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27/07/2020 LEGIS - Base de Dados da Legislação

Portal de Busca da Legislação Municipal de Jaboatão dos Guararapes

Lei Nº 00973
LEI Nº 973/2013

SUMÁRIO,

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS

TÍTULO II

DOS ATOS ADMINISTRATIVOS DE LICENCIAMENTO

CAPÍTULO I

DAS RESPONSABILIDADES DO PROPRIETÁRIO E DO POSSUIDOR

CAPÍTULO II

DA APRESENTAÇÃO E APROVAÇÃO DOS PROJETOS

SEÇÃO I

Da Apresentação

SEÇÃO II

Da Aprovação, Modificação e Revalidação dos Projetos

SEÇÃO III

Das Reformas

SEÇÃO IV

Das Demolições

SEÇÃO V

Da Isenção da Apresentação de Projeto

SEÇÃO VI

Do Cancelamento de Projetos

TÍTULO III

DAS CONSTRUÇÕES

CAPÍTULO I

DOS ALVARÁS DE CONSTRUÇÃO

SEÇÃO I

Da Isenção de Licenciamento

SEÇÃO II

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Do Cancelamento do Alvará de Construção

CAPÍTULO II

HABITE-SE E ACEITE-SE

TÍTULO IV

DAS OBRIGAÇÕES DURANTE A EXECUÇÃO DA OBRA

CAPÍTULO I

DAS CONDIÇÕES GERAIS

SEÇÃO I

Dos Tapumes, Andaimes e Stands de Vendas

SEÇÃO II

Da Conservação e Limpeza dos Logradouros

SEÇÃO III

Das Calçadas

SEÇÃO IV

Do Alinhamento e da Cota de Piso

SEÇÃO V

Das Obras Paralisadas

TÍTULO V

DAS CONDIÇÕES GERAIS RELATIVAS AOS LOTES E TERRENOS

CAPÍTULO I

DOS LOTES E TERRENOS DESTINADOS A EDIFICAÇÕES

SEÇÃO I

Dos Lotes e Terrenos Não Edificados

SEÇÃO II

Dos Lotes e Terrenos Edificados

TÍTULO VI

DAS EDIFICAÇÕES

CAPÍTULO I

DAS CONDIÇÕES GERAIS

SEÇÃO I

Dos Materiais de Construção

SEÇÃO II

Dos Componentes Básicos da Edificação

SEÇÃO III

Das Estruturas de Fundação e Superestruturas

SEÇÃO IV
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Dos Pisos, Paredes e Cobertura

CAPÍTULO II

DOS USOS DAS EDIFICAÇÕES

SEÇÃO I

Da Classificação

SUBSEÇÃO I

Das Condições Específicas das Edificações de Uso Habitacional

SUBSEÇÃO II

Das Condições Específicas das Edificações de Uso Não Habitacional e de Uso Misto

CAPÍTULO III

DOS REQUISITOS PARA ADEQUAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES PARA PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE
REDUZIDA

CAPÍTULO IV

DOS COMPARTIMENTOS DAS EDIFICAÇÕES

SEÇÃO I

Da Classificação

SEÇÃO II

Das Condições Internas

SUBSEÇÃO I

Da Iluminação e Ventilação

SUBSEÇÃO II

Da Iluminação e Ventilação Indireta e Especial

CAPÍTULO V

DAS PARTES COMUNS DAS EDIFICAÇÕES

SEÇÃO I

Das Circulações

SUBSEÇÃO I

Dos “Halls”

SUBSEÇÃO II

Das Escadas e Rampas

SEÇÃO II

Das Zeladorias

SEÇÃO III

Dos Jiraus

SEÇÃO IV

Das Piscinas

SEÇÃO V

Das Guaritas

CAPÍTULO VI

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DAS PARTES COMPLEMENTARES DAS EDIFICAÇÕES

SEÇÃO I

Dos Estacionamentos e Áreas de Carga e Descarga

SEÇÃO II

Das Obras de Arte

CAPÍTULO VII

DASINSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE APOIO ÀS EDIFICAÇÕES

SEÇÃO I

Das Instalações de Água e Esgoto

SEÇÃO II

Das Instalações para Retenção de Águas Pluviais no Lote

SEÇÃO III

Das instalações de Prevenção e Combate a Incêndio

SEÇÃO IV

Das Instalações Elétricas de Alta e Baixa Tensão

SEÇÃO V

Da Instalação, Conservação e Manutenção de Elevadores de Passageiros, Cargas, Monta-cargas e Escadas

Rolantes

SEÇÃO VI

Das Instalações de Para-raios

SEÇÃO VII

Das Instalações de Renovação de Ar e de Ar Condicionado

SEÇÃO VIII

Das Instalações de Lixo

SEÇÃO IX

Das Instalações de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

TÍTULO VII

DOS ATOS ADMINISTRATIVOS DE FISCALIZAZAÇÃO

CAPÍTULO I

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

SEÇÃO I

das multas

SEÇÃO II

Do Embargo

SEÇÃO III

Da Interdição

SEÇÃO IV

Da Apreensão
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CAPÍTULO II

DO LAUDO DE VISTORIA DE EDIFICAÇÃO

TÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

ANEXOS

ANEXO 1- Dimensionamento das instalações sanitárias mínimas obrigatórias

ANEXO 2 - Dimensões e áreas de compartimentos e vãos mínimos de iluminação e ventilação

ANEXO 3 - Iluminação e ventilação

ANEXO 3 A - Iluminação e ventilação através de áreas internas

ANEXO 3 B - Iluminação e ventilação através de passagem coberta

ANEXO 4 - Dimensões e condições de vagas, circulações e acessos de veículos

ANEXO 4A - Dimensões das Vagas por tipo de Estacionamento

ANEXO 4B - Condições de Circulação e Acessos de Veículos

ANEXO 5 - Reservatório d’água e depósito para guarda temporária de lixo

ANEXO 6 – Glossário

LEI N.º 973/2013

Ementa: Regula as condições das Edificações e Instalações, no Município do Jaboatão dos Guararapes, e dá outras providências.

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS

Art. 1º - As edificações e instalações, no Município do Jaboatão dos Guararapes, obedecerão às disposições desta Lei, em consonância com as
diretrizes estabelecidas no Plano Diretor e sua revisão, bem como, nas normas pertinentes da Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo -
LUOS.

Art. 2º - Esta Lei se aplicará aos projetos e construções iniciais, reformas, legalizações, demolições e instalações em todas as zonas definidas
no Plano Diretor e sua revisão, bem como na Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo - LUOS, salvo aquelas sujeitas à legislação
específica.

Art. 3º - Para efeito desta Lei, considera-se:

I - edificação - estrutura física e rígida para abrigar e acomodar pessoas, animais ou equipamentos;

II - instalação - sistema composto por materiais e equipamentos necessários para assegurar o funcionamento e a segurança das edificações.

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Art. 4º - Esta Lei tem como fundamento a função social da propriedade urbana, através da qual serão assegurados à população, níveis mínimos
de habitabilidade e qualidade das edificações e instalações, considerando os seguintes aspectos:

I - conforto térmico e acústico;

II - segurança;

III - durabilidade;

IV - acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida.

Art. 5º - Fazem parte integrante desta Lei, complementando seu texto, os Anexos de números

1 a 6.

TÍTULO II

DOS ATOS ADMINISTRATIVOS DE LICENCIAMENTO

CAPÍTULO I

DAS RESPONSABILIDADES DO PROPRIETÁRIO E DO POSSUIDOR

Art. 6°. Considera-se proprietário do imóvel a pessoa física ou jurídica, em cujo nome estiver averbado o título de propriedade, no Cartório de
Registro Geral de Imóveis.

§ 1º. É direito do proprietário promover e executar obras em seu terreno, mediante prévia autorização da Prefeitura.

§ 2º. Para garantir os procedimentos previstos no parágrafo anterior, é necessário apresentação do título de domínio do imóvel, respondendo o
proprietário civil e criminalmente pela sua autenticidade, não implicando a sua aceitação, por parte do Município, no reconhecimento do
direito de propriedade.

Art. 7°. O proprietário e/ou o possuidor, a qualquer título, é responsável pela manutenção das condições de estabilidade, higiene, segurança e
salubridade do imóvel ou obra, bem como pela contratação de profissional habilitado para exercer a qualidade de autor do projeto e/ou
responsável técnico da obra.

Art. 8°. Na exclusiva observância das prescrições edilícias do Município e legislação urbanística, a Prefeitura licenciará o projeto e fiscalizará
sua regular execução até a conclusão, assim como as intervenções em edificações concluídas, não se responsabilizando por qualquer sinistro ou
acidente decorrente de deficiência dos projetos, da obra, a qualidade do material empregado ou sua utilização.

Art. 9°. Toda obra e/ou edificação terá pelo menos um responsável técnico e obedecerá ao projeto elaborado por pelo menos um profissional
legalmente habilitado.

Parágrafo Único. São considerados profissionais legalmente habilitados para o exercício das atividades edilícias, aqueles devidamente
credenciados pelo órgão federal fiscalizador do exercício profissional afim e inscritos no órgão competente da Prefeitura.

CAPÍTULO II

DA APRESENTAÇÃO E APROVAÇÃO DOS PROJETOS

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SEÇÃO I

Da Apresentação

Art. 10. Nenhuma obra de construção ou reforma poderá ser executada, no Município do Jaboatão dos Guararapes, sem a apresentação do
projeto arquitetônico elaborado por profissional habilitado, salvo as exceções previstas nesta Lei.

Art. 11. Os projetos somente serão aprovados quando atendidos todos os requisitos estabelecidos no Plano Diretor, na Lei de Uso Ocupação e
Parcelamento do Solo, nesta Lei, e demais legislações pertinentes em vigor.

SEÇÃO II

Da Aprovação, Modificação e Revalidação dos Projetos

Art. 12. Será de inteira responsabilidade do autor do projeto, a exatidão na indicação de todos os elementos apresentados nas plantas
submetidas à aprovação.

Art. 13. Os projetos que estiverem em desacordo com as normas legais e regulamentares pertinentes contiverem erros ou estiverem
incompletos, não serão aceitos, devendo a Prefeitura comunicar aos interessados a norma legal ou regulamentar infringida, os erros ou
omissões constatados, dando-lhes prazo para fazer as correções necessárias.

Parágrafo único. Esgotado o prazo concedido sem que sejam feitas as devidas correções, a Prefeitura indeferirá os projetos.

Art. 14. Aprovado o projeto, deverá ser requerido o alvará de licença de construção, no prazo máximo de 12 (doze) meses, a partir da data de
sua aprovação.

Art. 15. Os projetos de empreendimentos de impacto, previstos na LUOS, obedecerão às condições estabelecidas no aludido diploma legal e
nas regulamentações específicas estabelecidas pelo Poder Executivo.

Art. 16. Será necessária a aprovação de projeto de alteração durante a obra quando, no decorrer da execução da obra, forem alterados quaisquer
dos elementos geométricos do projeto aprovado.

§ 1º. A aprovação de projeto de alteração durante a obra implicará em novo alvará de construção.

§ 2º. Projetos de alteração durante a obra serão aprovados em conformidade com a legislação que aprovou o projeto precedente.

Art. 17. A aprovação de um projeto poderá ser revalidada, tantas vezes quantas forem necessárias respeitadas as normas legais e
regulamentares vigentes, e observado o prazo de validade do projeto.

SEÇÃO III

Das Reformas

Art. 18. A reforma de edificação existente obedecerá:

I - às condições estabelecidas nesta Lei;

II - às condições de aproveitamento, ocupação do solo e os requisitos de estacionamento previstos na LUOS.


