P. E . D.
( PROGRAMA DE ESTUDOS DeMOLAY)
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PRÓLOGO:
Este P.E.D.- Programa de Estudos Demolay- foi editado para fins de estudos dos
irmãos do Grau Iniciático para que se preparem para receber o Grau Demolay, porém o
mesmo pode ser utilizado como fonte de consulta rápida de Tios e Irmãos para que
conheçam a história de nossa Ordem
Espero que através deste eu lhes traga uma importante fonte de consulta para
que nossa Ordem possa crescer cada dia mais e que meus irmãos possam ficar informados,
brevemente, de nossa história, boa consulta e que o Grande Pai Celestial vos ilumine e
ampare.
Cordialmente
_________________________
Alan de Macedo Simões
Comissão de Ritualística
Presidente 98/99
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A idade Média
Não havia nada mais heróico que o galopar do cavalo de um Templário, em meio ao
som dos estandartes desfraldando, trombetas bradando e o fragor das armas, onde o campo
de batalha transformava-se em um poço de honras e riquíssimos seqüestros, porém isso
esfriou com a sanção da igreja, onde surgiu as poesias Cavalheirescas, regras de cortesia,
conduta e moral, elaborando-se assim um rigoroso ritual, com significados simbólicos, nos
quais, desde criança, o futuro cavaleiro já se submetia.
Os cavaleiros eram nobres mas nem todo nobre era cavaleiro, pois era necessária
uma cerimônia especial, para a qual o cavaleiro se preparava dos 7 aos doze anos, onde
aprendia a cavalgar e manejar a lança e a espada( era denominado pajem), depois era
promovido à escudeiro e vivia ao lado do seu senhor, acompanhando-o nas batalhas e
usufruindo de suas vitórias e derrotas.
O escudeiro poderia receber as esporas de cavaleiro, pelo seu comportamento em
batalha ou por uma festa realizada na corte.
Na noite anterior da cerimônia, o “iniciado” passava a noite(esta noite era chamada
de “VIGÍLIA D’ARMAS”) orando em pé ou de joelhos e ouvindo os sermões de cavaleiros
lembrando-o das suas futuras obrigações, ao alvorecer, tomava um banho como libertação
simbólica de seus pecados e vestia uma túnica branca(símbolo da pureza) e uma camisa
vermelha(como sangue que os outros cavaleiros já derramaram) e um gibão ou calças
negras(lembrando que a morte estava sempre por perto).
Só então era conduzido à igreja, onde o mais velho cavaleiro lhe entregava a espada
e o sacerdote perguntava: “por que motivos queres tornar-se cavaleiro? Para ficar rico?
Vai-te não és digno”. O jovem ajoelhado jurava sobre a espada, que se manteria fiel à
Deus, seus princípios, sua dama ou seu padrinho, o padrinho lhe entregava seu
paramento(esporas de ouro, cota de malha, lança, etc.…), e lhe dava uma bofetada no rosto
ou uma pancada com a base larga da espada nos ombros e dizia as “palavras da
consagração”: Em nome de Deus, de São Miguel e de São Jorge, sagro-te cavaleiro.
Porém poucos cavaleiros foram fiéis a ideologia não escrita da cavalaria:
generosidade, fidelidade, defesa dos fracos contra o abuso dos poderosos. Não ferir o
cavalo de um inimigo, não atacar muitos contra um, não gabar-se das façanhas em batalha e
servir a mulher amada, eram as bases do cavalheirismo. E muitas vezes o cavaleiro se
apaixonava por uma mulher que jamais viu e só tinha ouvido falar, cortava o cabelo em
sinal de dedicação, e acorria ao castelo da nobre dama, na esperança de vencer um torneio e
receber um olhar ou um sorriso de sua musa.
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A Igreja Medieval
As Cruzadas
As cruzadas ocorreram entre 1096 e 1270(Baixa Idade Média), e foram oito, eram
expedições militares e religiosas empreendidas pela Cristandade do Ocidente contra os
Sarracenos(Muçulmanos), e tentavam libertar a Terra da vida e morte de Jesus da
administração muçulmana e chamava-se Cruzada devido aos seus participantes usarem uma
Cruz Vermelha no peito.
