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MADEIRA EMIGRANTE

- Serviço de Notícias Regionais –

Actualidades

Comissão Europeia espera por assinaturas

para pagar ajuda prometida após temporal

A Comissão Europeia aguarda apenas pela assinatura formal do acordo


entre Bruxelas e Portugal para disponibilizar a ajuda prometida à Madeira, o
que deverá acontecer no início do próximo mês, explicou à agência Lusa
fonte comunitária, que precisou que Bruxelas só pode pagar o apoio de 31,2
milhões de euros, prestado no âmbito do Fundo de Solidariedade, na
sequência do temporal que atingiu a Madeira a 20 de Fevereiro de 2010,
depois de o acordo ser adoptado, ou seja, após ser assinado pelo comissário
europeu da Política Regional, Johannes Hahn, e pelo primeiro-ministro José
Sócrates.

A adopção do acordo acontecerá provavelmente por volta de 02 de Março,


completou a mesma fonte.

No último dia 18 de Fevereiro, o presidente da empresa regional


Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM) lamentou que ainda não
tenham sido concretizadas as promessas de apoio da União Europeia um
ano depois do temporal que assolou a ilha, manifestando alguma
“estranheza”, uma vez que os processos “estão instruídos há muito tempo”.

A 14 de Dezembro último, o Parlamento Europeu aprovou, em Estrasburgo,


a ajuda de 31,2 milhões de euros à Madeira para fazer face aos estragos
causados pelo temporal de há um ano, faltando então apenas as
assinaturas de José Sócrates e de Johannes Hahn para que o acordo seja
adoptado e a verba finalmente disponibilizada.

Câmara do Funchal ainda só recebeu

915 Mil euros para a reconstrução

A câmara do Funchal ainda só recebeu 915 mil euros de apoio, no âmbito da


Lei de Meios, para fazer face aos prejuízos de 19,9 milhões causados pelo
temporal de há um ano, disse o presidente da autarquia. Miguel
Albuquerque destacou que a câmara da capital madeirense “fez [após o
temporal de 20 de Fevereiro] alteração ao seu orçamento, adiando um
conjunto de obras para fazer face às prioritárias”, tendo investido no último
ano mais de 6,1 milhões em trabalhos de limpeza, empreitadas de
recuperação de redes de água, de equipamentos viários e de complexos
balneares, entre outros.

O autarca acrescentou que a Câmara tem programado gastar nas obras de


reconstrução mais 5,4 milhões este ano, 4,2 milhões em 2012 e dois
milhões em 2013. Miguel Albuquerque referiu que estabeleceria hoje as
mesmas prioridades de intervenção no município, adiantando que a câmara
do Funchal deveria ter recebido mais meios.

O responsável destacou que a preocupação fundamental após o 20 de


Fevereiro foi apoiar o conjunto de 728 famílias que foram afectadas, num
total de 2.346 pessoas, e os comerciantes da cidade que viram os seus
estabelecimentos parcial ou totalmente destruídos.

Realçou que “já foram realojadas definitivamente em novas casas 546


pessoas, o que corresponde a 168 famílias” e que as associações apoiaram
outras 560 pessoas que receberam ajuda para obras nas moradias
danificadas. Estão ainda aprovados 20 dos cerca de 80 processos ao abrigo
do programa para recuperação de imóveis degradados (PRID), apontou.
Miguel Albuquerque mencionou que também 142 empresários receberam
um apoio imediato de 2.500 euros cada.

O autarca destacou a importância da solidariedade particular e nacional,


sublinhando que a câmara municipal do Funchal recebeu 1,690 milhão de
euros de apoio solidário, verba que foi “canalizada para apoios sobretudo a
famílias afectadas pela intempérie”, existindo um relatório enviado aos
doadores a comprovar a situação para garantir a transparência da aplicação
dos dinheiros.