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Art. 19. Para os fins desta Lei, consideram-se 2 (dois) tipos de reforma:

I - reforma sem acréscimo;

II - reforma com acréscimo.

Parágrafo Único Será considerada reforma aquela construção que mantiver no mínimo 30% da edificação anterior existente.

Art. 20. Reforma sem acréscimo é aquela em que poderá haver alteração do perímetro, da área ou volumetria da edificação, sem implicar
acréscimo de área de construção.

Art. 21. Reforma com acréscimo é aquela em que poderá haver alteração do perímetro, da área ou volumetria da edificação, resultando em
acréscimo de área de construção.

Art. 22. As exigências para vagas de estacionamento deverão ser aplicadas para imóveis reformados, atendidas as seguintes condições:

I - Para os imóveis reformados, sem mudança de uso e sem acréscimo de área construída, poderá ser mantido o número de vagas para
estacionamento existente antes da reforma.

II - O cálculo das vagas de estacionamento exigidas para os casos de reforma, com acréscimo de área, sem mudança de uso, incidirá sobre a
área acrescida, adicionada ao número de vagas já existentes.

III - O cálculo das vagas de estacionamento exigidas para os casos de reforma, com acréscimo de área e com mudança de uso, incidirá sobre a
área total de construção.

Art. 23. Qualquer reforma só poderá ter início após a expedição do alvará de construção, observadas as condições estabelecidas nesta Lei.

Art. 24. Nas edificações localizadas em terrenos que estiverem sujeitos a cortes para retificação de alinhamentos, serão permitidas obras de
reforma ou acréscimo, atendidas as seguintes condições:

I - as partes acrescidas deverão observar o estabelecido nesta e nas demais legislações pertinentes em vigor;

II - as obras de acréscimo deverão se restringir às áreas não atingidas pelo projeto de retificação de alinhamento.

SEÇÃO IV

Das Demolições

Art. 25. A demolição total de edificações dependerá de prévio licenciamento para ser executada.

§ 1º - Exigir-se-á a responsabilidade de profissional habilitado, para proceder à demolição.

§ 2º- O requerimento de alvará de licença para demolição será assinado conjuntamente pelo responsável técnico pela realização do serviço e
pelo proprietário do imóvel conforme certidão atualizada do Cartório do Registro Geral de Imóveis.

Art. 26. Sempre que uma edificação ameaçar ruir ou, por outro modo qualquer, representar risco para a segurança coletiva, será seu
proprietário intimado a tomar as medidas necessárias visando reverter o risco ou demoli-la no prazo estabelecido pelo município.

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Parágrafo único. Se o proprietário não executar os serviços no prazo estabelecido, o Município poderá fazê-lo, diretamente ou através de
terceiros, cobrando do proprietário os custos dos serviços, acrescidos de 10% (dez por cento) a título de taxa de administração.

SEÇÃO V

Da Isenção da Apresentação de Projeto

Art. 27. Estão dispensados de apresentação de projeto, o licenciamento de:

I - construção de muro de alinhamento;

II - consertos, desde que não descaracterizem seus elementos geométricos;

III - elevação de pisos e cobertas em residências unifamiliares;

IV - construção de lajes de forros;

V - abertura de vãos;

VI - construção ou demolição de paredes, desde que não resulte em acréscimo de área ou mudança no quantitativo e destinação de cômodos;

VII - construção de abrigo para vigilância em terrenos não edificados, de até no máximo 6,00m² (seis metros quadrados) de área;

VIII - guaritas, em edificações com “HABITE-SE”.

IX – Stand de vendas.

§ 1º A dispensa de apresentação do projeto não desobrigará o interessado do licenciamento, do cumprimento das normas pertinentes
estabelecidas nesta Lei, e nem da responsabilidade penal e civil perante terceiros.

§ 2º A dispensa prevista neste artigo não se aplica aos Imóveis Especiais de Interesse Histórico Cultural (IEHC) e aos imóveis inseridos na
Zona Especial de Proteção do Patrimônio Histórico-Cultural – ZHC, cujas intervenções ficarão sujeitas à apreciação do órgão competente do
Município.

SEÇÃO VI

Do Cancelamento de Projetos

Art. 28. O projeto terá sua aprovação cancelada pelo Município, nas seguintes hipóteses:

I - automaticamente, quando expirado o prazo de validade;

II - a pedido do autor do projeto, em conjunto com o proprietário.

Art. 29. O projeto poderá ser cancelado, ainda, a juízo daComissão Especial de Análise Urbanística – CEAU, quando for constatado erro ou
falha na sua aprovação, por parte do Município.

TÍTULO III

DAS CONSTRUÇÕES

CAPÍTULO I

DOS ALVARÁS DE CONSTRUÇÃO

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Art. 30. As construções e reformas somente poderão ser iniciadas, depois de devidamente licenciadas pelo órgão técnico competente,
observadas as disposições desta Lei e das demais normas legais e regulamentares pertinentes.

Art. 31. Os alvarás de construção terão validade de:

I - 12 meses para edificações com área de até 500,00 m²

II - 24 meses para edificações com área superior a 500,00 m² e até 1.500 ,00 m²

III - 36 meses para edificações com área superior a 1.500,00m²

Art. 32. O alvará de construção poderá ser revalidado, tantas vezes quantas forem necessárias, respeitadas as normas legais e regulamentares
vigentes, e observado o prazo de validade da licença.

Parágrafo único. As revalidações do alvará de construção dispensarão a necessidade de revalidação do projeto.

SEÇÃO I

Da Isenção de Licenciamento

Art. 33. Estarão dispensados do Licenciamento:

I - pequenos reparos ou consertos em edificações existentes, desde que não modifiquem ou alterem os elementos geométricos da construção,
tais como:

a) serviços de pintura em geral;

b) reparos de assoalhos, forros, frisos, paredes e revestimentos;

c) substituição de revestimentos de muros e paredes;

d) reconstituição de danos causados por rachaduras, infiltrações, outros;

e) substituição do madeiramento de coberta;

f) substituição de telhas,

g) consertos ou substituição de esquadrias, desde que não infrinjam os dispositivos da Lei;

h) reparos e construções de passeios em geral;

i) consertos de instalações elétricas e hidrosanitárias.

II - instalação de canteiro de obras, nas construções, reformas ou demolições licenciadas;

III - reservatórios d’água inferior;

IV - execução de revestimentos, tais como:

a) pisos;

b) emboços e rebocos;

c) assentamento de azulejos, pastilhas, cerâmicas e similares;

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d) forros.

V - muros divisórios, até 2,00m (dois metros) de altura, desde que não sejam de arrimo;

VI - elevação ou acréscimo de muros de alinhamento já existente, até a altura total de 2,00m (dois metros), desde que obedeçam o alinhamento
para o local;

VII - colocação de portões em muros de alinhamento já existentes, vedada a sua abertura sobre o passeio público.

Parágrafo único: A dispensa prevista neste artigo não se aplica aos Imóveis Especiais de Interesse Histórico Cultural (IEHC) e aos imóveis
inseridos na Zona Especial de Proteção do Patrimônio Histórico-Cultural – ZHC, cujas intervenções ficarão sujeitas à apreciação do órgão
competente do Município.

SEÇÃO II

Do Cancelamento do Alvará de Construção

Art. 34. O alvará de construção será cancelado pelo Município:

I - quando se apurar a realização de obras em desacordo com o projeto licenciado e que estas modificações não atendam a legislação vigente;

II - quando constatada irregularidade no deferimento do pedido;

III - a pedido do proprietário, se a obra não tiver sido iniciada.

Parágrafo único. O Município não terá qualquer responsabilidade pelo cancelamento do alvará de construção, na forma prevista neste artigo.

CAPÍTULO II

HABITE-SE E ACEITE-SE

Art. 35. Toda edificação, qualquer que seja sua destinação, quando concluída, somente poderá ser ocupada ou utilizada, após a concessão, pelo
órgão competente da Prefeitura, do respectivo “habite-se” ou “aceite-se”.

§ 1º O “habite-se” será concedido para edificações novas.

§ 2º O “aceite-se” será concedido para reformas ou modificações de edificações existentes.

§ 3º Quando forem executadas reformas ou modificações em edificações existentes, e delas resultar uma nova subunidade autônoma, será
concedido “habite-se” para a subunidade, e “aceite-se” para a edificação antiga e suas modificações.

Art. 36. Consideram-se obras ou serviços concluídos:

I – instalaçõeshidrossanitárias, elétricas e outras, devidamente executadas e testadas pelos órgãos técnicos competentes, declarando que se
encontram em perfeitas condições de funcionamento;

II - edificações em condições de ocupação e devidamente numeradas, inclusive subunidades, se houver, tudo de acordo com o projeto aprovado
e com a numeração oficial nele indicada;

III - passeios públicos executados ao longo do meio-fio, na área de influência do lote ou terreno, conforme as exigências técnicas da Prefeitura.

Art. 37. Quando a construção se referir a dois ou mais blocos, dentro do mesmo lote ou terreno, e as obras tenham sido liberadas por um único
alvará, poderá ser concedido “habite-se” parcial para cada bloco, desde que se constituam em unidades autônomas, de funcionamento
independente, e preencham as condições de utilização, separadamente por bloco.

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TÍTULO IV

DAS OBRIGAÇÕES DURANTE A EXECUÇÃO DA OBRA

CAPÍTULO I

DAS CONDIÇÕES GERAIS

Art. 38. O nível de ruído proveniente de máquinas e aparelhos utilizados na realização de obras de construção civil deverá obedecer às
condições e aos limites máximos estabelecidos em legislação específica.

Art. 39. Fica proibido depositar resíduos da construção civil em qualquer volume e quantidade em vias, passeios, canteiros, jardins, áreas e
logradouros públicos e corpos d’água.

Art. 40. Fica proibida a deposição de resíduos da construção civil também em qualquer volume e quantidade para coleta domiciliar regular.

Art. 41. A execução dos serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos oriundos da construção civil será
regulamentado e observará legislação própria.

SEÇÃO I

Dos Tapumes, Andaimes e Stands de Vendas

Art. 42. Nenhuma obra, demolição ou instalação poderá ser feita sem que seja colocado, em frente à(s) testada(s) do lote ou terreno, um
tapume provisório.

Parágrafo Único - Excetua-se da exigência do presente artigo a construção ou demolição de edificações isoladas, com até dois (2) pavimentos,
recuadas do(s) alinhamento(s) do(s) logradouro(s).

Art. 43. Os tapumes só poderão ser colocados após a aprovação do projeto, expedição do alvará de demolição ou construção, ou depois de
cumpridas as exigências dos órgãos municipais competentes e deverão ser mantidos durante todo o período de execução das obras e serviços.

Art. 44. Quando as obras e demolições forem executadas no (s) alinhamento (s) do (s) logradouros (s), os tapumes poderão ocupar uma faixa
correspondente a no máximo, 1/3 (um terço) da largura do passeio, desde que fiquem afastados, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte) do meio-
fio.

Art. 45. Quando as obras, demolições ou instalações forem recuadas, os tapumes poderão ser executados no (s) alinhamento(s) do(s)
logradouro(s), com altura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou substituídos por uma mureta de alvenaria, com altura
mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros).

Art. 46. Para construções de edifícios que só atinjam o(s) alinhamento do(s) logradouro(s) no pavimento semi-enterrado, poderão ser
observadas as condições para colocação de tapumes estabelecidos no artigo 44.

Art. 47. Os tapumes não poderão causar prejuízo à arborização, aos postes e equipamentos de iluminação pública e a outros elementos
existentes nos logradouros que tenham sido autorizados pela Prefeitura.

