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Máfia do apito

Em 1997, escândalos na arbitragem do futebol brasileiro. A matéria ainda cita o Caso Ivens
Mendes. Maior Máfia do Apito da história do futebol Brasileiro, que envolvia Alberto Dualib,
Presidente do Corinthians, Mário Celso Petraglia, Presidente do Atlético-PR e o Presidente da
CONAF, Ivens Mendes. Percebe-se pela reportagem que apesar do esquema ter sido
descoberto, os "erros" na arbitragem brasileira continuaram acontecendo.

MÁFIA DO APITO

O caso:

Denunciado pela revista "Veja" em outubro de 2005, consistia em "negócios" feitos por
um grupo de investidores com o árbitro da Fifa Edílson Pereira de Carvalho (foto) para
garantir resultados do Campeonato Brasileiro que haviam apostado em sites. No
esquema, o empresário Nagib Fayad (foto abaixo), juntamente com outros três
empresários ligados ao ramo dos bingos, combinava resultados em jogos apitados por
Edílson, que receberia de R$ 10 mil a R$ 15 mil por partida. As apostas milionárias
eram feitas em dois sites. Estima-se que o lucro da quadrilha tenha superado R$ 1
milhão no período. Outro árbitro, José Paulo Danelon, que apitou jogos da Série B,
também é acusado de fazer parte do escândalo. As investigações apontam que ele seria
o responsável por apresentar Edílson a Fayad.

O resultado:

Os 11 jogos apitados por Edílson no Brasileiro da Série A foram anulados e jogados


novamente. Edílson foi suspenso e posteriormente banido do esporte. Ele alegou depois
que só participou do esquema porque não tinha como honrar uma dívida de R$ 40 mil.
Os jogos apitados por Danelon, removido do quadro de árbitros da Federação Paulista
de Futebol e proibido de apitar jogos, não foram anulados, assim como as partidas
apitadas pelos dois árbitros no Campeonato Paulista de 2005. Os dois juízes foram
acusados de fraude, conspiração e crimes contra a economia. Fayad foi preso.

ESCÂNDALO IVENS MENDES:

O caso:

Em maio de 1997, o Jornal Nacional, da TV Globo, divulgou gravações de telefonemas


que desvendariam um esquema de corrupção dentro da CBF supostamente envolvendo a
venda de resultados de jogos e financiamento de campanhas políticas. O pivô do
escândalo foi o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Ivens Mendes. As
gravações mostravam Mendes pedindo R$ 25 mil supostamente ao então presidente do
Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, e sugerindo que o seu clube seria beneficiado em
uma partida contra o Vasco pela Copa do Brasil, vencida pelo Atlético por 3 a 1. Em
outra gravação, a mesma voz oferecia ajuda financeira ao então presidente do
Corinthians, Alberto Dualib, em troca de R$ 100 mil. Nos dois casos, o dinheiro seria
utilizado na campanha de Mendes para deputado federal em 1998. Em seguida, Dualib
declarou que seu envolvimento com Mendes era pessoal e não envolveria o Corinthians.
Já Petraglia disse ter sido coagido por Mendes a prometer dinheiro para sua campanha,
mas negou participação no esquema.

O resultado:

No dia seguinte à divulgação do escândalo, Ivens Mendes pediu afastamento do seu


cargo. Embora se declarasse inocente, ele alegou que sua família estava sofrendo
ameaças. Mendes morreria alguns anos depois. Petraglia e Dualib foram proibidos de
representar seus clubes perante a CBF, mas isso não afetou o trabalho deles nas suas
respectivas diretorias. O Atlético-PR foi punido com a perda de cinco pontos no
Campeonato Brasileiro de 1997, que teve dois clubes a mais porque a CBF cancelou os
rebaixamentos de Fluminense e Bragantino no ano anterior. A Subcomissão Especial
criada na Câmara dos Deputados para investigar o assunto nunca chegou a concluir os
trabalhos.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/relembre-escandalos-


de-jogos-arranjados-no-futebol-no-brasil-no-mundo-3206862#ixzz3pR68n91H
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