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º 6
3º Ciclo do Ensino Básico – 8º Ano
GEOGRAFIA Ano Letivo: 2011/2012
Profª. Fernanda Reis
Nome: _________________________________________________________ N.º ____ Turma: ________
2- Lê atentamente os textos.
TEXTO A
“Paulo e Filomena são dois jovens naturais do concelho de Alijó (Trás-os-Montes). Apesar de
desempregados, casaram recentemente. Através de uma pessoa amiga arranjaram um contrato por nove meses
na Suíça, para trabalharem numa unidade hoteleira. Sem grandes perspetivas na terra, aceitaram
imediatamente.
Tal como o Paulo e a Filomena, muitos jovens partiram à procura de uma vida melhor noutros países.”
Adaptado: Público, 25 de Setembro de 1994
TEXTO B
“Quando Erivan e os seus pequenos companheiros descobriram um mundo de fantasias, luzes e guloseimas, a
mãe e as outras mulheres reclamavam água e sabão para se lavarem, recuperando um mínimo de dignidade
após seis dias no mar, amontoadas sobre a ponte de um barco velho.
Fazem parte do penúltimo grupo de desesperados do mar, 825 homens, mulheres e crianças, que desembarcou
na costa da calábria, no sul de Itália.
São turcos e iraquianos, que venderam tudo o que possuíam para comprar uma passagem para a Europa, terra
de esperança, onde centenas de compatriotas já conseguiram o estatuto de emigrantes legais.”
Adaptado: Expresso, 3 de Janeiro de 1998
TEXTO C
“Eu, no domingo levantei-me e fui por aí fora, sem saber para onde ia, em jejum. Fui quatro quilómetros à
toa; ao fim senti-me cansado, deitei-me a uma sombra a descansar. Eram duas da tarde quando um homem
parou e me falou em francês, e eu respondi-lhe em francês que não o compreendia. Ele depois falou-me em
português: que tinha eu que estava tão triste? Contei-lhe a situação em que estava metido: que nem os cães da
rua passam o que eu tenho passado. Ana, eu andei a dormir debaixo de uma manjedoura das vacas, sem roupa
nenhuma. O gatuno do patrão tem-me andado a enganar. Não me paga e eu não lho posso tirar do bolso.
Tenho tido sonhos muito ruins e não sei… Ana, isto é uma miséria. Eu ando muito triste da minha vida. Eu
não os entendo. Eu não sei o que estou a ganhar. Mando 50 francos para bolachas para a menina. Eu vivo
muito triste sozinho, como um perdido… adeus.” (Este último parágrafo faz parte da carta que foi escrita dois
dias antes da sua morte).
Adaptado: Moucho Carlos; Geografia 9º Ano; Plátano Editora
TEXTO D
“Há algum tempo começou a chegar a Ceuta um importante número de cidadãos africanos, que foge dos
países mergulhados nas profundezas das guerras. Vêm da Libéria, Ruanda, Somália, Camarões, Argélia e
África do Sul. E todos têm um desejo: esquecer os horrores, encontrar um local onde sejam respeitados e
possam trabalhar, até regressarem ao seu país. A maior parte, para não dizer todos, demoram meses a chegar a
Ceuta, o trampolim para a Península Ibérica, a sonhada democracia, mas poucos são os que conseguem cruzar
o mar com a documentação legalizada. Encontram-se nas muralhas Reales del Ângulo, sob teto de cartão e
madeira; dormem em colchões partilhados, em camas improvisadas ou onde podem; às vezes têm de fazer
turnos para poderem dormir um pouco. As condições de higiene são péssimas.”
Adaptado: “A fronteira do medo” Público, 15/11/98
TEXTO E
“Walter Kohn, prémio Nobel da química em 1998, é um antigo refugiado. Durante a II Guerra Mundial
deixou a Áustria, seu país natal, para fugir às perseguições nazis.”
TEXTO F
“Em 1997, o número de emigrantes portugueses na Alemanha rondava os 160 mil. A maioria destes
portugueses trabalha na construção civil em condições de quase escravatura: contentam-se com salários de
miséria quando comparados com os seus colegas alemães e não têm direito a caixa de previdência ou seguro.
Além disso, não gozam de proteção sindical, moram em contentores, comem pouco e mal e por vezes são
vítimas de agressões dos skin-heads ou dos neonazis.”
Adaptado: Mendes Fátima; Geografia 9º Ano; Plátano Editora
TEXTO G
“Um país pobre, com fracos recursos económicos e sanitários, foi o que levou os são-tomenses a procurar
Portugal. Mesmo os mais resistentes acabaram por deixar o país devido à falta de perspetivas. Em 1999, os
legalizados eram 5 937, número que não andará longe da realidade, referem as associações. É uma população
muito jovem, com uma segunda geração já nascida em Portugal bastante significativa.”
Adaptado: Diário de Notícias, 14/5/99
2.1. Preenche o quadro.
3- Assinala com um V ou um F as afirmações que forem respetivamente verdadeiras lou falsas, corrigindo as
falsas.