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Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista

IDEALIZAÇÃO

Grande Conselho Estadual da Ordem DeMolay do Estado de São Paulo

COORDENAÇÃO

Fellipe Arias Estrada


Murillo Ferrarez

ELABORAÇÃO

Fellipe Arias Estrada


João Matheus Sábio Ferreira
Mateus Gomes
Ronaldo Vicensotti Bassetto

REVISÃO

Abner Edwin Perico


Eduardo Cacere
Guilherme Scian
Murillo Ferrarez
Pedro Castro
Pedro Sanchez

ILUSTRAÇÃO

Eduardo Cacere
Fellipe Arias Estrada

Grande Conselho da Ordem DeMolay do Estado de São Paulo 2


“Unindo Ideais por Dias Melhores”
Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista

AVISO: Tudo o que será visto a seguir, destina-se ao estudo da Ordem


DeMolay, para pessoas iniciadas e diretamente envolvidas com esta
Ordem.
Se você não for uma destas pessoas, por favor, pare por aqui.
Caso tenha encontrado este material, solicitamos que entre em contato
através do e-mail gs@gcesp.org.br

Este conteúdo pertence ao Grande Conselho Estadual da Ordem DeMolay do


Estado de São Paulo e não deve ser utilizado para fins comerciais ou
reproduzido sem prévia autorização.

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“Unindo Ideais por Dias Melhores”
Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista

PREFÁCIO

Existem tesouros que não tem valor monetário mas que representam
grandes fortunas na vida de uma pessoa. A Ordem Demolay é uma dessas coisas. A
Ordem te abraça como uma amiga, se torna sua família e te acompanha por toda sua
jornada na Terra.

Aquele DeMolay ou Maçom que realmente se dedica e entra de cabeça,


coração e alma nos seus trabalhos tem muito a agradecer pelos ensinamentos,
vivências e aprendizados compartilhados não somente em reuniões capítulares, mas
em cada congresso, cada final de semana, cada encontro e reencontro.

Querendo dar um pouquinho para nossa amada Ordem em troca de


tudo que ela nos deu, criamos a segundo versão dessa apostila, para que possamos
iluminar os estudos de nossos irmãos e sanar algumas dúvidas que sempre pairam
em nossas buscas diárias.

Meu enorme agradecimento ao irmão Fellipe Estrada pela sua enorme


dedicação e abnegação no preparo dessa apostila como Presidente da Comissão de
Ritualistica Estadual. Quando o cargo me foi passado eu já tinha quase tudo alinhado
e nas mais perfeitas condições, assim como uma comissão engajada que nos ajudou e
muito com suas considerações e revisões.

Esse espirito fraterno de trabalho em conjunto representa bem a gestão


do GCESP seja na liderança adulta ou juvenil, onde todos se conhecem, se esforçam
para estar e trabalhar juntos em prol da grande causa que nos reúne: o amor a
fraternidade, servir a Deus, à nossa querida pátria e nossa família.

Murillo G. Ferrarez
Presidente da Comissão de Ritualistica Estadual
2016/2018

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“Unindo Ideais por Dias Melhores”
Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista

INTRODUÇÃO

Estimado irmão, seja bem vindo à Ordem DeMolay! Agora você faz
parte de uma família de cerca de 8 milhões de pessoas ao redor do mundo, sendo
mais de 52 mil membros registrados apenas no Brasil!
Apesar de ser uma das maiores organizações juvenis do mundo, o mais
importante para nós não é a quantidade, e sim a QUALIDADE desses DeMolays. E foi
com esse critério qualitativo que você foi indicado para a Ordem, aprovado por seus
irmãos e finalmente chegou até aqui, após passar por rigorosos processos seletivos.
Saiba que você é muito importante para a nossa Ordem e que contamos
com você como nosso irmão, assim como queremos que conte conosco para o que
precisar!
Nesse primeiro contato com a Ordem DeMolay, recomenda-se o estudo
desta apostila, pois nela está a base para que você possa assimilar o que acontece em
nossas reuniões.
A apostila se divide em dois guias: o primeiro é um guia de
conhecimentos básicos e traz em si as lições primárias para todo aquele que integra a
Ordem. Contém o mínimo que um DeMolay deve saber. O segundo é o guia de
conhecimentos aprofundados. É destinado àqueles irmãos que não se contentam
com o básico, pois são insaciáveis no saber e querem absorver sempre mais.
O conhecimento estará sempre ao seu alcance, basta querer absorvê-lo.
Você perceberá que na medida em que se aprofundar nos estudos, mais interessante
será a reunião, pois você passará a compreender também seu simbolismo, que é
muito profundo e interessante.
Você terá acesso ao calendário e aos telefones dos membros ativos,
para que possa acompanhar as reuniões com assiduidade.
A internet também disponibiliza um vasto material de estudo, porém é
preciso cautela, pois algumas fontes não são confiáveis. Veja algumas fontes
confiáveis:

Supremo Conselho da Ordem DeMolay para Grande Conselho Estadual da Ordem


a República Federativa do Brasil DeMolay do Estado de São Paulo
http://www.demolaybrasil.org.br/ http://www.gcesp.org.br/
http://www.facebook.com/DeMolaybrasil https://www.facebook.com/dmsaopaulo
https://www.facebook.com/GabineteNacional https://www.facebook.com/GabineteSP

Existem ainda várias outras páginas e grupos, mas os oficiais são estes.
Com relação aos demais, tenha sempre atenção ao que for dito, pois não são oficiais.

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IMPORTANTE: lembre-se de NUNCA falar sobre o que acontece na


Ordem DeMolay abertamente, mesmo nas páginas oficiais. O que acontece dentro
do Capítulo fica dentro do Capítulo. Devemos sempre estar atentos com relação aos
curiosos, pois não é incomum alguém se passar por DeMolay para tentar obter
alguma informação interna. Um DeMolay deve ser discreto em suas atitudes e
cuidadoso com suas palavras.
Seja cuidadoso também com o seu material DeMolay, como a apostila,
camisetas, certificados, pins e demais itens que vier a receber. Se algum dia não for
mais utilizar as camisetas com a marca “DeMolay” ou quaisquer outros objetos
relacionados à Ordem, devolva para um dos Conselheiros do seu Capítulo. Camisetas
DeMolay, apostilas, rituais e qualquer outra coisa relacionada a Ordem não devem
JAMAIS ser destinada a doação ou utilizadas por pessoas que não sejam DEMOLAYS,
sob pena de violação do juramento e dos regimentos da Ordem DeMolay.
Adotando uma postura discreta e cuidadosa e DEDICANDO-SE a estar
cada vez mais próximo das sete virtudes cardeais (amor filial, reverência pelas coisas
sagradas, cortesia, companheirismo, fidelidade, pureza e patriotismo), terá ótimos
momentos como iniciático e rapidamente receberá o Grau DeMolay
(aproximadamente 6 meses contados da iniciação).
A elevação para o Grau DeMolay depende da sua presença nas
reuniões, do seu estudo da apostila, da MEMORIZAÇÃO do juramento do Grau
Iniciático e do seu comportamento dentro e fora das reuniões.
Lembre que você será avaliado a todo o momento, por isso empenhe-se
em ser uma pessoa melhor em todos os sentidos. Faça a sua parte
independentemente da postura dos outros DeMolays, seja VOCÊ um exemplo a ser
seguido. Cumpra o SEU juramento!
No mais, aproveite o que a Ordem tem a lhe oferecer! Aproxime-se das
pessoas que antes eram estranhas e agora são seus irmãos; estude sobre simbologia
e ritualística DeMolay; viaje para encontros da Ordem; participe das
confraternizações com os irmãos; aprimore sua oratória; pratique esportes; valorize a
filantropia; aprenda sobre novas culturas; frequente as reuniões; enfim... Viva a
Ordem DeMolay como um verdadeiro DeMolay!
Desejo que faça bom uso deste material e que ele seja uma ferramenta
útil em sua vida. Receba um forte e fraternal abraço de seus novos irmãos e seja
muito bem vindo!

Fellipe Arias Estrada”


Coordenador da Apostila de Estudos
da Ordem DeMolay Paulista

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I. Guia de Conhecimentos Básicos

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SUMÁRIO
1. PRIMEIROS PASSOS…................................................................................ 10

2. O QUE É A ORDEM DEMOLAY? ................................................................. 12


2.1 Grau Iniciático ........................................................................................ 13
2.2 Grau DeMolay ........................................................................................ 13
2.3 Sênior ..................................................................................................... 13

3. HISTÓRIA DA ORDEM DEMOLAY ............................................................... 15


3.1 Onde e quando a Ordem DeMolay foi fundada? ..................................... 15
3.2 A origem do ritual ................................................................................... 16
3.2.1 Os sinais e o juramento ........................................................................... 17
3.3 Nomes importantes na história da Ordem .............................................. 17
3.2.1 Frank Sherman Land ................................................................................ 17
3.2.2 Frank Arthur Marshall.............................................................................. 20
3.2.3 Louis Gordon Lower................................................................................. 21

4. OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS ................................................................... 22


4.1 A vida de Jacques DeMolay..................................................................... 23

5. AS SETE VIRTUDES CARDEAIS .................................................................... 25


5.1 Amor Filial .............................................................................................. 25
5.2 Reverência pelas Coisas Sagradas ........................................................... 26
5.3 Cortesia .................................................................................................. 27
5.4 Companheirismo .................................................................................... 28
5.5 Fidelidade ............................................................................................... 29
5.6 Pureza .................................................................................................... 30
5.7 Patriotismo ............................................................................................. 31

6 SÍMBOLOS INSTITUCIONAIS ....................................................................... 33


6.1 Brasão .................................................................................................... 33
6.1.1. Coroa da Juventude: ............................................................................... 33
6.1.2. Dez rubis:................................................................................................ 33
6.1.3. Diamante ................................................................................................ 34
6.1.4. Cruz Branca ............................................................................................ 34
6.1.5. Círculo Azul............................................................................................. 35
6.1.6. Lua Crescente ......................................................................................... 35
6.1.7. Dez Estrelas de cinco pontas................................................................... 35
6.1.8. Espadas Cruzadas ................................................................................... 36
6.1.9. Elmo ....................................................................................................... 36

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6.2 Bandeira ................................................................................................. 37


6.3 Hino........................................................................................................ 38

7. A ORDEM DEMOLAY E A MAÇONARIA ...................................................... 39

8. ORGANIZAÇÕES AFILIADAS ....................................................................... 41


8.1 Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda.............................................. 41
8.2 Ordem da Cavalaria ................................................................................ 41
8.3 Legião de Honra ...................................................................................... 42
8.4 Chevalier ................................................................................................ 44

9. O COMPORTAMENTO DE UM DEMOLAY................................................... 45
9.1 Código de Ética e Conduta ...................................................................... 45
9.2 Os sagrados princípios da Ordem ............................................................ 46
9.3 Compromissos ........................................................................................ 47
9.3.1 Dias Obrigatórios de um DeMolay ........................................................... 48

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CAPÍTULO 1
PRIMEIROS PASSOS

É natural que durante a sua iniciação você não tenha conseguido


absorver tudo que lhe foi passado. Isso não é um problema, na verdade é muito
comum já que o propósito da iniciação é basicamente simbolizar uma jornada da sua
vida antes da Ordem até uma nova vida como DeMolay. Assim como acontece em
uma longa viagem, não conseguimos lembrar tudo que vimos no caminho, até
mesmo pelo cansaço que ela imprime em nosso corpo.
A iniciação é repleta de momentos surpreendentes e que a princípio
podem não fazer sentido, mas na medida em que você se aprofundar nos estudos,
perceberá que tudo tem uma razão de ser.
É importante lembrar daquilo que você prometeu em seu juramento. O
juramento contém o seu novo Código de Conduta. Deverá viver uma vida baseada no
que você prometeu, pois somente assim será verdadeiramente um DeMolay. Você
receberá em uma folha avulsa, a cópia do seu juramento que deverá ser memorizado
para que você avance para o próximo grau da Ordem, o “Grau DeMolay”.
Caso não se recorde dos toques e sinais que lhe foram demonstrados na
iniciação, não se preocupe, peça para um dos irmãos lhe ajudar a recordar. Procure
memorizar e jamais revele para um não iniciado na Ordem.
Nenhuma reunião DeMolay pode começar ou terminar sem que
voltemos a atenção ao nosso Pai Celestial. Nesses momentos de oração o Mestre
Conselheiro dirá: “Os DeMolays ativos se ajoelharão sobre o joelho esquerdo e todos
os demais permanecerão de pé”. Nesse momento, todos os membros ativos (dos
graus Iniciático e DeMolay), se ajoelharão da seguinte forma:
1. O joelho esquerdo deve tocar o chão, enquanto a perna direita
deve estar erguida.

2. O cotovelo direto deve tocar o joelho direito.

3. A mão esquerda envolve o cotovelo direito. Já a mão direita


deve apoiar a testa levemente.

Tudo será feito com muita tranquilidade, em caso de dúvidas basta


perguntar ou observar os outros irmãos. Raramente os irmãos recém iniciados
acertam a posição nas primeiras vezes, mas não se preocupe, pois terá muito tempo
para aprender.
A forma de se referir às outras pessoas também muda quando você se
torna um DeMolay. Os DeMolays e Seniores DeMolay são chamados de “irmãos”. Por

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exemplo: “Boa tarde, irmão Felipe!”. Já os Maçons e os pais de DeMolays são


chamados de tio/tia. Por exemplo: “Bom dia, Tio Francisco!” ou “Bom dia, tia Rita”.
Durante as reuniões, você verificará que o Mestre Conselheiro utiliza um malhete. Trata-se
de um instrumento que simboliza a autoridade no Capítulo e é utilizado também para
coordenar o Capítulo nas reuniões, tanto públicas quanto secretas. As batidas do malhete
possuem o seguinte significado:

1. Uma batida – todos que estão de pé se sentam.

2. Duas batidas – apenas os oficiais, ou seja, aqueles


DeMolays que usam capas, se levantam.

3. Três batidas – todos os presentes se levantam.

Existem ainda outras práticas que são adotadas no Capítulo e que serão
aprendidas aos poucos, conforme você frequentar as reuniões. No entanto, certas
posturas comportamentais devem ser adotadas a partir do primeiro momento como
DeMolay, por exemplo:
 Jamais trair o juramento DeMolay ou revelar segredo a profano ou a quem
esteja impedido de conhecê-lo;
 Não discutir sobre o comportamento de algum DeMolay na presença de um
não iniciado;
 Seguir as sete virtudes cardeais e o juramento DeMolay;
 Observar a pontualidade nas reuniões e eventos DeMolay;
 Não utilizar o nome da Ordem com o objetivo de obter vantagem ou se
destacar;
 Não organizar eventos ou apresentações utilizando o nome da Ordem sem
permissão do Conselho Consultivo;
 Não usar da palavra ou proferir comentários sem prévia autorização;
 Não trabalhar com desleixo nas cerimônias ou sem as formalidades exigidas
pelos rituais;
 Não alegar a presença em trabalhos ritualísticos para se justificar perante o
mundo profano;
 Não se indispor com Irmão em razão de culto, cor ou raça;
 Jamais negar socorro a Irmão em perigo, podendo prestá-lo.

O mais importante é sempre ter em mente que a partir do momento da


sua iniciação, você não é visto apenas como mais um indivíduo, mas como parte
integrante da Ordem DeMolay, ou seja, o que você faz representa para as outras
pessoas a “atitude de um DeMolay”. As pessoas julgam a Ordem pelos seus
membros, sendo assim, represente seus irmãos com integridade e dignidade. Haja
como um verdadeiro DeMolay.
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CAPÍTULO 2
O QUE É A ORDEM DEMOLAY?

A Ordem DeMolay é uma sociedade discreta patrocinada e apoiada pela


maçonaria desde 1919, que foi criada nos Estados Unidos da América por um Maçom
da cidade de Kansas City chamado Frank Sherman Land.
Para ingressar na Ordem DeMolay é necessário ser do sexo masculino e
ter idade entre 12 e 21 anos, ser de boa índole, crer em uma “Força Maior” e ser
indicado por um DeMolay ou um Maçom.
A Ordem DeMolay possui dois graus, o Grau Iniciático e o Grau DeMolay
e outras organizações vinculadas à ela, chamadas “Organizações Afiliadas”, que tem a
função de congregar pessoas de diferentes idades e que possuem necessidades e
aspirações diferentes. Algumas das organizações afiliadas são: a Ordem Sagrada dos
Soldados Companheiros de Jacques DeMolay – também conhecida como Ordem da
Cavalaria, que se reúne em “Priorados”, a Corte Chevalier, a Ordem dos Escudeiros
da Távola Redonda, entre outras.
Nosso Supremo Conselho define a Ordem como uma instituição que
tem por objetivo criar bons cidadãos que respeitam as leis, que convivem em
harmonia com a sociedade, que auxiliam o próximo em suas necessidades básicas e
educacionais e que, por meio do exemplo, sirvam como modelo a ser seguido por
todos os jovens.
O Capítulo DeMolay é responsável por conceder os Graus Iniciático e
DeMolay e é a célula base de nossa Ordem, ou seja, a Ordem DeMolay se desmembra
em vários grupos espalhados pelas cidades. Cada um desses grupos (Capítulos) possui
um conjunto de Oficiais e compõem um “Grande Conselho”, conforme demonstrado
abaixo:
Supremo
Conselho
(Nacional))

Grande Grande
Conselho A Conselho B
(Estadual) (Estadual)

Capítulo A Capítulo B Capítulo X Capítulo Y


(Municipal) (Municipal) (Municipal) (Municipal)

Nas palavras do Primeiro Diácono na Cerimônia de Iniciação: “O grande


objetivo de nossa Ordem é ensinar e praticar as virtudes que nos levam a uma vida
pura, reta, patriótica e reverente, como a melhor preparação para a maioridade da
qual nos aproximamos. Nós procuramos, sinceramente, ser melhores filhos, melhores
irmãos e melhores amigos, para que, ao chegarmos aos anos da maioridade,
possamos ser melhores homens.”

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2.1 Grau Iniciático

O grau iniciático é o primeiro grau da Ordem DeMolay, nela o recém


iniciado terá o primeiro contato e aprenderá as lições básicas
sobre a Ordem. Neste grau o irmão ainda não possui pleno
conhecimento sobre a instituição, por esse motivo ainda não
está qualificado para ocupar cargos, votar ou indicar novos
membros para a Ordem, no entanto, lhe é garantido o direito à
voz, podendo o irmão iniciático ser ouvido fora da reunião ou
dentro da mesma, quando concedida a palavra pelo Mestre
Brasão do Grau Iniciático
Conselheiro.
Neste grau serão transmitidas lições focadas nas sete virtudes cardeais da
Ordem DeMolay: Amor Filial, Reverência pelas Coisas Sagradas, Cortesia,
Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo.
Nesse período de aprendizagem o irmão deverá frequentar as reuniões
com assiduidade, decorar o juramento e estudar sobre a organização.
Depois de um período dedicado ao estudo e à preparação, e tendo sido
submetido e aprovado no “Questionário para Exame do Grau Iniciático”, você
poderá ser elevado ao Grau DeMolay.

2.2 Grau DeMolay

Neste grau serão apresentados novos segredos e


lições de nossa organização e, além disso, após o
“Questionário para Exame do Grau DeMolay (Exame de
Proficiência)”, você poderá votar e ser votado.
Neste grau você poderá também ocupar cargos,
indicar novos membros e exercer plenamente seus direitos
dentro de um Capítulo. Outra questão que diferencia este grau Brasão do Grau DeMolay
do anterior é que neste o irmão terá acesso às questões administrativas do Capítulo.
As responsabilidades aumentam assim como a missão de fazer o Capítulo
crescer com firmeza e solidez.

2.3 Sênior DeMolay

O Sênior DeMolay é um membro da Ordem que atinge seu vigésimo primeiro


aniversário. O irmão que atinge esta condição tem direito a passar por uma cerimônia
chamada “Cerimônia de Maioridade”, no entanto, esta cerimônia não é um requisito para a
condição de sênior, mas sim o fato do irmão completar 21 anos. A cerimônia de maioridade
deve ser realizada no momento mais oportuno, mesmo que posterior à data do vigésimo
primeiro aniversário.

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Trata-se de uma cerimônia repleta de emoção, seriedade e respeito aos
DeMolays mais velhos, que marca a passagem para uma nova fase da vida do irmão.
Deve ser realizada preferencialmente em reunião aberta ao
público.
Esta cerimônia não é como a elevação que marca a
passagem de um grau. Ser Sênior não é adquirir um grau, mas
sim uma condição deste DeMolay que atingiu a maioridade - que
para a Ordem, diferentemente da maioridade civil ou penal
brasileira, é aos 21 e não aos 18 anos. Brasão do Sênior DeMolay

Há um costume nos Estados Unidos que ainda não está consolidado no


Brasil. Os ex-alunos das universidades, escolas ou colégios norte-americanos se
organizam em grupos com a finalidade de manterem os laços de amizade que criaram
durante o período estudantil. O resultado da formação destes grupos é facilitar
encontros, festas, eventos, proporcionar network profissional, além de ajudar a
escola/faculdade da qual fazem parte.
Alumni é uma palavra em latim que significa ex-aluno e por esse motivo
os alunos formados nas instituições de ensino Norte Americanas, são conhecidos
como alumni (pronunciada em inglês aluminai).
Em sendo uma escola, a Ordem DeMolay tem seu agrupamento de
Alumnis. Foi criado nos Estados Unidos, em 1929, para facilitar as ações sociais dos
Sêniores DeMolays em prol da comunidade. Assim os Seniores DeMolay, podem se
filiar na chamada “Associação DeMolay Alumni Brasil (ADAB). A Associação DeMolay
Alumni pode, e deve, apoiar a Ordem DeMolay.
Agora nessa nova etapa o DeMolay agora chamado de “Sênior
DeMolay” não poderá mais ser cobrado de frequentar as reuniões, a menos que seja
membro do Conselho Consultivo ou desempenhe funções Estaduais e/ou Nacionais
que exijam visitas periódicas a atividades da Ordem.
Um DeMolay que se torna Sênior antes do final de uma gestão
administrativa poderá permanecer no cargo até o final do período administrativo ou
optar por deixar a função e passar de imediato à condição de Sênior DeMolay.
O Sênior também não poderá mais ocupar cargo de oficial, votar ou ser
votado, no entanto poderá continuar manifestando sua opinião sobre os assuntos, ou
seja, continuará com direito à “voz”, além de poder integrar o Conselho Consultivo do
Capítulo.
Ao contrário dos DeMolays ativos, o Sênior DeMolay não caminhará
pelas faixas de movimentação (a não ser que seja conduzido), não descerá ao nível do
Altar, não se ajoelhará nas orações e nem fará os sinais. Ele está obrigatoriamente
dispensado destas práticas.
Basicamente o papel do sênior é supervisionar e aconselhar os irmãos
mais novos para que estes não cometam erros passados e também para que o
Capítulo se desenvolva de uma maneira satisfatória.

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CAPÍTULO 3
HISTÓRIA DA ORDEM DEMOLAY

3.1 Onde e quando a Ordem DeMolay foi fundada?

O Tio Maçom Frank Sherman Land fundou a Ordem DeMolay em Kansas


City, Missouri, EUA, como resultado de sua associação e amizade com o jovem Louis
Gordon Lower.
O pai de Louis havia falecido em decorrência de um acidente em uma
caçada. Deixou o jovem Louis sem a figura paterna em sua vida. Tio Land,
compassivo, sério, tido como destacado líder comunitário, após ouvir Louis, aprendeu
sobre seus sonhos e resolveu ajudá-lo.
Land percebeu que a atenção de Lower não se limitava à sua figura, mas
também a de outros jovens que tivessem pais ou não, buscando o elo do
companheirismo e da amizade. Após esta percepção, Land expôs sua ideia de formar
um grupo para a união de jovens, que discutiriam aspectos e atos como educação,
ajuda e cidadania, incentivando-o e contando com seu apoio para formar um clube
de jovens. Ressaltamos que o clube tinha como objetivo principal a melhora da
cidadania e de seus membros.
Como Land já era Maçom naquela época, pediu permissão aos irmãos
de sua Loja e teve sua primeira reunião com Louis e mais oito amigos no Templo do
Rito Escocês de Kansas City.
Land trabalhava como Diretor de Serviços Sociais. Foi natural, então,
para o grupo se identificar em alguns caminhos com a fraternidade maçônica.
Como todo grupo, este necessitava ter sua própria identidade e um
nome próprio. Land escolhera alguns nomes famosos da história e relatou aos nove
jovens suas vidas e desafios. Nenhum agradou aos jovens. Um dos jovens sugeriu que
a personalidade tivesse uma ligação com a Maçonaria, já que em seu Templo é que se
reuniam.
Depois de Land relatar a história de Jacques de Molay, o grupo achou
muito interessante e adequado ao propósito do grupo, já que o último Grão-Mestre
da Ordem do Templo era um exemplo de virtude, lealdade e tolerância. Por esse
motivo escolheu o sobrenome “de Molay” para seu nome, passando a ser escrito de
forma comprimida: “DeMolay”.
O grupo original de nove jovens era Louis Gordon Lower, Ivan M.
Bentley, Edmund Marshal, Gorman A. McBride, Jerome Jacbson, Willian W.
Steinhilber, Elmer Dorsey, Clyde C. Stream e Ralph Sewell. Como eles tinham planos
para formar sua nova Organização, Land pediu para eles convidarem mais amigos
para a próxima reunião. Trinta e um jovens vieram para a segunda reunião.

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Durante a segunda reunião, Land sugeriu que eles pensassem sobre o


nome da organização mais uma vez. O Grupo escolheu "Conselho DeMolay". Cada
membro prestou seu juramento na Bíblia que Land recebeu por freqüentar a Escola
Dominical.
Louis Gordon Lower foi o 1º a prestar o juramento – tornando-se o
primeiro DeMolay - e a formação inicial dos cargos ficou com Gorman A. McBride
eleito Presidente; Lester Pennington, Vice-Presidente; Louis Gordon Lower,
Secretário; John Miller, Tesoureiro; e Clyde Stream, Guardião-das-Armas. Os nomes
dos cargos posteriormente, em 16 de Setembro de 1919, foram alterados e
estabelecidos na forma atual.
Em 24 de Março, foi o dia histórico da fundação da Ordem DeMolay.
Durante as semanas seguintes e ao longo do tempo, 18 de março, a data que no
passado testemunhou a morte de Jacques de Molay, passou a ser a mais comumente
usada. A morte de Jacques de Molay e o nascimento do clube pareciam sinônimos e
quando esta significante data tornou-se parte da ritualistica deles, a data de 18 de
março passou a ser usada para lembrar os dois eventos. Esta data estava para sair das
sombras da história para se tornar um marco no tempo, simbolizando a data da
fundação da Ordem DeMolay.

3.2 A Origem do Ritual

Tio Land pediu a um grande amigo e líder Maçom para escrever o Ritual,
Frank Arthur Marshal, escritor editorial do Jornal de Kansas City.
Land providenciou a filosofia e princípios para serem embutidos no
ritual, e Marshal forneceu a imaginação e a habilidade de escrever. O resultado foi o
Grau Iniciático e o Grau DeMolay.
O Ritual é eterno, pegando os principais pontos de uma vida boa e de
caráter e presenteando-os em um significativo caminho. Os Rituais foram utilizados
pela primeira vez em 1919, e hoje eles continuam basicamente os mesmos. Em
essência, é o mesmo em todos os Capítulos DeMolay do mundo.
O primeiro uso dos Oficiais Capitulares, como nós conhecemos hoje, foi
em 16 de Setembro de 1919. Averill C. Tatlock foi o Mestre Conselheiro; Harry A.
Carpenter, o 1º Conselheiro, Louis G. Lower, o 2º Conselheiro. Esses títulos, e a
expansão do número de Oficiais, foi diretamente resultado do Ritual DeMolay escrito
por Frank A. Marshal.
O Ritual foi completado e usado como trabalho de grau pela primeira
vez no Templo do Rito Escocês em Kansas City em 27 de Setembro de 1919. Na
reunião regular de 2 de Dezembro de 1919, Louis G. Lower, o primeiro DeMolay, foi
eleito Mestre Conselheiro. Ele foi instalado em 23 de Dezembro de 1919.
Por todo o narrado, é inegável que a busca pelo aprimoramento

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ritualístico deve ser algo constante, tanto pelo respeito ao Tio Frank A. Marshal,
quanto aos demais irmãos espalhados pelo mundo. Uma das funções do ritual é a
padronização, de modo que um DeMolay do outro lado do mundo se sinta em casa
ao frequentar nossos Capítulos.

3.2.1 Os sinais e o juramento


A Ordem DeMolay difere de maneira significativa de outras
organizações de cunho juvenil principalmente por dois motivos: o apoio maçônico e a
presença de um ritual. Poucas ordens iniciáticas possuem este incentivo e esta
grande responsabilidade, haja vista que a Maçonaria Universal é uma das mais
conceituadas e tradicionais Ordens Iniciáticas do mundo.
Por termos origem no seio da família Maçônica, nossa ordem também
possui significativas heranças da mesma, não só pelo caráter e pelos bons costumes
que são exigidos de todos nossos membros, mas também pela sua profunda carga
filosófica e simbólica.
Neste vasto reino, que é o simbolismo, inicialmente se destacam duas
dimensões: os sinais e o juramento que foram apresentados na Iniciação. É o
primeiro contato que o novo membro cria com a Ordem, e possuem significativa
importância, que por vezes passa despercebida.
Além da garantia de que aquele que saiba o sinal e o juramento seja um
membro da Ordem, sendo uma função de identificação, estes símbolos devem
sempre garantir, por sua manifestação, de que aquele que dele se utilize tenha
sedimentado em seu coração os fundamentos essenciais da Ordem. Por isso é pré-
requisito para que os irmãos se elevem ao Grau DeMolay que os saibam
memorizados, garantindo assim o uso pleno de seus direitos como membros
genuínos da Ordem DeMolay.
Por questões de segurança, não colocaremos aqui os sinais e o
juramento, mas busque junto aos conselheiros de seu Capítulo a melhor forma de
decorá-los, pois na nossa mente estarão seguros.

3.3 Nomes importantes na história da Ordem

Existem três importantes nomes, que fazem parte dos primórdios da Ordem
DeMolay, e que todo DeMolay, deve conhecer. A seguir falaremos um pouco sobre cada um
deles.

3.3.1 Frank Sherman Land


Frank Sherman Land nasceu em Kansas City, estado de Missouri nos
Estados Unidos da América, no dia 21 de Junho de 1890 e com dois anos mudou-se
para Saint-Louis.
Lá foi presenteado com uma Bíblia, sobre a qual anos mais tarde os
primeiros DeMolays fariam o seu juramento. Com apenas 10 anos de idade, juntou

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“Unindo Ideais por Dias Melhores”
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alguns amigos e começou a lhes transmitir ensinamentos bíblicos.
Pouco tempo depois os negócios do pai de Land acabaram falindo,
tendo este buscado o consolo nas bebidas e a vida familiar tornado-se insuportável, a
única solução seria a separação.
A avó de Land convidou sua mãe, ele e seu irmão para morar com ela
em Kansas City, assim a família acabou vivendo sem a figura masculina, o que mais
tarde seria a inspiração de Frank S. Land para a criação da Ordem DeMolay.
Land terminou o ginásio em Kansas City. Na
primavera de 1907, sua avó teve a brilhante ideia de
montar um negócio familiar, para custear a continuação
dos estudos do seu amado neto, que consistia em um
restaurante. Em 1908, Land começou seus estudos no
Instituto de Artes de Kansas City, onde conheceu sua
futura esposa. Com 18 anos comprou todas as ações do
restaurante de sua família, estabelecendo-se como único
dono e tornando-se assim, um respeitado líder da Frank Sherman Land, fundador da
Ordem DeMolay
comunidade.
Bem cedo já demonstrava seu espírito de liderança. Sempre possuiu uma
vida religiosa muito ativa. Desde criança, na Igreja, e junto com os ensinamentos de
sua mãe, Frank Land conheceu a importância de uma filosofia de vida repleta de
virtudes.
A Escola Dominical da Igreja Congregacional de Fountain Park, em St.
Louis, proporcionou a este jovem os meios para sua primeira inclinação a conquistas
e distinções. Recebeu de presente uma Bíblia por ter dez anos de frequência
ininterrupta à Escola Dominical.
Em Kansas City, ele completou seus estudos e tomou parte ativa em
atividades de Igreja e Cívicas. Quando atingiu 19 anos, havia se tornado um dirigente
de restaurante de sucesso e, como artista amador, ele era o espírito vivo na
organização para embelezar a cidade.
Aos 21 dias de junho de 1911, completou 21 anos e recebeu um
envelope de sua avó que mudaria sua vida para sempre. Nele estava escrito: “Seu avô
era maçom, ele amava a maçonaria e eu ficarei feliz se você entrar. Em memória do
seu avô e como meu presente, você encontrará o dinheiro necessário para sua
iniciação. Faça o que seu coração mandar, mas ficarei muito feliz se você fizer isto".
No dia 25 de abril de 1912, Land fora iniciado e rapidamente exaltado
ao Grau de Mestre.
Frank S. Land era muito ativo na Maçonaria e com 25 anos de idade foi
nomeado Diretor do Bureau de Serviços Sociais do Rito Escocês.
Idealizou e no dia 24 de Março de 1919 fundou a Ordem DeMolay, em
Kansas City, sua cidade natal.
Foi Presidente do Conselho dos Cavaleiros Kadosch Jacques de Molay e,
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“Unindo Ideais por Dias Melhores”
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Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista
presidiu, em 1931, o Templo Ararat da "Ancient Arabic Order of the Nobles of the
Mystic Shrine".
Ele foi agraciado com o Grau 33 da Maçonaria (Rito Escocês Antigo e
Aceito), na idade quase sem precedentes de 35 anos. Seis anos depois foi eleito Grão-
Mestre da Grande Loja do Missouri. Em 1954 assumiu o cargo de Potentado Imperial
do Conselho Imperial do Shrine da América do Norte, e em 1954 foi premiado com a
primeira Medalha Internacional de Ouro do Real Arco, pelo Grande Capítulo Geral
dos Maçons do Real Arco (Rito de York).
Frank Land foi diretor, consignatário e membro de inúmeras diretorias e
conselhos. Recebeu diversas honrarias, porém sempre se dedicou à Ordem DeMolay.
Foi designado Cidadão Extraordinário em uma mensagem Oficial pelo então
Presidente dos Estados Unidos, o General Dwight D. Eisenhower, em 1958.
No ano de 1959, Tio Land fora diagnosticado de uma doença chamada
esclerodermia, que lhe deixava com profundas inflamações nas mãos e dedos, mas
mesmo assim continuou ativo na Ordem. Contudo, já prenunciavam o começo do
fim. As dores nos braços e mãos agravaram-se, juntamente com uma interminável
gripe, decorrente dos dias frios. Viajou para um lugar com um clima mais quente, a
conselho médico, e em seguida fora internado, regressando no começo de junho para
Kansas City. Voltou ao escritório sempre dizendo que precisava terminar seu
trabalho, mas a cada dia piorava seu estado de saúde. Foi avisado que deveria
permanecer em repouso, mas deu continuidade aos trabalhos da Ordem. Cada vez,
se tornava mais difícil comparecer ao escritório e no final de outubro não podia mais
sair de seu apartamento. No dia 3 de novembro, sentiu-se mal e foi levado ao
hospital, onde foi constatada a presença de um edema pulmonar. Faleceu no dia 8 de
novembro de 1959, quando seu espírito passou para o mundo das sombras e da
inconsciência, vítima do edema.
Os registros comunicam que a sua morte chocou o mundo inteiro. Seus
funerais foram acompanhados por mais de 1000 pessoas. Homens, mulheres e,
principalmente jovens, que tiveram suas vidas dignificadas pelo honroso trabalho de
Frank S. Land, nos excelsos princípios que aprenderam no Altar de seus Capítulos.
Tio Frank não teve filhos, mas deu a milhões de jovens o que todo pai
gostaria de dar ao seu: um ideal, um sonho, a vontade de fazer do mundo algo
melhor.
Seus restos mortais encontram-se no cemitério de “Monte Moriah”, ao
lado dos de sua amada esposa Nell, que no anonimato de sua vida colaborou de
maneira extraordinária para o sucesso da Ordem Demolay, e a quem também
devemos prestar nossas homenagens. Os Capítulos DeMolays devem se lembrar da
importância do dia 8 de Novembro em seus calendários sendo, portanto, um “Dia
Obrigatório”.
Uma de suas frases mais famosas foi: "Se trabalharmos sobre o
mármore, um dia ele acabará. Se trabalharmos sobre o metal, um dia o tempo o

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“Unindo Ideais por Dias Melhores”
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Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista
consumirá. Se erguermos templos, um dia se tornarão pó. Mas se trabalharmos sobre
almas jovens e imortais, se nós as imbuirmos com os princípios do justo temor ao
criador e amor à humanidade, daqui a cem anos pouco importará o quanto tenhamos
acumulado no banco; que tipo de casa, palacete ou carro possuímos. Mas o mundo
poderá ser diferente, talvez porque fomos importantes na vida dos jovens."
Sua incrível trajetória de vida resultou na publicação do livro "Hi, Dad!",
que conta sua história de maneira mais aprofundada.

