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Licenciatura em Economia
Setor Primário
Realizado por:
António Rodrigues nº62731, Economia
Joana Borges nº62541, Economia
Joel Ferreira nº62164, Economia
Marco Moura nº62243, Economia
Sara Sequeira nº62228, Economia
23 de maio de 2018
Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro
Licenciatura em Economia
Índice
Índice............................................................................................................................................2
Declaração....................................................................................................................................3
Introdução....................................................................................................................................4
Setor primário e as suas principais atividades..............................................................................5
Antes da integração na União Europeia.......................................................................................6
Estado Novo.............................................................................................................................7
Reforma Agrária.......................................................................................................................8
Política agrária dos governos contitucionais (1975-1985)........................................................9
A Agricultura Portuguesa.......................................................................................................14
Depois da integração na União Europeia...................................................................................16
Comércio Externo antes de depois da adesão à UE...................................................................24
Composição das exportações e importações.........................................................................25
...............................................................................................................................................26
Taxa de cobertura..................................................................................................................28
Evolução do PIB antes e depois da integração...........................................................................29
Perspetivas para o futuro- 4º revolução industrial.....................................................................30
Conclusão...................................................................................................................................31
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Declaração
Declaramos que este trabalho intitulado Setor Primário foi redigido nas nossas
próprias palavras (excepto citações) e que todos os recursos bibliográficos utilizados e
as citações incluídas têm sido devidamente referenciados. Aceitamos que qualquer
divergência destas normas por nossa parte constitui plágio e resultará numa nota de zero
e, eventualmente, num processo disciplinar.
Assinaturas
(António Rodrigues)
(Joana Borges)
(Joel Ferreira)
(Marco Moura)
(Sara Sequeira)
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Introdução
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Antes da entrada na União Europeia, Portugal passou por duas fases, a do Estado
novo (1933-1974) e a reforma agrária. Esta última teve lugar ao longo do processo
revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril e que envolveu expropriações,
nacionalizações e ocupação de propriedades pelos trabalhadores. Com esta houve vários
processos revolucionários como a ocupação de terras e a autogestão, até às
reivindicações mais ‘moderadas’, como a redução dos horários de trabalho para 8 horas
diárias, a redução progressiva da precariedade laboral nos campos e a implementação do
sistema de pensões.
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Estado Novo
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primeira defendia o sistema de colonização interna, pois consideravam que Portugal
tinha as condições necessárias para ser autossuficiente do ponto de vista alimentar. A
segunda está dentro da teoria “neofisiocrática” preconizada por Rafael Duque (ministro
da agricultura do Estado Novo entre 1934 e 1944) defendia uma industrialização
sustentada, ou seja, defendia que o desenvolvimento do país deveria passar por uma
aposta maior na indústria sem pôr em causa a ruralidade do sistema económico
nacional. Apesar de todos os avanços e recuos, a linha prevalecente foi a ruralista.
Reforma Agrária
Criaram novas medidas para a Reforma Agrária através do Decreto-Lei n.º 236-
A, este decreto defendia a institucionalização das transformações ocorridas pelas
ocupações de terras, impedia novas transformações nas estruturas fundiárias (como se
divide as propriedades) e limitava os prejuízos daqueles que eram mais atingidos pela
Reforma Agrária. Para isto ocorrer, reduziu-se a área de aplicação da Reforma Agrária e
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alargou-se o número de proprietários com direitos a reservas de exploração expressa no
Decreto-Lei n.º 406.
Estas medidas políticas não tiveram seguimento nas décadas seguintas, pela
entrada em vigor da “Lei Barreto” mas também pela abertura aos mercados
internacionais e com a entrada na União Europeia, tal como falaremos mais à frente.
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reforma agrária escondeu questões rurais e agrícolas que se iram colocar depois da
entrada na CEE. Até ao 11 de Março de 1975, as leis mais importantes focaram-se:
intervenção estatal nas herdades agrícolas ou naquelas que estavam a ser mal
aproveitadas.
As expropriações que foram definidas e concretizadas no decreto-lei nº 406-
A/75.
As nacionalizações e nas ocupações que também estavam consignadas com
um decreto-lei nº 406-C/75.
A lei das coutadas (decreto-lei nº 733/74)- a restrição da industrialização do
exercício da caça apenas às coutadas turísticas.
A “lei barreto” (lei nº77/77)- a obrigação de devolver as terras aos antigos
donos, pondo fim a essa fase de ocupação.
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Tabela 1- Programa dos governos constituicionais entre 1975 e 1985
Neste perído também podemos analisar a produção agrícola, que em geral teve
um crescimento mais acentuado a partir de 1983, depois das reformas agrícolas e a
reestruturação do ministério, o que melhorou significativamente a produção em geral.
