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SOLUCIONÁRIO - CAPÍTULO 2

ELECTROMAGNETIC FIELDS
ROALD K. WANGSNESS
2nd EDITION

Conteúdo
2 Capı́tulo 2 1
2.1 Questão 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2.2 Questão 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.3 Questão 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.4 Questão 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.5 Questão 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.6 Questão 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.7 Questão 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.8 Questão 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.9 Questão 9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.10 Questão 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.11 Questão 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Alexandre Medeiros
Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

2 Capı́tulo 2
2.1 Questão 1
Duas cargas pontuais, q 0 e −q 0 se localizam sobre o eixo x com coordenadas a e −a
respectivamente. Encontrar a força total exercida sobre uma carga pontual q localizada
em um ponto arbitrário do plano xy.

SOLUÇÃO
Adotaremos a seguinte convenção: a partir da origem, ~r é o vetor que localiza a carga
~ 1, R
de prova, ~r1 0 , ~r1 0 , . . . são os vetores que localizam as cargas fontes q 0 , e R ~ 2 , . . . são os
vetores, respectivamente, ~r − ~r1 0 , ~r − ~r2 0 , . . ..
A força resultante sobre a carga q é dada pelo vetor soma das forças individuais, na
forma:
2 2 2 ~i
~
X
~
X qqi R̂i X qqi R
Fq = Fqi →q = = , (1)
i=1 i=1
4πε0 Ri2 i=1
4πε0 Ri3
~
~ i = ~r − ~ri , Ri = |~r − ~ri | e R̂i = Ri . Reescrevemos a equação (1) na forma:
onde R
Ri
2
~
X qqi (x − xi )x̂ + (y − yi )ŷ
Fq = (2)
i=1
4πε0 ((x − xi )2 + (y − yi )2 )3/2
qq1 (x − x1 )x̂ + (y − y1 )ŷ qq2 (x − x2 )x̂ + (y − y2 )ŷ
= 2 2 3/2
+ . (3)
4πε0 ((x − x1 ) + (y − y1 ) ) 4πε0 ((x − x2 )2 + (y − y2 )2 )3/2
Conforme mostrado na figura (1), chamaremos de q1 a carga −q 0 , (da mesma forma,
q2 a carga q 0 ), e assim o ~r1 0 será o vetor que localiza q1 (da mesma forma, ~r2 0 será o vetor
que localiza q2 ), x1 será a coordenada x da carga q1 (x1 = a), e assim sucessivamente.
y q
• (x, y)

R~1
~r R~2

q1 = −q 0 q2 = q 0
• •
~r1 0 ~r2 0 x
(−a, 0) (a, 0)

Figura 1: Figura de apoio ao exercı́cio 2.1.


Substituindo as informações acima na equação (3)
q(−q 0 ) (x − (−a))x̂ + (y − 0)ŷ qq 0 (x − a)x̂ + (y − 0)ŷ
F~q = + (4)
4πε0 ((x − (−a))2 + (y − 0)2 )3/2 4πε0 ((x − a)2 + (y − 0)2 )3/2
qq 0 (x + a)x̂ + y ŷ qq 0 (x − a)x̂ + y ŷ
=− + (5)
4πε0 ((x + a)2 + y 2 )3/2 4πε0 ((x − a)2 + y 2 )3/2
qq 0
 
(x − a)x̂ + y ŷ (x + a)x̂ + y ŷ
= − . (6)
4πε0 ((x − a)2 + y 2 )3/2 ((x + a)2 + y 2 )3/2
A equação (6) é a resposta final, ou seja, é a força exercida em q devido às forças
oriundas de −q 0 e q 0 .

Solucionário 1 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

2.2 Questão 2
Quatro cargas pontuais iguais, q 0 se encontram nos vértices de um quadrado de lado a.
O quadrado repousa sobre o plano yz com um de seus vértices na origem e seus lados
paralelos aos eixos positivos. Outra carga pontual, q, se coloca sobre o eixo x a uma
distância b da origem. Encontrar a força total sobre q.

SOLUÇÃO
y
Adotaremos a seguinte convenção: a
partir da origem, ~r é o vetor que localiza q4 = q 0 •
0 0
a carga de prova, ~r1 , ~r2 , . . . são os ve-
tores que localizam as cargas fontes q 0 , e
~ 1, R
R ~ 2 , . . . são os vetores, respectivamente, q3 = q 0 •
0 0
~r − ~r1 , ~r − ~r2 , . . .. q
Vários vetores poderiam ser representa- • •
a q = q 0
(b, 0, 0) x
dos na figura (2), mas isso poluiria a ima- 1
gem. Sendo assim, representaremos apenas
a escolha arbitrária dos rótulos das cargas • q2 = q 0
(o resultado será o mesmo para qualquer z
escolha). Figura 2: Figura de apoio ao exercı́cio 2.2.
A força resultante sobre a carga q é
dada pelo vetor soma das forças individuais, na forma:
4 4 4 ~i
X X qqi R̂i X qqi R
F~q = F~qi →q = 2
= 3
, (7)
i=1 i=1
4πε 0 R i i=1
4πε 0 R i

~
~ i = ~r − ~ri 0 , Ri = |~r − ~ri 0 | e R̂i = Ri . Reescrevemos a equação (7) na forma:
onde R
Ri
4
X qqi (x − xi )x̂ + (y − yi )ŷ + (z − zi )ẑ
F~q = (8)
i=1
4πε 0 ((x − xi )2 + (y − yi )2 + (z − zi )2 )3/2
qq1 (x − x1 )x̂ + (y − y1 )ŷ + (z − z1 )ẑ qq2 (x − x2 )x̂ + (y − y2 )ŷ + (z − z2 )ẑ
= + +
4πε0 ((x − x1 )2 + (y − y1 )2 + (z − z1 )2 )3/2 4πε0 ((x − x2 )2 + (y − y2 )2 + (z − z2 )2 )3/2
qq3 (x − x3 )x̂ + (y − y3 )ŷ + (z − z3 )ẑ qq4 (x − x4 )x̂ + (y − y4 )ŷ + (z − z4 )ẑ
+ 2 2 2 3/2
+ (9)
4πε0 ((x − x3 ) + (y − y3 ) + (z − z3 ) ) 4πε0 ((x − x4 )2 + (y − y4 )2 + (z − z4 )2 )3/2
qq 0 (b − 0)x̂ + (0 − 0)ŷ + (0 − 0)ẑ qq 0 (b − 0)x̂ + (0 − 0)ŷ + (0 − a)ẑ
= 2 2 2 3/2
+ +
4πε0 ((b − 0) + (0 − 0) + (0 − 0) ) 4πε0 ((b − 0)2 + (0 − 0)2 + (0 − a)2 )3/2
qq 0 (b − 0)x̂ + (0 − a)ŷ + (0 − a)ẑ qq 0 (b − 0)x̂ + (0 − a)ŷ + (0 − 0)ẑ
+ 2 2 2 3/2
+ (10)
4πε0 ((b − 0) + (0 − a) + (0 − a) ) 4πε0 ((b − 0)2 + (0 − a)2 + (0 − 0)2 )3/2

qq 0
 
~ bx̂ bx̂ − aẑ bx̂ − aŷ − aẑ bx̂ − aŷ
Fq = + 2 + + (11)
4πε0 b3 (b + a2 )3/2 (b2 + a2 + a2 )3/2 (b2 + a2 )3/2
qq 0
 
bx̂ 2bx̂ − aŷ − aẑ bx̂ − aŷ − aẑ
= + + 2 . (12)
4πε0 b3 (b2 + a2 )3/2 (b + 2a2 )3/2

A equação (12) é a resposta final, ou seja, é a força exercida em q devido às forças oriundas
das cargas q 0 .

Solucionário 2 Alexandre Medeiros


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2.3 Questão 3
Oito cargas pontuais iguais, q, se encontram no vértice de um cubo de lado a, cuja
localização e orientação se mostra na figura 1-41. Encontrar a força total exercida sobre
a carga na origem.