3.3.2 Frank Arthur Marshall


Infelizmente, muito pouco se encontra na literatura da Ordem sobre
este homem brilhante que foi o Tio Frank Arthur Marshall, e neste estudo
particularmente voltado a questão de ritualística, não poderíamos deixar de
mencioná-lo.
As cerimônias escritas pelo Tio Marshall
foram elaboradas com tamanha profundidade esotérica
que assusta por vezes todos aqueles que se dediquem a
entender o caráter simbólico da Ordem DeMolay,
questionando até mesmo se é correto entregar rituais
tão sagrados nas mãos de jovens.
O Tio Marshall nasceu em Leavenworth,
Kansas, em 13 de novembro de 1865, quando esta
Frank Arthur Marshall, idealizador
comunidade era um dos postos da fronteira oeste dos do Ritual DeMolay
Estados Unidos e onde passavam viajantes, soldados, índios, e todos aqueles que
procuravam novas terras no fértil, porém árido solo onde viviam búfalos e os “Peles
Vermelhas”.
Desde cedo, Marshall tinha um forte gosto por estudos e leitura,
ficando interessado por qualquer matéria da cultura geral, e as vezes deixando até de
brincar para poder estudar.
Durante a Faculdade, Marshall demonstrou sua capacidade de escrever
e, depois de formado, foi trabalhar como reporter para o Leavenworth Timers. Em
1891 começou a trabalhar no Kansas City Journal, onde permaneceu por 37 anos.
Ao longo do tempo Marhsall trabalhou como repórter, redator,
dramaturgo, crítico de artes e música, editor municipal, e por mais de 20 anos foi
Editor Chefe do Jornal.
Muito cedo em sua vida tornou-se maçom. Foi iniciado em uma Loja
Simbólica em Nova Iorque, trabalhando no Rito de York e frequentando o Rito
Escocês. Era membro de diversas ordens paramaçônicas, sendo Shriner e
participando da Organização da “Ordem das Estrelas do Oriente”, ordem para
senhoras.
Por ser seu amigo e por conhecer a capacidade do Tio Marshall, o Tio
Land lhe entregou a missão de criar a estrutura ritual da Ordem DeMolay. Tio
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“Unindo Ideais por Dias Melhores”
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Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista
Marshall faleceu 12 anos mais tarde, e nestes doze anos criou o que é o Simbolismo
da Ordem DeMolay. Sua dedicação a Ordem era tamanha que, por ser membro do
Supremo Conselho, não seguiu as recomendações de seu médico, que o aconselhou a
não ir ao Encontro do Supremo Conselho em 1931. Mesmo estando muito doente fez
a viagem e participou do encontro. Entretanto, em seu retorno, seu quadro se
agravou e ele veio a falecer.

3.3.3 Louis Gordon Lower


Ao mencionar os nomes de destaque da
formação da Ordem DeMolay, não podemos deixar de
incluir o nome de Louis Gordon Lower, o primeiro
DeMolay.
Em janeiro de 1919, Tio Frank recebeu um
telefonema de San Freet, 2.º Vigilante da Loja Ivanhoé,
solicitando um emprego para o jovem Louis Gordon Lower
de 16 anos, filho do Maçom Elmer E. Lower, falecido há
um ano, que precisava ajudar sua mãe e também
continuar seus estudos. Louis Gordon Lower, o 1º DeMolay
Land pediu para ele mandar Louis no dia seguinte após as aulas e assim
foi feito. Já nos primeiros momentos perceberam afinidades entre eles e a partir daí
começava a experiência comum que os uniria cada vez mais no futuro.
Louis falou sobre sua vida, seus sonhos, sua família, seus estudos e seu
desejo de encontrar trabalho. Land respondeu que o emprego já estava assegurado,
enquanto pensava e observava Louis, com seu porte elegante, as maneiras educadas,
e a simpatia que irradiava, que se tivesse tido um filho gostaria que fosse igual a Louis.
Louis passou a chamar Land de "Dad" - expressão inglesa, coloquial,
carinhosamente utilizada como referência à figura do pai natural ou alguém que o
represente, assim como utilizamos a palavra “tio” no Brasil - e recebera de Land o
apelido de "Louie".
Neste dia depois do jantar em casa, tia Nell, esposa do Tio Land
comentou: "Frank, alguma coisa aconteceu hoje. Parece que você encontrou um
amigo há longo tempo perdido”.
"Nell", respondeu Land; "não um amigo perdido, mas um novo jovem
amigo”.
Nell então disse que seria bom que ele viesse um dia visitá-los e que
trouxesse com ele alguns amigos.
A consequência dessa aproximação foi a idealização e fundação da
Ordem DeMolay pelo Tio Frank Sherman Land, sendo Louis Gordon Lower o primeiro
a prestar o juramento para se tornar um DeMolay.

Grande Conselho da Ordem DeMolay do Estado de São Paulo 20


“Unindo Ideais por Dias Melhores”
Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista
CAPÍTULO 4
Os Cavaleiros Templários

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de


Cristo e do Templo de Salomão (em latim: "Ordo
Pauperum Commilitonum Christi Templique
Salominici"), conhecida como Cavaleiros Templários,
ou Ordem do Templo (em francês: Ordre du Temple,
ou Templiers), foi uma das ordens militares de
Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois
séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da
Primeira Cruzada de 1096, sendo fundada em 1118
por Hugo de Payens, com mais oito cavaleiros e o
Rei Beduíno II. Foi oficializada pelo Papa Honório II
no fim do ano de 1128, e reconhecida pela Igreja Católica, com o propósito original de
proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua
conquista. Também era conferido a eles o poder - e dever - de proteger as estradas
entre Jerusalém, e Acre.
A oficialização da Ordem garantiu a ela a isenção de impostos de origem
cristão-europeia, com isso obteve um grande aumento de poder, influência e posses
de bens e terras, tornando-se a maior ordem militar Católica da época. Com o
contato frequente com a cultura árabe, a Ordem obteve grande conhecimento sobre:
matemática, alquimia, filosofia árabe (cuja influência principal à está era aristotélica),
simbologia, música, e arabesco.
Os Templários, com este vasto poder e informação em mãos,
começaram a sintetizar seus conhecimentos em uma nova forma de saber, que
seguia sobre influências católicas, árabes, muçulmanas, hebraicas, egípcias, sumérias
e gregas, além dos respectivos pensadores de tais culturas, resultando em um
conhecimento simbólico que remete à verdade universal, a Deus e aos estudos
teológicos cabalísticos.
Essa nova forma de saber, trouxe ainda mais riquezas para a Ordem.
Após um tratado com a Igreja Católica, esta começou a reverter suas riquezas em
construções para o povo europeu cristão, por toda Europa e Terra Santa, além de
disseminar a cultura para as instituições do Vaticano, assim como a arte marcial
desenvolvida por eles, e suas técnicas de estratégias.
Como banqueiros de reis e grandes senhores de terras, exerceram
grande influência nos governos da época, sendo os pioneiros no uso de algo muito
parecido com nossos cheques e cartões de crédito. Desenvolveram uma forma
primária de contagem de moedas, e transferência de bens, que foi uma forma arcaica
de banco e agenciamento de bens, possibilitando imensos avanços na sociedade
dominada pela Igreja Católica. Um peregrino poderia entregar seus valores numa
Casa Templária para viajar mais despreocupado e quando chegasse ao seu destino
poderia retirar a quantia depositada, sendo que parte deste valor era revertido à
título de translado e proteção para os Cavaleiros Templários. De tão ricos e
poderosos, acreditava-se que eles seriam capazes de criar um estado independente
somente para a Ordem.
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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista
A Ordem começou a entrar em declínio após vários empréstimos a reis
e instituições europeias que não honraram suas dívidas. Com isso, a Ordem começou
a enfraquecer e como consequência, vieram as primeiras derrotas
A principal derrota aconteceu em 1291, quando os mulçumanos
conquistaram São João de Acre, a última cidade cristã na Terra Santa, o que levou ao
deslocamento de muitos de seus membros de volta à Europa. As derrotas sofridas
pela Ordem reforçaram a ideia nos altos escalões do clero de que os Templários já
não cumpriam sua missão de liberar e proteger os caminhos para Jerusalém.
A partir desse período começaram as perseguições por parte do rei
Felipe IV, o Belo, que, incomodado pela autonomia e poder da Ordem, e
grandemente endividado com a mesma, toma diversas medidas para dominá-la, a fim
de obter suas riquezas, e conhecimentos.
Sem alcançar seus objetivos, Filipe IV decreta a dissolução da Ordem e a
prisão de seus líderes. Dentre os prisioneiros estava o último Grão Mestre da Ordem
dos Templários – Jacques de Molay.
Jacques teve a oportunidade de entregar seus companheiros e as
riquezas da Ordem para se esquivar da morte, mas ao contrário do que pretendia o
rei, Jacques negou revelar os segredos da Ordem. Junto com os demais Templários
capturados, passou por anos de torturas, interrogatórios abusivos e confissões
forjadas e, ao final, foram sentenciados a morrerem queimados na fogueira em 18 de
Março de 1314.
Com base na história deste mártir que foi um verdadeiro exemplo de
lealdade e companheirismo, os membros fundadores da nossa Ordem acharam por
bem adotar seu sobrenome, chamando-a de Ordem DeMolay. É importante destacar
que a Ordem dos Templários é uma organização distinta da Ordem DeMolay.

4.1 A vida de Jacques de Molay

O homem que deu nome a Ordem


DeMolay nasceu em Vitrey, região do Haute
Saone, Sul da França, em 1244. Ao completar 21
anos, entrou para a Ordem monástico-militar
dos Pobres Soldados de Cristo e do Templo de
Salomão, organização que recebeu a sanção
papal em 1128 com o intuito de fazer a proteção
dos caminhos da Terra Santa.
Esta Ordem de Cavalaria de
monges que também pegavam em armas para
defender as porções cristãs do Oriente tornou-se
famosa não somente pela sua bravura e agudez
estratégica, mas também porque recebeu várias
doações de terras e outras riquezas para
manterseus trabalhos.
Jacques de Molay, último Grão Mestre da Ordem Em 1298, Jacques de Molay subiu ao
do Templo
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posto de Grão-Mestre da Ordem do Templo. A situação era um tanto complicada,
pois com a perda da Terra Santa, a Ordem tinha perdido sua razão de ser e
concentrava um grande contingente de homens e de imensas riquezas, porém não
podiam ser aplicadas porque ainda que consideráveis não poderiam bancar uma nova
cruzada. A Ordem esperava o apoio do povo, do clero e dos reis europeus.
Tal apoio não veio. Ao invés disto, a Ordem que se concentrava em
Chipre, assistiu a cobiça do Rei Francês Felipe IV, o Belo e sua tentativa de fundir os
Templários com os Hospitalários (esta Ordem também ligada ao socorro de feridos)
para controlar ambas e livrar a França de dívidas, além de tornar-se o monarca mais
poderoso da Europa. Nesta época, ele já tinha sob sua influência o Cardeal Bertrand
de Got, que assumiu o nome e título de Papa Clemente V, mantendo-o em Avingnon,
França.
Em 13 de outubro, uma sexta-feira, ordens até então secretas foram
executadas por Guillaume de Nogaret, chefe da guarda real francesa. Elas
determinavam a prisão de Jacques de Molay e todos os Templários que fossem
encontrados sob a acusação de heresia e traição. Os Cavaleiros não resistiram e
foram levados, inclusive o Grão Mestre, para os calabouços onde os que aguentaram,
foram torturados por sete anos vivendo à míngua.
Após ser tão torturado, Molay já tinha sido obrigado a confessar falsos
crimes e atitudes inimagináveis para a ética e disciplina Templária, porém jamais
entregou a localização dos demais ou o paradeiro das riquezas da Ordem. Contudo,
no julgamento final, ao ouvir as acusações e prestes a se definir a sentença, negou as
acusações voltou atrás nas confissões
denunciando perseguições e torturas
sofridas por ele mesmo e por seus
irmãos de Ordem.
Tal procedimento era
punido com a fogueira, o que Jacques
de Molay teve de enfrentar
juntamente com o Preceptor da
Normandia, Geofroy de Charney,
numa praça chamada “Square du Vert
Galant”, localizada na parte ocidental Square du Vert Galant em Paris, França.

da “Île de la Cite” em frente a Catedral de Notre Dame de Paris, na França, no dia 18


de março de 1314, diante da multidão perplexa.

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CAPÍTULO 5
AS SETE VIRTUDES CARDEAIS

A palavra virtude tem origem do latim “virtvs”, que significa força viril.
Conceitualmente, virtude é uma qualidade moral particular, ou seja, é a disposição de
um indivíduo de praticar o bem. Não é apenas uma característica, trata-se de uma
verdadeira inclinação. As virtudes são todos os hábitos constantes que levam o
homem para o caminho do bem. Há diferentes usos do termo, que estão
relacionados com a força, a coragem, o poder de agir, a eficácia ou a integridade da
mente.
Virtude é um conceito que remete para a conduta do ser humano,
quando existe uma adaptação perfeita entre os princípios morais e a vontade
humana. Há virtudes intelectuais, que são ligadas à inteligência e as virtudes morais,
que são relacionadas com o bem.
A virtude intelectual consiste na capacidade de aprender com o diálogo
e a reflexão em busca do verdadeiro conhecimento. A virtude moral, por sua vez, é a
ação ou comportamento moral, é o hábito que é considerado bom de acordo com a
ética. A ideologia da Ordem DeMolay é baseada em sete virtudes cardeais, ou seja, as
qualidades bases para formação do caráter do jovem.

5.1 Amor Filial

Na Cerimônia de Iniciação, ao primeiro dos Preceptores é atribuída à


guarda da joia do Amor Filial, e nos é dito que: “Nenhuma virtude é mais adequada
do que esta joia ao jovem que passou protegido os seus anos de infância e meninice.
Muitos poetas e profetas, mestres e filósofos já escreveram sobre isso e Deus mesmo
deixou gravado nas Tábuas da Lei o seu mandamento sublime: ‘Honrarás teu pai e
tua mãe’. Chegamos à idade na qual estamos propensos a esquecer os sacrifícios que
nossos pais têm feito por nós e talvez nos sintamos envergonhados de demonstrar o
afeto que todos os bons filhos sentem em seus corações.
Estamos ansiosos para atingir nossa maioridade, porém não há nada
que desabone o filho que ama seu lar e seus pais, recordando com gratidão a dívida
que não poderá pagar, porém que poderá ser retribuída mediante a consideração, a
cortesia, o carinho e a obediência afetuosa e reverente. Que esta joia jamais perca
seu brilho sobre a Coroa da Juventude por desobediência ou negligência egoísta e, ao
contrário, aumente cada vez mais seu brilho com o passar dos anos.”.
Já na Cerimônia da Luz nos é dito que: “A primeira vela simboliza o
amor entre pais e filhos, aquele amor que já existia antes mesmo de nascermos, que
permanece conosco durante toda a nossa vida e que nos seguirá até mesmo além do

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túmulo. Os sábios chamavam este amor de ‘ágape’, amor sem nenhuma outra razão,
se não a de existir.”.
Por um ato de amor duas pessoas se unem e continuam a obra do
Criador, juntando sementes que fertilizam, gerando o milagre da vida. A concepção é
um ato que independe da vontade de quem o pratica e muito menos do ser criado.
Assim todos os seres vivos nascem, tendo nos pais a junção de dois opostos, dos
quais todos são filhos. Portanto a fecundação é um ato único e imutável, trazendo
dentro de si todas as características básicas e fundamentais de cada ser. Após este
ato sagrado da fecundação, entra em desenvolvimento, lento e gradual, mas perfeito,
de onde em pouco tempo o nascimento se dá e alguém passa a existir. Assim se torna
filho, pois a vontade de dois seres, a quem se deve a vida, se fez presente, a quem se
presta tributos por toda uma existência.
O desenvolvimento faz com que se passe a conhecer os pais,
respeitando-os, pais que não são escolhidos, mas que são amados pelas relações
cotidianas, sendo as primeiras pessoas conhecidas e amigas. Todas as virtudes e
limitações (riqueza ou pobreza) dos pais o dia-a-dia revela, e os filhos adaptam-se e
convivem formando um lar, uma família, onde todos se defendem e se amam.
Os pais mantêm seus filhos até que os mesmos possam se manter,
consumindo a si mesmo para que os filhos tenham a plenitude da vida. Neste afã
perdem a vitalidade, mas enquanto vivos estão ao redor dos filhos com toda
dedicação e apoio. Por mais miserável que um filho possa ser, para os pais é a melhor
pessoa.
Amar os pais e a família é atributo natural de todos os filhos, que tem
como recompensa única, ser bom filho, coroando a existência pela felicidade de ter
sua família feliz.

5.2 Reverência pelas coisas sagradas

Ao segundo Preceptor é atribuída a guarda da joia da Reverência pelas


coisas sagradas, e nos é dito que: “Assim como somos filhos de pais terrenos, somos
também do Pai Universal. Meus Irmãos, em nosso Capítulo, não ensinamos nenhum
credo religioso. Suas opiniões religiosas são sagradas e a vocês pertencem. Porém,
encarecidamente, vos pedimos para não esquecer a santidade da Fé, a beleza da
humildade e a confiança na bondade de Deus. Procuremos ser filhos fiéis do Pai
Universal. O Mundo respeita mais a vontade do jovem que tem profundas
convicções religiosas e que tem a coragem de viver de acordo com as normas de
moral baseadas na certeza de que todas as bênçãos deste mundo provêm de Deus.
Recomendo-vos desfrutar da companhia dos devotos, não só para frequentar os
lugares de adoração, mas para pôr em prática esses ensinamentos em vossas

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próprias atividade diárias. Que esta joia resplandeça com mais brilho até o dia de
vossa perfeição.”.
A Cerimônia da Luz nos diz que “A segunda vela é o emblema da
reverência por tudo àquilo que é sagrado. Um jovem atravessando o limiar da Ordem
DeMolay pela primeira vez, professa uma profunda e permanente fé, em um vivo e
verdadeiro Deus. Sem esta inabalável fé e a graça de nosso Pai Celestial, nossos
trabalhos seriam em vão.”.
A harmonia da Natureza com os incontáveis planetas e todos os seres
habitantes do Universo, com bilhões de anos, evoca e torna presente o Pai Celestial
que tudo criou e cuida para que nada falte. Diante de tal quadro a reverência por
tudo que é sagrado, nos torna minúsculos seres diante da grandiosidade do Universo
que nos rodeia. O ato de ajoelharmos mostra o reconhecimento por algo que está
além da própria compreensão, mas as evidências do Ser maior se faz presente e
reconhecemos o bem que Ele nos deu.
Trabalhar para manter este equilíbrio perfeito nos leva a reconhecer
que o Universo nos pertence e a ele devemos nos dedicar. A religião, seja ela Cristã,
Budista, Islâmica ou qualquer outra , traz em sua filosofia a busca desta perfeição,
através da Liturgia, da exegese da Doutrina e dos seus símbolos maiores, a visão
Divina do Criador em relação à criatura.
Buda sentado representa o estado de reflexão, que é à volta sobre si
mesmo, para buscar a identificação de tudo que o cerca e elevar através de sua
sublimação a projeção do ser Maior, que é Deus. Cristo na Cruz com os braços
abertos demonstra o amor por toda a criação do Pai, marcando a intercessão
horizontal e a vertical, o encontro do Espiritual com o material, provocando a
elevação da matéria em direção ao espírito sobrenatural. Esta visão do sagrado e do
místico nos leva à oração, único meio de nos encontrar com o Pai.
A reverência é uma posição de humildade e respeito à grandeza do Pai
Celestial, levando-nos à abertura e ao desprendimento, nos predispondo a servir ao
Pai Celestial e à humanidade, para crescermos juntos com nossos semelhantes e com
o meio em que vivemos, sem nada destruir, mas sim construir um mundo melhor
para nós e para toda a humanidade, reconhecendo nossa capacidade e nossa
limitação, provando que além do Universo existe algo que está acima da existência
efêmera. Assim, ao reverenciarmos as Coisas Sagradas, que estão acima de nossa
compreensão, reconhecemos nossa grandeza e pequenez, mas prestando um tributo
ao Pai Celestial.

5.3 Cortesia

A joia da Cortesia é legada ao terceiro Preceptor, e nos é dito que: “Não


basta o cenário místico para conter todas as Virtudes Cardeais que envolvem e
completam o caráter humano, mas, certamente, a Cortesia não pode ser omitida
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dessa lista – a cortesia para com nossos pais, os desconhecidos, os velhos; para com
todas as mulheres, com nossos amigos, com todos aqueles com quem tratamos.
Todos somos culpados quando não dispensamos amabilidade para os amigos, e
mesmo aos desconhecidos, e ainda mais quando em nossas casas, deixando de lado
aquela cortesia, gentileza e consideração que são o fundamento das classes sociais.
Nenhum homem, jovem ou velho, é realmente educado se não é cortês e cuja
cortesia não é natural sendo esta artificial e mentirosa.”.
Na Cerimônia da Luz nos é dito que: “A terceira vela representa a
cortesia, uma cortesia que transcende as amizades; que alcança os desconhecidos, os
mais velhos e todos os homens. É esta cortesia que traz um sentimento caloroso, e
um sorriso que torna esta vida mais agradável para o próximo, pois ilumina o
caminho diante de nós.”.
A intercessão com o meio em que vivemos, reconhecemos o meio físico
e social onde estamos, nos proporciona segurança e ao mesmo tempo passamos a
respeitar tudo e todos pelo conhecimento, pois não gostamos daquilo que não
conhecemos, portanto o estudo do nosso meio geográfico e social nos torna
inteirados de tudo que precisamos para a própria sobrevivência e também lutar pela
manutenção e melhoria dos outros que nos cercam.
O estudo das ciências em geral, tais como matemática, geometria,
história, religião, filosofia, sociologia, etc. concretiza nossa formação particular, para
que tenhamos uma visão global do homem e do Universo.
A estrutura familiar é a base fundamental da formação do caráter de
cada um, portanto a família, como célula mater, nos coloca no meio social, aonde
vamos nos relacionar cultural e socialmente, marcando nosso comportamento
individual que é marcado pelo respeito mútuo, vendo em cada ser a imagem perfeita
do Pai Celestial.
A educação é que nos traz o conhecimento e nos satisfaz pessoal e
socialmente, além de nos elevar a uma visão perfeita de tudo que precisamos para
respeitar os outros e a nós mesmos, nos dando capacidade de ter um tratamento de
respeito, sem desprezarmos nada e ninguém, levando-nos ao conhecimento de
nossos próprios limites, onde não interferimos no espaço do outro e reconhecemos
que tudo é bom - nós é que precisamos ser melhores.

5.4 Companheirismo

A joia do Companheirismo é mantida pelo quarto Preceptor, e nos é


dito que: “Ser amigo certo e fiel é demonstrar uma verdadeira virtude, que adorna
nossa natureza humana. A história se glorifica com a amizade de Davi e Jonatas, de
Damon e Pythias, e de outros históricos amigos. Porém, a história não possui volumes
suficientes para registrar os nomes de milhares de amigos ignorados que foram
verdadeiros e lutaram até a morte. Sua heroica lealdade glorifica nossa natureza

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humana e é exemplo a ser emulado. Nenhum homem, jovem ou velho, pode ter mais
honra do que se considerar realmente amigo de alguém e ser digno da confiança
total dessa pessoa. A Coroa da Juventude não estaria completa sem a joia que
representa esta esplendida virtude.”.
A Cerimônia da Luz nos diz que: “A quarta vela, no centro de nossas
sete, representa simbolicamente o companheirismo. Milhões de jovens como nós, já
se ajoelharam neste Altar simbólico e se dedicaram aos mesmos elevados princípios
de boa filiação e boa cidadania. Enquanto permanecemos fiéis a essas promessas,
enquanto existir a Ordem DeMolay – seremos um.”.
O homem como animal social necessita de convivência, pois sozinho se
brutaliza e se anula, portanto a simpatia é que atrai para a vida em comunidade. A
dependência direta e indireta que o homem tem um do outro força a busca de
associações que os une em torno dos objetivos comuns.
O companheirismo se forma pela convivência, formando o
entrosamento, pois companheiro é alguém que está comigo, alguém que se conhece
e em quem se pode confiar. Nesta interação em torno de objetivos comuns sendo o
ideal mútuo, formamos uma associação de interesses com objetivos únicos, onde o
reconhecimento e a ajuda mútua nos levam a uma troca de conhecimentos íntimos,
nos ligando através do compromisso firmado, demonstrando que juntos somos
capazes de realizar nossa vida e consequentemente a dos que nos cercam, pois
quando fazemos o bem, ele já não mais nos pertence, mas sim a toda comunidade.
O companheiro é alguém com quem posso contar em qualquer
situação, assim a completa interação passa a fazer parte da vida e assim fazemos a
história, não só de sua própria vida, mas de toda a humanidade. Juntos nós
somamos, formando um todo indivisível, marcando o ideal pelo qual nos unimos.

5.5 Fidelidade

A joia da Fidelidade é legada ao quinto Preceptor, e nos é dito que:


“Nossos lábios já pronunciaram o nome desse grande herói e mártir da história que
preferiu dar sua vida em holocausto a trair a confiança nele depositada. Talvez não
tenhamos que passar jamais por uma prova igual àquela a que foi submetido, porém
podemos ser chamados a oferecer nossa vida em defesa de nossa pátria, ou mesmo a
sacrificá-la para salvar um ser humano. Mesmo sem chegar a essas grandes crises, a
verdade é que nossa fidelidade às obrigações que tenhamos contraído. Vocês sabem,
tão bem quanto eu, que aquele jovem que tem palavra, aquele em que se pode
confiar, certo de que cumprirá suas promessas, se são humanamente possíveis,
desfruta da confiança e da estima e consideração de todos os homens. Eu recomendo
a vocês essa virtude e ínsisto a que não percais de vista sua grande importância,
simplesmente pelo fato de não serdes chamados a comprovar essa fidelidade com
algum sacrifício mais ou menos drástico.”.

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Já a Cerimônia da Luz nos diz que: “A quinta vela representa


simplesmente a fidelidade. Um DeMolay não pode nunca, por motivo justificado ou
não, ser falso a seus votos, suas promessas, seus amigos, seu Deus. Ele é chamado
diariamente a defender os baluartes e preceitos da Ordem, de modo que jamais falhe
como líder e como homem.”.
O equilíbrio perfeito se forma pela balança, quando ambos os lados
estão iguais. O conhecimento próprio e dos outros nos dá o reconhecimento das reais
intenções de cada um, pela manifestação de nossos desejos e capacidade, devido a
convivência que nos nivela e nos itera.
A fidelidade se demonstra pela nossa expressão, seja oral ou velada,
onde a demonstração de que somos ou não de confiança, só compete a cada um,
pois só se é fiel consigo. Quando pensamos que enganamos aos outros, enganamos
única e somente a nós mesmos.
A falsidade é um espelho que reflete a própria imagem, portanto
manter a aparência é demonstração de insegurança que todos percebem, pois a
transparência de nossas palavras, gestos ou ações nada esconde de nossa real
intenção, pois a máscara, de adereço fora de nós, sempre cai quando menos
esperamos, assim sem máscara nos encontramos nús diante de nós mesmos e diante
dos outros.
Autenticidade é um largo caminho que nos torna livres e felizes, pois a
consciência está limpa e dormimos sem pesadelos, pois ninguém é infiel com os
outros, só se é infiel consigo mesmo, a infidelidade nos diminui e nos torna
embotados, pois sempre teremos que nos esconder, sem coragem de aparecer e
demonstrar nossa capacidade.
A única faculdade que temos para nos relacionar é a palavra, se esta
não inspirar confiança, somos mutilados. Temos que estar de pé sempre e olhar para
frente, sem se envergonhar.

5.6 Pureza

A joia da Pureza é guardada pelo sexto Preceptor, e nos é dito que: “A


Pureza de pensamentos, palavras e ações. Evitemos as palavras sujas e obscenas. O
jovem dissoluto e imoral, que antecipa seus dias de maioridade entregando-se a
hábitos que o debilitam fisicamente e enervam a sua mente, torna seu coração e sua
alma envelhecidos. Devemos, entretanto, nos precaver contra outras faltas mais
insidiosas, que imperceptivelmente nos conduzem a grandes pecados morais.
Tomemos o máximo cuidado para não mencionar o Santo nome de Deus em vão,
opondo-nos a toda irreverência, a toda expressão que signifique uma blasfêmia, a
todo vocabulário ou gírias indecentes. Libertemo-nos de todas as dissipações que
possam retardar e debilitar nosso desenvolvimento físico, conservando-nos como
uma herança para o futuro, como um depósito sagrado e inviolável. Acima de tudo
conservemos nossos corações livres e intocáveis daquelas impurezas a que se referia
o Salmista ao dizer: ‘Cria em mim um coração limpo, ó Deus!’. Uma mente pura em
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um corpo puro é o melhor preparo para uma maioridade pura, da qual dependerá
uma cidadania pura”.
Já a Cerimônia da Luz nos diz que “A Sexta vela é símbolo da pureza,
não a pureza de corpo, a qual todos praticamos, mas a pureza de todo pensamento,
palavra e ação. Somente puro, pode um DeMolay ser digno representante da pureza
de nossos ensinamentos.”.
O código de moral impõe aos menos avisados uma lei rígida sobre
pureza que foge à naturalidade dos seres, sendo esta artificial e sem nenhuma
consequência prática. O esoterismo preconiza pureza como um estado de consciência
limpa e esclarecida, sem que haja qualquer complexo de culpa, levando o indivíduo a
estar bem consigo mesmo, mantendo um espírito elevado acima de mera aparência,
manifestando em sua relação social, total ausência de preconceito, onde se vê
claramente que tudo é bom, correto e perfeito. Esta visão de transparência é como a
perfeição do espelho, que retrata tudo qual é, sem alterar nada.
O meio social exige que se tenha uma postura correta, desde o
comportamento até o traje que se usa. Se está no cinema, é espectador, no trabalho,
trabalhador, na escola, estudante, no grupo, um participante, sendo que qualquer
mistura foge aos princípios e gera confusão social e mental.
O corpo é a morada do espírito, portanto respeitá-lo é a única forma de
tê-lo forte e sadio, assim também os dos outros devem ser respeitados, levando a
uma aceitação total de minha compleição física, mantendo a aparência de minha
própria identidade. Se não o respeito e o apresento mal, de maneira alguma posso
querer que os outros o respeite e o trate bem.
Tudo que existe em mim é para meu uso e bem estar, nada é supérfluo
ou motivo de vergonha. O todo é para ser conhecido e estudado sem preconceito
pornográfico, que mantém parte do corpo como indesejável, ou menos necessário.
Ser puro não significa ser místico, pois o místico abomina parte do corpo e o puro o
respeita por conhecimento.
A pureza das palavras provém de um conhecimento basilar, pela
formação de um caráter perfeito, isto é, toda e qualquer expressão está dentro de
um contexto, sem avançar sinal e mantendo o respeito ao ambiente em que se está.

5.7 Patriotismo

A joia do Patriotismo é de guarda do sétimo Preceptor, e nos é dito que:


“Milhares de jovens, apenas pouco mais idosos que nós, já demonstraram sua
heroica devoção pela Pátria, oferecendo suas vidas em defesa de sua honra. Muitos
chegaram ao sacrifício supremo ajudando a conquistar os benefícios que desfrutamos
hoje. Na história de todas as crises, a juventude tem se levantado para defender sua
nação. Por vossas veias corre sangue patriótico, mas devo lembrar-vos que existe um
patriotismo de paz, da mesma forma como existe um heroísmo de guerra, e que a
cidadania honrada é a única oportunidade oferecida pela Paz para manifestação
dessa excelsa virtude. Nós estamos agora nos umbrais dos deveres e

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responsabilidades de cidadãos e lhes recomendo enfaticamente essa virtude, esse


patriotismo, que os farão viver dignamente por nosso país e morrer bravamente por
ele, se necessário for.”
Já a Cerimônia da Luz nos diz que “A última vela é o emblema do
Patriotismo. Talvez nós nunca sejamos chamados a defender nossa Pátria em um
campo de batalha, porém cada dia apresenta novas oportunidades para nos
firmarmos como bons e corretos cidadãos, a serviço daquela querida bandeira e de
nossa reverenciada pátria.”.
A localização no tempo e no espaço nos coloca sempre em algum lugar,
pois nunca se está fora do espaço, assim temos Pátria, uma nacionalidade, este
espaço conquistado, com o nascimento, pois se este não existisse não se teria
nascido, que deve ser reconhecido por todo e qualquer ser, mostra o princípio da
existência e o modo da sobrevivência. Neste solo se situa e se identifica, pois
somente dele se é reconhecido como alguém. Sem Pátria se é somente um animal
qualquer, a rodar a esmo. Dentro deste espaço identificado e constituído se
desenvolvem seres e encontram os meios de subsistência, levando ao
reconhecimento social como Nação e também com os demais, onde se tornam
universal cada um com sua própria nacionalidade.
A Terra em que se vive deve ser conhecida e defendida, para que se
conserve todo o seu valor existente, sempre construindo, pois a Nação é a soma de
filhos, que diante dela e junto a ela adquirem direitos e deveres frente às autoridades
constituídas, que nós elegemos como nossos representantes. Assim o Município e o
Estado formam a Nação, que nas relações familiares e sociais trabalham na
manutenção dos bens naturais e constituídos em defesa do Patrimônio Público,
Patrimônio este que é usado para o bem de todos, que através do trabalho, da
cultura e do lazer, mantêm a vida social.
O patriotismo é a realização pessoal e social de cada pessoa, de cada
País, sem o qual a própria existência se torna impossível. Nosso trabalho e nosso
respeito ao País que se vive, é a única forma de dignificar nossa existência, não
somente passando por ele, mas fazendo a sua e nossa história.

