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carlos relvas | 1

sumário
Análise do modo de Falha (FMEA). Conceitos Gerais
Tipos e aplicação de FMEA
Fundamentos e desenvolvimento de um FMEA

objetivos
Identificar o conceito, uso e aplicações da análise do modo de falha.

Diminuir a probabilidade de falhas potenciais e ocorrências no produto durante


a sua fase de desenvolvimento.

Aumentar a fiabilidade e qualidade dos produtos desenvolvidos

Saber utilizar as ferramentas de análise no processo de desenvolvimento de


produto.
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TAREFAS PROJETO CONCETUAL PROJETO DE CONCRETIZAÇÃO PROJETO DETALHE DOCUMENTAÇÃO
Identificar as necessidades dos clientes Análise de mercado, inquéritos

Transformar as necessidades do cliente em parâmetros

Priorizar os parâmetros (modelo de Kano) Modelo de Kano


requisitos do cliente
Converter os requisitos dos clientes em critérios Modelo de árvore (critical to quality trees -
mensuráveis CTQ)
PROJETO
INFORMATIVO Definir as características alvo Diagrama de Mudge

Características do produto

Desempenho
especificações do produto
Priorização dos requisitos do cliente (QFD) Matriz da Qualidade

Priorização das partes do produto (QFD) Matriz do Produto

Geração de conceitos para o produto Esboços, mindmap, analise morfológica e quick design Esboço, quick design

PROJETO Definição geométrica do produto Modelação 3D Renderings (protótipos virtuais ou físicos)


REPRESENTATIVO Seleção de conceito Concept Screening, Concept Scoring, Matriz De Pugh

Testar Conceito Análise do modo de Falha (FMEA conceito) FMEA conceito


Análise funcional Diagrama de componentes físicos
Design de Sistemas
Modelação funcional e de componentes Diagrama Funcional

Arquitetura do produto Definição dos módulos e interfaces

Projeto Ergonómico

Dimensionamento do produto Projeto Antropométrico

Seleção de materiais e processos de fabrico


PROJETO DE PRODUTO
Análise cinemática, analise estrutural, Protótipos técnicos e funcionais (virtuais
Análise e simulação do comportamento do produto em funcionamento
analise dinâmica de fluídos ou físicos)

Revisão do projeto do produto Análise do modo de Falha (FMEA produto) FMEA produto
DFM/DFA Protótipos de pré-série

Projeto de fabrico e montagem Comunicação comercial Renderings

Comunicação técnica Desenhos 2D (documentação técnica)

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FMEA - análise do modo de falhas

FMEA – Failure Mode and Effects Analysis;


AMDEC - Analyse des Modes de Défaillance, de leurs
Effets et de leur Criticité;
AMFEC – Análise Modal (do modo) de Falhas, seus
Efeitos e Criticidade.

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FMEA - análise do modo de falhas
Tipos de FMEA
Esta metodologia pode ser aplicada no desenvolvimento do produto tanto na fase de projeto como
no processo. As análises FMEA são classificadas em:

FMEA DE CONCEITO: neste tipo são consideradas as falhas que potencialmente


poderão ocorrer com o produto por não satisfação dos requisitos de cliente. O objetivo desta análise
é evitar futuras falhas no produto decorrentes do projeto conceptual.

FMEA DE PRODUTO: neste tipo são consideradas as falhas que poderão ocorrer com o
produto face às especificações do projeto. O objetivo desta análise é evitar falhas no funcionamento
do produto decorrentes do projeto ou do processo de fabrico. Pode igualmente ser denominada de
FMEA de projeto.

FMEA DE PROCESSO: são consideradas as falhas no planeamento e execução do


processo, ou seja, o objetivo desta análise é evitar falhas do processo, tendo como base as não
conformidades do produto com as especificações do projeto. carlos relvas | 5
FMEA - análise do modo de falhas
Aplicação da FMEA
Pode-se aplicar a análise FMEA nas seguintes situações:
 para diminuir a probabilidade da ocorrência de falhas em projetos de
novos produtos ou processos;
 para diminuir a probabilidade de falhas potenciais (ou seja, que
ainda não tenham ocorrido) em produtos/processos já em operação;
 para aumentar a fiabilidade de produtos ou processos já em
operação por meio da análise das falhas que já ocorreram;
 para diminuir os riscos de erros e aumentar a qualidade em
procedimentos administrativos.
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TAREFAS PROJETO CONCETUAL PROJETO DE CONCRETIZAÇÃO PROJETO DETALHE DOCUMENTAÇÃO
Identificar as necessidades dos clientes Análise de mercado, inquéritos