SOLUÇÃO z
Adotaremos a seguinte convenção: a
partir da origem, ~r é o vetor que localiza q7 = q • • q5 = q
a carga de prova, ~r1 0 , ~r2 0 , . . . são os ve-
tores que localizam as cargas fontes q 0 , e
~ 1, R
~ 2 , . . . são os vetores, respectivamente, q2 = q • • q6 = q
R
~r − ~r1 , ~r − ~r2 , . . .. q4 = q
q• •
Vários vetores poderiam ser representa- a y
dos na figura (3), mas isso poluiria a ima-
gem. Sendo assim, representaremos apenas q1 = q
• •
a escolha arbitrária dos rótulos das cargas q3 = q
(o resultado será o mesmo para qualquer x
escolha). Figura 3: Cubo com a mesma localização e
A força resultante sobre a carga q é orientação do paralelepı́pedo da figura 1-41.
dada pelo vetor soma das forças individu-
ais, na forma:
7 7 7 ~i
X X qqi R̂i X qqi R
F~q = F~qi →q = 2
= 3
, (13)
i=1 i=1
4πε 0 R i i=1
4πε 0 R i

~
~ i = ~r − ~ri , Ri = |~r − ~ri | e R̂i = Ri . Reescrevemos a equação (13) na forma:
onde R
Ri

7
~q =
X qqi (x − xi )x̂ + (y − yi )ŷ + (z − zi )ẑ
F (14)
4πε0 ((x − xi )2 + (y − yi )2 + (z − zi )2 )3/2
i=1
qq1 (x − x1 )x̂ + (y − y1 )ŷ + (z − z1 )ẑ qq2 (x − x2 )x̂ + (y − y2 )ŷ + (z − z2 )ẑ
= + +
4πε0 ((x − x1 )2 + (y − y1 )2 + (z − z1 )2 )3/2 4πε0 ((x − x2 )2 + (y − y2 )2 + (z − z2 )2 )3/2
qq3 (x − x3 )x̂ + (y − y3 )ŷ + (z − z3 )ẑ qq4 (x − x4 )x̂ + (y − y4 )ŷ + (z − z4 )ẑ
+ + +
4πε0 ((x − x3 )2 + (y − y3 )2 + (z − z3 )2 )3/2 4πε0 ((x − x4 )2 + (y − y4 )2 + (z − z4 )2 )3/2
qq5 (x − x5 )x̂ + (y − y5 )ŷ + (z − z5 )ẑ qq6 (x − x6 )x̂ + (y − y6 )ŷ + (z − z6 )ẑ
+ + +
4πε0 ((x − x5 )2 + (y − y5 )2 + (z − z5 )2 )3/2 4πε0 ((x − x6 )2 + (y − y6 )2 + (z − z6 )2 )3/2
qq7 (x − x7 )x̂ + (y − y7 )ŷ + (z − z7 )ẑ
+ (15)
4πε0 ((x − x7 )2 + (y − y7 )2 + (z − z7 )2 )3/2
qq (0 − a)x̂ + (0 − 0)ŷ + (0 − 0)ẑ qq (0 − a)x̂ + (0 − 0)ŷ + (0 − a)ẑ
= + +
4πε0 ((0 − a)2 + (0 − 0)2 + (0 − 0)2 )3/2 4πε0 ((0 − a)2 + (0 − 0)2 + (0 − a)2 )3/2
qq (0 − a)x̂ + (0 − a)ŷ + (0 − 0)ẑ qq (0 − 0)x̂ + (0 − a)ŷ + (0 − 0)ẑ
+ + +
4πε0 ((0 − a)2 + (0 − a)2 + (0 − 0)2 )3/2 4πε0 ((0 − 0)2 + (0 − a)2 + (0 − 0)2 )3/2
qq (0 − 0)x̂ + (0 − a)ŷ + (0 − a)ẑ qq (0 − a)x̂ + (0 − a)ŷ + (0 − a)ẑ
+ + +
4πε0 ((0 − 0)2 + (0 − a)2 + (0 − a)2 )3/2 4πε0 ((0 − a)2 + (0 − a)2 + (0 − a)2 )3/2
qq (0 − 0)x̂ + (0 − 0)ŷ + (0 − a)ẑ
+ (16)
4πε0 ((0 − 0)2 + (0 − 0)2 + (0 − a)2 )3/2
q2
 
−ax̂ −ax̂ − aẑ −ax̂ − aŷ −aŷ −aŷ − aẑ −ax̂ − aŷ − aẑ −aẑ
= + + + + + +
4πε0 (a2 )3/2 (a2 + a2 )3/2 (a2 + a2 )3/2 (a2 )3/2 (a2 + a2 )3/2 (a2 + a2 + a2 )3/2 (a2 )3/2
(17)

Solucionário 3 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

q2
 
ax̂ a(x̂ + ẑ) a(x̂ + ŷ) aŷ a(ŷ + ẑ) a(x̂ + ŷ + ẑ) aẑ
Fq = −− − − − − − (18)
4πε0 a3 23/2 a3 23/2 a3 a3 23/2 a3 33/2 a3 a3
√ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √
−q 2
 
6 6x̂ + 3 3x̂ + 3 3ẑ + 3 3x̂ + 3 3ŷ + 6 6ŷ + 3 3ŷ + 3 3ẑ + 2 2x̂ + 2 2ŷ + 2 2ẑ + 6 6ẑ
= √
4πε0 a2 6 6
(19)
√ √ √  √ √ √  √ √ √  !
26 6 + 6 3 + 2 2 x̂ + 6 6 + 6 3 + 2 2 ŷ + 6 6 + 6 3 + 2 2 ẑ
q
=− √ (20)
4πε0 a2 6 6
2  √ √ √ 
q 6 6+6 3+2 2
=− √ (x̂ + ŷ + ẑ) (21)
4πε0 a2 6 6
q2
= −1.90 (x̂ + ŷ + ẑ) . (22)
4πε0 a2

Solucionário 4 Alexandre Medeiros


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2.4 Questão 4
Repita os cálculos realizados na seção 2-5 para o caso em que q está fora da esfera porém
debaixo dela, ou seja, z é negativo e |z| > a. Demonstrar que o resultado é consistente
com (2-26) e (2-29).

SOLUÇÃO
Começaremos por fazer um esclareci-
mento importante sobre o enunciado da
questão. Quando o autor da questão fala
que “z é negativo”, uma confusão fica es- θ0
tabelecida devido à ambiguidade entre o
afixo e o módulo do vetor ~r. O terno ~r 0
ordenado que localiza a carga q é, como
está na imagem, (0, 0, z), pois, de acordo
com o autor “z é negativo”, o que implica φ0
que a cota desse terno seja negativa. En-
tretanto, o módulo do vetor ~r deve ser
~
R
positivo, de magnitude z, nos permitindo
escrever o vetor ~r como ~r = z(−ẑ) (pois
o versor de ~r, por análise gráfica, é menos ~r
o versor do eixo-z).
Daı́ a ambiguidade, temos dois “z”s
diferentes nesse contexto: um que
compõe a localização da carga, que é o q • (0, 0, z)
tal do z negativo, e outro que representa
Figura 4: Esquematização da questão 2.4
a distância euclidiana da origem até a
carga, que é o módulo do vetor ~r. Daqui para frente, quando o z aparecer, deve-se
entender o módulo do vetor ~r, uma quantidade positiva, pois isso será crucial na análise
de módulos que aparecerão no desenvolvimento dessa questão. Tudo isso seria mais sim-
ples se, em vez de escrever “ou seja, z é negativo” fosse escrito “ou seja, a carga está na
parte negativa do eixo-z”, pois assim não haveria um “z negativo”, o terno na imagem
seria (0, 0, −z), o z seria estritamente positivo, e assim por diante.
A equação (2-26) está aqui representada pela equação (23),
qρa3 ẑ
F~q = (23)
3ε0 z 2
e equação (2-29) está aqui representada pela equação (24),
qQ0 r̂
F~q = . (24)
4πε0 r2
Começaremos por
dq 0 R̂
Z
~ q
Fq = , (25)
4πε0 R2
0 0
onde dq = ρdτ . Considerando que ρ é constante, a equação acima se torna

Z ~
dτ 0 R
~
Fq = . (26)
4πε0 R3
Como podemos ver na figura (4), o vetor ~r 0 , que localiza a carga fonte, é dado por
~r = r0 r̂ 0 ; o vetor ~r, que localiza a carga de prova, é dado por ~r = rr̂ = z(−ẑ) = −z ẑ; e o
0

vetor R~ é dado por R ~ = ~r − ~r 0 = −z ẑ − r0 r̂ 0 .

Solucionário 5 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

O módulo de R~ é R = |R|
~ = (R ~ 2 )1/2 = ((−z ẑ − r0 r̂ 0 )2 )1/2 = (z 2 + r02 + 2zr0 ẑ · r̂ 0 )1/2 ,
e verificando que o ângulo entre ẑ e r̂0 é θ0 , temos que ẑ · r̂ 0 = 1 · 1 cos θ0 = cos θ0 , assim
escrevemos R = (z 2 + r02 + 2zr0 cos θ0 )1/2 . Aqui, onde usamos coordenadas esféricas, o
elemento de volume dτ 0 é dado por dτ 0 = r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0 . E os limites são 0 ≤ r0 ≤ a,
0 ≤ θ0 ≤ π e 0 ≤ φ0 ≤ 2π.
Fazendo essas substituições na equação (26) ficamos com
Z 2π Z π Z a
~ qρ (−z ẑ − r0 r̂ 0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
Fq = . (27)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 + 2zr0 cos θ0 )3/2