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CAPÍTULO 6
SÍMBOLOS INSTITUCIONAIS

Todas as Ordens Esotéricas possuem símbolos para representá-las, a fim


de condensar seus princípios em imagens. A Ordem DeMolay também possui
símbolos, são eles: O brasão, a bandeira e no Brasil, também o hino.
O entendimento dos símbolos das Ordens dá àquele que possui este
conhecimento, a compreensão sintetizada da essência da organização.

6.1 Brasão

Olhar o Brasão é como olhar para o objetivo de


estar em determinada Ordem. Por isso a importância de
conhecermos nosso Brasão e de reverenciá-lo como símbolo
de tudo o que a Ordem DeMolay é.
Para entendermos um símbolo precisamos
transformar tudo o que seja complexo em simples. Assim,
vamos desmontar o Brasão DeMolay para podermos entendê-
lo, como se segue a seguir:
Coroa da Juventude: é a parte mais volumosa do Brasão, e por isso é a
parte que mais salta aos olhos;
Dez rubis: são as pedras vermelhas que circundam o Emblema da
Ordem;
Diamante: É a pedra lapidada no centro dos rubis, na base da coroa;
Cruz Branca: é a Cruz de cinco braços que figura no centro do brasão;
Círculo Azul: é o fundo para a Lua e as estrelas
Lua crescente: símbolo que está no centro do Brasão;
Dez Estrelas de cinco pontas: estrelas que circundam a lua;
Espadas Cruzadas: que figuram atrás da Coroa;
Elmo: símbolo que se encontra sobre a Coroa.

6.1.1 Coroa da juventude


A presença da Coroa da Juventude no brasão é sem
sombra de dúvida imprescindível, já que, ao recordarmos de
nossa Iniciação, nela estão depositadas as sete joias que são as
sete virtudes cardeais, assim, de forma a simbolizar as sete
virtudes, a coroa é utilizada para representá-las.
A coroa é também um símbolo de realeza e de poder, já que somente
os monarcas e os nobres a utilizavam. A palavra Coroa vem do latim “corona” e,
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na idade antiga, era o emblema do “círculo ou roda que simbolizava a soberania da


assembleia”.
A coroa é, portanto, um ornamento de formato circular usado sobre a
cabeça como insígnia de soberania ou nobreza, como emblema de vitória. Dessa
forma, todo aquele que utiliza-se do Brasão da Ordem usa a coroa da vitória sobre as
imperfeições, iluminados pelos raios claros das sete virtudes.

6.1.2 Rubis
Os 10 rubis que ornam o brasão da Ordem são inicialmente o símbolo
dos 10 integrantes iniciais da Ordem, ou seja, Tio Frank Sherman
Land, Louis Lower e seus oito amigos, tanto que antigamente
eram pérolas, e conforme os fundadores foram morrendo, se
transformaram em rubis. Além disso, os rubis são pedras
preciosas de alto valor. Representam nesta simbologia que o exemplo dos homens de
bem é mais valoroso para um DeMolay que qualquer outro valor que ele possa
encontrar na sociedade. Por isso a atribuição da simbologia do Brasão aos seus 10
fundadores.

6.1.3 Diamantes
O diamante é uma pedra raramente encontrada na
natureza, e que somente tem valor se lapidada. Além do mais, a
maioria dos diamantes não podem ser lapidados, atribuindo um valor
ainda maior aqueles que o podem ser.
Assim, no Brasão da Ordem os quatro diamantes simbolizam que aquele
que porta o Brasão lapidou a pedra bruta, ou seja, transformou-se num homem que
superou seus instintos e a sociedade para se tornar uma joia rara, pelo estudo,
dedicação e aplicação dos princípios a que se propôs.
Além do mais, o diamante central está na forma de um losango - um
quadrilátero de quatro lados iguais - com dois ângulos agudos e dois obtusos,
significando com seus lados os quatro cantos do templo (Leste, Norte, Oeste e Sul), e
com seus dois ângulos agudos e dois ângulos obtusos o alfa e o ômega, o início e o
fim de nossas cerimônias.

6.1.4 A Cruz Branca


A Cruz Branca de cinco braços representa o sacrifício dos cinco sentidos
por um bem maior. Sua cor branca relembra a nossa pureza de
intenções. Assim, esse símbolo nos recorda que devemos ser
abnegados para pensar em nossos semelhantes e deixar nossos
interesses de lado por um bem maior e pela cidadania. O
número cinco é o número do ser humano na simbologia
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esotérica.
Simboliza os cinco sentidos e as cinco faculdades. Também é análoga às
cinco partes do homem: os dois braços, as duas pernas e a cabeça.
Também representa os oficiais da Ordem, já que durante a formação do
triângulo de entrada, eles formam cinco fileiras de oficiais, representando a ascensão
do homem até a perfeição, que deveria ser o topo da pirâmide, ou seja, o Mestre
Conselheiro, como está representado abaixo:

MC

1C C 2C

1D PB E 2D

1M O H T 2M

7P 6P 5P 4P 3P 2P 1P

6.1.5 O círculo azul


Se olharmos para os limites do horizonte
veremos, pelo formato da própria terra, que o céu se
mostra circular. Pela sua coloração azul escura,
acreditamos que no emblema é o símbolo dos segredos,
já que à noite tudo oculta, tudo esconde. Também a noite
é o símbolo do norte dentro da Sala Capitular. Por isso,
acreditamos que também simboliza o campo de batalha,
ou seja, a vida profana, iluminada pelas virtudes e pelos
conceitos ao redor do Círculo. O azul também é a cor dos Mestres, aqueles que a
despeito de todas as dificuldades superaram as provações da vida e saíram vitoriosos.

6.1.6 A lua crescente


A lua está em quarto crescente, sendo símbolo da
Iniciação gradual a que todos participamos. É o símbolo dos
Iniciados de todas as tradições, já que é a luz que brilha nas
trevas. A parte clara é a sabedoria que já adquirimos, a parte
oculta é a parte ainda a ser aprendida. Como reflete a luz do Sol
no mundo em trevas, a lua ainda é símbolo da presença divina,
já que é o Sol Menor, o Sol que brilha nas trevas do mundo material.

6.1.7 As dez estrelas de cinco pontas


A estrela de cinco pontas é um símbolo muito antigo e muito complexo.
Grosso modo, simboliza o próprio homem, com seus cinco sentidos e os cinco
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constituintes do homem, ou seja, a matéria, o espírito, a alma, a força vital e a vida.
Era considerado por Pitágoras como a figura da Perfeição e do Supremo Saber.
O Dez é o número que pela filosofia pitagórica
contém todos os outros, do 0 ao 9. Assim, representa a
totalidade, a integração e a perfeição na vida.
Por estarem no véu da noite no Brasão, significa
aquele que dominou a perfeição da Ordem, podendo
representá-la na noite do mundo.

6.1.8 As espadas cruzadas


As duas espadas se cruzam por trás do
brasão. São as espadas da justiça, da fidelidade, da
tolerância, do sacrifício do iniciado em busca de luz, as
necessidades do extermínio dos sentimentos profanos
junto da jornada rumo ao aperfeiçoamento do homem.
É o símbolo do forte, usado pelas pessoas
que enfrentam seus problemas de frente, e não temem
esconder suas armas do inimigo. É o símbolo da eterna
luta da Justiça, Força e Cortesia contra a arrogância, despotismo e intolerância.
Por estarem cruzadas, simbolizam a harmonia de fatores opostos, quais
sejam, a luta no mundo material e profano em contraparte a luta no mundo interior e
sagrado. É a vida de um DeMolay, que luta incessantemente para ser um DeMolay
tanto dentro de si como nos seus atos exteriores.
Todo símbolo duplo representa a dualidade no mundo material e
espiritual. Além disso, as duas espadas que a Ordem DeMolay possui são seus dois
Graus. Assim, as duas espadas por de trás da Ordem DeMolay são o grau Iniciático e o
Grau DeMolay, também simbolizado pelo uso do Branco e do Preto em nossas
vestimentas.

6.1.9 O elmo
Um elmo é uma peça que os cavaleiros utilizavam como um capacete,
peça de armadura medieval que protegia a cabeça. Para a Cavalaria Medieval era o
símbolo de nobreza dos cavaleiros, pois representavam sua bravura e coragem no
campo de batalhas.
De maneira muito interessante, o elmo é o símbolo que está sobre
todos os outros no Brasão da Ordem. Está virado em direção ao
Norte, se posicionarmos o Brasão no solo da Sala Capitular. O
fato de ser o símbolo mais alto do Brasão é por que de todos
os outros símbolos depende a existência do Brasão. Somente
se todos os princípios abaixo dele estiverem e forem reais no
DeMolay é que existirá seu verdadeiro elmo, ou seja, o Caráter.
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Não é que o Elmo seja mais importante, mas dele se origina a ramificação dos
elementos que compõe o Brasão até a sua base.
O fato de estar olhando para o norte, significa que quem usa o brasão
DeMolay não tem medo de encarar seus desafios de frente, já que o norte, como já
foi dito é o campo de batalha.
Os elmos eram utilizados para proteger as cabeças dos combatentes,
sendo que nosso real elmo atualmente é a filosofia da Ordem DeMolay, nos
protegendo a mente enquanto estamos no mundo profano, a fim de nos manter
firmes nos campos de batalha contemporâneos.

6.2 Bandeira

O campo branco: simboliza pureza e limpeza de pensamento, palavra e


ação. Ela lembra ao DeMolay das palavras do salmista: “Crie em mim um coração
limpo, oh Deus".
As três listras divergentes vermelhas: representam as colunas básicas e
a fundação da Ordem DeMolay - Amor a Deus, Amor à Família e Amor ao País - elas
divergem através do branco para simbolizar que essas colunas devem se espalhar
durante a vida do jovem.
O retângulo vermelho: simbolizam a união do DeMolay com a
Maçonaria. O vermelho é emblemático da coragem, e relembra ao DeMolay um dos
muitos sacrifícios que a juventude de nossa nação tem feito para defender as
liberdades que nós gozamos como cidadãos.

6.3 Hino

Nosso hino também nos liga como DeMolays. Ele foi composto pelo
irmão Fábio Batista Lara, do Capítulo Eugênio Mancuelo Nº 364, da cidade de
Guarapuava, no Estado do Paraná. Sua letra é a seguinte:

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HINO DA ORDEM DEMOLAY

A coroa da juventude inicia


Até o meridiano a nossa jornada
Contempla em nós, brilho do meio dia
Perante este altar, a promessa sagrada.

Que soberanos sejam os nossos ideais


Luzes no caminho de virtudes imortais
Que estas sete velas sejam nossa Lei
O Brasão Heroico da Ordem DeMolay.

Consagrada batalha da vida


Conduz o caminho da retidão
Em nossa bandeira imponente, estendida
Estão os baluartes da nossa Nação.

Que soberanos sejam os nossos ideais


Luzes no caminho de virtudes imortais
Que estas sete velas sejam nossa Lei
O Brasão Heroico da Ordem DeMolay.

Sob a regência do Pai Celestial


Nos dias de aurora até o apogeu
Que em nossa Ordem sejam um sinal
De honra que o fogo não feneceu.

Que soberanos sejam os nossos ideais


Luzes no caminho de virtudes imortais
Que estas sete velas sejam nossa Lei
O Brasão Heroico da Ordem DeMolay.

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CAPÍTULO 7
A ORDEM DEMOLAY E A MAÇONARIA

O laço entre a Ordem DeMolay e a Maçonaria se estabeleceu desde os


primórdios da Ordem.
Como os Capítulos DeMolay cresceram em número e potência, a
organização como um todo também cresceu em prestígio, e aumentou o interesse
desenvolvido pela fraternidade Maçônica. O reconhecimento oficial e aprovação por
um grupo Maçônico era o desejo de Dad Land. A primeira grande organização a dar
seu selo de aprovação e apoio à Ordem DeMolay foi o Grande Capítulo Geral dos
Maçons do Arco Real. Em Setembro de 1921, uma proposta apresentada pelo
Grandioso Sacerdote Geral Frederick W. Craig foi passado o desejo dos Capítulos do
Arco Real para adotarem o movimento DeMolay em suas jurisdições.
No início de 1922, o Capítulo Wiscosin dos Maçons do Arco Real
apoiaram a Ordem DeMolay, e alguns outros Grandes Capítulos também o fizeram.
Também durante 1922, o Grão Mestre da Grande Loja do Mississippi emitiu a notícia de que
todas as lojas estavam sendo incentivadas a patrocinar os Capítulos DeMolay. O Grande
Capítulo dos Maçons do Arco Real e o Grande Comendador dos Cavaleiros Templários de
Mississippi também o fizeram. Deste modo, o suporte oficial da Maçonaria à Ordem
DeMolay, o qual começou em 1921, culminou em Fevereiro de 1963 quando uma
Declaração de Princípios foi assinada pelos líderes da Maçonaria.
Atualmente, a relação da Ordem DeMolay
com a Maçonaria, consiste no suporte dado pelos maçons
aos Capítulos DeMolays. Tal suporte engloba tanto a
supervisão dos trabalhos feita por um grupo (Conselho
Consultivo) composto por Maçons e Sêniores DeMolays
indicados pela Loja Patrocinadora, quanto na questão
estrutural, já que boa parte dos Capítulos realizam suas
reuniões no espaço cedido pela “Loja Patrocinadora”.
Algumas Lojas também auxiliam os Capítulos com o
pagamento de taxas para o Grande Conselho e para o
Supremo Conselho.
É importante saber que ser um DeMolay não implica em necessária
admissão à Maçonaria, já que nossa Ordem não se trata de uma Maçonaria Juvenil,
mas sim de um corpo patrocinado por ela. Os Maçons, sendo do Conselho Consultivo
de um Capítulo ou não, podem ter acesso a nossas reuniões secretas, mas os
DeMolays não têm permissão para assistir as reuniões secretas da Maçonaria.

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É grande o laço de amizade, cortesia e objetivos de um mundo melhor


que unem Maçons e DeMolays. Já o vínculo organizacional com os Maçons consiste
em que para haver um Capítulo, um corpo Maçônico ou um grupo de Maçons (no
mínimo três) devem patrocinar o corpo DeMolay.

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CAPÍTULO 8
ORGANIZAÇÕES AFILIADAS

Organizações afiliadas são grupos que possuem ligação direta com a


Ordem DeMolay, ou seja, dependem dela como base para existir. Destinam-se a
atender com maior especificidade os anseios de determinado grupo, seja em razão da
faixa etária, da qualificação ou do objetivo.

8.1 Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda

A “Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda” é uma


organização afiliada da Ordem DeMolay para jovens do
sexo masculino de 8 anos a 11 anos, indicados por um
escudeiro, DeMolay ou Maçom.
A unidade da “Ordem dos Escudeiros da Távola
Redonda” denomina-se “Castelo”. Um Castelo da Ordem
dos Escudeiros é instituído por, no mínimo, 10 (dez)
membros e é composto pelos seguintes oficiais: Mestre
Escudeiro, 1º Escudeiro, 2º Escudeiro, Escrivão Escudeiro,
Tesoureiro Escudeiro, Capelão Escudeiro e Mestre de
Cerimônias Escudeiro.
As reuniões de um Castelo devem durar, no máximo, 1 hora e, embora sejam
secretas, podem contar com os pais dos escudeiros, além dos DeMolays e maçons.
Um Castelo é patrocinado por qualquer outra Organização Afiliada regular da Ordem
DeMolay, devendo ser considerado como parte integrante desta. Para a fundação de um
Castelo é necessário a ata de fundação do Corpo Patrocinador, e a solicitação do Grande
Mestre Estadual da Carta Constitutiva ao Supremo Conselho.
A vestimenta dos Escudeiros é a mesma adotada para os DeMolays, com exceção da
gravata, que será Azul Royal, contendo o emblema da Ordem dos Escudeiros da Távola
Redonda. Os paramentos dos oficiais será um colar de São Francisco na cor azul, com o
emblema da Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda.
Um Capítulo regular da Ordem DeMolay poderá solicitar a fundação de um Castelo,
caso haja a aprovação dos DeMolays ativos em reunião ritualística. Tal aprovação deverá
constar em ata.
O pedido de fundação do Castelo deverá ser encaminhado ao Grande Mestre
Estadual/Distrital com jurisdição sobre o Capítulo, instruído com a ata de fundação que
conterá o nome escolhido para a organização (este nome não poderá ser de uma pessoa
viva), bem como o nome dos escolhidos para exercerem as funções de Nobre Cavaleiro e
Consultor.
Um DeMolay maior de 18 anos deverá ser eleito pelo corpo patrocinador para servir
como Nobre Cavaleiro do Castelo pelo mandato de 1 ano. Um Maçom, membro do Conselho
Consultivo, deverá ser escolhido pelo Conselho para servir como Consultor do Castelo.

8.2 Ordem da Cavalaria

A "Ordem da Cavalaria", cujo nome oficial é "Nobres Cavaleiros da


Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de Jacques DeMolay" é uma organização
afiliada formada por DeMolays Ativos com idade superior aos 17 anos.
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Não sendo uma honraria ou prêmio, esta Organização Afiliada possui
seus próprios rituais e oficiais que se organizam em unidades, análogas aos Capítulos
DeMolays, conhecidas como "Priorados".
O Supremo Conselho explica que a Cavalaria é
“um verdadeiro laboratório filosófico da Ordem DeMolay,
onde os jovens têm a oportunidade de aprimorar seus estudos
através de debates filosóficos sobre variados assuntos da
ordem, como ritualística, história da Ordem DeMolay e da
Cavalaria, assuntos da atualidade dos jovens, relacionando-os
aos elementos filosóficos da Ordem, entre outros. De forma
análoga à vida escolar, podemos dizer que a Cavalaria está na
vida de um DeMolay como uma Pós-Graduação na vida de um
estudante, já que esta não substitui a necessidade de uma
graduação, mas amplia o campo de conhecimento e as oportunidades de trabalho.
Assim, o jovem cavaleiro tem a chance de vivenciar novas experiências com maior
troca de informações sobre assuntos que, muitas vezes por questão de tempo, outras
necessidades e até mesmo diferenciação de graus, não são pertinentes a um Capítulo
DeMolay”.
A principal função de um Priorado é realizar trabalho de orientação
sobre os aspectos internos da Ordem DeMolay, como procedimentos ritualísticos e
litúrgicos, história da Ordem DeMolay, e ensinamentos sobre a organização e
funcionamento da Ordem DeMolay em seus diversos níveis.
Os oficiais de um Priorado são: Ilustre Comendador Cavaleiro,
Comendador Escudeiro, Comendador Pajem, Protocolista, Prior, Preceptor, Primeiro
Diácono, Segundo Diácono, Sacristão, Porta Bandeira, Sentinela e Organista.
Integrar a Ordem da Cavalaria é um direito de todo DeMolay ativo com
no mínimo 17 anos, que esteja regular junto ao seu Capítulo, e que conheça os
questionários e juramentos do Grau Iniciático e DeMolay de memória.

8.3 Legião de Honra

A Legião de Honra é a mais alta honraria da Ordem DeMolay. Existem


duas categorias:
1. Legião de Honra Ativa – conferida a Seniores DeMolay com idade
mínima de 25 (vinte e cinco) anos;
2. Legião de Honra Honorária – conferida a quem tem idade mínima de
30 anos.
Em ambos os casos o indicado deve ser bem
sucedido em sua vida familiar ou profissional e possuir
relevantes serviços prestados em prol de sua comunidade.
A Missão da Legião é consagrar os corações e
mentes dos membros para uma inesgotável crença em
Deus, defesa das escolas públicas e defesa dos direitos de
todos.
Os portadores da Legião de Honra devem ser
ativamente apontados como excelentes lideres em algum
campo de diligencia, seja civil, profissional, fraternal ou Legião de Honra Ativa

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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista
espiritual.

A Legião de Honra consiste de homens que podem ser implicitamente


confiados, como os anos passados, para auxiliar os jovens em carregar os ideais de
DeMolay em todos os caminhos da vida.

A insígnia do Legionário é uma cruz com


esmalte vermelho e azul suspensa por um cordão vermelho
(se Ativa) ou branco (se Honorária).

Os Legionários se reúnem em preceptórios da


Legião de Honra cuja obrigação é investir os designados na
Legião de Honra e de cumprirem a observância anual dos
legionários a cada dia 18 de março. Além do juramento público é prestado um
juramento secreto do qual somente os legionários conhecem.
Legião de Honra Honorária
Os Oficiais de um Preceptório são: Reitor, Vice-Reitor,
Secretário, Tesoureiro, Capelão e Guardião-das-Armas.

O orgulho e a honra de ser um Legionário podem ser mais bem demonstrados em


forma de Serviço à Ordem DeMolay.

Ninguém pode pedir para si esta distinção, a indicação é


feita pelo ou em nome do Grande Mestre Estadual ou um Legionário
(membro da Legião de Honra). O candidato não pode ter
conhecimento de sua indicação. A falha em observar este sigilo na
nomeação, sujeita o candidato à pena de que ela não seja
considerada. Se aprovada pelo Grande Mestre Estadual, a nomeação
será enviada ao Supremo Conselho, cuja votação, por unanimidade, é
necessária para se receber esta honraria.

Em cada estado só pode existir 1 (um) preceptório, e


sua função é: auxiliar o Grande Mestre Estadual na procura de
Consultores e no planejamento dos eventos estaduais; servir como Consultor de
Capítulos DeMolays, Priorados e Corte Chevaliers; ajudar os DeMolays encontrar
empregos e realizar o banquete para a observância anual no dia 18 de Março.

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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
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8.4 Corte Chevalier

O Grau de Chevalier é a maior honraria que um DeMolay


ativo pode receber (é um grau honorífico). Para o Sênior
DeMolay, esta honraria só não é maior que a Legião de Honra.
O Supremo Conselho poderá conferir o Grau de Chevalier a um
membro da Ordem DeMolay, ou a um Sênior DeMolay que
tenha desempenhado serviços notáveis e meritórios em
beneficio da Ordem DeMolay e que tenha sido um membro
conceituado e atuante durante um período de pelo menos 04
(quatro) anos consecutivos.

Cada Grande Mestre Estadual poderá indicar 01 (um) membro por Capítulo da
sua Jurisdição para receber a Honraria ao ano, porém cabe ao Conselho Consultivo a
indicação preliminar do membro do Capítulo.
O Formulário de Nomeação de Honra, é disponibilizado pelo Supremo
Conselho, deve ser preenchido com a correta qualificação do candidato, cabendo ao
Supremo Conselho, autoridade que confere o Grau, referendar a indicação.
É necessário, além dos emolumentos referentes ao Diploma, e que se adquira
antecipadamente as joias próprias do Grau, ou seja, o Anel e o Colar.

O homenageado deve passar pela Cerimônia somente após ter assinado e


enviado o Voto de Chevalier ao Supremo Conselho, motivo pelo qual deve ser
previamente avisado de sua aprovação para a Honraria. A cerimônia de investidura,
que relembra os antigos anos de Cavalaria, deve ser realizada publicamente. Nela o
candidato promete cumprir, anualmente, no dia em que faleceu Frank Sherman
Land, 08 de novembro, uma Observância Anual, em memória ao nosso fundador.

A Organização Afiliada que congrega os


Chevaliers é denominada “Corte Chevalier”. Sua função
é: conferir o Grau de Chevalier àqueles jovens
nomeados pelo Supremo Conselho, organizar a
“Observância Anual”; conduzir instalações e posses dos
Capítulos e Priorados (quando requisitado pelos
mesmos); auxiliar na organização de conclaves,
encontros e Congressos estaduais.

Uma Corte Chevalier pode ser formada com a


solicitação do Grande Conselho Estadual ao Supremo Conselho e é composta por, no
mínimo, 5 Chevaliers que comporão os cargos de Grandes Oficiais: Grande
Comendador Chevalier, Grande Comendador ao Ocidente, Grande Comendador ao
Sul, Secretário, Capelão e Grande Mestre de Cerimônias.

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Capítulo 9
O COMPORTAMENTO DE UM DEMOLAY

9.1 Código de Ética e Conduta

Iniciar, ou ter acesso ao ritual de iniciação, não é suficiente para ser um


DeMolay. Se o nosso juramento não for cumprido no dia a dia, poderemos até ser
membros da Ordem formalmente, mas não seremos espiritualmente. Ser DeMolay
de corpo e alma é mais difícil do que parece. Acima de tudo, devemos ter em mente
que somente é um verdadeiro DeMolay aquele que vivencia a Ordem DeMolay, no
seu mais amplo conceito e peso em sua vida.
Sabemos também que ser um DeMolay é, a grosso modo, aplicar em
sua vida as sete virtudes sagradas que norteiam toda a simbologia DeMolay que são
chamadas de Virtudes Cardeais. Mas todo aquele que aplica as sete virtudes é um
DeMolay? Ou melhor, precisa necessariamente ser um DeMolay?
Durante a Cerimônia de Iniciação, o Primeiro Diácono diz “O grande
objetivo de nossa Ordem é ensinar a praticar as virtudes que conduzem a uma vida
pura, reta, patriótica e reverente, como melhor preparação para os anos da
maioridade que se aproximam”. Assim, a própria Iniciação dá um prenúncio aos
Candidatos de qual seu objetivo e o de como é um DeMolay: um jovem que leva uma
vida pura e varonil, praticando as virtudes que conduzem a uma vida limpa, reta,
patriótica e reverente, se preparando para se tornar um grande homem no futuro.
A prática das sete virtudes é um dos principais atributos de um
verdadeiro DeMolay. Com o Amor Filial ele se tornará um bom filho que ama e
respeita seus pais. Reverenciando as coisas sagradas ele cumprirá todas as suas
obrigações com o Pai que está nos céus e respeitará todas as crenças, por mais
diferentes que possam parecer. Sendo cortês, ele terá as relações com os
semelhantes humanos de forma tal que se torne um foco de luz e cidadania na
sociedade, se portando de maneira perfeita, seja com os conhecidos ou com os
desconhecidos. Ao praticar o companheirismo, nos associamos aos melhores amigos
possíveis, ou seja, nossos irmãos, que gostam de nós pelo que somos, e em conjunto,
procuram a melhoria da espécie humana. Lembrando sempre de ajudá-los nos
momentos de tristeza, dificuldade e necessidade. Sendo fiel, o DeMolay se firma
como líder e como ser humano, pois cumpre a sua palavra e seus votos. Buscando a
pureza, se torna o DeMolay alguém determinado no bem e na virtude. Mantém sua
mente e seu corpo limpo, ou seja, livre de pensamentos e substâncias prejudiciais.
Com a prática de todas as virtudes anteriores, torna-se o irmão um verdadeiro
patriota, sendo o construtor de uma nação melhor, amando e colaborando não
apenas para a sua nação, mas também seu estado, sua cidade, seu bairro, sua casa.

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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
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A boa conduta e a ética de um DeMolay também incluem a forma com


que nos referimos a um irmão na presença de um não iniciado. Ao difamar um irmão,
não estamos apenas criticando a conduta daquela pessoa em específico. Estamos
difamando um DeMolay, dessa forma estaremos depondo contra a nossa própria
instituição e demonstrando uma falta de companheirismo, o que acaba passando a
impressão de que nossa irmandade é algo frágil e superficial. Por esses motivos é que
as questões envolvendo DeMolays devem ser resolvidas dentro do Capítulo. Se não
nos for possível falar bem de um irmão, ou defendê-lo de algo que ele fez, devemos
então nos manter em silêncio, principalmente quando um não iniciado estiver
presente.
Ainda sobre a conduta de um DeMolay, existem alguns
comportamentos que precisam ser observados para que os irmãos estejam sempre
em harmonia.
O Capítulo é composto por diferentes irmãos. Cada um com a sua
criação, sua cultura, sua forma de pensar. Conviver com pessoas que possuem
pensamentos distintos, muitas vezes pode gerar conflito se não houver respeito.
Política partidária e religião são, na maioria das vezes, assuntos
polêmicos e que fatalmente resultam em atritos se não forem bem conduzidos. Por
outro lado, a religiosidade, no sentido amplo da palavra, e a preocupação com a
sociedade (o que acaba se ligando com a política), são algo recorrente nos Capítulos.
Assim sendo, a melhor forma de evitar conflitos é, debater e encarar
esses assuntos com tolerância, ciente de que as pessoas são diferentes e possuem
diferentes criações. Ainda assim, se você notar que a sua opinião chateou alguém,
desculpe-se com essa pessoa. “Pedir desculpas nem sempre significa que você está
reconhecendo que a pessoa está certa e você errado. Às vezes, significa que você
valoriza mais o seu relacionamento com essa pessoa do que seu ego”.

9.2 Os Sagrados Princípios da Ordem

A Ordem possui princípios fundamentais e universais. São os mesmos


em qualquer Capítulo DeMolay do mundo. O candidato que não seguir todos esses
princípios, não pode ser aprovado para iniciar na Ordem, são eles:
1. Ser do sexo masculino;
2. Ter doze (12) anos completos e não vinte e um (21) anos de idade, e que ainda não
tenha ingressado na Maçonaria;
3. Professar sua crença em Deus e reverenciar seu Santo Nome, ou demonstrar fé em
algo Superior, mesmo que não seja chamado por algum nome específico;
4. Afirmar lealdade ao seu País e respeito à bandeira de sua pátria;

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5. Buscar o aprimoramento pessoal;


6. Ser íntegro, discreto e ter boa conduta social;
7. Dedicar-se a praticar os elevados ideais das sete virtudes cardeais de um DeMolay,
contidos na Coroa da Juventude: Amor Filial, Reverência pelas Coisas Sagradas,
Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo;
8. Aprovar a filosofia da Fraternidade Universal entre os Homens – saber que somos
todos livres e iguais;
9. Seguir a nobreza de caráter exemplificada pela vida e morte de Jacques DeMolay,
último Grão-Mestre a Ordem dos Cavaleiros Templários.
Assim, um verdadeiro DeMolay é aquele jovem que em sua vida diária
se torna um reflexo dos ensinamentos da Ordem DeMolay.

9.3 Compromissos

Ao ingressar na Ordem DeMolay existem três tipos de compromissos


assumidos:
1. Virtudes: já referidas, é o mais sagrado dos compromissos; de cunho
subjetivo, está intimamente ligada à vivência filosófica. O compromisso é se tornar
um ser humano melhor. Talvez, este compromisso seja o mais difícil, pois não há
como ser cobrado. Somente nossa consciência pode ditar quanto estamos em
conformidade com a Verdade, e qual é nossa verdade. Os símbolos e rituais servem
como base para este aperfeiçoamento, como exemplos a serem seguidos. Somente
em nível pessoal e no transcorrer dos fatores diários é que pode ser demonstrado o
quanto podemos crescer e quanto crescemos.
2. Estudo: dentro dos dois graus da Ordem DeMolay existem inúmeros
estudos e pesquisas que devem ser feitas, de forma que todos os membros tenham
acesso ao maior número de informações sobre a Ordem e seu sistema iniciático, para
que seja efetiva e válida sua afiliação à Ordem DeMolay.
3. Frequência: todos os DeMolays ativos, para cumprir seus deveres
para com a Ordem, devem apresentar frequência em todas as reuniões, salvo em
casos excepcionais e justificados ao hospitaleiro. Acompanhe sempre o calendário do
Capítulo e tenha pontualidade nas reuniões. Nos primeiros seis meses, além dos
trabalhos dentro do Capítulo, a cada reunião todos os novos irmãos devem entregar
os trabalhos do Grau, além do estudo de livros e apostilas em seus lares. Estas
exigências não devem conflitar com os estudos escolares, por esse motivo,
organização e disciplina são fundamentais.

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9.3.1 Dias Obrigatórios de um DeMolay

Existem algumas datas de destaque na Ordem DeMolay, por esse


motivo devem ser lembradas e celebradas de alguma forma pelo Capítulo.

 Dia Devocional: domingo próximo ao dia 18 de Março;


 Dia em Memória a Jacques DeMolay: 18 de Março;
 Dia das Mães: segundo domingo de Maio
 Dia dos Pais: segundo domingo de Agosto;
 Dia do Patriota: 7 de Setembro
 Dia Educacional: 15 de Outubro
 Dia em Memória a Frank S. Land: 08 de Novembro
 Dia do Meu Governo: 15 de Novembro
 Dia de Conforto: 25 de Dezembro

Os dias obrigatórios são preferencialmente realizados nas datas acima


estipuladas, mas há a possibilidade de alteração, caso seja conveniente ao calendário
do Capítulo.

