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UMA ABORDAGEM TECNOLÓGICA, BIOPSICOSOCIAL, EDUCACIONAL E
ESPIRITUAL, DO USO, CONTEÚDO E INFLUÊNCIA DA TV, VÍDEOS, GAMES E
INTERNET, DENTRO DE UMA ÉTICA E COSMOVISÃO CRISTÃS
Por:
Jorge N. N. Schemes
INTRODUÇÃO
No início do século XXI, denominado por muitos como o século da
informação, a televisão ainda continua no “palco”, exercendo fascíneo e certo
“encantamento”. Considerada, no passado, um “milagre” tecnológico, a tevê
tornou-se um hábito. Hoje, o problema não está só “no que” as pessoas
assistem, mas “no fato de assitirem” televisão. Uma pesquisa do Target
groups Index revelou que 55% dos brasileiros assistem pelo menos 15 horas
de televisão por semana. Outro estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas
Norte-Americano NOP World revelou que a média semanal que o brasileiro
assiste televisão é de 18,4 horas. O Instituto avaliou o “consumo cultural” em
30 páises e constatou que o principal entretenimento do povo brasileiro é a
televisão. O Brasil ficou em 2º lugar em “consumo” de rádio, 8º de televisão,
9º de Internet e 27º de leitura. Além das 18,4 horas assistindo tevê, o brasileiro
fica em média 17,2 horas por semana ouvindo rádio; 10,5 horas usando o
computador somente para entretenimento; e apenas 5,2 horas semanais lendo.
Embora a televisão tenha a preferência entre os meios de comunicação de
massa deixou de atuar sozinha e ganhou aliados poderosos, como: videogames
de última geração, videocassetes, DVDs e microcomputadores, cada vez mais
sofisticados, interativos e fáceis de se adquirir.
Há quem vaticine que este será o século do “computador quântico”, do
“chip do futuro”, feito à base de neurônios e DNA (ácido
desoxirribonucléico), o século das imagens tridimensionais e holográficas, da
realidade virtual-interativa, enfim, o século da comunicação. E a previsão é de
que, nessa “era do conhecimento”, as pessoas cada vez mais se voltarão para a
sua “cabana eletrônica”. Inegavelmente, vivemos hoje uma verdadeira
“revolução microeletrônica”, chamada também de “a terceira onda
tecnológica”, a qual surgiu depois da revolução industrial e da revolução
científico-tecnológica, que decorreu da utilização da eletricidade e dos
derivados do petróleo. Mas, por outro lado, há aqueles que predizem,
principalmente nas grandes metrópoles, que o século XXI também será o
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Cordialmente:
Jorge N. N. Schemes
CAPÍTULO I
A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DAS IMAGENS
IMAGENS EM MOVIMENTO
Depois do impacto das ondas sonoras transmitidas pelo Rádio, os
franceses Auguste e Louis Lumière, os lendários irmãos Lumière da cidade de
Lyon na França, foram os grandes responsáveis pelo surgimento e
popularização das imagens cinematográficas. Tudo começou quando seu pai,
Antoine Lumière adquiriu a invenção patenteada por Thomas Edison,
conhecida pelo nome de cinetoscópio (um móvel de mais de um metro de
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não podem sair da tela”! Para nós hoje, tão acostumados com o mundo das
imagens em movimento, esse aviso parece uma piada. Todavia, para aquela
época, era realmente necessário. Até mesmo por questões de segurança. Por
exemplo, quando foram feitas filmagens e apresentações na Rússia, a platéia
ficou tão chocada e apavorada quando viram as imagens gigantescas da
coroação do Czar Nicolau II, que chegaram a acreditar que o operador da
câmara era o próprio Satanás, em carne e osso. O tumulto se formou quando
alguém gritou: “bruxaria”! O operador teve que fugir para não ser linchado, e
no dia seguinte a população incendiou o teatro para, segundo eles, exorcizar o
demônio.
Essa foi uma atitude drástica marcada pela “ignorância tecnológica e
cinematográfica” daquela geração. Porém, ela parece ser uma atitude
profética, pois depois de tantos anos as imagens do cinema realmente se
tornaram num instrumento diabólico, e na maioria das vezes, “quem realmente
está por trás das produções”, é o próprio Satanás. Ele tem conseguido instilar
com sucesso suas idéias e doutrinas na mente de “grandes” diretores do
mundo do cinema, e por meio de seus filmes, denegrir e banir a crença cristã
dos corações.
Em 1900, Quando houve a Exposição Universal em Paris, os Lumière
contruíram uma tela de 21 metros de largura por 18 de altura. Seu objetivo era
tornar o cinematógrafo a principal atração da exposição. O que foi alcançado
sem muitas dificuldades. Durante meses, cerca de 8 milhões de pessoas viram
a exibição de 150 filmes dentro de um amplo e confortável teatro. Não
demorou muito para que as novas câmaras fossem produzidas em grande
quantidade e se espalhassem pelo mundo. Além, é claro, da produção de
patentes de máquinas concorrentes, o que tornou as imagens cinematográficas
ainda mais populares. Apenas os operadores Lumière produziram mais de
2.000 filmes. Os assuntos variavam desde lutadores Javaneses e as pirâmides
do Egito, até as colheitas de arroz no Japão. Todos refletiam a realidade, eram
verdadeiros documentários, fontes de educação, cultura e bom entretenimento.
Sem dúvida nenhuma, a contribuição cultural dos irmãos Lumière foi
fantástica. No entanto, como filhos e filhas de Deus, devemos refletir e
levantar algumas questões básicas sobre a realidade do cinema hoje.
Atualmente, essa tão importante invenção, não está sendo mais utilizada para
a divulgação da cultura propriamente dita, mas de uma contracultura,
destituída dos valores cristãos, da ética e da verdadeira moral. É fundamental
perguntar, se a assim chamada sétima arte, estaria mais comprometida com os
princípios do reino de Deus ou de Satanás? Desafortunadamente, o que o
cinema atual tem divulgado, está mais para o pós-cristianismo do que para o
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cristianismo bíblico.
Após impor-se como meio de comunicação, o cinema teve seu maior
impulso a partir da década de 30. Inicialmente, era apenas um meio de
entretenimento e recreação destituído de voz (cinema mudo), mas hoje,
ganhou outras dimensões e outros objetivos. Hoje, há cinemas para todos os
gostos e públicos, desde os culturais até cines gays. O fato é que atualmente, a
mentalidade pós-cristã, aquela que anula os princípios da Palavra de Deus, é
que predomina, ou na maioria dos casos domina, as grandes produções
cinematográficas.
O ADVENTO DA TELEVISÃO
Depois do gigantesco passo dado pelos irmãos Lumière e do impacto do
cinema na vida de milhões de pessoas, a televisão seria outra “revolução
visual” que marcaria as nações de todo o planeta, e causaria profundas
transformações no pensamento, cultura, costumes e valores, principalmente
das sociedades mais desenvolvidas, afetando direta ou indiretamente as igrejas
cristãs. O advento da televisão, bem como a sua rápida popularização,
tornando-se o principal meio de comunicação de massa e formação de opinião,
conquistou lares e corações e causou um segundo impacto na maneira de “ver”
o mundo. Enquanto os crentes em Cristo discutiam se deviam ou não deviam
ir ao cinema, as mensagens e os conteúdos do cinema passaram a ser
apresentados dentro de suas próprias casas por meio da televisão. Ela passou a
ser uma atraente companheira de seus lares: colorida, rude, mordaz e
consumidora de tempo.
A TV pode ser considerada como uma invenção relativamente recente.
“Em 1926, o escocês John Logie Baird (1888-1946) fez a primeira
demonstração pública da televisão. Três anos antes, porém, o engenheiro
russo-americano Vladimir Zworykin (1889-1982) inventara o tubo eletrônico
de câmera (iconoscópio), que é a base dos aparelhos de televisão usados até
hoje”. A TV começou com o formato de um grande tubo, cheio de válvulas e
no máximo em duas cores, preto e branco. Adquiriu popularidade nas décadas
de 40 e 50, quando ela começou a ser aperfeiçoada. Não demorou muito para
que ela se tornasse o objeto dos sonhos de consumo dentro das sociedades
capitalistas, contrariando as previsões mais pessimistas, como a do cineasta
Americano Darryl F. Zanuck (1902-1979), o qual disse que “a televisão não
poderia se manter muito tempo no mercado. Pois as pessoas logo se cansariam
de passar toda a tarde olhando um caixote”. Assim, vencendo a expectativa de
Zanuck, inicialmente a TV foi implantada nos países mais ricos como os
Estados Unidos, Inglaterra e França, para depois chegar aos países em
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de televisão está passando por uma verdadeira “cirurgia plástica”. Sua forma
está diferente, seus recursos são muito mais variados. O velho tubo de imagem
dos aparelhos convencionais logo terá aposentadoria definitiva, pois já está
sendo substituído por tevês de tela plana e cristal líquido, e pela TV digital ou
HDTV (High Digital Television). Além do tradicional controle remoto, a
HDTV tem alta definição de som estereofônico (possibilita diferenciar na TV
sons graves e agudos e distinguir os diversos instrumentos de uma orquestra),
e um sistema de alta definição de imagens proporcionais às do cinema, em
termos de qualidade. Numa televisão digital, os filmes feitos com cameras de
cinema não precisam ser cortados, pois seu formato é compatível com os
novos televisores. Assim, a imagem não é só melhor como tem oito vezes
mais informação. Por exemplo, um filme de 35 milímetros projetado em
cinema comporta dez vezes mais informação que o mesmo filme projetado na
televisão e dezessete vezes mais do que uma cópia feita em videocassete. Por
isso o aparelho de TV digital tem o dobro da resolução dos televisores
normais e formato de tela de cinema (retangular), com a proporção de 16/9
(para cada 16 centímetros de largura, 9 de altura). Essa mudança na tela da TV
não está ocorrendo por acaso, há muita pesquisa feita por especialistas em
fisiologia óptica. Um desses centros de pesquisa é o Conservatoire National
des Arts et Mértiers, em Paris, na França. Para eles, “o novo formato não só
permite a exibição de filmes na sua totalidade, como também se adapta muito
melhor à visão humana. É óbvio, ainda que pouca gente perceba que o nosso
mundo é horizontal. Primeiro porque nossos olhos são dispostos lado a lado.
Segundo, porque estamos acostumados a tratar dados que chegam das laterais
(pessoas, carros, etc.), mais do que de cima para baixo. Esta diferença de
proporções alarga a tela atual sem aumentá-la em altura. Como um espectador
deve se situar a uma distância máxima de três vezes a altura da tela para se
sentir envolvido pela imagem, a uma distância equivalente preenche-se mais o
campo visual olhando para uma tela retangular do que para uma quadrada (o
formato é retangular porque o mundo, a nossos olhos é horizontal). De fato, a
tela em 16/9 ocupa 30% deste campo, enquanto a de um aparelho normal
(4/3), ou seja, limita-se a 10%.
As mudanças no formato do aparelho de TV envolvem até mesmo
aspectos psicológicos. Mas as mudanças não ficam apenas na estética, com o
sistema de alta definição digital (HDTV), é possível exibir imagens em
câmara lenta, sintonizar vários canais ao mesmo tempo em partes diferentes da
tela e até congelar imagens durante a transmissão. Ao pressionar uma tecla do
controle remoto do televisor digital, o telespectador vê uma pequena janela
aparecer no canto da televisão. Embora não emita som, essa janela pode ser
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um vasto menu, o filme que deseja assistir (vídeo por encomenda). Mas a TV
interativa não é só filmes, “é possível ainda fazer compras, jogar os últimos
lançamentos de videogames, checar a conta bancária, fazer uma consulta
médica e até votar em eleições; [...] montar seu próprio jornal,...e ainda:
educação interativa, telefonia, acesso a bibliotecas, vídeo conferência, música
por encomenda...tudo sem precisar sair da sala de casa. E à hora em que o
usuário quiser.
Você poderá, por exemplo, ao ligar a TV, ver a tela dividida em até
nove ou 18 segmentos menores com imagens em movimentos ou congeladas,
podendo escolher assim, num rápido relance, o canal que mais lhe interessar.
Com o auxílio de um controle remoto, terá a possibilidade de agir
interativamente, manipulando a imagem. Poderá, com um simples toque no
controle, ver determinado personagem que esteja no vídeo, de frente, de perfil,
por inteiro ou em close. Poderá particularizar um pequeno detalhe, de modo
que ele venha a ocupar a tela inteira, e assim por diante.
Ainda é cedo para concluir se as pessoas irão abandonar a costumeira
passividade e recorrer à interatividade, mas o fato mais importante é que com
a TV interativa o espectador pode exercer o poder de escolha de forma mais
ampla. Uma opção que não existe diante da TV convencional e da TV por
assinatura comum. Todavia resta saber se diante de tantas inovações o
telespectador será o senhor da TV; ou se tais “comodidades” poderão
contribuir para que, caso não haja o devido cuidado, o veículo se torne senhor
do telespectador.
O escritor e jornalista americano George Gilder, um dos maiores “gurus
futurísticos” da atualidade, defende idéias otimistas sobre a tecnologia da
informação. Tirando algumas posições extremas e exageradas, seu livro é
curioso. Entre outras coisas, Gilder fala da importância da TV interativa, e
prevê o surgimento de um novo aparelho, o “telecomputador”, uma mistura da
televisão com o micro. Parece que a grande tendência do mundo televisual e
do universo da informação on line em geral é a unificação de todos os meios
de comunicação, tendo o computador como o cérebro.
O primeiro grande passo nessa área veio com o DVD (Digital Versatile
Disc), que está causando uma verdadeira revolução em forma de disco laser.
Ele tomará o lugar dos atuais CDs e videocassetes. Depois vai ligar os
aparelhos eletrônicos entre si e também o computador. Por ser digital, o DVD
vai unir todas as mídias em torno de um único padrão, basta esperar a
digitalização dos aparelhos que ainda são analógicos. Mas não mudam apenas
os aparelhos de recepção. Muda todo o processo de produção, difusão e
recepção da imagem. Para citar um exemplo, segundo a Federal
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CAPÍTULO II
TV, MUDANÇA SOCIAL, SOCIALIZAÇÃO E FAMÍLIA
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tecnologias ampliam cada vez mais o lugar da tela de TV na vida de cada um,
e, com isso, a dependência das pessoas em face dela. Equivocado, na medida
em que os mesmos avanços tecnológicos aumentam o leque de emissões à
disposição do espectador, o que tende a diminiuir a dependência do público
em relação às grandes redes de emissoras de TV.
Inegavelmente vivemos numa era de avanço tecnológico constante,
onde estagnar significa retroceder. O rádio, os aparelhos de som de alta
definição, a tevê convencional, as tevês a cabo por assinatura, os canais via
parabólica, a TV interativa, o vídeo e futuramente o holovídeo; juntamente
com o DVD player, os “bichinhos virtuais”, os games e microcomputadores
cada vez mais potentes e “inteligentes” que estão aí, ganhando cada vez mais
popularidade, todos viram para ficar. As diversões eletrônicas fascinam
crianças, jovens e adultos. A família moderna parece estar cada vez mais
agregada em torno de aparelhos de comunicação e imagens.
As opções de entretenimento desta nossa era eletrônica parecem
intermináveis. O termo entreter significa prender a atenção, distrair, divertir.
Ele deriva do Latim, e seu sentido básico é estar entre ou deter. Não é de
admirar que o mundo se empenhe tanto em utilizar sua arrojada tecnologia
eletrônica para produzir todo tipo de entretenimento. As pessoas acolhem bem
essas diversões porque parecem precisar delas desesperadamente. E, essa
busca incessante de distrações é para muitos uma tentativa de preencher um
vazio interior, um vazio espiritual.
Indubitavelmente há muitos benefícios na moderna tecnologia
informativa. Hoje é possível visitar museus famosos de qualquer país via
internet. Recebemos as notícias do mundo todo simultâneamente e a cores,
dentro de nossa própria casa. A própria informação se tornou numa verdadeira
avalanche, tão grande que é impossível acompanhar tudo o que ocorre no
planeta, mesmo estando disponível através de telas coloridas e cheias de
imagens e movimento.
Não resta dúvidas de que os aparelhos eletro-eletrônicos digitais de
comunicação visual trazem o mundo para perto de nós, mas principalmente a
televisão (por causa de sua popularidade) funciona como uma “janela” para o
mundo, ampliando sobremaneira o universo cultural de crianças, jovens e
adultos. Mas a sua influência não se limita apenas ao “universo cultural.”
Especialmente a TV, por ser o principal meio de comunicação de massa, tem
contribuído muito para as mudanças sociais verificadas principalmente nos
hábitos, costumes e valores da sociedade e, conseqüentemente da família, e de
maneira especial nas crianças e adolescentes.
Inquestionavelmente, a TV e a informática têm modificado
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filhos desobedecendo aos pais”. Há aqueles que dizem que as novelas deixam
as moças vagabundas, outros não se entusiasmam, mas não se incomodam
com possíveis mudanças nos costumes”. Apesar da simplicidade dessa gente,
pode-se perceber um senso crítico bastante apurado quanto ao conteúdo e a
influência da TV, pelo menos por enquanto.
