Você está na página 1de 1

FICHA

002

Cobertura em Terraço Não Acessível - Condensações Internas


DEGRADAÇÃO DO REVESTIMENTO EM CHAPA DE ZINCO DE UMA COBERTURA EM TERRAÇO NÃO
ACESSÍVEL

DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA SONDAGENS E MEDIDAS


O revestimento em chapa de zinco da cobertura em terraço não acessível Realizaram-se sondagens, tendo-se verificado que o revestimento em
de um edifício de habitação apresentava perfurações. chapa de zinco se encontrava aplicado sobre a camada de isolamento
Eram também visíveis manchas de corrosão na superfície interior da térmico da cobertura, constituída por placas de aglomerado expandido
chapa de zinco, nas zonas de contacto do zinco com o suporte constituído de cortiça.
por isolamento térmico. Sobre a laje de betão foi aplicada uma camada de forma constituída por
betão celular.
Efectuaram-se ensaios sobre amostras da chapa de zinco e das camadas
que constituíam a cobertura para determinação do teor de humidade
das amostras e análise química do processo de corrosão.
Verificou-se que o comportamento da face inferior do zinco era muito
diferente nas zonas ventiladas (nervuras) e nas zonas em contacto
directo com o isolamento térmico, onde eram visíveis as perfurações.

CAUSAS DA PATOLOGIA SOLUÇÕES POSSÍVEIS DE REPARAÇÃO


A perfuração das chapas de zinco teve origem, essencialmente, num A ventilação da superfície interior do revestimento em zinco tem de ser
processo de corrosão originado pelos cloretos e sulfatos provenientes garantida, pelo que teria de ser criado um espaço de ar ventilado, o que
do aglomerado de cortiça e do betão celular da camada de forma da implicaria a criação de uma estrutura de suporte, constituída, por
cobertura. A presença de água líquida no interior da cobertura deveu- exemplo, por elementos de madeira, onde deveriam ser fixadas as
se à condensação do vapor de água que, por difusão, atravessava os chapas de zinco.
elementos que a compõem. Sob a camada de isolamento térmico deveria ser aplicada uma barreira
Numa primeira fase, a grande quantidade de vapor de água condensado pára-vapor.
teve origem na secagem do betão celular. Numa segunda fase, o processo
de difusão foi gerado pelo gradiente de pressão entre o interior e o
exterior. Como o revestimento em zinco foi aplicado sem que o betão
celular estivesse em equilíbrio higroscópico, a sua secagem originou
condensações internas. O vapor, ao atingir a superfície fria da chapa de
zinco, impermeável, condensou. Como as chapas estavam em contacto
directo com o isolamento, não existiu a possibilidade de ventilação e
secagem, originando a degradação observada.

PALAVRAS-CHAVE Cobertura em Terraço Não Acessível, Chapa de Zinco, Degradação do Revestimento, Condensações Internas, Barreira Pára
-Vapor, Ventilação

AUTORES Prof. Vasco P. de Freitas / Eng.ª Marília Sousa REVISOR Prof. Fernando Henriques

Você também pode gostar