As causas das cruzadas eram várias, a necessidade de alimentar o caráter bélico dos
fidalgos. Nessa época era comum nobres formarem exércitos dentro de seus feudos e
lutarem apenas por prazer. Essas batalhas, muitas vezes, ocorriam em plantações,
destruindo lavouras e ocasionando fome, como as terras eram da igreja ela, para não perder
suas plantações, transferiu suas batalhas para Jerusalém e toda Terra Santa, além disso a
Europa tinha uma superpopulação e não tinha meio de sustentar todos.
Como não conheciam a tática inimiga, os exércitos se especializaram, criando
assim, as Ordens Militares, como a dos Templários que protegiam os peregrinos que iam à
Jerusalém, e a dos Hospitalários que além de combaterem, cuidavam de cavaleiros feridos
em combate.
As conseqüências das cruzadas foram positivas, politicamente enfraqueceu o
feudalismo dando mais autoridade ao Rei, na economia, houve um aumento de comércio
com o Oriente, criando assim cidades comerciais e portuárias e criando, assim, a burguesia
e culturalmente o intercâmbio com o Oriente trouxe um novo pensamento e um progresso
nas artes e ciências.
Naquele mesmo dia Jacques DeMolay desacreditou nos boatos, pois o seu
“inimigo” postava-se ao seu lado conduzindo o caixão da princesa e acreditava que o rei
tinha alta consideração e carinho por ele.
Após sua queda na Palestina, a Ordem estabeleceu-se na ilha de Chipre incrustada
no Mar Mediterrâneo, onde a Ordem gozava de “Soberania”, sendo seu Grão-Mestre o
Príncipe Soberano. A Esquadra Naval da Ordem era a mais poderosa, contando com
enormes Galeras, que espalhavam o terror nos mares aos piratas Turcos.
A Bandeira branca e preta usada pela Ordem em guerras, tremulava nos mastros das
naus e afugentava os inimigos trazendo segurança aos fiéis.
No ano anterior, o Rei Filipe, após a derrota na batalha de São João de Acre, tinha
solenemente recebido os esquadrões da Ordem que o visitaram no famoso Castelo do
Templo, sede geral da Ordem.
Jacques DeMolay, nesta viagem cometeu o grande erro de comparecer perante o Rei
com uma escolta de sessenta Templários pertencentes à alta nobreza e ostentando o
enorme tesouro que tinha trazido da Palestina para ser guardado no Templo. Filipe
envergonhou-se de sua condição pois constatou que os Templários representavam uma
força verdadeira, cheia de prestígio, riquezas e poderio militar. Um Estado poderoso e
organizado dentro da própria França.
De qualquer maneira Filipe recebeu o Grão-Mestre e padrinho de seu filho, com a
costumeira distinção que os Reis da França dispensavam a esta Ordem Militar e Religiosa,
a mais poderosa do mundo cristão, que tinha salvo várias vezes de seu próprio povo
enfurecido e abafou revoltas.
Jacques DeMolay supunha que as infâmias espalhadas contra a Ordem do Templo,
Provinham do próprio Rei, mas como era bastante ingênuo e já de idade avançada,
recusava-se à acreditar que o pai de seu afilhado fosse seu inimigo. Pagou caro esta
confiança depositada em um Rei covarde, embusteiro e falso moedeiro.
Confiante, por tanto, na palavra deste Rei que jurava ser seu amigo, admirador e
parente, Jacques DeMolay tinha defendido Filipe diante dos demais Templários, declarando
que “Tinha Certeza da Lisura do Rei”. Assim, após o funeral, o Grão-Mestre tinha se
retirado na “Ville Neuve du Temple” que, como já declarado, era a sede geral européia da
Ordem, respirando um pouco mais aliviado, quando transpôs o portão do Castelo,
ingressando na sua Fortaleza, guarnecida de quatro Torreões e bem defendida.
No fim da tarde, Jacques DeMolay, juntamente com seus cavaleiros e escudeiros,
tinha assistido, na Capela do Castelo, as preces noturnas, após o que, fora jantar retirando-
se em seguida, aos seus aposentos para descansar.
Neste exato momento, todos os oficiais espalhados pelo Reino e que representavam
o poder do Rei da França, estavam abrindo uma carta levando o Selo Real e contendo
instruções secretas e trágicas.
Estas mensagens tinham deixado a capital um mês antes e estavam sendo lidas ao
mesmo tempo em todas cidades da França, nesta noite do dia 12 para 13 de outubro de
1307. Ao ler o conteúdo, os oficiais reais espantaram-se pois teriam que prender pessoas
que até a pouco eram hóspedes de honra do Rei da França.