Não é sábio aceitar o retrato do mundo que a televisão transmite. Se
você assistir aos noticiários da televisão, às novelas e aos programas de grande
audiência sem estar com o senso crítico aguçado, chegará inevitavelmente à
conclusão de que o mal predomina assustadoramente no planeta, que a
desgraça é iminente e que o fim do mundo por meio de uma terceira guerra
mundial está próximo. Você também será confrontado com ambientes de luxo
e riqueza, onde só há alegria e pessoas deslumbrantes apresentadas como um
ideal de beleza a ser atingido. De um modo geral, ficamos ali sentados,
inertes, engolindo passivamente tudo, sem darmos conta do mal que essas
imagens nos fazem e sem perebermos como causam mudanças em nossa
maneira de ver o mundo.
Durante mil gerações, a tribo Gwinch‟in viveu no norte do Alasca em
um isolamento cultural quase completo. Os membros da tribo eram totalmente
autosuficientes, sobrevivendo com base em habilidades e sabedoria aprendidas
com seus pais e com os anciãos. Em 1980, um líder da tribo adquiriu uma
televisão. O evento é descrito por membros da tribo como o princípio de um
vício. Em breve o convívio e os costumes nativos começaram a serem
ignorados, de modo a maximizar o tempo diante da televisão. Um pesquisador
comentou a respeito da experiência da tribo: “Para esses nativos, como para
todo o mundo, a televisão é um gás paralisante cultural. É inodoro, indolor,
insosso e mortal”. O que aconteceu com as tradições Gwinch‟in que haviam
sido respeitadas durante milhares de anos? Nas palavras de um membro da
tribo: “A televisão nos fez desejar ser uma coisa diferente. Ela nos ensinou a
cobiça e o desperdício, e agora tudo o que éramos está perdido”. Apesar de ter
bons programas (poucos), a televisão é capaz de mudar a nossa visão do
mundo e nos incentivar a desenvolver conclusões altamente irreais e muitas
vezes prejudiciais que reduzem a nossa satisfação na vida e principalmente
nas coisas de Deus.
Diante destes fatos, podemos afirmar que as mudanças de hábitos,
costumes e valores são veículados rapidamente pela mídia digital e
assimilados com a mesma rapidez pelo público. Um exemplo claro são as
famosas novelas. Ao apresentar o liberalismo sexual e a instabilidade no
casamento como modelos (para citar dois aspectos) o comportamento e a
escala de valores do cristão vai sofrendo um desgaste e alteração, até aceitar
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comunicação, uma pessoa recorda 10% do que lhe é transmitido por meio dos
ouvidos; 50% por meio dos olhos; 70% por meio da boca e 90% por meio das
mãos. A televisão talvez esteja numa porcentagem acima dos 70%, seu poder
de penetração e influência é tão amplo a ponto de formar uma geração de
pessoas sem espírito crítico, que não gostam e não sabem pensar por si
mesmos. Há o que podemos denominar de: “cultura do pensamento débil”.
A sociedade está com uma viseira para não pensar grande. Pensar é
difícil, é trabalhoso, é comprometedor e por isso as pessoas têm um
pensamento fraco, imediatista, um pensamento do presentismo. O pensamento
não vai para o futuro, só para o momento presente. Falta pensar longe, em
todas as dimensões (passado, presente e futuro). As pessoas não querem se
comprometer com o pensamento crítico. Vivemos numa cultura do “não
pensar”. Elas não pensam no passado, no presente e muito menos no futuro.
Os jovens que têm vida sexual ativa não pensam antes, durante e depois, nas
causas, no significado do que estão fazendo e nas possíveis conseqüências. A
destruição da natureza pela sociedade industrial-capitalista é outro exemplo, a
filosofia neoliberal não pensa além da produção e do consumo, e essa filosofia
é transmitida ao vivo e em cores na telinha da TV. O desenvolvimento
sustentável é uma alternativa não pensada pela maioria dos governos.
Vivemos numa cultura do pensamento débil. As crianças e jovens são
educados para repetir o que vêem na mídia e não para pensar por si mesmos,
precisam urgentemente desenvolver um pensamento crítico da realidade não
se conformando com a situação socioeconômica do país e com muitas outras
coisas. Muitas religiões já se institucionalizaram, tornaram-se secularizadas
para não mais lançar as perguntas cruciais para o pensamento mais elevado,
ou seja: De onde vimos? Por que estamos aqui? Para onde vamos? As pessoas
não gostam de pensar nestas questões porque elas exigem um pensamento
forte, um pensamento analítico e dialético profundo. A cultura do pensamento
débil predomina na mídia, o povo só pensa em carnaval, futebol, cerveja [...]
mas não é desafiado a pensar de forma profunda e ampla sobre a real condição
do país, sobre os aspectos políticos, sociais, econômicos e culturais. O
pensamento da grande maioria ainda está condicionado ao tamanho da tela do
seu televisor. Não pensam além, no que está por detrás do que é veiculado na
telinha, nos interesses reais que existem por detrás dos “espetáculos”
televisivos. Mas essa condição pode mudar. Deve mudar. Por meio da
educação cristã é possível transformar essa cultura de pensamento débil ou
cultura do não pensamento, numa cultura pró-pensamento ou cultura do
“pensamento crítico-analítico-dialético espiritual”. Esse pensamento espiritual
é globalizante, pois inclui todas as dimensões da realidade humana, envolve a
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AS INSTITUIÇÕES SOCIALIZADORAS E A TV
Uma pesquisa entitulada “Alguns aspectos da audiência infantil aos
meios de comunicação”, realizada pelo grupo de mídia de São Paulo e
divulgada pela Fundação Carlos Chagas, revelou que o segmento da
população paulistana entre quatro e 14 anos é um dos principais grupos de
consumo de programações de TV. Embora os padrões de exposição à TV
sejam diferenciados, variando por dia da semana e por camada
sócioeconômica, as crianças e adolescentes gastam em média 3,8 horas por dia
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escolas. Os alunos não são incentivados, como deveriam, a fazer uma análise
crítica dos conteúdos veiculados na mídia eletrônica, e tampouco são
orientados em como aproveitar melhor o seu tempo de estudo, sem a tevê.
Enquanto a escola se esforça para formar cidadãos, a TV tem por meta
principal formar consumidores. A escola não pode estar alienada diante da
televisão e do fato de que seus alunos a assistem diariamente. Por que não
levar a TV para a sala de aula? Por que não inverter a relação, na qual a TV
passa a ser o objeto, e o aluno o sujeito crítico? Imagine o que aconteceria se
os alunos na sala de aula analisassem os programas de TV e clipes
publicitários, transformando o jogo de emoções, sons, cores e movimentos em
objeto da razão crítica, e interpretando os conteúdos dos programas de
maneira ética. Poderiam realizar debates e discusões em torno da ética que
está implícita nos programas de auditório, onde muitas vezes os pobres e
nordestinos são ridicularizados. Poderiam ainda analisar a publicidade
televisiva, a qual reduz a mulher ao seu aspecto físico como uma isca para o
consumismo desenfreado. Acredito que ver TV de maneira crítica é educar o
olhar. As escolas poderiam promover fóruns permanentes de debate e
discusões sobre a qualidade dos programas de televisão, e por meio de
manifestações promover a democratização dos meios de comunicação.
Outra instituição que tem perdido o rumo educacional é a própria
família. Que na realidade perdeu suas raízes culturais judaico cristã num
processo de perda de valores, materialização e vazio espiritual. A crescente
urbanização, o capitalismo desenfreado somado aos baixos salários, a injustiça
e discriminação social e racial, a ausência de ideais cristãos elevados, bem
como o afastamento dos princípios tradicionais do cristianismo bíblico, têm
levado as famílias modernas a experimentar uma desestruturação no que diz
respeito as suas funções educativas. Ela própria passou a fazer das imagens da
telinha uma válvula de escape para os seus problemas. Em muitos casos a TV
se tornou a única fonte onde se busca o “conhecimento”, ou melhor, um
pseudoconhecimento, levando à negligência de fontes mais nobres, como os
livros por exemplo.
Quanto às igrejas, parece que uma parcela de cristãos a tem encarado
mais como um clube do que como uma fonte de crescimento e vida espiritual.
Muitas vezes essa visão distorcida do que é a igreja, e qual é o seu papel, se
deve ao fato de que em seus púlpitos não está sendo proclamado o evangelho,
que é “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.” As pessoas
têm ouvido o que querem ouvir, mas não o que realmente necessitam ouvir.
Da mesma maneira que a TV tem contribuído para o enfraquecimento das
relações interpessoais na família, escola e vizinhança, ela tem enfraquecido
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CAPÍTULO III
O PERIGO DA TEVÊLATRIA
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Guiné, consideram o tempo como algo sem muita importância. Muito menos
diferenciam passado, presente e futuro. Em geral eles não se importam muito
com o tempo. Eles nem ligam para horas ou minutos, e muitos nem sabem sua
própria idade. Os pais não lembram quando seus filhos nasceram e ninguém se
preocupa em saber quanto tempo ainda tem de vida. Ou mesmo se está
envelhecendo. „Para que dividir o tempo em pedacinhos e ficar se afligindo ao
ver os dias passarem, se isso é algo que você não pode evitar?‟Perguntam,
com inocência, os trobriandeses.
Entretanto, para nós cristãos, ter consciência da eternidade e
invariabilidade do tempo, é ter consciência de nossa transitoriedade,
fragilidade e mortalidade. Contudo essa consciência nos permite também ter
uma pálida idéia daquilo que Deus é, da Sua grandeza imutável e eterna, bem
como da Sua suprema soberania. Com esse pensamento podemos afirmar que
Deus não está preso ao passado, nem ao presente e muito menos ao futuro.
Joel Kauffmann ilustrou numa charge a incoerência e a falta de um
significado maior na vida de muitos quando estão diante da TV. Imagine a
cena: Certo “cristão”, diante de um aparelho desligado de TV, diz indignado:
“A televisão torna a violência atraente, glorifica o sexo, comercializa nossos
valores e trivializa a espiritualidade!” Faz uma pausa, “pensa” por um instante
e então, conclui: “Por outro lado, uma vez que a vida está destituída de
significado, propósito ou relações, a TV bem pode ser um modo agradável de
passar o tempo”.
Infelizmente essa ilustração se repete na vida de muitos professos filhos
de Deus, os quais vivem uma vida tão vazia de espiritualidade e serviço
cristão, que procuram na comunhão diária com a TV ou intenet, inclusive nas
horas santificadas de adoração ao criador, uma válvula de escape para as suas
frustrações e derrotas espirituais. Sem, todavia, jamais encontrar o que
anelam, pois os meios de comunicação não têm o que mais necessitam. Um
dos maiores impactos da televisão na vida dos cristãos é o simples fato de que
eles passam demasiado tempo diante dela.
A questão é que raramente pensamos na disponibilidade do tempo que
nos é reservado enquanto aqui vivemos. A própria expressão “passa-tempo” é
usada como se fóssemos imortais. Nesse ponto, faz-se pertinente algumas
perguntas: alguma vez você já parou para pensar em quantas horas úteis de
vida você tem? Ou, qual o saldo de tempo de vida que você tem pela frente?
Se você ainda não fez essa avaliação, está na hora de fazê-la. Contudo, no
lugar de concentrar suas energias no tempo perdido, dedique sua atenção nesse
saldo em particular, e faça um inventário de como pretende investir e usar o
tempo que lhe resta. Vale lembrar que há duas razões muito fortes para fazê-
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lo: 1º) Você pode estar usando mal o tempo que lhe resta para viver; e, 2º) O
estoque de tempo não pode ser renovado. Portanto, trate de aproveitar ao
máximo o tempo disponível usando-o para honrar e glorificar o nome do
Senhor Jesus em sua vida o mais cedo possível.
Um estudo feito recentemente por um órgão do governo americano
mostra o número de anos e o volume de horas que, em média, temos pela
frente, dependendo da idade de cada um (o que em determinados casos pode
significar uma verdadeira contagem regressiva). Dê uma verificada no quadro
abaixo e veja como anda a sua situação ao conferir seu saldo de tempo ainda
disponível. Todavia, lembre-se: se o saldo for pouco, não desanime, mas
invista-o com qualidade (nunca é tarde demais para iniciar novos projetos de
vida); se o saldo for muito, não se anime em demasia, mas tenha prudência e
peça a sabedoria do alto para administrá-lo, para que o saldo disponível não
seja desperdiçado. Faça a oração do salmista quando disse: “... ensina-nos a
contar os nossos dias para que alcancemos coração sábio”.
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horas e 12 minutos por dia, sem um segundo sequer a mais. Para uma
pessoa que tem 35 anos, por exemplo, isso significa 110 997 horas e 30
minutos a menos no saldo de horas.
10% a menos gastos com higiene, transporte de casa para o trabalho e
outras atividades pessoais. Esses 10% significam algo em torno de 2 horas
e 20 minutos por dia. O que somado aos 30% pode equivaler à metade do
total de horas indicado na estatística.
A Universidade de Winsconsin (EUA) realizou outro estudo estatístico
que nos ajuda a fazer uma melhor avaliação da maneira como utilizamos
nosso tempo. O estudo revelou que, em uma vida aproximada aos 70 anos,
somando-se todos os minutos dedicados para cada atividade, o indivíduo
dedicará, em média, um totaql de:
20 anos para o sono e esportes.
15 anos para passeios e diversões.
05 anos enfeitando-se.
03 anos para alimentação.
03 anos esperando algo ou alguém.
01 ano falando por telefone.
05 anos em vestir-se.
05 meses calçando os sapatos.
02 meses para regular o relógio.
04 horas de cada ano para assoar o nariz.
01 ano para acender o cigarro.
13 anos trabalhando.
08 anos vendo televisão ou escutando programas de rádio.
A pessoa que dedica 30 minutos diariamente à leitura da Bíblia, ao final de
seus 70 anos de existência, haverá empregado só um ano lendo a Palavra
de Deus.
Se dedicar 03 horas semanais para ir ao templo, durante 70 anos, só haverá
dedicado um ano e três meses em render adoração ao Senhor.
John Robinson e Geoffrey Gdbey pesquisaram como os americanos
gastam seu tempo livre. Segundo eles, os adultos normalmente têm uma média
de 39.4 horas livres por semana e usam essas 39.4 horas da seguinte maneira:
Atividades sociais (visitas, comidas, festas) – 6.7
Lazer – 2.7
Recreação e esportes – 2.2
Eventos culturais – 0.9
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atividades saudáveis para preencher o vazio deixado por ela. Contudo, vale
lembrar que ver televisão pode ser um problema mesmo que você não esteja
negligenciando outras coisas que deveria estar fazendo. Por exemplo: o tempo
que você passa diante do vídeo pode ser usado para lidar com a tensão ou
ansiedade, dificuldades com os membros da família, falta de propósitos e
tédio, medo de se relacionar com outras pessoas ou solidão. Para citar apenas
um exemplo, pesquisadores do assunto descobriram que as crianças que
assistem demais à televisão tendem a ter dificuldades em situações sociais.
Elas não são tão adaptáveis, extrovertidas, e não fazem tantos amigos. Em tais
casos, ver televisão pode estar causando problemas, ou então ser um meio para
compensá-los.
Vale lembrar que, enquanto você está sentado confortavelmente em
frente à telinha, o seu tempo está sendo subtraído lentamente e
imperceptivelmente de coisas fundamentais, como uma conversa com a
esposa, filhos e outros que lhe são queridos. A TV pode estar servindo como
anestésico para os problemas, desviando da procura de soluções reais. Ela
enche a vida com uma cascata de imagens e sons, toma a atenção, quando se
poderia, de outro modo, dedicar mais tempo à reflexão, estudo da bíblia e
oração. Dentro do lar, a televisão se coloca entre os pais e os filhos e entre os
filhos e a leitura. Isso enfraquece a oportunidade de educar, dialogar e
desenvolver nas crianças e em si próprio, o crescimento na graça e o
amadurecimento em Cristo tornando você e sua família cristãos maduros e
competentes. Por isso, é bom lembrar que ao investir o tempo com prudência,
vocês receberão um bom troco, nessa vida e na vindoura.
Além disso, um investimento exagerado de tempo na frente da TV é um
desperdício e um mau negócio. O que se “ganha” em entretenimento ou
informação não compensa pelo que se perde em termos de experiência de vida
ou vivência com o próximo. A expressão “tempo é dinheiro”, é mais levada a
sério pelos produtores de TV do que pelos telespectadores. É bom considerar
que a indústria da televisão valoriza o seu tempo e atenção, mais do que você
mesmo o faz. São gastos milhões em publicidade e elaboração de novelas e
filmes para que você dedique alguns minutos de seu tempo à telinha. O valor
do tempo no mercado publicitário e na mídia, só vem reforçar a idéia de que o
seu tempo vale ouro. Todavia, esse valor não pode medir a importância do
tempo que você dedica à família, aos filhos, aos amigos, à igreja, aos
necessitados e principalmente ao Criador.
Agora vamos fazer outro cálculo para finalizar essa reflexão: pense
numa pessoa que passa uma média de três horas por dia na frente da “telinha”,
por semana ela dedicará 21 horas à TV. Por mês dedicará 84 horas, e durante
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o ano todo terá desperdiçado cerca de 1.008 horas, ou 42 dias da sua tão breve
e preciosa existência. Não é difícil calcular quanto tempo ela terá gastado
diante da TV em 10 anos, serão aproximadamente 10.080 horas ou 420 dias.
