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SUMÁRIO
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................................................................ 2
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................................................................ 2
LEI .............................................................................................................................................................. 2
JURISPRUDÊNCIA ....................................................................................................................................... 2
DOUTRINA ................................................................................................................................................. 3
COSTUMES ................................................................................................................................................. 4
SISTEMAS ADMINISTRATIVOS ....................................................................................................................... 4
SISTEMA ADMINISTRATIVO FRANCÊS ....................................................................................................... 4
SISTEMA ADMINISTRATIVO INGLÊS........................................................................................................... 4

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO


FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
O direito administrativo não é codificado, ou seja, não existe no nosso ordenamento
jurídico pátrio nenhuma lei que apresenta de forma sintetizada todos os institutos do direito
administrativo. Não existe um código de direito administrativo como existe no direito penal,
processual penal, civil, processual civil, dentre outros.
Em consequência desta falta de codificação do direito administrativo, suas normas
encontram-se espalhadas em diversas leis que tratam de objetos deste ramo do direito; e ainda,
em diversos outros atos normativos de natureza infralegal.
Feita estas observações introdutórias, são fontes do direito administrativo:
• Leis;
• Jurisprudência;
• Doutrina;
• Costumes (praxe administrativa).
LEI
Em decorrência do princípio fundamental da legalidade, que orienta todo o direito
administrativo, a lei é a principal fonte do direito administrativo, tendo aplicação direta na
atuação da administração pública, pois esta vincula a atuação da administração pública dos
três poderes de todas as esferas da federação.
No entanto, para entendermos melhor o significado do termo lei e da sua finalidade, é
importante classificá-la em dois tipos: lei em sentido estrito e lei em sentido amplo:
➢ Lei em sentido estrito são os atos legislativos que inovam o ordenamento jurídico,
tais como as leis complementares, ordinárias e delegadas.
➢ Lei em sentido amplo é um termo mais amplo que inclui qualquer tipo de norma
aplicada à administração pública, independente do órgão estatal que a produziu.
Neste caso, entende-se por lei a própria Constituição Federal, as leis ordinárias,
complementares, delegadas, medidas provisórias, decretos, resoluções, portarias e
qualquer outro ato que seja de obediência obrigatória pela administração pública.
O direito administrativo adota como fonte principal a lei em seu sentido amplo, ou seja,
qualquer norma jurídica que tenha por objeto algum tema dentre os regulados pelo direito
administrativo é uma fonte do direito administrativo.
JURISPRUDÊNCIA
A jurisprudência é o resultado de vários julgados realizados pelos tribunais superiores do
poder judiciário sobre determinada matéria, tem por objetivo adaptar o direito teórico aos fatos
concretos. Serve como paradigma para o julgamento de novas ações judiciais referentes aos
mesmos temas.
Em regra, a jurisprudência é uma fonte secundária e indireta do direito
administrativo, não vinculada a atuação da administração pública. Serve somente como
ponto de orientação na atuação da Administração Pública.
Todavia, como exceção à regra, as decisões do Supremo Tribunal Federal decorrentes
do controle abstrato de constitucionalidade de normas (ação direta de
inconstitucionalidade, ação direta de inconstitucionalidade por omissão, ação declaratória de
constitucionalidade e arguição de descumprimento de preceito fundamental) por produzirem
eficácia contra todos e terem efeito vinculante; as súmulas vinculantes e as decisões tomadas

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em caráter de repercussão geral, por possuírem incidências direta nas normas jurídicas e
vincular a atuação da administração pública, são consideradas fontes principais, diretas e
vinculantes.

JURISPRUDÊNCIA
EXCEÇÃO
REGRA
Fonte primária
Fonte secundária
Fonte direta
Fonte indireta
Efeito vinculante
Efeito não vinculante

DOUTRINA
A doutrina é o resultado do trabalho dos estudiosos do direito administrativo, expressa
por meio dos livros, que têm o objeto apresentar detalhes sobre as regras do direito
administrativo.
A doutrina é uma fonte secundária e indireta do direito administrativo, pois não
vincula a atuação da administração pública, servindo somente para ajudar o administrador
público a melhor interpretar as normas jurídicas e ajudar o legislador no momento da produção
das regras jurídicas.
A doutrina apresenta vantagens e desvantagens.
Uma grande vantagem da doutrina está relacionada ao fato do direito administrativo não
ser codificado, o que faz com que suas regras estejam espalhadas por diversas normas. Neste
sentido, o trabalho do doutrinador é organizar essa bagunça normativa, compilado as normas
e entendimentos doutrinários de acordo com o seu objeto, o que facilita o trabalho do
pesquisador de algum tema do direito administrativo.
Como desvantagem, cabe destacar que devido ao fato de a doutrina representar o
entendimento de determinada regra do ponto de vista do autor, é comum encontrar alguns
pontos em que os entendimentos são divergentes. Estas divergências podem dificultar um
pouco o entendimento do leitor no início dos seus estudos.
Para tentar sistematizar e melhor explicar o conteúdo das normas de direito
administrativo, as doutrinas podem ser utilizadas como critério de interpretação de normas,
bem como auxiliar a produção normativa.
A doutrina não vincula a atuação da administração pública, ela é só uma fonte de
orientação.
Devido ao fato de a doutrina representar o entendimento do seu autor sobre as regras do
direito administrativo, essa fonte do direito apresenta várias contradições, pois é comum que
em alguns pontos os autores tenham entendimentos distintos de um ou outro instituto jurídico.