Transformar as necessidades do cliente em parâmetros

Priorizar os parâmetros (modelo de Kano) Modelo de Kano


requisitos do cliente
Converter os requisitos dos clientes em critérios Modelo de árvore (critical to quality trees -
mensuráveis CTQ)
PROJETO
INFORMATIVO Definir as características alvo Diagrama de Mudge

Características do produto

Desempenho
especificações do produto
Priorização dos requisitos do cliente (QFD) Matriz da Qualidade

Priorização das partes do produto (QFD) Matriz do Produto

Geração de conceitos para o produto Esboços, mindmap, analise morfológica e quick design Esboço, quick design

PROJETO Definição geométrica do produto Modelação 3D Renderings (protótipos virtuais ou físicos)


REPRESENTATIVO Seleção de conceito Concept Screening, Concept Scoring, Matriz De Pugh

Testar Conceito Análise do modo de Falha (FMEA conceito) FMEA conceito


Análise funcional Diagrama de componentes físicos
Design de Sistemas
Modelação funcional e de componentes Diagrama Funcional

Arquitetura do produto Definição dos módulos e interfaces

Projeto Ergonómico

Dimensionamento do produto Projeto Antropométrico

Seleção de materiais e processos de fabrico


PROJETO DE PRODUTO
Análise cinemática, analise estrutural, Protótipos técnicos e funcionais (virtuais
Análise e simulação do comportamento do produto em funcionamento
analise dinâmica de fluídos ou físicos)

Revisão do projeto do produto Análise do modo de Falha (FMEA produto) FMEA produto
DFM/DFA Protótipos de pré-série

Projeto de fabrico e montagem Comunicação comercial Renderings

Comunicação técnica Desenhos 2D (documentação técnica)

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Fundamentos de um FMEA
O desenvolvimento da ferramenta de FMEA faz-se pelo preenchimento de uma
tabela que é basicamente semelhante.

No FMEA podem ser utilizados dois métodos distintos para estabelecer os


índices de avaliação dos riscos de falha.
MÉTODOS QUANTITATIVOS MÉTODOS QUALITATIVOS
INDICE DE GRAVIDADE EXPERIÊNCIAS ANTERIORES
INDICE OCORRÊNCIA ANÁLISE (BRAINSTORMING)
ÍNDICE DE DETEÇÃO RESPOSTAS DE CLIENTES

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FMEA
CONCEITO
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FMEA Conceito
REQUISITOS DE CLIENTE FUNÇÕES
SEGURO FUNÇÕES TÉCNICAS E ESTRUTURAIS
AVALIAR
ERGONÓMICO FUNÇÕES INTERATIVAS
POTENCIAIS MODOS
FÁCIL DE USAR FUNÇÕES INTERATIVAS/INTUITIVO DE FALHA
FÁCIL DE TRANSPORTAR FUNÇÕES INTERATIVAS/LEVE
NA SATISFAÇÃO DE
ESTÉTICA APELATIVA FUNÇÕES COMUNICATIVAS E SEMÂNTICAS
FMEA REQUISITOS
FIÁVEL/DURÁVEL/RESISTENTE FUNÇÕES TÉCNICAS E ESTRUTURAIS

MODULAR/MULTIFUNCIONAL FUNÇÕES TÉCNICAS E INTERATIVAS CONCEITO OU

NO CUMPRIMENTO
LEVE DIFÍCIL DE AVALIAR NO CONCEITO => PRODUTO DE FUNÇÕES
SILENCIOSO DIFÍCIL DE AVALIAR NO CONCEITO => PRODUTO
ASSOCIADAS AOS
MESMOS
CONFORTÁVEL DIFÍCIL DE AVALIAR NO CONCEITO => PRODUTO

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método qualitativo

No FMEA podem ser utilizados dois métodos distintos para estabelecer os


índices de avaliação dos riscos de falha.
MÉTODOS QUANTITATIVOS MÉTODOS QUALITATIVOS
INDICE DE GRAVIDADE EXPERIÊNCIAS ANTERIORES
INDICE OCORRÊNCIA ANÁLISE (BRAINSTORMING)
ÍNDICE DE DETEÇÃO RESPOSTAS DE CLIENTES