Imagine que a mesma pessoa dedica uma hora por dia à leitura e estudo da
Bíblia, bem como à oração. É fácil fazer o cálculo e perceber, que o seu tempo
com Deus está defasado. O fato, porém, é que uma boa parcela dos cristãos
dedicam mais de três horas por dia à TV e menos de uma hora para sua
devoção pessoal com Jesus. O mesmo cálculo pode ser feito para analisar a
quantidade de horas dedicadas ao estudo, à busca de conhecimentos culturais e
à leitura construtiva. Ao fazê-lo, talvez você e sua família descubram que têm
desperdiçado muito tempo. Se isso ocorrer, faça um pacto com Deus e
reorganize seu tempo para a honra e glória do Senhor Jesus.
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direção oposta.
Na realidade, como analisa o jornalista e lingüista Nilson Lage, “esse
tipo de programação foi criado nos Estados Unidos para a América Latina na
década de 60. Era a chamada comunicação do grotesco, que recupera o
programa do Chacrinha, que jogava bacalhau na platéia; do Raul Longas, que
fazia casamento na TV com pessoas desdentadas, muito velhas ou muito
pobres; com a Dercy Gonçalves falando palavrão...O momento atual é de
retorno a esse modelo, e a televisão não faz isso à toa. É porque está sem
condições de comprar programação ou de produzir bons programas, porque
precisa desesperadamente de audiência”. Podíamos mencionar centenas de
exemplos e casos reais de desrespeito aos direitos humanos na mídia
televisiva, mas vejamos algumas formas comuns deste desrespeito:
Fazer a defesa e estimular o crime, inclusive a prática de tortura,
linchamento e outras formas de violência.
Discriminação racial, de gênero, por religião e orientação sexual.
Ataque à dignidade de pessoas e grupos como portadores de deficiência
física e de necessidades especiais, de sofrimento psíquico, dependentes
químicos, portadores do vírus HIV, entre outros.
Tratamento preconceituoso da sexualidade e da liberdade de opção sexual.
Valorização da exploração sexual comercial, pedofilia, incesto e abuso
sexual.
Estímulo precoce à atividade sexual infantil e infanto-juvenil.
Exposições abusivas de crianças e adolescentes, incluindo entrevistas
sobre dificuldades no interior da família e sobre temas que estão além das
suas capacidades de compreensão.
Divulgação de imagens de pessoas internas (incluindo crianças e
adolescentes) em instituições de privação de liberdade ou de tratamento de
saúde, ou mesmo de pessoas detidas pela polícia, sem a autorização das
mesmas.
Atribuir autoria de crime à pessoa sem provas ou condenação da justiça.
Por essas e outras razões, não deveríamos encarar a TV como um mero
“passa-tempo”, o que é uma expressão enganadora e falsa. Além do mais, é
válido considerar que muitas vezes ela tem destruído os valores éticos e o
próprio bom-senso. Conclusão: a tevê tem, literalmente, roubado preciosas
horas da nossa vida, tornando-se não num “simples e inocente passa-tempo”,
mas num verdadeiro “rouba-tempo”, e em muitos casos, denegrindo a imagem
de pessoas inocentes que acabam se tornando verdadeiras vítimas da guerra de
audiência entre as emissoras.
Programas populares abusam das pegadinhas que apesar do sadismo,
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asseguram boa audiência. Um exemplo disso foi o que ocorreu com uma
família de São Paulo. Imagens de uma suposta brincadeira da carteira foram
levadas ao ar mais de um ano depois. As cenas foram apresentadas como
resultado de uma pesquisa sobre honestidade dos cidadãos. Apresentada como
material jornalístico, essa pesquisa faz parte do arsenal de novas aboradgens
jornalísticas, aparentemente criativas, usadas por muitos veículos de
comunicação, mas que não passam de um jornalismo de pegadinha. Ainda que
se tratasse de pesquisa, o sigilo do pesquisado e os dados deveriam ser
preservados. A família não poderia ter sido exposta ao ridículo como foi. As
imagens mostradas colocaram a família toda numa situação delicada. O casal e
os três filhos foram filmados, sem o saber, durante passeio no Parque
Ibirapuera em São Paulo. A cena exibida na TV mostrou o momento em que
eles encontraram uma carteira supostamente perdida, contendo uma nota de 50
reais e um papel com o telefone do suposto proprietário. O vídeo exibiu o
casal conversando a respeito do achado e depois guardando a carteira num
compartimento do carrinho de bebê que empurravam. Nesse momento, o
apresentador às gargalhadas, teria acusado o casal de desonesto, dizendo:
“Eles pegaram a carteira e foram embora...”. O apresentador ainda teria
manifestado surpresa pelo fato de o ato de desonestidade ter sido praticado na
presença de crianças. Sendo que, na realidade, quando decidiram procurar um
orelhão para entrar em contato com o número telefônico contido na carteira e
devolvê-la com o dinheiro, a família foi abordada por uma equipe de produção
da emissora que a convenceram de que se tratava de uma brincadeira, para ver
quem pegava ou não a carteira. E depois de um ano o programa de tevê só
mostrou o que queria editando as imagens da forma como quiseram.
Toda família sentiu as conseqüências da divulgação dessas imagens. A
mãe, médica veterinária, com clínica estabelecida, viu parte dos seus clientes
se afastarem por desconfiança, num primeiro momento. O marido, consultor
autônomo, deixou de fechar novos negócios. E os filhos foram motivo de
chacota na escola. A partir do dia seguinte ao da apresentação do programa, a
família se tornou vítima de brincadeiras, principalmente o marido, em
reuniões de negócios. As pessoas diziam: “Escondam as carteiras, que fulano
chegou”. A família passou a ser rotulada de desonesta por aquela
pseudopesquisa em forma de pegadinha. A família entrou com um processo na
justiça solicitando indenização pelas ofensas morais sofridas.
No caso do desrespeito aos direitos humanos, quais seriam as possíveis
soluções? A promoção de debates públicos e conversações entre políticos,
produtores, pedagogos, psicólogos, professores e líderes religiosos, com a
participação de pais, crianças e adolescentes. O estabelecimento de um
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período menos produtivo do indivíduo, no qual não resta mais nada a fazer, a
não ser ficar sentado numa confortável poltrona, diante de uma TV colorida e
com o controle remoto sempre à mão. Geralmente o pensamento que permeia
a mente dessas pessoas é que não possuem mais o mesmo vigor, os mesmos
talentos e capacidades. Ou mesmo, que já realizaram o que podiam e agora os
mais jovens é que façam todo trabalho. Porém, essa visão não reflete toda
verdade, é uma visão comodista e satânica. Deus raramente usa pessoas com
talentos excepcionais, ele prefere usar pessoas comuns e transformá-las em
vidas extraordinárias.
Temos muitos exemplos na Bílbia e na história, de pessoas que
atingiram suas maiores realizações e conquistas depois de atingirem a terceira
idade. Moisés tinha 80 anos de idade quando foi chamado por Deus para
libertar o povo de Israel, e sem dúvida essa foi sua maior obra missionária. Da
mesma maneira Calebe, diante do desafio de conquistar Hebrom, afirmou: “E
já agora sou de oiteneta e cinco anos. Estou forte ainda hoje como no dia em
que Moisés me enviou; qual era minha força naquele dia, tal ainda agora, para
o combate, assim para sair a ele, como para voltar”. (Josué 14:10,11).
Quarenta anos antes disso, Deus ordenara ao povo de Israel para entrar
na terra prometida e tomar posse dela em seu nome. Mas só dois homens se
dispuseram a ir com Moisés: Josué e Calebe. Todos os outros tinham se
acovardado, mas esses dois disseram: “Com a ajuda de Deus, poderemos
conquistar a terra”. Passados quarenta anos, Deus ainda tinha uma obra a ser
realizada e ordenou novamente: “Vão e tomem posse de sua herança”.
E Calebe estava pronto a ir. Achava-se com 85 anos, mas era um
homem robusto. Sua determinação e confiança em seguir a Deus eram
inabaláveis, e disse: “Eu perseverei em seguir o senhor meu Deus”.
Da mesma maneira e com o mesmo espírito, foi que Samuel, Davi,
Salomão, João e tantos outros servos de Deus, realizaram suas maiores
vitórias espirituais quando estavam no auge de sua existência. Quando os
servos de Deus entendem que seu tempo e energia são valiosos, e que, junto
com o chamado de Deus, vem a capacitação necessária para realizar a obra, o
Espírito Santo começa a atuar e operar verdadeiros milagres.
O pastor norte-americano Merlin Carothers, autor de vários livros,
relatou sua experiência com a TV, após a aposentadoria. Após trabalhar toda
sua vida para Deus, o pastor Carothers se viu numa situação de comodidade.
Aos poucos foi se envolvendo em atividades de lazer, dentre elas, o prazer de
desfrutar o conforto oferecido por sua poltrona diante da TV. Certo dia ele
ouviu sua netinha de oito anos indagar: “Vovô, por que o vovô fica tanto
tempo assistindo a televisão”? Aquilo o deixou irritado, a ponto de pensar:
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“por que a mãe dessa menina não lhe ensina a ser mais educada”? Sobre esse
acontecimento o pastor Carothers relata:
“Quanto mais uma pessoa se acha dominada por um vício, menos aceita
conselhos. E eu estava assim. Como me era penoso pensar em parar de assistir
à televisão. Pouco a pouco fui compreendendo que Deus não desejava
simplesmente tirar de mim algo que eu apreciava. Queria livrar-me de algo
que iria contaminar-me. E seu objetivo era direcionar-me para seus propósitos
que eram melhores e mais elevados (ver II Timóteo 2:20,21). Cabia a mim
decidir que propósitos eu preferiria realizar na casa de Deus. Tinha a
impressão de que o que eu decidisse não teria consequências apenas neste
mundo, mas também no vindouro. Quando eu assistia à televisão sempre via
violência, sensualidade e a ridicularização de quase tudo que Deus nos manda
fazer ou de como Ele quer que vivamos. Pois bem, se a televisão era um mal,
então acho que eu teria de tirar os olhos dela”.
O pastor Carothers superou sua dependência visual da TV, ele dá seu
testemunho no livro que escreveu e adverte que a duração da fase de
“desintoxicação” vai depender de três coisas:
1- Do período de tempo em que estivemos “viciados”.
2- De nossa determinação de ficar livre do “vício”.
3- Do tempo que levarmos para entender que o “entretenimento” de Deus é
muito mais prazeroso do que qualquer diversão que satanás nos ofereça.
Se os vovôs e vovós da igreja orarem e permitirem que o Espírito de
Deus os dirirja, certamente obterão a vitória e encontrarão muitas atividades
sadias e espirituais que substituirão a TV. Por exemplo, eles poderão dedicar
tempo a escrever cartas ou e-mails missionários, ou utilizar as Redes Sociais e
aplicativos de mensagens para testemunhar de Jesus e seu amor. Poderão usar
o telefone para orar com as pessoas e como meio de evangelismo. Há tantas
outras atividades que podem ser feitas, inclusive escrever um livro de
testemunho sobre sua vida em Cristo. Que lindo exemplo para os filhos e
netos da igreja quando os avós cristãos terminam os seus dias iluminando. São
como uma vela que, na medida em que vai se consumindo derrama luz ao seu
redor.
CULTO ÀS IMAGENS
Como cristãos temos uma viva esperança que envolve preparar-se e
apresar a segunda volta de Jesus. Porém, sem exceção de idade, correm o
perigo de se deixar envolver com divertimentos mundanos e perdê-la de vista.
Os filmes, os progamas de televisão e os jogos eletrônicos vão prendendo a
atenção de forma sutil, afastando-os da missão de levar a boa nova do
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o seu tempo com elas. Tenha cuidado para não ser iludido por imagens
enganadoras, e se afaste daquelas que são imorais”.
Precisamos, como filhos de Deus, acordar e tomar providências. Há
necessidade de se estabelecer critérios éticos, morais e espirituais bem mais
claros ao uso “desses aparelhos”, que têm roubado não apenas o precioso
tempo, mas a vida espiritual de muitos filhos e filhas de Deus, além de,
literalmente, estar destruíndo sua fé.
CAPÍTULO IV
SELECIONANDO O QUE SE VÊ
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CAPÍTULO V
ESPIRITUALISMO TELEVISUAL
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“Pocahontas”:
O nome Pocahontas é uma palavra indígena que significa: “espírito do
abismo” (Poca = espírito; hontas = abismo). Este desenho é exatamente do
mesmo estilo que „O Rei Leão‟. A filosofia da Nova Era é soberana neste
filme. O cenário onde se desenvolve a história são as terras americanas.
Pocahontas, filha do chefe Powhatan, vivia feliz no meio da natureza. Um dia
chegou àquelas terras o capitão John Smith, por quem se apaixona. Eles vivem
um idílio impossível até que ele parte. Pocahontas ama a terra e os espíritos
que vivem nela, nos animais, nas árvores, nas rochas e no vento. A indiazinha
consulta com frequência o espírito de sua falecida avó, que se personifica num
tronco de árvore e lhe dá conselhos. Existe uma clara adoração pelas coisas
criadas, o que indica a forte dose de panteísmo que impregna a história.
Como „O Rei Leão‟, aqui aparece uma iniciação às práticas espíritas.
Em certo momento os índios estão sentados ao redor de uma fogueira e na
fumaça sucedem coisas estranhas. A sexualidade é explorada na figura de
Pocahontas. Suas formas, posturas e vestimentas são um verdadeiro culto ao
sexo (isso é resaltado de maneira extrema).
Não resta dúvidas de que a filosofia New Age se apresenta nesses
desenhos em forma pictória, nas imagens infernais, ensinando às crianças
práticas de ocultismo, bruxaria, feitiçaria, invocação de entidades espirituais e
às forças cósmicas que, segundo os místicos, regem o universo. Em nenhum
momento se faz referência ao nome de Jesus, a Deus ou a Sua Palavra. Essa
filosofia tem diferenças ideológicas marcantes com a fé cristã. Percebe-se pelo
menos 12 pontos básicos e distintos entre a Nova Era e o Cristianismo:
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ignoras”.
Rei Leão: “No ciclo sem fim que move a todos”.
Pocahontas: “E todos nós estamos conectados um no outro num círculo,
numa roda que não tem fim”.
A idéia de que o ser humano pode evoluir espiritualmente por meio do
ciclo eterno da reencarnação da alma, até atingir o estágio de um deus ou
semideus, sendo assim um espírito cósmico superior é contrária aos
ensimamentos da Santa Palavra de Deus. E é justamente essa idéia que
permeia a grande maioria dos filmes e desenhos animados, bem como os jogos
para computadores, inclusive os de realidade virtual. Por isso devemos refletir
nas implicações de se usar tais conteúdos com esses conceitos antibíblicos.
Se a salvação está dentro do homem, então Jesus teria morrido em vão!
Se o ser humano pode evoluir espiritualmente por meio do
autoaperfeiçoamento, por que Jesus morreu na cruz? A resposta que os gurus
da Nova Era dão é de que Jesus fez um auto-sacrifício, Ele morreu para se
auto-aperfeiçoar, Ele era um espírito evoluído, e nos deixou um exemplo de
como alcançarmos o auto-aperfeiçoamento espiritual, ou seja, operarmos
nossa própria salvação. Tal doutrina não poderia ser mais diabólica, uma vez
que anula completamente o evangelho e a salvação pela fé no sacrifício de
Jesus.
É nada mais nada menos do que a continuação da grande mentira
proferida por Satanás quando disse à Eva que ela poderia evoluir
espiritualmente e ser como Deus: “[...] Certamente não morrereis. Por que
Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como
Deus, sereis conhecedores do bem e do mal”. (Gênesis 3:4-5).
É impresionante como certos desenhos animados estão comprometidos
com a causa do maligno, como é o caso do desenho Anastasia. Repleto de
cenas e risadas infernais e diabólicas. A presença explícita de demônios é
constante em todo desenho. Eles são liderados pelo próprio Diabo que procura
enviá-los das profundezas do inferno para destruir a jovenzinha Anastasia e
seus amigos. As manifestações satânicas em Anastasia incluem: mentira,
hipnose, sonhos macabros, aparição de espíritos maus e finalmente do próprio
satanás. Em nenhum momento do desenho se fala da necessidade de orar ou
ler a Bíblia, muito menos é mencionado o nome de Deus ou de Jesus. Mas,
constantemente, é ensinado às crianças que se pode vencer o Diabo e seus
emissários com amuletos mágicos e muita, muita coragem. Tudo isso sem
mencionar as cenas com conotação sexual, marcadas pela sensualidade.
Os desenhos “Hércules” (Disney), “Mulan” (Disney) e, “A Espada
Mágica” (Werner), são exemplos de como essas grandes produções estão
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posturas homossexuais.