Foram reagrupados os Bailios, os Senescais e toda a tropa possível para a tarefa
inglória embora contassem para a execução da traição, da surpresa e do descanso noturno.
Marcharam silenciosamente para o Castelo-Fortaleza do Templo, silenciosos,
batendo timidamente aos portões da residência de Jacques DeMolay.
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Os sinos das igrejas estavam soando às três horas da manhã quando as casas
templárias estavam para serem invadidas. Ao baterem nos portões, alegaram tratar-se de
uma inspeção rotineira sobre os dízimos do Clero e imediatamente foram deixados entrar.
Mal fora levantada a ponte levadiça, os armigeros do covarde Rei se precipitaram gritando
e agitando as armas, surpreendendo, assim sem qualquer resistência os infelizes Templários
pois estavam dormindo.
A luz das tochas invadiu os quartos arrancando das toscas camas os guerreiros
rubro-cruzados, que em qualquer outro momento teriam medo de enfrentar e que, atônitos,
sem nada entender, vinham sendo empurrados seminus e imediatamente algemados como
malfeitores comuns.
Triste espetáculo ver-se os defensores da Igreja e do próprio Rei da França
conduzidos como gado para o matadouro. Triste, mas real. Em Paris foi pessoalmente o
guardião do selo do Rei, Guilherme de Nogaret, que quiz liderar a infame expedição contra
Jacques DeMolay, que, horas antes, tinha recebido o ombro do rei e o juramento de eterna
fraternidade.
Todos Templários que acompanhavam o Grão-Mestre, bem como os demais
espalhados nos Conventos e Comendadorias, foram postos nas prisões do Estado, onde
excetuando-se as ordens pessoais do Rei, deveriam ser, imediatamente, interrogados pelos
Comissários da Inquisição para confessar suas culpas devendo ser largamente empregada a
tortura.
Logo ao nascer do dia, os corneteiros de Sua Majestade chamaram o povo para lhe
dizer que o Rei Filipe queria que todos soubessem a razão deste golpe de força contra “Os
inimigos da França e dos franceses”. Ninguém acreditou, mas, o Rei já havia transferido
seu governo para o Castelo do Templo, lançando mão dos tesouros templários e
preparando-se para dormir na cama ainda quente do Grão-Mestre traído pelo seu próprio
compadre.
Os historiadores levantaram os motivos da traição, e são óbvios: Cobiça de dinheiro,
medo de uma poderosa Ordem e vingança do mesquinho que fora impedido de ingressar na
Ordem. Porém várias hipóteses errôneas foram levantadas.
O Rei convocou os Estados Gerais para declarar os Templários passíveis de pena de
morte. Entre as acusações mais sérias contra os Templários estava a apostasia da fé,
idolatria e heresia. Afirmavam que o ingresso na Ordem obedecia um Ritual Obsceno,
durante o qual, os noviços iam excitar os veteranos Cavaleiros, sobre as partes intimas do
corpo.
Sob tortura todos Cavaleiros assumiram os procedimentos, mas em 11 de março,
Jacques DeMolay solicitou ser novamente ouvido. Todos esperavam um pedido de
clemência ao Rei e ao Papa, o 22° Grão-Mestre da Grandiosa Ordem do Templo bradou
INOCÊNCIA, rejeitando sua condição de réu, não temendo a morte e mostrando-se
superior afirmou: “Declaro que tudo lhe tenha sido extorquido à força pela “santa”
inquisição, através de tormentos.
Tal declaração causou um tremendo escândalo, pois o povo ficou sabendo de tal
pronunciamento e os verdadeiros objetivos do Rei não eram desconhecidos. Filipe sentiu
abalada a sua posição de Monarca Absoluto e dois dias depois pronunciou, ele mesmo, a
sentença de condenação de Jacques DeMolay pelos crimes de infâmia, heresia, sodomia e
Lesa Majestade.
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Após a morte de Jacques DeMolay alguns Templários fugiram para a Escócia que
sofria um processo de separação do Rei Inglês, católico, por tanto obedecia ao Papa,
lutando ao lado dos escoceses com as tropas de Willian Wallace, comandadas nesta época
por Robert de Bruce.