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MÉTODO QUALITATIVO
No método qualitativo do FMEA pode-se utilizar a seguinte tabela de índices:

TERMOS CRÍTICOS DA FALHA CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Não afeta o rendimento do produto


Não coloca o utilizador em risco
Falha Menor
Podem não ser tomadas medidas corretivas
Afeta o rendimento do produto
Não afeta a segurança do utilizador
Falha Maior
Devem ser tomadas medidas corretivas
Afeta gravemente o rendimento do produto
Afeta a segurança do utilizador
Falha Crítica
Devem ser tomadas medidas corretivas com urgência

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FMEA CONCEITO

O FMEA conceito aplicado no desenvolvimento de produtos novos ou já existentes


permite:

 A identificação precoce de falhas no design de conceito do produto.

 Hierarquização racional de potenciais falhas de modo a que ação


preventiva/corretiva e/ou reformulação possa ser realizada antes do
risco e custo aumentarem.

 Melhorar a confiabilidade do produto.

 Reduzir o custo de desenvolvimento e o prazo de lançamento do


produto.
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EXEMPLO
FMEA CONCEITO
Possiveis efeitos das Termos criticos das Possiveis acções
Função Tipo de falha potencial Causa da falha
falhas falhas correctivas
Transportar bebé/criança Estrutura instável Localização da cadeira
Estrutura "virar" Rever centro de massa
inapropriada
Falha crítica
Número de apoios Segurança da criança em Implementação de 3 ou
insuficientes risco mais apoios na estrutura
Transportar produtos Mala do bebé/criança Mala não cabe no cesto Carrinho "virar" para trás
Re-dimensionar cesto
pendurada no apoio de devido ao peso da mala
Falha crítica
mãos Segurança da criança em Alterar localização do
risco cesto
Configurar estrutura Dificuldade em configurar Diversas operações de Sistemas pré-montados
estrutura montagem/desmontagem reduzindo o número de
Estrutura mal configurada
operação para configurar
estrutura
Ausência de elementos Implementação de
Falha crítica
"guia" Inutilização do produto guiamentos nas peças de
encaixe e montagem
Operações de
Segurança do utilizador em Simplificar operações de
montagem/desmontagem
risco montagem/desmontagem
complexa
Conduzir veículo Roda da frente bastante Geometria da estrutura Bater com a roda da frente Alterar geometria da
distânciada das rodas em algo por onde passe estrutura
Falha maior
traseiras Eixo de direção vertical Magoar alguém que passe
Alterar posição da direção
perto do veículo
Direção não rodar 360 Ângulo entre o plano
Ângulo entre o plano
horizontal da direção e o
horizontal da direção e o
plano horizontal do produto Roda direcional terá
Falha maior plano horizontal do produto
maior que o ângulo entre a tendência a travar veículo
menor que o ângulo entre a
forquilha e a direção
forquilha e a direção

carlos relvas | 14
exemplos

FMEA DE CONCEITO: neste


tipo são consideradas as falhas que
potencialmente poderão ocorrer com o
produto por não satisfação dos requisitos
de cliente. O objetivo desta análise é evitar
futuras falhas no produto decorrentes do
projeto conceptual.

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exemplos

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exemplos

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exemplos FMEA - CONCEITO

FMEA - PRODUTO

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exemplos

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FMEA Conceito
REQUISITOS DE CLIENTE FUNÇÕES
SEGURO FUNÇÕES TÉCNICAS E ESTRUTURAIS
AVALIAR
ERGONÓMICO FUNÇÕES INTERATIVAS
POTENCIAIS MODOS
FÁCIL DE USAR FUNÇÕES INTERATIVAS/INTUITIVO DE FALHA
FÁCIL DE TRANSPORTAR FUNÇÕES INTERATIVAS/LEVE
NA SATISFAÇÃO DE
ESTÉTICA APELATIVA FUNÇÕES COMUNICATIVAS E SEMÂNTICAS
FMEA REQUISITOS
FIÁVEL/DURÁVEL/RESISTENTE FUNÇÕES TÉCNICAS E ESTRUTURAIS