“Vida de Inseto”, outro desenho da Disney, que não deixa de ser uma
verdadeira obra de arte, mas também é sutilmente espiritualista, contém
mensagens ocultas da filosofia New Age. Já no início do filme, duas
formiguinhas aparecem conversando sobre a difícil vida que levam, e uma
delas diz o seguinte: “[...] é nosso carma na vida. É difícil ter carma, mas é a
realidade...”, a doutrina do carma faz parte da filosofia Budista e nada mais é
do que a doutrina da reencarnação; Outra cena mostra um Louva-Deus usando
um turbante oriental com uma pedra de cristal sobre a cabeça (símbolos
místicos da Nova Era). Ele aparece concentrado com as patas na cabeça,
praticando uma meditação mântrica oriental (chinesa). Numa cena o Louva-
Deus faz referência ao uso das vibrações psíquicas e da telepatia. Noutra, ele
pratica um ritual místico e faz invocações espiritualistas, invocando o “velho
espírito do caboclo” e outras entidades das trevas. A seguir, faz menção a
necessidade de transformação, falando essa palavra várias vezes, até que sua
“esposa” (uma borboleta colorida) sai de dentro de uma caixa e aparece. Vale
lembrar que a boroboleta é um dos símbolos da Nova Era, e simboliza o
aquariano (adepto da filosofia New Age) que saiu das trevas do casulo de
Peixes (cristianismo) para a dimensão celestial de Aquário (espiritualismo). A
borboleta pode também significar o próprio Movimento Nova Era, tendo o
mesmo sentido de libertação do casulo das trevas da Era de Peixes (Era Cristã)
para a dimensão mística e espiritualista da Nova Era (Era de Aquário).
O desenho “Vida de Inseto” também aborda o tema da sexualidade de
uma maneira distorcida e anticristã. Faz referências implícitas e, pelo menos
uma vez explícita, ao bissexualismo e ao homossexualismo. Um dos insetos é
uma “joaninha macho” que vive sendo ridicularizado por outros insetos e
tratado como fêmea. Apesar de não gostar das constantes insinuações de que é
feminina, a joaninha macho acaba aceitando tais afirmações. Há uma cena em
que dois insetos estão conversando sobre a Joaninha, e um deles diz para o
outro: se não fosse você, a Joaninha não teria descoberto a sua feminilidade.
Ao ouvir tal declaração, a Joaninha simplesmente afirma: é isso aí! Fica claro
que a intenção de tal episódio é defender o homossexualismo, considerá-lo
como se fosse uma “descoberta” e incentivá-lo como uma opção sexual não
pecaminosa.
Esse tipo de mensagens em desenhos animados se torna ainda mais
relevante e grave, quando consideramos que cerca de 56 mil pessoas que
trabalham nos estúdios da Disney são homossexuais e lésbicas, e que essa é
uma empresa adepta da Nova Era, adotando as técnicas místicas divulgadas
por personalidades como a atriz Shirley Macllen (uma das principais
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divulgadoras da filosofia New Age). Assim, fica fácil entender o porquê das
mensagens e apelos às práticas de homossexualismo e lesbianismo contidas
em desenhos e filmes. Isso fica ainda mais claro quando sabemos que a Disney
criou dois Mickey Mouse homossexuais, juntamente com duas Minie lésbicas,
e que certa vez o próprio porta voz da Disney convidou os adolescentes a
experimentar essas práticas sexuais. O objetivo do Diabo é promover um
estilo de vida contrário ao da Palavra de Deus, seja por meio dos desenhos ou
dos produtos oferecidos. Há quem afirme que a Disney está comprometida até
mesmo com cultos satânicos, nos quais os vídeos infantis são consagrados ao
inimigo para serem um sucesso de vendas. A realidade é que nos Estados
Unidos existem centenas de templos e altares dedicados ao diabo, com o
símbolo do pentagrama, e milhares de satanistas, que oram ao inimigo e
jejuam para que os pastores evangélicos fracassem e sejam derrotados pelas
forças do mal. Mas o principal alvo são as crianças, pois satanás sabe que é a
geração cristã de hoje que irá liderar a igreja do amanhã. Nesse universo de
entretenimento há uma espécie de condicionamento mental para que as
crianças aceitem e adotem uma postura anticristã e aceitem crenças pagãs. Por
exemplo, recentemente foi lançado nos EUA o cereal matinal da Família
Adam’s, seus flocos são feitos com formas de pedaços do corpo humano
como, mãos, pés, cabeça, etc., dando a idéia de canibalismo, uma das práticas
mais primitivas dentro dos cultos pagãos. Além de terem suas mentes
programadas para crenças e rituais satânicos, por meio de uma sofisticada
indústria de publicidade, muitas crianças se tornam fanáticas pelos produtos
de determinados desenhos animados, vivendo como pequenos escravos
consumistas.
A conclusão a que chegamos, diante de tanta informação diabólica, não
poderia ser outra: como povo de Deus é nosso dever de banir esse tipo de
conteúdo de dentro de nossas casas, pois são coisas consagradas às forças das
trevas. Além disso, os resultados desse tipo de informação nas crianças não
poderiam ser outros, além de: medo, insegurança, terrores noturnos, espírito
de vingança e ódio, ataques de “epilepsia”, vocabulário espiritualista,
descrença na Palavra de Deus, atitudes de rebeldia e, finalmente, abandono da
fé cristã.
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numa cena), pernas bem torneadas e cílios longos. São estratégias para
enganar seus perseguidores, que nunca os reconhecem e sempre acabam se
apaixonando perdidamente pelas mulheres nas quais eles se transformam. E,
com a mesma rapidez com que as pernas bem esculpidas estão lá, no momento
seguinte já dão lugar a uma perna cabeluda e masculina, dependendo se o
momento é para impresionar e enganar o perseguidor, ou para revelar que a
sua paixão era na verdade a sua presa, e masculina. Além de todo o
tansformismo, dos lábios que surgem e desaparecem conforme a
conveniência, dos cílios e dos beijos que lascam em seus perseguidores, a
própria presença dessas personagens travestidos já é uma atitude de
manifestação de bisexualidade.
Satanás é um inimigo astuto, ele sabe quando lançar “bombas atômicas”
pela TV, com objetivo de destruir os bons princípios; e quando lançar
pequenos fogos de artíficio, com o objetivo de cativar a atenção e causar
“queimaduras” que deixarão suas marcas no caráter, principalmente das
crianças. Desenhos considerados pela maioria como “inocências infantis”,
nada mais são do que “dardos inflamados do maligno.”
É hora de considerar mais atentamente o fato de que as grandes
empresas de entretenimento, como a Disney World, por exemplo, estão
comprometidas com as forças do mal e dispostas a propagar a aceitação e a
crença na filosofia New Age, apresentar imagens repletas de bruxarias, feitiços
que transformam o homem em besta, homossexualismo, espiritismo e até
mesmo satanismo. Mesmo em desenhos como “A Pequena Sereia”, aparecem
mensagens que exaltam o satanismo, por exemplo, em determinado episódio
uma bruxa (a bruxa do mar) diz para a pequena sereia que, para ela casar, ela
tem de dar algo em troca. A sereia pergunta: o que eu tenho de dar? E a
resposta não poderia ser mais satânica: eu quero a sua voz e a sua alma! Isso é
uma mensagem subliminar que induz a criança a se comprometer com as
forças do mal. “Os 101 Dalmatas” também passa esse tipo de mensagem. A
palavra Devil (diabo em inglês), está constantemente exposta na placa do carro
da bruxa Cruela. O desenho Hércules é outro caso, em uma das cenas o
próprio diabo sai do meio do abismo e menciona a seguinte frase: “meu nome
é Ades (palavra grega para inferno) – o senhor dos mortos, o senhor da morte.”
A meta do diabo é destruir nas crianças a fé em Cristo, e para isso ele não
precisa tirá-las da igreja, pois ele as está destruindo na sala de suas próprias
casas.
O “inocente” desenho dos Smurffs também pode ser incluído na
categoria de “fogos de artifício do maligno”. Encantadoramente
engraçadinhos, todavia, perigosamente malígnos. Nem humanos nem animais,
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Satanás lança mão de todos os meios para atingir a vida espiritual dos filhos
de Deus, em especial das crianças e jovens. Ao ficarem atentos e pedirem a
Deus discernimento espiritual, os pais cristãos não terão dificuldades em
verificar como o mal se utiliza dessas aparentes “inocências infantis” para
propagar suas mensagens.
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lição de casa. Com aspecto nada infantil, elas usam celular, batom e
estojo de maquiagem e adoram fazer compras. São praticamente
compulsivas por adquirir roupas novas. Antes que os filhos sejam
contaminados pela ideologia consumista, é preciso lembrá-los de
que, na ficção, ninguém precisa de dinheiro para consumir.
Shin Chan (Fox Kids) - O pestinha que tanto incomoda costuma
colocar os pais em parafuso. Nunca acorda a tempo de tomar o
ônibus escolar e adora ver fotos de mulheres de biquíni. Quando
contrariado, abaixa as calças e rebola. O desnho tem um humor
adulto e por isso é tansmitido às 22 horas. Se não for possível evitar
que as crianças pequenas asssitam, é recomendável mostrar que o
comportamento do personagem não é adequado.
O Laboratório de dexter (Cartoon network) - O pequeno dexter está
sempre fazendo experiências científicas. A irmã Dee Dee vive
atrapalhando. O desenho retrata o conturbado relacionamento entre
irmãos e, apesar de inteligente, é recheado de expressões como
“idiota” e “cala a boca”. A criança pode acabar reproduzindo em seu
círculo familiar e de amizades o mesmo tratamento dispensado pelos
personagens.
A Vaca e o Frango (Cartoon Network) - Mesmo que não faça o
menor sentido, Vaca e Frango são irmãos, de 7 e 11 anos, e têm pais
humanos. Juntos, metem-se em confusões e disputas constantes entre
si, repetindo a temática de O Laboratório de Dexter. A sugestão é,
mais uma vez, zelar para que os filhos não reproduzam em casa os
gestos agressivos dos irmãos personagens.
Em todos esses casos, o que se pode perceber em muitas famílias
e na escola é o fato de que muitas crianças, encantadas pelos
personagens, acabam reproduzindo alguns gestos e falas, sem muitas
vezes nem ao menos saber o que significam. Por isso é importante
proteger os filhos da avalanche de violência, errotismo, consumismo e
mediocridade transmitidos pelos desenhos animados. Uma das saídas é
formar trelespectadores críticos. O diálogo e a negociação, juntamente
com a explicação do porquê tais desenhos são inadequados são as
melhores atitudes. Proibir pode tornar o desenho ainda mais atraente.
Uma educação cristã é a melhor opção.
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religioso. Acredita que João Paulo continua vivo em algum lugar? Acho que
sim, e torço para que ele esteja bem!” Além da promoção vergonhosa de cenas
e revistas pornográficas nas tardes de domingo, Gugu Liberato parece ter se
tornado um defensor e promotor do espiritismo e do misticismo, e mais
recentemente do catolicismo carismático divulgado pelo padre Marcelo Rossi.
Gugu não exita quando tem que apresentar e promover supostos videntes
como a “Mãe Diná”, e muito menos em fazer predições com seus convidados
por meio de místicos que praticam a numerologia.
No dia 02 de agosto de 1998, foi a vez do cantor sertanejo Leonardo dar
o seu emocionado testemunho, ao lembrar o drama do irmão Leandro, morto
de câncer. Leonardo afirmou que acreditava em vida após a morte, e declarou
abertamente para milhares de espectadores, que em breve iria procurar Chico
Xavier para “contactar” o falecido irmão. Segundo a revista Veja, essa
entrevista rendeu 34 pontos no Ibope (cada ponto corresponde a cerca de 80
mil pessoas). No mesmo programa, Gugu chegou à emissora do SBT com o
livro “A Cura Através de Vidas Passadas” (o qual enfatiza a reencarnação),
embora declare ser adepto da proteção de Nossa Senhora de Fátima, da qual
tem uma imagem no seu camarim. Mas, sua inspiração parece estar mesmo em
Chico Xavier, famoso médium e escritor espírita. Este sincretismo religioso,
não atrapalha o apresentador em seu constante marketing a favor da crença no
espiritismo. Seja por meio de opiniões pessoais ou entrevistando seus
convidados, Gugu tem se tornado num verdadeiro “líder religioso” nas tardes
de domingo. Não raro, seu programa tem se transformado num verdadeiro
culto, às vezes místico, às vezes espírita e outras vezes Católico, mas nunca
bíblico.
Comentando o excesso de mensagens espiritualistas na TV brasileira, o
jornalista Júlio Castañeda, em artigo publicado na revista “Incrível” sob o
título: “Fantasmas Na Televisão”, escreveu que: novelas, seriados e outros
programas de TV recorrem a poderes místicos e ao realismo fantástico para
ganhar mais pontos na guerra da audiência. Esse fascínio pelo sobrenatural é o
mais novo fenômeno da TV brasileira. Paranomais, videntes e espíritas, que há
tempos faziam aparições nas novelas em tom de farsa, agora transportam
segmentos inteiros de telespectadores para novos horários e canais ao viverem
tramas realistas.
Castañeda ainda cita alguns exemplos, como a novela “A Viagem”, de
autoria de Ivani Ribeiro, que já foi professora de catecismo e hoje se diz
espiritualista. Essa novela bateu recordes de audiência no horário das 19h;
sendo classificada pelos comunicólogos como uma programação neomística.
Ivani revelou que se inspirou livremente no livro...“E a Vida Continua”, um
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fama e prazeres. Mais de 84 mil pessoas ligaram para dizer que Alex devia
aceitar as propostas do diabo e fazer um pacto com ele, enquanto pouco mais
de 77 mil disseram que não, que Alex devia rejeitar o pacto satânico. E o mais
assustador, é que para finalizar o programa, o apresentador ainda disse que
essa tinha sido a escolha do Brasil, como se toda nação aceitasse pactuar com
o diabo. Fico pensando que tipo de influência tal mensagem exerceu sobre
milhares de crianças e adolescentes?
Muitos programas de telenovelas tais como “Corpo Santo”, “Olho no
Olho”, “O Amor Está No Ar”, dentre outros, estavam repletos de conceitos
sobre paranormalidade, poderes sobrenaturais, comunicação com os mortos,
manifestações de seres cósmicos (ETs), etc. E não pára por aí, os próprios
autores dessas novelas dão o seu testemunho de que estão divulgando aquilo
em que crêem. “Tenho muita crença na paranormalidade”, é o que disse José
Louzeiro, crente devoto dos livros de Paulo Coelho e autor da novela “Corpo
Santo”, para justificar os motivos que o levaram a incluir uma médium com
poderes telepáticos e milagreiros na história. Louzeiro chegou a visitar várias
vezes um templo de seguidores do guru indiano Saibaba, no Rio, em busca de
paz e inspiração para as gravações de sua novela.
O cúmulo do exagero místico transmitido pela TV foi a novela “Olho
No Olho”, uma verdadeira overdose esotérica em horário nobre, porém um
recorde na TV brasileira. De autoria de Calmon, a história estava baseada nos
conceitos da parapsicologia. Onde os personagens principais entravam numa
verdadeira batalha espiritual com os poderes da mente. Numa das cenas, o
vilão que se tansformava num instrumento diabólico, cujo poder provinha de
uma estátua que literalmente encarnava o mal, chegou a ponto de levar um de
seus inimigos ao suicídio com o poder da mente. E tudo isso recheado com
efeitos especias como, raios, olhos de fogo e colunas flamejantes, criados
pelos técnicos.
Se não bastasse tudo isso, a própria equipe de produção contava com a
ajuda de um pai-de-santo, como chegou a admitir numa entrevista o co-autor
da novela, Vinícius Viana, quando disse que o pai-de-santo orientava as
cabeças dos produtores e não a ficção. Maria Lídia Gomes de Mattos, vice-
presidente da Federação Brasileira de Parapsicologia e pesquisadora da
paranormalidade há 31 anos, foi quem orientou a equipe na produção dessa
novela. É dela a crença de que a televisão brasileira deverá continuar
mantendo o tempero místico nas novelas.
“O Fim Do Mundo”, novela de Dias Gomes, retratou de maneira aberta
a crença em poderes sensitivos e na prática da poligamia. Além de contribuir
no Ibope de Thomas Green Morton, o sensitivo mineiro que entorta talheres e
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exala perfume. Ele revelou numa entrevista que a novela causou muita
agitação em sua vida, e também deu seu testemunho dizendo que achava tudo
muito bom. “Isso porque a novela despertou as pessoas para uma coisa legal.
Antigamente achavam que isso era bruxaria. Hoje é praticamente natural. Por
isso, eu acho muito boa essa abertura, este trabalho do Dias Gomes mostra
conscientemente, sem fanatismo, o que é energia cósmica, diz. Thomas lembra
que, quando anda pelas ruas é parado por crianças que lhe pedem que passe
energia aromática para elas, dão roupas e cadernos para que os energizem. Já
pensou? Uma criança de sete anos falando em energia aromática? Isso mostra
uma evolução incrível”, afirmou Morton.
Quando perguntaram a Paulo Betti, protagonista do vidente polígamo,
Joãozinho de Dagmar, se ele acreditava no fim do mundo, sua resposta foi um
sonoro não. Betti ainda disse: “Eu concordo com o frei Leonardo Boff em seu
livro „Ecologia, Grito da Terra‟. O ser humano é capaz de acabar com sua
espécie. Podemos criar uma condição tão adversa no planeta que acabaria com
o homem na terra... o homem pode acabar com o mundo”. Onde está a
verdade bíblica da volta de Jesus? Essa declaração do ator Paulo Betti, bem
como o conceito de fim do mundo transmitido por essa novela, entra em direto
desacordo com o que Deus revelou no Apocalipse: “E tocou o sétimo anjo a
trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo
vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o
sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seu trono, diante
de Deus, prostraram-se sobre seu rosto e adoraram a Deus, dizendo: Graças te
damos Senhor Deus todo poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que
tomaste o teu grande poder e reinaste. E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e
o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão
aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a
pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra”
(Apocalipse 11:15-18). Esse texto não deixa dúvidas sobre a futura atuação
direta de Deus na história humana, a qual mudará drasticamente o seu rumo, e
impedirá que o homem destrua este planeta antes do cumprimento da
promessa feita por Cristo em S. João 14:1-3, de que voltaria a este mundo pela
segunda vez para buscar os seus fiéis seguidores.