A equação (27) tem caráter vetorial e, portanto, podemos decompô-la em três com-
ponentes usando o produto escalar com os versores da base canônica retangular, onde
usamos
r̂0 = sin θ0 cos φ0 x̂ + sin θ0 sin φ0 ŷ + cos θ0 ẑ (28)
para assim obter
Z 2π Z π Z a
~ qρ (−z ẑ · x̂ − r0 r̂ 0 · x̂)r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
Fqx = Fq · x̂ = (29)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 + 2zr0 cos θ0 )3/2
Z 2π Z π Z a
qρ (−r0 sin θ0 cos φ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
= (30)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 + 2zr0 cos θ0 )3/2
−qρ 2π π a r03 cos φ0 sin θ02 dr0 dθ0 dφ0
Z Z Z
= 2 02 0 0 3/2
(31)
4πε0 0 0 0 (z + r + 2zr cos θ )
Z πZ a 2π
−qρ r03 sin θ02 dr0 dθ0
Z
= cos φ0 dφ0 (32)
4πε0 0 0 (z 2 + r02 + 2zr0 cos θ0 )3/2 0
=0 (33)
Z 2π Z π Z a
~ qρ (−z ẑ · ŷ − r0 r̂ 0 · ŷ)r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
Fqy = Fq · ŷ = (34)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 + 2zr0 cos θ0 )3/2
Z 2π Z π Z a
qρ (−r0 sin θ0 sin φ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
= (35)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 + 2zr0 cos θ0 )3/2
Z 2π Z π Z a 03
−qρ r sin φ0 sin θ02 dr0 dθ0 dφ0
= 2 02 0 0 3/2
(36)
4πε0 0 0 0 (z + r + 2zr cos θ )
Z πZ a 2π
−qρ r03 sin θ02 dr0 dθ0
Z
= sin φ0 dφ0 (37)
4πε0 0 0 (z 2 + r02 + 2zr0 cos θ0 )3/2 0
=0 (38)
Z 2π Z π Z a
~ qρ (−z ẑ · ẑ − r0 r̂ 0 · ẑ)r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
Fqz = Fq · ẑ = (39)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 + 2zr0 cos θ0 )3/2
Z 2π Z π Z a
qρ (−z − r0 cos θ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
= (40)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 + 2zr0 cos θ0 )3/2
Z πZ a
−qρ (z + r0 cos θ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 2π 0
Z
= dφ (41)
4πε0 0 0 (z 2 + r02 + 2zr0 cos θ0 )3/2 0
−qρ π a (z + r0 cos θ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0
Z Z
= , (42)
2ε0 0 0 (z 2 + r02 + 2zr0 cos θ0 )3/2

Solucionário 6 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

onde fazemos a substituição u = cos θ0 . Assim, du = − sin θ0 dθ0 e obtemos

−qρ −1 a −(z + r0 u)r02 dr0 du


Z Z
Fqz = 2 02 0 3/2
(43)
2ε0 1 0 (z + r + 2zr u)
Z 1Z a
−qρ (z + r0 u)r02 dr0 du
= (44)
2ε0 −1 0 (z 2 + r02 + 2zr0 u)3/2
−qρ a 1 (z + r0 u)
Z Z
= r02 dudr0 (45)
2ε0 0 −1 (z 2 + r02 + 2zr0 u)3/2
−qρ a
Z Z 1
(z + r0 u)

= 2 02 0 3/2
du r02 dr0 . (46)
2ε0 0 −1 (z + r + 2zr u)
Em (46) temos
Z 1 1
(z + r0 u) uz + r0
2 02 0 3/2
du = √ (47)
−1 (z + r + 2zr u) z 2 z 2 + r02 + 2zr0 u −1
z + r0 −z + r0
= √ − √ (48)
z 2 z 2 + r02 + 2zr0 z 2 z 2 + r02 − 2zr0
!
1 z + r0 −z + r0
= 2 p −p (49)
z (z + r0 )2 (z − r0 )2
z + r0 z − r0
 
1
= 2 + . (50)
z |z + r0 | |z − r0 |
Como já ressaltado no inı́cio da solução, o “z” na equação acima representa o módulo do
vetor ~r, e é, portanto, positivo. O módulo nos denominadores nos dão a oportunidade de
modelar a situação fı́sica entre a carga estar dentro da esfera ou fora da esfera. Se z > a
e a ≥ r0 , então z > r0 , o que implica em z + r > 2r > 0 e z − r > 0. Pela definição
de módulo, sendo a expressão interna às barras verticais avaliadas positivas, a igualdade
entre o módulo dessa expressão e a própria expressão fica garantida. Logo, |z + r0 | = z + r0
e z − r0 = z − r0 . Fazendo essas substituições em (50) obtemos
Z 1
(z + r0 u) 1 (z + r0 ) (z − r0 )
 
02 0 3/2
du = 2 + (51)
2
−1 (z + r − 2zr u) z (z + r0 ) (z − r0 )
2
= 2. (52)
z
Substituindo (52) em (46):
−qρ a 2
Z  
Fqz = r02 dr0 (53)
2ε0 0 z2
 a 
−qρ a 02 0 −qρ r03 −qρ a3
Z  
= r dr = = −0 (54)
ε0 z 2 0 ε0 z 2 3 0 ε0 z 2 3
−qρa3
= . (55)
3ε0 z 2
A força resultante em q é dada por
F~q = Fqx x̂ + Fqy ŷ + Fqz ẑ (56)
qρa3
= (−ẑ) . (57)
3ε0 z 2
A equação (57) é consistente com a equação (2-26), pois as duas têm a mesma inten-
sidade (nem as cargas nem a distância foram alteradas de uma situação para outra), e,
estando a esfera carregada fixada na origem do referencial, a hipótese de serem cargas

Solucionário 7 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

de mesmo sinal implica em repulsão da carga q nas duas situações (no sentido de ẑ, na
situação feita no livro; e no sentido de −ẑ, na situação dessa questão).
Por outro lado, dado que Z
Q0 = dq 0 (58)
Z
= ρdτ 0 (59)
Z
= ρ dτ 0 (60)
Z 2π Z π Z a
=ρ r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0 (61)
Z0 2π Z0 π 03
a
=ρ sin θ0 dθ0 dφ0 (62)
0 0 3
3 Z 2π

= −(cos π − cos 0)dφ0 (63)
3 0
2a3 ρ
= (2π − 0) (64)
3
4πa3 ρ
= , (65)
3
podemos isolar ρ na equação acima para encontrarmos

3Q0
ρ= . (66)
4πa3
Lembrando que ~r = rr̂ = z(−ẑ), podemos substituir (66) na equação (57) para obtermos

q3Q0 a3
F~q = r̂ (67)
4πa3 3ε0 r2
qQ0
= r̂ . (68)
4πε0 r2
A equação (68) é consistente com a equação (2-29), pois o vetor r̂ localiza a carga de prova,
que tanto nessa questão quanto na situação feita no livro coincidem com a distância entre
a carga pontual e o centro da esfera carregada.

Solucionário 8 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

2.5 Questão 5
Repetir os cálculos da seção 2-5 para o caso em que q se encontra dentro da esfera (z < a),
para demonstrar que F~q = (qρz/3ε0 )ẑ.

SOLUÇÃO
Começaremos por
q
dq 0 R̂
Z
~ q (0, 0, z) • R~
Fq = 2
, (69)
4πε0 R
0 0
onde dq = ρdτ . Considerando que ρ é ~r θ0
constante, a equação acima se torna
Z 0~
~r 0
qρ dτ R
F~q = . (70)
4πε0 R3
Como podemos ver na figura (5), o ve- φ0
tor ~r 0 , que localiza a carga fonte, é dado
por ~r 0 = r0 r̂ 0 ; o vetor ~r, que localiza a
carga de prova, é dado por ~r = z ẑ; e o
vetor R ~ é dado por R ~ = ~r −~r 0 = z ẑ−r0 r̂ 0 .
O módulo de R ~ é R = |R| ~ =
~ ) = ((z ẑ − r r̂ ) ) = (z + r02 −
(R 2 1/2 0 0 2 1/2 2

2zr0 ẑ · r̂ 0 )1/2 , e verificando que o ângulo Figura 5: Esquematização da questão 2.5


entre ẑ e r̂0 é θ0 , temos que ẑ · r̂ 0 =
1 · 1 cos θ0 = cos θ0 , assim escrevemos R = (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )1/2 . Aqui, onde usa-
mos coordenadas esféricas, o elemento de volume dτ 0 é dado por dτ 0 = r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0 .
E os limites são 0 ≤ r0 ≤ a, 0 ≤ θ0 ≤ π e 0 ≤ φ0 ≤ 2π.
Fazendo essas substituições na equação (70) ficamos com
Z 2π Z π Z a
~ qρ (z ẑ − r0 r̂ 0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
Fq = . (71)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2

A equação (71) tem caráter vetorial e, portanto, podemos decompô-la em três com-
ponentes usando o produto escalar com os versores da base canônica retangular, onde
usamos
r̂0 = sin θ0 cos φ0 x̂ + sin θ0 sin φ0 ŷ + cos θ0 ẑ (72)
para assim obter
Z 2π Z π Z a
~ qρ (z ẑ · x̂ − r0 r̂ 0 · x̂)r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
Fqx = Fq · x̂ = (73)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
Z 2π Z π Z a
qρ (−r0 sin θ0 cos φ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
= (74)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
Z 2π Z π Z a 03
−qρ r cos φ0 sin2 θ0 dr0 dθ0 dφ0
= 2 02 0 0 3/2
(75)
4πε0 0 0 0 (z + r − 2zr cos θ )
Z πZ a 2π
−qρ r03 sin2 θ0 dr0 dθ0
Z
= cos φ0 dφ0 (76)
4πε0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2 0
= 0, (77)

Solucionário 9 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

Z 2π Z π Z a
~ qρ (z ẑ · ŷ − r0 r̂ 0 · ŷ)r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
Fqy = Fq · ŷ = (78)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
Z 2π Z π Z a
qρ (−r0 sin θ0 sin φ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
= (79)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
−qρ 2π π a r03 sin φ0 sin θ02 dr0 dθ0 dφ0
Z Z Z
= 2 02 0 0 3/2
(80)
4πε0 0 0 0 (z + r − 2zr cos θ )
Z πZ a 2π
−qρ r03 sin θ02 dr0 dθ0
Z
= sin φ0 dφ0 (81)
4πε0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2 0
= 0, (82)

e
Z 2π Z π Z a
~ qρ (z ẑ · ẑ − r0 r̂ 0 · ẑ)r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
Fqz = Fq · ẑ = (83)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
Z 2π Z π Z a
qρ (z − r0 cos θ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0
= (84)
4πε0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
Z πZ a
(z − r0 cos θ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 2π 0
Z