Art. 48. Serão dispensados tapumes, nos seguintes casos:

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I - na construção, elevação ou demolição de muros ou gradis de terrenos baldios, até 2,00m (dois metros) de altura, bem como na pintura e
consertos na fachada;

II - em obras, demolições ou instalações afastadas do(s) alinhamentos(s) em logradouro(s) destituídos de meio-fio.

Art. 49. Sempre que se fizer necessário e a critério do órgão técnico competente, será exigido tapume de proteção às edificações nos lotes ou
terrenos vizinhos às construções.

Art. 50. Os andaimes deverão ficar dentro do tapume, e oferecer condições de resistência e estabilidade tais, que garantam os operários e
transeuntes contra acidentes.

Art. 51. Sem prejuízo do cumprimento das disposições desta Lei, o dimensionamento e a colocação de tapumes e andaimes deverá obedecer ao
disposto na Legislação de Segurança e Medicina do Trabalho.

Art. 52. O Stand de Vendas, construção de caráter provisório, deverá respeitar o alinhamento estabelecido para o terreno, inclusive quanto á
terceira face, e escoar as águas pluviais para o interior do lote.

SEÇÃO II

Da Conservação e Limpeza dos Logradouros

Art. 53. Durante a execução das obras, o profissional responsável ou proprietário deverá manter os logradouros, no trecho fronteiro à obra, em
condições satisfatórias de limpeza e conservação, livres de entulhos ou restos de materiais.

Art. 54. Nenhum material poderá permanecer nos logradouros públicos, salvo o tempo necessário à sua descarga ou remoção.

Art. 55. O responsável ou proprietário da obra deverá, até a ocasião do Habite-se ou Aceite-se providenciar a remoção dos tapumes, andaimes
e outros aparelhosde construção, fazendo os reparos e limpeza do logradouro público inclusive a desobstrução do sistema de drenagem das
águas pluviais, quando for o caso.

SEÇÃO III

Das Calçadas

Art. 56. É obrigatória a construção de calçada em toda(s) a (s) testada(s) do(s) terreno(s) localizado(s) em logradouro(s) provido(s) de meio-fio.

Art. 57. As rampas destinadas à entrada de veículos não poderão ocupar mais de 1/3 (um terço) da largura da calçada, a partir do meio-fio
rebaixado, com o máximo de um metro, no sentido da sua largura.

§ 1º A construção de rampas nas calçadas só será permitida quando delas não resultar prejuízo para a arborização pública.

§ 2º Se, para construção de uma rampa, for indispensável a transplantação de uma árvore, poderá ela ser feita, a juízo do órgão municipal
competente, para local à pequena distância, as expensas do interessado.

Art. 58. As calçadas deverão satisfazer aos seguintes requisitos:

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I - longitudinalmente, respeitar o “grade” do logradouro projetado pela Prefeitura;

II - transversalmente, terão uma inclinação, do alinhamento para o meio-fio, de 2% (dois por cento).

Art. 59. A pavimentação das calçadas deverá ser executada em materiais antiderrapantes.

§ 1º O órgão municipal competente poderá fixar, para cada logradouro ou trecho de logradouro o tipo de pavimentação da calçada.

§ 2º Na pavimentação do passeio, não será permitido obstáculo de caráter permanente, que impeça o livre trânsito dos pedestres.

Art. 60. A implantação e a conservação da calçada, bem como a arborização ao longo da(s) testada(s) de cada imóvel é de responsabilidade do
proprietário ou ocupante do mesmo.

Art. 61. Se as obrigações previstas no artigo anterior não forem cumpridas, a administração municipal poderá fazê-los, cobrando do
proprietário ou ocupante do imóvel, os custos dos respectivos serviços, acrescidos de 10% (dez por cento), a título de administração.

SEÇÃO IV

Do Alinhamento e da Cota de Piso

Art. 62. As construções deverão obedecer ao alinhamento(s) e a cota de piso determinados pelo órgão municipal competente de acordo com os
projetos aprovados para a(s) Via(s) Pública(s) ou as condições específicas de cada logradouro cadastrado pela Prefeitura.

Parágrafo único. Os alinhamentos e as cotas de piso serão fornecidos pelo órgão municipal competente por ocasião da aprovação do Projeto

Art. 63. Não serão passíveis de indenização, as áreas perdidas com a concordância do alinhamento, nos cruzamentos dos logradouros públicos.

Art. 64. As cotas de piso dos pavimentos térreos serão, no mínimo de 0,50m (cinquenta centímetros) acima do meio-fio existente no local,
desde que respeitadas as cota de aterro estabelecidas no Plano Diretor de Drenagem Urbana do Município do Jaboatão dos Guararapes.

Parágrafo Único. Nos logradouros não dotados de meio-fio, bem como para os terrenos com declividade acentuada, as cotas de piso serão
definidas pelo órgão técnico competente, quando da aprovação do projeto.

SEÇÃO V

Das Obras Paralisadas

Art. 65. A paralisação de obras deverá ser comunicada, previamente, ao órgão municipal competente, para efeito de suspensão do prazo de
licença e adoção das demais medidas administrativas cabíveis.

Art. 66. Se a paralisação ocorrer por prazo superior a 180 (cento e oitenta) dias, a construção deverá ter:

I - todos os vãos fechados, de acordo com as determinações do órgão municipal competente;

II - todos os andaimes removidos

III - todos os tapumes removidos, quando instalados sobre o passeio, em logradouro público.

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IV - demolidos os stands de vendas

Art. 67. Quando, a juízo do órgão técnico competente, o estado da construção oferecer prejuízo à estética da cidade e à segurança da
população, o seu responsável será intimado a tomar as medidas necessárias visando reverter o risco ou demoli-la, no prazo de 60 (sessenta)
dias, independentemente do estado ou grau de adiantamento em que se encontra a obra.

Parágrafo Único. Se findo este prazo, o responsável pela obra não cumprir a intimação, o Município a tomará as medidas necessárias visando
reverter o risco ou promoverá a demolição e cobrará do proprietário os custos dos serviços, acrescidos de 10% (dez por cento), a título de taxa
de administração.

Art. 68. O proprietário da obra paralisada será diretamente responsável pelos danos ou prejuízos causados ao Município e a terceiros, em
decorrência dessa paralisação.

TÍTULO V

DAS CONDIÇÕES GERAIS RELATIVAS AOS LOTES E TERRENOS

CAPÍTULO I

DOS LOTES E TERRENOS DESTINADOS A EDIFICAÇÕES

Art. 69. As edificações serão construídas em lotes ou terrenos que façam frente, para Via(s) Pública(s) aprovada(s) ou cadastradas, pela
Prefeitura.

Art. 70. Os lotes e terrenos devem ser regularmente definidos por escritura pública registrada no Cartório do Registro Geral de Imóveis - RGI,
na qual constem todas as suas dimensões, ângulos internos e áreas, inclusive as servidões, quando for o caso.

Art. 71. Quando as edificações ocuparem mais de um lote ou terreno será obrigatório o remembramento dos mesmos, na forma da legislação
pertinente.

Art. 72. Os terrenos devem obedecer, ainda, às condições estabelecidas na Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo - LUOS e nas demais
normas legais e regulamentares pertinentes.

SEÇÃO I

Dos Lotes e Terrenos Não Edificados

Art. 73. Os lotes ou terrenos não edificados serão, obrigatoriamente, mantidos limpos, drenados e capinados.

Art. 74. Os lotes ou terrenos não edificados serão, obrigatoriamente, fechados no(s) alinhamento(s) por muro(s) de alvenaria, gradis ou
material adequado que os substituam, obedecendo à altura máxima de 3,50 (três metros e cinquenta centímetros) a partir do nível do meio-fio
existente no local.

Art. 75. As construções de muros ou gradis, com altura superior a 2,00m (dois metros), e as de muro de arrimo, serão, obrigatoriamente, feitas
com assistência e responsabilidade técnica, de profissional devidamente habilitado.

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Art. 76. Os proprietários ou responsáveis pela conservação ou fechamento de lotes ou terrenos são obrigados a executar os melhoramentos
exigidos pelos órgãos municipal competentes, e nos prazos determinados, sob pena de incidirem nas sanções previstas nesta Lei.

Parágrafo único. No caso do não cumprimento do disposto neste artigo, o Município poderá executar os serviços, promovendo posteriormente
a cobrança, independentemente de notificação judicial, do custo dos aludidos serviços, acrescido de 10% (dez por cento), a título de taxa de
administração.

SEÇÃO II

Dos Lotes e Terrenos Edificados

Art. 77. Os lotes ou terrenos edificados, quando fechados no(s) alinhamento(s) por muro(s) de alvenaria ou gradis, ou material adequado que os
substituam, obedecerão à altura máxima de 3,50 (três metros e cinquenta centímetros) a partir do nível do meio-fio.

Art. 78. Os muros divisórios, quando houver, deverão ter uma altura máxima de 3,50m (três metros e cinquenta centímetros), medidos a partir
do nível do meio-fio, e serão feitos em alvenaria ou outro material, a critério do órgão municipal competente.

Parágrafo único. Os muros divisórios deverão ser revestidos em ambas as faces.

TÍTULO VI

DAS EDIFICAÇÕES

CAPÍTULO I

DAS CONDIÇÕES GERAIS

SEÇÃO I

Dos Materiais de Construção

Art. 79. Os materiais e os elementos construtivos estruturais, decorativos, ou de qualquer espécie, deverão resistir satisfatoriamente às ações
dos esforços mecânicos que os solicitem, permanente ou eventualmente.

Art. 80. Reserva-se o Município o direito de impedir o emprego de qualquer material que julgar impróprio, e, bem assim, o de exigir que sejam
feitas experiências em laboratório oficial, às custas do construtor ou proprietário, para garantir a segurança das edificações.

Parágrafo único. A exigência prevista neste artigo não se aplica aos materiais que, comprovadamente, já tenham sido testados pelos fabricantes
em laboratórios oficiais e por estes aprovados.

SEÇÃO II

Dos Componentes Básicos da Edificação

Art. 81. São componentes básicos de uma edificação, a estrutura, as paredes e a cobertura.

Parágrafo único. Os componentes básicos de uma edificação deverão apresentar resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e
condicionamento acústicos, estabilidade e impermeabilidade adequadas à função e porte do edifício, de acordo com as normas técnicas, e
especificados e dimensionados por profissional habilitado.

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SEÇÃO III

Das Estruturas de Fundação e Superestruturas

Art. 82. As estruturas de fundação e as superestruturas deverão ficar situadas inteiramente dentro dos limites do lote ou terreno e, na sua
execução, garantir a segurança das pessoas e das edificações vizinhas, bem como evitar, obrigatoriamente, quaisquer danos aos logradouros e
instalações de serviços públicos.

Art. 83. Nos projetos e na execução das estruturas de fundação, deverão ser consideradas as condições geomorfológicas das diversas áreas do
Município do Jaboatão dos Guararapes.

SEÇÃO IV

Dos Pisos, Paredes e Cobertura

Art. 84. Serão, obrigatoriamente, executados em materiais duráveis e apropriados, as lajes de piso, as paredes externas e as estruturas das
edificações.

Art. 85. Os pisos e paredes que estiverem em contato direto com o solo deverão ser impermeabilizados.

Art. 86. Os pavimentos acima do solo, que não forem vedados por paredes no seu perímetro, deverão dispor de guarda-corpo de proteção
contra queda com altura mínima de 1,10 (um metro e dez centímetros), resistente a impactos e pressões.

Art. 87. Os pisos e as paredes serão tratados segundo a destinação dos compartimentos e as prescrições desta Lei.