Poderia citar muitos outros exemplos de como os programas de TV, em
especial as novelas, estão comprometidos com os conceitos satânicos do
espiritismo e da filosofia pós-modernista da Nova Era, algumas com ênfase
explícita e outras apresentadas de maneira mais sutil, mas fundamentado no
que foi escrito até aqui você mesmo poderá constatar. Como já vimos é um
caso antigo, que se renova em cada produção, e que certamente não vai parar
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não apenas imaginou a história de Harry Potter, mas, como ela mesma disse:
“O Diabo me deu autorização para revelar que foi ele mesmo quem lhe deu os
livros. O meu doce e belo Lúcifer enviou-me todas as noites um anão
deformado com as anotações para os livros”.
Harry Potter é a história de um adolescente londrino que por força do
destino ficou órfão muito cedo e foi colocado aos cuidados de seus tios que
ocultaram sua verdadeira origem, até que Poter descobre que provém de uma
família de poderosos feiticeiros inclanados ao bem. Ao completar onze anos
de idade, Harry recebe uma carta mágica em que é convidado a estudar no
colégio Hogwarts de magia e feitiçaria, o qual se encontra na mesma cidade
onde mora, porém, além da realidade. Após passar por um portal mágico,
Harry Poter entra numa dimensão governada pela magia, bruxaria e ocultismo.
Harry, juntamente com vários condicípulos, é o protagonista das
aventuras que têm por objetivo trazer ao mundo real a bruxaria condenada
pela sociedade contemporânea, e de modo mais específico pelo cristianismo
bíblico. Em suas cenas, aparecem de maneira abundante seres mitológicos,
duendes, vampiros, centauros, gnomos, fantasmas, espíritos maus e diabólicos,
almas penadas e toda sorte de práticas de feitiçaria e bruxaria. Em virtude
disso, os valores sustentados pela Escritura Sagrada a respeito da vida e da
harmonia que devemos ter com a vontade de Deus são corrompidos até sua
máxima expressão. Enquanto a fé dos que se dizem cristãos não estiver
centrada no verdadeiro Deus, as artes mágicas e ocultistas, deste tipo de filme,
incrementarão seu poder na sociedade ao atuar na mente de crianças e
edolescentes atingindo suas consciências. Diante disso devemos no mínimo
questionar: Não é a consciência humana que o diabo pretende cauterizar com
o objetivo de anular a obra do Espírito de Deus? Esta é a nossa luta diante da
feitiçaria, do ocultismo e da magia. Enquanto filhos e filhas de Deus nos
deixaremos seduzir pelas obras das trevas? O que ensina a bíblia em relação a
magia, a bruxaria e o ocultismo?
Em Apocalipse 12:9 a Palavra de Deus nos declara que “Satanás engana
ao mundo todo”. Diante do momento e das circunstâncias em que estamos
vivendo na história deste mundo, esta declaração pode ser muito certa para os
cristãos despertos de hoje. Todavia, além de enganar ao mundo, Satanás está
enganando até mesmo muitos professos cristãos, mas principalmente seus
filhos, crianças e adolescentes entregues sem restrição ao mundo televisual
com suas mensagens satânicas.
Outra trilogia de sucesso cinematográfico foi o filme “O Senhor dos
Anéis”. Esta série foi escrita por J.R.R. Tolkien e foi publicada pela primeira
vez na década de 1950. Durante a década de 60, foram vendidos 100 milhões
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de exemplares. Mas foi no cinema, com a trilogia “O Senhor dos Anéis”, que
as idéias de Tolkien se tornaram populares a nível mundial. Para entender o
dano espiritual que este filme pode causar naqueles que o assistem, se faz
necessário primeiro compreender certas crenças da bruxaria. Aqueles que
praticam a bruxaria acreditam que há a magia que é positva (branca) e que há
a magia negativa (negra), e que o bem sempre triunfa sobre o mal. Os bruxos e
bruxas ensinam que as batalhas sempre ocorrem no centro da terra, em um
plano astral, causando variações por cima e por baixo dela. A bruxaria
estabelece que o bem deve triunfar sobre o mal, mas para os crentes em Cristo,
tanto a magia branca quanto a magia negra estão sob o controle de Satanás.
Um dado interessante dos três filmes é que todos eles foram estrelados em
dias festivos no calendário da bruxaria chamados de sábado de Yule (17,18 e
19 de dezembro). Os eventos especiais que ocorrem neste mundo e que estão
sob o domínio de Satanás costumam acontecer em dias especiais deste
calendário. Nada é por acaso para os adeptos da bruxaria.
A bruxaria é uma prática muito antiga e difundida, mas que sempre
esteve oculta da sociedade devido sua pouca aceitação. Todavia, cada dia
mais, o que antes eram práticas encobertas e desprestigiadas, têm se tornado
em algo comum para muita gente. Sem dúvida, o melhor meio que satanás tem
encontrado para introduzir estas práticas na sociedade é por meio de
produções cinematográficas. Por essa razão devemos entender que filmes
como “O Senhor dos Anéis”, entre outros, não são pura ficção como a maioria
acredita. Muito do que é visto nestes e em outros filmes é bruxaria praticada
desde a antigüidade.
John Ronald Reuel Tolkien, sempre buscava inspiração para escrever
nas horas próximas da meia noite. Este homem empregou 12 anos de sua vida
para escrever os livros que deram origem aos filmes. Somente no décimo
terceiro ano é que sua obra ficou conhecida (vale lembrar que o treze é o
número de maior poder dentro do ocultismo). Ele era conhecido como o
“Mestre do Centro da Terra”. Esta terra era habitada por duendes, homens
mortos, feiticeiros, anões, criaturas grotescas. Para Tolkien, duendes e bruxos
desfrutam a certeza de uma vida eterna incondicional, enquanto que a Palavra
de Deus afirma que somente Deus é possuidor de tal atributo (Cf. I Timóteo
6:16). No lugar da esperança de vida eterna por meio de Jesus Cristo, o mundo
apresentado em “O Senhor dos Anéis” oferece a reencarnação como resposta
diante da morte, mas apenas para um grupo de escolhidos. Esta crença desafia
a Palavra de Deus (Cf. Bebreus 9:27).
O herói da história é Frodo, um ser de um metro de altura, com orelhas
pontiagudas, pés peludos e que leva um objeto maldito consigo. Esse objeto
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maldito é um anel de ouro ao qual é atribuído poder terrível, e por isso deve
ser destruído. Se Frodo falhar em sua missão, o anel poderá cair nas mãos de
um feiticeiro perverso, e o mundo inteiro entraria em uma era eterna de
escuridão sob o poder do Senhor da Escuridão. No filme, as runas interpretam
a mensagem do anel com a seguinte declaração: “Um anel para governar a
todos, um anel para os controlar, um anel para trazê-los e para atá-los na
escuridão”.
Produções nacionais também têm abordado com frequência temas
místicos, como o assunto da reencarnação, por exemplo. Entitulado “Almas
Gêmeas”, novamente o programa de TV “Você Decide” apresentou um
episódio repleto de conceitos espiritualistas, ao explorar o tema da
reencarnação e de supostas vidas passadas. A história girou em torno de uma
professora universitária que teve de decidir entre manter um casamento de 15
anos, ou se separar, em nome de uma “paixão antiga”, já de outras
encarnações. Tudo ia muito bem na vida dessa professora até ela conhecer um
garçom, o qual lhe garante que eles sempre foram amantes em outras épocas, e
que os dois eram almas gêmeas, inseparáveis. A história foi apresentada de tal
maneira que acabou induzindo o público na decisão final. Por exemplo, a
relação matrimonial da professora sempre era apresentada como algo tedioso e
monótono, enquanto os “sonhos” e sessões de regressão, das suas vidas
passadas e de seus romances com a sua “alma gêmea”, estavam recheados de
emoções fortes, erotismo e sensualidade. O fato surpreendente foi que o
público, na sua grande maioria, decidiu que ela deveria se separar e terminar
com o seu casamento, e tudo isso em nome de seus supostos romances em
vidas e épocas passadas. Sem dúvida, essa decisão, além de ser um reflexo da
crença popular na reencarnação, contribuiu para reforçá-la na mente de
crianças e adolescentes.
Porém, não só de reencarnação o telespectador viverá. Sob o título
“„ETs‟ estrelam 30 horas semanais”, o jornal Folha de São Paulo divulgou que
“os programas e os seriados que exploram a temática dos discos voadores e
dos fenômenos paranormais somam mais de 30 horas semanais na TV
(incluindo rede aberta e canais pagos)”. Basta prestar mais atenção em
determinados programas de auditório para perceber que realmente está
ocorrendo uma exploração muito grande do tema. Apresentadores como
Carlos Massa (o ratinho), Gilberto Barros (o leão), Augusto Liberato (o gugu)
e Hebe Camargo, são alguns exemplos. Mas a crença em seres extraterrestres
não se limita aos programas de TV brasileiros, é praticamente universal dentro
do universo da mídia eletrônica.
Produções como “Arquivo X”, “Millenium”, “Dark Skies”, “3rd Rock
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from the sun”, “Alf”, “Meu Marciano Favorito”, “Missão Alien”, “V”,
“Histórias Insólitas”, “Além da Imaginação”, “Mysterious Places”, para citar
alguns; trazem como mensagem principal a crença em Ets, bem como nos
poderes místicos da mente humana. Alguns até sugerem um possível convívio
pacífico com seres extraterrestres. Nas grandes produções cinematográficas a
crença em ETs também é explorada ao máximo. Filmes como “ET”, “Marte
Ataca”, “Independence Day”, negam abertamente as crenças cristãs,
principalmente a crença na segunda vinda de Jesus. Um exemplo disso é o
enredo do filme ET, onde um ser alienígena vem à terra com poderes
sobrenaturais e opera vários “milagres”. Ele acaba sofrendo rejeição e
perseguições que o levam à morte. Porém num momento que ninguém
esperava ET ressuscita dentre os mortos, é levado ao céu por uma espaçonave
extraterrestre, e antes de subir promete voltar ao planeta terra. Isso nos parece
familiar? É uma deturpação do evangelho. A idéia transmitida é de que não
precisamos temer esses “seres cósmicos” extraterrestres, mesmo apesar da sua
aprarência, muitas vezes assustadora, eles são “bons” e desejam nos ensinar o
caminho da autosalvação ou evolução espiritual.
Depois do sucesso de bilheteria do filme ET, outras produções de
Hollywood continuaram a explorar o tema. O filme Homens de Preto (MIB),
por exemplo, explora a tese de que os alienígenas vivem aqui na terra sob a
proteção do governo americano, muitas vezes disfarçado como pessoas
famosas e astros do cinema. O filme Arquivo X, baseado na famosa série para
TV, é outro exemplo. Nele os americanos gostam de acreditar que o governo
“esconde ETs no armário”. “O filme deita e rola em cima dessa hipótese.
Conta que moradores de outros mundos estão entre nós há tempos e que o
governo dos Estados Unidos anda clonando seres mistos de humanos e
alienígenas. Os agentes Fox Mulder e Dana Scully estão sempre envolvidos
até o pescoço com os arquivos X – casos que o FBI não conseguiu resolver – e
vão investigar a história.”
Não é por acaso que a crença em ET‟s está aumentando. O jornal
americano USA TODAY publicou uma pesquisa na qual perguntaram aos
entrevistados: “você acredita em seres de outros planetas?” A porcentagem de
pessoas que disseram que sim, eu acredito em ETs, foi de 44%. Destes, 54%
eram homens e 33% mulheres.” Em contrapartida, outra pesquisa revelou que
não basta apenas ter uma opinião formada sobre a Bíblia ou possuir mais de
um exemplar, é necessário estudá-la com afinco para não cair nos enganos da
Nova Era. “O instituto de pesquisa Barna Research Group, dos EUA,
entrevistou mil americanos sobre a Bíblia e constatou que, em cada casa ou lar
americano há em média três exemplares da Bíblia” (mesmo assim a crença em
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como “um humano mais evoluído”. Não ficam dúvidas de que a televisão
brasileira se converteu num império do misticismo, e que este não é um
fenômeno nacional, mas global.
Não desejo apresentar uma relação cronológica das principais
produções da TV e do cinema relacionadas com o espiritualismo. Mencionei
algumas, apenas para servir de exemplo, bem como para despertar em você o
senso crítico de avaliação espiritual. Creio que outra influência negativa que
esse tipo de programação exerce, principalmente nas crianças e adolescentes,
seja a que está relacionada com a indiferença demonstrada de forma cada vez
mais crescente para com a Bíblia, a oração e os cultos de adoração e louvor,
considerados por muitos como “sem graça”. Se quisermos uma geração de
membros da igreja fiéis e dedicados, temos que estabelecer orientações claras
quanto ao uso da TV, sem rodeios e com sólidas barreiras morais, éticas e
espirituais.
Nossa geração está sendo atingida pelo espiritualismo e se voltando
para o que pode ser definido como “tecnopaganismo”, ou seja, as tecnologias
de informação televisual como a principal fonte de idéias e conceitos pagãos.
É a maneira sofisticada que o Diabo encontrou para semear as suas doutrinas
na mente do homem secularizado, levando-o à descrença na Palavra de Deus.
CAPÍTULO VI
BEBÊ NÃO PRECISA DE TV
TV NÃO É BABÁ
O ambiente familiar é extremamente importante na formação da
personalidade e caráter infantil. Para isso as etapas do desenvolvimento
infantil precissam ser respeitadas e devidamente estimuladas. Todavia,
atualmente parece que não existem mais crianças, no sentido literal da palavra,
a televisão parece ter envelhecido e amadurecido precocemente a todas elas.
Muitas dessas crianças, já não têm mais seus pais, pois foram adotadas pelos
apresentadores e “heróis” da televisão, os quais são imitados e copiados em
questões de moda, costumes, comportamento, valores e até mesmo crenças.
São uma geração de crianças sem-colo, sem carinho e afetividade.
Parece que nos lares de nosso século já ocorreu uma transferência de
responsabilidade no que diz respeito a educação dos filhos. A televisão se
tornou a grande babá, o “remédio” para toda criança chorona, a conselheira
mais íntima, a grande saída para pais que já perderam o controle da situação.
Porém, é bom lembrar, que nada substituí a responsabilidade que os pais têm
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HUMANIZAÇÃO
É de extrema importância considerarmos a influência que o meio exerce
sobre o desenvolvimento e humanização da criança, bem como a importância
de se demonstrar afeto, carinho e amor. O caso de Patrick, é uma verdadeira
tragédia humana e científica, que comprova estes fatos. Quando Patrick foi
finalmente descoberto ele contava com sete anos, vivia trancado num
galinheiro que media 3m por 1,80m protegido por telas, o que o obrigava a
empoleirar nos suportes de madeira. Esse pobre garoto se locomovia pulando
com movimentos semelhantes ao das rãs. Suas unhas dos pés cresceram tanto
que ele constantemente tropeçava nelas. Ele estava com mais de vinte fraturas
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consolidadas nas pernas e braços, seu rosto era pálido, suas canelas côncovas,
sua alimentação básica consistia em cascas de batatas que sua desumana
“mãe” atirava no chão do galinheiro, coberto de camadas de penas,
excrementos e restos de sua comida. Patrick foi encontrado e tratado, uma
cirurgia endireitou suas pernas e ele foi capaz de andar com passos irregulares.
Nunca aprendeu a falar, o único som que emitia era o das galinhas do
galinheiro vizinho, o qual havia ouvido desde pequeno. Depois de várias
terapias Patrick começou a apresentar sinais de humanização, mas o
tratamento foi abruptamente interrompido e encerrado quando ele foi
removido para um orfanato onde imediatamente regrediu e faleceu.
Outro caso, muito conhecido por aqueles que estudam psicologia ou
sociologia, é o de Amala (ou Kama) e Kamala na Índia (1920), duas crianças
que foram encontradas vivendo no meio de uma família de lobos. Elas se
locomoviam de quatro, apoiando-se sobre os joelhos e cotovelos para os
pequenos trajetos e sobre as mãos e os pés para os trajetos longos e rápidos.
Eram incapazes de permanecer em pé. Na instituição onde foram acolhidas,
passavam o dia acabrunhadas e prostradas numa sombra; eram ativas e
ruidosas durante a noite, procurando fugir e uivando como os lobos. Nunca
choravam ou riam. Kamala viveu oito anos na instituição que a acolheu,
humanizando-se lentamente. Ela necessitou de seis anos para aprender a andar
e pouco antes de morrer só tinha um vocabulário de 50 palavras. Atitudes
afetivas foram aparecendo aos poucos, ela chorou pela primeira vez por
ocasião da morte de Amala e se apegou lentamente às pessoas que cuidavam
dela. Aprendeu a se comunicar primeiramente por gestos, depois por palavras
de um vocabulário rudimentar. Morreu em 1929, tinha poucas características
humanas e seu comportamento era exatamente semelhante àquele de seus
“irmãos” lobos.