= dφ (85)
4πε0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2 0
qρ π a (z − r0 cos θ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0
Z Z
= , (86)
2ε0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2

onde fazemos a substituição u = cos θ0 . Assim, du = − sin θ0 dθ0 e obtemos

qρ −1 a −(z − r0 u)r02 dr0 du


Z Z
Fqz = 2 02 0 3/2
(87)
2ε0 1 0 (z + r − 2zr u)
qρ 1 a (z − r0 u)r02 dr0 du
Z Z
= (88)
2ε0 −1 0 (z 2 + r02 − 2zr0 u)3/2
qρ a 1 (z − r0 u)
Z Z
= r02 dudr0 (89)
2ε0 0 −1 (z 2 + r02 − 2zr0 u)3/2
qρ a
Z Z 1
(z − r0 u)

= 2 02 0 3/2
du r02 dr0 . (90)
2ε0 0 −1 (z + r − 2zr u)

Em (90) temos
1
1
(z − r0 u) uz − r0
Z

du = √ (91)
−1 (z 2 + r02 − 2zr0 u)3/2 z 2 z 2 + r02 − 2zr0 u −1
z − r0 −z − r0
= √ − √ (92)
z 2 z 2 + r02 − 2zr0 z 2 z 2 + r02 + 2zr0
z − r0 z + r0
= p + p (93)
z 2 (z − r0 )2 z 2 (z + r0 )2
z − r0 z + r0
 
1
= 2 + . (94)
z |z − r0 | |z + r0 |

Como r0 pode ser maior ou menor que z, deixaremos por enquanto o módulo indicado
para fazermos duas integrações: uma de 0 até z e outra de z até a. Assim, substituindo

Solucionário 10 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

(94) em (90) obtemos

qρ a 1 z − r0 z + r0
Z  
Fqz = 2 0
+ 0
r02 dr0 (95)
2ε0 0 z |z − r | |z + r |
Z z  Z a
z − r0 z + r0 z − r0 z + r0
  
qρ 02 0 02 0
= + r dr + + r dr . (96)
2ε0 z 2 0 |z − r0 | |z + r0 | z |z − r0 | |z + r0 |

Em (96), na integração de 0 até z, temos que r0 < z ⇒ r0 − z < 0 ⇒ z − r0 > 0 e


portanto, |z − r0 | = (z − r). Na soma, por envolver apenas quantidades positivas, vemos
de imediato que z + r0 > 0 e portanto, |z + r0 | = (z + r). Por outro lado, na integração
de z até a, temos que r0 > z ⇒ r0 − z > 0 ⇒ z − r0 < 0 e portanto, |z − r0 | = −(z − r).
Na soma, por envolver apenas quantidades positivas, vemos de imediato que z + r0 > 0 e
portanto, |z + r0 | = (z + r). Assim, (96) se torna
Z z  Z a
z − r0 z + r0 z − r0 z + r0
  
qρ 02 0 02 0
Fqz = + r dr + − + r dr
2ε0 z 2 0 (z − r0 ) (z + r0 ) z (z − r0 ) (z + r0 )
(97)
Z z Z a 

= 2
(1 + 1) r02 dr0 + (−1 + 1) r02 dr0 (98)
2ε0 z 0 z
Z z

= 2
2r02 dr0 + 0 (99)
2ε0 z 0
Z z

= 2
r02 dr0 (100)
ε0 z 0
 03  z
qρ r qρ
= 2
= 2
(z 3 − 03 ) (101)
ε0 z 3 0 3ε0 z

qρz
= . (102)
3ε0
A força resultante em q é dada por

F~q = Fqx x̂ + Fqy ŷ + Fqz ẑ (103)


qρz
= ẑ . (104)
3ε0

Solucionário 11 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

2.6 Questão 6
Uma esfera de raio a contém carga distribuı́da com densidade volumétrica constante ρ.
Seu centro se encontra sobre o eixo z a uma distância b da origem, sendo b > a. Uma carga
pontual q se coloca sobre o eixo y a uma distância c da origem, sendo c > b. Encontrar a
força sobre q.

SOLUÇÃO z

Começaremos por

dq 0 R̂
Z
~ q
Fq = , (105) θ000
4πε0 R2 ~r 000
onde dq 0 = ρdτ 0 . Conside- ~r 0
rando que ρ é constante, a
equação acima se torna φ000
00
~r

Z ~
dτ 0 R
F~q = 3
. (106)
4πε0 R
~
R
Como podemos ver na fi-
gura (6), o vetor ~r 0 , que loca-
liza a carga fonte, é dado por q
0 00 000
~r = ~r + ~r = bẑ + r r̂ ; o 000 000 •
~r (0, c, 0)
vetor ~r, que localiza a carga
de prova, é dado por ~r = cŷ;
e o vetor R~ é dado por R ~ =
0 000 000 Figura 6: Esquematização da questão 2.6
~r − ~r = cŷ − (bẑ + r r̂ ).
O módulo de R ~ é R = |R| ~ = (R
~ 2 )1/2 = ((cŷ − bẑ − r000 r̂ 000 )2 )1/2 , onde

(cŷ − bẑ − r000 r̂ 000 )2 = (cŷ − bẑ − r000 r̂ 000 )(cŷ − bẑ − r000 r̂ 000 ) (107)
000 000 000 000 000 000 000 000
= cŷ(cŷ − bẑ − r r̂ ) − bẑ(cŷ − bẑ − r r̂ ) − r r̂ (cŷ − bẑ − r r̂ ) (108)
000 000 000 000 000 000
2
= c ŷ · ŷ − bcẑ · ŷ − cr r̂ · ŷ − bẑ(cŷ − bẑ − r r̂ ) − r r̂ (cŷ − bẑ − r000 r̂ 000 ) (109)
= c2 − cr000 r̂ 000 · ŷ − (bcŷ · ẑ − b2 ẑ · ẑ − r000 br̂ 000 · ẑ) − r000 r̂ 000 (cŷ − bẑ − r000 r̂ 000 ) (110)
= c2 − cr000 r̂ 000 · ŷ + b2 + br000 r̂ 000 · ẑ − (r000 cŷ · r̂ 000 − r000 bẑ · r̂ 000 − r0002 r̂ 000 · r̂ 000 ) (111)
= c2 − cr000 r̂ 000 · ŷ + b2 + br000 r̂ 000 · ẑ − r000 cŷ · r̂ 000 + r000 bẑ · r̂ 000 + r0002 (112)
= c2 + b2 + r0002 − 2cr000 r̂ 000 · ŷ + 2br000 r̂ 000 · ẑ . (113)

O versor r̂ 000 é dado em termos das coordenadas retangulares como

r̂ 000 = sin θ000 cos φ000 x̂ + sin θ000 sin φ000 ŷ + cos θ000 ẑ , (114)

e, portanto, r̂ 000 · ŷ = sin θ000 sin φ000 e r̂ 000 · ẑ = cos θ000 , e escrevemos o módulo de R ~ como
R = (c2 + b2 + r0002 − 2cr000 sin θ000 sin φ000 + 2br000 cos θ000 )1/2 . Aqui, onde usamos coordenadas
esféricas, o elemento de volume dτ 0 é dado por dτ 0 = r0002 sin θ000 dr000 dθ000 dφ000 . E os limites
são 0 ≤ r0 ≤ a, 0 ≤ θ0 ≤ π e 0 ≤ φ0 ≤ 2π.
Fazendo essas substituições na equação (106) ficamos com
Z 2π Z π Z a
~ qρ (cŷ − bẑ − r000 r̂ 000 )r0002 sin θ000 dr000 dθ000 dφ000
Fq = 2 2 0002 − 2cr 000 sin θ 000 sin φ000 + 2br 000 cos θ 000 )3/2
. (115)
4πε0 0 0 0 (c + b + r

Solucionário 12 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

A equação (115) tem caráter vetorial e, portanto, podemos decompô-la em três com-
ponentes usando o produto escalar com os versores da base canônica retangular, onde
usamos (114) para assim obter
2π π a
(cŷ · x̂ − bẑ · x̂ − r000 r̂ 000 · x̂)r0002 sin θ000 dr000 dθ000 dφ000
Z Z Z

Fqx = F~q · x̂ = (116)
4πε0 0 0 0 (c2 + b2 + r0002 − 2cr000 sin θ000 sin φ000 + 2br000 cos θ000 )3/2
−qρ 2π π a
(r000 sin θ000 cos φ000 )r0002 sin θ000 dr000 dθ000 dφ000
Z Z Z
= (117)
4πε0 0 0 0 (c2 + b2 + r0002 − 2cr000 sin θ000 sin φ000 + 2br000 cos θ000 )3/2
−qρ 2π π a
r0003 cos φ000 sin2 θ000 dr000 dθ000 dφ000
Z Z Z
= (118)
4πε0 0 0 0 (c|2 + b2 + r0002{z+ 2br000 cos θ000} − 2cr000 sin θ000 sin φ000 )3/2
k
π a Z 2π
cos φ000 dφ000