“Do ponto de vista das intervenções prioritárias a câmara fez aquilo que era
possível e que tinha de fazer”, garante. Referiu que “neste momento existe
um conjunto de empreitadas e obras que vão continuar a ser executadas” e,
adiantou, que estão em fase de projecto intervenções nos jardins do Campo
da Barca na entrada da cidade e no complexo balnear do Lido que ficaram
totalmente destruídos.

Miguel Albuquerque salientou que a catástrofe, os elevados índices de


pluviosidade registados este ano e os incêndios de Agosto tornaram “a
cidade mais vulnerável aos aluviões”, sendo “urgente proceder à
reflorestação”, um projecto que já está em curso.

“Funchal está mais vulnerável mas as pessoas estão mais conscientes


dessa vulnerabilidade”, conclui sublinhando que no processo de
reconstrução é necessário “aprender com os erros” e adoptar os
“procedimentos correctos”.
O Governo aprovou em Abril do ano passado a proposta de lei de meios
para financiar a reconstrução dos danos causados pelas intempéries na
Madeira com 740 milhões de euros em quatro anos, num total de 1.080
milhões de euros.

Joe Berardo elogia trabalho

de reconstrução da ilha depois do temporal

O empresário Joe Berardo aconselhou os madeirenses a aproveitarem


aproveitar a determinação que tiveram na reconstrução da ilha depois do
temporal para “enfrentar os anos difíceis” que se avizinham.

“Acho que se tem estado a fazer um bom trabalho. Tenho que tirar o
chapéu às pessoas da Madeira pela maneira como reagiram ao que
aconteceu na região”, disse Joe Berardo.

“A reconstrução já aconteceu na Madeira”, afirmou o empresário


madeirense e promotor de arte, que lamenta apenas o pouco sucesso da
sua exposição de arte déco que trouxe à ilha, com cerca de duas mil peças
da sua colecção particular.

Para o empresário, a Madeira tem um dos “melhores níveis de vida em


Portugal”, mas é necessário que a população deve manter “o olhar para a
frente”, visto que ”os anos que aí vêm vão ser difíceis”.

Sobre a exposição que está patente no Centro Cultura Casa das Mudas, na
Calheta, o coleccionador diz que foi a sua forma de “contribuir depois do
que aconteceu na Madeira” a 20 de Fevereiro.

Para já, existe “um acordo para renovar” o prazo em que estará patente ao
público até Setembro, revelou Joe Berardo, que admite estar “um pouco
desapontado com as escolas” que deveriam promover mais visitas. “Pedia à
população para que fosse lá visitar”, apelou, esperando comprovar que “os
madeirenses gostam de coisas bonitas”.

A exposição foi visitada pela “ministra da Cultura Gabriela Canavilhas, que é


grande apreciadora de arte déco”.

Filme amador do temporal

chega à National Geographic

Um filme amador, feito no dia do temporal da Madeira, a 20 de Fevereiro de


2010, foi escolhido pela National Geographic para ser usado num programa
daquele canal televisivo.
Marco Spínola registou imagens, feitas no percurso médio, da ribeira de São
João, onde se podem observar as ondas de fluxos de detritos no seu trajecto
para a foz.

“No início até pensei que fosse um caso pontual, que fosse só aquela onde,
mas depois vi o fluxo da ribeira tornar-se cada vez mais alto, mais forte e
cada vez mais frequente”, recordou.

As imagens percorreram as redes sociais online e o portal de vídeos na


internet YouTube, o que motivou o contacto do canal televisivo. “Nunca
pensei que a National Geographic tivesse algum interesse pelo vídeo”, disse
o autor.

As imagens chegaram a ser usadas pelos canais nacionais de televisão para


ilustrar peças jornalísticas e o vídeo “a abrir um noticiário da CNN”. Marco
Spínola diz que não se sente “orgulhoso” pelas imagens que captou,
preferindo dizer que foi “pura sorte”.

No início, não se tinha percebido da dimensão do que se estava a passar


naquele dia, afirmando que ao longo do tempo acabou por ter “pena pelas
pessoas que sofreram as consequências”.