Esses relatos descrevem fatos verídicos e permitem entender em que
medida as características humanas dependem do convívio social, da interação
com outras pessoas, da satisfação de necessidades básicas, sejam de ordem
física ou psicológica, tais como: alimentação, abrigo, proteção, carícias,
incentivos, amparo, segurança, conhecimento, etc. É por meio do contato
humano que a criança aprende e adquire a linguagem, passando por meio dela
a se comunicar com outros seres humanos e a organizar seu pensamento. A
criança aprende a ser humana quando há um contato “interativo-afetivo-
emocional”, significativo. Quando ela é devidamente estimulada nas
diferentes fases de seu desenvolvimento.
Diante desse quadro, se faz necessário alguns questionamentos para
reflexão: será que o excessivo convívio com a TV não está “produzindo” uma
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ESTÍMULOS VERSUS TV
Para provar a importância do aspecto afetivo-emocional no
desenvolvimento e realizações humanas, o psicólogo e jornalista americano
Daniel Goleman (Phd), autor do sucesso editorial: “Inteligência Emocional”;
Realizou pesquisas intensas em escolas, empresas e famílias, bem como em
alguns dos melhores e mais reputados trabalhos na área de neurofisiologia;
concluindo que a fórmula para o sucesso na vida repousa numa combinação
bem temperada de pensamento racional agudo com controle e
autoconhecimento emocionais. Mais do que isso, para Goleman, é nas
emoções que está o fator preponderante.
Não querendo entrar numa análise crítica da obra de Goleman, desejo
apenas destacar a importância dos aspectos mencionados acima, e de como
eles podem ser aplicados ao viver cristão. Diante dos “bloqueios” causados
pelo uso excessivo da TV, tais como: ausência de relacionamentos
interpessoais significativos, desinteresse social, pensamentos e idéias
manipuladas, afastamento dos livros, insensibilidade diante do sofrimento
alheio, incapacidade de demonstrar e receber afeto e carinho, pouca ou
nenhuma comunicação, etc; Faz-se necessário pensar e destacar a importância
do cristão ter um pensamento racional claro e profundo para entender
plenamente a vontade de Deus para a sua vida (Cf. Romanos 12:1). Além da
necessidade de desenvolver pleno controle das emoções no cotidiano, e ter
consciência de como elas podem ser entendidas e moldadas para honra e
glória de Deus, seja na vida espiritual ou profissional.
Cada vez mais, empresas e escolas estão aplicando métodos
psicológicos para medir o estado emocional de seus funcionários e alunos. O
princípio é simples, conforme o nível emocional do indivíduo, será a sua
reação a determinadas situações. Logo, quando há uma concientização de
todos, de que tal colega de trabalho ou de escola, não está bem
emocionalmente, (as causas podem ser variadas) isso é levado em
consideração, nos momentos de interatividade e na maneira de praticar o
relacionamento interpessoal com essa pessoa. Todos são beneficiados,
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começando pelo próprio indivíduo que tem mais facilidade para se abrir
emocionalmente, devido ao ambiente psicologicamente favorável. Por que não
usar esse método dentro do lar? Por que não transformar o seu lar num
ambiente totalmente favorável para a prática da interação emocional?
Considerando que a TV não contribui de maneira satisfatória para a
formação afetivo-emocional das crianças e para essa abertura emocional, se
torna imperativo a necessidade de relacionamentos interpessoais significativos
para o seu desenvolvimento integral. E quanto mais cedo as crianças forem
estimuladas pelos pais e por aqueles que a cercam, melhor.
O primeiro ano de vida é decisivo no desenvolvimento do cérebro da
criança e no despertar de seus potenciais. De acordo com especialistas na área
de psicologia, a interação entre herança genética e o estímulo do meio
ambiente é que definirão o ser humano. Fruto dessa interação entre o que é
herdado e os estímulos do ambiente, no primeiro ano de vida o cérebro do
bebê triplica de tamanho, chegando a cerca de um quilo (uma arrancada
decisiva, visto que o cérebro de um indivíduo na idade adulta é pouco maior,
pesando algo em torno de 1,350 quilo). Além do florescimento das células da
glia, que são estruturas de sustentação e nutrição dos neurônios, o ganho de
peso é explicado pelo aumento do número de sinapses, uma espécie de elo que
une os neurônios. Quanto mais um indivíduo executa atividades sensoriais,
físicas ou intelectuais, maior o número de sinapses que irá desenvolver. Aos
oito meses de idade, a criança atinge seu número máximo, cerca de 100
trilhões. O desafio está em conseguir mantê-las, lutando contra a natureza,
que, sozinha, se encarrega de reduzi-las à metade antes que a criança atinja os
cinco anos. De acordo com o estudiosos em neurologia, quando há uma
habilidade que não é utilizada, a sinapse correspondente a ela tende a
desaparecer, por isso, na guerra pela sobrevivência das sinapses, a estimulação
é uma arma poderosa.
Porém, o que os especialistas querem dizer quando falam sobre a
necessidade de estimular o bebê? Será que significa, por exemplo, forçar uma
criança a aprender a falar antes mesmo dela saber sequer balbuciar algum
som? A resposta é negativa. Estimular o desenvolvimento do bebê não
significa apressá-lo, mas estimulá-lo na hora certa, no período apropriado.
Tudo tem um tempo certo. O desenvolvimento infantil normal e sadio
acontece gradualmente. Considerando a importância da formação cerebral no
primeiro ano de vida, bem como a necessidade de estimular o bebê nessa fase,
é fundamental saber quais são as principais etapas do desenvolvimento do
bebê em sua primeira infância (0 a 3 anos):
Reconhece feições - Já no primeiro mês.
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LINGUAGEM VERSUS TV
Estudos científicos têm demonstrado que as experiências durante a
infância alimentam os circuitos nervosos e determinam o futuro da
inteligência. Essa é mais uma boa razão para os pais se empenharem na
educação de seus filhos. Pesquisadores de diversas partes do mundo estão
descobrindo que há etapas definidas para o desenvolvimento do cérebro das
crianças, e informam que a inteligência, a sensibilidade e a linguagem podem
e devem ser aprimoradas na escola, no clube e, especialmente dentro de casa.
E a maior surpresa: o gosto pela ciência, pela arte e pelas línguas ocorre muito
mais cedo do que se imaginava.
Esse estudo ainda revela que, as primeiras experiências da vida são tão
importantes que podem mudar por completo a maneira como as pessoas se
desenvolvem. Essas diferentes etapas de desenvolvimento são denominadas de
“janelas da oportunidade”. A revista americana Newsweek usa uma imagem
que pode parecer assustadora, mas que reflete bem o que os cientistas estão
dizendo: a cada velinha de aniversário que uma criança assopra, é como se ela
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CAPÍTULO VII
A TV E A SÍNDROME DO MUNDO VIL
A TV E A BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA
A violência, acima de tudo, é o “prato” do dia nos aparelhos de TV.
Chega a ser espantosa a naturalidade com que milhares assistem a cenas de
violência. Estudos comprovam que a presença constante da violência nos
meios de comunicação de massa (incluindo a TV), contribui para o
desenvolvimento de uma cultura agressiva global. Todavia, por vezes, a
atitude de muitos telespectadores chega a ser contraditória diante da telinha. O
mesmo espectador que, ao ver um noticiário, fica passivo e indiferente ao
assistir a tortura e a morte de centenas de seres humanos, manifesta protestos e
indignação ao ver a morte agonizante de um animal qualquer. Hoje, as pessoas
“consumidoras de notícias e filmes violentos”, têm a tendência de receber
como ato corriqueiro e sem importância o sofrimento e o assassinato de seus
semelhantes, mas não estão habituados ao sacríficio de um animal.
Em uma entrevista concedida à revista “Sinais dos Tempos” o Dr.
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CENAS DE VIOLÊNCIA NA TV
(Uma Semana de Programação)
Cenas de tortura 23
Facadas 56
Trombadas de carro 233
Brigas 651
Explosões 886
Tiros 1940
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vítima: Individual (80%); Adulto (45%); Homem (80%). Quanto aos motivos
do crime: psicológicos (22%); Financeiros (8%); Político-ideológicos (5%);
Amorosos (1%); Não Informa (33%). Quanto a arma utilizada: Arma de fogo
(13%); Arma branca (9%); Outras - Corpo, sacos, vasos, etc. (40%); Não
informa (39%). Quanto as conseqüências físicas: Hematomas ou ferimentos
(42%); Perda de patrimônio (7%); Danos matérias (5%); Morte (3%); Não
informa (46%). Quanto as conseqüências psicológicas: Não informa (34%);
Informa (22%); Não informa (43%). Quanto a justificativa para o crime:
justificável (38%); Não justificável ou gratuito (34%). Uma característica
observada foi que em geral não há polícia, os crimes não geram conseqüências
à vítima e não existe intermediação ou alguém para dirimir os conflitos. Esse
mapeamento estatístico resultou da crescente preocupação da sociedade com o
conteúdo vale-tudo das programações em meio a estudos acadêmicos,
especialmente nos Estados Unidos da América, indicando suposta relação
entre a tevê e comportamentos anti-sociais.
Há quem defenda a televisão, alegando que os meios de comunicação
apenas divulgam a violência existente na sociedade. Todavia, as evidências
apontam na direção oposta. A exposição a atos violentos causa uma
deseducação, ou, dito de outra maneira, uma educação segundo princípios
eticamente condenáveis, onde as principais vítimas são crianças e
adolescentes. Essa tese é corroborada por uma série de pesquisas divulgadas
pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, o qual preparou
um informe que resumiu mais de 2.800 estudos sobre a influência da televisão
sobre o comportamento humano. As provas foram tão convincentes que
estabeleceram o consenso de que a violência projetada pela TV incita um
comportamento agressivo (talvez por isso o Governo dos EUA tenha exigido
dos fabricantes de tevês a instalação do Violence Chip (V-Chip), um
dispositivo que impede a apresentação de cenas violentas na telinha).
Outro estudo estatístico revelou que ao longo de dez anos, um
telespectador terá visto pelo menos 150 mil episódios violentos e 25 mil
mortes, o que é muitíssimo mais do que qualquer soldado possa ter
comtemplado nas últimas guerras. Por isso é bom considerar que a TV
influencia e muito; é o que também confirma um relatório preparado pela Drª
Bárbara Wilson da Universidade da Califórnia, onde foi divulgado o resultado
de uma pesquisa feita nos Estados Unidos da América sobre a influência da
TV nas crianças e adolescentes. A Drª Wilson, uma das autoras da pesquisa,
disse: Todos os programas violentos ensinam às crianças técnicas de
brutalidade. Muitos infundem medo nelas, e alguns contribuem seriamente
para torná-las insensíveis com relação ao sofrimento dos outros. O fato é que,
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fictícia ou real, a violência na tevê afeta o dia-a-dia dos pequenos e deve ser
motivo de acompanhamento e bate-papos entre pais e filhos.
Leonard Eron, professor de psicologia na Universidade de Yale (EUA),
divulgou a seguinte pesquisa sobre como a TV influencia a prática da
violência: Eron fez um estudo para identificar as causas da agressão contra
crianças. Queria saber como os pais tratavam os filhos, mas também queria
saber quanto tempo as crianças ficavam vendo televisão. Conclusão: Dez anos
depois, para sua surpresa, o fator que mais prognosticava agressão entre as
crianças, agora no final da adolescência, não tinha nada a ver com a maneira
como seus pais as tratavam; era a quantidade de violência na TV que eles
haviam visto uma década antes. Dez anos depois, nova pequisa foi feita com
as mesmas pessoas, e a correlação ainda se mantinha. A violência na TV criou
a síndrome do mundo vil, ou seja, a criança se torna insensível quando vê
cenas violentas na vida real. Diante disso, não resta dúvidas de que a televisão
contribui enormemente para a banalização da violência, seja por meio do
ensino de técnicas criminosas e a difusão da idéia de que a violência é um
meio legítimo para a resolução dos problemas individuais.
De acordo com outra pesquisa realizada, “há uma preocupação por parte
dos pais no tocante à violência, embora essa preocupação seja mais acentuada
quando o filho assite a programas que mostram cenas reais, e menos
acentuada quando são filmes de ficção, como os de Stalone e
Schwarzenegger”. Segundo este estudo, realizado com 180 pais divididos em
18 grupos, em cinco grandes cidades brasileiras, a principal conclusão sobre a
violência na telinha (por parte dos pais) é a seguinte:
“A violência real mostrada em alguns documentários e programas de
telejornalismo, faz mal às crianças. Quando é ficção, pode ser um bom
programa familiar”.
Infelizmente, estes pais não estão 100% certos. Para a grande maioria dos
psicólogos, uma criança que fica vendo programas que mostram cadáveres,
violência e crimes, seja em cenas reais ou de ficção, acaba perdendo a
capacidade de ficar perplexa, achando que o mundo é assim mesmo. Isso sem
mencionar o fato de que as crianças podem desenvolver uma assimilação
desses modelos e ídolos violentos apresentados nos filmes de ação, utilizando-
os como padrão para o seu próprio comportamento na escola, em casa e até
mesmo na igreja. Outro fato que não deve ser ignorado, segundo uma pesquisa
feita nos Estados Unidos da América, são os efeitos psicológicos causados
pelos filmes violentos em crianças e adolescentes. Um estudo realizado pela
Universidade de Michigan revelou que de cada quatro pessoas que assistiram
a cenas de violência na infância e adolescência, uma, apresenta alguma forma
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ÍDOLOS VIOLENTOS
O Times Mirror Center for People and the Press, fez uma pesquisa com
1.516 espectadores de TV dos Estados Unidos e revelou que os jovens
americanos são a favor da violência na TV, dos entrevistados, 74% dos
espectadores abaixo de 30 anos assistem a programas violentos. A violência
na TV tem exercido o seu fascínio sobre os jovens. Uma outra pesquisa feita
pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
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Porque os heróis do cristão não são forjados por trás dos bastidores. Não se
acham a serviço de interesses escusos. Não se identificam com uma escala
invertida e irreal de valores. Os heróis do cristão são autênticos, porque se
identificam com aquele que é o mesmo ontem, hoje e eternemente. E todos
aqueles que imitam o caráter do supremo modelo (Cristo Jesus), são dignos de
imitação. Por isso Paulo afirmou: “sede meus imitadores, como também eu
sou de Cristo”. (I Coríntios 11:1). Não podemos negar que existem modelos
na televisão que exaltam a dignidade humana, são poucos, mas existem.
Entretanto, a Bíblia apresenta o personagem que sobrepassa a todos os outros
neste mundo, e este é o Filho de Deus, Jesus Cristo. Sua bondade, ternura,
cuidado pela raça humana e intersse por nós, o transformam no ser mais
maravilhoso que já tenha pisado neste planeta. Diante dos falsos heróis
apresentados pela mídia eletrônica, é pertinente fazer uma breve comparação
entre o que a tevê tem apresentado como modelo de conduta e o modelo
supremo para os cristãos, o Filho do Deus Vivo:
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pelo medo de se tornar mais uma vítima da violência ou pelo risco de se tornar
usuário de drogas, você deve proceder de tal maneira que eles se sintam livres
para se expressar sobre isto. 3- Pergunte a suas crianças o que eles podem
fazer para evitar cair dentro dessas armadilhas. Deste modo eles se sentirão
habilitados para tomar atitudes e agir, ao invés de serem uma vítima sem
esperança. 4 – Sempre lembre seus filhos de que os assassinatos e crimes
hediondos que aparecem na televisão são apenas uma pequena porcentagem
diante de todas as coisas boas e felizes que acontecem a cada dia, mas que
nem sempre temos consciência. 5- Toda vez que você conversar com seus
filhos, tente ser mais positivo do que negativo. Deixe-os saber que você é
otimista acerca da vida, e eles serão também.
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CAPÍTULO VIII
TELEVISÃO VERSUS LEITURA, SAÚDE E REALIDADE
CUIDADO, TV VICIA!
“Acho a televisão irresistível. Quando o aparelho está ligado, não
posso ignorá-lo. Não consigo desligá-lo. Assim que estendo o braço para
desligar o aparelho, desvanece-me a força. De modo que fico ali sentado,
horas a fio”. Você pensa que esse depoimento lê de um jovem imaturo? Não.
Trata-se de um homem maduro, de nível universitário e muito bem sucedido
financeiramente. Quando foi realizada a “semana sem TV” nos Estados
Unidos da América, onde foi proposto às famílias que mantivessem seus
aparelhos desligados por uma semana. Veja a reação de alguns que
concordaram: “Tenho sentido muita depressão... Estou ficando louca sem a
tevê” - (Suzana, 12 anos). “Não creio que serei capaz de romper o hábito.
Gosto demais de TV” - (Linda, 23 anos). “A pressão resultante foi terrível.
Continuei a ter o impulso. O período mais duro foi à noite, entre as oito e às
dez horas” - (Luís, 41 anos).Não foi surpresa que todos os envolvidos tenham
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celebrado o fim da semana sem TV com uma corrida louca para o aparelho de
televisão mais próximo.
A análise de inúmeros estudos sobre o hábito de assistir televisão vem
demosntrando o que os pesquisadores já desconfiavam há mais de duas
décadas: assistir TV pode causar uma dependência semelhante à provocada
pelo álcool ou outros medicamentos. Como já dizia Santo Agostinho: “o
hábito não refreado logo se tranforma em vício”. Os estudos indicam que os
viciados assistem TV duas vezes mais do que o telespectador médio. É
comum as pessoas dizerem que vêem televisão seletivamente, mas na verdade
elas ligam o aparelho para assistir apenas um programa e só se levantam três
horas depois. Outra revelação das pesquisas foi de que, embora a maioria diga
que relaxa enquanto assiste televisão, as pessoas acabam se sentindo bem mais
relaxadas quando desligam o aparelho.