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II. Guia de Conhecimentos Avançados

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SUMÁRIO
1. OS PRIMÓRDIOS DA ORDEM DEMOLAY ......................... ....................... ... . 53
1.1 A origem da Ordem DeMolay no Brasil ...................................................... 55
1.2 A fundação do SCODRFB ............................................................................ 55

2. A INICIAÇÃO ................................................................................................ 57
2.1 O ritual de iniciação ................................................................................... 57
2.1.1 O que é iniciação? ....................................................................................... 57
2.1.2 Qual é a importância da iniciação? ............................................................. 58
2.1.3 O que é um irmão iniciático? ...................................................................... 60
2.1.4 Qual é a diferença entre um iniciático e um forasteiro? ............................. 60
2.1.5 A confiança nos irmãos ............................................................................... 61

3. SIMBOLOGIA DA ORDEM DEMOLAY ............................................................ 62


3.1 Capas ......................................................................................................... 62
3.2 Altar e velas ............................................................................................... 63
3.3 Malhete ..................................................................................................... 64
3.4 Formação dos Oficiais ................................................................................ 65
3.5 Livros da Nossa Fé...................................................................................... 65
3.6 Músicas ..................................................................................................... 66
3.7 Gongo ........................................................................................................ 66
3.8 Traje .......................................................................................................... 66
3.9 A Sala Capitular.......................................................................................... 67
3.10 Assinatura ................................................................................................ 71
3.11 Joias ......................................................................................................... 71
3.11.1 Fita vermelha ............................................................................................ 71
3.11.2 Ramos de louros ....................................................................................... 71
3.12 O bastão do Mestre de Cerimônias .......................................................... 71
3.13 Posição DeMolay de Oração .................................................................... 72

4 ADMNISTRAÇÃO DOS CAPÍTULOS ................................................................. 73


4.1 Conselho Consultivo .................................................................................. 73
4.2 Oficiais ....................................................................................................... 74
4.2.1 Mestre Conselheiro .................................................................................... 75
4.2.2 Primeiro Conselheiro .................................................................................. 76
4.2.3 Segundo Conselheiro .................................................................................. 76
4.2.4 Tesoureiro .................................................................................................. 76
4.2.5 Escrivão ...................................................................................................... 76
4.2.6 Primeiro Diácono ........................................................................................ 77
4.2.7 Segundo Diácono ........................................................................................ 77

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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista
4.2.8 Primeiro Mordomo ..................................................................................... 77
4.2.9 Segundo Mordomo ..................................................................................... 78
4.2.10 Capelão .................................................................................................... 78
4.2.11 Hospitaleiro .............................................................................................. 79
4.2.12 Mestre de Cerimônias .............................................................................. 79
4.2.13 Porta Bandeira.......................................................................................... 80
4.2.14 Orador ...................................................................................................... 80
4.2.15 Sentinela .................................................................................................. 80
4.2.16 Preceptores .............................................................................................. 81
4.2.17 Organista .................................................................................................. 82

5. ADMNISTRAÇÃO DA ORDEM DEMOLAY ....................................................... 83


5.1 DeMolay International ............................................................................... 83
5.1.2 Cargos ......................................................................................................... 83
5.2 Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa 83
do Brasil ...................................................................................................
5.2.1 - Gabinete do Mestre Conselheiro Nacional ............................................... 84
5.3 Grande Conselho Estadual ......................................................................... 84
5.3.1 Gabinetes Estaduais.................................................................................... 84
5.4 Identificação .............................................................................................. 85
5.5 Legislação .................................................................................................. 87
5.6 Eventos ...................................................................................................... 87
5.6.1 International Conference ............................................................................ 88
5.6.2 ESOD ........................................................................................................... 88
5.6.3 CNOD .......................................................................................................... 88
5.6.4 CEOD........................................................................................................... 88
5.6.5 EMARP ........................................................................................................ 89
5.6.6 ELOD ........................................................................................................... 89
5.6.7 EPOFEX ....................................................................................................... 89
5.6.8 CONAMESCO .............................................................................................. 89
5.6.9 Olimpíadas .................................................................................................. 90

6 HONRARIAS E PRÊMIOS ................................................................................ 91


6.1 Qual a diferença entre Honraria e Prêmio? ................................................ 91
6.2 a 6.24 Descrição de Prêmios e Honrarias ................................................. 92

7 PADRONIZAÇÕES RITUALÍSTICAS ..................................................................101


7.1 Vestes ........................................................................................................101
7.2 Quórum .....................................................................................................102
7.3 Cerimônias públicas ...................................................................................102
7.4 Apresentação de visitantes ......................................................................102

51
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7.5 Os hinos e a Bandeira Nacional ................................................................103
7.6 Organista .................................................................................................104
7.7 Orador .....................................................................................................104
7.8 Sentinela .................................................................................................104
7.8.1 Alguém pode garantir pelo irmão que está de pé? .................................. 105
7.8.2 O momento das batidas .......................................................................... 105
7.8.3 Uso de espadas........................................................................................ 105
7.9 Gravações e fotos em reuniões secretas ................................................105
7.10 Apuração dos votos nas eleições capitulares .........................................106
7.11 Cerimônia de instalação dos oficias do Capítulo.....................................106
7. 13 Cartão de proficiência ...........................................................................107
7. 14 Orações.................................................................................................107

8 HALL DA FAMA ...........................................................................................108


8.1 Internacional ...........................................................................................108
8.2 Nacional ..................................................................................................109

9 REFLEXÕES..................................................................................................110
9.1 Um deficiente físico pode iniciar na Ordem DeMolay? .............................110
9.2 Um homossexual pode iniciar na Ordem DeMolay? .................................110
9.3 Um ateu pode iniciar na Ordem DeMolay? ..............................................111
9.4 Alguém que não morreria pelo seu país pode iniciar na Ordem
DeMolay..................................................................................................... 111
9.5 Sete Virtudes são suficientes?..................................................................112
9.6 O que nos faz puro? .................................................................................112

10 SINDICÂNCIA ............................................................................................114
10.1 O que o “estranho” precisa ter para ser um DeMolay? ..........................114
10.2 Quem pode integrar a comissão de sindicância? ....................................115

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................116

BIBLIOGRAFIA ...............................................................................................117

APÊNDICE I – SALA CAPITULAR ......................................................................119

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CAPÍTULO 1
OS PRIMÓRDIOS DA ORDEM DEMOLAY

Como sabemos, a Ordem DeMolay foi fundada em 18 de Março de


1919, porém inicialmente ela era um pouco diferente do que é hoje. A seguir
veremos um pouco sobre como nossa história evoluiu para
chegar até o formato atual.
Na reunião de abril de 1919, os títulos dos Oficiais
foram mudados de Presidente para Mestre Conselheiro, Vice-
Presidente para 1º Diretor, Secretário para Escrivão e Guardião-
das-Armas para Sentinela. Um 2º Diretor estava adicionado, e
Averill Tatlock assumiu esta posição.
A questão da responsabilidade sobre a Ordem foi
trazida antes ao Corpo do Rito Escocês de Kansas City. A Loja de
Perfeição Adoniram decidiu se responsabilizar pelo DeMolay e O primeiro brasão da
apontou o primeiro Conselho Consultivo. Os membros eram Ordem, em 1919
John H. Glazier, Frank S. Land, Percy A. Budd, Frank A. Marshall, Arthur A. Metzger,
Fred O. Wood, Leon Thalman, W Raymond M. Havens, Frank I. Buckingham, Ellis R.
Jones e Alex MacDonald. Todos trabalhavam ativamente no Corpo do Rito Escocês, e
naturalmente todos eram Maçons do 33º.
Todos os membros do DeMolay frequentavam a Escola Secundária em
Kansas City, Missouri. Em uma das reuniões, uma proposta foi apresentada, vinda de
um comitê, estudada e trazida por um grupo como um todo, que os membros no
DeMolay se limitariam a 75 membros. Os membros discutiram e aprovaram a ação
unanimemente. Até este ponto, Land sentado no fundo da sala, veio para frente e
pediu para ser ouvido. Ele mostrou como eles estavam sendo egoístas. Ele lembrou
que alguns jovens da escola secundária estavam interessados em participar da
organização como DeMolays, depois certamente outros com interesses similares nas
escolas Secundárias da cidade.
Ele disse que DeMolay não deveria ser uma organização exclusiva. Se
ela é boa para um jovem, ela deve ser boa para todos. "Para nos tornarmos grandes,
nós devemos ser grandes", ele disse.
Um membro fez a proposta de que a questão deveria ser reconsiderada.
Um nova votação foi realizada. Os DeMolays unanimemente decidiram que nenhum
limite de membros seria estabelecido. O que Land falou foi um importante
catalisador. Apenas um ano depois, o Capítulo Mãe tinha iniciado 2.000 membros.
Em Novembro de 1919, o nome da Organização foi oficialmente
mudado de Conselho DeMolay para Ordem DeMolay. Com o crescimento do Capítulo
Mãe, a fama da DeMolay foi crescendo.
Um proeminente Maçom de Nebraska, Zoro D. Clark, veio a Kansas City,
viu o trabalho e atividades da organização, e decidiu que ele queria estabelecer a
DeMolay em seu Estado. Em 8 de Maio de 1920, um grupo do Capítulo Mãe foi para
Omaha e instituiu o Segundo Capítulo no mundo. Pouco depois, Maçons em outras
comunidades em Nebraska, Missouri e estados próximos estavam clamando por

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Capítulos. Em Março de 1922, haviam se estabelecido Capítulos DeMolay em 39 dos


48 estados americanos, bem como no Distrito de Columbia.
Na história da Ordem DeMolay há várias da ocasiões importantes que
ajudam-nos a acompanhar o que nós temos para a data. Na
Ordem DeMolay, nossa história é nossa herança. Nós
construímos para amanhã nas contribuições de hoje. Esses
eventos em nossa orgulhosa história são os importantes
eventos na tradição de excelência da DeMolay. O passado é
exatamente o prólogo.
Interessado na expansão da DeMolay, Dad Land,
como Conselheiro do Capítulo Mãe, respondeu algumas
solicitações para informação bem como autorização para
Brasão da Ordem de fundação de novos Capítulos. Uma organização temporária foi
1920 à 1931
formada para atender os inúmeros pedidos, e uma Constituição, Estatutos, Rituais
impressos e outra série de coisas foram preparadas.
Um reunião especial da organização temporária foi
realizada no Baltimore Hotel em Kansas City em 20 de
Novembro de 1920. Haviam 13 membros neste original Grande
Conselho. Onze eram membros do Conselho Consultivo do
Capítulo Mãe, e os outros dois eram Alexander G. Cochran e
Harry L. Salisbury de St. Louis.
Em março de 1921, o Grande Conselho da Ordem
DeMolay foi formalmente organizado e realizou sua primeira Brasão da Ordem de
sessão. Alexander G. Cochran foi o primeiro Grande Mestre. John 1932 à 1948
H. Glazier, Consultor do Conselho Consultivo do Capítulo Mãe, serviu como Grande
Mestre Adjunto. Land foi Grande Escrivão. Um total de 19 Maçons foram listados no
Grande Conselho até o final da primeira sessão.
Membros do Grande Conselho e um time de iniciação do Capítulo Mãe
estavam viajando por todo os EUA instituindo Capítulos. A maioria dessas turmas de
novos associados era muito grande. Em 12 de Fevereiro de 1923, no Capítulo
Templário em Pittsburgh, Pensilvânia, iniciaram 1.099 novos membros - a maior
turma na história DeMolay. Iniciações e Cerimônias eram feitas nas mais diversas
localidades, incluindo o Metropolitan Opera House localizada na cidade de Nova
York.
No outono de 1920, o Capítulo Mãe tinha desenvolvido algumas
atividades para estes membros. Alguns dizem que o excepcional time de Baseball do
Capítulo Mãe foi responsável por este crescimento. Uma Marcha Unida DeMolay e
uma banda de 100 componentes manteve DeMolays ocupados e atraiu mais jovens
para se associarem.
Perto do final de 1921, Land percebeu que ele tinha que dedicar todo
seu tempo a esta nova organização ou retirar-se. A decisão foi fácil. Como Grande
Escrivão, ele tornou-se um trabalhador por tempo integral. Em Junho de 1922, ele
convenceu um jovem contador da Southern Estrada-de-Ferro de Kansas City a entrar
como membro profissional do corpo docente da DeMolay. O jovem homem era
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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista

Charles A. Boyce, que serviu fielmente como um assistente de


Land e DeMolay até que faleceu em junho de 1968.
Em 1922, o Grande Conselho aprovou algumas
ações e programas como nós vemos hoje. Esses incluíam adoção
de um uniforme para os Capítulos, um serviço majoritário e o
requerimento de que os livros escolares fossem colocados sobre
o altar com a Bíblia.
Também em 1922, o Grande Conselho adotou os
seguintes Dias Obrigatórios para os Capítulos DeMolay - Dia do Brasão da Ordem de
1949 à 2002
Patriota, Dia dos Pais, Dia DeMolay de Conforto, Dia Devocional e
Dia Educacional.
As provisões para instituir Grandes Conselhos da
DeMolay em outros países do mundo estavam estabelecidas na
Sessão de Março de 1948, mas não foram exercidas até 20 de
Março de 1959, quando um acordo foi
assinado para estabelecer um Grande Conselho na Austrália. Este
desenvolvimento internacional causou as formais mudanças do
nome em Março de 1954, de Grande Conselho para Supremo
Conselho Internacional da Ordem DeMolay.
Brasão da Ordem de 2002 Hoje, o DeMolay International continua a servir
até a presente data.
como corpo governador da Ordem DeMolay. Um Grande Mestre
e cinco outros oficiais eleitos compõem o Conselho.

1.1 A origem da Ordem DeMolay no Brasil

No Brasil, a Ordem DeMolay foi estabelecida em 16 de Agosto de 1980,


tendo como fundador o maçom Alberto Mansur.
Tio Mansur, tomou conhecimento da existência da ordem em 1970,
através da leitura do The New Age (Julho, 1969), em um comemorativo do
cinquentenário da Ordem. A partir de então, interessou-se em trazê-la para o Brasil,
revelando esse desejo ao Soberano Grande Comendador estadunidense George A.
Newbury em 1974. Cinco anos depois, em 1979, o então Grande Mestre Internacionl
C.C. “Buddy” Faulkner, líder e entusiasta da Ordem, autorizou Mansur a fundar a
Ordem DeMolay no Brasil, nomeando-lhe em 1980, Membro do Supremo Conselho
Internacional e Oficial Executivo da Ordem DeMolay para o Brasil. Em 12 de abril 1985
Alberto Mansur se torna o primeiro Grande Mestre da Ordem DeMolay no Brasil. É
então instalado o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil (SCODB), com
um tratado estre ele e o International Supreme Council of the Order of DeMolay,
fundado por Frank Sherman Land em Kansas City, atual “DeMolay Internacional”.

1.2 A fundação do SCODRFB

Em 1997, doze anos após a fundação do Supremo Conselho da Ordem


DeMolay para o Brasil (SCODB), tio Alberto Mansur foi questionado por lideranças
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nacionais, dentre elas o Grão-Mestre da Grande Loja do Estado de São Paulo (GLESP),
tio Salim Zugaib, pelo fato de que, passados doze anos, a Ordem DeMolay não havia
tido outro Grande Mestre Nacional (o administrador geral da Ordem) além do tio
Mansur.
Não havendo conciliação, foi fundado o Supremo Conselho da Ordem
DeMolay para a República Federativa do Brasil (SCODRFB), no dia 06 de Julho de 2004,
na cidade de Manaus/AM, durante a 33ª Assembleia Ordinária da Confederação da
Maçonaria Simbólica do Brasil, que passou a ser a única instituição autorizada a
administrar a Ordem DeMolay no território brasileiro com reconhecimento do
DeMolay International.

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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
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CAPÍTULO 2
A INICIAÇÃO

A iniciação é o primeiro contato verdadeiro que o DeMolay tem com a


Ordem. Nela o estranho nasce para a Ordem DeMolay. É ela quem proporciona todos
os instrumentos necessários para se tornar um DeMolay no real sentido, como a
Coroa da Juventude e as Sete Virtudes Cardeais.
A Ordem DeMolay em si apresenta uma gama enorme de atuações na
vida particular de cada um de seus membros. O primeiro que se pode apontar é a
possibilidade de convivência com outras pessoas; pessoas diferenciadas, com toda a
certeza, mesmo porque existe - e deve existir - rigorosa seleção daqueles que serão
membros da Ordem. Não pelo objetivo de se estabelecer uma casta de eleitos, mas
sim porque se entende que somente aqueles que estejam dentro dos padrões iniciais
exigidos devem nela ingressar, tendo em vista a seguinte frase: “um bom cidadão não
é necessariamente um DeMolay, mas todo DeMolay deve necessariamente ser um
bom cidadão”. Outro fato ressaltado dentro dos preceitos da Ordem é que “um
DeMolay jamais deve falhar como líder ou como homem”.
Atualmente, várias organizações se empenham em ideais similares aos
de nossa Ordem, entretanto, a Ordem DeMolay se reveste de um caráter iniciático
bastante peculiar. Em seu corpo principal de trabalho, podemos apontar seu principal
diferencial: ela possui um Ritual. Diversas são as cerimônias da Ordem, mas uma das
mais sublimes é a própria admissão de membros, que se dá na forma de afiliação por
iniciação.
A primeira parte do ritual de iniciação segue uma ordem específica em
que os irmãos do Capítulo são despertados para a averiguação de quem são aqueles
que batem à porta. Os Diáconos e Mordomos são responsáveis por dar as boas vindas
aos ingressantes. Se nos lembrarmos por alguns instantes das funções de cada um
destes oficiais nas cerimônias da Ordem, talvez entendamos um pouco melhor o
porquê destes. O diácono é o auxiliar dos Conselheiros na abertura e encerramento
dos trabalhos. É o oficial responsável por iluminar o Capítulo com a luz das sete
virtudes, aquele que as desperta no Capítulo. Os mordomos são os responsáveis pela
exaltação de dois baluartes de um DeMolay, representados pelo Livro Sagrado e
pelos Livros Escolares. Assim, simbolicamente, estes três oficiais, irão preparar os
candidatos nas liberdades civil, religiosa e intelectual.
Alguns fatos dentro da Iniciação podem passar despercebidos. O
Capítulo é constituído de tal forma que cada um dos pontos representa um momento
do dia, sendo o Leste o nascer, o Sul o meio-dia da vida e o Oeste seu ocaso. Assim,
quando se percorre os pontos cardeais, se percorre um dia.
Neste estudo, particularizaremos vários aspectos da Iniciação, tanto em
seu lado simbólico, como o lado psicológico e espiritual.

2.1.1 O que é iniciação?


A palavra Iniciação parte do vocábulo latino Initiare, que significa
"começar". Iniciações são processos de mudança que ocorrem devido a
acontecimentos na vida que marcam um indivíduo de maneira impactante, fazendo
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com que a pessoa se torne alguém diferente. Acontecimentos positivos e negativos,
acidentes, infelicidades e felicidades, morte e nascimento, são fatos que nos
transformam em uma nova pessoa quando deles tiramos lições. Já as iniciações
ritualísticas que acontecem nas ordens iniciáticas tradicionais, como é a Ordem
DeMolay, tem outro objetivo: revelar verdades e nos preparar para o que está por
vir, que são as verdadeiras iniciações da vida.
Ninguém se torna iniciado apenas por passar por uma cerimônia
ritualística; são as atitudes e a prática, ou seja, a maneira de conduzir a vida, que
tornam alguém iniciado ou não.
Nas diversas tradições místico-filosóficas, tanto ocidentais como
orientais, a iniciação é tida como um dos momentos magnos na vida daquele que
dela participa. Na maioria das vezes, como acontece em nossa Ordem, a Iniciação é o
primeiro contato real com os trabalhos secretos da organização; está ligada a
períodos de preparação para que o membro da Ordem seja chamado com
propriedade de iniciado. Na Antiga Grécia, por exemplo, a Ordem Pitagórica
apresentava um período de iniciação de 1 a 5 anos, quando então Pitágoras conferia
o título de Iniciado em sua escola de mistério. O objetivo deste período é o de
despertar o “iniciando”.

2.1.2 Qual é a importância da iniciação?


A necessidade da Iniciação se faz presente por diversos pontos
importantes. Primeiramente, a diferenciação dos membros reais da fraternidade e
dos profanos. Quando o candidato é iniciado, passa por diversos ritos e dramas que o
levam a ser considerado como digno da tradição a que aspira. Por fim, recebe sinais
de identificação, palavras, toques e comportamentos que o identificam como
membro. Devemos nos lembrar que a maior parte das ordens, ritos e instituições
iniciáticas autênticas e seguras são centenárias. A liberdade de expressão e
pensamento em nosso planeta sofria grande repreensão por parte dos órgãos
governamentais, seja o Estado ou o Clero. Assim, o que se pensava era deturpado
para o público em geral e não podia ser praticado externamente. Os grupos de
Iniciados se reuniam sob o manto do silêncio e da discrição para juntos comungarem
em pensamentos, palavras e ações. Assim, a Iniciação assume em um primeiro plano
o caráter de proteção político-social, e até mesmo como resguarda intelectual.
Em segundo lugar, a Iniciação muitas vezes constituía-se de um caráter
probatório do Iniciando, que deveria nela demonstrar qualidades vitais necessárias
para se manter na Ordem e para manter o silêncio sobre o que ele lá veria, ouviria e a
forma como deveria agir. Para que se aferisse se o candidato realmente poderia
manter seus votos, e se era forte o bastante para enfrentar diversidades, o candidato
deveria demonstrar sua coragem, sua força de caráter e sua fidelidade aos ideais.
Deveria confiar em seus "Irmãos", cujos olhares voltavam-se atentamente para seus
atos durante a Iniciação e a partir daí julgariam com prudência o seu mérito. Lembre-
se de todo o processo e provas que ocorreram com você, desde o momento que foi
vendado, até o momento em que saiu da sala Capitular como um neófito, palavra que
significa “aquele que vê pela primeira vez”, o que em nossa Ordem constitui o Irmão
Iniciático.
Em terceiro lugar, e o mais importante em nosso ponto de vista, a
Iniciação é em toda sua extensão a parte do rito que demonstra a razão para se
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evoluir na capacidade do espírito do iniciando, como a forja que forma a dura e
inquebrável espada, no avançar e no crescer para o domínio da vontade e do
Iniciando num todo como ser Humano. A Iniciação é o método que visa atingir a
subjetividade do homem, no tocante à sua dimensão espiritual e mais recôndita.
Segundo a obra “A Ciência Secreta”, de Henri Durville, “O fim da iniciação é fazer de
cada pessoa um novo ser, modificar-se inteiramente o coração e o espírito, dar-se ao
corpo novos hábitos”. E assim o é. Nas palavras do filósofo Louis-Claude de Saint-
Martin: “Não há outro mistério para se chegar a essa iniciação sagrada que o de
mergulharmos cada vez mais nas profundezas do nosso ser e de não deixarmos
escapar a vivificadora raiz, para que não corramos o risco de extirpá-la; graças a isso,
então, todos os frutos que deveremos gerar, segundo nossa espécie, haverão de se
produzir naturalmente em nós e fora de nós”.
A Cerimônia de Iniciação é o marco psicológico para nos mostrar o que
fomos, o que somos e o que podemos ser. Dessa forma, a iniciação se presta como
um marcador nas páginas da vida do iniciado, para lhe lembrar que mudar é possível,
recomendável e necessário e que, a partir daquele momento, ele deve recomeçar
uma nova vida. A Iniciação não lhe faz diferente. Apenas o iniciando, só, consigo
mesmo no Santuário que é seu corpo, é que gera a verdadeira Iniciação. O Capítulo a
ministra, a aplica aos Candidatos, mas cada Candidato, como personagem principal e
essencial de sua vida, é que faz sua própria Iniciação. A Cerimônia Exterior da qual
participamos é morta: serve apenas como símbolo de ilustração do sentido interno,
apenas como ferramenta do que deve se processar no interno de cada ser.
Mente, Corpo e Espírito. Pensamento, Ação e Essência. Significado,
Forma e Intenção. Muitas são as tríades que constituem a base da verdadeira
Iniciação e nesse sentido vamos nos ater por alguns momentos. De que valerá uma
cerimônia iniciática se os que a executam e os que a sofrem não estejam presentes
em pensamento ou que não saibam seu significado? Quão jogadas ao vento seriam as
duas ou três horas que se passam desde a admissão do Iniciando ao Capítulo até sua
saída como Iniciático, caso sua mente não estiver ali presente, receptiva a todas as
impressões que se possa receber? De que valerá a cerimônia se os Oficiais não
estiverem em perfeita ordem mental com o rito a ser realizado e perfeita dedicação à
sua existência? Pobre e desrespeitoso com os ideais da Ordem será o momento. Não
basta saber o que deve o Oficial fazer. Deve se saber o que significa fazer aquele ato.
De que valerá uma cerimônia iniciática se os que a ministram fugirem
de sua forma oficial? Uma iniciação feita de modo diferente do original não é uma
iniciação daquela Ordem que se propõe o ritual. É uma iniciação, mas não da Ordem.
Os iniciáticos terão acesso a uma outra cerimônia, mas não a uma verdadeira
Iniciação, e então o processo Iniciático estará incompleto.
De que valerá uma cerimônia de iniciação se a presença do Pai Celestial
e as forças sagradas que podem ser despertadas em uma Sala Capitular para se abrir
um Capítulo não se fizerem presentes? Em nossa Cerimônia da Luz nos é lembrado
que “sem a sólida fé e as graças de nosso Pai Celestial, nosso trabalho seria em vão”.
Assim, a intenção dos executores do Ritual é de fundamental importância para que a
Divindade presente em todos os planos se manifeste.
Mas insistimos: acima de tudo, o ponto mais importante da iniciação é
aquele que nos dita que aos iniciandos é que competem encará-la, realizá-la em seu
íntimo, conquistá-la por si mesmo através de uma perseverança resoluta.
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2.1.3 O que é um irmão iniciático?


O Iniciático pode ser encarado como aquele que passa ou que vem de
um processo de Iniciação. Sem nenhuma experiência no novo campo, se justifica o
fato de não poder se candidatar a cargos e de votar em eleições ou escrutínios, e isso
alimenta o desejo de progredir no seu intento. São os elementos novatos na
Instituição da Ordem DeMolay.
Para ter sido admitido, deve possuir os “Sagrados Princípios da Ordem
DeMolay”. A ele são impostos deveres como membro da Ordem. Suas regras são
ferramentas a serem testadas e aprimoradas durante todo o Grau no conhecimento e
prática das sete virtudes cardeais de um DeMolay.
Devemos nos recordar que o Irmão Iniciático representa aquele que,
quando no escuro, abriu os olhos para a claridade, mas ainda está com seus olhos
ofuscados. Quando vendados, simbolizam o forasteiro que ainda está imerso nas
trevas da falta de conhecimento sobre os ideais de um DeMolay.
Antes do aperto de mão do companheirismo do Mestre Conselheiro,
antes da retirada da venda, o candidato não poderá ser chamado de Iniciático, mas
sim de estranho. Ele é aquele que chega a uma terra desconhecida, de práticas
desconhecidas, para fins desconhecidos, para encontrar as pessoas que na terra das
virtudes já estão. Por isso, não podem ainda lhe ensinar seus segredos mais sagrados,
e testarão sua vontade e sua determinação. E quando lhes for provado que o
forasteiro pode realmente se tornar um deles lhe darão a luz e a amizade, acolhendo-
lhe como novato, como neófito, como aprendiz, como um Irmão, e deverá trilhar o
Caminho da Iniciação para um dia ser um DeMolay na sua plenitude. Aí reside um
fator por vezes deixado de lado na compreensão, mas que se faz importante: o
membro somente é chamado de DeMolay após um curto, porém intenso período em
que é chamado de Iniciático, iniciando-se nas práticas e deveres de um DeMolay, mas
ainda não sendo um. Porque somente um DeMolay sabe porque se chama DeMolay,
e o Iniciático deve pensar por que é chamado Iniciático.

2.1.4 Qual é a diferença entre um iniciático e um estranho?


É fato que a Iniciação não começa apenas no momento em que
adentramos a Sala Capitular. O estranho é que trilha o caminho para encontrar e
iniciar na Ordem DeMolay. Sua Iniciação começou, talvez, quando seu padrinho lhe
entregou a ficha para Indicação, ou talvez antes, quando ele o julgou digno do
convívio em nosso meio. Apesar da responsabilidade do padrinho em ter indicado o
irmão, ressalta-se que o próprio irmão possui responsabilidade ainda maior, pois teve
a liberdade de optar por aceitar ou não o convite e passar por todo o caminho até
chegar à condição de iniciático. E assim como se escolheu como Iniciático, poderá, ao
longo do tempo, do seu conhecimento e de sua vontade, se escolher como DeMolay.
A diferença, portanto, entre um iniciático e um estranho é que o
estranho é uma pessoa que não é membro da Ordem, já o iniciático é um membro,
mas que ainda não obteve acesso pleno ao que ocorre no Capítulo, pois ainda está
galgando os primeiros degraus e deverá se mostrar apto e digno para deixar de ser
um iniciático e passar a ser um DeMolay. Para que isso ocorra, as palavras-chaves são
“humildade” e “vontade”. Humildade para deixar a vaidade de lado e ouvir conselhos
dos mais experientes, e vontade para também buscar o conhecimento por conta
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própria, superando honestamente os obstáculos encontrados no caminho.

2.1.5 A confiança nos irmãos


Além dos aspectos apontados e dos diversos ganhos que se tem como
DeMolay, o cultivo de verdadeiros irmãos talvez seja um dos que mais se deva
destacar. Fora de um grupo coeso como o da Ordem, somos normalmente um para
enfrentar o mundo de forma correta. Ao ser admitido aos portais da Ordem, somos
ao menos um grupo de 15 pessoas que se propõe a fazer o bem. Aqueles que se
fixam na Ordem, ao longo dos anos percebem que seus maiores e mais valorosos elos
afetivos estão na Ordem, e então a nossa vida na Ordem e a nossa vida pessoal se
fundem, tornando-se uma coisa só. A história da Ordem está recheada de exemplos
de irmãos que se tornaram tão, ou mais, próximos que irmãos consanguíneos uns dos
outros. A própria origem histórica da nossa organização mostra isso. O tio Land e o
irmão Lower foram como pai e filho. Os 9 DeMolays iniciais, formaram uma
verdadeira família e o amor e a luz que ali se gerou estão vivas e radiantes a cada
instante, já que depois de quase 100 anos, você, meu irmão se dedicou aos mesmos
propósitos de moral e limpidez.
Este trabalho de união e convivência são tão significativos, que nossa
relação ultrapassa a amizade. Somos irmãos! Assim, a convivência dos irmãos
DeMolays é um dos temas centrais dos trabalhos da Ordem, mesmo porque, de todas
as virtudes de um DeMolay, o Companheirismo é a chama central que circunda o
coração de um Capítulo, ou seja, o Altar simbólico dos Juramentos.
Pessoas que se reúnem para, em conjunto, praticar e criar a cidadania
que em nossa sociedade e no mundo atual tanto faltam. Irmãos que se revestem em
símbolos para ilustrar em conjunto que, somente com a lealdade e a virtude,
podemos nos tornar todos iguais em direito e trabalhar para o bem ao próximo. E por
isso, o caráter de cumplicidade é exigido em nossas iniciações. Aquele que chega aos
nossos portais é tido como um forasteiro em terra que ele desconhece. Somente
obtém permissão para entrar quando alguém de dentro responda por ele como digno
amigo, assim afirma nosso Rito. Portanto, somente amigos são aceitos para a
iniciação, somente aqueles que estão dentro dos padrões e possuem a postura em
sociedade de tal maneira correta que aceita ser vendado e confia naqueles que o
esperam.
Confiança. Palavra chave que o neófito dá ao ser iniciado em nossa
Ordem. Sem confiança será que alguém permitiria que se vendasse sem saber ao
certo o que se passaria?

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CAPÍTULO 3
SIMBOLOGIA

Como sabemos, a Ordem DeMolay é repleta de símbolos e alegorias


que trazem em seu bojo um propósito. Símbolos, para aqueles que não o conhecem,
são meras figuras. O conhecimento simbólico é como uma lente, pois nos permite
enxergar coisas que antes não enxergávamos.
A Sala Capitular é o local físico que comporta os irmãos. Entretanto, existem
mais alguns aparatos físicos necessários para a construção de um Capítulo. São eles:
Coroa da Juventude com sete jóias removíveis, dois malhetes, sete castiçais com
velas, Bíblia (Livros de nossa fé), livros escolares, Bandeira Nacional padrão e gongo.
Todos estes itens são repletos de simbolismo e é sobre isso que falaremos a seguir.
Os significados expostos neste Capítulo são baseados em materiais de estudo
ritualístico e litúrgico do SCODRFB, entretanto, não se tratam de documentos oficiais
da Ordem DeMolay, sendo, portanto, passíveis de contestação e podem possuir
diferentes interpretações.

3.1 As capas

As capas são paramentos de uso exclusivo dos 23 oficiais de um


Capítulo. Nenhum DeMolay que não ocupe cargo deverá usá-las, a não ser em casos
de substituição de algum oficial ausente. A capa possui o mesmo símbolo do manto,
indicando assim a realeza e a nobreza. Pelo lado espiritualista, o manto é um símbolo
de proteção dada pela sabedoria adquirida, suas cores em harmonia e inter-relação,
revela um profundo sentido esotérico.
O interior da capa, a cor vermelha, representa o sacrifício do nosso “eu
interior”, para o nosso aprimoramento e evolução. Lembra também o sangue
derramado pelos templários em defesa da Justiça, Fraternidade e Verdade.
Representa ainda a energia latente em constante movimento, a saúde e a força, pois
reflete o sangue que corre por nosso corpo, mantendo-nos vivos.
A Orla vermelha que se externa a capa, tem significado que nosso eu-
interior exerce nítida influência no mundo exterior, nas transformações externas, no
Universo. Em perfeita harmonia com o conhecimento adquirido, no estudo dos
mistérios.
Sabemos que o Branco é a união de todas as cores do espectro solar e a
luz em plenitude. Em contrapartida, o Preto é a ausência total da Luz, o vazio, o nada.
A cor preta, exterior a capa, associa-se a simbologia do número zero, símbolo da
eternidade e do não-ser. O zero está conectado misteriosamente com a unidade
entendida como seu oposto e reflexo. O Zero simboliza tudo que existe em estado
latente e potencial.
Do ponto de vista da existência humana, o preto simboliza a morte
como o estado onde as forças da vida são transformadas. Portanto, o preto é a cor
dos mistérios, retrata a apreensão vivida pelos iniciáticos que morreram para a vida
profana e renasceram para diante da luz, a fim de se aprimorar e melhorar o mundo.

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3.2 Altar e velas

O Altar é o lugar onde se coloca coisas importantes e sagradas a uma fé


ou a um grupo. Lugar utilizado para prestar culto a Deus, está no centro da sala para
que todos possam contemplar as bases de nossa fé e os baluartes de nossa conduta.
Esse posicionamento foi herdado via Maçonaria do parlamento inglês, também pode-
se notar que esta no centro do triângulo formado pelos conselheiros, onde também
são colocados os livros escolares e desta forma fornece energia e conhecimento para
os nossos lideres .
Um Altar tem sempre luzes a iluminá-lo, ainda mais quando há um livro
sagrado aberto sobre ele. Além de iluminar e destacar o altar, a ordem DeMolay
ergue sete luzes para simbolizar seus sete princípios norteadores e os coloca à vista
de todos os membros e visitantes de maneira que lembre a todos seus deveres. Essas
luzes servem para guiar os membros e são conhecidas como virtudes cardeais.
Existente entre o Mestre Conselheiro e o altar de juramentos, é uma
linha que somente poderá ser ultrapassada quando o ritual dos trabalhos secretos da
Ordem DeMolay assim o exigir. As velas são mais que apenas luzes que simbolizam as
virtudes, pois acredita-se que a essência destas está presente em cada uma delas.
Estão dispostas em circulo, pois o circulo é uma forma geométrica que pode ser
classificada como perfeita, não tem começo e não tem fim, é infinito, e
consequentemente não tem fraquezas.
As velas estão intimamente ligadas aos primórdios da humanidade.
Desde os tempos antigos, o fogo das velas tem sido uma fonte de luz, e assim é um
símbolo de divindade, da sabedoria e do bem.
A vela, por portar o fogo, tornou-se uma síntese de símbolos. A cera
representa o corpo do homem. A alma é representada pelo pavio e o espírito pela
chama. A vela é o símbolo da matéria, enquanto a chama representa o espírito que
torna a matéria viva.
Um importante ponto é a cor das velas utilizadas, que embora não
exista nenhuma regra que a defina, reflete diretamente na vibração correspondente
ao seu possível simbolismo. É uma chave que nos permite abrir a porta que dá acesso
ao subconsciente. A vela branca, utilizada nas cerimônias publicas, está ligada a Lua,
que é o signo planetário do oculto. Também está ligada ao signo de Câncer. Tanto a
Lua quanto o signo de Câncer estão ligados às emoções profundas e ocultas. O branco
simboliza também a pureza. Assim, o branco, utilizado em cerimônias públicas nos
indica o sigilo, a pureza dos DeMolays e a intensidade de sentimentos inerentes às
Cerimônias Públicas.
Já a vela vermelha esta ligada ao planeta Marte, que é o planeta da
guerra, também está ligada ao signo de Áries, que é o signo da impulsividade.
Também nos recorda do sangue derramado por Jacques DeMolay, ao longo dos anos
em que foi torturado e, cuja vida é nosso exemplo máximo, assim entendemos que a
vela vermelha simboliza a coragem e a resistência na luta em nome dos ideais da
nossa Ordem.

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Um ponto importante dentro do ritualismo é o apagar das velas.


Segundo o esoterismo, a natureza é inteiramente criada por 4 princípios, chamados
de 4 elementos, a saber: fogo, água, terra e ar. A interação entre eles cria a vida na
terra. Assim, jamais um elemento deve anular o outro, pois sua interação sempre
deve produzir vida. Por isso nunca devemos assoprar velas dentro do Capítulo para
extingui-las.
Nossa Ordem possui sete velas simbolizando as sete virtudes cardeais
de um DeMolay. Antigos acreditavam que sete eram os astros que compunham o
sistema solar, além da Terra: o Sol, a Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.
Relacionados a estes, estão os signos do Zodíaco e, portanto, cada um deles (e
consequentemente cada vela), representa um guia de conduta na vida das pessoas.
Dessa forma, as sete velas da Ordem DeMolay são colocadas ao redor do Altar para
iluminar nossas vidas.