§ 1º Poderá ser dispensado o revestimento, desde que os elementos de vedação recebam tratamento adequado, de acordo com as normas
técnicas pertinentes.

§ 2º As paredes edificadas no limite do terreno vizinho deverão ser devidamente acabadas, tratadas e pintadas em ambos os lados.

§ 3º As paredes, dos pavimentos semienterrado, até o nível do terreno circundante, deverão ser interna e externamente dotadas de
impermeabilização.

Art. 88. Quando se tratar de edificações agrupadas horizontalmente, a estrutura de sustentação da coberta de cada unidade será independente.

Art. 89. Nas cobertas das edificações, deverão ser empregados materiais impermeáveis, imputrescíveis, de reduzida condutibilidade térmica,
incombustíveis e resistentes a ação dos agentes atmosféricos, excetuada sua estrutura de suporte, que poderá ser executada em madeira.

Art. 90. As cobertas deverão ser construídas de modo a assegurar o perfeito escoamento das águas pluviais, através de beirais ou calhas, e
ainda dotadas de rufos e condutores, respeitando sempre o direito de vizinhança e sem atingir diretamente o logradouro.

§ 1º Nas edificações, quando coladas nas divisas, as cobertas não poderão ter beirais.

§ 2º As calhas, rufos e condutores deverão ser dimensionados de acordo com as normas técnicas em vigor.

§ 3º A inclinação da estrutura de coberta deverá obedecer às normas técnicas em vigor, observando as especificações dos materiais empregados
na sua cobertura.

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Art. 91. As cobertas das edificações construídas recuadas do alinhamento do logradouro, poderão avançar sobre os afastamentos
regulamentares até 50% (cinquenta por cento) destes afastamentos, não excedendo, em projeção horizontal, o limite de 1,50m (um metro e
cinquenta centímetros).

Parágrafo único. O avanço de que trata o “caput” deste artigo deverá obedecer à altura mínima de 2.25m (dois metros e vinte e cinco
centímetros), em relação ao nível do terreno.

Art. 92. As paredes de fachada em edificações que possam ser construídas no alinhamento do logradouro poderão ter marquises quando:

I - a projeção da marquise sobre o passeio avance, no máximo, até 2/3 (dois terços) da sua largura e, em qualquer caso, não exceda 3.00m (três
metros);

II - tiverem altura mínima de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros) acima do nível do meio fio existente no local;

III - não ocultem ou prejudiquem árvores, semáforos, postes, luminárias, fiação aérea, placas ou outros elementos de informação, sinalização e
instalação pública;

IV - sejam executadas em material durável e incombustível e dotadas de calhas e condutores para águas pluviais, estes embutidos nas paredes e
passando sob o passeio até alcançar a sarjeta;

V - sejam em balanço e não contenham grades, peitoris ou guarda-corpos;

VI - sejam construídas de forma que mantenham a continuidade entre as marquises contíguas.

Art. 93. As marquises, nas edificações construídas recuadas do alinhamento do logradouro, poderão avançar até 50% (cinqüenta por cento) dos
afastamentos regulamentares e, no máximo, até 3,00m (três metros), podendo aquelas localizadas no afastamento frontal estenderem-se até as
divisas laterais.

Parágrafo único. O avanço de que trata o “caput” deste artigo deverá obedecer à altura mínima de 2.25m (dois metros e vinte e cinco
centímetros), em relação ao nível do terreno.

CAPÍTULO II

DOS USOS DAS EDIFICAÇÕES

SEÇÃO I

Da Classificação

Art. 94. Para efeito desta Lei é adotada a classificação das edificações, em função das categorias de usos definidos na Lei de Uso, Ocupação e
Parcelamento do Solo - LUOS:

I - habitacional;

II - não-habitacional;

III - misto.

§ 1º HABITACIONAL - é o uso destinado à moradia.

§ 2º NÃO HABITACIONAL - é o uso destinado ao exercício de atividades urbanas.

§ 3º MISTO - é aquele constituído de uso habitacional mais uso não habitacional, qualquer que seja a atividade urbana, dentro de um mesmo
lote.

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SUBSEÇÃO I

Das Condições Específicas das Edificações de Uso Habitacional

Art. 95. As edificações destinadas ao uso habitacional possuirão necessariamente, ambientes para estar, repouso, alimentação e higiene.

§ 1º Consideram-se ambientes de higiene: os sanitários, os banheiros e o terraço de serviço com tanque de lavagem.

§ 2º As edificações referidas neste artigo terão, pelo menos, um sanitário/banheiro em comunicação direta com o interior da habitação, vedada
sua abertura para o ambiente de preparo de alimentos.

Art. 96. Os ambientes referidos no artigo anterior poderão ser reunidos num único compartimento, excetuado o destinado à higiene, respeitadas
as seguintes condições:

I – ter área mínima de 18,00m² (dezoito metros quadrados);

II – apresentar forma que permita traçar, em seu piso, um círculo com diâmetro mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);

III – oferecer ambiente de preparo de alimentos, com pontos de água e esgoto.

Art. 97. As edificações de uso habitacional classificam-se em:

I - edificação habitacional unifamiliar;

II - edificação habitacional multifamiliar;

III - conjunto de edificações habitacionais.

§ 1º Edificação habitacional unifamiliar - é aquela destinada a abrigar uma única família.

§ 2º Edificação habitacional multifamiliar - é aquela destinada a abrigar mais de uma família.

§ 3º Conjunto de edificações habitacionais - é o agrupamento de habitações unifamiliares ou multifamiliares.

Art. 98. Para as edificações habitacionais a maior dimensão do bloco, em plano horizontal, não poderá exceder a 40,00m (quarenta metros).

Art. 99. O uso habitacional unifamiliar, com até duas unidades acopladas por justaposição ou por superposição de até 02 (dois) pavimentos
para efeitos dessa lei será tratado como habitação unifamiliar isolada.

SUBSEÇÃO II

Das Condições Específicas das Edificações de Uso Não Habitacional e de Uso Misto

Art. 100. As edificações de uso não habitacional que abriguem mais de uma atividade urbana e as edificações de uso misto quando construídas
dentro de um mesmo lote ou terreno, deverão obedecer, isoladamente, aos dispositivos da presente Lei e as demais legislações pertinentes.

Art. 101. As edificações de uso não habitacional e misto, além de obedecerem ao artigo anterior, deverão atender a todos os requisitos
específicos previstos na Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo - LUOS quanto ao seu caráter de incomodidade, quando houver.

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Parágrafo único. As edificações que apresentem qualquer fonte geradora de poluição, dentro do limite do terreno, mesmo sem se destinarem a
usos e atividades potencialmente geradoras do incômodo à vizinhança previstas na Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo - LUOS,
deverão atender aos requisitos técnicos de instalações estabelecidos na referida lei.

Art. 102. O nível de ruído provocado por máquinas e aparelhos nas atividades desenvolvidas por pessoas físicas e jurídicas, públicas ou
privadas, inclusive serviços e obras de construção civil, mesmo que licenciados, deverão atender aos limites máximos e horários estabelecidos
em lei ou regulamento.

Parágrafo único. Ressalvam-se as obras e serviços urgentes e inadiáveis decorrentes de caso fortuito ou força maior, acidentes ou perigos
iminentes à segurança e ao bem estar da população, inclusive o restabelecimento de serviços essenciais, tais como energia, água, esgotos e
sistema viário.

Art. 103. Nas edificações de uso misto, deverão ser independentes os acessos a cada uso, através de escadas, rampas e elevadores,
estacionamentos e os pavimentos destinados à habitação.

Art. 104. As edificações destinadas ao uso não habitacional e misto deverão dispor de instalações sanitárias destinadas, isoladamente, ao
público e funcionários.

§ 1º As instalações sanitárias destinadas ao público serão dimensionadas conforme Anexo 1 desta Lei.

§ 2º As instalações sanitárias destinadas aos funcionários atenderão às normas da Legislação de Medicina e Segurança do Trabalho.

§ 3º Excetuam-se do cálculo de áreas para dimensionamento das instalações mínimas obrigatórias os pavimentos destinados a estacionamento
de veículos.

§ 4º Para efeito dessa lei será considerado conjunto de peças sanitárias aquele composto de um lavatório e uma bacia, por sexo.

§ 5º Poderão ser ofertados mictórios de forma opcional, adicional ao previsto na tabela constante do Anexo 1.

§ 6º Os sanitários localizados em áreas que tiverem comunicação direta com compartimentos ou espaços de uso comum ou coletivo, serão
providos de anteparo que impeça o devassamento do seu interior ou antecâmara, com dimensão mínima de 0,80m (oitenta centímetros).

Art. 105. Para as edificações de uso não habitacional e misto a maior dimensão do bloco, em plano horizontal, não poderá exceder a 80,00m
(oitenta metros).

Parágrafo Único. Encontram-se excluídas do caput deste artigo as edificações do tipo galpão onde a maior dimensão do bloco, em plano
horizontal, não poderá exceder a 350,00m.

Art. 106. As edificações não habitacionais destinadas a locais de reuniões, tais como estádios, auditórios, ginásios esportivos, centros de
convenções e salões de exposição, cinemas, teatros e templos, deverão atender de forma diferenciada aos seguintes requisitos:

I - circulação de acesso;

II - condições de perfeita visibilidade;

III - espaçamento entre filas de assentos;

IV - locais de espera;

V - lotação;

VI - instalações sanitárias.

Art. 107. As circulações, além das condições gerais estabelecidas nesta Lei, obedecerão aos seguintes requisitos:

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I - as folhas de portas de saída dos locais de reunião, assim como as bilheterias, se houver, não poderão abrir diretamente sobre os passeios dos
logradouros;

II - quando houver venda de ingressos, as bilheterias terão seus guichês afastados, no mínimo, 3,00m (três metrôs) do alinhamento dos
logradouros.

Art. 108. Será assegurada, de cada assento ou lugar, perfeita visibilidade do espetáculo, o que deverá ser demonstrado através de apresentação
de curva de visibilidade.

Art. 109. Será exigido, entre as filas, o espaçamento mínimo de 0,50m (cinquenta centímetros), entre cada assento e o encosto do assento
fronteiro, e ainda:

I - espaçamento mínimo entre as séries: 1,20m (um metro e vinte centímetros);

II - número máximo de assentos por fila: 15 (quinze).

Parágrafo único. Não serão permitidas séries de assentos que terminem junto às paredes.

Art. 110. Será obrigatória a existência de locais de espera, para o público, independente das circulações.

Art. 111. Será tomada como base para o cálculo do número de espectadores, a lotação completa do recinto.

Art. 112. Haverá, sempre, mais de uma porta de saída, não podendo ter largura inferior a 2,00m (dois metros).

Parágrafo Único - A soma das larguras de todas as portas de saída equivalerá a uma largura total correspondente a 1,00m (um metro), para cada
100 (cem) espectadores.

Art. 113. Os Ginásios de Esportes, Estações Rodoviárias e Ferroviárias, Teatros, Cinemas, Casas de Espetáculos, Clubes Esportivos ou
Recreativos terão o quantitativo de instalações sanitárias dimensionado de forma diferenciada conforme Anexo 1.

Parágrafo Único. Os locais destinados a teatros, além de atenderem ao disposto nesta lei, deverão ser dotados de camarins, providos de
instalações sanitárias privativas.

Art. 114. As edificações destinadas a usos específicos, como turismo, educação e saúde, deverão obedecer, ainda, às normas dos órgãos
competentes do Estado e da União.