Longe de ser motivo de risadas, o vício de ver tevê trás uma série de
problemas. O efeito da televisão sobre as crianças e adoelscentes é gerar a
expectativa de que a aprendizagem deve ser algo fácil, passivo e divertido.
Então o estudo passa a ser uma provocação. A passividade da TV leva à
expectativa de que todas as necessidades serão supridas sem nenhum esforço.
Outro fator que deve ser levado em conta é que, diante de um mundo
cada vez mais globalizado, a necessidade de dominar a arte da boa
comunicação, seja oral ou escrita, tem se tornado uma obrigação para quem
deseja o sucesso profissional. A criatividade, a capacidade de raciocínio e um
pensamento aguçado são requisitos indispensáveis na hora de procurar um
bom emprego. Cada vez mais o poder de argumentação e a expresão verbal
fluente vem adquirirndo papel essencial na vida das pessoas. Definitivamente
não podemos afirmar que a televisão está contribuindo para desenvolver tais
habilidades. A prática constante da leitura, e principalmente da boa leitura, é
que permanece como campeã para o desenvolvimento de tais habilidades.
Podemos afirmar que o hábito de ler se constitui na mola propulsora do
pensamento criativo, enquanto o hábito de ver TV leva à preguiça mental,
muitas vezes crônica.
Em artigo publicado na revista Mocidade sob o título “A TV VICIA”,
foram apresentadas várias advertências para os telemaníacos, revelando que a
TV não combina com os livros e os estudos, nem com um bom papo entre
amigos. O professor francês Marcel Rufo fez estudos sobre a relação entre o
estresse e a tevê no meio estudantil, e chegou a algumas conclusões
surpreendentes:
A TV é uma das causas do estresse na escola. Ela é responsável, também,
por problemas nervosos e falta de atenção.
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sociedade tecnológica. A ela são atribuídas falsas virtudes tais como: relaxar o
tenso, estimular momentâneamente o sem propósitos, entreter o entediado,
oferecer fuga para os inseguros e tímidos, ser uma companheira para os
solitários, etc. O que ela não faz, contudo, é ajudar de fato a lidar, sequer
superficialmente, com as causas da tensão, dos complexos, solidão, angústia,
vazio existencial, ou qualquer que seja o problema de que a pessoa possa estar
procurando escapar ao ver TV. Pelo contrário, a televisão é como uma droga.
Todavia, é uma droga que mascara os sintomas. Se ver televisão pode ser uma
maneira de fugir dos problemas, isso se torna mais grave quando assitir tevê é
um ato de fuga ainda mais séria, fuga de Deus.
Mas não precisa ser assim, pois é possível romper a escravidão imposta
pela tevê. O autodomínio começa por se aprender a fixar alvos. Primeiro
analise seus atuais hábitos. Durante uma semana, guarde registros de que
programa assiste e quanto tempo gasta a cada dia em frente à telinha.
Responda sinceramente a estas perguntas: Você liga a tevê assim que chega
em casa? Quanto tempo ela fica ligada? (independentemente de você estar
vendo ou não). Quantos programas são “obrigatórios” todos os dias e toda
semana? Talvez fique chocado com o resultado. Mas faça um exame rigoroso
dos programas a que tem assistido. Use o discernimento espiritual e junto com
toda família escolha quais programas realmente valem a pena assistir. Faça as
seguintes perguntas a você mesmo (a): A televisão traz unidade, harmonia e
amor ao meu lar? Influencia positivamente meus filhos? Estimula uma melhor
comunicação entre os membros da minha família? Aumenta os conhecimentos
artísticos, científicos, culturais e espirituais de todos? Encoraja a família a
desenvolver um sistema de valores corretos em meio a um mundo com
rpioridades invertidas? Propicia maior descontração na família? Se alguém
precisar de mim em meio a meu programa favorito, consigo atendê-lo com
delicadeza e amor? A tevê conduz ou aumenta o estresse?
Se, manter e enriquecer os relacionamentos em sua família é um item
que ocupa os primeiros lugares de sua lista de prioridade, então, quando hoje à
noite você for se sentar em frente à TV avalie bem o que vai assistir. Será que
não existe uma melhor maneira para passar o tempo?
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preferem ver televisão por ser algo “seguro” e fácil. Diante da TV não há
como fracassar. Além do mais, a TV está sempre à disposição, sempre que se
desejar. Ela faz com que as pessoas se sintam como se estivessem fazendo
algo, participando, quando, na realidade, não estão. Nesse sentido, a TV é,
acima de tudo, uma grande ilusão. Por essa razão não é de admirar que algo
tão seguro e passivo seja insatisfatório e deprimente como forma de
relaxamento do estresse.
Enquanto as formas ativas de relaxamento podem ser chamadas de
recreação; as formas passivas podem ser denominadas de descanso. A
televisão tem o poder de fazer com que o corpo e a mente entrem num estado
de neutralidade, mas de maneira nenhuma isso significa descanso. Quando se
fala em descanso, logo vem à mente o ato de dormir, que muitas vezes está
relacionado com o ato de ver televisão. Há quem descreva o ato de ver TV
como um estado de “quase-sono”, o qual induz os espectadores ao sono. Por
essa razão muitos chegam a usar a TV como sonífero ou relaxante, antes de ir
para a cama. Todavia, tal atitude não garante um sono profundo e reparador
como aquele que vem após a leitura, por exemplo.
Se por um lado a TV não serve como relaxante do estresse e é
causadora de depressão, por outro, ela também é culpada por induzir o
telespectador ao consumo de produtos supérfluos e estimular um estilo de vida
pouco saudável, principalmente às crianças. Para os produtores de marketing,
há um forte interesse em atingir o público infantil, não só com programas
adequados à sua idade, mas também com propagandas, e para isso são feitos
investimentos milionários. Para transformar crianças de 0 a 12 anos em
pequenos consumidores, os responsáveis pelo marketing na TV levam em
considração as características inerentes à idade infanto-juvenil, ou seja: o fato
das crianças apreciarem o mundo da fantasia e do faz de conta; o fato delas
amarem os heróis da TV e fazerem deles seus exemplos; o fato das crianças
quererem viver só de diversão; o fato de serem egocêntricas e capazes, a partir
de certa idade, de tomar suas próprias decisões e fazer escolhas. É se
aproveitando dessas carcterísticas, falando na sua própria linguagem e fazendo
uso de músicas e histórias para chamar a atenção e divertir, que os programas
e comerciais são produzidos e apresentados, passando a ser assimilados e
imcorporados no cotidiano infantil. Essa assimilação não ocorre por acaso,
pois de acordo com estatísticas recentes, antes de completar 5 anos, uma
criança terá visto não menos do que mil comerciais na TV. Há uma verdadeira
indústria que obtém grande lucro às custas da audiência do público infantil,
pois é justamente esse público que consome grande parte dos produtos
apresentados na TV. Esses produtos incluem música infantil (algumas com
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SOMBRAS DA REALIDADE
De certa maneira podemos afirmar que a primeira sessão de cinema
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numa sala pública de projeções, aconteceu a mais de dois mil anos, muito
antes que Louis Lumière mostrasse as paisagen animadas de La Ciotat no
Grande Café de Paris. Ela teve lugar na imaginação de Platão, que, por sua
vez, a credita a Sócrates, num diálogo com o discípulo Glauco, e veio a ser
conhecida posteriormente como a “Alegoria da Caverna”. À caverna de
Platão, basicamente uma “sala de projeção”, pode ser feita outra alegoria, a da
imagem. Fazendo uso dos pensamentos filosóficos de Platão em sua obra “A
República”, onde é apresentada sua “alegoria da caverna”, e sobrepondo seus
pensamentos à idéia de Monifieth, podemos narrá-la e aplicá-la ao mundo de
hoje da seguinte maneira:
Imagine um grupo de pessoas que sempre viveram dentro de uma
caverna sem jamais terem saído para ver a luz do sol e o mundo real. Tais
indivíduos sempre comtemplaram as sombras que se projetavam para dentro
da caverna, oriundas da pouca luminosidade advinda de sua entrada. Esses
seres humanos nunca puderam ao menos olhar para a própria entrada da
caverna, uma vez que estavam acorrentados de costas para ela, eram obrigados
a ver as imagens disformes que se projetavam, uma vez ou outra, na parede
logo à sua frente; tais imagens eram produzidas quando algum animal ou
pessoa passava do lado de fora, projetando suas sombras para dentro. Nossos
personagens sempre acreditaram que as sombras que viam, e os ecos que
ouviam, era a realidade última dos fatos, sem jamais questionar a origem de
tais imagens e ecos. A fascinação demonstrada por eles diante das sombras era
indescritível, permaneciam ali o dia todo, olhando para as imagens em
movimento enquanto a vida no mundo real, fora da caverna, a verdadeira fonte
de conhecimento e satisfação plena, permanecia inexplorada. Mas um belo
dia, um deles conseguiu se libertar das correntes, e olhando para a claridade à
entrada da caverna ficou curioso. Começou a andar em direção a única saída.
A luz que vinha de fora ofuscava e castigava seus olhos, por um momento ele
quase desistiu, mas a sua inteligência o desafiava a prosseguir. Aos poucos ele
foi se acostumando com aquela claridade, seus olhos foram se adaptando à
nova situação, até que finalmente resolveu pular para fora da caverna; porém,
não resistindo à intensa luz do sol caiu por terra, com as mãos cobrindo seus
olhos. Jamais em toda sua existência havia entrado em contato com o mundo
real, aos poucos foi se recuperando do impacto e seus olhos foram se abrindo
para comtemplar a realidade da vida, e não apenas as suas sombras e ecos.
Quando voltou para avisar seus companheiros da sua descoberta, eles riram e
disseram que ele estava louco, que a única coisa que realmente dava sentido à
vida era comtemplar as sombras projetadas na parede.
Essa alegoria pode representar a situação de muitas pessoas em nossa
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sociedade, e até mesmo dentro da igreja. São aqueles que vivem limitados pela
“caverna” do vício televisual, pessoas que preferem contemplar as sombras e
ouvir os ecos, deixando de viver a realidade, pois estão continuamente diante
do aparelho das fantasias. São indivíduos que pensam estar comtemplando o
fantástico show da vida, e não conseguem se libertar para uma forma mais
nobre de conhecimento e relacionamento. Nesse processo o consumismo é o
bem mais idolatrado, oferecido pelo capitalismo, ainda que não consumido.
Todavia, quando essa libertação ocorre, ficam por alguns instantes atordoados
diante da complexidade dos fatos e da beleza da verdade, até finalmente
compreenderem que a vida real está além dos sons e das imagens projetadas
na TV. Esses privilegiados que escapam da “caverna”, descobrem novas
dimensões, mais complexas e verdadeiras. Para muitos que professam o nome
de Cristo, se faz necessário sair da caverna televisiva, perceber as coisas, as
pessoas, e viver num mundo real servindo ao próximo e a Deus. Buscando o
verdadeiro conhecimento e um relacionamento significativo, tanto no sentido
vertical, voltado para as verdades eternas; como no sentido horizontal, voltado
para as necessidades de um mundo sem Cristo.
Em seu livro The Unreality Industry (A Indústria da Irrealidade), Ian
Mitroff afirma que a televisão prejudica nossa mente de duas maneiras.
Primeiro, ela apresenta a irrealidade eletronicamente de tal forma que o
espectador muitas vezes não consegue fazer distinção entre o real e a ficção.
Em seguida torna essa distorção tão atraente, que a pessoa não se preocupa
mais em distinguir o que é real do que não o é. Certa ocasião, após ter falado
sobre a influência da TV na vida espiritual e familiar, fui procurado por um
membro da igreja. Jamais esquecerei a angústia daquele irmão ao me falar da
situação do seu filho. Disse ele: ore pelo meu filho, ele tem 16 anos e sua vida
se resume em ver TV. Ele só sai do seu quarto para almoçar e ir ao banheiro,
não quer trabalhar, nem estudar. Não tem amigos e só quer ficar dentro do seu
quarto vendo TV ou ouvindo música Rock.
Alienação, comportamento anti-social e apatia diante das
responsabilidades e realidades da vida, estes são alguns efeitos trazidos pela
dominação televisual na vida pessoal de muitos. São casos extremos de como
uma pessoa pode passar a vida dentro da “caverna”, diante das sombras,
perdendo o verdadeiro sentido de sua existência. Ao absorver a filosofia
individualista veiculada pela TV, o indivíduo passa a considerar os
personagens televisivos como o seu coletivo, na TV ele vê tudo o que precisa
ver, então por que sair de casa e fazer novos amigos? Por que se preocupar
com os que vivem sem Cristo? Por que sair para visitar e testemunhar da
verdade eterna do evangelho?
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Além de tudo isso, devemos considerar que o nosso Deus nos deixou
uma revelação em forma de Graphê (escrita), Ele exorta em Sua Palavra:
“Bem aventurado aquele que lê...e guarda as palavras desta profecia, pois o
tempo está próximo.”(Apocalipse 1:3). Por outro lado Ele nos adverte: “... Aí
dos que habitam na terra...porque o diabo desceu a vós e tem grande ira,
sabendo que já tem pouco tempo.”(Apocalipse 12:12). Esse inimigo fará o
possível para nos desviar da leitura dessa Revelação feita por Jesus aos seus
servos. (ver Apocalipse 1:1-2). Portanto, não permita, que as “sombras”
inspiradas pelo maligno e projetadas em sua TV, levem-no a negligenciar a
oração, a leitura e o estudo da Palavra de Deus, tanto na vida pessoal quanto
no culto familiar, e principalmente com relação a seus filhos.
Ao falar da decadência do ensino e da educação nas famílias Norte
Americanas, (o que também pode ser aplicado à nossa realidade) Allan Bloom
afirma que “não é evidente que alguém cuja leitura regular consiste em Time,
Playboy e Scientific American seja senhor de uma sabedoria mais profunda
sobre o mundo do que o aluno da escola rural de outrora com seu manual de
leitura de McGuffey, o célebre pedagogo do século passado. Quando um rapaz
procurava instrução, como Lincoln, o que havia à mão para aprender de
imediato era a Bíblia, Shakespeare e Euclides. Seria realmente pior a situação
dele do que a das pessoas que tentam abrir caminho por entre a salgalhada
técnica do atual sistema educativo...? Pelos padrões atuais, diz Bloom, meus
avós eram ignorantes, tanto que meu avô se ocupava com empregos humildes.
Mas a casa deles era espiritualmente rica, porque tudo que nela se passava (e
não só o que era tipicamente ritual) encontrava origem nos mandamentos da
Bíblia e explicação nas histórias bíblicas e nos comentários sobre elas, com
seu equivalente imaginário nos feitos de uma miríade de heróis exemplares.
Meus avós encontraram razões para a existência da família e o cumprimento
de seus deveres em textos sérios...o verdadeiro ensino era respeitado porque
tinha uma conexão sensível com a vida das pessoas”.
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possua canais de TV educativos sem fim lucrativo. Todavia uma coisa é certa,
aquele que controla os meios de comunicação, seja o empresário, seja o
governo, tem condições de impor à audiência a visão de mundo do grupo que
representa. Porém, numa sociedade democrática, a idéia da manipulação total
é absurda. Isso porque existem visões de mundo que sempre estão em conflito,
dando liberdade ao telespectador para exercer o direito de escolha. Mas nem
sempre essa manipulação é facilmente percebida, não raro ela aparece sob o
disfarce de uma orientação sútil à um determinado comportamento, ou mesmo
uma indução. Os grupos que detêm o poder sabem como a TV influencia as
pessoas e recorrem a incontáveis artifícios – desde sutis construções de
linguagem até evidentes manipulações da realidade – e tudo isso para criar
uma “verdade conveniente” por meio da indústria da comunicação. É
seguindo este parâmetro que a TV apresenta a mentira disfarçada de verdade
ou misturada com ela, o supérfluo como se fosse uma questão de vida ou
morte, e propositalmente ignora o essencial, o primordial, o que na realidade
importaria.
Indubitavelmente, a TV tem contribuído, e muito, para que predomine
entre a população como um todo, essas “verdades convenientes”, que
geralmente são opostas a todo e qualquer princípio cristão. Tais “verdades”
têm, dentre os seus objetivos, o de desviar a atenção do público para as
realidades sociais, tais como: fome, miséria, corrupções, crises econômicas,
etc. É como se o povo fosse eternamente “embalado em berço esplendido”,
esquecendo de reinvidicar direitos sociais e exercer a cidadania plena. As
verdades convenientes apresentadas pela mídia funcionam mais como uma
“cortina de fumaça”, impedindo que as pessoas realmente pensem e tenham
uma visão ampla e crítica dos verdadeiros acontecimentos. Para o povo de
Deus, a situação é ainda mais complexa, porque essas “verdades
convenientes” adquirem dimensão espiritual ao entreter e desviar os filhos de
Deus das verdades eternas reveladas na Bíblia.
A Televisão também é um meio eficaz de estabelecer costumes e mudar
o padrão de comportamento de milhares de pessoas quase que
simultâneamente, e tudo de uma maneira muito sutil e aparentemente ingênua.