3.3 O Malhete

O malhete tem forma análoga a letra Tau (T.), chamado também de crux
commissa ou cruz de Santo Antônio.
Os Vikings carregavam amuletos em forma de martelo e traçavam no ar
um Tau em sinal de consagração ou de benção. O Tau é o caminho da inteligência
admistrativa, sendo assim denominado por que dirige e associa em todas as suas
operações os sete planetas, mesmo estando todos eles em seus devidos cursos. Se
ligarmos esta compreensão a Sala Capitular, os oficias que portam o Tau (malhete)
são os Conselheiros, pois assim eles têm o poder de nos unir aos mestres de nossa
corrente astral (Pai Celestial).
Concluindo o malhete é o símbolo que nos une em pensamento
enquanto estamos separados, pedindo que nos envolvamos no misterioso trabalho
de nossa Ordem. Concentram as atenções e os pensamentos. Representam os graus
de nossa Ordem.
O Malhete, por ser análogo ao Tau, é tido como o "Palácio da Santidade que
sustém todas as coisas". Ele é ao mesmo tempo "o Poder e a Servidão" que acarreta
o poder.
É necessário o conceito de que a maior parte do mundo físico também é
invisível. Não enxergarmos os átomos, as interações atômicas, os objetos em sua
plenitude e todos os lados e partes de uma só vez. Assim, o místico deve conhecer
antes sua constituição material e depois a espiritual, já que a matéria por si só
constitui um grande mistério de nosso Criador. Quando os que portam o Malhete
começarem a caminhar, realmente aproveitando a experiência real de suas vidas,
com seu processo de exploração sendo então orientado na real busca, terão ajuda e
encorajamento em todos os seus passos. Assim, o malhete é o símbolo do poder

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conscientemente dirigido. Representa a autoridade na Assembléia. O Malhete do


Primeiro Conselheiro representa o administrativo, o poder da organização do
capítulo. O Malhete do Mestre Conselheiro é símbolo de autoridade máxima dentro
do capítulo. Quando o Mestre Conselheiro se demonstra digno no cargo, torna-se um
foco de luz, irradiando a Sabedoria, diretamente da Luz do Leste – símbolo do sol
nascente.

3.4 Formação dos oficiais

Os oficiais entram na Sala Capitular e formam um triângulo,


representando o patrocínio e o respeito pela maçonaria. A lei do triângulo: reflete a
dualidade, já que seu vértice une as duas pontas da base.
O triângulo é também a manifestação da harmonia dos opostos e a
hierarquia em que todos são importantes: em uma pirâmide, como no triângulo, o
topo depende sempre da base, ou seja, os postos mais altos dependem sempre dos
mais baixos hierarquicamente.
Para nós, DeMolays, o triângulo é o símbolo da perfeição, uma
recordação para que os ensinamentos da Ordem estejam sempre em nossas vidas
diárias. Estes podem ser resumidos como: Amor a Deus, Família e Pátria. Além do
triângulo dos Oficiais, temos também aquele formado pelos três conselheiros do
Capítulo, com a palavra de Deus em seu centro.

3.5 Os Livros da nossa fé

Os livros sagrados são obras literárias presentes nas principais religiões.


O símbolo que liga a Ordem DeMolay mais diretamente a Deus é o Livro da nossa fé
aberto, representa a palavra do Pai Celestial. O Livro escolhido inicialmente, foi a
Bíblia, pois o tio Frank Sherman Land era Cristão e lia bastante a Bíblia, sabendo
muitos de seus ensinamentos de memória. Quando jovem frequentou uma Escola
Dominical. Nessa escola recebeu a Bíblia sobre a qual os primeiros DeMolays
prestaram seu juramento.
A Ordem aceita membros de todos os credos, desde que creiam em um
Ser Superior. Os Livros, portanto, está no altar apenas para simbolizar a ligação com o
Pai Celestial, independentemente da religião dos membros. O livro sagrado aberto
sobre o altar é também símbolo da palavra do Ser Supremo adorado pelos membros
do Capítulo e serve como uma lembrança aos jovens para que governe suas ações e
vidas sob a luz dos ensinamentos do Deus que eles adoram.
No dia a dia do Capítulo, durante as reuniões, podem ser utilizados um
ou mais Livros Sagrados no altar (seja ele de qualquer religião), da forma como for
mais adequada ao Capítulo.
Durante as atualizações do Ritual da Ordem DeMolay, em português,
optou-se por chamar a Bíblia de “livro da nossa fé”, representando e abrangendo
assim as mais diversas crenças e não apenas o Cristianismo.

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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
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3.6 Músicas

As músicas utilizadas pelo Organista também fazem parte da simbologia


DeMolay. O conhecimento do poder e da energia mágica da música há milênios é
parte integrante de todas as culturas do mundo. Cânticos podem levar a estados
mentais e de consciência que ocasionam libertação momentânea da personalidade.
Desde a época de Pitágoras existe o conceito de que a música estava relacionada à
Ordem Cósmica Universal.
Para o sábio da antiguidade, a sabedoria do eterno age no globo
terrestre como um grande teclado de piano, em que cada evento é harmonicamente
refletido como música tocada pelo próprio Deus. Assim, em nossos Capítulos, o uso
da música reivindica a presença da harmonia da criação e dos atos que ali se
realizam. Uma de suas funções é nos fazer elevar a consciência para um “plano
maior”.
Recomenda-se o uso de músicas que não desviem nosso foco do
momento. Esse desvio de foco acontece com maior facilidade nas músicas cantadas
ou aquelas que não nos ligam à música em si, mas ao cantor ou a filmes (trilhas
sonoras conhecidas).
O som proveniente das músicas possuem frequências distintas. Uma
música clássica possui compassos largos, de modo que sua frequência é menor. Uma
frequência menor ao ser recebida pelo nosso corpo nos mantém no mesmo ritmo do
som, ou seja, calmos. Isso induz ao relaxamento, que é o primeiro passo para o
estado de transe.
Diante do exposto, é inegável o importante trabalho do Organista em
desenvolver a sensibilidade de usar a música adequada ao momento da reunião.

3.7 Gongo

O gongo é um instrumento utilizado em diversas religiões e tradições, e


sua função principal é anunciar o sagrado. Quando é soado, todos demonstram
profunda reverencia e se voltam ao seu interior.
Dessa forma, em nossas iniciações, o gongo relembra o ato de pisar no
solo em que o Sagrado será revelado.
O Organista faz soar o gongo sete vezes, relembrando as sete virtudes
sagradas da Ordem DeMolay. Além disso, o número 7 possui uma ligação divina com
o tempo, simboliza o renascimento dos candidatos para uma nova vida como
DeMolays.

3.8 O traje

A vestimenta alvinegra (camisa branca social, calças, meias e sapatos


pretos) simboliza a dualidade entre os opostos, assim como a luz é oposta à sombra.
Reflete o equilíbrio, pois enquanto o branco demonstra a presença de todas as cores,
o preto retrata a ausência delas.

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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
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Vale dizer que a vestimenta alvinegra não é usada com frequência nos
outros países, sendo introduzida no Brasil pelo grupo de maçons que instalaram a
ordem em nosso país.

3.9 A Sala Capitular

Qualquer local em que haja quatro paredes pode ser uma Sala
Capitular. Assim, os tios emprestam sua Loja para que trabalhemos, mas
ritualisticamente nada impede que se faça uma reunião em um salão. O que importa
não é a parede que constrói a Sala Capitular. O que importa é a essência que
colocamos nesta parede, através de nossos pensamentos e atitudes enquanto lá
estamos e em nossas vidas.

No ritual de trabalhos secretos do Grau Iniciático, encontramos que o


Capítulo é composto por uma Sala Capitular de quatro paredes sem decorações, por
alguns aparatos ritualísticos, por um corpo de oficiais e por irmãos. A Sala Capitular
sem os irmãos, é uma construção de quatro paredes, mas não é um Capítulo. Os
irmãos reunidos sem o objetivo dos trabalhos da Ordem, mesmo que estejam em sua
totalidade, não são um Capítulo. O Capítulo, por tanto, é a reunião dos irmãos da
Ordem na Sala Capitular.

O norte é o símbolo do lado da matéria, de aprendizagem e trabalho,


por isso, costumava-se ter como tradição os iniciáticos se sentarem lá. É o ponto
cardeal em que o Sol mergulha nas trevas da noite. Na Ordem DeMolay, oficiais não
são colocados neste lado da sala, “porque o Templo do Rei Salomão era tão ao norte
do Equador, que nem o sol nem a lua poderiam dirigir seus raios à porção norte no
edifício”. É o ponto da provação, pois é o mais material dos pontos. É o lado da
escuridão, a base do homem, seus instintos e suas necessidades. Está ligado ao
inverno. Seus metais são o ferro e o chumbo. Seu objeto é o escudo. São as coisas da
vida profana, e o ponto de maior escuridão no Capitulo. É o ponto da Terra, onde
tudo começa e onde tudo termina. Este é o elemento mais próximo de nós. É nele
que andamos, comemos, dormimos. É o elemento da estabilidade, da solidez, da
segurança. O norte nos lembra as adversidades da vida, já que vivemos uma época
muito difícil, em que por vezes os princípios de boa conduta e cidadania escapam
pelas nossas mãos e se entregam ao mundo. E nos esquecemos que o mundo é algo
maior que as aparências e principalmente maior que a sociedade. Este é o grande
desafio do norte. Budha, em sua Sutra da Impermanência afirmou que: “As formas
são impermanentes. Sendo impermanentes, elas são dolorosas. Sendo dolorosas, elas
são insubstanciais. Por serem insubstanciais, elas não nos pertencem. Libertar-se das
formas, é libertar-se da dor. Libertar-se da dor, é libertar-se de tudo o que nos
prende ao ciclo das vidas e se tornar um Buda”. Assim, o norte traz a Sala Capitular a
lição de que não devemos fugir do mundo. O Norte é onde nossas provas se
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desenvolvem, onde nossos corpos crescem, onde a fé se afirma. Mesmo como palco,
o norte também é personagem do drama da existência, da eterna história da vida. É
ao mesmo tempo um completo, complexo e perfeito organismo vivo, já que
apresenta precisas funções: digestão, respiração e circulação. Estas funções são
menos aparentes na terra, não por que sejam mais devagar. Nós é que não estamos
acostumados a observá-los.

No mundo tudo está em estado de vegetação, de amadurecimento....


tudo parece estático.... tudo parece parado.... Mas sabemos que nele existe um
germe. E o que é um germe? É um princípio.... o elemento de desenvolvimento de
alguma coisa. É um mundo completo em si mesmo, mas ainda não realizado, virtude
não manifestada, princípio concentrado, irrealizado. O germe deve crescer na noite
para reencontrar a luz. Deve permanecer em segredo e em obscuridade, dentro, na
terra. A mesma terra que escura, é aquela que protege o grão da força do Sol, para
que possa se desenvolver. Cada coisa irá proferir seu próprio nome, irá se
desenvolver pelo que há em seu interior, que é também um dos nomes de Deus, pois
cada germe é uma virtude do próprio Deus. O germe é um mundo fechado, como
uma casca que ao mesmo tempo isola e protege. Assim, mesmo em trevas, o mundo
e o norte são na verdade o centro do poder, a potencialidade, Deus em uma parte
que permanece em nós, inconsciente. Mesmo em meio às imperfeições, é perfeito.
Sem a terra e a vida, com todas as suas dificuldades, não se pode manifestar a Glória
de Deus. É o campo de prova em que se afirma o que é verdade e que derruba-se o
que é falha.
O sul é o ponto que representa o meio da vida do DeMolay, quando ele
esta se aproximando da maioridade, quando metade dos anos de sua vida estão no
passado e a outra metade no futuro e há a oportunidade de fazer o bem e de sermos
melhores. O Sul é o ponto cardeal em que o Sol está pleno, ao meio-dia. Assim é o
ponto que representa a mudança. A partir do meio dia, o dia que nasce começa a
morrer. É o tempo em que os frutos plantados durante o início de nossas vidas
começam a ser colhidos. É a estação do aprimoramento, a regeneração, ao queimar
de tudo o que é imperfeito, incorreto. É a estação da transformação, da alquimia.
Está ligado ao verão. Seu metal é o ouro. Tem uma energia impulsiva, de coragem,
força, autoridade, de aprendizado, da vontade e da disposição. Seu instrumento é a
espada. Está ligado ao elemento fogo, o elemento da mudança, do desejo e da
paixão, da autoridade. O ponto Sul também é ligado a lei do Carma. Segundo um
místico de nome Fortitus: “No fértil solo de nossa vida temos o direito ao plantio, mas
o dever da colheita”.

O Carma é um termo sânscrito que significa literalmente “ato”, “ação”


ou “reação”; dá nome a lei de causa e efeito que rege a evolução espiritual do
homem. Cada um de nossos pensamentos, palavras e ações se inscrevem na
Memória Universal, que em sânscrito se chama Akhasha, e tornam-se uma causa que,
no momento mais oportuno e quando as condições estão reunidas no plano terreno,

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produz um efeito preciso em nossa existência, sendo que o mundo do espírito não é
uma coisa distante de nossa vida cotidiana. Não há como dissociarmos a matéria e a
vida material da sua continuidade espiritual, mesmo por que ensinamentos antigos
afirmam que a matéria é uma forma mais densa das energias espirituais.
Assim, podemos dizer cada pensamento, palavra ou ação é escrito no
invisível e, pela lei do carma, teremos a devida compensação, que visa, segundos os
orientais, um aprendizado verdadeiro do que é correto. Ser sincero consigo e com os
outros leva ao carma positivo ou dharma, enquanto que a hipocrisia leva ao carma
negativo, que em um futuro imediato ou não se converterá em lições cármica dos
mais variáveis tipos, necessárias para o aprendizado da verdade .

Os atos de cada um não dependem dos outros, mesmo que os


atrelemos a estes. Ser ou não ser é uma posição interior, de nós para nós mesmos, e
independente dos valores dos que nos observam. O que os outros pensam pouco
importa no plano da evolução pessoal. Se os outros são ou não são reais também é
de pouca validade para nossa evolução espiritual, principalmente o julgamento de
como a outra pessoa lida com este aspecto de sua vida, que não nos engloba. Como
diz uma determinada tradição: SOMENTE NOSSA CONSCIÊNCIA É O JUIZ AUSTERO E
INFLEXIVEL A QUEM DEVES DAR JUS. A verdade é que no fundo sempre sabemos
quando estamos do lado correto ou quando não estamos. Resta-nos optar por qual
caminho seguir e essa opção refletirá na nossa colheita futura.

Os místicos afirmam que todos nós temos a capacidade de melhorar o


mundo pelo simples ato de pensar o bem. Quando o pensar é aliado com o ato, o
misticismo teórico torna-se prático. Pensamento e ação devem ser os dois fios da
espada do homem no mundo e na sociedade. Segundo os Rosacruzes: “Aceitar o mal
por omissão é tão culposo quanto praticá-lo”. Segundo os Louis Claude de Saint
Martin: “A timidez também é uma nódoa; é mesmo a mais prejudicial das máculas, a
que pode dar origem a todos os outros extravios”.

Como o Sul é o ponto da Justiça, devemos lembra que a justiça divina é


mais estrita para com aqueles que infringem suas leis estando plenamente
conscientes do que fazem.

Dessa forma, é preciso cuidar para que nossos pensamentos, palavras e


ações estejam sempre em conformidade com o bem. Budha afirmou que: “Não há
lugares na terra ou nos céus ou sob as águas, nem nas profundezas das montanhas,
onde uma má ação, por menor que ela seja, não traga sofrimento àquele que a
cometeu”.
O leste é símbolo do sol nascente e do nascer da vida, este lado
representa o começo da jornada como DeMolay, ponto onde o sol nasce, ou seja, que
vem a luz da vida, lado do espírito e do que não é material (palpável). É também
símbolo da liberdade, já que é o ponto do que está por vir. É o símbolo do
renascimento do Sol, após as trevas da noite. É o símbolo da criação, já que está
ligado à mente. Seus metais são o cobre e o estanho. Representa a pureza do ser. É o
sol nascente, a aurora da vida.

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É o ponto em que flui a sabedoria, a luz, a vida, a instrução e a
iluminação, sendo o local do Mestre Conselheiro. Está ligado à primavera. Seu
instrumento é o bastão, e assim se justifica o Mestre de Cerimônias ficar no leste.
Está ligado ao elemento ar. O ar é o elemento do intelecto, é o reino do pensamento.
É o elemento que liga os céus a terra, o não manifesto ao manifesto, o espírito à
matéria. Durante algumas cerimônias de iniciação, o iniciador sopra na cabeça do
candidato, para transmitir-lhe um influxo particular. Assim, o sopro tem a finalidade
de transmitir uma qualidade, uma autoridade, um sacramento, um poder. O ar está
ligado às asas. Representam, portanto, o voo para o mundo espiritual, simbolizando a
ascensão espiritual.
O oeste é o símbolo do sol poente e do fim da vida, simboliza tanto o
fim de um dia de trabalho e peregrinação como a morte, onde o DeMolay deseja
olhar para traz e observar um trabalho bem feito ao decorrer de sua vida.
É o ponto cardeal em que o Sol chega ao ocaso, ao anoitecer.

É o ponto do descanso, da calmaria, da quietude. É a estação da


purificação, da cura, da sensibilidade e das emoções. É o ponto do pico das emoções,
sejam alegres ou tristes, é o tempo de colher que foi plantado e cuidado. É a estação
do amor, da purificação, dos sonhos, da paz, das amizades, dos poderes extra-
sensoriais. Está ligada ao outono. Seu metal é a prata e o mercúrio. Seu instrumento
é o cálice. Está ligado ao elemento água, o elemento da purificação, da mente
subconsciente, do amor e das emoções. Assim como esta energia é um fluído,
constantemente em mudança, fluindo de um nível ao outro, também nossas
emoções estão em constante fluxo. São as chuvas que lavam e nutrem a terra.

“O Capítulo é orientado de Leste a Oeste, porque após Moisés,


perseguido pelo Faraó e seu exército, ter conduzido os Filhos de Israel em segurança
através do Mar Vermelho, ele erigiu, sob o comando de Deus, um Tabernáculo (ou
templo), que ele posicionou de Leste a Oeste, para receber os primeiros raios do sol
nascente e para comemorar o forte vento leste, pelo qual as águas do Mar Vermelho
foram partidas, propiciando a libertação de seu povo. Esse Tabernáculo foi o modelo
usado pelo Rei Salomão para construir seu Templo. Para os antigos, o Sol era o
símbolo da doação da vida e do poder da Divindade. A Luz era a causa da vida; e Deus
era a fonte de onde toda a luz fluía. O Sol era a manifestação e a imagem visível de
Deus.”
Muito de nossa Ordem está relacionado aos pontos cardeais da Sala
Capitular. Um ponto, em especial, chama a atenção. O canto nordeste é escolhido
por um motivo especial para ser: o local onde o 1º Diácono se senta, representando
todos os oficiais do Capítulo, e sendo um símbolo de treinamento e construção das
lideranças dos Capítulos, pois houve um tempo onde o 1ºD era o antecessor imediato
do 2º Conselheiro; o local onde posicionamos a Bandeira Nacional, a Coroa da
Juventude, os Livros Escolares; é onde se senta o Orador, simbolizando os princípios
fundamentais da Lealdade e Tolerância. Essa escolha especial se deve a um motivo
simples: a primeira pedra de um edifício é colocada no canto nordeste do mesmo.
Acredita-se que a força fundamental de um edifício depende da força de sua
fundação, e o canto nordeste seria o ponto cardeal mais forte.

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3.10 Assinatura
Algo adotado no Brasil pelos DeMolays é o uso das aspas (”) nas
assinaturas. Assim como os sinais, é também uma forma de reconhecimento, no
entanto não é oficial e tampouco consta no ritual. O registro oficial mais antigo que se
tem notícia do uso das aspas em assinatura no Brasil, é de um diploma de iniciação
datado de 12 de setembro de 1987, do Capítulo Carlos Fernandes de Paiva, Bauru/SP.

Representa simbolicamente a cautela que devemos ter com nossos


segredos ao abrir as portas do mundo profano. Representa também os dois graus da
Ordem – Grau Iniciático e Grau DeMolay.

3.11 Joias

Em muitas tradições as joias representam as verdades espirituais.


Devemos analisar algumas características comuns nas joias e na sequência
verificaremos a peculiaridade de cada joia, juntamente com o respectivo cargo.

3.11.1 Fita vermelha


Todas as joias possuem uma Fita Vermelha com a devida Insígnia
pendente. Sobre a cor vermelha já nos referimos nas explicações atinentes às Capas
dos Oficiais.

3.11.2 Ramos de louros


Todas as Insígnias dos 23 Oficiais possuem dois ramos de Louro, um de
cada lado, tendo ao centro a insígnia particular de cada Oficial. O Louro foi um
planeta consagrado ao Deus Apolo, na Grécia Antiga, simboliza a Glória, o Triunfo, a
Vitória. Esotericamente, a consagração de um artista ou Herói com uma Coroa feita
de ramos de Louro, representa não apenas a conquista da Glória exterior, mas
principalmente a Vitória interna sobre as Forças negativas e dissolventes dos planos
inferiores de consciência. É exatamente este o símbolo dos ramos de Louro nas
Insígnias dos Oficiais DeMolays. Além da simbologia comum às Insígnias de todos os
Oficiais, cada Insígnia possui um valor e uma representação especial alusiva aos
atributos de cada Oficial DeMolay.

3.12 O bastão do Mestre de Cerimônias

Com relação ao bastão do Mestre de Cerimônias, podemos dizer que ele


simboliza o poder em movimento, o poder já dirigido. É o poder de coordenação e de
orientação, já que ao Mestre de Cerimônias é legada a condução das Procissões do
Ritual. É um objeto análogo ao cajado do Pastor. É o símbolo da Essência, dos
pensamentos. Tem como função indicar e dirigir a projeção da vontade.

O bastão do Mestre de Cerimônias é o instrumento equilibrador e organizador


das energias do Capítulo. Ele sempre obedecerá às ordens do Mestre Conselheiro, e
assim, levará as energias para onde o Mestre Conselheiro ordenar. Além disso, o
bastão tem o poder de delimitar, tanto que nos trabalhos secretos do Grau Iniciático,
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é o Mestre de Cerimônias que verifica quem são os DeMolays.

3.13 Posição DeMolay de Oração

Frank Sherman
Land era um grande
admirador de George
Washington. Gostaria,
inclusive, que os
DeMolays originais,
fundadores da Ordem,
escolhessem o nome
de Washington para a
nova organização que
estavam criando. Após
a decisão pelo uso do
Ritual elaborado pelo
Tio Frank Marshall,
este, juntamente com Land e os DeMolays trabalharam nos detalhes de
movimentação de solo e demais procedimentos ritualísticos de suas reuniões. Surgiu a
questão de como os DeMolays deveriam se ajoelhar para as orações. Uma pintura de
George Washington ajoelhado em oração em Valley Forge estava na parede da sala
em que eles estavam reunidos. Apontando para a figura, Tio Land sugeriu aos
DeMolays que se ajoelhassem da mesma maneira. Os DeMolays aceitaram e foi
estabelecida a forma de se ajoelhar sobre o joelho esquerdo como a posição oficial de
oração para todos os DeMolays.

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CAPÍTULO 4
ADMNISTRAÇÃO DOS CAPÍTULOS

A palavra Capítulo provém do latim: capitùlum, 'cabeça pequena;


homem, indivíduo; capitel da coluna, viga transversal da balista ou da catapulta;
diminutivo de caput; cabeça, parte superior, bico, ponta.
Significa, entre outras coisas: (1) assembleia de religiosos com voz e
competência para decidir sobre matérias relativas à província a que pertencem; (2) o
local onde se reúne essa assembleia; (3) conjunto dos cônegos de uma catedral ou
colegiada ('igreja ou um templo'); (4) qualquer assembleia de ordens religiosas e
militares; (5) reunião de rosa-cruzes; (6) qualquer reunião.
Assim, o Capítulo é a reunião dos irmãos de Ordem, em um local físico
destinado para a reunião, que ali estão pelas finalidades de objetivos apregoados
pela Ordem. Na história dos Cavaleiros Templários há a presença de “Capítulos
Locais” e do “Capítulo Geral”, o qual existia durante uma reunião presidida pelo
Grão-Mestre e com a presença de todos os representantes dos Capítulos.
A verdade é que o Capítulo não é composto somente de seus aparatos
físicos e de suas quatro paredes. Se assim fosse, quando não estivéssemos lá, as
atividades capitulares continuariam, o que não acontece. Por tanto, é necessário que
haja pessoas.
Como um grande corpo precisa de células, o corpo do Capítulo também
precisa de irmãos dispostos a formá-lo. Assim como no corpo, as células não são
iguais, no Capítulo os irmãos também não o são. Cada qual deve desempenhar
funções, variadas e respeitando a vocação de cada qual. Nesse tocante, a ordem e a
harmonia imperam na natureza corpórea, em que cada função nunca deve se
sobrepor a outra, e sim deve agir em conjunto, contribuindo para o funcionamento
do corpo.
Cada função deve desempenhar seus atributos para manter a harmonia
do Corpo, caso contrário gera-se a doença. Assim como no corpo, o Capítulo também
têm funções específicas, as quais são destinadas aos oficiais. Sem o Sentinela, o
Mestre Conselheiro não teria possibilidade de um trabalho tranquilo; sem o Primeiro
Mordomo, o Capelão não poderia guiar o Capítulo em oração.
Para que haja equilíbrio e harmonia, uma boa administração se faz
necessária. Essa boa administração, no entanto somente será possível se cada um
fizer a sua parte dentro do Capítulo, pois é inegável que “uma corrente é tão forte
quanto cada um de seus elos”.

4.1 Conselho Consultivo

O conselho consultivo é um grupo formado por maçons e seniores


DeMolay que funciona como um elo entre o Capítulo e a Maçonaria, mais
especificamente com a(s) Loja(s) Patrocinadora(s) e tem a função de supervisionar e
auxiliar nos trabalhos do Capítulo e julgar – em primeira instância – as questões
disciplinares envolvendo DeMolays. É composto por um Presidente, um Consultor do
Capítulo e Conselheiros.
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O Presidente do Conselho é o elo entre o Capítulo/Conselho e o Corpo
Maçônico Patrocinador do Capítulo. Logo em caso de problemas o Presidente precisa
estar habilitado para falar em Loja sobre o Capítulo. É terminantemente proibido que
um não maçom ou que um maçom que não tenha o Grau de Mestre Maçom ocupe
este posto. A Ordem DeMolay é patrocinada pela Maçonaria e este cargo deve ser
reservado a um membro desta fraternidade.
O Consultor do Capítulo deverá preferencialmente ser um Mestre
Maçom e a sua função, tal como a de um treinador de um time, é levar as
determinações do Conselho Consultivo para os jovens, atuando, desse modo, como
um elo entre o Conselho Consultivo e o Capítulo. O Grande Mestre do Estado poderá
autorizar um Sênior DeMolay, que não seja um Maçom, a atuar neste cargo.
O Presidente do Conselho Consultivo e o Consultor do Capítulo utilizam
um distintivo semelhante ao ilustrado ao lado, entretanto, estes
pendem de pequenas correntes douradas que pendem de um
listel azul com bordas e cores douradas, onde se lê a inscrição
“DeMolay” e ao qual está ligado o pequeno listel em azul com a
inscrição dourada referente ao cargo ocupado: “Consultor” ou a
sigla “PCC”.
Os outros Consultores (Secretário, Tesoureiro,
Recrutamento, Premiação e outros que o Conselho Consultivo julgue necessário)
serão nomeados pelo Presidente do Conselho Consultivo e podem ser ocupados por
Maçons ou Seniores DeMolay.
O Membro do Conselho Consultivo utiliza um
distintivo formado pelo brasão DeMolay inserido em um
círculo azul com bordas douradas no qual estão incrustadas
nove estrelas de cinco pontas douradas. Este círculo fica sobre
uma cruz de malta azul de bordas douradas e tem um fundo
radiante, tendo nos quatro cantos um círculo dourado com
uma estrela em azul e ladeado por um crescente lunar
amarelo. Pendendo deste conjunto, há um brasão da
Maçonaria composto de esquadro e compasso nas cores azul e dourado, com a letra
“G” pintada de dourado em fundo azul no centro da intersecção do esquadro e do
compasso. Logo abaixo, um pequeno listel com a inscrição dourada “Consultor”.

4.2 Oficiais

Um Capítulo possui um corpo composto por vinte e três oficiais, são


eles: Mestre Conselheiro, Primeiro Conselheiro, Segundo Conselheiro, Primeiro
Diácono, Segundo Diácono, Primeiro Mordomo, Segundo Mordomo, Orador,
Escrivão, Capelão, Hospitaleiro, Mestre de Cerimônias, Porta Bandeira, Tesoureiro,
Sete Preceptores, Sentinela e Organista. Cada oficial possui uma função específica,
sendo ela ritualística, administrativa ou ambas.
De acordo com as “Regras e Regulamentos do Supremo Conselho da
Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil”, quatro oficiais são eleitos
através do voto obrigatoriamente secreto, sendo estes: Mestre Conselheiro, Primeiro
Conselheiro, Segundo Conselheiro e Tesoureiro. Para se candidatarem precisam
cumprir os seguintes requisitos: possuir Grau DeMolay; ter servido como Primeiro ou
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Segundo Conselheiro; estar regular com a secretaria e tesouraria do Capítulo e
possuir o mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) de frequência nos últimos doze
meses. Os demais cargos são escolhidos pelo Mestre Conselheiro e devem possuir
Grau DeMolay.
Os mandatos variam, de acordo com o cargo e o Capítulo. O mandato
de tesoureiro é de um ano, os outros são de seis meses.
Cada um dos oficiais utiliza uma joia para identificá-lo. O Mestre
Conselheiro utiliza uma joia e um colar. O uso de colares existe desde o início das
civilizações, eram cheios de significado e lhes eram conferidos poderes de força,
proteção ou cura. Os poderes e usos dos colares são muito parecidos com os dos
anéis. O fato de inicialmente serem usados próximo ao coração, acredita-se que
ajudam a trabalhar as emoções ou atraem e reforçam o amor.
A seguir, iremos descrever a joia que cada oficial deve utilizar
durante as atividades do Capítulo. Vale ressaltar que estas devem ser utilizadas
pelo DeMolay que estiver ocupando o posto do Oficial no momento da reunião,
não sendo, necessariamente, o DeMolay nomeado oficialmente para tal.

4.2.1 Mestre Conselheiro


Nome original: Master Councilor
É o dirigente do Capítulo. A autoridade máxima dentre os
DeMolays do Capítulo (não possui poder sobre ou maior que o Conselho
Consultivo). Sua função é dirigir as reuniões, traçar um planejamento
para gestão com atenção especial aos “Dias Obrigatórios”, cuidar da
parte Legislativa dentro do Capítulo, representar o Capítulo no mundo
profano, nomear os oficiais não eletivos para sua gestão, nomear
membros para a comissões e está inserido, por obrigatoriedade do
cargo, em todas as comissões do Capítulo.
Possui como insígnia dois malhetes cruzados simbolizando o
poder e autoridade. O segundo malhete representa a união da
Maçonaria com a Ordem DeMolay para o preparo das novas gerações.

O Mestre Conselheiro utiliza também um colar amarelo


ouro com bordas douradas formadas por peças quadradas
interligadas nas quais estão marcadas em relevo cruzes de malta
na cor dourada, tendo logo abaixo da altura dos ombros, duas
peças circulares onde se dividem, também em dourado as letras
MC entre os braços das cruzes.

4.2.2 Primeiro Conselheiro


Nome original: Senior Councilor
É o segundo na liderança, “braço direito” e sucessor imediato do Mestre
Conselheiro. Deve estar preparado para assumir todas as funções do Mestre
Conselheiro assim como auxiliá-lo durante a gestão. Geralmente, atribui-se a este
Oficial, o controle das comissões e a auditoria das contas e secretaria. É um cargo
muito ligado à área administrativa. É um cargo eletivo.

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Possui como insígnia o malhete, que tem como significado a liderança.

4.2.3 Segundo Conselheiro


Nome original: Junior Councilor
É o segundo na sucessão. Geralmente, adota-se como sua
principal função a de instruir os “iniciáticos”, portanto, possui uma
importante responsabilidade, pois seus ensinamentos são a base para
os mais novos membros da Ordem. É usualmente responsável pelo
setor ritualístico do Capítulo. Oficialmente, a função do Segundo
Conselheiro é auxiliar os outros dois Conselheiros na condução das
atividades do Capítuo. Porém nada o impede de desempenhar outros
trabalhos que possam aparecer. É um cargo eletivo.
Assim como o Segundo Conselheiro também possui como
insígnia o malhete, símbolo da liderança.

4.2.4 Tesoureiro
Nome original: Treasurer
Responsável pelas finanças do Capítulo. Deve manter a
contabilidade em dia e assinar os documentos que lhe competirem
referentes a cheques e prestações de contas, registrar os emolumentos
(taxas, por exemplo, iniciação) devidos e fazer os pagamentos
necessários. Também é sua função apresentar um relatório sobre a
situação financeira do Capítulo.
Possui como insígnia a chave, que é o símbolo de iniciação e do
saber. A palavra “tesoureiro” significa: (1) aquele que guarda o tesouro
ou o cofre de alguém ou de alguma instituição; (2) aquele que está
encarregado de efetuar as operações monetárias de um banco, uma
companhia, uma associação; (3) empregado superior da administração do tesouro
público; (4) numa igreja, indivíduo encarregado de guardar os vasos sagrados e
demais utensílios eclesiásticos. É, portanto, o guarda do tesouro. Nas antigas escolas
de mistério, a chave era o símbolo do sigilo, os juramentos, o que guardava o tesouro
longe dos olhos indignos.

4.2.5 Escrivão
Nome original: Scribe
Atua como Secretário do Capítulo. É seu dever registrar os
acontecimentos do Capítulo (ata), arquivar e emitir documentos,
preencher formulários e controlar o que se referir à parte burocrática
do Capítulo. O cargo de Escrivão trabalha conjuntamente com o
Tesoureiro, logo deve haver uma sincronia entre ambos.
De acordo com as “Regras e Regulamentos do SCODRFB”, o
Escrivão pode atuar como Tesoureiro, portanto, assumir a parte
burocrática e financeira do Capítulo.
Possui como insígnia a caneta, que deve ser usada com cuidado e
destreza para evitar erros, devido ao seu importante trabalho, de
registrar os acontecimentos. A palavra “escrivão” provém da palavra
scribanis: “o que escreve, registra”. Significa: (1) o auxiliar do juízo de primeiro grau,
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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
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titular de cartório ou ofício, que escreve ou subscreve autos, termos de processo, atas
e outros documentos de fé pública; (2) funcionário que relata por escrito os atos que
se processam perante a autoridade pública de que é auxiliar. Seu símbolo, a caneta,
símbolo análogo à pena, que se destina aos registros históricos. É o Guardião da
História para que as gerações futuras possam aprender como foram erigidas as bases.

4.2.6 Primeiro Diácono


Nome original: Senior Deacon
A palavra do grego (Diákonos, διάκονος) significa servidor e é exatamente esta
a função deste Oficial, principalmente nas Cerimônias Públicas onde ele passa a
desempenhar diversas funções. Ele também serve de mensageiro dando as boas-
vindas aos novos membros.
Deve conduzir os candidatos na Iniciação e na Elevação e ajudar a abrir e fechar
os trabalhos. Em alguns Capítulos, os Diáconos também se responsabilizam, junto com
os Mordomos, pela área de patrimônio (capas, velas, etc.).
Possui como insígnia a ave, simbolizando os estados superiores
do ser humano, espírito divino, mostra a imagem de mensageiro e
serviçal, “braço direito dos conselheiros”.