Art. 115. A instalação de Posto de Abastecimento de combustíveis deverá atender às seguintes condições:

I – Os tanques subterrâneos destinados ao armazenamento de combustíveis deverão estar instalados no interior do lote, de acordo com as
normas da ABNT;

II - Possuir canaleta com a largura e profundidade mínimas de 0,10m (dez centímetros), coberta por grelha, em toda a extensão nos limites do
terreno com o logradouro público, respeitando as áreas destinadas a solo natural e ligada à rede de águas pluviais;

Art. 116. A instalação de Postos de Abastecimento de Veículos, além de atenderem às disposições desta Lei, observarão as normas previstas na
Legislação de Medicina e Segurança do Trabalho, ANP – Agência Nacional do Petróleo, ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas,
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CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente e dos órgãos ambientais estadual e municipal competentes.

CAPÍTULO III

DOS REQUISITOS PARA ADEQUAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES PARA PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE
REDUZIDA

Art. 117. As edificações quanto a adequação às pessoas portadoras de deficiências ou mobilidade reduzida, deverão respeitar o estabelecido na
NBR 9050 ou a que venha lhe suceder, especialmente no que se refere a acessos e circulação interna e externa, instalações sanitárias adaptadas
e vagas para veículos reservadas.

Art. 118. As edificações, quanto a adequação às pessoas portadoras de deficiências ou mobilidade reduzida, classificam-se em visitáveis e
acessíveis.

§ 1º São consideradas visitáveis, todas as edificações onde se fizerem necessários os acessos a espaços comuns, por pessoas portadoras de
deficiências ou mobilidade reduzida.

§ 2º São consideradas acessíveis todas as edificações onde se fizer necessária a adequação, através de medidas que possibilitem a utilização,
por parte dos portadores de deficiências ou mobilidade reduzida de todos os espaços e compartimentos, sem prejuízo do cumprimento das
condições de acesso a espaços comuns.

Art. 119. As edificações de uso habitacional são consideradas visitáveis, e conterão acessos sem barreiras aos espaços comuns, observados os
seguintes requisitos:

I - havendo desníveis a vencer, desde a entrada do edifício até as portas dos elevadores e demais áreas comuns, será obrigatória a instalação de
rampa com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) e declividade máxima de 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento),
precedida e finalizada com plataformas em nível, sem irregularidades, e dimensão mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros);

II - dispor de instalações sanitárias, adaptadas a portadores de deficiência, em um percentual de 2% (dois por cento) do total das unidades
ofertadas, respeitando o mínimo de 01 (um) conjunto de peças sanitárias acessível;

III - ofertar vagas de estacionamento reservadas para veículos utilizados por portadores de deficiência ou mobilidade reduzida, com dimensão
mínima de 2,50m x 5,00m e espaço adicional de circulação de 1,20m de largura.

Art. 120. As edificações de uso misto ou não habitacional serão consideradas acessíveis, devendo possibilitar aos portadores de deficiência ou
mobilidade reduzida a utilização de todos os espaços e compartimentos, observados os seguintes requisitos:

I - dispor de instalações sanitárias adaptadas a portadores de deficiência, em um percentual de 2% (dois por cento) do total das unidades
ofertadas, respeitando o mínimo de 01 (um) conjunto de peças sanitárias acessível.

II - ofertar vagas de estacionamento reservadas para veículos utilizados por portadores de deficiência ou mobilidade reduzida, com dimensão
mínima de 2,50m x 5,00m e espaço adicional de circulação de 1,20m de largura.

Art. 121. Nas edificações classificadas como acessíveis, quando se fizer necessária a instalação de elevador que atenda a portadores de
deficiência ou mobilidade reduzida, o mesmo deverá servir a todos os pisos da edificação.

Art. 122. Nos estacionamentos internos das edificações classificadas como visitáveis deverão ser adicionadas vagas para veículos utilizados
por portadores de deficiência ou mobilidade reduzida, de acordo com a seguinte proporção:

I - Até 10 (dez) vagas – dispensado de adicionar.

II - de 11 (onze) a 100 (cem) vagas - adicionar 01 vaga;

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III - acima de 100 (cem) vagas – adicionar 1% (um por cento) do total de vagas ofertadas.

Art. 123. Nos estacionamentos internos das edificações classificadas como acessíveis, deverão ser adicionadas vagas para veículos utilizados
por portadores de deficiência ou mobilidade reduzida, de acordo com a seguinte proporção:

I - Até 100 (cem) vagas –adicionar 01 vaga;

II - acima de 100 (cem) vagas – adicionar 1% (um por cento) do total de vagas ofertadas.

Art. 124. Nos cinemas, auditórios, teatros, casas de espetáculos, estádios e ginásios esportivos, deverão ser exigidos espaços apropriados para
cadeiras de rodas, ao longo dos corredores, na proporção de 2% (dois por cento) da lotação, até 500 (quinhentos) lugares, com o mínimo de 01
(um) lugar, daí será acrescido de acordo com a NBR 9050 ou a que venha lhe suceder.

Parágrafo único. Os espaços mencionados no “caput” deste artigo deverão, necessariamente, ser planos, a fim de permitir o conforto do
espectador na sua cadeira de rodas.

Art. 125. Nas edificações destinadas às atividades de hospedagem, serão exigidos cômodos adaptados às pessoas portadoras de deficiência,
ficando estabelecida a obrigatoriedade de 1 (uma) unidade, adaptada para cada grupo de 20 (vinte) do total construído, observadas as
determinações da NBR 9050 ou a que venha lhe suceder.

CAPÍTULO IV

DOS COMPARTIMENTOS DAS EDIFICAÇÕES

SEÇÃO I

Da Classificação

Art. 126. Os compartimentos das edificações, conforme sua destinação, classificam-se em:

I - de permanência prolongada;

II - de permanência transitória;

III - de utilização eventual;

IV – especiais.

Art. 127. Consideram-se compartimentos de permanência prolongada, aqueles de uso definido que exigem permanência por tempo prolongado
e indeterminado, entre outros com destinações similares, os seguintes:

I - quartos e salas em geral;

II - cozinhas e copas;

Art. 128. Consideram-se compartimentos de permanência transitória, aqueles de uso definido, que exigem permanência por curtos espaços de
tempo, entre outros com destinações similares, os seguintes:

I - escadas e rampas;

II - halls e circulações;

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III -instalações sanitárias e vestiárias;

IV - depósitos;

V - lavanderias e áreas de serviço;

VIII - garagens.

Art. 129. Os compartimentos de utilização eventual são aqueles que, pela sua finalidade específica, dispensam aberturas de vão para o exterior,
tais como:

I - adegas;

II – armários, despensas ou depósitos de até 3,00m² (três metros quadrados);

III - caixas fortes;

IV – Câmara frigorífica;

V– casas de máquinas;

Art. 130. Consideram-se compartimentos especiais, aqueles que apresentam características e condições adequadas à sua destinação especial,
tais como:

I - auditórios e anfiteatros;

II - cinemas, teatros e salas de espetáculos;

III - museus e galerias de arte;

IV - estúdios de gravação, rádio e televisão;

V - laboratórios fotográficos, cinematográficos e de som;

VI - centros cirúrgicos e salas de raios-x;

VII - salas de computadores, transformadores e telecomunicações;

VIII - locais para duchas e saunas.

SEÇÃO II

Das Condições Internas

Art. 131. Os compartimentos das edificações deverão apresentar dimensões e condições de iluminação e ventilação, de acordo com o
estabelecido no Anexo 2,salvo as exceções previstas nesta Lei.

§ 1º Os compartimentos especiais terão suas dimensões e condições de iluminação e ventilação, de acordo com as normas da ABNT e da
Legislação de Medicina e Segurança do Trabalho.

§ 2º As condições internas dos imóveis situados nas Zonas Especiais de Proteção do Patrimônio Histórico-Cultural (ZHC) estarão sujeitos a
análise especial pelo órgão competente que poderá flexibilizar os requisitos estabelecidos na presente lei buscando compatibilizar as
características do imóvel e sua utilização.

Art. 132. As instalações sanitárias, além de atenderem ao estabelecido nos Anexos1 e 2 , desta Lei, deverão obedecer às normas dos órgãos
competentes do Estado e do Município, no que couber.

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Art. 133. Para efeito de cálculo dos afastamentos, será computado como um único pavimento aquele que apresentar altura máxima de 5,10m
(cinco metros e dez centímetros). A altura excedente será computada como um pavimento a cada 2,60m (dois metros e sessenta centímetros)
ou fração.

SUBSEÇÃO I

Da Iluminação e Ventilação

Art. 134. A ventilação e iluminação dos compartimentos deverão ser proporcionais à sua destinação e localização na edificação, de acordo com
as disposições previstas nesta Lei.

Art. 135. Para efeito de iluminação e ventilação, todo compartimento de permanência prolongada deverá dispor de abertura para espaços livres,
dentro do lote.

Parágrafo único. Em paredes levantadas sobre a divisa do lote ou a distância inferior a 1,50 (um vírgula cinquenta metros) da mesma, não
poderá haver abertura voltada para outro lote.

Art. 136. Na aplicação das exigências relativas aos espaços livres, dentro do lote, serão utilizadas as seções horizontais dos mesmos, as quais
são denominadas de áreas internas.

§ 1º É vedado utilizar as áreas internas, destinadas à iluminação e ventilação dos compartimentos, para passagem de fiações ou tubulações.

§ 2º Todos os espaços livres deverão ser sempre a céu aberto, e quando resultarem de áreas internas fechadas, deverão ter vão de acesso fácil
para inspeção e limpeza.

Art. 137. Considera-se área interna, a área não edificada, destinada à iluminação e ventilação de compartimentos, limitada pelas paredes da
edificação e uma ou mais divisas, classificadas, ainda, como:

I – área interna aberta: área não edificada, destinada à iluminação e ventilação de compartimentos, definida por uma parede da edificação e
uma linha divisória respeitado os afastamentos calculados (Anexo 3A - Figuras 1 a 4).

II - área interna semiaberta: área não edificada, destinada à iluminação e ventilação de compartimentos, em que uma de suas faces não é
limitada por parede da edificação ou linha de divisa (Anexo 3A - Figura 5).

III - área interna fechada: área não edificada, destinada à iluminação e ventilação de compartimentos, limitada por paredes e/ou parede da
edificação e linha e/ou linhas de divisa (Anexo 3A - Figuras 6 a 10);

§ 1º - As reentrâncias em paredes de fachada, com largura igual ou superior a uma vez e meia sua profundidade, serão consideradas áreas
internas abertas. (Anexo 3A – Figura 4);

§ 2º - As áreas internas semiabertas com profundidade maior que uma vez e meia sua largura, serão consideradas áreas internas fechadas.
(Anexo 3A – Figura 10);

Art. 138. As áreas internas, fechadas ou semiabertas, segundo a natureza dos compartimentos a serem ventilados e iluminados, tem suas
dimensões mínimasestabelecidas no Anexo 3 A desta Lei.

Art. 139. Os vãos de iluminação e ventilação deverão distar, no mínimo:

I - 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de parede cega;

II - 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), entre si, no caso de vãos de uma mesma subunidade;

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III – 3,00m quando houver vãos abertos em faces opostas e pertencentes a unidades imobiliárias distintas.

Art.140. O dimensionamento dos vãos de iluminação e ventilação dos compartimentos deverá atender às condições mínimas estabelecidas no
Anexo 2 desta Lei.

Parágrafo único. Excetuam-se do “caput” deste artigo compartimentos de edificações destinadas a atividades reguladas por legislação
específica a exemplo de educação, saúde, hotelaria e indústria.

Art. 141. Os vãos de porta, quando assegurem permanentemente iluminação e ventilação, e estejam voltados para áreas abertas, mesmo através
de terraços ou varandas cobertas, poderão ter sua área computada no cálculo de abertura mínima, conforme previsto no artigo anterior.