Alguns fugiram para a Terra Santa e converteram-se ao islamismo, pois já falavam
árabe devido a sua estada naquela região anteriormente; Outros postaram-se na Península
Ibérica e fundaram a Escola de Sagres, fundaram a Ordem de Cristo e Começaram as
Grandes Navegações utilizando a experiência que possuíam ainda de sua força naval na
Ilha de Chipre.
a Ordem se espalhou e nunca mais teve tal força, mas, o espirito de fidelidade à
Ordem continua vivo no coração dos novos Templários, os DeMolays.
Fazedores de Reis
Wolfram von Eschenback escreveu seu poema Percival em 1220. Os cavaleiros que
guardavam o Cálice Sagrado, o castelo do Graal e a família do Graal eram Templários. Isso
foi escrito quando as fortunas Templárias, econômicas e espirituais, estavam em seu auge.
Com certeza, os Templários não existiam durante os tempos do Rei Arthur( período no qual
a lenda do Graal aparece). Eschenback, estava tentando nos dizer que o Graal(onde quer
que estivesse), ainda estava com nós, na época em que estava escrevendo e guardado pelos
Templários.
Aqui não há espaço para se aprofundar, mas nos livros de Michaale Baigent,
Richard leigh e Henry Lincoln uma trama bizarra ocorre. Os Cavaleiros Templários estão
em seu centro com o Santo Graal,(de sang raal, ou devemos dizer a Santa Descendência).
Isso significa a descendência de Cristo, a qual os Templários deveriam proteger. E isso,
aliado à ganância de Filipe IV, teria trazido-lhes a decadência. Tudo é revelado na pequena
vila de Rennes-Le-Chateau na França, escondido em estranhas inscrições ao redor da
cidade. Do que esse segredo é composto é o principal mistério. Basta dizer, esse é o melhor
dos mitos Templários
Cada parte do Emblema oficial DeMolay tem seu significado particular para um
membro da Ordem DeMolay.
Para os Gregos, os primeiros dez números pertencem ao plano do espírito: são assim
considerados entidades, Arquétipos, Símbolos. Os restantes são combinações dos dez
primeiros. Os Gregos preocupavam-se muito com o simbolismo dos números. o sábio
Pitágoras, por exemplo, dizia: “Tudo no universo está disposto de acordo com os números”.
Além do simbolismo básico relacionado com a unidade a multiplicidade, existe
também um outro simbolismo geral que atribui aos números ímpares caráter masculino e
aos números pares caráter feminino. Notemos que, curiosamente, sendo a Ordem DeMolay
uma Organização que congrega rapazes, todos os números de real significação para nós são
ímpares: 3, 7, 9, 13, 21 e 23. Torna-se mistério termos em mente que os números, como os
símbolos, estão unidos a toda a cadeia simbólica que se encontra e/ou expressa, possuindo
também as séries numéricas importante dinamismo simbólico. A idéia de que cada entidade
tende a superar seus limites e confrontar-se com o seu oposto. Onde existem dois
elementos, o terceiro aparece como a união dos dois primeiros e em seguida o três origina o
quatro, como ligação entre os três primeiros.
Junto à unidade e à dualidade (expressando conflito e duplicidade), o ternário e o
quaternário são considerados os grupos principais; da sua soma surge o setenário e da sua
multiplicação o dodecanário.
O símbolismo mais corrente para esses grupos de números é o seguinte: O temário
represente o aspecto intelectual ou a Ordem Espiritual; O quaternário, a Ordem Terrestre
e/ou material; o setenário, a Ordem Planetária e Moral; a Ordem Universal.
Cada numero possui um particular significado simbólico, que está, por sua vez,
conectado com a seqüência ou serie numérica. Na Ordem DeMolay, existem determinados
números, intrinsecamente ligados ao Ritual, usos e costumes da Ordem, veja, os:
3-Três- O número três simboliza a síntese espiritual e é a fórmula para a criação de
cada de cada um dos Mundos, Representa a Tríade Divina no processo de sua
manifestação, a qual tem três atributos básicos: Criação, Conservação e Distribuição.