−qρ
Z Z
= r0003 sin2 θ000 dr000 dθ000 (119)
4πε0 0 0 0 (k − 2cr000 sin θ000 sin φ000 )3/2
Z πZ a 2π !
−qρ 1
r0003 sin2 θ000 dr000 dθ000

= 000 000
√ 000 000 000
(120)
4πε0 0 0 cr sin θ k − 2cr sin θ sin φ 0
Z πZ a 
−qρ 1 1
= √ − √ r0003 sin2 θ000 dr000 dθ000 (121)
4πε0 0 0 cr000 sin θ000 k − 0 cr000 sin θ000 k − 0
Z πZ a
−qρ
= (0)r0003 sin2 θ000 dr000 dθ000 (122)
4πε0 0 0
= 0, (123)

2π π a
(cŷ · ŷ − bẑ · ŷ − r000 r̂ 000 · ŷ)r0002 sin θ000 dr000 dθ000 dφ000
Z Z Z

Fqy = F~q · ŷ = (124)
4πε0 0 0 0 (c2 + b2 + r0002 − 2cr000 sin θ000 sin φ000 + 2br000 cos θ000 )3/2
2π π a
(c − r000 sin θ000 sin φ000 )r0002 sin θ000 dr000 dθ000 dφ000
Z Z Z

= (125)
4πε0 0 0 0 (c2 + b2 + r0002 − 2cr000 sin θ000 sin φ000 + 2br000 cos θ000 )3/2
e
2π π a
(cŷ · ẑ − bẑ · ẑ − r000 r̂ 000 · ẑ)r0002 sin θ000 dr000 dθ000 dφ000
Z Z Z

Fqz = F~q · ẑ = (126)
4πε0 0 0 0 (c2 + b2 + r0002 − 2cr000 sin θ000 sin φ000 + 2br000 cos θ000 )3/2
2π π a
(b − r000 cos θ000 )r0002 sin θ000 dr000 dθ000 dφ000
Z Z Z

= . (127)
4πε0 0 0 0 (c2 + b2 + r0002 − 2cr000 sin θ000 sin φ000 + 2br000 cos θ000 )3/2
A força resultante em q é obtida substituindo (123) e os resultados de (125) e (125)
na seguinte equação:
F~q = Fqx x̂ + Fqy ŷ + Fqz ẑ . (128)
O resultado Fqx = 0 indica que o procedimento matemático está de acordo com uma
análise fı́sica da componente em x̂, pois, dado que a densidade volumétrica ρ é constante,
existe uma simetria em relação ao plano yz, o que faz com que a cada elemento de
carga, que gera uma força infinitesimal que possui uma componente em x̂, corresponda
um elemento de carga correspondente que gera uma força infinitesimal que possui uma
componente em x̂ de forma a anular a contribuição em x̂ aos pares em toda a esfera.
Em relação às componentes Fqy e Fqz , a complexidade das integrações inviabiliza esse
procedimento, pois o elevadı́ssimo custo computacional é desproporcional ao contexto, o
que pede outra abordagem para encontrar a força sobre q.
A solução da questão 2.8, por exemplo, nos permite assumir que toda a carga dis-
tribuı́da na esfera interage com a carga q da mesma forma que uma carga Q0 , de valor
igual à carga total na esfera, localizada no lugar geométrico do centro da esfera.

Solucionário 13 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

Partindo dessa premissa, a questão z


pode ser entendida, de forma fisicamente
equivalente, como o cálculo da força entre Q0
(0, 0, b) •
a carga pontual Q0 localizada em (0, 0, b) e
a carga q localizada em (0, c, 0), represen- ~r 0
tada na figura ao lado. Começaremos por
~
R
1 qQ0 R̂
F~q = , (129)
4πε0 R2
~ ~ = ~r −~r 0 e ~r = q
onde R̂ = R/R. Dado que R •
~ = cŷ −bẑ e R =
cŷ e ~r 0 = bẑ, escrevemos R ~r (0, c, 0)
2 2 1/2
(c + b ) . Fazendo essas substituições a
equação acima se torna Figura 7: Esquematização da questão 2.6

qQ0 R ~
F~q = (130)
4πε0 R3
qQ0 cŷ − bẑ
= (131)
4πε0 (c2 + b2 )3/2
qQ0 c qQ0 b
= 2 2 3/2
ŷ − ẑ , (132)
4πε0 (c + b ) 4πε0 (c + b2 )3/2
2

que é a força sobre q.

Solucionário 14 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

2.7 Questão 7
Uma linha de carga de tamanho L e λ = constante está sobre o eixo z positivo com seus
extremos colocados em z = z0 e z = z0 + L. Encontrar a força total exercida sobre esta
linha de carga por uma distribuição de carga esférica e uniforme com centro na origem e
raio a < z0 .

SOLUÇÃO
z
Começaremos por (0, 0, z0 + L)
Z
F = dF~ ,
~ (133)
onde o elemento diferencial de força é de-
vido à interação entre dois elementos de dq
0 (0, 0, z0 )
cargas, um dq da esfera e um dq da li-
nha de carga (aqui indicamos tudo o que ~r ~
R
se refere à carga de fonte com uma plica).
Então, usando a lei de Coulomb, a equação
acima toma a forma
q dq 0 dq R̂
Z
~
F = , (134) θ0 0
4πε0 R2 ~r
onde dq 0 = ρdτ 0 e dq = λdz. Considerando
que ρ e λ são constantes e que R̂ = R/R, ~
reescrevemos
φ0
ρλ
Z
dτ 0
dz ~
R
F~ = . (135)
4πε0 R3
Como podemos ver na figura (5), o ve-
tor ~r 0 , que localiza a carga fonte, é dado
por ~r 0 = r0 r̂ 0 ; o vetor ~r, que localiza a
carga de prova, é dado por ~r = z ẑ; e o
vetor R ~ é dado por R ~ = ~r − ~r 0 = z ẑ − r0 r̂ 0 . Figura 8: Esquematização da questão 2.7
O módulo de R ~ é R = |R| ~ = (R ~ 2 )1/2 = ((z ẑ − r0 r̂ 0 )2 )1/2 = (z 2 + r02 − 2zr0 ẑ · r̂ 0 )1/2 ,
e verificando que o ângulo entre ẑ e r̂0 é θ0 , temos que ẑ · r̂ 0 = 1 · 1 cos θ0 = cos θ0 , assim
escrevemos R = (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )1/2 . Aqui, onde usamos coordenadas esféricas, o
elemento de volume dτ 0 é dado por dτ 0 = r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0 com os limites de integração
dados por 0 ≤ r0 ≤ a, 0 ≤ θ0 ≤ π e 0 ≤ φ0 ≤ 2π, enquanto que na linha de carga
o elemento de linha já está dado por dz, com os limites de integração agora dados por
z0 ≤ z ≤ z0 + L.
Fazendo essas substituições na equação (135) ficamos com
Z z0 +L Z 2π Z π Z a
ρλ (z ẑ − r0 r̂ 0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0 dz
F~ = . (136)
4πε0 z0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
A equação (136) tem caráter vetorial e, portanto, podemos decompô-la em três com-
ponentes usando o produto escalar com os versores da base canônica retangular, onde
usamos
r̂0 = sin θ0 cos φ0 x̂ + sin θ0 sin φ0 ŷ + cos θ0 ẑ , (137)
para assim obter a força resultante na linha de carga como

F~ = Fqx x̂ + Fqy ŷ + Fqz ẑ . (138)

Solucionário 15 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

Dessa forma temos


z0 +L 2π π a
(z ẑ · x̂ − r0 r̂ 0 · x̂)r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0 dz
Z Z Z Z
ρλ
Fx = F~ · x̂ = (139)
4πε0 z0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
Z z0 +L 2π π a
(−r0 sin θ0 cos φ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0 dz
Z Z Z
ρλ
= (140)
4πε0 z0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
Z z0 +L 2π π a
−ρλ cos φ0 r03 sin2 θ0 dr0 dθ0 dφ0 dz
Z Z Z
= (141)
4πε0 z0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
Z z0 +L π a Z 2π
−ρλ r03 sin2 θ0 dr0 dθ0 dz
Z Z
= cos φ0 dφ0 (142)
4πε0 z0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2 0
= 0, (143)
z0 +L 2π π a 0 0 02 0 0 0 0
(z ẑ · ŷ − r r̂ · ŷ)r sin θ dr dθ dφ dz
Z Z Z Z
ρλ
Fy = F~ · ŷ = (144)
4πε0 z0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
Z z0 +L 2π π a
(−r0 sin θ0 sin φ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0 dz
Z Z Z
ρλ
= (145)
4πε0 z0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
Z z0 +L 2π π a
−ρλ sin φ0 r03 sin2 θ0 dr0 dθ0 dφ0 dz
Z Z Z
= 2 02 0 0 3/2
(146)
4πε0 z0 0 0 0 (z + r − 2zr cos θ )
Z z0 +L π a 2π
−ρλ r03 sin2 θ0 dr0 dθ0 dz
Z Z Z
= sin φ0 dφ0 (147)
4πε0 z0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2 0
= 0, (148)
e
z0 +L 2π π a
(z ẑ · ẑ − r0 r̂ 0 · ẑ)r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0 dz
Z Z Z Z
ρλ
Fz = F~ · ẑ = (149)
4πε0 z0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
Z z0 +L 2π π a
(z − r0 cos θ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dφ0 dz
Z Z Z
ρλ
= (150)
4πε0 z0 0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2
Z z0 +L
Z πZ a
(z − r0 cos θ0 )r02 sin θ0 dr0 dθ0 dz 2π 0
Z
ρλ
= dφ (151)
4πε0 z0 0 0 (z 2 + r02 − 2zr0 cos θ0 )3/2 0
Z z0 +L Z a Z π
ρλ (z − r0 cos θ0 ) sin θ0 dθ0 02 0
= 2 02 0 0 3/2
r dr dz . (152)
2ε0 z0 0 0 (z + r − 2zr cos θ )
| {z }
Int

