Fato Típico - Resultado
 Resultado normativo (ou jurídico):
Da conduta (ação ou omissão sem a qual
não há crime) podem advir dois resultados:
 Resultado Naturalístico: se dá com
a modificação no mundo exterior
(perceptível pelos sentidos)
provocada pelo comportamento do
agente. Não são todos os crimes
que possuem resultado
naturalístico.
De acordo com a exigência ou não
da modificação exterior pela
prática do crime, as infrações
penais se dividem em material,
formal e de mera conduta.  se contenta com a exposição do bem
Crimes materiais: aqueles em que o tipo
penal descreve conduta e resultado
naturalístico (necessária modificação no
mundo exterior), sendo indispensável a sua
ocorrência para haver consumação. A
conduta e o resultado são
cronologicamente separados. É o que
ocorre, por exemplo, com o homicídio (art.
121 do CP).  drogas.
Crimes formais: (ou de consumação
antecipada): Apesar de o tipo penal
também descrever conduta e resultado
naturalístico, este é dispensável para a
consumação. Com a prática da conduta o
crime está perfeito. A modificação no
mundo exterior, no caso, serve como
exaurimento da infração, podendo
interferir na quantidade da pena. Como
exemplos, podemos citar os crimes de
ameaça (art. 147 do CP) e de extorsão (art.
158, CP95). 
Sumula 96 do STJ
Crimes de mera conduta: são aqueles
em que o tipo pena descreve apenas a
conduta delituosa, sem sequer mencionar
resultado naturalístico. Pune-se aqui pela
simples atividade, como, por exemplo, na
violação de domicílio (art. 150, CP). 
aparece como sendo a lesão ou o
perigo de lesão ao bem jurídico
tutelado. Sob essa ótica, todo
crime (material, formal ou de mera
conduta) possui resultado.
Quanto ao resultado normativo, os delitos
classificam-se em:
Crime de dano: existe quando a sua
consumação exige efetiva lesão ao bem
jurídico tutelado, como no homicídio (art.
121 o CP). 
Crime de perigo: quando a consumação
jurídico a uma situação de perigo. Em
determinadas hipóteses, o perigo advindo
da conduta é absolutamente presumido
por lei. Devendo ser lembrado, a título de
exemplo, o tráfico de drogas. 
V Crime de perigo abstrato: o
perigo advindo da conduta é
absolutamente presumido por
lei. Devendo ser lembrado, a
título de exemplo, o tráfico de
 
A acusação deve provar a
conduta e o perigo é
absolutamente presumido por
lei.
Obs: muitos devem a
inconstitucionalidade. O
Supremo entende que a
criação de crime de perigo
abstrato por si só não viola a
constituição
V Crime de perigo concreto:
quando o legislador exige
prova do risco ameaçando bem
jurídico de alguém (delito de
perigo concreto determinado)
ou da coletividade,
dispensando, nesse caso,
vítima certa e determinada
(delito de perigo concreto
indeterminado). Expor ou
 abandonar recém-nascido,
para ocultar desonra própria
(art. 134 do CP) é exemplo de
delito de perigo concreto
determinado.  Já o delito de
condução inabilitada de veículo
automotor (art. 309 do Código
de Trânsito Brasileiro) é de
perigo concreto
indeterminado.
A acusação deve demonstrar a
conduta e o perigo
efetivamente gerado ao bem
jurídico.

Qual resultado (naturalístico ou normativo)

integra o fato?