Graficamente, o três é representado em nossos Rituais pelos triângulos formados pelos
Oficiais, na abertura e encerramento dos trabalhos e durante a Iniciação...,lembrando que
também são os triângulos Símbolos da Maçonaria, de onde originou-se Ordem DeMolay,
sendo, sob outro ângulo, Símbolos do respeito, Amor e deferência dos jovens DeMolays
para com os Maçons de todo o Universo. Sendo também, o três, um símbolo da Trindade
Divina, da Evolução do Espirito e da presença manifestada da “Grande obra do construtor
dos Mundos”, ele é também representado pelo principais Oficiais de um Capítulo
DeMolay: Mestre Conselheiro, 1° Conselheiro e 2° Conselheiro.
7-Sete- Produto da união do Ternário(Espiritual) com o quaternário(Material), o
numero sete é considerado o numero da Ordem Perfeita, representando um ciclo ou período
existencial completo. A escala musical tem sete notas, sete são as cores do espectro solar e
das Jóias da Coroa da Juventude, sete os chacras principais, sete as Esferas Planetárias
Tradicionais, sete são as Virtudes Cardeais da Ordem DeMolay, sete são os dias
obrigatórios de comemoração da Ordem e sete são as vezes que tocam os sinos quando os
profanos ingressam no Templo para a Iniciação.
9-Nove- O nove é considerado símbolo da humanidade e o número-raiz do presente
Estado da Evolução Humana. É o número de Adão. Nove meses tarda o homem para
nascer, nove os Antigos Cavaleiros do Templo que encontraram a palavra “Perdida” no
templo de Jerusalém, nove os jovens fundadores da Ordem DeMolay em 1919, nove vezes
tocam os sinos na Cerimônia das Nove Horas.
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O nove é o numero sagrado dos Templários, está oculto na idade de Cristo e nos 33
Graus da Maçonaria(no Rito Escocês Antigo e Aceito). Nove é o numero que encerra a
série numérica, antes do retorno à unidade. É um símbolo de elevado conhecimento, é o
símbolo do Mago, do verdadeiro iniciado que “Retirou o Véu de Isis”.
13-Treze- O treze é a união do numero 1 ao numero 3 que, somado
cabalisticamente dá o numero 4 que, por sua vez é o símbolo da matéria, por onde inicia-se
a jornada mística-iniciatica do aperfeiçoamento. É o numero da idade em que qualquer
jovem pode solicitar ingresso na Ordem. Afirmam alguns Psicólogos que, a partir dos treze
anos, inicia-se a Formação da personalidade do ser humano. É nesta idade que são
franqueados os portais da Ordem DeMolay aos jovens. De acordo com o arcano do Tarô, o
numero 13 simboliza a renovação, a transformação, as mudanças. Em geral ele se refere à
luta árdua do cotidiano, passando por um processo de Renovação, mediante o qual é
possível alcançar um estado de segurança e autoconfiança.
21-Vinte e Um- Formado pela união do numero Dois ao Um, o numero 21, somado
cabalisticamente, dá o numero 3, já visto como símbolo do espirito. O numero 21 na Ordem
DeMolay é o numero da idade limite de ingresso na Ordem DeMolay. Considera-se, no
Plano da Ordem, que o jovem, na idade de 21 anos, já passou por todo o estágio básico de
formação de sua personalidade, devendo então ingressar, conforme sua vontade, em outro
plano de aprimoramento... É o fim da carreira iniciática na Ordem DeMolay, onde o jovem
DeMolay deverá já ter o conhecimento e entendimento de determinadas “Luzes” e verdades
espirituais, para empregar em sua vida de cidadão útil à Sociedade e de “Homem Livre e de
Bons Costume”.
23- Vinte e Três- Formado pela união do numero 2 ao numero 3 encontraremos o
numero 5. Este é o numero do homem. A idéia central do cinco, é a do quinto elemento( a
“Quintessência” dos alquimistas) agindo sobre os quatro elementos da matéria. Um outro
símbolismo refere-se aos cinco aspectos do ser humano: Físico, Emocional, Mental,
Anímico e Consciente. O cinco pode ser representado por uma pirâmide, onde cada uma
das bases pode simbolizar uma das áreas do conhecimento humano(Ciência, Religião, Arte)
e o ápice, o quinto elemento, seria o “Conhecimento Unificado” ou “Integrado”. Contudo,
em sua conotação microcosmica(referente ao homem), a mais usada representação do cinco
é o pentagrama, ou a estrela de cinco pontas. Sendo então o 5 um símbolo do microcosmo
“Homem-Universo”, é o numero místico dos oficiais(23) de um Capitulo DeMolay que,
como microcosmo, possuem a finalidade sagrada de executarem os Rituais da Ordem,
interagindo e harmonizando a relação com o macrocosmo(Universo em sua totalidade,
simbolizado pelo Templo), como fiéis depositários da Ordem. A ciência e o conhecimento
concreto encontram-se também sobre a influencia do “Quinto Raio”(corrente de força,
proveniente do lagos).