Em Int fazemos a substituição u = cos θ . Assim, du = − sin θ0 dθ0 e obtemos


0

Z −1 Z 1
−(z − r0 u) (z − r0 u)
Int = du = du (153)
1 (z 2 + r02 − 2zr0 u)3/2 2 02
−1 (z + r − 2zr u)
0 3/2
1
uz − r0
= √ (154)
z 2 z 2 + r02 − 2zr0 u −1
z − r0 −z − r0
= √ − √ (155)
z 2 z 2 + r02 − 2zr0 z 2 z 2 + r02 + 2zr0
z − r0 z + r0
= p + p (156)
z 2 (z − r0 )2 z 2 (z + r0 )2
z − r0 z + r0
 
1
= 2 + . (157)
z |z − r0 | |z + r0 |

Solucionário 16 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

Para prosseguir precisamos analisar as expressões em módulo afim de que possamos


reescrevê-las de forma equivalente sem os módulos. No enunciado temos a < z0 , onde a
é o maior valor de r0 , enquanto que z0 é o menor valor de z. Daı́ vem que r0 < z para
quaisquer r0 e z analisados. Partindo de z > r0 , subtraindo r0 em ambos os membros
obtemos z − r0 > 0; e adicionando r0 em ambos os membros obtemos z + r0 > 2r0 >
0 ⇒ z + r0 > 0, e, dado que as expressões em módulos são maiores que zero, podemos
reescrevê-las diretamente sem os módulos; o que fornece

1 z − r0 z + r0
 
Int = 2 + (158)
z z − r0 z + r0
2
= 2. (159)
z
Substituindo (159) em (152) obtemos
Z z0 +L Z a 

ρλ 2
Fz = 2
r02 dr0 dz (160)
2ε0 z0 0 z
Z z0 +L Z a
ρλ −2
= z dz r02 dr0 (161)
ε0 z 0 0
z +L !  03 a 
ρλ −1 0 r
= (162)
ε0 z z0 3 0
 
−ρλ 1 1
= − (a3 − 0) (163)
3ε0 z0 + L z0
ρλa3 1
 
1
= − (164)
3ε0 z0 z0 + L
ρλa3 z0 + L 1
 
z0 1
= − (165)
3ε0 z0 + L z0 z0 z0 + L
ρλa3 z0 + L − z0
 
= (166)
3ε0 z0 (z0 + L)
3
λρa L
= . (167)
3ε0 z0 (z0 + L)

Substituindo (143), (148) e (167) em (138) obtemos

λρa3 L
F~ = 0x̂ + 0ŷ + ẑ (168)
3ε0 z0 (z0 + L)
λρa3 L
= ẑ , (169)
3ε0 z0 (z0 + L)

que é a força total exercida sobre a linha de carga.

Solucionário 17 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

2.8 Questão 8
A superfı́cie de uma esfera de raio a se encontra carregada com uma densidade superficial
constante σ. Qual a carga total Q0 da esfera? Encontrar a força exercida por essa
distribuição de carga sobre uma carga pontual q situada sobre o eixo z para o caso em
que z > a e para o caso em que z < a.

SOLUÇÃO
z
Para calcular a carga total Q0 usamos o q
elemento de área da0 = a2 sin θ0 dθ0 dφ0 e faze- •
mos a seguinte integral: ~r ~
R
Z Z Z
Q = dq = σda = σ da0
0 0 0
(170)
Z 2π Z π
=σ a2 sin θ0 dθ0 dφ0 (171)
0 0 θ0
Z 2π ~r 0
π
= σa 2
(− cos θ0 )|0 dφ0 (172)
0
Z 2π
= σa 2
−(cos π − cos 0)dφ0 (173) φ0
0
= 2σa2 (2π − 0) (174)
= 4πa2 σ . (175)
Para encontrar a força começamos por
dq 0 R̂
Z
~ q
Fq = , (176)
4πε0 R2 Figura 9: Esquematização da questão 2.8
onde dq 0 = σda0 . Considerando que σ é constante, a equação acima se torna

Z
da0 R ~
~
Fq = . (177)
4πε0 R3
Como podemos ver na figura (9), o vetor ~r 0 , que localiza a carga fonte, é dado por
~r 0 = ar̂ 0 ; o vetor ~r, que localiza a carga de prova, é dado por ~r = z ẑ; e o vetor R ~ é dado
por R~ = ~r − ~r 0 = z ẑ − ar̂ 0 .
O módulo de R ~ é R = |R| ~ = (R ~ 2 )1/2 = ((z ẑ − ar̂ 0 )2 )1/2 = (z 2 + a2 − 2zaẑ · r̂ 0 )1/2 , e
verificando que o ângulo entre ẑ e r̂0 é θ0 , temos que ẑ · r̂ 0 = 1 · 1 cos θ0 = cos θ0 , assim
escrevemos R = (z 2 + a2 − 2za cos θ0 )1/2 . Aqui, onde usamos coordenadas esféricas, o
elemento de área da0 é dado por da0 = a2 sin θ0 dθ0 dφ0 . E os limites são 0 ≤ θ0 ≤ π e
0 ≤ φ0 ≤ 2π.
Fazendo essas substituições na equação (177) ficamos com
Z 2π Z π
~ qσ (z ẑ − ar̂ 0 )a2 sin θ0 dθ0 dφ0
Fq = 2 2 0 3/2
. (178)
4πε0 0 0 (z + a − 2za cos θ )

A equação (178) tem caráter vetorial e, portanto, podemos decompô-la em três com-
ponentes usando o produto escalar com os versores da base canônica retangular, onde
usamos
r̂0 = sin θ0 cos φ0 x̂ + sin θ0 sin φ0 ŷ + cos θ0 ẑ (179)

Solucionário 18 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

para assim obter


2 Z 2π Z π
~ qσa (z ẑ · x̂ − ar̂ 0 · x̂) sin θ0 dθ0 dφ0
Fqx = Fq · x̂ = (180)
4πε0 0 0 (z 2 + a2 − 2za cos θ0 )3/2
qσa2 2π π (−a sin θ0 cos φ0 ) sin θ0 dθ0 dφ0
Z Z
= (181)
4πε0 0 0 (z 2 + a2 − 2za cos θ0 )3/2
−qσa3 2π π cos φ0 sin2 θ0 dθ0 dφ0
Z Z
= 2 2 0 3/2
(182)
4πε0 0 0 (z + a − 2za cos θ )
−qρa3 π
Z 2π
sin2 θ0 dθ0
Z
= 2 2 0 3/2
cos φ0 dφ0 (183)
4πε0 0 (z + a − 2za cos θ ) 0
= 0. (184)
qσa2 2π π (z ẑ · ŷ − ar̂ 0 · ŷ) sin θ0 dθ0 dφ0
Z Z
~
Fqy = Fq · ŷ = (185)
4πε0 0 0 (z 2 + a2 − 2za cos θ0 )3/2
qσa2 2π π (−a sin θ0 sin φ0 ) sin θ0 dθ0 dφ0
Z Z
= (186)
4πε0 0 0 (z 2 + a2 − 2za cos θ0 )3/2
−qσa3 2π π sin φ0 sin2 θ0 dθ0 dφ0
Z Z
= 2 2 0 3/2
(187)
4πε0 0 0 (z + a − 2za cos θ )
−qσa3 π
Z 2π
sin2 θ0 dθ0
Z
= 2 2 0 3/2
sin φ0 dφ0 (188)
4πε0 0 (z + a − 2za cos θ ) 0
= 0. (189)
qσa2 2π π (z ẑ · ẑ − ar̂ 0 · ẑ) sin θ0 dθ0 dφ0
Z Z
~
Fqz = Fq · ẑ = (190)
4πε0 0 0 (z 2 + a2 − 2za cos θ0 )3/2
qσa2 2π π (z − a cos θ0 ) sin θ0 dθ0 dφ0
Z Z
= 2 2 0 3/2
(191)
4πε0 0 0 (z + a − 2za cos θ )
qσa2 π (z − a cos θ0 ) sin θ0 dθ0 2π
Z Z
= dφ0 (192)
4πε0 0 (z 2 + a2 − 2za cos θ0 )3/2 0
qσa2 π (z − a cos θ0 ) sin θ0 dθ0
Z
= , (193)
2ε0 0 (z 2 + a2 − 2za cos θ0 )3/2

onde fazemos a substituição u = cos θ0 . Assim, du = − sin θ0 dθ0 e obtemos

qσa2 −1 −(z − au)du


Z
Fqz = (194)
2ε0 1 (z + a2 − 2zau)3/2
2

qσa2 1 (z − au)du
Z
= (195)
2ε0 −1 (z + a2 − 2zau)3/2
2
 1
qσa2

(uz − a)
= √ (196)
2ε0 z 2 a2 − 2zau + z 2 −1
qσa2
 
(z − a) (−z − a)
= √ −√ (197)
2ε0 z 2 a2 − 2za + z 2 a2 + 2za + z 2
!
qσa2 (z − a) (z + a)
= p +p (198)
2ε0 z 2 (a − z)2 (a + z)2
qσa2 (a + z) (a − z)
 
