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Warthog Special Operations

Nha Trang Base Camp


Curso Básico de Airsoft Scout Sniper nível 1
Plano de Ensino do SSBC-001 20/2

Nota de Instrução UD01


Módulo 01 – Aspectos históricos sobre Scout Sniper
UD-01 Generalidades sobre o Curso Básico de Scout Sniper
Carga Horária 01 hora-aula Escopo Teórico

Objetivos
Esta Unidade Didática específica visa os seguintes objetivos:

• Apresentar como surgiu a ideia e a estrutura do Curso;


• Apresentar os objetivos e procedimentos administrativos do Curso;
• Detalhar a metodologia de ensino e de avaliação;
• Apresentar a grade curricular do Curso Básico de Scout Sniper para Airsoft.

Pré-requisitos
Nenhum.

Desenvolvimento da Sessão de Instrução

1.1 Introdução – Generalidades sobre o Curso SSR-01


1-1. A fim de prover e implementar um curso de treinamento básico dos operadores de Airsoft na
categoria MilSim, especificamente voltado para as funções de um scout sniper, vários fatores foram
considerados para sua estruturação.
1-2. Buscando referenciais teóricos e bibliográficos a respeito, encontramos os antigos manuais do
US Marine Corps Sniping FMFM1-3B e o US Marine Corps Scout/Sniper Training Manual (este
contendo as notas de aulas do curso).
1-3. O primeiro manual apresenta o curso de capacitação e treinamento de um scout sniper como
tendo 450 horas para sua realização, bem como apresenta médias de distâncias de tiro entre 300
jardas até 1000 jardas (1 jarda = 91 cm ou 0,91 m).
1-4. A grade do programa de treinamento básico de sniper para o período de 8 semana é composto
pelos seguintes temas:

1
horas Assunto

50 Planejamento de missões

48 Exercícios de Missões (2 exercícios, ambos cobrindo 24 horas)

44 Progressão furtiva (11 exercícios)

42 Instrução de mapas/fotos aéreas (6 exercícios de aplicação)

30 Aulas relacionadas ao Sniper / Atirador de Precisão

20,5 Controle/Planejamento de apoio de fogo

16 Combate fechado

16 Exercício Tático Sem Tropas (ETST) (4 exercícios)

11,5 Emprego

11 Exercícios de estimação de distâncias (11 exercícios)

11 Exercícios de observação (11 exercícios)

10 Construção de abrigo (1 exercício)

8,5 Kim's Game

6 Exercícios de ocultação (3 exercícios)

4 Zeroing

1,5 Avaliação escrita

330 Total de horas de outras instruções

46 Tiro em alvo fixo

31 Tiro em alvo móvel

20 Tiro a distâncias não conhecidas

15 Teste de tiro - Alvos móveis e fixos

8 Tiro noturno sob iluminação artificial

120 Total de horas de tiro

450 Total de horas de curso

1-5. Os dois manuais referenciados apresentam todo o conteúdo técnico a ser ministrado a um
Marine para ser capacitado como scout sniper.
1-6. Baseado nesses materiais de referência, foi possível verificar assuntos pertinentes,
relacionados à função do scout sniper, e adaptá-los à realidade do Airsoft.
1-7. Com relação à esse programa (syllabus) ainda consta sobre os treinamentos de proficiência
dos scout sniper formados, como sendo:
O objetivo do treinamento de proficiência é permitir que o atirador qualificado mantenha o grau de
habilidade e proficiência para o qual foi treinado. O treinamento de proficiência deve ser realizado
trimestralmente em todas as habilidades de scout sniper, embora uma ênfase especial deva ser feita
na pontaria e na progressão furtiva. Estes devem ser praticados com a maior frequência possível.
Todo esforço deve ser feito para manter a proficiência no atirador.
O treinamento de proficiência deve ser conduzido no mesmo nível de padrões que foi originalmente
ensinado, para não perder nenhuma eficácia em combate. Se um scout sniper não for treinado
trimestralmente, sua qualidade de desempenho diminuirá; portanto, ele não atenderá aos padrões do
atirador de elite do Corpo de Fuzileiros Navais.
Os scout snipers devem ser requalificados todos os anos em todas as habilidades de franco-atirador.
Eles também devem ser "avaliados" e / ou testados a cada trimestre.