MODULAR/MULTIFUNCIONAL FUNÇÕES TÉCNICAS E INTERATIVAS CONCEITO OU

NO CUMPRIMENTO
LEVE DIFÍCIL DE AVALIAR NO CONCEITO => PRODUTO DE FUNÇÕES
SILENCIOSO DIFÍCIL DE AVALIAR NO CONCEITO => PRODUTO
ASSOCIADAS AOS
MESMOS
CONFORTÁVEL DIFÍCIL DE AVALIAR NO CONCEITO => PRODUTO

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FMEA Conceito - exemplos
TERMOS CRÍTICOS
ITEM/FUNÇÃO TIPO DE FALHA POTENCIAL CAUSA POTENCIAL DE FALHA POSSÍVEIS EFEITOS DAS FALHAS AÇÃO PREVENTIVA RECOMENDADA
DA FALHA

ASPECTO POUCO APELATIVO


ESTÉTICA APELATIVA Ñ ACEITE PELO MERCADO Ñ VENDE /PREJUÍZO/FALÊNCIA Falha Crítica MELHORAR O DESIGN ????
Ñ DIFERENCIADO

POUCO ESTÁVEL NUMERO APOIOS INSUFICIENTE DERROCADA /PERIGO P/UTILIZADOR Falha Crítica AUMENTAR # APOIOS AO SOLO
SEGURO
FALTA DE APOIO NÃO EXISTE PEGA DE APOIO QUEDA DO UTLIZADOR/ ACIDENTE Falha Crítica

DIFICULDADE DE ACESSO LARGURA/ALTURA DA PORTA DE ACESSO DESCONFORTO P/O UTILIZADOR Falha Maior AUMENTAR DIM. LARG/ALTURA

DEMASIADO DISTANTE DO ALCANCE DO


ERGONÓMICO NÃO CONSEGUE ALCANÇAR NÃO REALIZA A TAREFA Falha Maior
BRAÇO
NÃO CONSEGUE VER O
ESTÁ FORA DO CAMPO DE VISÃO NÃO REALIZA A TAREFA Falha Maior
ECRAN/DISPLAY

MONTAGEM COMPLEXA MUITAS FASES/ETAPAS DE MONTAGEM UTILIZADOR INSATISFEITO Falha Maior REVER PROJETO DE MONTAGEM
FÁCIL DE USAR
NÃO CONSEGUE COLOCAR A FUNCIONAR
SISTEMA POUCO INTUITIVO UTILIZADOR INSATISFEITO Falha Maior

MUITO PESADO NECESSITA DE + PESSOAS


FÁCIL DE TRANSPORTAR DIFICIL DE TRANSPORTAR Falha Maior REVER PROJETO DE MONTAGEM
DEMASIADADO GRANDE NECESSITA TRANSPORTE ESPECIAL
DIFICIL DE CONFIGURAR MONTAGEM COMPLEXA FALTA DE UTILIDADE P/UTILIZADOR
MODULAR/MULTIFUNCIONAL Falha Maior REVER PROJETO DE MONTAGEM
FUNCIONALIDADE POUCO RELEVANTE ESPEÇO DE ARMAZENAMENTO UTILIZADOR INSATISFEITO

FIÁVEL/DURÁVEL/RESISTENTE MUITA MANUTENÇÃO SISTEMA FUNCIONAL SUJEITO A INTRUSÃO FALTA BLINDAGEM DE PROTEÇÃO Falha Menor INCLUIR BLINDAGEM

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FMEA
PRODUTO
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método quantitativo

No FMEA podem ser utilizados dois métodos distintos para estabelecer os


índices de avaliação dos riscos de falha.
MÉTODOS QUANTITATIVOS MÉTODOS QUALITATIVOS
INDICE DE GRAVIDADE EXPERIÊNCIAS ANTERIORES
INDICE OCORRÊNCIA ANÁLISE (BRAINSTORMING)
ÍNDICE DE DETEÇÃO RESPOSTAS DE CLIENTES

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método quantitativo

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Desenvolvimento de um FMEA

1) Função
Escrever a função em termos físicos, técnicos e mesuráveis
estudo
da falha VERBOS ATIVOS

SUPORTAR MODIFICAR TRANSMITIR INTERROMPER CRIAR ESTABILIZAR


SEGURAR INCLUIR CONTROLAR CONDUZIR EMITIR ISOLAR
REPETIR PROTEGER PREVENIR FILTRAR REDUZIR IMPEDIR
AMPLIFICAR INDUZIR APLICAR PROVAR RECTIFICAR
VERBOS PASSIVOS