O sector primário em Portugal era até aos anos 60 o mais importante, sendo que
nesta década a população a trabalhar na agricultura desceu rapidamente de 42% em
1960 para 32% em 1970, continuando esta queda até aos dias de hoje.
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União Europeia, em 1986, o número de agricultores e explorações agrícolas caiu para
menos de metade.
A Agricultura Portuguesa
Até 1986, pese embora a abertura que a revolução de Abril iniciou, Portugal
constituía uma economia fechada, com uma só janela para o exterior, a EFTA e o seu
anexo G. Ao longo desse período, a agricultura portuguesa evoluiu por conta de uma
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política nacional, ao sabor de um modelo de desenvolvimento económico que a marcou
profundamente e no qual esta infringiu também a sua marca.
Mas em contrapartida:
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taxas médias de crescimento anual de 2,7% na fbcf agrícola, face a 6% no
conjunto dos setores não agrícolas;
taxa média de 1,3% no VAB agrícola, enquanto o seu crescimento foi de 6,1%
nos restantes setores
A partir de 1986, o setor agrário nacional foi condicionado pela PAC. A pouca
produtividade agroalimentar e a representatividade da agricultura no emprego e na
importância da agricultura no PIB dos países fundadores tornou-a uma prioridade. A PAC tinha
como objetivos incrementar a produtividade, estabilizar os mercados e assegurar preços
razoáveis aos consumidores. Nos primeiros anos a PAC melhorou a produção agrícola em três
vezes e também o salário e rendimento dos agricultores.
Alguns problemas gerados pela PAC, está incluido os excedentes agrícolas que são
impossíveis de escoar, o desajustamento entre a produção e a procura e os problemas
ambientais. Em 1992 iniciou-se a primeira reforma da PAC que teve como objetivo reequilibrar
a procura e a oferta, de maneira a respeitar o ambiente.
Em 1999, houve a necessidade de uma nova reforma da PAC que tem como
prioridades incluir o desenvolvimento rural, a segurança alimentar, o bem-estar animal e
a promoção de uma agricultura sustentável. Com o objetivo de aumentar a
competitividade, reorganizar o espaço rural e enfrentar os desafios de alargamentos
futuros.
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agrícolas e comunitários e das modificações introduzidas nas estruturas de regulação
dos mercados agrícolas durante o período de transição (1986-96), da evolução da PAC,
com especial relevo para a reforma de 1992, da criação do Mercado Único em 1993 das
alterações sofridas pelas características macroeconómicas em Portugal associadas com a
integração no Sistema Monetário Europeu, a implementação da União Económica e
Monetária e com a introdução da moeda única.
Nesta altura, a agricultura portuguesa era caracterizada pela sua fraqueza e atraso
estrutural, o que levou a que Portugal beneficiasse desde logo da totalidade das medidas
de política de estruturas agrícolas em vigor no âmbito da PAC, assim como de medidas
específicas para o desenvolvimento da agricultura portuguesa como por exemplo o
Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa (PEDAR),
baseado num conjunto de medidas individuais e coletivas e fundos estruturais agrícolas.
Paralelamente assistiu-se à implementação da reforma de fundos estruturais com o
consequente lançamento do primeiro, segundo e terceiro Quadro Comunitário de Apoio
(QCA), lançados respetivamente nos períodos 1989-93, 1994-99 e 2000-06.
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apontava para uma redução da produção por forma a acabar com os excedentes
agrícolas. As reduções dos excedentes agrícolas foram executadas de forma linear, ou
seja, foram aplicadas indiferentemente a quem produzia excedentes e a quem era
deficitário, como Portugal. Por outro lado e face ao princípio da preferência
comunitária, Portugal seria obrigado a comprar a produtores comunitários a preços mais
elevados, aumentado assim o custo das suas importações agrícolas, até então oriundas
na sua maioria de países exteriores ao espaço da CEE. Este facto levou a que Portugal
tivesse que pagar anualmente à Comunidade direitos niveladores agrícolas.
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tabaco. Portugal anda à deriva, não inicia nenhuma estratégia global para o sector
agrícola e seu desenvolvimento futuro. A especificidade da agricultura portuguesa não é
defendida.
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tornou totalmente positivo porque havia muita diferença entre a competitividade das
economias europeias.
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A tabela 6 traduz uma nova política para o setor virada para a evolução da PAC,
onde criou a necessidade de diversificar as suas áreas de ação, como no turismo, na
enologia e na promo- ção de atividades lúdicas e desportivas no mundo rural.