4.2.7 Segundo Diácono


Nome original: Junior Deacon
Sua função é a de guardar a porta de entrada, sendo um filtro
para barrar a entrada de indesejáveis. Não há como entrar ou sair sem
passar por ele. Também é sua função auxiliar o Primeiro Diácono nas
cerimônias de Iniciação e Elevação, porém com um papel mais
reservado, a comunicação dos segredos.
Assim como o Primeiro Diácono, possui como insígnia a ave,
simbolizando os estados superiores do ser humano, espírito divino, mostra a imagem
de mensageiro e serviçal, “braço direito dos conselheiros”.
A palavra diácono significa: um clérigo investido das segundas ordens e
imediatamente inferior ao presbítero ou sacerdote e que tem por função ajudar, no
altar, o celebrante. Seu símbolo é a ave, representando a Consciência Superior do Ser
humano. É o emblema da Espiritualidade e da Alma Humana. É o representante das
Hierarquias Espirituais, dos anjos, das forças espirituais que auxiliam os homens.
Simbolizam o processo de elevar, de purificar, de melhorar a matéria até a perfeição
do espírito. Sua função talvez seja a mais sagrada do Capítulo, pois são responsáveis
pela comunicação do mundo espiritual com as forças psicológicas da ritualística, e por
meio delas, com a alma humana.

4.2.8 Primeiro Mordomo


Nome original: Senior Steward
Responsável pelo patrimônio do Capítulo e pela organização da Sala Capitular.
Além disto, é o guardião dos Livros da nossa fé e, por conseguinte, da Liberdade
Religiosa. Nas Cerimônias de Iniciação e Elevação, os candidatos ficam sob sua
responsabilidade e zelo.
Possui como insígnia a cornucópia, objeto místico formado por um grande
chifre que tinha a função de prover prosperidade eternamente ao que quer que fosse
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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
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colocado em seu interior (de acordo com os antigos, era aonde levavam os alimentos).

4.2.9 Segundo Mordomo


Nome original: Junior Steward
Funções análogas às do Primeiro Mordomo, porém é guardião
dos Livros Escolares e, por conseguinte, da Liberdade Intelectual.
Também possui como insígnia a cornucópia. A palavra Mordomo
figura do latim medieval, provindo do termo maior domus,
“administrador ou governante da casa”; na expressão latin, em que
maior é a substantivo do adjetivo latino major/maior: “grande,
volumoso” e significa “administrador”, domus provém de domus: “da
casa”. Significa: (1) indivíduo encarregado de administrar, em
residência alheia, as tarefas domésticas cotidianas, distribuindo-as
entre os demais empregados; (2) pessoa que administra os bens
de uma irmandade ou qualquer outro estabelecimento; (3) oficial de
justiça cuja função era fazer citações e execuções judiciais e cobrar
impostos.
Assim, os Mordomos são os organizadores do Capítulo enquanto local de
reunião. Geralmente aos Mordomos é atribuída a função de organização, arrumação
e zelo da Sala Capitular, antes e depois da Reunião. Além disso, auxiliam os Diáconos
durante as Cerimônias de Iniciação. Sem eles não teríamos a representação do livro
Sagrado e dos Livros Escolares, os quais garantem a liberdade religiosa e intelectual.
Seu símbolo é a cornucópia, um símbolo antigo, em que os povos levavam os
alimentos. Conta-se a lenda de que os alimentos da cornucópia nunca terminavam.
Assim também devem ser para o DeMolay os alimentos que os mordomos nos levam:
o estudo de nossas crenças (livros sagrados) e o estudo intelectual (livros escolares).

4.2.10 Capelão
Nome original: Chapelain
É o oficial que conduz os momentos de oração do Capítulo. Até
os dias atuais, as forças armadas de todos os países trazem um líder
religioso para prover o lado espiritual de suas fileiras. Antigamente,
as ordens de cavalaria também possuíam um oficial com esta função.
A Ordem DeMolay, com bases filosóficas nestas ordens antigas não
poderia abrir mão de tal oficial.
Possui como insígnia o Livro Sagrado, que representa a ligação
com o divino, nosso pai celestial. A palavra Capelão provém do latim
medieval cappellanus: derivação de cappellae. Significa: (1) sacerdote
responsável pelos ofícios religiosos de uma capela; (2) sacerdote
encarregado de capela particular e, como tal, especialmente
importante para a família ou comunidade à qual essa capela
pertence; (3) sacerdote que se incumbe dos serviços religiosos e que
presta assistência espiritual aos membros das forças armadas. Assim,
o Capelão é o oficial cuja atribuição é a de sacerdote e responsável
espiritual do Capítulo, tanto que seu símbolo é o Livro Sagrado.
Dentro da Simbólica DeMolay têm sua importância demonstrada por
sua entrada: entra junto ao Mestre Conselheiro, e se posiciona atrás
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do mesmo, simbolizando as mãos do Pai Celestial por trás da Ordem.

4.2.11 Hospitaleiro
Nome original: Almoner

É o responsável, a princípio, pelo zelo com os irmãos do


Capítulo estando atento às suas necessidades, sejam elas financeiras
ou de saúde. Geralmente atribuí-se ao Hospitaleiro o dever de
lembrar sempre ao Capítulo sua responsabilidade social e fraternal,
propondo e presidindo campanhas filantrópicas. Além disto, visitar os
doentes com a comissão de Hospitalaria também é sua função.
Sua função ritualística (opcional) é basicamente com o Tronco
da Solidariedade, e mesmo assim, pode ser feito por outro Oficial. De
fato, sua função principal é fora da Sala Capitular.
Possui como insígnia a sacola, para assim representar aquele
que pede humildemente ajuda (pedinte). Representa também a união
dos irmãos em prol de todos os que sofrem, simbolizando que todos
pertencem a uma “Família Universal”. É o símbolo da ajuda ao próximo, e também o
responsável pelo controle de faltas dos irmãos, já que deve saber os motivos pelo
que os irmãos se ausentam, procurando ajudá-los, se possível for.
A palavra “hospitaleiro” tem como sinônimo a palavra acolhedor. Provém de
hospitále,is 'casa para hóspedes'; sendo o que é da casa de hóspedes. Significa: (1)
que ou aquele que oferece hospedagem por bondade ou caridade; (2) que dá boa
hospitalidade; que acolhe francamente; que agasalha. Também trata-se de uma
referência à Order of Hospitallers (Ordem dos Hospitalários), que foi uma ordem de
finalidades próximas à da Cruz Vermelha, que viveu na época dos Cavaleiros do
Templo

4.2.12 Mestre de Cerimônias


Nome original: Marshal

É dever do Mestre de Cerimônias organizar a fila dos Oficiais


anteriormente às cerimônias. Procurar da melhor forma possível,
substitutos para os cargos que estiverem vagos, conduzir aqueles que
o “Ritual dos Trabalhos Secretos” ou “Monitor de Cerimônias
Públicas” designar. Verificar os DeMolays visitantes que nunca se
reuniram com membros do Capítulo e que tenha provado ser um
DeMolay. Recolher os nomes de todas as autoridades presentes,
DeMolay ou não, e apresentar na sala. Conferir a arrumação da Sala
Capitular após os Diáconos e Mordomos terem a realizado.
Possui como insígnia dois bastões cruzados. O bastão é um
atributo de poder semelhante ao malhete, símbolo de quem vai a
frente de um grupo, como um pastor que guia suas ovelhas. No caso
da Ordem DeMolay, ele é o oficial que guia as procissões do Capítulo.
O Mestre de Cerimônias deve ser o oficial responsável pela perfeição e
sincronia ritualística. Seu símbolo, os dois bastões cruzados, mostra a aplicação e
condução das energias provindas da atividade Capitular no mundo material e no
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mundo espiritual.

4.2.13 Porta Bandeira


Nome original: Standard Bearer

É o oficial responsável por apresentar a Bandeira Nacional


durante as cerimônias, exceto as Reuniões Públicas, quando ela fica
aos cuidados do Primeiro Diácono. Em vários Capítulos, ele fica
responsável diretamente pela Bandeira e sua manutenção, e
consequentemente, pela guarda do Patriotismo. Possui como insígnia a
bandeira ou o estandarte, representando assim o nosso amor ativo na
pátria e na causa DeMolay. A palavra porta-bandeira significa: (1)
oficial que leva a bandeira do regimento; (2) indivíduo que carrega uma
bandeira ou estandarte em desfiles, paradas, procissões etc.; porta-
estandarte. Antigamente era conhecido na Ordem DeMolay como
Porta-Estandartes, sendo que o Estandarte é (1) insígnia de uma nação,
corporação militar, religiosa ou civil; (2) bandeira, símbolo de uma
doutrina; (3) o que serve de guia. Assim, o Porta-Bandeira é o oficial cuja atribuição é
a de portar o ideal da Ordem, sendo a bandeira seu símbolo, representando assim o
cidadão e a cidadania que é apregoada pela Ordem. É o único oficial a utilizar,
opcionalmente, luvas brancas ao desempenhar sua função, o que representa a
pureza e os finos modos ao se portar como depositário do símbolo da pátria.

4.2.14 Orador
Nome original: Orator

Sua função é proporcionar um contexto e facilitar =a


compreensão da mensagem do Grau DeMolay. É hábito em alguns
Capítulos que este oficial brinde os presentes com textos que trazem
reflexões sobre as virtudes e outros ensinamentos. Possui como
insígnia o papiro (erva egípcia cujas folhas faziam o material que os
sacerdotes egípcios escreviam, daí que se deriva o nome papel). A
palavra “orador” provém do latim orátoróris 'orador: deputado,
enviado, o que está encarregado de uma mensagem oral’. Significa (1)
que ou quem faz discurso ou está discursando; (2) que ou aquele que
tem grande eloquência, fala muito bem ou costuma falar em público. O
Orador é o detentor do “Verbo”, do poder da palavra.

4.2.15 Sentinela
Nome original: Sentinel

O guardião externo da Sala Capitular. Sua colocação e atuação


evitam interrupções e a entrada de indesejáveis. Este oficial conhece
todas as formas de identificação para que nenhum intruso ou falsário
entre nas reuniões indevidamente. Possui como insígnia duas espadas
cruzadas, o simbolismo da espada está ligado à ideia de ação e justiça. A
palavra sentinella (1518-1525) tem origem italiana, significando
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'soldado armado pertencente a um turno de vigilância, de custódia ou de proteção'.
Alguns autores vinculam ao verbo latino sentire 'sentir, perceber', mas admitem
que a forma não está bem esclarecida; outros partem de um presumido *sentinellare,
verbo vindo do latim, sentináre 'evitar um perigo, usando a astúcia'. Significa: (1)
soldado armado que guarda um posto, executando tudo o que lhe foi determinado
pelos superiores; (2) indivíduo isolado que está de vigia; guarda, vigia (tb. us. no
masc.); (3) ato de guardar, de vigiar; o que guarda, o que preserva, o que vigia, o que
espia, o que vela sobre alguma coisa; É o oficial que fica do lado Externo da Porta da
Sala Capitular. Têm como atributo a guarda e proteção dos irmãos durante as sessões,
impedindo o ingresso de todos que não estejam qualificados a participar das reuniões.
A espada, em sua insígnia, vem a simbolizar não somente a proteção, mas também o
Espírito e a Palavra da Divindade. Por princípios Esotéricos, a espada representa o
extermínio físico e a determinação da vontade, sempre estando associada ao sacrifício,
a ação e a justiça. Tudo o que for incorreto e errôneo será aniquilado pela espada.
Hoje está mais ligado ao simbolismo de que devemos deixar do lado de fora todos os
sentimentos impuros e negativos. Na simbologia antiga, sempre que um símbolo era
duplo significava sua atuação no material e no espiritual, justificando assim as palavras
acima.

4.2.16 Preceptores
Nome original: Preceptors

São os “professores” que, na jornada de Iniciação, ensinam as


lições de vida contidas em cada virtude. Cada um representa uma
virtude:
- Primeiro Preceptor – Amor Filial
- Segundo Preceptor – Reverência pelas coisas Sagradas
- Terceiro Preceptor – Cortesia
- Quarto Preceptor – Companheirismo
- Quinto Preceptor – Fidelidade
- Sexto Preceptor – Pureza
- Sétimo Preceptor – Patriotismo

No total de sete, cada preceptor possui como insígnia a coroa


da juventude, e cada uma contem uma virtude que cabe a ele
defender e representar dentro e fora do Capítulo.

A etimologia da palavra nos revela que preceptor vem do latim praecéptoróris:


'o que lança mão de algo antecipadamente, o que ordena, instrui, mestre', por via
erudita. Preceptor é um título que significa: (1) antigo superior ou comendador de
ordem militar; (2) que ou aquele que dá preceitos ou instruções; educador, mentor,
instrutor; (3) que ou aquele que é encarregado da educação e/ou da instrução de
uma criança ou de um jovem, geralmente na casa deste. Seu símbolo é a própria
coroa da juventude, da qual são os guardiões. A eles são entregue a guarda dos sete
princípios base de nossa Ordem. Assim, cada um dos preceptores deve levar à sua
vida profana os princípios dos quais estão investidos.

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4.2.17 Organista
Nome original: Organist

Responsável pela harmonia músical, iluminação, ou seja, o ambiente durante as


sessões. Ele deve deixar tudo impecável e fazer uma seleção de músicas apropriadas
para que possa repassar o sentimento da reunião, assim como proporcionar bons
sentimentos. Possui como insígnia a harpa, que juntamente com a flauta é um dos
instrumentos mais antigos. Teria se originado dos arcos de caça que faziam barulho ao
roçarem na corda. Antigamente, era designado como Mestre de Harmonia. A palavra
Mestre provém do latim “magistertri”, significa: aquele que manda, dirige, ordena,
guia, conduz, diretor, inspetor, administrador, o que ensina', também, por influência
do francês antigo maistre 'o principal' ou de maestre, 'homem
sabedor, professor'. Significa (1) pessoa dotada de excepcional
saber, competência, talento em qualquer ciência ou arte; (2)
indivíduo que ensina, que dá aulas em estabelecimento escolar, ou
particularmente; (3) aquele que obteve o mestrado ('grau'); (4)
o artífice em relação aos que são seus oficiais ou aprendizes; (5)
diretor espiritual; mentor; (6) o chefe de uma ordem militar, o
superior de uma ordem de cavalaria; (7) na encanteria, chefe
espiritual e administrador da casa, responsável pelo culto; (8) tudo
que se constitui em fonte de ensinamento, que contribui para
qualquer tipo de aprendizado; (9) que serve de base, de guia, de
qualidade superior, de gênio.
Ao Organista é legado o dever de garantir com perfeição a
beleza e a sensibilidade das reuniões. Sua insígnia é a Harpa, sendo
seu simbolismo ligado intimamente com o da música, ou seja, o de
harmonizar os ambientes com as vibrações cósmicas. A Harpa é o símbolo da ligação
entre os mundos espiritual e material. Para os gregos era a união com a perfeição
cósmica.

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CAPÍTULO 5
ADMINISTRAÇÃO DA ORDEM DEMOLAY

5.1 DeMolay International

Diante da necessidade de estabelecer um corpo administrativo para


supervisionar e estruturar a expansão da Ordem DeMolay, no ano de 1921 o Tio
Frank Sherman Land criou o Grande Conselho da Ordem DeMolay, que
posteriormente se tornaria o International Supreme Council, mais conhecido
atualmente como DeMolay International. O DeMolay International é o órgão máximo
da Ordem DeMolay no mundo e detentor da
marca “DeMolay”. Quaisquer assuntos
referentes a Capítulos, Conselhos
Consultivos, membros, escrituras, finanças,
ritualística, legislação ou outros assuntos
relacionados à Ordem DeMolay é de sua
competência. Portanto, mudanças
ritualísticas ou legislativas, por exemplo, devem passar pelo seu conhecimento e
aprovação. Diferentemente do Brasil, a maioria dos países que possuem a Ordem
DeMolay em seu território não possuem um Supremo Conselho Federal autorizado
pelo DeMolay International, nestes casos o próprio DeMolay International administra
a Ordem naquela região.

5.1.2 Cargos
A administração adulta do DeMolay International é composta por cinco
Grandes Oficiais, sendo eles: Grand Master (Grande Mestre), Grand Senior Councilor
(Grande Primeiro Conselheiro), Grand Junior Councilor (Grande Segundo
Conselheiro), Grand Treasurer (Grande Tesoureiro) e Grand Secretary (Grande
Secretário). No setor juvenil, há o Mestre Conselheiro Internacional e o Mestre
Conselheiro Internacional Adjunto.

5.2 Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil

Fundado em 06 de julho de 2004 e instalado no dia 21 de agosto de


2004 o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a
República Federativa do Brasil – SCODRFB – é o órgão
responsável não apenas pela administração e expansão
da Ordem DeMolay no território brasileiro, mas
também pelo zelo quanto à marca “DeMolay” e sua
tradição.
Possui autorização e reconhecimento legal
do DeMolay International para uso da marca
“DeMolay” no Brasil. Com sede na cidade de Brasília,
Distrito Federal, este órgão conta com a ajuda dos
Grandes Conselhos Estaduais/Distrital, presentes nas
vinte e sete unidades federativas brasileiras, para expansão da Ordem. É

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administrado pelo Grande Mestre Nacional e seu Adjunto. Há ainda outros cargos
que auxiliam na administração, sendo: Grande Secretário Nacional, Grande
Tesoureiro Nacional, Grande Orador Nacional e seus respectivos Adjuntos.
Existem também as comissões do Supremo Conselho nas quais são
nomeadas pelo Grande Mestre Nacional. De acordo com seu “Estatuto Social”, o
órgão máximo deliberativo do Supremo Conselho é a Assembleia Geral. Ela é
formada pelas células da Ordem, ou seja, os Capítulos DeMolays representados pelos
seus líderes: os Mestres Conselheiros e Presidentes dos Conselhos Consultivos.

5.2.1 Gabinete do Mestre Conselheiro Nacional

O Gabinete do Mestre Conselheiro Nacional é composto pelo Mestre


Conselheiro Nacional e seu Adjunto, além de secretários e comissões, e tem como
função principal ser uma “ponte” entre os DeMolays ativos e o Supremo Conselho. É
seu dever ainda estimular as ações sociais nos estados e Capítulos através dos
projetos nacionais, desenvolver ferramentas para o aperfeiçoamento administrativo
e ritualístico dos Capítulos, bem como para a manutenção das Organizações Afiliadas,
e inserir novas propostas para continuidade do trabalho de expansão da
comunicação entre Gabinete Nacional, Gabinetes Estaduais e Capítulos.

5.3 Grande Conselho Estadual

No Brasil existem 26 Grandes Conselhos Estaduais e um Distrital. São


instituições subordinadas ao SCODRFB que possuem autonomia financeira,
econômica e administrativa. Sua função é expandir, supervisionar e apoiar as
atividades da Ordem DeMolay em suas respectivas jurisdições, ou seja, em seus
respectivos estados ou distrito.

5.3.1 Gabinetes Estaduais

Os Gabinetes Estaduais são divididos em três, são eles: Gabinete do


Grande Mestre Estadual, Gabinete do Mestre Conselheiro Estadual e Gabinete do
Ilustre Comendador Cavaleiro Estadual.
O Gabinete do GME é composto pelo Grande Mestre Estadual, Grande
Orador Estadual, Grande Secretário Estadual, Grande Tesoureiro Estadual e seus
respectivos adjuntos, totalizando 8 membros. Sua função é servir como mediador
entre a Ordem DeMolay e a Maçonaria, atualizar a legislação estadual e julgar
processos disciplinares em segunda instância, gerenciar a parte burocrática do
Grande Conselho, administrar a parte financeira do Grande Conselho, dentre outras.
O Gabinete do MCE é composto pelo Mestre Conselheiro Estadual e
seu Adjunto; no estado de São Paulo, compõe também este Gabinete o Secretário do
Mestre Conselheiro Estadual, totalizando 3 membros. Suas funções também incluem
difundir os projetos do Gabinete Nacional, avisar sobre campanhas do Supremo
Conselho, acompanhar as atividades capitulares, auxiliar na execução e idealização de
projetos, mediar relações entre Capítulos e organizações afiliadas e promover
programas que venham a contribuir com o crescimento da Ordem DeMolay de
maneira geral, por exemplo, criando eventos, incentivando a fundação de Capítulos
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e/ou fortificando os já existentes.
O Gabinete do ICCE é composto pelo Ilustre Comendador Cavaleiro
Estadual, Comendador Escudeiro Estadual e Comendador Pajem Estadual. Seu
objetivo é semelhante ao do Gabinete Nacional, porém atua como “ponte” entre os
DeMolays ativos e o Grande Conselho Estadual. Sua função é similar a do Gabinete do
MCE, mas focada especialmente na Ordem da Cavalaria.

5.4 Identificação

Na Ordem DeMolay existem diversos colares e comendas de acordo


com o cargo exercido, sua função é a de identificar o ocupante do cargo. As
comendas normalmente são utilizadas pelos past, ou seja, aqueles que no passado já
ocuparam o referido cargo.

5.4.1 Grande Mestre Nacional e Adjunto

O Grande Mestre Nacional e seu Adjunto utilizam


colares na cor dourada com bordas na mesma cor, mas com
tonalidade mais forte, formado por peças circulares, interligadas,
nas quais estão marcadas em relevo cruzes de malta em tom
diferente de dourado e, logo abaixo da altura dos ombros, duas
peças circulares, também em dourado, possuem gravadas as letras GMN (Grande
Mestre Nacional) ou GMNA (Grande Mestre Nacional Adjunto) entre os braços da
cruz.

5.4.2 Oficiais do SCODRFB

Os Oficiais do Supremo Conselho, exceto o Grande


Mestre Nacional e seu Adjunto (que já foram especificados
acima), utilizam colares na cor dourada com bordas na mesma
cor, mas com tonalidade mais forte, formado por peças
quadradas, interligadas, nas quais estão marcadas em relevo
cruzes de malta em tom diferente de dourado e, logo abaixo da altura dos ombros,
existem duas peças circulares, também em dourado, possuindo a inscrição referente
ao cargo que ocupa:
 Grande Secretário Nacional: GSN;
 Grande Secretário Nacional Adjunto: GSNA;
 Grande Tesoureiro Nacional: GTN;
 Grande Tesoureiro Nacional Adjunto: GTNA;
 Grande Orador Nacional: GON;
 Grande Orador Nacional Adjunto: GONA.

5.4.3 Presidentes das Comissões Permanentes do SCODRFB


Os Presidentes das Comissões Permanentes do
Supremo Conselho utilizam colares na cor prateada, formado por
peças quadradas, interligadas, nas quais estão arcadas em relevo
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cruzes de malta na mesma cor.

5.4.4 Mestre Conselheiro Nacional e Adjunto


O Mestre Conselheiro Nacional e seu Adjunto utilizam
colares na cor azul escura com bordas douradas, formados por
peças circulares, interligadas, nas quais estão marcadas em relevo
cruzes de malta na cor dourada, sendo que em, logo abaixo da
altura dos ombros, duas das peças se dividem, também em dourado, as letras MCN ou
MCNA entre os braços da cruz.

5.4.5 Grande Mestre Estadual e Adjunto


O Grande Mestre Estadual e seu Adjunto utilizam
colares na cor vermelha com bordas douradas, formado por peças
circulares, interligadas, nas quais estão marcadas em relevo cruzes
de malta na cor dourada, sendo que logo abaixo da altura dos
ombros, em duas das peças se dividem, também em dourado, as letras GME ou GMEA
entre os braços das cruzes.

5.4.6 Oficiais do Grande Conselho Estadual


Os Oficiais do Grande Conselho Estadual, exceto o
Grande Mestre e seu Adjunto, utilizam colares na cor vermelha
com bordas douradas, formados por peças quadradas, interligadas,
nas quais estão marcadas em relevo cruzes de malta na cor
dourada, tendo logo abaixo da altura dos ombros, duas peças circulares onde se
dividem, também em dourado, entre os braços da cruz a inscrição referente ao cargo
que ocupa:
 Grande Secretário Estadual: GSE
 Grande Secretário Estadual Adjunto: GSEA
 Grande Tesoureiro Estadual: GTE
 Grande Tesoureiro Estadual Adjunto: GTEA
 Grande Orador Estadual: GOE
 Grande Orador Estadual Adjunto: GOEA

5.4.7 Oficial Executivo


O Oficial Executivo utiliza um colar na cor púrpura ou
na cor lilás com bordas douradas, formado por peças quadradas,
interligadas, nas quais estão marcadas em relevo cruzes de malta na
cor dourada, tendo logo abaixo da altura dos ombros, duas peças
circulares onde se dividem, também em dourado, as letras OE entre os braços da
cruz.

5.4.8 Mestre Conselheiro Estadual e Adjunto


O Mestre Conselheiro Estadual e seu Adjunto utilizam
colares na cor azul clara com bordas douradas, formados por peças
quadradas, interligadas, nas quais estão arcadas em relevo cruzes
de malta na cor dourada, tendo logo abaixo da altura dos ombros,
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duas peças circulares onde se dividem, também em dourado, as letras MCE ou MCEA
entre os braços da cruz.

5.4.9 Mestre Conselheiro Regional


O Mestre Conselheiro Regional utiliza um colar verde
grama com bordas douradas, formado por peças quadradas,
interligadas, nas quais estão marcadas em relevo cruzes de malta
na cor dourada, tendo logo abaixo da altura dos ombros, duas
peças circulares onde se dividem, também em dourado, as letras
MCR entre os braços da cruz.

5.5 Legislação

O Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa


do Brasil possui um “Estatuto Social”, no qual lhe atribui personalidade jurídica, um
“Regulamento Geral”, que descreve as funções e regulamenta suas ações e um
“Código de Ética e Disciplina” no qual descreve os direitos e deveres dos membros da
Ordem e também os tipos e graus de infrações e sanções. Os Grandes Conselhos
Estaduais possuem Estatutos e Regimentos Estaduais, que complementam os
nacionais, nunca os contradizendo. Os Capítulos DeMolay também possuem um
Estatuto Social e um Regimento Interno, que devem estar em consonância com as leis
estaduais e nacionais.
Existem também as espécies normativas que são os decretos, atos,
circulares e as Supremas Instruções. Os decretos são utilizados pelo Supremo
Conselho e Grande Conselho Estadual e servem para regulamentar assuntos ligados à
administração da Ordem DeMolay. Os atos são utilizados tanto pelas lideranças
nacionais e estaduais para regulamentar suas ações. As circulares servem para
explicar ou introduzir algum assunto ou detalhe de legislação, como também
convocar associados ou seus membros.
As Supremas Instruções são documentos oficiais criados pela Comissão
Nacional de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho, sob o comando do Grande Mestre
Nacional, e consistem em estabelecer os padrões ritualísticos que julgarem
necessários, corrigir, acrescentar ou enfatizar dados do nosso Ritual.

5.6 Eventos

Os eventos da Ordem DeMolay possuem sempre uma característica em


comum: São marcados por muita diversão. Além do aprendizado, destacamos a interação
entre as cidades, estados e países que ocorrem nestes eventos e acabam formando laços
estreitando os laços de fraternidade.
Nossa Ordem possui alguns eventos voltados para os DeMolays em geral e
outros direcionados a públicos específicos, tais como as lideranças nacionais, estaduais,
regionais e municipais. A seguir, faremos uma breve abordagem sobre eles.

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5.6.1 International Conference


Realizado pela primeira vez em 1967 é o principal evento da Ordem
DeMolay mundial. Ocorre anualmente nos Estados Unidos da
América. Cada Oficial Executivo (Grande Mestre Nacional aqui no
Brasil) escolhe dois delegados (oficiais executivos aqui no Brasil) de
suas respectivas jurisdições para organizar o evento. O propósito do
evento é organizar um foro educacional para os DeMolays ativos
com o intuito de este poder gerar novas ideias para as operações da
Ordem. Também são realizadas eleições para os cargos do DeMolay
International.

5.6.2 Encontro Sulamericano da Ordem DeMolay - ESOD

Promovido anualmente pelo DeMolay


Internacional, o ESOD foi realizado pela primeira vez em
20 de Março de 2015, na cidade de Foz do Iguaçu/PR.
Neste evento, os irmãos de todos os países da America
do Sul que possuem Ordem DeMolay, se fazem
presentes para discutir o rumo da nossa Ordem no
continente sulamericano.

5.6.3 Congresso Nacional da Ordem DeMolay - CNOD

É o principal evento da Ordem DeMolay no Brasil. Realizado anualmente


pelo Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, o
CNOD acontece geralmente no mês de julho (ou agosto, em casos especiais),
organizado pelo Grande Conselho Estadual da cidade sede. Em 2005, houve o 1º
Congresso Nacional, realizado em Campo Grande/MS.
Durante o evento ocorrem diversas atividades para
DeMolays ativos, Sêniores, Maçons e convidados. Podem
ser realizadas também concessões de honrarias ou
prêmios, como a Investidura Chevalier, Investidura a
Legião de Honra entre outros. É realizado também o
Torneio Nacional de Ritual “Frank Arthur Marshall” onde
os vencedores compõem o Supremo Capítulo. A posse do
Grande Mestre Nacional e de toda a sua equipe é realizada
neste evento a cada biênio, assim como a do Mestre
Conselheiro Nacional e seu Adjunto anualmente.

5.6.4 Congresso Estadual da Ordem DeMolay - CEOD


Ocorre anualmente em cada estado da federação. O conteúdo é
semelhante ao do Congresso Nacional. Neste evento também é comumente realizada
a segunda parte do Torneio Ritualístico “Augusto Abbou Jokh Gomes”, idealizado
pelo Gabinete do Mestre Conselheiro Estadual de São Paulo há alguns anos, nos quais
os Capítulos vencedores de cada região disputam pelo prêmio de melhor ritualística
do estado.
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A posse do Grande Mestre Estadual e de toda a sua equipe, assim como
a do Mestre Conselheiro Estadual e seu Adjunto são realizadas neste evento.

5.6.5 Encontro Macrorregional Paulista- EMARP


O Encontro Macrorregional Paulista é o evento em que o Gabinete do
Mestre Conselheiro Estadual prioriza o desenvolvimento dos processos ritualísticos
da Ordem DeMolay. Realizado anualmente tem como objetivo viabilizar a
participação massiva de todos os membros da Ordem. Segundo Frank S. Land,
fundador da Ordem DeMolay, a ritualística é uma qualidade inerente a nossa Ordem
e por isso temos que dar o valor que ela merece, além de não medir esforços para
que ela seja praticada de forma padronizada de acordo com os Rituais da Ordem
DeMolay. É realizada também neste evento a primeira etapa do Torneio Ritualístico
“Augusto Abbou Jokh Gomes” no qual os Capítulos vencedores de cada região
disputam a etapa estadual do torneio.

5.6.6 Encontro de Líderes da Ordem DEMolay – ELOD

O ELOD, como sugere seu nome, é um encontro destinado às lideranças


adultas e juvenis do nosso país. Nele são alinhadas as posturas das lideranças nacionais com
as estaduais, e expostas as diretrizes que Supremo Conselho pretende empregar no Brasil.

5.6.7 Encontro Paulista de Oficiais Executivos – EPOFEX

Este encontro foi realizado pela primeira vez em Bauru/SP no ano de 2016,
onde se reuniram os Oficiais Executivos do Estado de São Paulo.
Os principais assuntos debatidos são sobre o relacionamento dos Conselhos
Consultivos com os Capítulos e a maneira que o Oficial Executivo pode colaborar para
harmonizar determinadas situações. Outro objetivo do encontro é o estudo de cidades que
possuem potencial para a abertura de novos Capítulos, caso em que o Oficial Executivo passa
a trabalhar das possíveis Lojas Patrocinadoras, tirando dúvidas e auxiliando no que puder
para a expansão da nossa Ordem.

5.6.8 Conselho de Aprimoramento de Mestres Conselheiros - CONAMESCO

O Conselho de Aprimoramento de Mestres


Conselheiros, mais conhecido como CONAMESCO, foi posto
em prática pela primeira vez em 2003. Idealizado por José
Geraldo de Palma Isola e Rodrigo Otávio Moretti Pires, desde
sua primeira edição, o CONAMESCO conta com a participação
dos Mestres Conselheiros eleitos de todo o Estado. Realizado
sempre no início de cada semestre, o CONAMESCO é um
evento restrito e obrigatório aos Mestres Conselheiros eleitos e membros dos
Conselhos Consultivos. Nesta ocasião são desenvolvidas, junto aos futuros líderes dos
Capítulos jurisdicionados, atividades para o desenvolvimento intelectual e, ao mesmo
tempo, as futuras lideranças são colocadas à prova em situações específicas
capacitando-os para serem verdadeiros Mestres Conselheiros.

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5.6.9 Olimpíada DeMolay

A “Olimpíada DeMolay” é um evento não-oficial estadual voltado


principalmente aos DeMolays Ativos e organizado pelo Gabinete do Mestre
Conselheiro Estadual. Ocorre anualmente e visa uma aproximação entre os Capítulos,
além de incentivar o trabalho em equipe e a prática de diversos esportes. Objetiva
fazer com que a Ordem DeMolay de nosso estado integre-se a partir de práticas
esportivas e vivencie o melhor da confraternização entre seus membros nos dias do
evento.

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CAPÍTULO 6
HONRARIAS E PRÊMIOS

6.1 Qual a diferença entre Honraria e Prêmio?

As Honrarias são dadas a uma pessoa como uma homenagem por seus
trabalhos em prol da Ordem DeMolay. Elas são dadas em sigilo e sob nenhuma
circunstância o indicado deverá saber que ele está sendo indicado para recebê-la.
Alguns critérios para a sua concessão são objetivos como a idade, cargos e tempo de
trabalho, por exemplo. Os outros critérios de concessão são subjetivos e por esta
razão os formulários de indicação a uma honraria devem sempre estar
acompanhados de um histórico de realizações, declarações e outros documentos que
mostrem para Comissão de Honrarias e Prêmios que o indicado merece receber esta
distinção. Ao receber uma indicação para uma Honraria da Ordem DeMolay a
Comissão de Honrarias e Prêmios fará a análise dos critérios objetivos e subjetivos e
emitirá um parecer favorável ou desfavorável para a concessão da distinção
almejada. Este relatório da Comissão de Honrarias e Prêmios será lido na Sessão
Anual, que acontece no Congresso Nacional, e os membros do Supremo Conselho
votarão a concessão da homenagem. Uma votação unânime é necessária para a
aprovação da honraria.
Já os Prêmios foram criados como uma recompensa para aqueles
membros que alcançarem uma meta traçada anteriormente como, por exemplo,
frequentar 100% das reuniões de uma gestão. Esta categoria de premiações é muito
útil para incentivar nos jovens um comportamento que lhes será muito útil na vida
adulta: criar um objetivo, trabalhar por ele e alcançá-lo. Alguns prêmios são dados
por iniciativa dos líderes do Capítulo e outros são solicitados pelo próprio membro a
ser premiado. Ao contrário das Honrarias que são dadas por critérios subjetivos os
prêmios são concedidos pelo cumprimento de quesitos extremamente objetivos e,
por isso, dizemos que o grande desafio daqueles que são os responsáveis pela
concessão dos prêmios é garantir que todos os critérios sejam atendidos.
Quando falamos em honrarias que possuem critérios subjetivos é
interessante comparar o histórico do indicado ao histórico de outras pessoas que
receberam a mesma distinção anteriormente e, principalmente, juntar o máximo de
documentos e declarações para montar um dossiê sobre o porquê o Supremo
Conselho deverá conceder a distinção ao indicado. Sem este material a Comissão de
Honrarias e Prêmios não conseguirá avaliar o merecimento do candidato e
provavelmente o seu pedido de honraria obterá um parecer desfavorável.
O cuidado deve ser redobrado se formos avaliar o merecimento de
prêmios visto que eles são um direito do membro e são oferecidos como recompensa
por um objetivo previamente planejado e alcançado. Um exemplo que ilustra a
importância da honestidade é o Certificado por trabalho como Oficial que é
concedido pelo Conselho Consultivo para aquele Oficial do Capítulo que cumprir com
todas as obrigações de seu posto, que tenha um considerável percentual de presença
e que tenha memorizado todo o trabalho de ritual.
Por isso queremos deixar como mensagem que a honestidade é a chave

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do sucesso.
A Ordem DeMolay possui quatro Honrarias e vinte e um Prêmios:
Honrarias:
Chevalier; Legião de Honra Honorária; Legião de Honra Ativa; Cruz de Honra;.