DESCREVER MELHORAR AUMENTAR MANTER APRESENTAR APERFEIÇOAR


POSSIBILITAR SATISFAZER

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Desenvolvimento de um FMEA

2) Modo de Falha
Identificar o tipo do modo de falha: falha total, falha parcial, falha
estudo intermitente, não funcional, funcionamento indesejado.
da falha
MODOS DE FALHA TÍPICOS

DESGASTE
CORROSÃO FADIGA DESCOLORAÇÃO
(PREMATURO)

QUEIMADURA INSTABILIDADE FUGA DESALINHAMENTO

EMPENO DEFORMAÇÃO VIBRAÇÕES

ENTRADA DE CURTO-
ROTURA
ÁGUA/SUJIDADE CIRCUITO

carlos relvas | 26
Desenvolvimento de um FMEA
3) Efeitos da falha
Listar os efeitos de modo a que estes possam ser descritos pelo cliente.
estudo
EFEITOS POTENCIAIS DA FALHA
da falha
RUÍDO EXCESSIVO MAU-ASPECTO INOPERÂNCIA
FUNCIONAMENTO
CHEIRO CORRENTE DE AR
IRREGULAR
ENTRADA DE
ESFORÇO EXCESSIVO ROTURA
ÁGUA/SUJIDADE
CONSUMO EXCESSIVO

Exemplos:
 Não é possível ver através da janela da frente.
 O ar condicionado deixa a cabine muito fria.
 Não aquece o suficiente.
 Leva muito tempo para aquecer.
carlos relvas | 27
Desenvolvimento de um FMEA
4) Causa da falha
Limite a análise às causas resultantes do projeto. A análise deve limitar-se no seu âmbito
estudo Deve tentar identificar todas as potenciais causas de falha (normalmente existe mais do que
da falha uma causa provável).
Exclua falhas resultantes do processo de fabrico.
CAUSA DA FALHA
Fissuração Impurezas do material
Tratamento térmico incorreto Pintura de má qualidade
Interpretação incorreta do desenho Porosidades
Uso incorreto do material Marcas de ferramenta
Material incorretamente especificado Erro de montagem
Soldadura deficiente Sobrecarga
Temperatura demasiado alta/baixa Corrosão antes da montagem
Lubrificação insuficiente

carlos relvas | 28
estudo
da falha

carlos relvas | 29
Desenvolvimento de um FMEA
5) Gravidade/severidade
Os valores do grau de gravidade devem corresponder a critérios previamente estabelecidos.
Caso necessário utilize uma tabela de índices.
avaliação A classificação deve ser usada para definir o potencial das características críticas e significativas.
do risco
ÍNDICE SEVERIDADE CRITÉRIO

1 Nenhum efeito sobre o produto ou processo


Mínima
2 O cliente mal percebe que a falha ocorre

3 Ligeira deterioração no desempenho


Pequena
4 Ligeiro descontentamento do cliente

5 Deterioração significativa no desempenho do sistema


Moderada
6 Descontentamento do cliente

7 Produto afetado mas ainda operacional e seguro


Alta
8 Cliente insatisfeito

9
Muito Alta Não atende aos critérios mínimos de segurança
10
carlos relvas | 30
Desenvolvimento de um FMEA

6) Ocorrência
Os valores do índice de ocorrência devem corresponder a critérios previamente estabelecidos.
Os índices de ocorrência baseiam-se em critérios de probabilidade.
avaliação
do risco
ÍNDICE OCORRÊNCIA PROPORÇÃO
1 1:1.000.000
Remota
2 1:20.000
3 1:4.000
Pequena
4 1:1000
5 1:400
Moderada
6 1:80
7 1:40
Alta
8 1:20
9 1:8
Muito Alta
10 1:2 carlos relvas | 31
Desenvolvimento de um FMEA
7) Deteção
Devem diferenciar-se claramente os controlos preventivos e de deteção.
avaliação Deteção é o valor atribuído por cada deteção de controlo.
do risco Deteções de valor 1 devem eliminar potenciais falhas resultantes de deficiências do projeto.