Sem que esteja ligado ao Ritual, usos e costumes da Ordem, temos ainda um
importante numero, ligado à tradição histórica DeMolay, o numero 10. Dez, na verdade,
foram os fundadores da Ordem DeMolay: os nove irmãos e o querido Tio Frank Sherman
Land - Maçom Denodado, Grau 33 e Diretor do Bureau de Serviço social do Supremo
conselho Mãe do Mundo do Rito Escocês, em 1919. Não estando diretamente ligado ao
símbolismo DeMolay temos a audácia de defender a tese de que, na Ordem DeMolay, o dez
apresenta-se como uma mensagem, nos legada por nossos antecessores. O dez simboliza o
retorno à unidade. Formado pela justaposição do zero e do um, este número representa a
união final e, ao mesmo tempo, o recomeço. Seria este recomeço a reavivamento do ideal e
19
As Capas
20
A Vestimenta Alvi-Negra
Mestre Conselheiro
1° e 2° Conselheiros
Escrivão ou Secretário
Possui como insígnia uma caneta, símbolo moderno análogo à “Pena”, utilizada
pelos antigos na Arte da Escrita. Representa o Guardião sagrado da História, registrando os
acontecimentos do presente, para serem utilizados como base e exemplo para o futuro.
Tesoureiro
Tendo como a insígnia a Chave, o Tesoureiro representa uma ligação mística com o
“Tesouro dos Templários”. Sabemos que o tesoureiro é o responsável pelo “Tesouro” do
capitulo, suas finanças de um modo geral; porque então ter como insígnia uma chave ao
invés de um cofre ou outro símbolo qualquer? A insígnia do tesoureiro nos demonstra que
o maior Tesouro não é o dinheiro ou bens materiais, mas sim, aquele mesmo que nos é
legado pelos Templários, que não foi encontrado por Filipe o Belo. A chave é o símbolo da
Iniciação e do Saber; nas escolas tradicionais antigas, a chave continha significação muito
importante: Recordava, aos candidatos à Iniciação, a obrigação do silêncio e prometia aos
Profanos a revelação de Mistérios profundos e quase impenetráveis. Este é o verdadeiro
Tesouro da Ordem DeMolay.
22
Hospitaleiro
1° e 2° Diáconos
Capelão
Possui como insígnia o Livro Sagrado, que deve ser aquele onde cada um julgue
existir as Verdades pregadas pelos Profetas de sua Fé. Ele é o Guardião dos Sagrados
Mandamentos, escritos simbolicamente no Livro com suas páginas abertas.
Mestre-de-Cerimônias
Porta-Bandeira
Preceptores
Em número de sete, cada preceptor possui como insígnia a Coroa da Juventude pois
cada preceptor é o guardião de uma das Jóias representativas das Sete Virtudes Cardeais da
Ordem DeMolay. De acordo com o dicionário Aurélio, preceptor é aquele que ministra
preceitos ou instrução; é Guardião e Ministro da Base Filosófica da Ordem DeMolay, das
virtudes Cardeais que sustentam todo o Edifício da Sabedoria DeMolay.
Mestre-de-Harmonia
Possui como insígnia uma Harpa. Sabemos que a música sempre serviu de
instrumento para a harmonização de ambientes onde o Homem buscou a Meditação e a
compreensão dos Mistérios Sagrados. O significado simbólico da harpa é o de ponte entre o
mundo celeste e a Terra. Na Grécia simbolizava a união das forças cósmicas, a função atual
do Mestre-de-Harmonia.
Sentinela
Orador
Possui como insígnia um Papiro. Sendo o papiro onde eram gravadas as máximas da
Sabedoria, nas grandes Civilizações da Antigüidade ele é um símbolo do conhecimento. O
orador, como detentor do conhecimento do emprego do “Verbo”, esotericamente possui
grande poder em suas palavras. Deve pois o Orador se pronunciar ao término de todas as
Sessões, dando o seu parecer sobre a mesma.