2
OS SNIPERS DEVEM SER INCLUÍDOS, NO PAPEL DO SNIPER, EM TODOS OS TREINOS
1
TÁTICOS DA INFANTARIA E NOS EXERCÍCIOS TÁTICOS.
1-8. Foram também consultados os manuais de sniper das Forças Especiais, do Exército e dos
SEALs dos EUA, bem como o manual do Caçador, do Exército Brasileiro.
1-9. Verificando-se os pontos em comum de técnicas necessárias para o desempenho de um scout
sniper (que no Brasil é chamado de Caçador Militar), pudemos fazer as devidas adaptações à
realidade do Airsoft.
1-10. Assim pudemos fazer as devidas adequações, como por exemplo, comparativamente uma BB
(munição de Airsoft) é extremamente mais leve do que um projétil padrão 7,62 mm, utilizados pelos
snipers reais.
1-11. O sistema de propulsão de uma BB é ar comprimido, extremamente diferende de um cartucho
7,62 mm, que é por explosão interna de um elemento propulsor (pólvora), dessa forma, a energia
cinética da BB é consideravelmente menor que o projétil 7,62 mm.
1-12. Outro fator considerado é que as armas reais de snipers, por exemplo, possuem uma
velocidade do projétil em torno de 2550 fps (feets per second – pés por segundo), enquanto de uma
arma sniper para Airsoft utiliza entre 420 a 560 fps. Dessa forma, o alcance de uma BB é de no
máximo 120 metros (com uma arma bem upada).
1-13. Com esses dados, pudemos verificar que tudo, com relação ao Airsoft, em comparação com
snipers reais, será reduzido e de forma proporcional.
1-14. Feitas as análises iniciais pertinentes e os estudos para adequação de uma grade de conteúdo
programático para um Curso Básico de Treinamento de Scout Sniper, estabelecemos os primeiros
parâmetros para sua estuturação.

1.1.2 Objetivo do Curso


1-15. O Curso SSR-001 de Treinamento Básico Scout-Sniper, ministrado em parceria da Toca do
Shakaw e a Warthog SpecOps, visa a preparação de operadores MilSim para simulações de games
de airsoft voltados para essa modalidade, tendo os seguintes objetivos:
• Instruir e preparar Operadores MilSim para atuações nas funções de Scout-Sniper;
• Credenciar os Operadores formados como Scout-Sniper no âmbito da Toca do Shacaw e
Warthog Special Operations.

1.1.3 Objetivos Específicos do Curso


1-16. Como objetivos específicos do Curso podemos citar:
• Capacitar e habilitar Operadores MilSim para as funções de Scout-Sniper;
• Capacitar o aluno trabalhar em equipe, em duplas e individualmente;
• Capacitar o aluno a atuar em conduta de patrulha;
• Habilitar o aluno a utilizar-se de parcos recursos cumprimento de missões;
• Capacitar o aluno na construção de abrigos improvisados;
• Treinar o aluno no controle do estresse e da ansiedade, por conta de situações críticas;
• Preparar auxiliares de instrução futuros cursos

1
USMC, FMFM1-3B, Anexo B, tradução livre
3
1.1.4 Metodologia de Ensino
1-17. Curso se dará com cerca de 60 horas-aulas através do sistema de Ensino à Distância (EAD) e
parte presencial (realizada em dois dias), em que o aluno será preparado na parte cognitiva de
assuntos essenciais a serem discutidos em sala de aula. No primeiro dia da fase presencial, será
submetido a uma avaliação teórica, devendo atingir uma pontuação mínima de 60 pontos, para estar
considerado apto a participar da fase presencial.
1-18. Serão, na fase presencial, as aulas serão ministradas de maneira dialogada, contemplando
conteúdos teórico-práticos, com foco direcionado à assimilação dos preceitos teóricos fundamentais
para a função de Scout-Sniper. O conteúdo será abordado levando em conta a participação e as
necessidades dos alunos, o que implica flexibilidade e uso de estratégias diversas e atenção
individual.

1.1.5 Metodologia de Avaliação - Critérios de Avaliação: 2


1.1.5.1 Fase EAD
1-19. A avaliação inicial será imediatamente após a fase EAD. Depois desse período de preparação
cognitiva, os candidatos serão submetidos a uma prova escrita presencial, em forma de teste,
devendo pontuar no mínimo o escore 60, para então ser considerado apto para então enfrentar a Fase
Presencial.

