ím <> alvn .111 C(Jtn do:..ç, tiros c d(:Jl\1i~ o ah()
J8 com os doJ.e tiros, 10 nn porte central (\'Jiendo lO ponto~ cada urn) <' doi~ 9 (n
lncenti\'o não faltava, como mos•ra a toro A 'lt!'gUir onde o pa1 e o técnico obrcavam o al\·o
"'c3ta próxima loto. o alvo jà esta na segunda pane desta provi'! qn.e t1 11lvo pm•'XI de
ne,t,a fli«Wa, que ~o l)(lsiçü~lo que tamhém ocorrem nu tiro prático, caracteruando de..la
1\ scgund• prma que t'~!t' atirador participou, tbs a pnmeira de tiro prmsco, no
din 2S de nwo.;o Corno .rnt~ de cada prova, u :llir.1dor arruma o ~ m.uerinl. na foto
l\cstas foto~ e da J11Ímcil1l pio;tl! que reali7ou, podemo~ pcrccN:r 1\ me!-lll:l prn.içãu
Na.c; outras pistas, atirou em pé, ajoelhado, deitado c St.'tltado o., dados e a
pontuação obtido~ na pista, e:.liío em anexo como ainda o oYemll final . Terminou em oitavo
na classificação gemi cem terc-eiro na pistola opcn geral c.: em !õegundo pela '\SSU\11 r A
,.
105
anexo IV, como ainda a pontuação, o overall final. Após estas competições definiu o
Pretendo retomar esta proposta com este atirador, acompanhando-o com mais
frequência no próximo ano, estabelecendo uma preparação a longo prazo, tendo como
objetivo o XII Campeonato Mundial de Tiro Prático nas Filipinas em 1999, representando o
muito trabalho e dedicação, e o vislumbrar de um sonho, quem sabe, em 1999 não estarei
O passar dos anos e muito trabalho poderão trazer esta resposta, agora basta-nos
preparação física específica para o tiro prático, estabelecemos um estudo detalhado deste
facilitar a compressão do que seria uma preparação :fisica específica, foram acrescentados
teórico deste trabalho, como é o caso das partes da arma, e buscam ainda, com a ilustração
Campeonato Mundial de Tiro Prático, ocorrido no Brasil, em outubro deste ano, por
pennitiram uma visão real do que seriam das competições de IPSC. Outro aspecto, são os
futuras , pois, este trabalho não se esgota nestas páginas nem no curso de graduação, mas
107
proporcionar suporte científico a este esporte, que em nosso país, ainda caminha
lentamente.
página à disposição para publicação dos estudos a cerca do Tiro Prático; e o convite do
Maurício José Lemos Freire, para preparar fisicamente os policiais de sua instituição,
justificando que este seria de grande valia para o tipo de situações que enfrentam: resgastes,
interesse de diverses países, entre eles, Suíça, França, Estados UrUdos, Filipinas, Austrália,
livros sobre o tiro, contendo o números de páginas, ano e preço; envolvendo diversas
sobre este esporte nos diversos aspectos. Desta forma, surge a possibilidade concreta de
publicar as obras estudadas na língua portuguesa, o que sem dúvida ampliaria o universo
teórico do tiro prático tanto para atiradores quanto para técnicos e profissionais de
Educação Física.
nacional, utilizando o aparelho "polar" nas situações competitivas, tentando buscar relações
pessoas que lêem este trabalho em uma perspectiva real de conhecer e divulgar este esporte:
Tiro Prático.
pela densa análise dos livros e artigos internacionais, e criam um caminho que não se esvai
neste instante.
aqm entregamos hoje, ao mundo científico, seja o início de um grande, longo e belo
trabalho.
109
Referências Bibliográficas
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--,.----· Improve your local club matches with tips on good course design.
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Bibliografia Geral
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American Handgunner. San Diego, v.17, n.I07: p.l52-!55, nov/dec, 1993
How to draw a pista! fast (and safely) with the basic five-step
technique used by IPSC shooters. American Handgunner. San Diego, v.19,
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flinch!. American Handgunner. San Diego, v.l9, n.ll7: p.48-49,1!1-1!2,
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--,--·· Learning How to shoot quickly means mastering the fast draw.,
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sep/oct, 1985
- - c - · Improve your local club matches wíth tip-s on good course design.