ÍNDICE DETEÇÃO CRITÉRIO


1
Quase certa Certamente será detetado
2
3
Alta Grande probabilidade de ser detetado
4
5
Moderada Provavelmente será detetado
6
7
Pequena Provavelmente não será detetado
8
9
Muito pequena Certamente não será detetado
10
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Desenvolvimento de um FMEA

8) RPN (Risk Priority Number)


avaliação
do risco Índice de risco
Os riscos da ocorrência da falha são medidos através deste índice.
As falhas com maior índice de risco devem ser tratadas prioritariamente.
O RPN resulta da multiplicação dos índices de severidade, ocorrência e
deteção

RPN = O (ocorrência) x S (severidade) x D (deteção)

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Desenvolvimento de um FMEA

9) Ações Corretivas

As ações corretivas devem detalhar as medidas tomadas para solucionar o


problema ou a causa deste.

 Medidas de prevenção total ao tipo de falha;


 Medidas de prevenção total de uma causa de falha;
 Medidas que dificultem a ocorrência de falhas;
 Medidas que limitem o efeito do tipo de falha;
 Medidas que aumentam a probabilidade de deteção do tipo ou da causa de
falha;

A menos que o modo de falha seja eliminado o grau de severidade não se altera.
carlos relvas | 34
OCORRÊNCIA

RISCO (RPN)
GRAVIDADE

DETECÇÃO
MODO DE EFEITO (S) CAUSA (S)
CONTROLOS DE CONTROLOS AÇÃO PREVENTIVA
ITEM/FUNÇÃO FALHA POTENCIAL DA POTENCIAL/MECANISMO
PREVENÇÃO DE DETECÇÃO RECOMENDADA
POTENCIAL FALHA (S) DA FALHA

carlos relvas | 35
FMEA PRODUTO
O FMEA produto deteta falhas no projeto e que possam afetar a performance do produto:

 Faz uma avaliação objetiva dos requisitos de projeto e alternativas.


 Ajuda a identificar potenciais características críticas e características significativas.
 Identifica potenciais modos de falha e classifica-os de acordo com seu efeito sobre o
cliente.
 Estabelece um sistema de prioridade para a melhoria do projeto em
desenvolvimento.
 Fornece uma contribuição crítica para o desenvolvimento de um design mais eficaz.
 Fornece recomendações e acompanhamento de ações para redução de risco.
 Ajuda na análise do produto em funcionamento, avaliando as alterações de design e
o seu desenvolvimento.
carlos relvas | 36
EXEMPLO
FMEA PRODUTO
Tipos de Potenciais Termos Críticos das Possíveis ações Corretivas ou
Função/Atividade Causa das Falhas Efeitos das Falhas
Falhas Falhas Medidas Preventivas
Resistências sem capacidade de Colocação de resistências mais
torrar o pão A torradeira não consegue potentes
torra o pão
Falta de temperatura no sistema Rever as ligações elétricas
Não torrar o pão Excesso de potência das
devidamente Pão queimado Rever potência das resistências
resistências
Torrar o pão Afastamento ou proximidade Falha crítica Rever a distância ideal de
Pão queimado ou torragem
excessiva das resistências a zona funcionamento das resistências para
deficiente
de colocação do pão a zona de colocação do pão
O pão não sai da Sistema de mover o pão pouco O pão fica preso no interior Rever sistema de funcionamento da
torradeira eficiente da torradeira grelha
Rever sistema POP-UP
Não recolhe as migalhas de Rever geometria do recipiente e
Migalhas espalhadas Recipiente de recolher migalhas
Recolher as migalhas de pão pão na totalidade (ficam Falha menor dimensões para ser o mais eficiente
por todo o produto mal dimensionado
migalhas no seu interior) possível na recolha das migalhas
Rever a colocação dos componentes
Contacto entre
Proximidade de componentes Ruido excessivo dos que causam vibração de forma a
elementos da Falha menor
Ruido/vibração no suspensos componentes conseguir isolar na maioria as
torradeira
funcionamento vibrações (sistema POP-UP).
Desencaixe dos Rever o encaixe/fixação de todos os
Fixação ineficiente dos elementos Desencaixe dos elementos Falha menor
elementos elementos da torradeira
Dificuldade em Dificuldade em
Geometria do produto Rever a geometria do produto
manobrar o produto movimentar
Movimentar o produto Falha menor
Implementar soluções que facilitem
Ausência de pegas Dificuldade em pegar
pegar com mais facilidade

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exemplos

carlos relvas | 38
métodos quantitativos
exemplos

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OCORRÊNCIA

RISCO (RPN)
GRAVIDADE

DETECÇÃO
MODO DE EFEITO (S) CAUSA (S)
CONTROLOS DE CONTROLOS AÇÃO PREVENTIVA
ITEM/FUNÇÃO FALHA POTENCIAL DA POTENCIAL/MECANISMO
PREVENÇÃO DE DETECÇÃO RECOMENDADA
POTENCIAL FALHA (S) DA FALHA