1.1.5.2 Na Fase Presencial


1-20. os alunos serão avaliados em questões de ordem práticas e comportamentais através de Fatos
Observados (FO) positivos ou negativos. Será então estabelecida uma expressão matemática a ser
calculada com base no escore máximo e no mínimo de FO ministrados aos alunos. Como a pontuação
mínima a ser exigida dos alunos é 60 pontos.
1-21. O cálculo da nota será baseado na seguinte tabela:
• E – Excepcional para pontuação entre 91 e 100 pontos
• MB – Muito bom para entre 80 e 90 pontos
• B – Bom para entre 70 e 79 pontos
• R – Regular para entre 40 e 69 pontos e
• I – Insuficiente para notas abaixo de 39 pontos.
1-22. Para se calcular o fator de nota, com base em gaivotas será obtido um valor numérico de
pontuação de cada Gaivota, pegando-se o máximo valor dado e tirando-se o mínimo valor dado.
Desse valor, será pego a porcentagem de 62,5 %, sendo que será dividido o valor “30” pelo resultado,
dessa forma se obterá o fator de escala de valoração.
1-23. A nota final da Fase Presencial será o resultado da expressão
1-24. 100 – (“quantidade de gaivotas” x “fator de valoração”)
1-25. Por exemplo, um aluno tirou 80 gaivotas (foi o mínimo dado) e outro tirou 120 (máximo dado).
Então 120 – 80 é igual a 40. Posteriormente se calcula 62,5% de 40 dá 25. Com esse valor, soma-se a
80, obtendo-se 105. Este será o patamar médio de 70 pontos.
1-26. O cálculo do fator de valoração é 30 / 105, sendo que obteremos 0,285714
1-27. O cálculo da nota final será 100 – (“gaivotas” x 0,285714)

2
Todo esse cálculo é de responsabilidade do coordenador do curso, sendo apresentado para que o aluno
compreenda como funciona o processo de avaliação.
4
1-28. Um exemplo, o aluno tirou 105 gaivotas, seu cálculo será 100 - (105 x 0,285714) que é igual a
70 pontos.
1-29. Se um aluno tirou 110 gaivotas, sua pontuação será 68,5714 (estando abaixo da nota mínima).
1-30. Se tirou 80 gaivotas, será 77,14 pontos.
1-31. Dessa forma, se terá um parâmetro de corte obrigatório para aqueles que obtenham
pontuações inferiores a 70 pontos.
1-32. Deverá ser seguido à risca esse cálculo e por essa metodologia, estaremos fazendo um corte
de 37,5 % dos alunos, mantendo-se um padrão de qualidade no ensino do EBAAS, bem como
estaremos sendo justos.
1-33. PONDERAÇÕES TERÃO PESO 2, OU SEJA, UMA PONDERAÇÃO EQUIVALERÁ 2
GAIVOTAS.

1-34. QUEBRAS DE SEGURANÇA, NÃO OBSERVÂNCIA DE REGRAS OU ATOS QUE


COLOQUEM EM RISCO A INSTRUÇÃO TERÃO PESO 3.

1.1.5.3 Avaliação final


1-35. Na avaliação final serão dadas as tarefas ou missões, sendo que cada tarefa será pontuada
com E = 5, MB = 4, B = 3, R = 2, e I = 1.
1-36. Será verificado o total de tarefas dadas, sendo que o máximo que o aluno poderá tirar é 100
pontos, então, será somado o total de tarefas pela nota máxima que é E, ou seja, 5 pontos cada,
fazendo-se então, uma conta por regra de 3 simples.
1-37. Por exemplo, foram dadas 14 tarefas, no somatório geral daria 14 x 5 que dá 70.
1-38. 70 é o valor máximo que equivalerá a 100 pontos.
1-39. Então, no somatório geral, se um aluno tirar 60 de valor, sua nota será por regra de 3 igual a
85,71 pontos, ao passo que se o aluno tirar 35, sua nota final será 50 pontos, e nesse exemplo para
ele tirar 70 pontos deveria tirar 49 de valoração, somando-se as notas atribuídas a cada atividade.
1-40. Será considerado apto o aluno que obtiver no mínimo 70 pontos.