O temporal de 20 de Fevereiro destruiu em duas horas de chuva torrencial


centenas de casas e provocou a morte de quatro dezenas de pessoas.

Ministério Público iniciou processo para ser

reconhecido óbito de desaparecidos nos temporais

O Ministério Público na Madeira iniciou um processo judicial para ser


reconhecido o óbito das seis pessoas que continuam a ser dadas como
desaparecidas na sequência do temporal que atingiu a ilha há um ano.

O coordenador do Ministério Público na Madeira, Gonçalves Pereira,


adiantou à Agência Lusa que está instaurado “o processo de justificação
judicial de óbito”, adiantando que “é possível fazer uma justificação judicial”
quando há tragédias deste tipo.

Gonçalves Pereira avançou que é possível fazer “este tipo de justificação”,


no âmbito judicial, dado que foram feitas “todas as diligências no sentido de
encontrar os corpos dos desaparecidos”. Ou seja, “esgotadas as diligências
de investigação, uma pessoa é dada como falecida”, esclareceu.

“Se for um desaparecimento temos de esperar um determinado número de


anos para declarar morte presumida”, especificou, mas como não há
certezas, “esta parece ser a melhor solução em termos legais”.
Com a declaração de “morto”, os herdeiros poderão ver distribuída a
herança de forma normal e um “conservador, justificadamente, regista o
óbito”, afirmou. Desta forma, o processo “encerra definitivamente”, com a
consequência de o conservador as “inscrever no registo civil como mortas”.
A decisão final do magistrado deverá ser conhecida até final do mês de
Março.

Governo adjudica novas obras


para os concelhos de Santana e Funchal
4,4 Milhões de euros são quanto vai custar a construção de uma nova praça no
Concelho de Santana, cuja adjudicação da obra foi esta semana autorizada em
Conselho de Governo.
Na reunião semanal do Governo, ficou também decidido construir um jardim público no
sítio do Amparo, na Freguesia de São Martinho, Concelho do Funchal, com uma área
de 15.000m2.
Em Santana, a obra que é da responsabilidade da Secretaria Regional do
Equipamento Social compreende, para além da praça, uma zona de jardins públicos,
junto à câmara municipal, e uma área destinada à realização de eventos e
espectáculos, assim bem como a construção de um parque de estacionamento de dois
pisos subterrâneos, com capacidade para 140 viaturas.
Com a construção destes novos equipamentos no centro da cidade, o trânsito em
frente ao edifício da câmara sofrerá alterações, passando a fazer-se na nova estrada
que passará por detrás da câmara e que ligará a uma nova rotunda que aparecerá
junto à entrada do Parque Temático. Será também requalificado o actual troço entre a
entrada do Parque Temático e a rotunda da Via Expresso, com a criação de passeios
e zonas de estacionamento.
Ainda nesta reunião, o Conselho de Governo decidiu no âmbito do sector da Educação
manter as áreas curriculares não disciplinares. Deste modo, os 2º e 3º ciclos passam a
integrar o estudo acompanhado, especialmente na Língua Portuguesa e Matemática; a
formação cívica, orientada, entre outros, para a educação para a cidadania; e a Área
de Projecto, orientada para a concepção, realização e avaliação de projectos, de
acordo com as necessidades dos alunos e os interesses regionais.