American Handgunner. San Diego, v.l2, n.62: p.20, jan!feb, 1987.
RUTGERS BOOK CENTER Out ofprint and used books. New Jersey, 1994.
' ·- - .
•
~
-~-0.:.
.---.= ~- )I
Dispositivo {.
de scbrtarança
Tia tecla
Punho ,.,
' Guarda-Mato
Armação
ALVO DE PAPELÃO ''Alvo IPSC''
45cm
Calibre Calibre
Pontuação maior menor
?Sem A- Alfa 5 5
D C A C D
C- Charle 4 3
D- Delta 3 2
035 O fa:o1 oue CM:e es1es dois calmres e ~75
O fato1 e ooooo atra'I!!S a~ !e;!~l! cal::ub a ~~e do pro,efi
em pés pc• S!Qllldo lli.l!l\i•ca=~ ~massa do projetil em graillS, divithdo po1 nil
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I ,/ I '
Gráfico dn Pú.riodiznção Treino p!lro o atitador Alberto Monmoto
Pcrtodli:açAe> de Trelno
1\(
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2 3 (. 5 6 7 e 9 •o ordmário
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O recuperahvo
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GH.Át"JCOli IJOS MJCROCICI..OS .t:S1'Rf/1VRADO.S PARA
O ATIRADOR Al..IJI!R1'0 lt10«1MOTO
2~ ESTA HDJZAIXJR
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• R~-cu.perativo de apoio
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cli liA FT) NUTRA
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL POR BIOIMPEDÂI\'CIA
RESULTADOS DO TESTE
CONCLUSÃO
Recomenda-se que o peso ideal seja atio.g.id~vés da redução de gordura corporal para 16 %
que corresponde a 1 0.26Kg (perda de ~ de aumento de massa magra para 84% que
corresponde a 53.86 Kg {perda de 9.84Kg}.
!·!UT·r::l:·~
P.NAL ISl:.
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ASSOCIAÇÃO SUL MINEIRA OE TIRO AO ALVO
* * ASSUMITA * *
RELATÓRIO DE CLASSIFICAÇÃO NA ASSUMITA
MELHOR ATIRADOR
CLAS- PON ATIRADOR DA MODALIDADE TTC
SIFIC TOS PR AC TOT ATC
10 100.0 João Alberto Nabak de Seixas 10 DO 10 10
20 70.0 Michel Passos 7 DO 7 7
30 34.0 Thais Bagattini 5 DO 5 5
40 22.1 José Carlos de Lima 3 DO 3 3
MELHOR ATIRADOR
CLAS- PON ATIRADOR DA MODALIDADE TTC
SI FIC TOS PR AC TOT ATC
10 100.0 Marco Antonio Becerra Martin 10 DO 10 10
20 88.8 Julio Cesar Guimarães 7 DO 7 7
30 82.2 Marcos Rennó Moreira 5 DO 5 5
40 49.3 João Carlos Arbex 3 DO 3 3
MELHOR ATIRADOR
CLAS- PON ATIRADOR DA MODALIDADE TTC
SIFIC TOS PR AC TOT ATC
10 100.0 Daniel Sipioni Polverini 10 00 10 10
20 63.2 Alfredo Polverini Neto 7 DO 7 7
MELHOR ATIRADOR
CLAS- PON ATIRADOR DA MODALIDADE TTC
SIFIC TOS PR AC TOT ATC
10 100.0 Arnaldo Massao Shima 10 00 10 10
20 94.4 Alexandre Magno da Silva 7 00 7 7
30 91.2 Thyers Adami Júnior 5 DO 5 5
40 90.3 Ricardo Casale 3 00 3 3
50 69.0 José Cláuzio Machado 2 DO 2 2
60 53.3 Sérgio Luiz Moral Marques 1 DO 1 1
MELHOR ATIRADOR
CLAS- PON ATIRADOR DA MODALIDADE TTC
SI FIC TOS PR AC TOT ATC
1" 100.0 Ricardo Viegas Calvo 10 00 10 7
20 59.34 João Alberto Nabak de Seixas 7 10 17 10
30 23.69 Thais Bagattini 5 5 10 5
40 23.08 José Carlos de Lima 3 3 6 1
50 21.58 Michel Passos 2 7 9 3
MELHOR ATIRADOR
CLAS- PON ATIRADOR DA MODALIDADE TTC