Tome cuidado!!!
Já caiu em prova.

Enquanto a jurisprudência tende a nacionalizar o entendimento sobre as


normas, a doutrina tende a universalizar o entendimento sobre as normas.

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COSTUMES
Os costumes, também chamados de praxes administrativas são comportamentos
praticados de forma reiterada pelos agentes públicos diante de determinada situação quando
não existe norma jurídica regulando aquela situação.
Os costumes podem ser utilizados apenas para orientar a atuação administrativa diante
da falta de lei, disciplinado o que deve ser feito em determinada situação.
Os costumes são fontes secundárias, indiretas e não vinculantes da atuação
administrativa do Estado.

SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
Sistemas administrativos são os sistemas utilizados pelo Estado para realizar o controle
de legalidade de seus atos administrativos.
Em decorrência do princípio da legalidade, a atuação do Estado somente pode ser feita
nos termos da lei. Por isso, é importante que exista mecanismos para verificar se os atos do
Estado estão ou não de acordo com a lei.
Esta verificação da legalidade na atuação do Estado recebe o nome de controle de
legalidade.
Neste sentido, os sistemas administrativos disciplinam como é feito o controle de
legalidade da atuação da administração pública.
Os sistemas administrativos são classificados em duas categorias: sistema administrativo
francês e sistema administrativo inglês.
SISTEMA ADMINISTRATIVO FRANCÊS
O sistema administrativo francês, também chamado de sistema da dualidade da jurisdição
ou sistema do contencioso administrativo é um sistema administrativo em que o controle de
legalidade dos atos da administração pública somente pode ser realizado pela própria
administração pública.
Neste tipo de sistema administrativo, o poder judiciário não tem competência para
realizar o controle de legalidade dos atos da administração pública, logo, os atos da
administração pública não podem ser anulados pelo poder judiciário.
Exemplificando melhor, nos países que adotam o sistema francês existem duas justiças
distintas.
Uma justiça é representada pelos órgãos do poder judiciário e tem por finalidade,
somente, o julgamento das causas que envolvem conflitos entre particulares.
A outra justiça é representada por órgãos administrativos não integrantes do poder
judiciário e esses órgãos administrativos têm por finalidade julgar as causas que envolvam a
participação da administração pública, o que inclui os próprios atos da administração pública.
As decisões dessa justiça administrativa têm efeito de coisa julgada, pois não podem ser
revistas pelo poder judiciário, haja vista o fato de o poder judiciário não realizar controle de
legalidade dos atos da administração pública.
O sistema administrativo francês não é o sistema administrativo para controle de
legalidade dos atos da administração pública adotado no Brasil.
SISTEMA ADMINISTRATIVO INGLÊS
O sistema administrativo inglês, também chamado de sistema da jurisdição única ou de
sistema não contencioso, é um sistema administrativo em que o controle de legalidade dos atos
da administração pública pode ser realizado pela própria administração pública e pelo poder
judiciário.

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Neste tipo de sistema administrativo, em decorrência do princípio da autotutela, as


entidades da administração pública podem fazer o controle de legalidade de seus próprios atos,
e em caso de ilegalidade, devem anular os atos ilegais.
Todavia, os atos da administração pública estão sempre sujeitos ao controle de legalidade
realizado pelo poder judiciário enquanto não ocorrer sua prescrição.
Todos os conflitos entre a administração e os administrados, e ainda entre a
administração e os seus agentes podem ser levados até o poder judiciário, e só este tem o poder
de decidir com força de coisa julgada.
É importante observar que neste sistema a administração pode julgar conflitos, porém
mesmo que já tenha julgado ou esteja julgando um conflito, o particular pode acionar o poder
judiciário, e este poderá desfazer o resultado do julgamento feito pela administração pública,
pois as decisões da administração pública não têm força de coisa julgada.
Também é importante destacar que o controle de legalidade dos atos da administração
pública, somente pode ser feito pelo poder judiciário mediante provocação dos interessados.
Os interessados em provocar o poder judiciário podem fazer isso independentemente de
já existir ou não um processo administrativo com o mesmo objeto. Logo, constata-se que, em
regra, os particulares não precisam esperar o exaurimento dos processos administrativos para
recorrer ao poder judiciário.
Art. 5º inc. XXXV da CF: A lei não excluirá da apreciação do poder
judiciário lesão ou ameaça a direito;
Continuando, ainda que as decisões da administração pública não tenham força de coisa
julgada, isso não impede que a administração pública julgue conflitos. Contudo, estes conflitos
podem ser levados para solução perante o poder judiciário, é este quem tem o poder de dizer
qual é o direito aplicável ao caso de forma definitiva.
O sistema administrativo inglês é o sistema administrativo para controle de legalidade
adotado no Brasil.

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