1.1.5.4 Observações
1-41. Não pode haver exageros ou discrepâncias, da mesma forma que, em hipótese alguma, poderá
ter a chamada “acoxambração”, ou “pegar leve” com os alunos. Deve ser critérios iguais a todos, sem
exceção. Mesmo com armas diferenciadas haverá uma calibração.
1-42. Gaivotas não podem e não devem ser utilizadas apenas como fatores de motivação
psicológica, não tem sentido em se cobrar algo que não tenha um peso significativo para a avaliação
efetiva do aluno.
1-43. Todo esse cálculo é de responsabilidade da Coordenação.
1-44. Os alunos que reprovarem no curso, poderão ser submetidos a novo teste futuro, à critério da
Coordenação. No entanto, receberá certificado de participação.
1-45. Os aprovados com nota mínima de 70 pontos, receberão Diploma correspondente, notificando
sua qualificação de MOS (Military Occupational Specialities) como Scout-Sniper, certificado no âmbito
da Warthog Special Operations.

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1.1.6 Plano de Unidades Didáticas
1-46. Segue a relação de Unidades Didáticas para o curso:

Módulo 1 – Aspectos históricos sobre Scout-Sniper


UD 01 Introdução – Generalidades sobre o Curso Básico de Scout Sniper
UD 02 Breve considerações sobre a evolução do Scout Sniper
UD 03 As funções do Scout Sniper e suas atribuições

Módulo 2 – Armamentos e equipamentos


UD 04 Generalidades sobre armamentos para Airsoft
UD 05 Armamento e Sistemas de Armas para Snipers

Módulo 3 – Balística aplicada à função de Scout-Sniper


UD 06 Fundamentos sobre balística aplicada ao Airsoft
UD 07 Balística aplicada ao tiro de precisão com arma longa de Airsoft

Módulo 4 – Fundamentos do tiro de precisão para Airsoft


UD 08 Generalidades sobre tiro de precisão
UD 09 Empunhadura
UD 10 Postura e posições de tiro
UD 11 Visada e sistemas de pontaria
UD 12 Controle da respiração
UD 13 Controle do gatilho
UD 14 Aplicações e exercícios práticos

Módulo 5 – Orientação e Navegação Terrestre (princípios básicos)


UD 15 Generalidades sobre a orientação e a navegação terrestre
UD 16 Bússolas e sua utilização
UD 17 Instrumentos de medidas e matemática aplicada
UD 18 Escalas e sistemas de medidas
UD 19 Conceitos fundamentais de geografia aplicadas à orientação
UD 20 Cartas topográficas, pictomamas e fotocartas
UD 21 Sistemas de localização terrestre (GPS, UTM)
UD 22 Princípios da navegação terrestre
UD 23 Sistemas informatizados em apoio à ONT
UD 24 Funcionamento e uso dos sistemas GPS (Garmin eTrex 20 e Garmin 64s)
UD 25 Maneabilidade operacional e exercícios práticos
UD 26 À disposição da Coordenação de Ensino

Módulo 6 – Maneabilidade e conduta de patrulha


UD 27 Generalidades e fundamentos de conduta de patrulhas
UD 28 Memento do Comandante de Patrulha
UD 29 Exercícios práticos

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Módulo 7 – Planejamento operacional
UD 30 Generalidades sobre o planejamento operacional e coleta de Inteligência
UD 31 Medidas administrativas correlatas à coordenação e controle

Módulo 8 – Desempenhando a função Scout-Sniper


UD 32 Generalidades sobre a prática da função Scout Sniper
UD 33 Camuflagem individual, do armamento e do posto de observação e tiro
UD 34 Maneabilidade relacionada à função do Scout Sniper
UD 35 Range card e SSR Data Logbook

Módulo 9 – Medidas administrativas da Coordenação


UD 36 À disposição da Coordenação do Curso
UD 37 Atividades acadêmicas extra-curriculares

1-47. Todos os Módulos e suas respectivas Unidades Didáticas serão tratados neste Manual de
Airsoft Scout Sniper
1-48. Nosso objetivo é a contribuição com informações novas e relevantes, implementando-se e
inovando-se no desenvolvimento, divulgação e aperfeiçoamento do esporte de Airsoft, na modalidade
de Simulação Militar (MilSim).

Referencial *
Manuais constantes na Biblioteca Virtual, materiais de referencial bibliográfico e
documentação administrativa.

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