SI FIC TOS PR AC TOT ATC
10 100.0 Julio Cesar Guimarães 10 7 17 10
20 74.53 José Donizetti Cursino Soares 7 00 7 5
3" 1.39 Márcio Amaral 5 00 5 3
MELHOR ATIRADOR
CLAS- PON ATIRADOR DA MODALIDADE TTC
SI FIC TOS PR AC TOT ATC
1" 100.0 Daniel Sipioni Polverini 10 10 20 10
2" 56.01 Alfredo Polverini Neto 7 7 14 7
30 49.27 Ricardo Casale 5 00 5 5
MELHOR ATIRADOR
CLAS- PON ATIRADOR DA MODALIDADE TTC
SI FIC TOS PR AC TOT ATC
10 100.0 Alexandre Magno da Silva 10 7 17 10
20 92.61 Thyers Adami Júnior 7 5 12 5
30 76.85 Arnaldo Massao Shima 5 10 15 7
4" 57.96 Sérgio Luiz Moral Marques 3 1 4 3
50 51.03 Pedro Antonio Chaves 2 00 2 1
60 27.12 Julio Cesar Medeiros 1 00 1 1
MELHOR ATIRADOR
CLAS- PON ATIRADOR DA MODALIDADE
SI FIC TOS PR AC TOT
10 100.0 Ricardo Viegas Calvo 10 10 20
20 59.7 João Alberto Nabak de Seixas 7 17 24
30 43.4 Michel Passos 5 9 14
40 21.6 Thais Bagattini 3 10 13
50 7.7 Paulo Alberto Capetti Rodrigues Porto 2 o 2
MELHOR ATIRADOR
CLAS- PON ATIRADOR DA MODALIDADE
SI FIC TOS PR AC TOT
10 100.0 Julio Cesar Guimarães 10 17 27
20 97.4 Fábio Praxedes Coelho 7 o I
30 75.7 Marco Antonio Becerra Martin 5 10 15
40 73.0 Márcio Amaral 3 5 8
50 65.0 Marcos Rennó Moreira 2 5 7
60 64.3 José Donizetti Cursino Soares 1 7 8
70 31.0 Paulo Fernando Miranda 1 o 1
ao 9.7 João Carlos Arbex Guida 1 3 4
MELHOR ATIRADOR
CLAS- PON ATIRADOR DA MODALIDADE
SI FIC TOS - PR AC TOT
10 100.0 Daniel Sipioni Polverini 10 20 30
20 75.8 Alfredo Polverini Neto 7 14 21
30 DQ Ricardo Antonio Casal e 5 5 10
MELHOR ATIRADOR
CLAS- PON ATIRADOR DA MODALIDADE
SI FIC TOS PR AC TOT
10 100.0 Alexandre Magno da Si!va 10 17 27
20 90.7 Sérgio Luiz Moral Marques 7 14 11
30 87.2 Thyers Adami Júnior 5 12 17
40 74.1 Arnaldo Massao Shima 3 15 18
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~:~ ~'.i Pt'1ULO C(.!F'ETTI fiSSUI'HT():
ASSOCIAÇÃO SUL MINEIRA DE TIRO AO ALVO
* "'ASSUMITA * *
TROFÉU TENENTE MARCOS CARNEIRO DE 1996
ATIRADOR COMPLETO DE 199G)
IPSC IPSC JPSC JPSC CMA CMA
CL ATIRADOR PO PS RO RS .22 .38 TOTAL
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~ Márcio Amaral . \ 4" i 3 --i-- s· . 1 ~ 1 14". ! 1 13~ l 1 7
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18° Thais Bagattini ---- 4o:::r-3~Z:.·.-'! ·-; --- --- --,,. i 1 [ ~-- ----- 4
19v José Clãuzio Machado _... , -... i :; .,_- i ,. · · i 6" 1 i 1 ·7. · i 1 12". -i 1~. 1 4 I
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24 João Carlos Arbex Guida 7 1 ·--; 1
:~ Paulo Fernando Miranda _ o· 1 .- . ~-----,·___ 1
~ A\ex Mansur ; 12 1 1
vo-André Luiz Polverini ! 16" 1 1
Stage: I - The Log Area: 1- Raiders of the Lost Are
Stage 1
Area: One - ''Raiders of the Lost Ark"
Stege name: "The Log"
Type/scoring: Speed Shoot. Comstock
Targels: 4 IPSC, 1 mini popper
Distances: 1O - 15 m
Possible points: 45
Minimum rounds: 9
Start posi1ion: Standing on the !og both hands holding the overhead rape
Starts: Audible signal
Stops: Last shot .