Art. 142. Serão permitidas a iluminação e ventilação indiretas dos compartimentos, exclusivamente através de passagens cobertas abertas
devendo obedecer ao estabelecido no Anexo 3 B,desta Lei, observado, ainda:

§ 1º Nos compartimentos iluminados e ventilados, através de terraços ou varandas, a distância entre o vão iluminante e a parede de fundo do
compartimento iluminado deverá ser, no máximo, igual a 03 (três) vezes o seu pé direito.

§ 2º Os compartimentos, com abertura de vãos diretamente para o exterior, através de uma única parede, deverão ter uma profundidade máxima
de 2,5 (duas e meia) vezes a sua largura.

SUBSEÇÃO II

Da Iluminação e Ventilação Indireta e Especial

Art. 143. Nos usos não habitacionais, quando o projeto apresentar solução de ventilação mecânica, iluminação artificial e instalação de ar
condicionado, os vãos de iluminação exigidos noAnexo 2,desta Lei, poderão:

I- Ser eliminados para compartimentos sanitários em geral, observadas as exigências técnicas do órgão competente e reduzidos em até 50%
para os demais compartimentos.

II- Ser eliminado para totalidade dos compartimentos mediante análise especial pela Comissão Especial de Análise Urbanística – CEAU.

Art. 144. Será permitida a ventilação por meio de poços ou através de exaustão mecânica, exclusivamente para os seguintes compartimentos de
utilização transitória:

I - sanitários em geral;

II - “hall” e circulações;

Art. 145. Os poços de iluminação e ventilação deverão subordinar-se aos seguintes requisitos:

a) disporem de acesso que permita fácil inspeção dotado de abertura para o exterior;

b) terem largura e área mínima, respectivamente, de 0,80m (oitenta centímetros) e 1,60m2 (um metro e sessenta centímetros quadrados);

CAPÍTULO V

DAS PARTES COMUNS DAS EDIFICAÇÕES

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SEÇÃO I

Das Circulações

Art. 146. As circulações terão as dimensões mínimas definidas no Anexo 2desta Lei e podem ser:

I - horizontal - quando estabelecerem ligações num mesmo pavimento;

II - vertical - quando estabelecerem ligações entre pavimentos.

Art. 147. As circulações são destinadas a:

I - uso privativo - relativo ao uso de uma única subunidade;

II - uso coletivo - quando utilizadas por várias subunidades.

Art. 148. Será obrigatória a comunicação entre o hall social e o hall de serviço, interligando as circulações verticais constituídas de escadas e
elevadores sociais e de serviços.

Parágrafo único. A comunicação entre halls será dimensionada de acordo com oAnexo 2desta Lei.

SUBSEÇÃO I

Dos “Halls”

Art. 149. Os “halls” são compartimentos destinados ao acesso da edificação ou interligação de circulações.

Parágrafo único. Os “halls” de acesso à edificação e às subunidades autônomas serão dimensionados de acordo como Anexo 2desta Lei.

Art. 150. Os “halls” de acesso às edificações habitacionais multifamiliares, não habitacionais e mistas, com mais de 12 (doze) subunidades,
possuirão local destinado a portaria.

Parágrafo único. As edificações que prescindam de portaria deverão ter caixas receptoras de correspondência postal, no hall de acesso da
edificação, para cada uma das subunidades, observadas, no que couber, as normas da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - EBCT.

SUBSEÇÃO II

Das Escadas e Rampas

Art. 151. As escadas de uso comum ou coletivo obedecerão ao estabelecido noAnexo 2 e às seguintes condições:

I - intercalação de patamar com profundidade mínima igual à largura da escada, quando o número de degraus consecutivos exceder a 18
(dezoito);

II - serem subdivididas, por meio de corrimão intermediário, sempre que a largura da escada ultrapassar 2,50m (dois metros e cinquenta
centímetros), de forma que as subdivisões resultantes não ultrapassem a largura de 2.20m (dois metros e vinte centímetros);

III - o corrimão referido no item anterior será contínuo, quando não houver mudança de direção;

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IV - as saídas de emergência serão construídas de conformidade com as normas do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco.

Parágrafo único. Para as escadas não enclausuradas com largura superior a 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), consideradas de
caráter monumental, toleram-se apenas dois (2) corrimãos, sendo dispensados das exigências previstas no inciso II deste artigo.

Art. 152. É vedada a construção de escadas com espelhos vazados e com pisos salientes em relação ao espelho.

Art. 153. As rampas destinadas ao tráfego de veículos ou pedestres atenderão ao estabelecido no Anexo 2, desta Lei, e ainda aos seguintes
requisitos:

I – piso de textura porosa e resistente, de forma a assegurar um bom coeficiente de atrito;

II - fechamento de acesso, através de portões;

III - os portões de acesso à edificação, quaisquer que sejam, não poderão abrir para o exterior do lote ou terreno.

SEÇÃO II

Das Zeladorias

Art. 154. A zeladoria é constituída por um compartimento destinado a depósito, possuindo, em anexo, banheiro com chuveiro, lavatório e vaso
sanitário, dimensionados de acordo com o Anexo 2 desta lei.

Parágrafo único. A zeladoria é considerada parte comum da edificação e não poderá:

a) ter comunicação direta com as áreas e circulações sociais;

b) ser desmembrada ou incorporada a qualquer subunidade autônoma;

c) ter suas finalidade e utilização modificadas.

Art. 155. Será exigida zeladoria em todas a edificações que possuam mais de 12(doze) subunidades autônomas.

SEÇÃO III

Dos Jiraus

Art. 156. Os jiraus deverão apresentar área máxima de 1/3 (um terço) da área do compartimento sobre o qual ele estiver localizado.

Art. 157. Os jiraus deverão observar as condições de pé direito estabelecidas no anexo 2

Art. 158. O jirau não será considerado pavimento, para efeito do cálculo dos afastamentos previstos na Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento
do Solo - LUOS, desde que utilizado em um único pavimento que não exceda a altura de 5,10 (cinco metros e dez centímetros).

Parágrafo único. O jirau deverá ser dotado de mureta de proteção, com altura mínima de 0,90m (noventa centímetros) e máxima de 1,10m (um
metro e dez centímetros).

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SEÇÃO IV

Das Piscinas

Art. 159. As piscinas serão classificadas nas seguintes categorias:

I - particulares - aquelas de uso exclusivo de seus proprietários;

II - coletivas - aquelas construídas em clubes, entidades, associações, condomínios, hotéis e similares.

Parágrafo único. A construção ou reforma de piscinas coletivas ficará condicionada a aprovação do projeto pelos órgãos competentes do
Município e do Estado.

Art. 160. As piscinas deverão satisfazer às seguintes condições:

I - ter revestimento interno de material impermeável, resistente e de superfície lisa;

II - quando tiver o fundo em rampas, apresentar declividade igual ou inferior a 7%(sete por cento), vedadas as mudanças bruscas até a
profundidade de 1,80m (um metro e oitenta centímetros);

III - ter tanque lava-pés.

Parágrafo único. As piscinas particulares ficarão dispensadas da exigência do inciso III deste Artigo.

Art. 161. As piscinas infantis e as de aprendizagem, que tenham comunicação direta com as destinadas à natação, serão providas de
dispositivos de proteção na linha divisória.

Art. 162. As piscinas deverão dispor de vestiários, instalações sanitárias e chuveiros, atendendo, separadamente, a cada sexo e considerando a
sua área, obedecer à proporção mínima de:

I - um (1) chuveiro para cada 60,00m² (sessenta metros quadrados) ou fração;

II - uma (1) bacia sanitária para cada 100,00m² (cem metros quadrados) ou fração;

III - um (1) lavatório para cada 100,00m² (cem metros quadrados) ou fração;

Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo as piscinas particulares das habitações unifamiliares isoladas.

SEÇÃO V

Das Guaritas

Art. 163. Será permitida a construção de guaritas na área “non aedificandi” das edificações, desde que observadas as condições estabelecidas
no Anexo 2 desta Lei.

Art. 164. Poderá ser acrescida à guarita, uma antecâmara, desde que respeitado a área máxima de 50% do exigido para guarita.

Art. 165. A existência de guarita, mesmo dotada de sanitário, não dispensa a obrigatoriedade da zeladoria, prevista nesta lei.

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Art. 166. A existência de guarita torna dispensável a portaria.

CAPÍTULO VI

DAS PARTES COMPLEMENTARES DAS EDIFICAÇÕES

SEÇÃO I

Dos Estacionamentos e Áreas de Carga e Descarga

Art. 167. Nos projetos de arquitetura, deverão constar indicações de áreas destinadas a guarda e estacionamentos de veículos, de acordo com as
condições estabelecidas na Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo - LUOS, observando ainda, o disposto nesta lei.

Art. 168. O quantitativo de vagas de veículos exigido para cada edificação, considerando a destinação da mesma e a hierarquia da via onde se
situa, são aqueles definidos no Anexo. 3da Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo LUOS.

Art. 169. As dimensões das vagas, de acordo com o tipo de estacionamento, estão definidas no Anexo 4A.

Art. 170. Nas edificações de uso habitacional, a largura das circulações e dos acessos, considerando-se o número de vagas em cada pavimento,
obedecerá às condições estabelecidas no Anexo 4B e atender, ainda, as condições abaixo indicadas:

I - No caso de existirem vários pavimentos de garagem, com acessos distribuídos no interior do terreno e convergindo para um único portão de
acesso ao logradouro, deverá haver uma distância mínima de 5,00m(cinco metros) entre o início dos referidos acessos e o portão, o qual terá
uma largura mínima de 6,00m(seis metros) com abertura total do vão;

II - Havendo rampas contíguas, os portões deverão abrir de forma a não impedir o acesso a cada uma delas;

III - Será admitida uma largura mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) nos trechos de circulação limitados em ambos os lados,
por elementos construtivos da edificação.

Art. 171. Nas edificações de uso não habitacional ou misto, a largura das circulações de veículos e dos acessos, considerando-se o número de
vagas em cada pavimento, obedecerá às condições estabelecidas no Anexo 4B e atender, ainda, as condições abaixo indicadas:

I - No caso de existirem vários pavimentos de garagem com acessos distribuídos no interior do terreno e convergindo para um único portão de
acesso ao logradouro deverá haver uma distância mínima de 5,00m (cinco metros) entre o início de referidos acessos e o portão, o qual terá
uma largura mínima de 6,00m (seis metros) com abertura total do vão;

II - Havendo rampas contíguas, os portões deverão abrir de forma a não impedir acesso a cada uma delas;

III - Será admitida uma largura mínima de 3,00m (três metros) nos trechos de circulação, limitados em ambos os lados por elementos
construtivos da edificação.

Art. 172. As edificações de uso misto deverão, ainda, atender:

I - isoladamente, ao número de vagas previsto para cada uso, conforme ao estabelecido no anexo 3 da Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do
Solo - LUOS.

II - aos parâmetros previstos para o uso mais restritivo, quanto à largura das circulações e acessos prevista nado Anexo 4B desta Lei.

SEÇÃO II

Das Obras de Arte

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Art. 173. Toda edificação, com área igual ou superior a 1.000m² (um mil metros quadrados), deverá conter, em lugar de destaque, obra de arte
executada em escultura, pintura, mural ou relevo escultórico.

CAPÍTULO VII

DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE APOIO ÀS EDIFICAÇÕES

Art. 174. As instalações de água e esgoto, elétricas de alta e baixa tensão, dos serviços de telecomunicações, de prevenção e combate a
incêndio, de elevadores (passageiros, cargas e monta cargas) e escadas rolantes, para-raios, de renovação de ar e ar-condicionado, de lixo e de
gás liquefeito de petróleo “GLP”, que vierem ser implantadas nas edificações a serem construídas ou reformadas, na cidade do Jaboatão do
Guararapes, devem obedecer ao que dispõe a presente lei e demais legislações pertinentes.