= − (199)
2ε0 z 2 |a + z| |a − z|

Solucionário 19 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

Agora temos duas situações a considerar na equação (199): carga fora da esfera (z > a)
e carga dentro da esfera (z < a).
Para (z > a), temos que z − a > 0 ⇒ a − z < 0 e, portanto, |a − z| = −(a − z); e
ainda considerando (z > a), temos que z + a > 2a e 2a > 0, daı́ a + z > 0 e, portanto,
|a + z| = (a + z). Dessa forma,

qσa2 (a + z) (a − z)
 
Fqz = + (200)
2ε0 z 2 (a + z) (a − z)
qσa2
= (1 + 1) (201)
2ε0 z 2
qσa2
= (202)
ε0 z 2
A força resultante em q (para z > a) é dada por

F~q = Fqx x̂ + Fqy ŷ + Fqz ẑ (203)


qσa2
F~q = ẑ . (204)
ε0 z 2
Para (z < a), temos que z − a < 0 ⇒ a − z > 0 e, portanto, |a − z| = (a − z); na soma,
por envolver apenas quantidades positivas, vemos de imediato que a + z > 0 e portanto,
|a + z| = (a + z). Dessa forma,

qσa2 (a + z) (a − z)
 
Fqz = − (205)
2ε0 z 2 (a + z) (a − z)
qσa2
= (1 − 1) (206)
2ε0 z 2
=0 (207)

A força resultante em q (para z < a) é dada por

F~q = Fqx x̂ + Fqy ŷ + Fqz ẑ (208)


F~q = 0 . (209)

A solução para todo o espaço, considerando as equações (204) e (209) é dada por:
2

 qσa ẑ , (z > a)
F~q = ε0 z 2 . (210)
0 , (z < a)

Isolando σ em (175) e substituindo em (210), obtemos


 0
 1 qQ ẑ , (z > a)
F~q = 4πε0 z 2 . (211)
0 , (z < a)

Solucionário 20 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

2.9 Questão 9 y
Duas linhas de cargas de mesmo tamanho I II
L são paralelas entre si e repousam sobre
o plano xy como se mostra na figura 2-9.
Ambas têm a mesma densidade de carga L L
linear λ = constante. Encontrar a força
total sobre II devido a I.

SOLUÇÃO 0 a x
Figura 10: As duas linhas de carga do
Nesse caso faremos uma integração
exercı́cio 2.9 (Representação da figura 2-9).
para a carga fonte e outra integração para
a carga de prova, seguindo a convenção que q 0 (e demais quantidades relacionadas que
sejam indicadas com 0 ) corresponde à carga fonte.
Para encontrar a força começamos por y
dqdq 0 R̂
Z
1
F~II = , (212)
4πε0 R2 I II
onde dq = λdy e dq 0 = λdy 0 . Considerando que λ
é constante, a equação acima se torna
λ2
Z ~
dydy 0 R L L
~
FII = . (213)
4πε0 R3 ~
R dq
0
Como podemos ver na figura (11), o vetor ~r , que
dq 0 ~r
localiza a carga fonte, é dado por ~r 0 = y 0 ŷ; o
0
vetor ~r, que localiza a carga de prova, é dado por ~r
~ é dado por R
~r = ax̂ + y ŷ; e o vetor R ~ = ~r − ~r 0 = a x
0
0 0 0
ax̂ + y ŷ − y ŷ = ax̂ + (y − y )ŷ. Figura 11: Esquematização da
O módulo de R ~ é R = |R| ~ = (a2 + (y − questão 2.9.
y 0 )2 )1/2 = (a2 + y 2 − 2yy 0 + y 02 )1/2 e os limites
de integração são 0 ≤ y ≤ L e 0 ≤ y 0 ≤ L.
Fazendo essas substituições na equação (213) ficamos com
2 Z LZ L
λ (ax̂ + (y − y 0 )ŷ)dy 0 dy
F~II = . (214)
4πε0 0 0 (a2 + y 2 − 2yy 0 + y 02 )3/2
A equação (214) tem caráter vetorial e, portanto, podemos decompô-la em duas com-
ponentes usando o produto escalar com os versores da base canônica retangular, para
assim obter
Z LZ L
~ λ2 (ax̂ · x̂ + (y − y 0 )ŷ · x̂)dy 0 dy
FIIx = FII · x̂ = (215)
4πε0 0 0 (a2 + y 2 − 2yy 0 + y 02 )3/2
Z LZ L
aλ2 dy 0 dy
= . (216)
4πε0 0 0 (a2 + y 2 − 2yy 0 + y 02 )3/2
e
Z LZ L
~ λ2 (ax̂ · ŷ + (y − y 0 )ŷ · ŷ)dy 0 dy
FIIy = FII · ŷ = (217)
4πε0 0 0 (a2 + y 2 − 2yy 0 + y 02 )3/2
Z LZ L
λ2 (y − y 0 )dy 0 dy
= . (218)
4πε0 0 0 (a2 + y 2 − 2yy 0 + y 02 )3/2

Solucionário 21 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

Na equação (216) resolveremos primeiramente a integral em y 0 para obtermos:


! L
L
dy 0 y0 − y
Z
= (219)

(a2 + y 2 − 2yy 0 + y 02 )3/2
p
2 2 2 0
a a + y − 2yy + y 02
0
0
!
1 L−y y
= 2 p +p . (220)
a a2 + y 2 − 2yL + L2 a2 + y 2

Substituindo (220) em (216) ficamos com


!
L
aλ2 L−y
Z
1 y
FIIx = p +p dy (221)
4πε0 0 a2 a2 + y 2 − 2yL + L2 a2 + y 2
!
L
λ2 L−y
Z
y
= p +p dy . (222)
4πε0 a 0 a2 + y 2 − 2yL + L2 a2 + y 2

Resolvendo a integral em y na equação (222) para obtemos


!
Z L  L
L−y y p p
p +p dy = a2 + y 2 − a2 + y 2 − 2yL + L2

(223)
0 a2 + y 2 − 2yL + L2 a2 + y 2 0
p p √ p
= a2 + L2 − a2 + L2 − 2LL + L2 − a2 + a2 + L2
(224)
p
= 2( a2 + L2 − a) . (225)

Substituindo (225) em (222) ficamos com

λ2 √
FIIx = 2( a2 + L2 − a) (226)
4πε0 a
!
2 1/2
λ2
 
L
= (a2 )1/2 1 + 2 −a (227)
2πε0 a
1/2 !
λ2 L2

= 1+ 2 −1 . (228)
2πε0 a

Na equação (218) resolveremos primeiramente a integral em y 0 para obtermos:


! L
L
(y − y 0 )dy 0
Z
1
= (229)

(a2 + y 2 − 2yy 0 + y 02 )3/2
p
0 a2 + y 2 − 2yy 0 + y 02 0
1 1
=p −p . (230)
2 2
a + y − 2yL + L 2 a + y2
2

Substituindo (230) em (218) ficamos com


!
L
λ2
Z
1 1
FIIy = p −p dy (231)
4πε0 0 a2 + y 2 − 2yL + L2 a2 + y 2
| {z }
Int

Solucionário 22 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

Resolvendo a integral Int na equação (231) obtemos


 p  p  L
Int = − log a2 + (L − y)2 + L − y − log a2 + y 2 + y (232)

0
 √  √   √  √ 
= − log a2 − log a2 + L2 + L − − log a2 + L2 + L − log a2
(233)
√  XXX√  XXX√  √  
= −log  2
a − log
XX2
a +XX2
L X+ L + log
X 2
a +
X 2
L X+ L + log
XX a 2 (234)
 XX
X  XX
X
 
=0 (235)

Substituindo o resultado de Int na equação (231) obtemos

λ2
FIIy = 0 (236)
4πε0
= 0. (237)

A força resultante em II é dada por

F~II = FIIx x̂ + FIIy ŷ (238)


!
2 2 1/2
 
λ L
F~II = 1+ 2 − 1 x̂ . (239)
2πε0 a

Solucionário 23 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

2.10 Questão 10
A linha de carga I da figura 2-9 tem agora uma densidade de carga linear de λ = Ay 2 ,
sendo A uma constante. Quais são as unidades de A? Qual é a carga total de I? Encontrar
a força total que I exerce sobre uma carga pontual q situada sobre o eixo x em x = a.