Penalties: As per IPSC rules
Procedure: While standing on the log, engage ali targets with two rounds each in any arder.
IPSC targets will score the two higest hits. Popper must be down to score. Al!
shooting must be dane while on lhe log. Competitors may step off the log to
c!ear a malfunction o r to reload wilthout penalty.
Stage: 6 - The Desen Area: 1- Raiders of the Lost Are
1
D
Basket
Start
Stage 6
Area: One ~ "Raiders of the lost Ark"
Stage name: 'The Desert"
Type/scoring: Speed Shoot, Comstock
Targets: 5 IPSC
Oistances: 7 ~ 1Om
Possible points: 50
Minimum rounds: 1O
start posltion: Sitting on the ground, unloaded pista! and ammo in the picnic basket
Starts: Audible signal
Slops: Last shot
Penalties: As per JPS"c rules
Proeedure: Engage ali targets with tvvo rounds each in any order. IPSC targets will score the tvvo
highest hits. T1, T2, and T3 may be shot anywhere after the signal. T4 and TS wm
be engaged from aperture B, weak hand only.
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Stage 1
Area: Two - "Romancing the Stone"
Stage name: "The Swing"
Type/scoring: Speed Shoot, Comstock
Targets: 5 !PSC
Distances: 1O- 15 m
Possib!e points: 50
Minimum rounds: 1O
Starl position; Standing holding lhe rope in both hands. Unloaded pistol ho:stered, ali ammo on
the groud.
Starts: Audible signal
Stops: Last shot
Penalties: As per lPSC rules
Procedure: Once the competitor has swung across the water they may draw, load, and
engage aU targets with two rounds each in any arder. !PSC targets will score the
two highest hits.
Stage: 13 - The Cantina Area: 2 - Romancing The Stone
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t
Stage 13
Area: One- "Romancing the Stone"
Stage name: "The Cantina"
Typefscoring: Speed Shoot, Comstock
Targets: 4 lPSC, 2 mini poppers
Distances: 2 - 15 m
Possible poinls: 40
Minimum rounds: 8
Start position: Seated, holding a bottle of tequila in one hand and a g\ass in lhe arder. Pista! on
the table.
Starts: Audible signal
Stops: Last shot •
Penalties: As per IPSC rules
Procedure: Engage al! targets in any arder. T3 and T 4 targets will score the two highest hits.
T1 and T2 targets will score lhe single highest hit.
Stage: 25 - The Bridge Area: 4- Rambo li
Water
(''-'"'""-"" --
Start
Stage 25
Area: Four- ''Rambo !!"
Stage name: "The Bridge"
Typefscoring: Speed Shoot, Comstock
Targets: 5 IPSC targets
Distances: 5 - 1Om
Possible points: 45
Minimum rounds: 9
Start position: Standing on the bridge, hands at sides.
Starts: Audib!e signal
Stops: Last shot
Penalties: As per IPSC rules
Procedure: Engage ali targets in any arder. T1- T4 will score lhe two highest hits. TS wiU
score the single highest hit.
Stage: 26- .The Close Escape Area: 3 - Rambo li
D i
Helicopter
Start
Stage 26
Area: Fou r~ "Rambo 11"
Stage name: "The Glose Escape"
Type!scoring: Speed Shoot, Comstock
Targets: 3 IPSC targets, 4 mini poppers
Distances: 5 • ~ 7 m
Possible points: 55
Minimum rounds: 1O
Start position: Standing with submachine in strong hand, dummy in weak hand.
Starts: Audible signal
Stops: Last shot
Penalties: As per IPSC rules
Procedure: Engage al! targets with two rounds each in any o~r. PP1 must be down before
leaving area A. The competitor must take the dummy to the top of the hil!.
Targets wi!l score the two highest hits.
--.~