SEÇÃO I

Das Instalações de Água e Esgoto

Art. 175. As instalações prediais de água e esgoto, bem como os materiais nela empregados, serão implantados em obediência às normas
pertinentes dos órgãos competentes.

Art. 176. As edificações deverão dispor de reservatórios d’água superior e inferior destinados a acumular a água necessária ao consumo dos
seus ocupantes.

§ 1º Para cálculo do volume dos reservatórios d’água, deverá ser tomado por base o estabelecido no Anexo 5 da presente Lei.

§ 2º O reservatório d’água inferior deverá ter o dobro do volume calculado para o reservatório superior.

Art. 177. Ficam dispensadas da exigência de que trata o artigo anterior, as edificações destinadas a:

I – uso habitacional unifamiliar, de até 02 (dois) pavimentos;

II – uso habitacional unifamiliar, acoplada por superposição ou justaposição, de até 02 (dois) pavimentos;

III - conjunto de edificações de uso habitacional unifamiliar, isoladas ou acopladas de até 02 (dois) pavimentos, desde que o número de
subunidades seja igual ou inferior a 12 (doze).

Art. 178. Nas edificações de uso habitacional, não habitacional ou misto, para as quais sejam exigidas reservas de água para combate a
incêndio, os volumes dos reservatórios superiores devem ser acrescidos da reserva prevista nas normas do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado de Pernambuco.

Art. 179. Os reservatórios serão executados com materiais resistentes, impermeáveis ou revestidos, impermeabilizados e providos de:

I - cobertura que previna qualquer possibilidade de contaminação ou poluição de água acumulada;

II - tampas de inspeção, elevadas pelo menos 0,10m (dez centímetros), acima da sua cobertura ou do piso circundante;

III - canalização de limpeza, funcionando por gravidade ou por elevação mecânica.

SEÇÃO II

Das Instalações para Retenção de Águas Pluviais no Lote

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Art. 180. Será obrigatória a construção de reservatório para retenção de águas pluviais no interior do lote do empreendimento, nos casos
previstos nos artigos 60 e 61 da Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo - LUOS

Parágrafo Único. A área impermeabilizada referida no caput deste artigo refere-se a telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos.

Art. 181. A capacidade do reservatório devera ser calculada, para tempo de duração de chuvas igual a uma hora, com base na seguinte equação:

V = K . AI . IP , onde

V = volume do reservatório em metros cúbicos;

K = coeficiente de abatimento, correspondente a 0,15;

AI = área impermeabilizada;

IP = índice pluviométrico, correspondente a 0,06;

§ 1º - Deverá ser instalado um sistema que conduza ao reservatório toda água captada na área impermeabilizada.

§ 2º - A água contida pelo reservatório poderá infiltrar-se no solo, ser despejada na rede publica de drenagem após uma hora de chuva ou ser
conduzida a outro reservatório para ser utilizada com finalidades não potáveis.

Art. 182. Nos projetos de reforma, o reservatório será exigido quando o somatório das áreas impermeabilizadas, existente e a construir seja
superior a quinhentos metros quadrados, devendo o volume do reservatório, ser calculado para o total da área impermeabilizada.

SEÇÃO III

Das instalações de Prevenção e Combate a Incêndio

Art. 183. As instalações e os equipamentos a serem utilizados no sistema de prevenção contra incêndio, nas edificações a serem construídas ou
reformadas, serão projetadas, calculadas e executadas, tendo em vista a segurança, o bem-estar e higiene dos usuários, de acordo com as
normas técnicas da ABNT e Normas Técnicas de Combate a Incêndio e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Pernambuco.

SEÇÃO IV

Das Instalações Elétricas de Alta e Baixa Tensão

Art. 184. As instalações elétricas das edificações em geral, bem como os materiais nelas empregados, deverão obedecer às normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, bem como às normas da Legislação Federal de Medicina e Segurança do Trabalho.

Art. 185. Para as edificações de qualquer natureza, com mais de 20 (vinte) pavimentos e/ou 55,00m (cinquenta e cinco metros) de altura, serão
exigidas instalações elétricas para balizamento e sinalização de obstáculos.

Parágrafo único. Poderão ser exigidas as instalações referidas neste artigo, nas demais edificações, conforme dispuser a legislação federal
pertinente.

SEÇÃO V

Da Instalação, Conservação e Manutenção de Elevadores de Passageiros, Cargas, Monta-cargas e Escadas Rolantes

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Art. 186. Os elevadores de passageiros, elevadores de carga, elevadores-macas, elevadores especiais e escadas rolantes, que venham a ser
instalados em edificações que exijam ou incluam instalação de elevadores, deverão obedecer às normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT e à Legislação Federal de Segurança e Medicina do Trabalho.

Art. 187. Deverão ser obrigatoriamente servidos por elevador (es) as edificações com mais de 4(quatro) pavimentos e/ou correspondente à
metragem de desnível entre o piso do último pavimento e o piso do pavimento térreo, superior a 10.00m (dez metros).

Art. 188. Deverão ter, no mínimo, 01 (um) elevador, as edificações com até 7 (sete) pavimentos e/ou que apresentem desnível, entre o piso da
parada extrema superior e o piso da parada extrema inferior, igual a 16,50m (dezesseis metros e cinquenta centímetros).

§ 1º O desnível previsto no “caput” deste artigo refere-se á distância entre a parada extrema superior do elevador e a parada extrema inferior,
no piso do primeiro pavimento, computável para efeito da determinação da altura que define a quantidade de elevadores exigida para
edificação.

§ 2º Ficam excluídos do cômputo dos pavimentos e/ou diferença de nível, de que trata o “caput” deste artigo, os pavimentos destinados a
estacionamento e lazer do condomínio, desde que não ultrapassem a altura de 7,50m (sete metros e cinquenta centímetros), contados a partir do
nível do meio-fio.

Art. 189. Deverão ter, no mínimo, 2 (dois) elevadores, as edificações com mais de 7 (sete) pavimentos e/ ou que apresentem desnível superior a
16,50m (dezesseis metros e cinquenta centímetros), excluídos os pavimentos destinados a estacionamento e lazer do condomínio, nas
condições indicadas no § 2º do artigo anterior.

Art. 190. O número de elevadores a serem instalados dependerá, ainda, do cálculo de tráfego, de acordo com as normas técnicas do ABNT.

Art. 191. Deverão ser servidos por elevadores todos os pavimentos das edificações que exijam o referido equipamento, exceto o piso superior
do apartamento duplex, considerado este como integrante de subunidade autônoma.

Art. 192. Os projetos das edificações que exijam ou incluam instalação de elevadores deverão apresentar planta de corte, passando pela caixa
de corrida e casa de máquinas, devidamente cotados os intervalos compreendidos entre os pavimentos, a profundidade do poço e a casa de
máquinas.

I - a casa de máquinas é de uso exclusivo dos equipamentos mencionados no “caput” deste artigo, não sendo permitida sua utilização para
outros fins;

II - não será permitida a passagem de tubulação de água e esgoto por dentro do compartimento destinado à casa de máquinas dos elevadores;

III - a casa de máquinas deverá ser provida de uma área de iluminação e ventilação permanente de, no mínimo, 1/10 (um décimo) da sua área;

IV - o acesso à casa de máquinas deve ser obrigatoriamente feito por circulação de uso comum da edificação;

V - quando o piso da casa de máquinas estiver em dois planos e a diferença de nível for superior a 1,20 m (um metro e vinte centímetros), será
obrigatória a utilização de escada convencional construída em material resistente e que forme um ângulo máximo de 60º, não sendo permitida a
escada tipo marinheiro.

Art. 193. A concessão do “Habite-se” ou “Aceite-se” dos prédios onde forem instalados Elevadores de Passageiros, Elevadores de Carga e
Escadas Rolante ficará condicionada à apresentação do termo de responsabilidade firmado por instalador, atestando o perfeito funcionamento
do(s) aparelho(s).

Art. 194. Os proprietários ou responsáveis pela edificação e as empresas conservadoras responderão, perante a Prefeitura e terceiros, pela
manutenção, conservação, funcionamento e segurança dos aparelhos instalados.

Parágrafo único. A empresa conservadora deverá comunicar, por escrito, à Prefeitura, a recusa do proprietário ou responsável pela edificação
de efetuar reparos para correção de irregularidades e defeitos nas instalações, que prejudiquem seu funcionamento ou comprometam a
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segurança de pessoas e bens.

Art. 195. Serão interditados, pela Prefeitura, os aparelhos em precárias condições de segurança ou que não atendam as exigências desta Lei.

SEÇÃO VI

Das Instalações de Para-raios

Art. 196. As instalações de pára-raios deverão obedecer ao disposto nas normas específicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT e às normas regulamentadoras do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco.

SEÇÃO VII

Das Instalações de Renovação de Ar e de Ar Condicionado

Art. 197. Serão exigidas instalações de renovação de ar ou de ar condicionado, em todos os recintos destinados à realização de divertimentos,
espetáculos, reuniões de qualquer natureza ou outras atividades, quando os locais tenham aberturas para ventilação direta fechadas por força de
norma legal, regulamentar ou técnica.

Parágrafo único. As instalações exigidas neste artigo deverão ser projetadas de acordo com as normas da ABNT e da Legislação Federal de
Medicina e Segurança do Trabalho.

SEÇÃO VIII

Das Instalações de Lixo

Art. 198. As edificações de uso habitacional, não habitacional e misto, deverão possuir compartimentos ou espaços destinados à guarda
temporária de recipientes acondicionadores de lixo.

Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no “caput” deste artigo, as habitações de uso unifamiliar isoladas de até 02 (dois) pavimentos.

Art. 199. Fica sujeita à autorização prévia do órgão municipal responsável pela limpeza urbana a aprovação de projetos caracterizados como
Empreendimento de Impacto conforme estabelecido na Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo - LUOS, bem como toda e qualquer
edificação destinada ao uso industrial.

Art. 200. As edificações que abrigarem serviços de saúde deverão ser dotadas de compartimentos ou espaços para a guarda temporária de
recipientes acondicionadores de lixo, de conformidade com as normas dos órgãos de saúde pública e sujeitos à aprovação do órgão municipal
responsável pela limpeza urbana.

Art. 201. O cálculo do volume de lixo a ser armazenado será calculado conforme o estabelecido no Anexo 5.

Art. 202. Os compartimentos destinados à guarda temporária de recipientes acondicionadores de lixo devem ser construídos em alvenaria,
revestidos internamente com material liso, impermeável e resistente a lavagens e dotados de pontos de água, luz e ralo para drenagem ligado ao
sistema final de esgoto.

Art. 203. Para efeito de localização dos compartimentos destinados à guarda temporário de recipientes acondicionadores de lixo fica
condicionado as seguintes exigências:

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I - poderá estar localizado em área do recuo frontal da edificação;

II - não deverá estar voltado para áreas sociais da edificação;

III - poderá estar voltado diretamente para o logradouro de modo a permitir fácil acesso para a coleta, desde que obedeça ao recuo mínimo de
2,00m (dois metros). No caso de localizar-se no paramento, deverá ter abertura voltada para o interior do lote.

SEÇÃO IX

Das Instalações de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

Art. 204. Será obrigatória a instalação de central de gás liquefeito de petróleo - GLP, nas edificações que:

I - possuam mais de 8 (oito) pavimentos ou altura superior a 20,00m (vinte metros);

II - sejam destinadas a hospitais ou escolas, com área de construção superior a 750,00 m² (setecentos e cinqüenta metros quadrados);

III - sejam destinadas a hotéis e restaurantes com área de construção superior a 500,00 m² (quinhentos metros quadrados).