SOLUÇÃO y
Considerando que a densidade linear de carga é
dada por I
Q0
λ= = Ay 2 , (240)
L
encontramos com A como L
Q0
A= 2 . (241)
y L
Para manter a consistência fı́sica, as unidades de A dq 0 ~
R
Q0 ~r 0 q
devem ser a mesma de 2 . Assim •
y L 0 ~r a x
[Q0 ] C C Figura 12: Esquematização da
[A] = 2 = 2 = 3. (242) questão (Adaptação da figura 2-9).
[y] [L] mm m
0
Para calcular a carga total Q fazemos a seguinte integral:
Z Z Z
Q = dq = λdy = Ay 02 dy 0
0 0 0
(243)
Z L
A
=A y 02 dy 0 = (L3 − 0) (244)
0 3
AL3
= . (245)
3
Para encontrar a força de I sobre q começamos por
dq 0 R̂
Z
~ q
Fq = , (246)
4πε0 R2
onde dq 0 = λdy 0 . Considerando que λ = Ay 02 , a equação acima se torna
Z 02 0 ~
qA y dy R
F~q = . (247)
4πε0 R3
Como podemos ver na figura (12), o vetor ~r 0 , que localiza a carga fonte, é dado por
~r 0 = y 0 ŷ; o vetor ~r, que localiza a carga de prova, é dado por ~r = ax̂; e o vetor R ~ é dado
~ 0
por R = ~r − ~r = ax̂ − y ŷ. 0

O módulo de R ~ é R = |R|~ = (a2 + (−y 0 )2 )1/2 = (a2 + y 02 )1/2 e os limites de integração


são 0 ≤ y ≤ L.
Fazendo essas substituições na equação (247) ficamos com
Z L
qA (ax̂ − y 0 ŷ)y 02 dy 0
F~q = . (248)
4πε0 0 (a2 + y 02 )3/2

A equação (248) tem caráter vetorial e, portanto, podemos decompô-la em duas com-
ponentes usando o produto escalar com os versores da base canônica retangular, para
assim obter a força resultante na carga pontual na forma

F~q = Fqx x̂ + Fqy ŷ . (249)

Solucionário 24 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

Dessa forma temos


Z L
~ qA (ax̂ · x̂ − y 0 ŷ · x̂)y 02 dy 0
Fqx = Fq · x̂ = (250)
4πε0 0 (a2 + y 02 )3/2
Z L
qA ay 02 dy 0
= (251)
4πε0 0 (a2 + y 02 )3/2
qAa L y 02 dy 0
Z
= (252)
4πε0 0 (a2 + y 02 )3/2
! L
qAa p
2 2
 y
= log a +y +y − p (253)

4πε0 2 2

a + y 0

   
qAa  L
= log a +L +L − √
2 2 − log a (254)
4πε0 a2 + L 2
e
Z L
~ qA (ax̂ · ŷ − y 0 ŷ · ŷ)y 02 dy 0
Fqy = Fq · ŷ = (255)
4πε0 0 (a2 + y 02 )3/2
Z L
qA (−y 0 )y 02 dy 0
= (256)
4πε0 0 (a2 + y 02 )3/2
−qA L y 03 dy 0
Z
= (257)
4πε0 0 (a2 + y 02 )3/2
! L
−qA 2a2 + y 2
= p (258)
4πε0

a2 + y 2 0
−qA 2a2 + L2 2a2
 
= √ −√ (259)
4πε0 a2 + L2 a2
−qA 2a + L2
 2 
= √ − 2a . (260)
4πε0 a2 + L2
A força resultante em q é obtida ao substituir (254) e (260) em (249):

 2
2a + L2
   
~ qAa  L qA
Fq = log a +L +L − √
2 2 − log a x̂ − √ − 2a ŷ .
4πε0 a2 + L 2 4πε0 a2 + L2
(261)

Solucionário 25 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

2.11 Questão 11
Há carga distribuı́da sobre a superfı́cie de um cı́rculo de raio a que repousa sobre o plano
xy e cujo o centro está na origem. A densidade superficial de carga está dada por σ = Aρ2
em coordenadas cilı́ndricas, sendo A uma constante. Quais são as unidades de A? Qual é
a carga total do cı́rculo? Encontrar a força exercida por esta distribuição de carga sobre
uma carga pontual situada sobre o eixo z.

SOLUÇÃO (0, 0, z) • q
Considerando que a densidade superficial de
carga é dada por
Q0
σ = 2 = Aρ02 , (262)
πa
encontramos com A como ~r ~
R
Q0
A = 02 2 . (263)
ρ πa
Para manter a consistência fı́sica, as unidades
Q0 ~r 0
de A devem ser a mesma de 02 2 . Assim dq 0
ρ πa 0
φ
0
[Q ] C C
[A] = 0 2 2
= 2 2 = 4. (264)
[ρ ] [π][a] mm m
Figura 13: Esquematização da questão
Para calcular a carga total Q0 fazemos a se- 2.11.
guinte integral: Z Z
Q = dq = σda0 .
0 0
(265)
Nessa situação, o elemento de área em coordenadas cilı́ndricas é dado por da0 =
ρ dρ0 dφ0 , com limites de 0 ≤ φ0 ≤ 2π e 0 ≤ ρ0 ≤ a. Fazendo as substituições na equação
0

(265) chegamos à Z Z 2π a Z Z a 2π
Q0 = Aρ03 dρ0 dφ0 = A ρ03 dρ0 dφ0 (266)
0 0 0 0
 04 a  
ρ 0 2π
 A
=A φ |0 = (a4 − 0)(2π − 0) (267)
4 0 4
πa4 A
= . (268)
2
Para encontrar a força começamos por
dq 0 R̂
Z
~ q
Fq = , (269)
4πε0 R2
onde dq 0 = σda0 . Considerando que R̂ = R/R, ~ a equação acima se torna
q
Z
σda0 R ~
F~q = . (270)
4πε0 R3
Como podemos ver na figura (13), o vetor ~r 0 , que localiza a carga fonte, é dado por
~r 0 = ρ0 ρ̂ 0 ; o vetor ~r, que localiza a carga de prova, é dado por ~r = z ẑ; e o vetor R ~ é dado
~ 0
por R = ~r − ~r = z ẑ − ρ ρ̂ . 0 0

O módulo de R ~ é R = |R| ~ = (R ~ 2 )1/2 = ((z ẑ − ρ0 ρ̂ 0 )2 )1/2 = (z 2 + ρ02 − 2zρ0 ẑ · ρ̂ 0 )1/2 , e


verificando que o ângulo entre ẑ e ρ̂ 0 é π/2, temos que ẑ · ρ̂ 0 = 1 · 1 cos(π/2) = 0, assim
escrevemos R = (z 2 + ρ02 )1/2 . Aqui, onde usamos coordenadas cilı́ndricas, o elemento de
área da0 é dado por da0 = ρ0 dρ0 dφ0 . E os limites são 0 ≤ ρ0 ≤ a e 0 ≤ φ0 ≤ 2π.

Solucionário 26 Alexandre Medeiros


Roald K. Wangsness Capı́tulo 2 Electromagnetic Fields

Fazendo essas substituições na equação (270) ficamos com


Z 2π Z a
~ q (z ẑ − ρ0 ρ̂ 0 )Aρ03 dρ0 dφ0
Fq = . (271)
4πε0 0 0 (z 2 + ρ02 )3/2
A equação (271) tem caráter vetorial e, portanto, podemos decompô-la em três com-
ponentes usando o produto escalar com os versores da base canônica retangular, onde
usamos
ρ̂ 0 = cos φ0 x̂ + sin φ0 ŷ + 0ẑ , (272)
para assim obter a força resultante na linha de carga como
F~q = Fqx x̂ + Fqy ŷ + Fqz ẑ . (273)
Dessa forma
Z 2π Z a
qA (z ẑ · x̂ − ρ0 ρ̂ 0 · x̂)ρ03 dρ0 dφ0
Fqx = F~q · x̂ = (274)
4πε0 0 0 (z 2 + ρ02 )3/2
Z 2π Z a
qA (−ρ0 cos φ0 )ρ03 dρ0 dφ0
= (275)
4πε0 0 0 (z 2 + ρ02 )3/2
Z a Z 2π
−qA ρ04 dρ0
= cos φ0 dφ0 (276)
4πε0 0 (z 2 + ρ02 )3/2 0
= 0, (277)
Z 2π Z a
~ qA (z ẑ · ŷ − ρ0 ρ̂ 0 · ŷ)ρ03 dρ0 dφ0
Fqy = Fq · ŷ = (278)
4πε0 0 0 (z 2 + ρ02 )3/2
Z 2π Z a
qA (−ρ0 sin φ0 )ρ03 dρ0 dφ0
= (279)
4πε0 0 0 (z 2 + ρ02 )3/2
Z a Z 2π
−qA ρ04 dρ0
= sin φ0 dφ0 (280)
4πε0 0 (z 2 + ρ02 )3/2 0
=0 (281)
e
Z 2π Z a
~ qA (z ẑ · ẑ − ρ0 ρ̂ 0 · ẑ)ρ03 dρ0 dφ0
Fqz = Fq · ẑ = (282)
4πε0 0 0 (z 2 + ρ02 )3/2
Z 2π Z a
qA zρ03 dρ0 dφ0
= 2 02 3/2
(283)
4πε0 0 0 (z + ρ )
qAz a
Z 2π
ρ03 dρ0
Z
= 2 02 3/2
dφ0 (284)
4πε0 0 (z + ρ )
a ! 0
qAz ρ02 + 2z 2
φ0 |2π

= p 0 (285)
4πε0

ρ02 + z 2 0
qAz a2 + 2z 2 2z 2
 
= √ −√ (286)
2ε0 a2 + z 2 0 + z2
qAz a + 2z 2
 2 
= √ − 2z . (287)
2ε0 a2 + z 2
A força resultante em q é obtida ao substituir (277), (281) e (287) em (273):
 2 2

qAz a + 2z
F~q = 0x̂ + 0ŷ + √ − 2z ẑ . (288)
2ε0 a2 + z 2

Solucionário 27 Alexandre Medeiros

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