Jardim acusa “burguesia frustrada”


de querer travar o desenvolvimento
Alberto João Jardim afirmou esta semana que as políticas traçadas pelo seu Executivo
irão prosseguir “independentemente das opiniões de uma burguesia frustrada que é
contra tudo o que se faz”.
O presidente do Governo Regional falava durante a inauguração das obras de
reabilitação e ampliação do Lar do Vale Formoso, no Funchal, e referia-se, no geral,
àqueles que ciclicamente contestam as obras e os projectos que são apresentados
pelo Governo.
Aqui, as obras de reabilitação e ampliação do Lar do Vale Formoso permitiram não só
reabilitar o imóvel antigo e aumentar o espaço exterior, como também aumentar as
valências prestadas aos idosos, designadamente um lar e centro de dia, cada com
capacidade para 30 pessoas. Para além de quartos duplos e individuais, o Lar tem
gabinete de saúde, salas de estar, rouparia, lavandaria e diversas instalações
sanitárias. Tratou-se de um investimento do Governo Regional que rondou os 3 mil e
400 euros.
Partindo deste exemplo, o chefe do Executivo disse que a protecção da terceira idade
é uma das estratégias políticas do Governo Regional e “um dos pontos focados” na
moção que apresentou ao partido.
Considerando a evolução da estrutura etária de Portugal, com diminuição da
população jovem e aumento dos idosos, Jardim chamou a atenção para o facto de
todos “termos que estar preparados para fazer face a essas necessidades” específicas
desta camada da população.
No que diz respeito à juventude, o líder madeirense diz que o principal problema
prende-se com a criação de emprego.
“A grande luta da juventude - e que temos de mobilizá-los - é pelos nossos direitos
como povo, como Região Autónoma, e termos nas mãos os instrumentos que nos
permitam quebrar, furar este impasse económico em que Portugal mergulhou, mas
que não tem o direito de obrigar os outros também a estar mergulhados”, disse a
propósito.
Nesta ordem de ideias, Alberto João Jardim lembrou que as prioridades estratégicas
do seu Governo são o Estado Social, no sentido de proteger os mais novos e os mais
idosos, e o desenvolvimento da economia, porque “o investimento não pode parar”.
É nestas duas linhas, o Estado Social e o desenvolvimento da economia e criação de
emprego, que vamos actuar. O resto são conversas que me entram pelo ouvido
esquerdo, porque vêm da esquerda, e saem pelo ouvido direito que é para irem para
longe”, concluiu.

Sanas homenageia voluntário morto


em operação de busca

O Sanas (Associação Madeirense de Socorro no Mar) homenageou no dia 19,


o voluntário Marco Silva que morreu durante as buscas de duas jovens
desaparecidas no mar do norte da ilha.

Pelas 12:15, hora do acidente que vitimou Marco da Silva, quatro


embarcações salva-vidas do SANAS-Madeira juntaram-se no mar em frente
à Estação de Salvamento Costeiro de Santa Cruz largaram uma coroa de
flores pela memória do voluntário.

A cerimónia contou com a presença do corpo operacional desta associação,


familiares do falecido, representantes do comando operacional, dirigentes e
funcionários da associação. A cerimónia foi também acompanhada em terra
por outros elementos operacionais, dirigentes e pelos pais de Marco Silva.

Marco Silva morreu durante as buscas no mar do Seixal, no concelho do


Porto Moniz, para tentar encontrar duas jovens, desaparecidas desde
segunda-feira, depois de terem sido arrastadas pelas ondas na praia da
Laje. Na embarcação seguia outro voluntário da associação que esteve
também desaparecido, tendo sido encontrado cerca de três horas depois.

As duas jovens que continuam desaparecidas faziam parte de um grupo de quatro


jovens, dois dos quais conseguiram salvar-se. As buscas para encontrar aquelas
estudantes de Psicologia têm-se revelado infrutíferas.