Prêmios:
- Medalhas: Medalha de Heroísmo; Medalha por Salvar Vida Humana;
Comenda de Mérito DeMolay; Medalha de Apreço; Medalha do Fundador, por
associação.
- Chaves: Chave de Honra para Consultores; Chave de Zorobabel; Chave
de Honra Azul.
- Certificados: Certificado por trabalho como Consultor; Certificado por
trabalho como Oficial; Certificado de Sênior DeMolay; Certificado de apreço
pelo Clube de Mães.
- Outros: Prêmio por tempo de iniciação; Prêmio por Serviços Notáveis
(DeMolay do Ano); Corporação do Avental de Couro (Consultor do Ano); PMC –
Prêmio por Serviço Meritório; Prêmio de Representante DeMolay; Barras de
Mérito; Prêmio da Cartola (“Tirando o Chapéu”).

6.2 Legião de Honra e Chevalier

Tanto a Legião de Honra quanto o Grau Chevalier, integram as


Organizações Afiliadas, já apresentadas anteriormente.
Por esse motivo passaremos a discorrer sobre a Cruz de Honra e as
premiações.

6.3 Cruz de Honra

Um Consultor que usa a Cruz de Honra recebeu


uma distinção honorífica que pode ser dada somente pelo
SCODRFB para um membro de um Conselho Consultivo, ou a
um representante pessoal do Grande Mestre Estadual. Ela
representa três ou mais anos de trabalhos notáveis e meritórios
a um Capítulo ou a uma jurisdição, e excepcionais esforços em
nome da Ordem DeMolay. As recomendações são feitas
pelo Conselho Consultivo ao Grande Mestre Estadual, que
nomeará as pessoas para esta honraria. A votação deve ser por unanimidade para
que o candidato possa receber a honraria.

6.4 Medalha de Heroísmo

O SCODRFB poderá premiar com a Medalha de


Heroísmo um indivíduo que, sendo membro ativo da Ordem
DeMolay, tenha voluntariamente arriscado sua própria vida para
salvar a vida do próximo, ou tenha se sacrificado de maneira heroica
em benefício de outra pessoa.
A nomeação para este prêmio deverá ser feita pelo
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Conselho Consultivo do Capítulo do qual o membro ativo é membro,
ao Oficial Executivo que investigará os fatos enviando então o seu
parecer ao Grande Mestre Estadual que enviará o formulário ao
Grande Secretário Nacional.

6.5 Medalha por Salvar Vida Humana

O SCODRFB poderá emitir uma Medalha por salvar Vida


Humana a um indivíduo que, sendo um DeMolay ativo, tenha salvado
uma vida humana. A nomeação para este prêmio deverá ser feita
pelo Conselho Consultivo do Capítulo do qual o membro ativo é
membro, ao Oficial Executivo que investigará os fatos enviando então
o seu parecer ao Grande Mestre Estadual que enviará o formulário ao
Grande Secretário Nacional.

6.6 Comenda do Mérito DeMolay

O Grande Mestre Nacional poderá conferir a qualquer


pessoa a Comenda do Mérito DeMolay por relevantes serviços
prestados a Ordem. A comenda deverá ser acompanhada de um
Diploma assinado por ele em conjunto com o Grande Secretário
Nacional.

6.7 Medalha de Apreço

Um Grande Mestre Estadual poderá conferir a qualquer


pessoa que tenha mais de vinte e um anos de idade a Medalha
DeMolay de Apreço por serviços relevantes à Ordem ou a um Capítulo
de sua jurisdição. A medalha deverá ser acompanhada de um Diploma
assinado por ele em conjunto com o Grande Secretário Estadual.

6.8 Chave de Honra para Consultores

A Chave de Honra para Consultores é conferida anualmente para um


membro do Conselho Consultivo de um Capítulo que tenha cumprido
os seguintes quesitos:
1. Os formulários de nomeação do Conselho Consultivo
devem ser recebidos, no prazo, no escritório do Grande Secretário
Estadual.
2. No fim do ano, a quantidade de membros regulares
deve ultrapassar a quantidade de membros regulares do Ano
DeMolay anterior.
3. A quantidade de membros iniciados no Ano DeMolay
deve ser igual ou exceder a quantidade de membros iniciados no Ano
DeMolay anterior.
4. O Conselho Consultivo do Capítulo que preencher
todos os quesitos deverá preencher o formulário, que é conseguido no site do
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Supremo Conselho, e enviá-lo ao Grande Secretário Estadual que confirmará o
cumprimento das exigências e o remeterá ao Supremo Conselho. Somente um
Consultor poderá receber o prêmio.
O Consultor do Capítulo, "como o homem do contato", tem a maior
responsabilidade pelo gerenciamento do Capítulo e pelo programa de
desenvolvimento e, por isso, na maioria dos Capítulos ele receberá a Chave de Honra
para Consultores. Em certos casos, algum outro membro do Conselho Consultivo
pode ser intitulado a receber este prêmio. Se a uma mesma pessoa é atribuída mais
de uma chave, uma estrela é adicionada para cada prêmio sucessivo. Somente uma
chave pode ser dada por ano a cada Capítulo.
O Grande Secretário Estadual, após verificar a correta elegibilidade do
Consultor indicado, deverá assinar o formulário e enviar ao Supremo Conselho para a
emissão do certificado e da joia.

6.9 Chave de Zorobabel


O objetivo da Chave de Zorobabel é encorajar o estabelecimento de
novos Capítulos ou o restabelecimento de Capítulos fechados por um membro de um
Conselho Consultivo de um Capítulo ativo ou um ex-membro de
um Conselho Consultivo, um DeMolay, Legionário, um Chevalier,
ou um Sênior DeMolay. Somente uma chave pode ser concedida
por Capítulo restabelecido ou aberto. Se uma pessoa elegível é a
grande responsável por organizar um novo Capítulo ou
restabelecer um Capítulo, mesmo que na sua própria cidade, ela
pode ser recomendada para receber a Chave de Zorobabel. O
Conselho Consultivo do novo (ou restituído) Capítulo,
incentivado pelo Grande Mestre Estadual, deverá preencher o
formulário de indicação que deverá conter o nome do grande
responsável pela abertura ou restabelecimento do Capítulo. Ao receber o formulário
de nomeação o Grande Mestre Estadual deverá enviá-lo ao Supremo Conselho para a
emissão do certificado e da joia.
Um pouco de história:
“Zorobabel foi um personagem bíblico, do antigo testamento, que é lembrado por ter
liderado o primeiro grupo de judeus exilados que se encontravam sob cativeiro
babilônico. Ao se livrarem do cativeiro eles se estabeleceram em Jerusalém para
reativar a construção do templo de Salomão. Este líder enfrentou uma paralisação
que durava mais de dez anos, por isso esse nome foi escolhido como prêmio para
aquele que ajudar a reativar um Capítulo desativado”.

6.10 Chave de Honra Azul


Aquele que assina a primeira linha da petição de iniciação
de um novo membro se torna o seu indicante e, de certa forma, o
responsável pelo progresso do novo membro na Ordem DeMolay.
A Chave de Honra Azul é conferida para aquele que assinar a
primeira linha de dez petições aceitas pelo Capítulo. Estas dez petições
não precisam ser feitas de uma só vez ou em um só ano, serão contadas
todas as petições de sua vida como DeMolay. A Chave de Honra Azul
será conferida somente a um membro ativo do Capítulo ou para um
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Sênior DeMolay que tenha o Certificado de Sênior DeMolay.
Um membro ativo que assinar na primeira linha de menos de dez
petições antes de alcançar sua maioridade pode completar a lista depois da
maioridade, desde que possua um Certificado de Sênior DeMolay. Chaves de Honra
Azul adicionais são garantidas quando o pedido for submetido e são representadas
com estrelas para simbolizar cada dez novos membros indicados.
O mesmo membro que reivindicou o recebimento da Chave de Honra
Azul também poderá reivindicar outros prêmios por incentivar a iniciação. Ao
verificar a elegibilidade de um DeMolay a Chave de Honra Azul, o Supremo Conselho
o comunicará para que este preencha o formulário e o envie com o valor da joia. As
petições que não trouxerem preenchidas o nome do indicante serão
automaticamente garantidas pelo Supremo Conselho e não poderão ser reivindicadas
por qualquer membro.

6.11 Certificado por Trabalho como Consultor

Este certificado deve ser dado a um Consultor que tem demonstrado


sua dedicação para a Ordem através de serviços contínuos e notáveis como um
Consultor da Ordem DeMolay por um extenso número de anos. Recomendações para
este prêmio podem ser feitas pelo Conselho Consultivo ou pelo Grande Mestre de
Estado ao Grande Secretário do Supremo Conselho através do formulário próprio. Os
certificados são emitidos normalmente a intervalos de cinco anos, contando a partir
de dez anos de trabalhos pelo Capítulo.

6.12 Certificado por Trabalho como Oficial

Sob recomendação de um Consultor do Capítulo, um DeMolay que


serviu eficientemente como Oficial do Capítulo pode obter este certificado como
reconhecimento. O certificado contém o posto ocupado, a gestão, o ano, o nome do
membro premiado e o nome do Capítulo.
Servir eficientemente significa ter cumprido com todas as suas
obrigações, ter tido um nível de presença considerável e ter memorizado o trabalho
de ritual.
O Consultor do Capítulo preencherá então o formulário com os dados
necessários para o preenchimento do certificado e o enviará ao Supremo Conselho
da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil para que o certificado seja
emitido.

6.13 Certificado de Sênior DeMolay

Os Capítulos deverão, ao conceder ao Sênior DeMolay a cerimônia de


maioridade, providenciar o Certificado e Cartão de Sênior DeMolay com o qual
presentearão o membro em sua despedida.
O certificado e o cartão comprovarão que o membro chegou à
maioridade de modo regular e garantirão o seu direito de ser admitido,
regularmente, em qualquer Capítulo do Brasil.

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6.14 Certificado de Apreço pelo Clube de Mães

Como um método de reconhecimento ao trabalho feito pelos Clubes de


Mães, o Certificado de Apreço pelo Clube de Mães está disponível no Supremo
Conselho. Este prêmio reconhece várias horas de assistência e intangível ajuda dada
ao Capítulo pelo Clube de Mães.
Este prêmio é destinado para o Clube como um todo e não a um
membro individual. O certificado pode ser adquirido junto ao Grande Secretário do
Supremo Conselho, mediante o preenchimento do formulário.

6.15 Medalha do Fundador, por Associação

A Medalha do Fundador, por associação, é


conferida para aquele que assinar a primeira linha de cinco
petições aceitas pelo Capítulo. Estas petições não precisam ser
feitas de uma só vez ou em um só ano, serão contadas todas as
petições de sua vida como DeMolay. A Medalha do Fundador é
conferida somente para um membro ativo do Capítulo ou para
um Sênior DeMolay que tenha o Certificado de Sênior DeMolay.
Um membro ativo que assinar na primeira linha de menos de
cinco petições antes de alcançar sua maioridade pode completar
a lista depois da maioridade, desde que possua um Certificado
de Sênior DeMolay.
O mesmo membro que reivindicou o recebimento da Medalha do
Fundador também poderá reivindicar outros prêmios por incentivar a iniciação. Ao
verificar a elegibilidade de um DeMolay à Medalha do Fundador, por associação, o
Supremo Conselho o comunicará para que este preencha o formulário e o envie com
o valor da joia. As petições que não trouxerem preenchidas o nome do indicante
serão automaticamente garantidas pelo Supremo Conselho e não poderão ser
reivindicadas por qualquer membro.

6.16 Prêmios por Tempo de Iniciação

O Prêmio de Dez ou Vinte e Cinco de


Iniciado é indicado para reconhecer membros da
Ordem DeMolay por sua lealdade e dedicação pela
Ordem DeMolay pelos anos que correspondem a
sua iniciação. Para requisitar o prêmio o Capítulo
deverá preencher o formulário próprio e enviá-lo ao
Supremo Conselho, o membro indicado deverá possuir um certificado de Sênior
DeMolay, emitido pelo Supremo Conselho.

6.17 Prêmio por Serviços Notáveis

O propósito do Prêmio por Serviços Notáveis é reconhecer os


DeMolays que têm dado valiosas contribuições nos campos da religião, da
educação, do lar, das atividades cívicas e das atividades DeMolay. Este
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marcante prêmio foi estabelecido, em 1959, pelo Supremo Conselho Internacional.
Cada Consultor de Capítulo pode indicar um DeMolay que achar que é digno deste
reconhecimento. O formulário de recomendação, preenchido pelo Conselho
Consultivo, acompanhado de um resumo das realizações do membro e de uma
avaliação feita por pessoas distintas da comunidade, deverá ser enviado ao Grande
Mestre Estadual.
Depois de recebidas as recomendações pelos Capítulos da jurisdição, o Grande Mestre
Estadual poderá escolher um vencedor a cada seis meses. Após escolher o vencedor o
Grande Mestre deverá encomendar no Supremo Conselho a joia e o certificado do
Prêmio por Serviços Notáveis.

6.18 Guilda do Avental de Couro

O Prêmio de Consultor do Ano é destinado a dar o


reconhecimento a um único consultor de Capítulo que, no ano passado,
fez notáveis contribuições para o crescimento e para o sucesso do
Capítulo. O Consultor escolhido deve ser um que deve exemplificar os
ideais e preceitos da Ordem DeMolay em sua vida diária, bem como no
seu trabalho com os jovens rapazes da Ordem DeMolay. A seleção do
Consultor do Ano ficará a critério do Grande Mestre de Estado e pode s e r
concedida apenas uma vez por ano, por jurisdição. Após escolher o
agraciado o Grande Mestre deverá encomendar no Supremo Conselho a
joia e o certificado do prêmio.

6.19 PMC-PSM – Prêmio por Serviço Meritório

O Prêmio por Serviço Meritório de Past Mestre


Conselheiro foi criado pelo próprio Tio Land principalmente
para estimular a eficiência na administração do Capítulo. O
Mestre Conselheiro deve preencher, completamente, os
seguintes requisitos para se qualificar a este prêmio:
1. Antes de sua instalação no cargo o Mestre
Conselheiro deverá memorizar sua parte no Ritual do Trabalho
Secreto.
2. Ele deverá apresentar e distribuir, antes de sua instalação, um
planejamento impresso de todos os eventos e datas previstas para o seu mandato.
3. No início de seu mandato (e em até dez dias após a sua instalação), o
Mestre Conselheiro deverá enviar uma carta para o Supremo Conselho, declarando
sua intenção de qualificar-se ao prêmio. A carta deverá conter, além disso, seus
planos para uma gestão bem sucedida, uma cópia de seu planejamento, seu
calendário impresso, uma declaração assinada de que o trabalho de ritual foi
memorizado e qualquer outra informação que ele considerar importante. Esta
primeira carta de intenção deverá ser contra assinada por um consultor do Capítulo.
Antes do término de seu mandato, o Mestre Conselheiro deve atender todos estes
quesitos:
a) Ele deverá providenciar para que os Times de Grau
exemplifiquem ambos os graus da Ordem de memória durante o seu mandato no
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cargo, e que todas as cerimônias do Ritual dos Trabalhos Secreto sejam feitas de
memória por todos os oficiais.
b) Ele deverá providenciar que o Capítulo inicie pelo menos quatro
novos membros durante o seu mandato no cargo, ou, uma outra meta maior definida
pelo Supremo Conselho.
c) Ele deverá realizar pelo menos um trabalho social, um trabalho
cívico, um serviço maçônico, uma competição esportiva e um evento para arrecadar
fundos para o Capítulo.
d) Uma observância pública de cada Dia Obrigatório que cair
durante seu mandato deverá ser realizada.
e) O Mestre Conselheiro deverá estabelecer um programa que
aumente ou mantenha um alto nível de frequência dos membros ativos nas reuniões.
f) Todas as comunicações de iniciação e elevação que ocorrerem
durante o seu mandato no cargo deverão ser enviados ao Grande Conselho Estadual,
com pagamento integral, no prazo de até dez dias após a conferência do Grau.
Adicionalmente, ele deverá observar para que o registro do Conselho Consultivo do
Capítulo chegue ao Supremo Conselho antes do vencimento, se este cair em seu
mandato. Não será considerado apto aquele cujo Capítulo está inadimplente ou
devendo qualquer relatório ao Supremo ou Grande Conselho.
4. Até o término do seu mandato no cargo o Mestre Conselheiro deverá
enviar uma carta ao Supremo Conselho resumindo seu mandato e explicando o que
foi feito sobre os itens citados acima. Além disso, ele deve fazer uma análise do
planejamento impresso, enviado anteriormente, explicando os resultados de cada
atividade e fornecendo uma justificativa para cada mudança realizada. O final da
segunda carta deve conter uma declaração de confirmação do Consultor do Capítulo
e pode ser enviada depois de completados todos os requisitos, mas não depois de
dez dias do fim do mandato do Mestre Conselheiro.

6.20 Prêmio de Representante DeMolay

O Prêmio de Representante DeMolay é a mais alta


condecoração de auto realização que um DeMolay pode receber. O
prêmio significa que o membro foi analisado em seus pontos fracos
e fortes nos campos do conhecimento e habilidades.
É esperado que cada DeMolay possa avaliar o seu
progresso nos campos da saúde mental, física, social, econômico e
evolução espiritual através do programa R.D., reconhecendo assim,
as áreas em que ele tem feito progressos suficientes, bem como aquelas que
necessitam de maior empenho.
O programa inclui não só as atividades oficiais participadas por todos os
membros do Capítulo, mas também uma grande variedade de atividades que afetam
grandes ou pequenos grupos de DeMolays e/ou membros individuais.
Tornar-se um R.D. é basear-se no hábito do autodesenvolvimento, do
conhecimento e da prática da boa cidadania em casa, na comunidade, na nação e no
mundo de um modo geral.
Um DeMolay deve ter no mínimo de seis meses de iniciado na época em
que seu formulário de Representante DeMolay for enviado ao Supremo Conselho.
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Um Sênior DeMolay é elegível ao Prêmio de R.D. se mostrar-se interessado e ativo
nos trabalhos da Ordem.

6.21 Barras de Mérito

As Barras de Mérito podem ser conferidas para DeMolays como um


reconhecimento de suas realizações em alguma parte da atividade do Capítulo ou
externas. Elas são conferidas sob a recomendação do Consultor de Prêmios, ou por um
“Tribunal de Honra” composto por membros do Conselho Consultivo, Legionários, ou
por outros adultos designados pelo Conselho Consultivo.
Cada Barra de Mérito é produzida em cinco cores diferentes, cada cor
representa o número de vezes que o DeMolay recebeu o prêmio naquela categoria. As
cores são:
1ª Branca;
2ª Vermelha;
3ª Azul;
4ª Roxa;
5ª Dourada;
Ao se qualificar para receber uma Barra de Mérito adicional, o DeMolay
deverá devolver a Barra anterior para receber a próxima da categoria. Quando um
DeMolay for agraciado com a Barra de Mérito Dourada em alguma
categoria, ele não será mais elegível a receber mais barras na
categoria em questão.
As Barras de Mérito podem ser adquiridas no DeMolay
Shop. Todas as Barras devem ser conferidas UNICAMENTE por
atividades relacionadas à Ordem DeMolay, exceto as Barras das
categorias RELIGÃO e ESCOLAR. A decisão final sobre os quesitos
para o recebimento de cada Barra de Mérito é de responsabilidade
do Conselho Consultivo, que deverá se reunir para isso, porém, o
programa de Barras de Mérito deve ser supervisionado pelo
Consultor de Prêmios.
Os quesitos BÁSICOS para premiar com cada Barra de Mérito são os
seguintes:
 ESPORTES pela participação, em um ano, em no mínimo seis
competições esportivas em um ou mais esportes.
 FREQUÊNCIA pela exemplar frequência nas reuniões regulares, em um ano, do
Capítulo em que se é membro ou, se morando fora da cidade, no mesmo
número de reuniões em algum outro Capítulo. As reuniões contadas para
premiar nesta categoria não podem ser usadas como quesito para premiar na
categoria Visitas.
 SERVIÇO CÍVICO por prestar de dez (10) horas de serviços em nome do
Capítulo, sem remuneração financeira para si ou para o Capítulo, em três (03)
projetos cívicos do Capítulo.
 BELAS ARTES por fazer parte de um grupo de música DeMolay que tenha feito,
no mínimo, seis apresentações, ou, por participar de no mínimo dois
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espetáculos teatrais do Capítulo, em um ano.
 ARRECADAÇÃO DE FUNDOS por trabalhar, sem remuneração para si, em três
diferentes projetos de arrecadação de fundos para o Capítulo, com um total de
vinte horas.
 INSTALADOR por participar de seis Cerimônias de Instalação dos Oficiais como
membro do time de oficiais instaladores.
 JORNALISMO por ter sido membro do jornal do Capítulo por um ano, o jornal
deve ter tido no mínimo seis edições. Cópias dos jornais devem ser
encaminhadas ao SCODRFB para serem arquivados.
 CURSO DE CORRESPONDÊNCIA o curso de correspondência do SCODRFB é um
curso com cinco módulos. A lâmpada do conhecimento, e um certificado, são
conferidos após a conclusão do primeiro módulo; barras de mérito podem ser
conferidas após a conclusão de cada módulo.
 FREQUÊNCIA MAÇÔNICA esta barra de mérito é conferida para o DeMolay que
trouxer dez Mestres Maçons para uma ou mais reuniões do Capítulo. O
DeMolay deverá fazer uma lista com os nomes dos maçons e receber um visto
do Mestre Conselheiro e do membro do Conselho que estiver presente no dia
da reunião. O maçom não pode ser membro de Conselho Consultivo de
nenhum Capítulo. Esta categoria se limita a concessão de uma barra por ano.
 SERVIÇO MAÇÔNICO por prestar de dez horas de serviços em nome do
Capítulo, sem remuneração financeira para si ou para o Capítulo, em três
projetos maçônicos.
 ASSOCIAÇÃO por assinar a primeira linha da petição de três jovens que iniciem
no Capítulo.
 MÉRITO por contribuir com vinte horas de serviços, sem remuneração para si
ou para o Capítulo, em nome da Ordem DeMolay, em uma área não coberta por
outra Barra de Mérito.
 PRIORADO por ser um membro regular de um Priorado há, no mínimo, um ano
e ter frequentado no mínimo dois terços de suas atividades. A Barra de Mérito
poderá ser concedida pelo Consultor do Priorado.
 RELIGIÃO por não ter perdido, em um ano, nenhum culto semanal de sua
Igreja.
 ESCOLAR por ter alcançado média 8,0 em todo ano, na sua escola ou faculdade.
 VISITAS por ter visitado seis reuniões regulares de Capítulos de outras cidades,
ou por ter percorrido, na viagem de ida, uma distancia de 241 km para isso.
 RITUAL por um trabalho de alto nível em ritual. Para o recebimento desta barra
é necessário que o DeMolay acumule 150 pontos de janeiro a dezembro de
acordo com uma tabela de pontos. Os pontos são conferidos por cada função
realizada nas Cerimônias do Capítulo.

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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista
6.22 Prêmio da Cartola “Tirando o Chapéu”

O Prêmio da Cartola é um prêmio destinado a homenagear qualquer


pessoa que tenha prestado um serviço notável a um Capítulo
DeMolay. Este serviço poderá ser em qualquer área
relacionada com as atividades do Capítulo.
O Prêmio é constituído por um pin, um cartão e
um certificado. Os Capítulos podem dar tantos quantos
desejarem e são os únicos juízes de quem os receberá.

CAPÍTULO 7
PADRONIZAÇÃO RITUALÍSTICA

Era desejo do tio Frank Sherman Land que a Ordem DeMolay fosse
conhecida por algo mais, além de seu já bem sucedido time de beisebol e por sua
equipe de desfile. Este algo mais era o Ritual DeMolay, criação de seu estimado
amigo tio Frank Arthur Marshall.
Muitos foram os anos que se passaram após as primeiras edições do
Ritual, mas uma base foi mantida. Esta base garante uma padronização das práticas
ritualísticas em todo o mundo, mas nosso país por momentos estava na contramão
neste ponto, visto que, apesar de sabermos que existem diferenças flagrantes na
prática nos Estados Unidos, nas Filipinas e na Romênia, todos atendem ao mesmo
Ritual e têm uma base comum. O Brasil ao contrário começou a montar uma base
própria e isto nos distanciou muito do ideal de padronização.
Some-se a isto que constatamos que em algumas vezes havia
divergentes práticas de Ritual e a maioria delas não se encaixava com o padrão do
Supremo Conselho, que é o padrão oficial.
Assim foram criadas as Supremas Instruções para padronizar a atuação
dos Capítulos e levar mais conhecimento aos DeMolays e Maçons. Neste Capítulo não
abordaremos todas as Supremas Instruções, mas sintetizaremos as principais para
um DeMolay Ativo e para a adequação dos C apítulos que estão em busca do
aprimoramento ritualístico.

7.1 Vestes

A vestimenta uniforme padrão, adotada pelo Supremo


Conselho, para o uso dos membros ativos é composta de: sapatos
sociais, meias sociais, calça social, cinto e gravata longa na cor preta, e
uma camisa social branca. Não deve haver distinção entre membros
do Grau DeMolay e do Grau Iniciático no tocante ao traje. No tocante
à gravata, está deve ser utilizada pelos membros ativos e deverá ser
preta, longa (tanto para os do Grau Iniciático quanto para os do Grau
DeMolay). Os únicos desenhos ou símbolos que poderão aparecer na
gravata serão o brasão DeMolay, o logotipo ou o próprio nome
“DeMolay” bordados ou pintados, evitando- se excessos. É proibido o
acesso às reuniões àqueles que estiverem usando de outro modelo de

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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
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gravata ou trajados incorretamente.
Em regiões muito quentes, ou muito frias, se aceita alterações nas
vestes, sendo estas: substituir a camisa social branca por uma camisa social de manga
curta na cor branca, em climas quentes, ou o acréscimo de alguma roupa de frio
adequada, desde que esta seja branca, em caso de clima frio.
Nas reuniões ritualísticas, os seniores DeMolay e maçons deverão estar
trajados com roupas sociais (calça, camisa, cinto e sapato, sendo o terno opcional nas
reuniões ordinárias e obrigatório nas de Iniciação, Elevação, Investidura, Ébano e nas
Cerimônias Públicas), não necessariamente alvi-negras, lembrando-se do decoro
necessário em uma reunião DeMolay.

7.2 Quórum

O quórum (palavra latina) é o número requerido de assistentes a uma


sessão de qualquer corpo de deliberação ou parlamentar para que seja possível
adaptar uma decisão válida. A palavra latina é o genitivo plural do pronome relativo
"qui" (que) e deve traduzir-se como "dos quais" ou "de quem".
O número mínimo de Oficiais para a realização da Cerimônia de
Abertura e da Cerimônia de Encerramento é de doze sendo: Mestre Conselheiro,
Primeiro Conselheiro, Segundo Conselheiro, Primeiro e Segundo Diáconos, Primeiro e
Segundo Mordomos, Capelão, Mestre de Cerimônias, Escrivão, Porta Bandeira e
Sentinela. Nenhum DeMolay poderá ocupar mais de um cargo ou acumular a
funções de outros.
Segundo o Art. 122 das Regras e Regulamentos do SCODRFB, o quórum
para a resolução de assuntos é de oito membros.
Nos casos em que houver entre oito a onze membros o Capítulo usará
apenas o Manual da Ordem do Dia e realizará reunião administrativa apenas, mas
que valerá como ordinária, contando com ata e chamada dos presentes.
Em casos de reincidências de quórum mínimo ou mesmo de falta de
quórum, o Oficial Executivo da Região deverá ser informado para que tome as
providências que achar cabíveis juntamente com o Grande Mestre da Jurisdição.

7.3 Apresentação de visitantes

As reuniões secretas da Ordem DeMolay não têm uma chamada


específica para a entrada. Tal prática não faz parte do Ritual DeMolay. Tomando isso
como ordem e a instrução prévia sobre Cerimônias Públicas, preveem-se dois itens:
1- Nas reuniões fechadas todos os presentes podem entrar
naturalmente na Sala Capitular e tomar seus lugares.
2- Nas cerimônias públicas deve haver a chamada por grupos de
visitantes, conforme prescrito na Instrução anterior.
Quando for necessário dar ênfase ou destaque a algum visitante,
será usado o procedimento “Apresentando Visitantes” (que estará no fim desta
Instrução). Nestas ocasiões, o Mestre Conselheiro deverá instruir que o Mestre de
Cerimônias conduza o visitante até o ponto J. Feito isso ele deve voltar-se para o
Mestre Conselheiro e apresentar o visitante conforme as sugestões contidas no
procedimento citado a cima. Em seguida o Mestre de Cerimônias conduz o visitante a
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seu assento que pode ser no Leste ou onde o Mestre Conselheiro determinar,
retornado em seguida para o seu posto via faixas de movimentação. Visitante e
Mestre de Cerimônias sentam-se após uma batida de malhete do Mestre
Conselheiro.
A apresentação de visitantes deve ser usada sempre em ocasiões
especiais. Em sessões públicas o MCer poderá organizar a entrada dos presentes da
seguinte maneira: Visitantes, Maçons, Seniores DeMolay e DeMolays Ativos. E após a
abertura dos trabalhos o M.C. solicitará para que o MCer apresente os Visitantes.
Após o MCer apresentar cada visitante, é indicado que o M.C. agradeça a visita e faça
as boas vindas e, logo após, ordene que o MCer conduza a pessoa ao seu lugar. Para
agilizar o procedimento de apresentação, o MCer poderá conduzir ao Altar, a critério
do M.C., vários visitantes que ocupem uma mesma categoria, por exemplo, todos os
M.C. visitantes, todos os Oficiais Executivos, todos os membros do Grande/Supremo
Conselho e assim por diante. Os movimentos de solo devem ser feitos da forma mais
eficiente possível.

7.4 Os hinos e a Bandeira Nacional

A Bandeira Nacional deve estar, antes mesmo do início da Reunião, no


Leste, no lugar a ela destinado, conforme indica o Ritual, na parte referente a
arrumação da Sala Capitular, bem como no Diagrama Nº 1 do mesmo ritual.
Após a ordem do Mestre Conselheiro, o Porta Bandeira irá até o local
onde se encontra o pavilhão nacional e a retirará com ambas as mãos, apoiando-a no
seu ombro direito (conforme figuras 6 e 7 constantes no ritual) levará pelas faixas de
movimentação, segurando-a apenas com a mão direita, parando em frente ao Altar,
vindo do ponto G, até ficar numa distância suficiente para que o Mestre de Cerimônias
e o Capelão possam se movimentar. Ao chegar ao Altar, o Porta Bandeira deverá portá-
la com a mão direita e mantê-la numa posição ereta, desfraldada e sem tocar o chão.
Ele permanecerá firme, com o corpo ereto e fitando o pavilhão. Mesmo com um
número reduzido de membros presentes, o Porta Bandeira não cantará os Hinos à
Bandeira e Nacional. Para retornar, o Porta Bandeira recolhe a Bandeira, retorna para o
ponto G e de lá ao seu posto pelas faixas de movimentação, recolocando-a com ambas
as mãos. Assim que estiverem nos seus postos após a oração inicial, todos devem
voltar a posição de atenção e fitarem o pavilhão nacional enquanto o PB se
movimenta.
Todos os presentes, DeMolays ou não, permanecerão firmes e em
atenção, que significa ficar de pé, com a cabeça descoberta, com o corpo ereto e os
braços ao lado do corpo (De acordo com o Decreto-Lei 5.700/71).
Não é necessário manter os braços fixamente rígidos a semelhança dos
integrantes das forças armadas. É suficiente mantê-los ao lado do corpo, sempre
fitando a Bandeira Nacional conforme ela passa.
O Hino à Bandeira deve ser tocado em sua íntegra e, assim como o Hino
Nacional, até o último acorde, sendo extremamente recomendável que não se
interrompa o Hino até que se escute a última nota.

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7.5 Organista
O cargo de Organista está previsto no Estatuto do SCODRFB no artigo
103, XVII.
O Organista, cargo eminentemente técnico, não é instalado juntamente
com os demais oficiais na Cerimônia de Instalação dos Oficiais do Capítulo, a sua
simples nomeação pelo Mestre Conselheiro é suficiente. Deve ser um DeMolay Ativo
regular e deverá utilizar a capa e joia, assim como os demais oficiais.
Antes do início da reunião, deve estar dentro da sala com as luzes, e
sistema de som, prontos. Ele não entra e nem sai com os demais Oficiais. Antes da
reunião ele já está dentro da sala e quando os Oficiais se retiram ele permanece na
sala no controle dos sistemas de luz e som. Ele é o último a deixar a Sala Capitular
É o Oficial responsável pelas batidas de gongo da Iniciação e da Cerimônia
das Nove Horas.

7.6 Orador
O cargo de Orador está previsto no Estatuto do SCODRFB no artigo 103,
XIV.
A função do Orador é desempenhada no Grau DeMolay somente. Isto
não impede que o DeMolay que ocupe o cargo de Orador possa acumular funções
administrativas nas Comissões e demais atividades do Capítulo, inclusive realizando
leitura de textos durante a “palavra ao bem da Ordem”.
A função do Orador está mais bem descrita na Cerimônia de Instalação
dos Oficiais do Capítulo, que preceitua que ele é o responsável pela compreensão das
lições do Grau DeMolay.
Algumas Cerimônias apontam um Orador para serem realizadas. Não
quer dizer que seja especificamente o Orador oficial, embora recomendemos que
seja.

7.7 Sentinela
O dever do Sentinela é transmitir a Palavra do Dia, que poderá ser uma
simples palavra ou frase curta, escolhida pelo Consultor do Capítulo (ou por outro
membro do Conselho Consultivo, na falta do Consultor do Capítulo) e que deve ser
comunicada ao Sentinela, antes do início da reunião.
Quando os membros ativos forem entrar na Sala Capitular, para o início
da reunião, o Sentinela se colocará na porta (e não entre as colunas) e, mediante a
apresentação do Cartão de Regularidade e do toque, sussurrará a Palavra do Dia ao
membro ativo.
Os membros recém iniciados que ainda não possuem o Cartão de
Regularidade poderão receber a Palavra do Dia sem a apresentação do mesmo. O
Cartão de Regularidade é o único documento solicitado pelo Sentinela, ao membro
ativo, para a liberação do acesso à Sala Capitular. O Sentinela não permitirá que
nenhuma pessoa tenha acesso à Sala Capitular, a não ser que esteja certo de que ela
tenha condições para admissão. Se a pessoa é um visitante que não é conhecido pelo
Sentinela, ele deverá proceder como o descrito na parte de “Visitantes” do Ritual.