Mau aperto dos


Queda do 2 Nenhum Nenhum 10 200
Ajustar vertical e parafusos
Selim ficar utilizador e
horizontalmente 10 Desaperto dos Utilização de porca
solto impedimento Escolher uma porca com
o selim parafusos devido a 5 com bloqueio de Nenhum 10 500
da locomoção bloqueio de Nylon
vibração Nylon
Procurar dados
Utilizador não Comprimento do Utilização de dados
Distância 4 Nenhum 10 320 antropométricos da
alcançar quadro inadequado antropométricos população alvo
Garantir alcance elevada
comandos, 8
dos comandos entre selim e Procurar dados
impedimento Largura exagerada do Utilização de dados
comandos 4 Nenhum 10 320 antropométricos da
da locomoção guiador antropométricos população alvo
Dimensionar o quadro
não alcança Utilização de quadro
Garantir alcance Não alcança Altura do assento tendo em conta a altura
pedais, impede 8 4 com regulação da Nenhum 10 320
dos pedais os pedais demasiado elevada máxima e mínima do
a locomoção altura do assento espigão

Escolher um material
Demasiada Superficie polida ou
como um baixo grau de
Garantir boa Não Não consegue condensação de água 4 com Nenhum 10 400
molhabilidade e baixa
visibilidade consegue ver utilizar o na superficie microperfurações rugosidade superficial
10
dianteira da através da veículo e
cobertura cobertura queda Escolher um material
Escolher como material
Cobertura riscada 5 Nenhum 10 500 polimérico dura e com
duro elevada transparência
Utilizador não Fecho bloqueado 2 Nenhum Nenhum 10 80
Permitir volume Compartime
consegue
de transporte de nto 4 Compartimento
armazenar os 2 Nenhum Nenhum 10 80
objetos bloqueado empenado
objetos

carlos relvas | 40
Índices Acções de Melhoria
Função/Requi
Tipo/Modo de Causa da
sitos do Efeito da falha Controlo actual Medidas/Acçõe Índices Actuais
falha falha S O D NPR
PRODUTO s Tomadas S O D NPR
Fraca redução Problemas na Análise do Adequação /
Redução da
Eficiência de de volume dos relação volume inicial e Adaptação do
satisfação do 5 5 5 125 2 2 8 32
compactação objectos volume/ final dos mecanismo de
cliente
compactados eficiência compactados compactação
Re-design de
Arestas vivas, Dificuldades/ Testes com
Segurança a Possibilidade de determinadas
zona activa custos utilizadores de
quando da ferimento na 7 4 5 140 zonas; 3 3 7 63
disponível no acrescidos no diferentes
sua utilização utilização acabamentos
accionamento fabrico faixas etárias
melhorados
Dificuldade de Analise dos
Compactação
acomodação problemas Remodelação
Flexibilidade limitada a Redução da
das diversas subsequentes da forma e do
de apenas alguns Satisfação do 5 5 5 125 2 2 8 32
embalagens do uso de mecanismo no
embalagens tipos de Cliente
no mesmo diferentes interior
embalagens
mecanismo embalagens
Vários estágios Análise do
Consumo Remodelação
para a Mecanismo tempo utilizado
Utilização excessivo de do mecanismo/
compactação utilizado para as 3 3 5 63 2 2 8 32
Intuitiva tempo para o sistema de
de apenas um ineficaz diferentes
operador actuação
objecto embalagens
Recurso a
Submeter o
Degradação materiais não
Duração útil do Corrosão/desg compactador a
interna/ oxidáveis com
Durabilidade compactador aste dos diferentes 4 4 5 80 2 1 9 18
externa dos boa relação de
limitada componentes atmosferas
componentes desempenho/
oxidantes
custo
Uso de
Preço elevado,
Materiais/ Avaliação dos materiais
consequenteme
Baixo custo Preço elevado processos custos 8 8 3 192 metálicos onde 4 4 5 80
nte baixa
dispendiosos envolvidos estritamente
competitividade
necessários

carlos relvas | 41
e o tema
seguinte
é:

Projeto de
concretização/
Design de sistemas:
carlos relvas | 42

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