Economia

Companhia aérea Aigle Azur


anuncia voos para o Porto Santo
É mais uma boa notícia para a recuperação do destino turístico Madeira e, em
particular, para a ilha do Porto Santo. A “ilha dourada” apresta-se para receber já este
Verão, entre os meses de Julho e Agosto, 10 a 12 voos internacionais operados pela
companhia aérea francesa Aigle Azur.
O representante da empresa em Portugal, Tiago Martins, já admite que caso a
operação tenha sucesso, depois deste período experimental, os voos podem efectuar-
se também entre os meses de Abril a Outubro, com uma ligação semanal.
“Estamos interessados no Porto Santo. É um mercado que ainda não é conhecido em
Paris”, declarou ao Jornal da Madeira o delegado da Aigle Azur em Portugal,
revelando que a operação estará garantida logo que termine o processo de
negociações com a hotelaria da ilha.
“Aviões há”, reforçou Tiago Martins, manifestando o interesse da companhia em voar
para o Porto Santo, num futuro, todas as semanas, como já acontece para o Funchal.
Já hoje, sábado, a Aigle Azur vai estrear um avião A-320, com 214 lugares,
substituindo o A-319 com 144 lugares, com que tem vindo a operar. A companhia
aérea francesa tem boas razões para acreditar no futuro, pois estima ocupações nos
seus aviões na ordem dos 95% durante o próximo mês de Março.

Turismo da Madeira volta-se


para o Brasil e Estados Unidos
Depois da aposta na diversificação e captação dos chamados mercados emergentes,
como foram os casos da Polónia e da Rússia, eis que o Turismo da Madeira volta-se
agora para o Brasil e os EUA, onde vai investir 100 mil euros em campanhas de
promoção na expectativa de atrair mais turistas para a Madeira.
Os “bons resultados” alcançados no leste da Europa levam o Governo Regional da
Madeira a acreditar na possibilidade de obter o mesmo sucesso no continente
americano.
Esta intenção foi manifestada pelos responsáveis do turismo regional na abertura da
Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorre até domingo na FIL, junto ao Parque das
Nações, e cuja temática deste ano é a Natureza.
São Paulo, Miami, Nova Iorque e Boston são algumas das cidades brasileiras e norte
americanas que o Governo Regional pretende alcançar com o apoio das companhias
aéreas nacionais TAP e SATA.
Segundo Conceição Estudante e Raquel França, respectivamente secretária regional
do Turismo e Transportes e directora regional do Turismo, a estratégia passa por
acrescentar às ligações já existentes entre estas cidades e Lisboa ou Porto, uma
deslocação ao Funchal. Não se trata de criar novas ligações, mas sim acrescentar um
último destino às viagens que já se efectuam para o nosso país.
Conforme salientaram em Lisboa as responsáveis do Turismo regional, esta
campanha de promoção incidirá essencialmente na divulgação dos nossos produtos
turísticos na Internet e na transmissão de spots publicitários nos ecrãs e nas revistas
dos aviões que operam nestas linhas e nos sites das respectivas companhias.
O arranque da campanha nos EUA está previsto para Abril, depois de dois workshops
que estão previstos para essa altura, mas a acção no Brasil vai começar já a partir de
29 de Março. O objectivo é o de atrair turistas para o segmento de turismo de
negócios, mas também de férias e lazer.
Nesta acção estratégica de promoção do destino Madeira, o Governo conta com o
apoio do Turismo de Portugal e dos principais grupos hoteleiros nacionais: os grupos
madeirenses Pestana e Porto Bay.
“Estaremos em conjunto e em força a promover a Madeira», manifestou a directora
regional de Turismo, dizendo acreditar esta será «uma boa aposta».

Cultura

Ministra Gabriela Canavilhas visitou

pontos de referência da Madeira

A ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, esteve na Madeira, tendo


participado numa conferência na Escola Gonçalves Zarco, conheceu a
Fundação Berardo e visitou a Casa das Mudas, numa deslocação à região
autónoma de três dias.

A primeira visita oficial da governante ao arquipélago da Madeira começa


na segunda na escola básica e secundária Gonçalves Zarco, no Funchal,
local onde a ministra abriu a conferência sobre “A escola transmissora de
Cultura”.

Ainda no Funchal, a ministra da Cultura visitou o Jardim Tropical Monte


Palace e o respectivo núcleo museológico, da Fundação Berardo, o Centro
das Artes Casa das Mudas, no concelho da Calheta, onde percorreu a
exposição “Art Déco - Colecção Berardo, What a Wonderful World!”.