Este período ficou marcado por uma série de medidas que tinham como objetivo
facilitar a integração de Portugal no mercados internacionais. Por último, deve referir-se
que neste período se verificou uma profunda alteração no paradigma agrícola nacional,
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na medida em que as cooperativas foram sendo encerradas, passando-se de uma
agricultura fechada para um mercado aberto e concorrencial.
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produtos mais diversificados e de maior valor acrescentado, como é o caso dos bens de
consumo não alimentar relativamente aos alimentares. Também é visível na figura 2
como os resultados da industrialização se começaram a refletir no aumento do peso das
exportações de bens de investimento, principalmente a partir dos finais dos anos 60, ou
seja, com algum (natural) desfasamento relativamente ao início da abertura externa.
1 200.0
1 000.0
800.0
600.0
400.0
200.0
0.0
199519961997199819992000200120022003200420052006200720082009201020112012201320142015
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Na evolução da composição das importações, destaca-se na figura 4 o aumento do
peso das importações de bens de investimento, quase logo a partir do fim da II Guerra
Mundial. A figura 4 e 5 mostra ainda que as importações de bens de consumo alimentar
vão perdendo peso ao longo do século, quando representavam no fim do século anterior
a maior componente das importações de mercadorias.
Figura 4. Composição das Importações de Bens Figura 5. Composição das importações de bens
e Serviços de consumo
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3 500.0
3 000.0
2 500.0
2 000.0
1 500.0
1 000.0
500.0
0.0
95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
19 19 19 19 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
Podemos concluir através da analise dos gráficos que ao longo de quase todo este
período os valores se concentram entre os 2000M-3500M a nível de importações e as
exportações iniciam se num valor muito mais baixo, 200M, atingindo um valor máximo
de 125M que comparando é dos valores mais baixos das importações.
Taxa de cobertura
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cobertura. Esta taxa indica-nos em que percentagem as exportações pagam as
importações.
35.0
30.0
25.0
20.0
15.0
10.0
5.0
0.0
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Evolução do PIB antes e depois da integração
PIB na óptica da produção do setor primário
5 000.0
4 500.0
4 000.0
3 500.0
3 000.0
2 500.0
2 000.0
1 500.0
1 000.0
500.0
0.0
60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 00 02 04 06 08 10 12 14 16
19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20
Entre 1960 e 1986 o valor do pib aumentava gradualmente, até que Portugal em
1986 entrou na União Europeia. A partir deste momento verificamos que o pib começa
a aumentar consideravelmente, atingindo o valor de 3828,3 milhões em 1990, valor bem
acima dos 2112,5 em 1986.
O PIB atinge o seu valor mais baixo, aquando da sua entrada na União Europeia,
em 1993(3030,9 milhões) e o seu valor mais alto em 1996(4305,6 milhões).
Desde 1997, até à atualidade o valor do pib tem sofrido várias oscilações,
diminuindo e aumentando ligeiramente constantemente. De ressalvar que durante este
período o valor máximo foi de 4014,7 milhões em 2001 e o valor mínimo de 3208,7
milhões em 2011.
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A quarta revolução industrial é impulsionada por três categorias a física, a digital
e a biológica, todas elas relacionadas. Para o setor primário, o objetivo é utilizar a
tecnologia para promover o comportamentos e os sistemas de produção e de consumo
mas de forma potencial de regeneração e de preservação dos ambientes naturais, sem
criar externalidades negativas.
O autor prevê que a revolução vai ter mais mudanças do que a memória
artificial, como por exemplo, a inteligência artificial ou 90% da população usar um
smartphone, porém todas as mudanças tem impactos negativos que pode acabar com a
privacidade de cada um, e até a essência do ser humano.
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Conclusão
Com a elaboração deste trabalho, concluimos que o setor primário foi um setor
predominante e importante para a economia portuguesa. Com a terceira revolução
industrial, o setor sofreu algumas alterações essencialmente com a utilização de novas
tecnologias em detrimento da mão de obra intensiva. Após a entrada da união europeia,
o setor sofreu novamente alterações, principalmente no setor agrícola, sendo que a que
mais se destaca é a imposição de quotas máximas que fizeram que com que este setor
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perdesse ainda mais importancia devido à exposição ao esxterior e à elevada
competitividade externa.
As políticas adotadas foram mudando com o passar dos anos, dentro de vários
setores, tanto no setor público, privado, na formação, em relação à europa e sobre a
florestas e a alimentação.
Bibliografia
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Esperança, B. do A. F. dos S. (2016). Reforma Agrária e a sua influência nas políticas
agrícolas em Portugal (1975-2015). Instituto Universitário de Lisboa.
Pordata. (2018d). Taxa de cobertura das importações pelas exportações: total e por
produto.