Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
História Das Relações Internacionais II
Discentes: José Fernando de Matos, Agostinho Inácio de A. Alfredo e Wilton P.
Serrote
Resumo: O Terceiro Mundo
Segundo o texto a questão da descolonização e revolução transformou de modo
impressionante o mapa político do globo, ou seja o número de Estados internacionalmente reconhecidos como independentes na Ásia quintuplicou. Tome-se como exemplo na África, onde havia um em 1939, agora eram cerca de cinquenta, já nas Américas, onde a descolonização no início do século XIX deixara atrás vinte republicas latinas, a de então acrescente mais uma dúzia. Com efeito, essa foi a consequência de uma espantosa explosão demográfica no mundo dependente após a segunda Guerra Mundial, que mudou, e continua mudando, o equilíbrio da população mundial. Em seguida, essa explosão demográfica nos países pobres do mundo, causou seria preocupação internacional pela primeira vez no fim da Era de Ouro, é provavelmente a mudança mais fundamental no breve século XX. Contudo, a explosão demográfica é o fato central da existência do Terceiro Mundo. Traçando um percurso histórico, Hobsbawn observa que um dos poucos princípios políticos inabaláveis e inabalados dos Estados comunistas era a supremacia do partido civil sobre os militares. Assim, na década de 1980, entre os Estados de inspiração revolucionaria destaca-se Argélia, Benin, Birmânia, República do Congo, Etiópia, Madagascar e Somália estes por sua vez estavam sob o domínio de soldados que tinham chegado ao poder por intermédio de golpes, tomemos como exemplo a Síria e o Iraque, ambos sob governos do Partido Socialista Ba ´hat, embora em versões rivais. O autor salienta que provavelmente nunca houve tanta reforma agraria quanto na década após o fim da Segunda Guerra mundial, quer isto dizer, entre 1945 e 1950, quase metade da raça humana se viu vivendo em países que passavam por algum tipo de reforma agraria – comunista na Europa Ocidental e, após 1949, na China, como consequência da descolonização no ex-imperio britânico na Índia, e como consequência da derrota do Japão. É que acontece com a revolução egípcia de 1952 ampliou seu alcance ao mundo islâmico ocidental, Iraque, Seria e Argélia seguiram o exemplo do Cairo. Contudo, enquanto a desigualdade de renda atingia seu ponto mais alto na América Latina, seguida pela África, era em geral baixa em vários países asiáticos, onde uma reforma agraria bastante radical fora imposta sob os auspícios das forças de ocupação americanas. Tanto que, no momento em que o Terceiro Mundo e as ideologias nele baseadas se achavam no auge, o conceito começou a desmoronar. Na década de 1970, tornou-se evidente que nenhum nome ou rótulo individual podia cobrir adequadamente um conjunto de países cada vez mais divergentes. No entanto, o termo ainda era adequado para distinguir os países pobres dos ricos e na medida em que o fosse entre duas zonas, agora muitas vezes chamadas de Norte e Sul. Partindo das considerações de Hobsbawn, na década de 1970 observadores começaram a chamar a atenção para uma nova divisão internacional do trabalho. Isso se deve em parte a deliberada mudança, por empresas do velho mundo industrial, por exemplo, a revolução nos transportes e comunicações modernos tornou possível e econômica uma produção verdadeiramente mundial.