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/2004
TEXTO ORIGINAL
BUCKLAND, M.K. Information as thing. Journal of the American Society for Information Science
(JASIS), v.45, n.5, p.351-360, 1991.
TRADUÇÃO LIVRE DE LUCIANE ARTÊNCIO
Informação como coisa
INTANGIVEL TANGIVEL
Entidade 2. 3. Informação-como-coisa
Informação-como-conhecimento Dados, documentos
Conhecimento
Processo 1. 4. Processo da informação
Informação-como-processo Processamento de dados
Tornando-se informado
Fig1: Quatro aspectos da informação
figuras, e gravação de sons no sentido para uso futuro. Quanto diferente o estudo
amplo do termo “texto”. Talvez o melhor de história poderia ser! Eventos são (ou
termo para representar textos no senso podem ser) fenômenos informativos e
comum poderia ser “discurso”. Poderíamos assim deveriam ser incluídos em qualquer
também caracterizar esses textos como aprendizado completo em ciência da
“representações” de alguma coisa ou de informação. Na prática encontramos a
algo. Entretanto, dificilmente poderíamos evidência de eventos usados de três
considerar um antílope ou um carneiro diferentes maneiras:
como sendo “discurso”. Nem eles são (1) Objetos, que podem ser
representações no senso comum. Seus coletados ou representados,
valores como informação ou evidência podem existir como evidência
derivam daquilo que eles significam associada com eventos:
individualmente, ou talvez, sobre a classe mancha de sangue no carpete,
ou classes às quais pertencem. Nesse talvez, ou uma pegada na
sentido eles representam alguma coisa e, areia;
se não são uma representação, poderiam (2) Podem existir representações
ser considerados como representativos. Se do próprio evento: fotos,
um objeto não é representativo de alguma jornais, relatórios, memórias.
coisa, então não é correto afirmar que Tais documentos podem ser
possa significar alguma coisa, isto é, ser armazenados e recuperados; e,
informativo. também,
(3) Em alguns casos eventos
Alguém pode classificar objetos como podem ser criados ou re-
artefatos para constituir discurso (tais como criados. Nas ciências
livros), artefatos que não constituem experimentais, é de grande
discurso (assim como navios), e objetos importância que um
que não seriam objetos como tais (assim experimento – um evento –
como antílopes). Nada disso garante que seja designado e descrito de tal
qualquer um deles seja uma evidência, seja forma que possa ser
algo informativo. Nem garante que as reproduzido subseqüentemente
pessoas façam diferentes usos não por outros. Desde que um
previsíveis. Um livro pode ser utilizado evento não possa ser
como um peso para conter uma porta. armazenado e desde que a
Iluminuras podem funcionar como objetos avaliação dos resultados não
de decoração, mas têm sido consideradas seja mais do que rumores, a
como uma das maiores fontes de probabilidade de reprodução do
informação relativas a vestuário e utensílios experimento tanto quanto a
medievais. validade da evidência, da
informação, poder ser
“Signo natural” é o termo tecnicamente verificada é altamente
estabelecido em filosofia e semiótica para desejável.
coisas que são informativas, mas sem o
propósito comunicativo (Clarke, 1987; Eco, Considerando eventos como informativos e
1976). observando que, embora eventos não
possam ser recuperados, há algumas
chances de reproduzi-los, adicionando
Eventos outro elemento a completa extensão de
fontes de informação. Se a reprodução de
Também aprendemos com eventos, mas eventos é uma fonte de evidência, de
eventos prestam-se cada vez menos que informação, então não é irracional pensar
objetos para serem colecionados e em laboratório (ou outro) equipamento
armazenados em sistemas de informação usado para reproduzir um evento como