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Nos casos em que o visitante, não conhecido pelo Sentinela, for um


Sênior DeMolay ou Maçom, o Sentinela deverá comunicar o fato ao Conselho
Consultivo para que este se certifique de que o visitante realmente está qualificado a
ingressar.

7.9.1 Alguém pode garantir pelo irmão que está de pé?


Só pode garantir por um visitante, aquele membro (Ativo ou Sênior) ou
Maçom que seja conhecido do Sentinela e que já tenha se reunido com o visitante
em algum Capítulo anteriormente.

7.9.2 O momento das batidas


As batidas na porta serão dadas de maneira que apenas o 2º Diácono e
o Sentinela escutem. É uma comunicação somente entre eles, visando a discrição e a
não interrupção dos trabalhos em hora indevida. Já as falas serão ditas de forma que
todos na Sala Capitular possam escutar.
O Sentinela não poderá bater na porta da Sala Capitular, e nem permitir
a entrada de pessoas durante:
a) A Cerimônia de Abertura;
b) A Cerimônia de Encerramento;
c) Cerimônia de Iniciação ou Elevação;
d) Exame de Proficiência;
e) Votação de candidatos para iniciação;
f) Eleições do Capítulo;
g) Cerimônia das Nove Horas;
O Mestre Conselheiro também não poderá permitir que pessoas se
retirem, se movimentem, usem a palavra, ou façam qualquer atividade não prevista
no ritual durante as atividades relacionadas acima, salvo em casos urgentes e
extremos.

7.9.3 Uso de espadas


O uso de espadas é vedado nas reuniões do Capítulo sejam elas Públicas
ou Secretas, inclusive pelo sentinela. As Cortes, as Preceptorias e Castelos incluem-se
nestas instruções, o uso de espadas nos Priorados e pelos Cavaleiros em suas
atividades será administrado pela Comissão da Ordem da Cavalaria de forma
apropriada.

7.10 Gravações e fotos em reuniões secretas


São proibidos, terminantemente, as gravações de áudio, vídeos e semelhantes
bem como fotos em reuniões secretas, sujeitando-se os que infringirem esta regra ao
que dispõe o Código de Ética e Disciplina DeMolay.
Somente poderão ser feitas gravações em áudio, vídeo ou fotografias nas
Cerimônias Públicas.

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“Unindo Ideais or Dias Melhores”
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7.11 Cerimônia de instalação dos oficias do Capítulo


As Cerimônias de Instalação dos Oficiais é a posse dos diretores e
demais Oficiais de um Capítulo DeMolay e deverá ser preferencialmente pública, pois
é uma forma de apresentar os princípios e objetivos da Ordem, bem como seus
resultados de curto prazo. Esta é a Cerimônia Oficial e nada pode ser acrescido ou
suprimido sem que tal supressão ou acréscimo esteja previsto no Ritual. Ela está
disponível na área restrita do site do Supremo Conselho e é a única aprovada para
uso. É permitido o uso de música apropriada para imprimir mais efeito e pompa ao
ato.
O Oficial Instalador não precisa ser necessariamente um Past Mestre
Conselheiro ou uma autoridade titular, mas em todos os casos deve ser um DeMolay
Ativo, exceto se o Oficial Instalador for um Ativo que se tornou Sênior DeMolay
durante aquela gestão e que deixa o cargo de Mestre Conselheiro naquele momento.
A Instalação poderá dar-se tanto se iniciando pelo Mestre Conselheiro,
como pelos Preceptores. A permissão para a inversão fica a critério do Grande
Mestre Estadual que criará o seu método próprio para tratar do assunto. A Cerimônia
em ordem inversa encontra-se também na área restrita do site do Supremo
Conselho.
O Oficial Instalador poderá dividir a Instalação com os demais
Instaladores de forma que todos participem. De qualquer forma, o Oficial Instalador é
o responsável por conhecer todas as partes de cor. Quando outros Instaladores
forem atuar, deverão ficar no ponto “O” voltado para o Oeste, fitando o Oficial a ser
instalado, que será levado pelo Mestre de Cerimônias Instalador para o ponto J.
Quando chegar sua vez de ser instalado, por Ordem do Instalador, o Mestre de
Cerimônias Instalador o conduzirá até o seu lugar em sentido horário, sem que
precise cruzar a linha entre o Altar e o posto do Oficial Instalador.
Em seguida irá apresentar no ponto J o Oficial solicitado pelo Instalador.
Quando mais de um Oficial tiver que ser escoltado, o Mestre de Cerimônias
Instalador conduzirá um deles e os seguintes o seguirão em fila indiana até que passe
em frente ao seu posto, quando ficará de pé. Quando os demais estiverem no seu
lugar, todos sentam-se.
O Oficial Instalador poderá passar a palavra para que outra pessoa dite
o juramento do Mestre Conselheiro, porém este deve ser sempre feito de cor. E a
pessoa que o fizer também deverá se postar no ponto “O”. Após concluir o juramento
e beijar o Livro Sagrado, o Mestre Conselheiro poderá receber o colar ou poderá
recebê-lo no Leste, se não for receber o colar no Altar, sela o juramento beijando o
Livro Sagrado, e será levado para o seu posto ao lado do Oficial Instalador e
apresentado. O Mestre Conselheiro Instalado não necessita ter o malhete em mãos
para proferir o seu discurso, de modo que depois de recebê-lo, o novo Mestre
Conselheiro deverá devolvê-lo para o Oficial Instalador presidir o restante da
Reunião.
Os Oficiais Instaladores não deverão usar capas, joias, paletós ou
qualquer outro adereço que não os pins, colares, prêmios ou honrarias que lhe são
próprios, os Oficiais que serão instalados deverão entrar com capas e joias. Como não
é instalado com os demais, o Organista poderá assumir suas funções de capa e joia
desde o início da reunião.
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Além dos Oficiais exigidos, não poderão ser acrescidos nenhum Oficial
Instalador, assim como nenhum realizará funções que cabem a outro, nem acumulará
funções se não por determinação do Ritual.
O Capítulo deverá realizar a Oração da Cerimônia das Nove Horas no
lugar da Oração de Encerramento (se a Cerimônia não tiver atingido as 21h), sem
que, contudo, seja soado o gongo e dita a fala habitual. Caso queira fazer completa, a
Cerimônia das Nove Horas deverá acontecer antes do encerramento, às 21h,
obedecendo aos critérios impostos pelo Ritual, na parte apropriada.
Ao proclamar os Oficiais devidamente Instalados, o Mestre de
Cerimônias Instalador colocará a mão direita sobre o Livro Sagrado e levantará a mão
esquerda (mesmo se estiver com o bastão) dizendo a sua fala e retornando ao seu
posto para sentar-se depois da batida de malhete.
Assim como nas demais Cerimônias Públicas, as linhas de
movimentação deverão ser obedecidas, cabendo ao Oficial Instalador informar que
ninguém poderá passar entre o Altar e seu posto a menos que o Ritual indique isto.
O que na verdade confere a instalação ao cargo é a colocação do Oficial
no seu posto.

7.12 Cartão de proficiência


O artigo 94 das Regras e Regulamentos do SCODRFB exige a emissão do
Cartão de Proficiência para aqueles que demonstrarem sua proficiência nos dois
Graus da Ordem, atendendo o que é estabelecido na legislação no que diz respeito
aos prazos e às formas de realizar o exame. O cartão de proficiência é um dos
requisitos para que o membro possa votar e ser votado.
Existe um modelo disponível no site do Grande Conselho. Cartão de
proficiência não se confunde com o cartão de regularidade que é emitido pelo
Supremo Conselho (também conhecido por “DeMolay Card”).

7.13 Orações
Ao comando do Mestre Conselheiro, o Capelão e o Mestre de
Cerimônias sairão de seus lugares a caminho do Altar. Ao mesmo tempo, os DeMolays
Ativos que estiverem em lugar mais elevado na Sala Capitular (batentes, elevações e
similares) descerão ao mesmo nível do Altar. Os demais participarão da Oração onde
estiverem.
Durante as Orações, todos os DeMolays Ativos, excluindo-se o Capelão,
o Mestre de Cerimônias, e o Porta Bandeira durante a oração de abertura, se
ajoelharão sobre o joelho esquerdo com o cotovelo direito sobre a coxa direita e a
mão esquerda envolvendo o cotovelo direito e a cabeça abaixada apoiada sobre a
mão direita.
O Capelão se ajoelhará sobre ambos os joelhos, com ambas as mãos
sobre as páginas do Livro Sagrado aberto e a cabeça levemente erguida (os olhos
poderão permanecer fechados ou abertos), é recomendado que haja uma almofada
para o Capelão apoiar os joelhos quando estiver fazendo a oração.
Os Seniores DeMolays, Maçons e demais presentes às reuniões que não
sejam DeMolays Ativos permanecem em pé, sempre em seus lugares, em silêncio e
com as cabeças abaixadas em sinal de respeito.
Todos deverão levantar juntamente com o Capelão e aqueles que se
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deslocaram de seus lugares deverão retornar com o Capelão quando ele retornar ao
seu posto junto com o Mestre de Cerimônias. Após a oração de abertura, todos
deverão permanecer novamente firmes em atenção à bandeira.
Dedicações para as orações devem ser feitas durante a Palavra ao Bem
da Ordem ou no relatório de doentes ou acidentados. A Cerimônia não deve ser
interrompida para isto. Haverá pelo menos duas orações por reunião, uma será
realizada na Abertura e outra no Encerramento, sem contar que em casos de
Reuniões que atinjam às 21 horas, a Cerimônia das Nove Horas deverá ser realizada
(quando a Cerimônia das Nove Horas não for realizada, a oração desta Cerimônia
substitui a de encerramento, a introdução da Cerimônia e as badaladas de gongo não
devem ser usadas nestes casos).

CAPÍTULO 8
HALL DA FAMA DEMOLAY

“Apesar de apenas 1 de cada 1000 jovens americanos entre 12 e 21


anos terem ingressado na Ordem, é interessante notar que muitos dos líderes da
nação nas finanças, religião e política pertenceram a Ordem DeMolay na
adolescência. Na verdade, 1 de cada 12 Governadores e 1 em cada 10 Senadores
americanos é um Sênior DeMolay. Cem DeMolays é igual a um gigantesco número de
líderes.”.
A seguir elencaremos alguns DeMolays que obtiverem sucesso em suas
carreiras, tornando-se famosos e admirados por muitas pessoas.

8.1 Internacionais

John Wayne: Premiado ator Norte-Americano;

Alex Spanos: Dono do The San Diego Chargers (Time de Futebol Americano);

Walt Disney: Fundador da The Walt Disney


Company;

Henry M. Jackson: Político, Senador Americano


(1953-83);

Cecil D. Andrus: Político, Governador do Idaho


(1971-77, 1987-95), Secretario do Interior dos
E.U.A (1977-81);

Carl D. Albert: Porta-voz da Casa Branca (1971-


77);

Harold Schafer: Filantropo e Fundador da Gold Seal Company;

Frank Borman: Foi o comandante da Apollo 8, primeira missão orbital a Lua (1968);

108
Grande Conselho da Ordem DeMolay do Estado de São Paulo
“Unindo Ideais or Dias Melhores”
Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista
recebeu a primeira medalha de honra espacial do Congresso;

Mel Blanc: Dublador conhecido por "O homem das mil vozes" (dublou Pernalonga,
Patolino, Hortelino, etc.);

Reubin O'Donovan Askew: Político, 37º Governador da Flórida (1971-79).

Mark William Calaway: Mais conhecido por "The Undertaker", famoso wrestler da
companhia norte-americana WWE.

8.2 Nacionais:

Pedro Cardoso: é um ator, e escritor brasileiro, Mais


conhecido por seu papel como “Agostinho Carrara”
em A Grande Família e primo do ex-presidente da
republica Fernando Henrique Cardoso;

Bruno Gradim: Ator profissional com passagens por


grandes emissoras brasileiras;

Mateus Pedro Liduário de Oliveira: Cantor, o Mateus


da dupla sertaneja “Jorge & Mateus”;

Thiago Tavares: Lutador Peso-Leve do UFC;

Jorge Wagner: Jogador de futebol que atua como


meio campista;

Dante Amaral: Jogador de voleibol da Seleção


Brasileira;

José Carlos: Jogador de futebol que atuou como goleiro;

Júlio César Soares: futebolista que atua como goleiro com passagens pela seleção
brasileira;

Gilberto Amauri Godoy Filho: Mais conhecido por "Giba", jogador de voleibol da
Seleção Brasileira;

Alison Conte Cerutti: Jogador de vôlei de areia, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos
de 2016;

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Grande Conselho da Ordem DeMolay do Estado de São Paulo
“Unindo Ideais or Dias Melhores”
Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista
CAPÍTULO 9
REFLEXÕES

A seguir colocaremos questões presentes no dia-a-dia do Capítulo e que


invariavelmente provocam discussões. O que se pretende com as reflexões a seguir
não é dar meras respostas com “sim” ou ”não”, mas dar base para um debate
consciente, levando em consideração as peculiaridades culturais e morais dos
membros dos Capítulos.

9.1 Um portador de necessidades especiais pode iniciar na Ordem DeMolay?

Nada impede que um portador de necessidades especiais seja iniciado


na Ordem, desde que esta necessidade não prejudique o desempenho administrativo
e ritualístico do Capítulo. Por exemplo, temos irmãos que possuem deficiência visual
e que ocupam cargos, conseguem se movimentar na sala Capitular e falam a sua
parte do ritual normalmente. Por outro lado uma deficiência mental acentuada acaba
por limitar a pessoa em uma possível atuação no Capítulo, assim como limitaria em
qualquer outro trabalho na sociedade.
Dessa forma, o que deve ser considerado ao admitir uma pessoa no
Capítulo não é a sua necessidade especial, mas sim se ela conseguirá se adequar e
somar ao grupo e se o grupo poderá ajudá-la. Isso vale tanto para os portadores de
necessidades especiais, quanto para os demais candidatos. Será que mesmo com a
necessidade especial ela é capaz de desempenhar seu papel – ainda que com maior
dificuldade – e agregar algo de positivo ao Capítulo? Será que mesmo com a
necessidade especial o candidato pode vir a se tornar um líder ou aprimorar seu
caráter?

9.2 Um homossexual pode iniciar na Ordem DeMolay?

Um dos preceitos da Ordem Demolay é a liberdade, bandeira esta que


valorizamos e lutamos há muitos séculos para conseguir. Por esta afirmação, não
necessitaríamos responder à pergunta, porém para trazer mais luz a Ordem Demolay
e a normativa desta Apostila de Estudos, iremos elucidar este tema.
Ninguem pode ser vetado em sindicâncias em razão de suas orientações
sexuais, seja por Demolays ou Maçons.
A Ordem Demolay como instituição e seus membros devem obedecer
às leis de sua cidade, estado e país conforme o juramento e, portanto qualquer
pratica de preconceito ou bullying afronta a Constituição Federal onde diz que todos
são iguais perante a lei, e por consequência o juramento e as diretrizes da Direção
Estadual.
As portas dos Capítulos devem estar sempre abertas para todos aqueles
que queiram somar, trabalhar pela Ordem e pelo Brasil e que acreditem em um ideal
maior, independentemente da sua orientação sexual.
Tendo isso em mente, a questão que devemos analisar não é a da
orientação sexual do candidato, mas se o comportamento dos irmãos/tios que o
querem julgar condizem com os preceitos da Ordem. Se houver prática fora dessa
110
Grande Conselho da Ordem DeMolay do Estado de São Paulo
“Unindo Ideais or Dias Melhores”
Apostila de Estudos da Ordem DeMolay Paulista
instrução, o Grande Conselho deve ser avisado imediatamente para tomar as devidas
ações. Lembre-se, você não está sozinho, somos todos uma familia.

9.3 Um ateu pode iniciar na Ordem DeMolay?

Um dos princípios sagrados da Ordem DeMolay é que o membro


“professe sua crença em Deus e Reverência a seu Santo Nome, ou que demonstre fé
em algo Superior, mesmo que não seja chamado por algum nome específico”. Iniciar
um Ateu, portanto, seria tão errado quanto iniciar uma criança de 5 anos. Tanto um
ateu quanto uma criança não estão aptos a assimilar aquilo que a reunião busca
transmitir, por esse motivo não estariam em harmonia com o Capítulo. Além disso,
durante a reunião, existem várias alusões a um Ser Superior, para um ateu, não
existiria razão para aquilo, especialmente o momento da oração.
O candidato ateu pode até ser uma ótima pessoa, ter bom caráter e
muitas outras qualidades. Dessa forma, poderá facilmente ser um bom amigo, mas
não um DeMolay, já que são ideologias incompatíveis.
Importa salientar que o ateísmo não se confunde com uma pessoa sem
religião. O fato de alguém optar por não seguir um dogma, ou simplesmente não ter
uma religião definida, não é impedimento para que a pessoa ingresse na Ordem,
desde que o candidato creia em um Ser Supremo que está acima da consciência
humana.

9.4 Alguém que não morreria pelo seu país pode iniciar na Ordem DeMolay?

Identificar o patriotismo é algo mais complexo do que simplesmente


saber se alguém morreria ou não pela pátria. Ora, o amor à vida é algo subjetivo, ou
seja, varia de indivíduo para indivíduo. É obvio que alguém que não ama a própria
vida – um possível suicida - morreria por qualquer coisa, talvez também pela sua
pátria. Isso não o torna patriota, pois ele não morreria apenas por algo que ache
digno, mas sim por qualquer coisa – inclusive a pátria. No entanto alguém que abre
mão de algo que realmente valoriza em benefício da pátria, esse sim é um patriota.
Dessa forma, quem valoriza seu dinheiro e ainda assim paga seu
imposto corretamente; quem ama a sua família e a vida, mas ainda assim se dedica a
lutar pelo país no campo de batalha, se necessário; quem consome bebida alcoólica,
mas ainda assim deixa de beber quando vai dirigir para cumprir a Lei. Estes sim são
patriotas. É obvio que não é fácil ser patriota, ainda mais quando se está descrente
daqueles que conduzem a nação, mas o patriotismo vai além, ou seja, ultrapassa o
eventual desprezo pelos governantes e se converte na vontade de mudar o país.
Quem ama sua pátria luta diariamente, como pode, para melhorar sua cidade, seu
estado e seu país.
Em nosso juramento, prometemos defender a nossa pátria com a
própria vida, se necessário. Por outro lado, também juramos manter nossa mente e
nosso corpo limpos e livres de dissipações. Dessa forma, não há como se exigir que
alguém mantenha o corpo livre de impurezas se a pessoa não sabe os malefícios que
aquela impureza traz ao seu corpo, da mesma forma não temos como querer que
alguém morra pela pátria se a pessoa não possui em si o conceito de pátria e
tampouco identidade com seus compatriotas. Assim, termos que morrer ou deixar de
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morrer pelo país não garante a certeza do patriotismo na pessoa, mas sim um
conjunto de elementos que devem ser identificados durante o processo de
sindicância. Por fim, devemos ter em mente que a Ordem DeMolay para o candidato
deve estar mais próxima de uma “loja de acessórios” do que de uma “casa de
reparos”.

9.5 Sete Virtudes são suficientes?

Amor filial, reverência pelas coisas sagradas, cortesia, companheirismo,


fidelidade, pureza e patriotismo, são qualidades que devem ser cada vez mais
lapidadas na vida de um DeMolay, mas será que apenas estas virtudes são suficientes
para poder dizer que determinada pessoa possui um bom caráter? Certamente são
grandes virtudes e sem dúvida acabam englobando muitas outras, mas talvez não
sejam suficientes para definir um bom caráter.
Assim como a luz, as sete virtudes nos guiam na escuridão, no entanto
esse escuro representa simbolicamente a escuridão da moral e dos bons costumes.
Ao ser guiado pela vela da cortesia, encontramos outras qualidades: a justiça, a
amabilidade, a tolerância. Ao ser guiado pela virtude do amor filial, encontramos o
respeito, a resignação, a obediência, a humildade. Já na virtude da fidelidade
encontramos a honestidade, a transparência de caráter. Enfim, dizer que as sete
virtudes cardeais são suficientes dependem do ponto de vista. Podemos dizer que são
suficientes como virtudes que nos guiam para uma vida plena, mas não são
suficientes como qualidades isoladas, pois de nada adianta ser um patriota que não
cuida da sua própria casa, por exemplo.

9.6 O que nos faz puro?


A falta de pureza sem dúvida é um dos grandes problemas da nossa
sociedade. Ser puro não é apenas não usar drogas ilícitas. Pureza não tem ligação
restrita ao que é proibido ou permitido por Lei, mas sim com o que nos mantém em
harmonia com o nosso interior. Por esse motivo, até mesmo uma comida ou um
momento de ira pode nos deixar impuro. “Pureza de pensamentos, palavras e ações”.

Dessa forma, notaremos a nossa pureza, a medida em que conseguimos estar


em comunhão com o nosso próprio ser, sem interferência de fatores externos, sejam
elas de interferência física, como bebidas alcoólicas, cigarros, comidas hipercalóricas,
drogas ilícitas, medicação desnecessária e etc.; ou de interferência psicológica como
momentos de raiva, palavras ruins, inveja, egoísmo, consumismo, vaidade
exagerada e etc. Tudo isso acarreta uma interferência de comunicação entre nós e o
que chamamos de “divino”. Nosso corpo é o nosso templo. É onde habitaremos até o
último dia de nossas vidas e, assim como um carro, não irá funcionar bem se dermos
combustível de má qualidade, a diferença é que no carro podemos trocar todas as
peças e até adquirir um novo. No nosso corpo, não.

Algo a ser considerado é a quantidade e a intensidade. Alguns hábitos, apesar


de não contribuírem com a virtude da pureza, não vão nos tornar definitivamente
impuros se adotados com moderação, outros sim. Por esse motivo, o ideal é evitar
esses hábitos, mas caso ainda não exista a consciência, o desprendimento e a
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disciplina necessária para abolir o hábito, devemos tentar reduzi- lo o máximo
possível, inclusive buscando apoio de um profissional, se necessário. O que não
podemos é tentar enganar a nós mesmos, no sentido de nos convencer de que
aquele hábito não faz mal.

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CAPÍTULO 10
SINDICÂNCIA

10.1 O que o “estranho” precisa ter para ser um DeMolay?

É necessário tomar muito cuidado ao fazer uma indicação. Devemos


indicar pessoas em quem nós confiamos, pois uma indicação errada, que venha a ser
aprovada, pode comprometer o nome do Capítulo e até mesmo da Ordem, além
disso, ele será recebido como irmão e para nós será também um amigo até que
demonstre o contrário. Notadamente, um mau DeMolay é como uma fruta podre,
que quando deixada no mesmo cesto, prejudica as demais.
Por outro lado, é certo que não temos como conhecer a pessoa
totalmente, aliás, nem nós nos conhecemos totalmente. No entanto certos indícios e
uma investigação social bem feita (sindicância), certamente colaboram para boas
aquisições de membros para a Ordem.
Não se limite ao seu círculo de amizade íntima, procure candidatos que
atendam aos requisitos e que se destaquem de alguma forma na sociedade: pela sua
proatividade, bons costumes, estudos, dentre outros tantos fatores positivos que
possam torna-lo um bom DeMolay.
Só se obtém admissão na Ordem DeMolay o jovem que é indicado por
dois DeMolays, por um Sênior DeMolay ou por um tio Maçom (lembrando que não é
necessário ter grau de parentesco com membros da Instituição Maçônica).
Os requisitos básicos para ingressar na Ordem basicamente:
1. Ser do sexo masculino;
2. Ter entre doze (12) anos completos e vinte e um (21) incompletos;
3. Professar sua crença em Deus e reverenciar seu Santo Nome, ou
demonstrar fé em algo Superior, mesmo que não seja chamado por algum nome
específico;
4. Afirmar lealdade ao seu País e respeito à bandeira de sua pátria;
5. Buscar o aprimoramento pessoal;
6. Ser íntegro e ter boa conduta social;
7. Dedicar-se a praticar os elevados ideais das sete virtudes cardeais de
um DeMolay, contidos na Coroa da Juventude: Amor Filial, Reverência pelas Coisas
Sagradas, Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo;
8. Aprovar a filosofia da Fraternidade Universal entre os Homens –
saber que somos todos livres e iguais;
9. Seguir a nobreza de caráter exemplificada pela vida e morte de
Jacques DeMolay, último Grão-Mestre a Ordem dos Cavaleiros Templários.
Por fim, é importante esclarecer, no momento da entrevista, os valores
das taxas e mensalidades, bem como verificar se o candidato possui condição de
arcar com os valores. Além disso, é importante que ele esteja ciente de que a Ordem
DeMolay não é uma organização maçônica juvenil, de modo que não lhe garantirá, no

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futuro, a iniciação em um Corpo Maçônico.

10.2 Quem pode integrar a comissão de sindicância?


As comissões possuem a função de auxiliar o Mestre Conselheiro em
suas obrigações. Dessa forma cabe ao próprio Mestre Conselheiro orientar o
presidente da comissão sobre quem possui os requisitos para integrar a mesma. Caso
não haja restrição por parte do Mestre Conselheiro ou do Regimento Interno do
Capítulo, qualquer DeMolay está apto a integrá-la.
Devemos ter em mente que a função da comissão é obter as
informações necessárias sobre determinado candidato, bem como o parecer de sua
família – principalmente se for menor de idade – e repassar ao Capítulo. Tendo isso
em mente, não há qualquer impedimento para que presidente da comissão solicite a
uma tia ou cunhada, por exemplo, dados sobre o candidato visando obter
informações junto à sua mãe depois emitir seu parecer ao presidente da comissão,
para que este repasse ao Capítulo.
Obviamente que a participação de estranhos nas atividades da comissão
deve ter um propósito específico, e limitar-se apenas ao processo de averiguação,
jamais devem participar das votações que devem ser feitas em reunião, dentro do
Grau DeMolay, ou seja, ritualisticamente. O presidente da comissão deve ser,
obrigatoriamente, um irmão do Grau DeMolay ou até mesmo um sênior DeMolay.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Irmão, esperamos que este material lhe seja útil em sua jornada como
DeMolay - que certamente não termina aos 21 anos.

O objetivo da apostila não é limitar o campo de estudo ao que está


descrito aqui. A Ordem DeMolay é muito maior do que podemos descrever em dois
singelos guias de estudo. Procure sempre saber mais!

Agradecemos aqui, aos irmãos da gestão “Se podemos sonhar, juntos


podemos realizar” que permitiram e acolheram a retomada deste material, que foi
baseado na apostila produzida ano de 2006 pelos primeiros organizadores: Marcelo
Fachini Salloume, Filipe Ferreira Martins, Rafael Vieira de Almeida e Rodrigo Olavo
Moretti Pires.

Certamente esse material inicial colaborou em muito para que


déssemos continuidade ao projeto com fontes irretocáveis. Por fim, nos valemos das
palavras destes nobres irmãos para finalizar o presente estudo:

“É no interior de nosso coração que os ecos e as sombras do Patrono de


nossa Ordem podem cumprir sua missão... Já que de Molay foi escolhido como
emulador de nossa Ordem. Sobre o que é a relação verdadeira entre a Ordem
DeMolay, os Cavaleiros medievais e principalmente o que tudo isso tem em relação às
suas vidas, a única coisa que ousamos dizer é que isso depende de cada irmão e de
como deseja conduzir sua própria vida. Então, somente quando perceberdes a
nobreza de ser um DeMolay dentro do seu coração, honrareis a sua causa
conscientemente, sabendo do peso que agora carrega convosco, e da luz que vos é
trazida pelos elevados ensinamentos de nossa Ordem.

Despedimo-nos do irmão, desejando que ao longo deste Grau


tenhais colhido ao menos um pouco de tudo o que a Ordem pode nos legar. De vós,
meu irmão, depende o futuro do Capítulo, da Ordem e da Humanidade, e vos pedimos
sinceramente que seja digno do nome de Nossa Ordem. Sejamos dignos de sermos
verdadeiramente DEMOLAYS!”.

Irmãos Organizadores

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BIBLIOGRAFIA

Marcelo Fachini Salloume, Filipe Ferreira Martins, Rafael Vieira de Almeida, Rodrigo
Olavo Moretti Pires, Manual de Instruções do Grau Iniciático, ano: 2006.

Fellipe Arias Estrada, João Matheus Sabio Ferreira, Mateus Rosolen Gomes,
Ronaldo Vicensotti Bassetto, Pedro Augusto Santos de Castro, Apostila de Estudos
da Ordem DeMolay Paulista, 1ª Edição, ano 2013.

José Ailton Ribeiro, Estudo sobre os Símbolos Nacionais, Sorocaba/SP, ano 2016.

http://www.legiaodafraternidade.org.br/chakras.htm

http://capituloax.blogspot.com.br/2012/03/os-cargos-dos-oficiais-da-ordem-
demolay.html

http://sgec.gob.org.br/coordenadoria-paramaconicas/46-artigos-gerais/182-frank-
shermann-land-patrono-da-ordem-demolay

http://pt.wikipedia.org/wiki/Trance_psicadélico

DeMolay International. Congresso Internacional e Oficiais do DeMolay International.


Disponível em: http://www.demolay.org/organization/isc_officers.php

Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil. O que é


a Ordem DeMolay? Disponível em:
http://www.demolaybrasil.org.br/infos.php?cd_info=26-O-que-e-a-Ordem-DeMolay

Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil. Guia do


Novo Membro. Disponível em:
http://sis.demolaybrasil.org.br/downloads/downloads000050.pdf

Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil. A vida


de Jacques de Molay Disponível em:
http://www.demolaybrasil.org.br/infos.php?cd_info=29-Nosso-Patrono

Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil. Guia de


Premiações do SCODRFB. Disponível em:
http://sis.demolaybrasil.org.br/downloads/downloads000173.pdf

Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil. Colares


e Comendas. Disponível em: http://demolayshop.com

Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil.


Nosso Ritual, seu simbolismo e significado. Disponível em: http://demolayshop.com

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Wikilay – A Enciclopédia da Ordem DeMolay. Oficiais de um Capítulo. Supremo


Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil. Estatuto, Código
e Regulamento – SCODRFB. Disponível em:
http://sis.demolaybrasil.org.br/downloads/downloads000103.pdf

Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil. Sobre o


Supremo Conselho. Disponível em:
http://www.demolaybrasil.org.br/infos.php?cd_info=1-Sobre-o-Supremo

http://www.demolaybrasil.org.br/infos.php?cd_info=33-Cem-DeMolays

Grande Conselho Estadual da Ordem DeMolay do Estado de São Paulo. Congresso


Estadual da Ordem DeMolay. Disponível em:
http://www.gcesp.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=18&Item
id=133

Grande Conselho Estadual da Ordem DeMolay do Estado de São Paulo. Encontro


Macrorregional de Padronização Ritualística. Disponível em:
http://www.gcesp.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21&Item
id=136

Grande Conselho Estadual da Ordem DeMolay do Estado de São Paulo. Conselho de


Aprimoramento de Mestres Conselheiros. Disponível em:
http://www.gcesp.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=19&Item
id=134

http://www.esoterismodemolay.com.br/2013/06/iniciacao-hermetismo-e-
alquimia.html

http://ahistoriadeordemdemolay.blogspot.com.br/2009/09/historia-da-ordem.html

http://pt.wikipedi a.org/wiki/Wikipedia:página_principal

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APÊNDICE I

SALA CAPITULAR

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APÊNDICE II
ESTUDO DA LETRA DO HINO NACIONAL BRASILEIRO

Ouviram do ipiranga as margens plácidas


De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade


Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido


De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,


És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,


Pátria amada, Brasil!

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II

Deitado eternamente em berço esplêndido,


Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó brasil, florão da américa,
Iluminado ao sol do novo mundo!

Do que a terra mais garrida,


Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida; no teu sei;mais amores.

Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
Paz no futuro e glória no passado.

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, brasil,
Ó pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,


Pátria amada,
Brasil!

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VOCABULÁRIO (GLOSSÁRIO)

Plácidas: calmas, tranquilas


Ipiranga: Rio onde às margens D.Pedro I proclamou a Independência do Brasil em 7 de
setembro de 1822
Brado: Grito
Retumbante: som que se espalha com barulho
Fúlgido: que brilha, cintilante
Penhor: garantia
Idolatrada: Cultuada, amada
Vívido: intenso
Formoso: lindo, belo
Límpido: puro, que não está poluído
Cruzeiro: Constelação (estrelas) do Cruzeiro do Sul
Resplandece: que brilha, iluminada
Impávido: corajoso
Colosso: grande
Espelha: reflete
Gentil: Generoso, acolhedor
Fulguras: Brilhas, desponta com importância
Florão: flor de ouro
Garrida: Florida, enfeitada com flores
Idolatrada: Cultivada, amada acima de tudo
Lábaro: bandeira
Ostentas: Mostras com orgulho
Flâmula: Bandeira
Clava: arma primitiva de guerra, tacape.

CURIOSIDADES

No Brasil, o primeiro hino surgiu após a Independência brasileira,


composto por Dom Pedro I, e tornou-se o Hino à Independência do Brasil.
O Hino Nacional surgiu com a música de Francisco Manoel da Silva, pelo
decreto nº 171 do ano de 1890.
A letra do hino foi escrita no ano de 1909 por Osório Duque Estrada, e foi
oficializado como hino pelo Decreto nº 15.671, no ano de 1922 (Centenário da
Independência).

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As bandeiras e os hinos são símbolos criados para representar um


sentimento de unidade, de patriotismo, ou seja, tais simbologias (mas não somente
elas) criam um sentimento de pertença de um determinado povo a uma nação,
manifestando o sentimento de nacionalidade, nacionalismo.
Após a proclamação da República no Brasil, no ano de 1889, criou-se uma
nova bandeira para representar a nova fase da história brasileira.
No ano de 1906, foi apresentado pela primeira vez o Hino à Bandeira
brasileira, escrita pelo poeta Olavo Bilac, esse hino tornou-se mais um elemento
constituidor da identidade nacional brasileira.
Surgiu de um pedido do Prefeito do Rio de Janeiro, Francisco Pereira
Passos, ao poeta Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac e ao Prof. Francisco Braga.
Inicialmente foi utilizado pelo Rio, que na época era capital federal, sendo
cantado nas escolas e posteriormente sua execução foi se estendendo às
coorporações militares e demais Estados.
Foi provavelmente escrito para que a população brasileira se habituasse à
nova bandeira, já que com o golpe militar que impôs o país à república, a nova
bandeira ainda não era entendida ou aceita pela maioria da população. Fato este que
pode ser observado na letra que faz referência ao céu estrelado, que não existia nas
bandeiras anteriores.
É tocado por uma das Forças Armadas (Marinha, Exército ou
Aeronáutica) durante a cerimônia de troca da Bandeira, na Praça dos Três Poderes,
juntamente com o Hino Nacional.
No dia 19 de novembro comemora-se o Dia da Bandeira do Brasil, que passou a fazer
parte da história do país após a Proclamação da República, no ano de 1889.

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APÊNDICE III
HINO À BANDEIRA BRASILEIRA

Salve lindo pendão da esperança


Salve símbolo augusto da paz
Tua nobre presença à lembrança.
A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra.


Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas.


Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Recebe o afeto que se encerra.


Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Contemplando o teu vulto sagrado,


Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser!

Recebe o afeto que se encerra.


Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Sobre a imensa nação brasileira,


Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira,
Pavilhão da justiça e do amor!

Recebe o afeto que se encerra.


Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

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