1° e 2° Mordomos
As Velas
Os Candelabros
Honrarias
Prêmios de Medalhas
Prêmio de 25 anos
Medalha de Apreço e/ou Avaliação
Medalhas de Heroísmo
Medalha de Bravura
Medalha por Salvar uma Vida Humana
Prêmios de Chave
Prêmios de Certificados
Prêmios Diversos
DESCRIÇÃO
27
Legião de Honra
Cruz de Honra
Chevalier
PRÊMIOS
Medalha por salvar uma Vida Humana. O Supremo Conselho poderá emitir
uma “Medalha por salvar uma Vida Humana” a um indivíduo que sendo um DeMolay ativo
tenha praticado um ato de salvar uma vida humana.
PRÊMIOS DE CHAVE
Chave de Honra Azul. A Chave de Honra Azul é dada ao Senior DeMolay que
preencher dez petições durante sua vida como Membro de um Capítulo estando este em
conformidade com as condições impostas pela Constituição.
PRÊMIOS DE CERTIFICADO
PRÊMIOS DIVERSOS
_Freqüência: Para o Irmão que tiver a mais alta freqüência em seu Capitulo.
_Serviço Cívico: Ao irmão que contribuir com 10 horas de serviço comunitário realizado
pelo Capítulo.
_Conclave: Ao irmão que visitar três conclaves estaduais, de jurisdição ou províncias como
participante ou visitante.
_Belas Artes: Ao Membro de um grupo musical que tenha um mínimo de seis
apresentações ou duas apresentações teatrais do Capítulo por um ano.
_Instalação: Por participação de seis cerimônias de instalação como membro do grupo de
instalação.
_Jornalismo: Por ser membro de um jornal de Capítulo de no mínimo 6 edições durante o
ano.
_Curso de Correspondência: Concedido pelo término com sucesso do Curso de Liderança
por Correspondência dentro do período de 9 meses.
_Frequência Maçônica: Concedida ao DeMolay que trouxer dez Mestres Maçons durante o
período de um ano.
_Serviço Maçônico: Dado ao irmão que participar de três projetos maçônicos e que
complete, ao todo, 10 horas.
_Mérito: Por adquirir 20 horas de serviço DeMolay em qualquer outra área não coberta por
outra barra.
_Petições: Por ser o primeiro a assinar três solicitantes que sejam iniciados.
_Convento: Por ser um membro de um Convento por no mínimo um ano e freqüentar dois
terços de suas funções.
_Religião: Por não perder uma reunião ou Cerimônia semanal de sua religião durante um
ano inteiro.
_Ritual: Por constante trabalho em qualquer grau e que preencha a pontuação mínima
estipulada pela tabela presente na Constituição.
EPILOGO:
Com informações das quais os irmãos mais antigos já conheciam, este P.E.D. traz o
mínimo que um irmão deve saber quando almejar o Grau DeMolay. Recomendo que os
irmãos consultem sempre seus Oficiais Executivos e o Supremo Conselho para sanarem
suas duvidas e problemas.
Encerro rogando ao Grande Pai Celestial que abençoe à todos os irmãos e à Ordem
DeMolay, a grande obra da Maçonaria no século XX.
31
INDICE
PRÓLOGO: 2
A idade Média 3
A Igreja Medieval 4
As Cruzadas 5
Fazedores de Reis 12
As Capas 19
A Vestimenta Alvi-Negra 20
Mestre Conselheiro 21
1° e 2° Conselheiros 21
Escrivão ou Secretário 21
Tesoureiro 21
Hospitaleiro 22
1° e 2° Diáconos 22
Capelão 22
Mestre-de-Cerimônias 22
Porta-Bandeira 23
Preceptores 23
Mestre-de-Harmonia 23
Sentinela 23
Orador 24
1° e 2° Mordomos 24
As Velas 24
Os Candelabros 25
Honrarias 25
Prêmios de Medalhas 26
Prêmios de Chave 26
Prêmios de Certificados 26
Prêmios Diversos 26
33
DESCRIÇÃO 26
Legião de Honra 27
Cruz de Honra 27
Chevalier 27
PRÊMIOS 27
PRÊMIOS DE CHAVE 28
PRÊMIOS DE CERTIFICADO 28
PRÊMIOS DIVERSOS 29