A mostra, patente até Setembro de 2011, tem como comissário o fundador


e presidente do Instituto Art Déco Brasil, Márcio Alves Roiter. Inclui móveis,
cerâmicas, vidros, ferros, pinturas, esculturas, têxteis e desenhos, a par de
algumas peças da Colecção do Musée des Années 30 de Boulogne-
Billancourt, e dois automóveis da época, um Rolls Royce e um “Amílcar”,
pertencentes a coleccionadores privados, de acordo com informação da
Casa das Mudas.

A deslocação de Gabriela Canavilhas à Madeira foi acompanhada pelo


secretário Regional da Educação e Cultura, com quem também visitou o
Arquivo Regional e ao Museu de História Natural, depois da apresentação de
cumprimentos dos presidentes da Assembleia Legislativa e do Governo
Regional.

Jardim pede à Ministra da Cultura


atenção pelos artistas madeirenses
Alberto João Jardim aproveitou a visita esta semana à Madeira da ministra da Cultura,
Gabriela Canavilhas, para pedir a integração dos agentes culturais da Madeira no
plano nacional, nomeadamente a Orquestra e dos artistas em geral.
Num encontro decorrido em ambiente informal e de muita cortesia, o líder madeirense
apresentou como argumentos para esta sua reivindicação o facto de num “meio insular
que é fisicamente limitado” ser “uma pena que pessoas com extraordinária capacidade
cultural e artística estejam limitadas geograficamente por causa da fatalidade insular”.
Depois do encontro, Jardim disse aos jornalistas que outros assuntos como a
transferência para a Madeira de documentos que se encontram no arquivo da Torre do
Tombo e que são património histórico, cultural e arquivístico da Região, foram tratados
e bem acolhidos pela ministra.
O próprio presidente do Governo disse acreditar numa rápida solução para este
problema que se arrasta há anos, até porque hoje em dia existe a possibilidade da
documentação ser partilhada pela via da digitalização e estar nos dois sítios para
consulta.
Mais tarde, e durante uma visita ao Museu de História Natural, a ministra da Cultura
concordou com o regresso à Região da documentação da Madeira depositada na
Torre do Tombo.
“Obviamente, o que é da Madeira à Madeira deve regressar e é com esse espírito que
nós iremos trabalhar”, afirmou a ministra da Cultura, adiantando que o problema passa
agora por identificar “quais os espécimes que devem voltar, aqueles que devem ser
partilhados de uma forma universal a partir da Torre do Tombo e aqueles que podem
ser partilhados entre o Arquivo Regional e a Torre do Tombo através da digitalização”.
Gabriela Canavilhas não sabe ao certo quando é que esses documentos voltem a
estar na posse da Região, mas tudo depende agora dos respectivos acertos entre os
directores da Torre do Tombo e do Arquivo Regional da Madeira relativamente aos
“espécimes que são mais urgentes regressar e da forma como podem ser melhor
fruídos e investigados”.

Ministra da Cultura defende regresso à Madeira

de documentos históricos depositados em Lisboa

A ministra da Cultura defendeu, no último dia 23, no Funchal, o regresso da


documentação da Madeira depositada na Torre do Tombo, em Lisboa, à
Região Autónoma.

“Obviamente, o que é da Madeira à Madeira deve regressar e é com esse


espírito que nós iremos trabalhar”, afirmou Gabriela Canavilhas, após visitar
o Arquivo Regional e o Museu de História Natural, no âmbito da sua primeira
deslocação oficial ao arquipélago, que terminou nesse dia.

Desde Setembro de 2004, quando foi inaugurado o novo edifício do Arquivo


Regional, que a Madeira reclama a transferência da documentação. A
governante assegurou que este “é um assunto para o qual o Ministério da
Cultura está totalmente aberto”.
“É uma questão, agora, de identificarmos quais os espécimes que devem
voltar, aqueles que devem ser partilhados de uma forma universal a partir
da Torre do Tombo e aqueles que podem ser partilhados entre o Arquivo
Regional e a Torre do Tombo através da digitalização”, disse Gabriela
Canavilhas.