Art. 205. As centrais de GLP poderão ser instaladas na área “non aedificandi” da edificação, vedada sua localização sob qualquer pavimento.

Art. 206. O dimensionamento e as instalações das centrais de GLP deverão ser projetadas, calculadas e executadas, de acordo com as normas
da ANP, do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco e da Legislação Federal de Medicina e Segurança do Trabalho.

TÍTULO VII

DOS ATOS ADMINISTRATIVOS DE FISCALIZAZAÇÃO

CAPÍTULO I

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 207. A Prefeitura, através de seus órgãos competentes, exercerá a fiscalização sobre as atividades disciplinadas por esta Lei, adotando
todas as medidas necessárias ao cumprimento das normas legais e regulamentares pertinentes, em função do Poder de Polícia do Município.

Art. 208. Os servidores municipais, no exercício de suas atribuições de fiscalização, terão acesso aos locais das obras e instalações, tomando as
providências de sua alçada, para prevenir ou reprimir qualquer atividade que esteja em desacordo com as normas legais, regulamentares ou
técnicas pertinentes.

Art. 209. Para efeito de comprovação do licenciamento da obra, instalação ou atividade, deverá permanecer no local de serviço, o respectivo
alvará, inclusive o projeto, quando se tratar de obra, salvo os casos de dispensa previstos nesta Lei.

Art. 210. Constitui infração toda ação ou omissão contrária às disposições desta Legislação ou de outras leis, decretos, resoluções ou atos
baixados pelo Município do Jaboatão dos Guararapes.

Art. 211. Será considerado infrator todo aquele que cometer, mandar, constranger ou auxiliar alguém a praticar infração, seja ele proprietário,
possuidor ou usuário e/ou o autor do projeto e/ou responsável técnico pela obra, e ainda os encarregados da execução das leis, que, tendo
conhecimento de infração, deixarem de autuar o infrator.

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Art. 212. Auto de infração é o instrumento por meio do qual a autoridade municipal apura a violação das disposições desta Legislação e de
outras leis, decretos e regulamentos do Município.

Art. 213. Verificada a infração a qualquer dispositivo desta lei, será lavrado imediatamente, pelo servidor público competente, o respectivo
auto, de modelo oficial, que conterá, obrigatoriamente, os seguintes elementos:

I. data, horário e local em que foi lavrado;

II. identificação do infrator, do imóvel e/ou estabelecimento;

III. descrição sucinta do fato determinante da infração e de pormenores que possam servir de atenuante ou de agravante;

IV. dispositivo infringido;

V. assinatura de quem o lavrou;

VI. assinatura do infrator.

§ 1º - Quando o infrator se recusar a assinar o auto de infração, tal fato deverá ser averbado no texto, pela autoridade que o lavrou.

§ 2º - O infrator terá o prazo de 15(quinze) dias, a partir da data da intimação do auto de infração, para apresentar defesa, através de
requerimento dirigido a Secretaria Executiva de Controle Urbano.

Art. 214. A apuração das infrações e imposição das penalidades far-se-ão de acordo com as normas legais e regulamentares pertinentes do
Município, assegurando-se ao infrator o direito de ampla defesa.

Art. 215. A aplicação de penalidades, referidas nesta lei, não isenta o infrator das demais penalidades que lhe forem aplicáveis pelos mesmos
motivos, previstas na legislação federal ou estadual, nem da obrigação de reparar os danos resultantes da infração.

Art. 216. As infrações às normas estabelecidas nesta Lei serão sancionadas com as seguintes penalidades:

I - multa;

II - embargo;

III - interdição;

IV - demolição;

SEÇÃO I

Das Multas

Art. 217. Julgada improcedente a defesa apresentada pelo infrator ou não sendo esta apresentada no prazo fixado, será imposta multa
correspondente à infração, sendo o infrator intimado a recolhe-la dentro do prazo de 15(quinze) dias.

Parágrafo único. A multa prevista no caput deste artigo, que será aplicada cumulativamente com qualquer das demais penalidades, consiste no
pagamento de valores a serem definidos emregulamento específico.

Art. 218. Nas reincidências, as multas serão aplicadas em dobro.

Art. 219. As penalidades a que se refere esta Legislação não isentam o infrator da obrigação de reparar o dano resultante da infração, na forma
do Código Civil.

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Art. 220. Aplicada a multa, não fica o infrator desobrigado do cumprimento da exigência que a tiver determinado.

SEÇÃO II

Do Embargo

Art. 221. As obras de construção, reconstrução, reforma ou demolição, serão embargadas sem prejuízo da aplicação de multas, quando
estiverem:

I - executadas sem o devido licenciamento ou em desacordo com o projeto aprovado;

II - causando danos ou oferecendo riscos ao próprio imóvel, e à segurança das pessoas;

III - executadas sobre valas, redes pluviais existentes, logradouros ou em áreas não edificáveis;

IV - sendo executadas sem a responsabilidade do profissional qualificado;

V - sendo executadas em logradouros, em desrespeito ao alinhamento e nivelamento estabelecidos pelo Município.

Parágrafo único. O embargo só será levantado quando forem eliminadas as causas que o determinaram.

SEÇÃO III

Da Interdição

Art. 222. Uma obra ou edificação poderá ser interditada total ou parcialmente, quando, oferecer perigo iminente de caráter público, hipótese
em que o Município exigirá do proprietário os serviços necessários a anular aquele efeito.

§ 1º - Se o proprietário não executar os serviços, o Município poderá fazê-los, diretamente ou através de terceiros, cobrando do proprietário os
custos dos serviços, acrescidos de 10% (dez por cento) a título de taxa de administração.

§ 2º - A interdição só será suspensa quando forem eliminadas as causas que a determinaram.

SEÇÃO IV

Da Apreensão

Art. 223. Nos casos de apreensão, o material apreendido será recolhido ao depósito do Município.

§ 1ª - quando a isto não se prestar o material, ou quando a apreensão se realizar fora da cidade, poderá ser depositado em mãos de terceiros, ou
do próprio detentor, observadas as formalidades legais.

§ 2ª - A devolução do material apreendido só se fará depois de pagas as multas que tiverem sido aplicadas e de indenizado o Município das
despesas que tiverem sido feitas com a apreensão, o transporte e o depósito.

Art. 224. No caso de não ser reclamado e retirado dentro de 60 (sessenta) dias, o material apreendido será vendido em hasta pública pela
Prefeitura, sendo aplicada a importância apurado na indenização das multas e despesas de que trata o artigo anterior e entregue saldo ao
proprietário, mediante requerimento devidamente instruído e processado.

CAPÍTULO II

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DO LAUDO DE VISTORIA DE EDIFICAÇÃO

Art. 225. Sem prejuízo das demais obrigações estabelecidas nesta Lei, compete ao proprietário ou usuário das obras e serviços de construção e
instalação, a responsabilidade de manter as condições de segurança, habitabilidade, estética e as características do projeto devidamente
licenciado.

Art. 226. Para assegurar o cumprimento das obrigações previstas no artigo anterior, a Prefeitura deverá realizar , quando solicitada ou quando
constatada pela fiscalização, qualquer irregularidade, vistoria nas edificações, expedindo o competente Laudo de Vistoria de Edificação.

Art. 227. Quando constatado, após a emissão do Laudo de Vistoria de Edificação, o descumprimento das condições de segurança,
habitabilidade, estética e manutenção das características originais do projeto aprovado, a Prefeitura intimará o responsável para corrigir as
irregularidades, sem prejuízo das sanções de natureza civil, penal e administrativa cabíveis.

Art. 228. Quaisquer entidades de direito público e privado responsáveis pela segurança e bem-estar da população e dos bens públicos, inclusive
os órgãos de fiscalização do exercício profissional, terão direito a solicitar da Prefeitura o Laudo de Vistoria de Edificação.

Art. 229. O Laudo de Vistoria de Edificação poderá ser solicitado, ainda, por qualquer pessoa física ou jurídica, quando o imóvel situado em
área contígua ao de sua propriedade ou posse, esteja causando prejuízo ou ameaçando sua integridade física ou patrimonial, em decorrência de
deterioração ou reforma.

Art. 230. Fica o Poder Executivo autorizado a cobrar pelos serviços relativos à emissão do Laudo de Vistoria de Edificação solicitado, na
forma e condições a serem estabelecidas em Regulamento.

TÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 231. Os processos ingressos até a data de promulgação da presente Lei terão suas análises baseadas nas legislações em vigor à época do
seu ingresso.

§ 1ª Considera-se ingresso o processo que for protocolado no setor competente com observância dos requisitos mínimos para sua análise
devendo constar:

I - 01 jogo de plantas do projeto completo;

II - Documento comprobatório das características do terreno obtidas no Cartório do RGI;

III - Inscrição Imobiliária;

IV - Comprovação do pagamento da Taxa de Serviço;

§ 2ª Os processos ingressos sem a apresentação da documentação mínima relacionada nos incisos I a IV deverão ser indeferidos e
encaminhados ao Arquivo Geral.

Art. 232. As obras e instalações, que dependam da anuência prévia de órgãos da esfera estadual ou federal, na forma da legislação pertinente,
somente serão licenciadas pelo Município após o cumprimento, pelo interessado, das exigências estabelecidas por aqueles órgãos.

Art. 233. Será de inteira responsabilidade do interessado a obtenção, junto aos órgãos competentes, de todos os elementos necessários à
aprovação de projetos e licenciamento das obras de que trata esta Lei.

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Art. 234. As soluções construtivas, que implicarem na utilização de equipamentos resultantes de avanços tecnológicos, serão objeto de análise
especial pela Comissão Especial de Análise Urbanística – CEAU.

Art. 235. O Município não terá qualquer responsabilidade pelos atos praticados pelos autores de projeto, executante ou responsável técnico das
obras ou respectivos proprietários, mesmo que tenha aprovado os projetos e concedido os alvarás de construção, “habite-se” e ”aceite-se”.

Art. 236. Aplicar-se-ão às atividades disciplinadas por esta Lei, as normas da Legislação Federal e Estadual, no que couber.

Art. 237. O Poder Executivo expedirá, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, os regulamentos que forem necessários à aplicação desta Lei.

Art. 238. A aprovação de um projeto sob a égide da legislação anterior poderá ser revalidada uma única vez, observado o prazo de validade do
projeto.

Art. 239. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

Jaboatão dos Guararapes, 16 de dezembro de 2013.

ELIAS GOMES DA SILVA

Prefeito Municipal

ANEXOS

ANEXO 1-Dimensionamento das instalações sanitárias mínimas obrigatórias

ANEXO 2 -Dimensões e áreas de compartimentos e vãos mínimos de iluminação e ventilação

ANEXO 3 - Iluminação e ventilação

ANEXO 3 A - Iluminação e ventilação através de áreas internas

ANEXO 3 B - Iluminação e ventilaçãoatravés de passagem coberta

ANEXO 4 - Dimensões e condições de vagas, circulações e acessos de veículos

ANEXO 4A - Dimensões das Vagas por tipo de Estacionamento

ANEXO 4B - Condições de Circulação e Acessos de Veículos

ANEXO 5 - Reservatório d’água e depósito para guarda temporária de lixo

ANEXO 6 – Glossário

Ver Anexos no Arquivo Original.

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Ajuda

Fonte: Portal de Busca da Legislação Municipal de jaboatao_dos_guararapes - http://legis.jaboatao.pe.gov.br/

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