Questionada sobre quando é que este processo estará concluído, a ministra


da Cultura respondeu que vai ser feita “uma análise juntamente com o
director da Torre do Tombo e com os especialistas do Arquivo Regional”
para realizar “rapidamente uma identificação dos espécimes que são mais
urgentes regressar e da forma como podem ser melhor fruídos e
investigados”.

“O objectivo também não é remeter para ‘arquivo morto’ este tipo de


documentação”, declarou.

Confrontada com o facto de ser o terceira titular da pasta da Cultura a quem


o Governo Regional pede o regresso dos documentos à Madeira, Gabriela
Canavilhas referiu que “costuma-se dizer que à terceira é de vez”.

À agência Lusa, o secretário Regional da Educação e Cultura, Francisco


Fernandes, explicou que a documentação foi para a Torre do Tombo em
1886, tendo o Arquivo da Madeira sido instalado em 1931. “Quando é criado
não tem ainda obviamente as condições que tem hoje”, adiantou,
esclarecendo que a remessa dos documentos “foi com o intuito” de serem
preservados em condições.

Francisco Fernandes sublinhou que há seis anos a Região tem “condições


exemplares” para a preservação do acervo, onde se incluem “os
documentos mais antigos da Madeira”, como “o primeiro documento oficial
de João Gonçalves Zarco” que, no século XV, descobriu a ilha.

“Achamos que devem estar aqui, o que não impede que hoje, com as
tecnologias que estão ao dispor dos investigadores, que esses documentos
[reproduções], em qualquer parte do mundo, sejam consultados”,
argumentou o secretário regional.

Saúde

Serviço de Saúde da Região


perde mais 14 médicos este ano
O Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) mantém o saldo
negativo no fluxo de entradas e saídas de médicos, pois prepara-se para perder este
ano 14 médicos por motivos de aposentação, contra a entrada de apenas 6 novos
médicos.
Segundo explicou ao Jornal da Madeira o director clínico do SESARAM, Miguel
Ferreira, estes 14 profissionais de saúde terão pedido a reforma para evitarem o
agravamento das penalizações impostas pelo Orçamento do Estado. Em
contrapartida, os novos médicos de família deverão estar ao serviço até Julho.
“As pessoas fazem contas à vida e começam a ver que, neste momento, apesar de
serem penalizadas num determinado valor, se reformarem daqui a 10 anos, se calhar
ainda saem com uma pior reforma e optam por se reformar agora”, disse o director
clínico.
A esta situação, acresce o facto da actual legislação impedir o Serviço de Saúde
contratar médicos reformado, pelo que Miguel Ferreira antevê que possam ocorrer
“algumas limitações” nos serviços hospitalares.
Segundo este responsável, estas vagas deixadas em aberto pela saída de médicos só
deverão ser preenchidas daqui por alguns cinco anos, consoante os novos médicos
forem concluindo a especialidade.
“A área de medicina familiar é, neste momento, uma das que está, de longa data,
fortemente penalizada”, revelou Miguel Ferreira, indicando outras áreas preocupantes
em termos de falta de médicos como a Anatomia Patológica e a Anestesiologia. Em
2010, reformou-se um total nacional de 741 médicos.

Desporto

Marítimo venceu

ao Beira-Mar

Um golo do senegalês Babá, aos 79 minutos, permitiu ao Marítimo vencer


em casa o Beira-Mar, reduzido a 10 desde os 32 minutos, por 1-0, em
encontro da 20.ª jornada da Liga portuguesa de futebol.

Os insulares passaram a contar mais oito pontos do que a Naval 1.º de Maio,
penúltima colocada, e saltaram para o 11.º lugar, imediatamente atrás dos aveirenses.

Madeira Emigrante *** 26 de Fevereiro de 2011 *** FIM

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