Isso adquire muito mais importância quando se leva em consideração o fato de
que, no Brasil, com uma população estimada em mais de 183 milhões de
habitantes, a grande maioria não têm uma educação formal adequada, nem
acesso à uma formação cultural digna e, conseqüentemente, não têm a
capacidade de fazer uma leitura crítica das informações e conteúdos
veiculados pela mídia eletrônica de forma fragmentada.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
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LIVROS FECHADOS
População Analfabeta da América do Sul
Bolívia 16,9%
Brasil 16,0%
Peru 11,3%
Equador 9,9%
Venezuela 8,9%
Colômbia 8,7%
Paraguai 7,9%
Chile 4,8%
Argentina 3,8%
Uruguai 2,7%
(Obs: Porcentagem em milhões)
ANALFABETOS NO BRASIL
Idade Homens Mulheres
De 15 a 19 7,9% 4,0%
De 20 a 24 8,7% 5,5%
De 25 a 29 10,0% 6,4%
De 30 a 39 11,0% 9,4%
De 40 a 49 15,8% 15,9%
Mais de 50 28,1% 34,4%
(Obs: Porcentagem em milhões)
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usar suas horas livres de formas enriquecedoras e criativas, que lhe darão
muito mais prazer, satisfação e felicidade do que o entorpecimento passivo
que a televisão acionada pelo controle remoto pode lhe trazer. As pesquisas
mostram que assistir televisão em excesso pode triplicar a sua ânsia
consumista, e cada hora diária de televisão reduz em cerca de 5% a sua
satisfação pessoal. A avançada tecnologia ocidental, voltada cada vez mais
para a prática do viver para consumir e não do consumir para viver, tem
transformado o homem pós-moderno em andróide, programado, unicamente,
para os bens de consumo. As propagandas são sedutoras, apresentam
vantagens, passam a sensação de superioridade para quem adquirir os seus
produtos. Falam com doçura e sensibilidade de formas, cores e sonhos. Nos
envolvem, nos conquistam com promessas. O alvo dos anúncios é ensinar a
desejar o que não se desejava antes.
O problema é que muitos transformam em verdadeiros rituais a compra
e o uso de bens de consumo, procuram muitas vezes nos bens materiais de
consumo, a satisfação espiritual. Os shoping centers são considerados
templos, nos quais o culto consiste na adoração, no louvor, no sacrifício, na
exaltação de marcas, na gratificação pela aquisição do produto idolatrado e na
glorificação do dinheiro. Há quem só considere a satisfação da existência
como resultado das coisas que compra. O lema dessas pessoas, mesmo
incosciente, é: “vou às compras, logo existo”. O consumidor tem sido
orientado e disciplinado pela mídia a ser insaciável. Ele nunca deve ficar
satisfeito com o que tem, pelo menos não por muito tempo. Essa mentalidade
muitas vezes é refletida na vida religiosa. Há quem procurre igrejas e seus
“produtos” da mesma froma como procura artigos em shopings e
supermercados. Na faltam, infelizmente, mercadores da fé, vendendo,
literalmente, esperanças, milagres, paz e conforto; falsos, poprque a fé é um
dom de Deus e seus benefícios só se aplicam àqueles que crêem.
Muitos esquecem que, enquanto muito dinheiro é gasto em futilidades,
milhares de pessoas morrem sem ter o que comer ou sem um remédio para
tomar. Um bem terreno não pode dar a verdadeira satisfação e a paz que só o
Senhor Jesus cristo pode proporcionar àqueles que o buscam. O consumismo
exagerado reflete o vazio, a pobreza e a carência da alma. Quem não tem nada
dentro de si, vive à procura de algo que possa preencher esse vazio. Na
verdade, ninguém deveria dar-se às coisas que “a traça e a ferrugem corroem e
onde os ladrões escavam e roubam” (Cf. Mateus 6:19). A palavra de Deus
também ensina que “onde estiver o nosso coração, ali estará o nosso tesouro”.
Enquanto a equação divulgada pela mídia é: ter igual a ser; o
cristianismo bíblico ensina justamente o oposto. Jesus, no “sermão do monte”,
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deixou claro que o mais importante aos olhos de Deus não é ter (embora Deus
saiba das nossas necessidades e deseje suprí-las), mas ter não é prioritário.
Buscar o Reino de Deus e a Sua justiça está em primeiro plano. (Cf. Mateus
6:32-33). O essencial, no pensamento de Jesus, é primeiro ser, e cada
indivíduo é tão inestimável para Deus, que o seu valor se baseia no fato de que
Ele fez a maior avaliação do ser humano ao morrer na cruz do calvário.
Enquanto a TV ensina que você só terá valor se tiver um carro novo, a cruz de
Cristo diz que você, como pessoa humana, como indivíduo, é a coisa mais
preciosa que há em todo universo. Para atrair e manipular de maneira mais
eficaz o telespectador, os cientístas da comunicação inventaram ídolos de
consumo. Esses ídolos incorporam os valores pré-estabelecidos pelos
produtores, se tornam símbolos dos ideais que as massas humanas aspiram.
São ídolos considerados heróis e heroínas nacionais que, sob um sofisticado
jogo de luzes, sons e imagens, passam a representar pretensiosamente os
anseios de todos quantos gostariam de atingir determinado status na vida
social, econômica, política e mesmo religiosa. É dessa maneira que a TV
exerce seu papel manipulador, criando indivíduos sem individualidade,
incapazes de pensar e decidir por si mesmos, pessoas que são verdadeiros
papéis-carbono e cópias daquilo que vêem na telinha. Uma pessoa que é
manipulada dessa maneira, não tem “luz” própria, é apenas um mero refletor
do pensamento alheio. E no caso de alguém que professa ser filho ou filha de
Deus a situação é ainda pior, “não têm a luz da vida e ainda permanece em
trevas”. “O pensamento de grupo” imposto de maneira manipuladora pela TV
é responsável pelo controle da consciência de milhares de pessoas que
costumam racionalizar assim: “a maioria pensa e age assim; por que não vou
fazê-lo também? Agrega-se a isso o fato de que há o interesse de esvaziar toda
e qualquer discusão (seja ela econômica, educacional, política, sociológica ou
religiosa), e colocar em primeiro plano qualquer outro assunto.
Com raras exceções, geralmente a televisão condiciona o indivíduo ao
modo de pensar do inimigo. Quando a mente é sobrecarregada com o
conteúdo profano da TV, por meio de imagens violentas, apelos à lascívia,
desejo de status e poder, ela tende a se conformar com essas mensagens, que
vêm emolduradas por imagens, sons e cores fantásticas e deslumbrantes. A
pessoa passa a moldar os seus pensamentos e o próprio comportamento, de
acordo com o que armazena em sua mente. Esse processo de repetição da
mídia pode ser definido como disse alguém: “água mole em pedra dura tanto
bate..., até que não há mais pensamento próprio”.
Por sua constante insistência em impor “seu pensamento” é perigoso
não ter um senso crítico apurado diante da telinha. E mais perigoso ainda é
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estatística:
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desta e de outrs formas de jogo, pois essa prática só traz desgraças e incentiva
o egoísmo, além de contribuir para a formação de uma super- classe de
privilegiados, em detrimento da grande maioria, principalmente daqueles que
vivem na pobreza ou abaixo dela, que no caso do Brasil somam um total de
cerca de 40 milhões de pessoas.
Como dissemos, a tevê também promove imagens pornográficas e apela
para a prática do chamado sexo por telefone. Segundo uma pesquisa realizada
em São Paulo, só num “serviço” gay daquela cidade, 1% das chamadas
recebidas são feitas por crianças e adolescentes. Apesar das queixas de muitos
pais, em estado de inadimplência junto à companhia telefônica, essa
propaganda continua incentivando os menores a uma vida de imoralidades.
Isso tem contribuído para a formação de uma imaginação pervertida e doentia,
e de uma mentalidade lasciva voltada para pensamentos de adultério e luxúria.
Tal informação promove atitudes egoístas frente à sexualidade humana,
incentiva a prática de vícios secretos e promove desvios no comportamento
sexual, além de inculcar idéias distorcidas sobre masculinidade e feminilidade.
Tudo isso sem mencionar a exploração da mulher como um mero objeto, o
que acaba criando um esteriótipo social e reforçando posturas machistas de
desrespeito a mulher. Os resultados da pesquisa “A Mulher Retratada pela
TV”, realizada pela CPM Market Research de São Paulo, confirmou o que
muitos já intuíam: “as mulheres brasileiras sentem-se cada vez menos
representadas pela programação e menos identificadas com o modelo
difundido pela telinha.” As principais críticas feitas à programação da TV
aberta foram de que o sexo em excesso divulgado na telinha erotiza meninas
antes do tempo, transmite imagem irreal e não atende as necessidades da
mulher, voltando-se mais para o homem. A pesquisa também indicou quais as
personalidades femininas da televisão que refletem uma imagem negativa da
mulher; as mais negativas segundo as entrevistadas, foram: Tiazinha, as
mulheres do 0-900, as garotas da banheira do gugu, e a rebolativa Carla Perez.
Outro fator que não pode ser ignorado é a divulgação de telefones
místicos na TV, que chega a ser “espantosa”. Os apelos para pegar o telefone e
discar em busca de ajuda espiritual incluem várias práticas esotéricas, tais
como: disque Tarot, numerologia, angelologia, búzios, disque bruxos, etc.
Para citar apenas um exemplo, o grande ícone do misticismo televisual via 0-
900 é Walter Mercado, considerado o guro esotérico das chamadas televisivas
promovidas pela Nova Era. Envolta em capas acetinadas, a figura andrógena
desse Porto-Riquenho faz milhões no filão esotérico do 0900. Com um jeito
efeminado e o bordão em “portunhol” ligue “djá”, apenas na TV brasileira
Mercado fatura 5 mihões de reais por mês. Contando com cerca de 250
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CULTIVANDO A LEITURA
Acredito que todos os pais têm aspirações semelhantes para os filhos:
boa saúde, felicidade, trabalho interessante e satisfatório, estabilidade
financeira, etc. Quando porém consideramos que muitos já não sabem em que
acreditam, pois perderam a confiança em si próprios para dizer aos filhos
senão que desejam vê-los felizes e realizados na sua capacidade potencial. E
que consideram os valores como coisas muito discutíveis e relativas.
Percebemos a necessidade de prioridades educacionais bem como de uma
edução moral bem definida.
Apesar desses pais desejarem o máximo de sucesso profissional e
material a seus filhos, um dos maiores presente que podem dar a eles é a
paixão pela leitura. Se os pais e professores se preocuparem desde cedo em
formar nos seus filhos e alunos o hábito da leitura, eles não perderão seu
tempo com as programações impróprias oferecidas pela TV. E também não
perecerão por falta de conhecimento, pois saberão pensar por si mesmos e
tomar decisões mais sábias.
Ler, escrever e pensar, é justamente isso que o próprio Governo Federal
sugere na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN).
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crianças gostem.
Faça da leitura uma rotina. Para conseguir que seu filho se habitue a ler,
destine uma hora todos os dias para juntos lerem um livro. Bastam de 15 a
30 minutos - ou o suficiente para ler uma história inteira ou um capítulo.
Isso dá ao jovem leitor oportunidade para se instalar, focalizar e aproveitar.
Tenha um comportamento-modelo para boa leitura. Seu filho o observa
quando você lê. Se não parece divertir-se, está enviando mensagem
dizendo que a leitura não é muito agradável. Por mais cansado que esteja,
procure não ser monótono. Leia com entusiasmo. Deixe surgir o ator que
existe em você. Se aparentar tédio, não pode esperar que seu filho se
interesse.
Revezem-se na leitura. À medida que os filhos amadurecerem como
leitores, anime-os a ler para você de modo ideal, com muita expressão.
„Ler‟ também pode significar pedir a uma criança muito nova para lhe
contar uma história conhecida enquanto você vira as páginas.
Pegue emprestado ou compre livros sempre que possível. Cultive o hábito
de levar os filhos à biblioteca. Em casa, procure encher de livros as
estantes. Dê um livro de presente de aniversário e nos feriados. Encoraje os
amigos e parentes a fazerem o mesmo. Quando for às compras e seu filho
pedir um presente, compre um livro. É mais barato do que brinquedo e
investimento muito melhor para o futuro de seu filho.
Um dos presentes mais valiosos que os pais podem deixar para os
filhos, não é o livro em si, mas é o ato de “ler para”, ou, “com”, os filhos. Ler
juntos é a melhor maneira de promover uma duradoura paixão pelos livros.
Essa atitude é crucial, principalmente durante as férias, pois de acordo com
pesquisas feitas pelo Dr. Harris Cooper (Ph.D.), “as crianças geralmente
perdem entre um a três meses de aprendizado durante as férias de verão.”
Especialistas concordam que a atitude dos pais para com a leitura é
extremamente importante. Os pais deveriam ler todas as noites para seus
filhinhos e continuar lendo, mesmo depois que os filhos possam fazê-lo por
eles mesmos. O Dr. Cooper sugere que para as crianças mais velhas, seja
criado um programa próprio de leitura para o período de férias, o qual pode
ser colocado em prática da seguinte maneira: 1- Estabeleça um alvo de leitura.
Um livro por semana não é muito. 2- Ao invés de impor, sugira vários títulos.
3- Leve seu filho a uma livraria e o ajude a escolher um bom livro sobre os
seus temas favoritos. 4- Depois, prometa a seu filho que você também irá ler o
mesmo livro quando ele não estiver lendo. 5- Proponha que após a leitura, no
final de semana vocês discutirão junto o que leram. Outra alternativa para as
férias é aproveitar os programas de leitura e oficinas de arte oferecidos pelas
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criar por conta própria. Ele é tão viciado que ao sair na rua não pode ver uma
TV ligada. O menino vive muito feliz assim, até o dia em que há uma pane no
sistema de telecomunicações (anomalia magnética) e o Brasil interio fica sem
televisão. O fenômeno vira o país de pernas pro ar, afinal, como viver sem
TV? A anomalia magnética provoca uma tragédia nacional e leva a população
a manifestar atitudes de dependência da TV. Muitas delas vão ao desespero e à
beira da loucura, dentre elas estão aquelas que só conseguem dormir “vendo”
televisão. Outras, não suportando a ausência das imagens e a solidão, se
suicidam. Surgem novas doenças relacionadas com a falta da TV, e
conseqüentemente novos produtos e serviços para preeencher o vazio deixado
por ela. O movimento nas farmácias era intenso, muita gente apresentava
sintomas negativos provocados pela falta de TV. A grande maioria não sabe o
que fazer sem as imagens da telinha, e num ato de desespero correm para as
locadoras de vídeos (que em pouco tempo ficam vazias) na tentativa de
satisfazer suas necessidades audiovisuais.
Essa situação cria um drama na família de tavinho, que estava reunida
impacientemente para assitir o jogo do Brasil justamente quando a tela da tevê
escureceu. Depois, diante dos chuviscos da televisão, ficam esperando em
silêncio o retorno das imagens enquanto olham para a TV e ouvem um rádio
colocado em cima dela, parecendo um bando de malucos dominados pela
força de um hábito arraigado durante anos. Quando a TV saiu do ar tiveram
dificuldades para dialogar, estavam tão acostumados ao monólogo televisual
que foi difícil voltar à prática desse “hábito antigo”. Parecia que além da
televisão as pessoas também ficaram fora do ar ao se verem sem as imagens
da TV.
A decepção aumenta ao ser anunciado pelo rádio e pelos jornais
impressos que o fenômeno é a nível nacional e que não há previsão de quando
as imagens voltarão, elas poderão demorar um ano ou até um século para
retornar. A tristeza é geral, a grande pergunta que paira na cabeça de todos é:
o que faremos sem a TV? A população se recolhe para as suas casas, estão
perdidas, outras estão assustadas, muitas não sabem mais como se relacionar e
o que falar umas com as outras, o constrangimento é quase geral, mas todas
estão esperançosas de que as imagens voltem logo para restabelecer a rotina e
a segurança de suas vidas. A hora da novela, acompanhada com fervor
religioso por milhares de telespctadores é um problema à parte. Mas não
demora muito para surgirem fitas de vídeo vendidas pelos camelôs (via
Paraguai) contendo capítulos de novelas em chinês. As pessoas não se
importam de não entender, o que vale é ver as imagens. Mas nem todos se
ressentem da falta de TV, por terem uma imaginação fértil e se interessarem
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armazenar uma biblioteca. Ao se passar uma régua sobre essa folha eletrônica,
o livro muda de página. Parece que o livro de papel está com seus dias
contados. Mas por enquanto essa nova tecnologia ainda não está preocupando
o ramo tradicional de publicação de livros, embora não seja vista com bons
olhos por muitos editores. Alguns chegam a prever que, mesmo o livro
eletrônico, não poderá substituir o livro tradicional, o qual é uma das poucas
coisas que atravessam o século sem substituto. Considerado fácil de manusear,
fácil de carregar e barato, além de oferecer uma leitura mais prazerosa e
prolongada, um bom livro no padrão tradicional é sempre bem vindo. Há
quem defenda que um livro é para ser tocado, cheirado, manuseado com
carinho e lido com intimidade. Se, será substituído ou não, é esperar para ver.
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2- As crianças são mais vulneráveis a esses ataques porque seu cérebro ainda
está em processo de amadurecimento. Sentar perto da tevê aumenta o risco.
3- Durante o bombardeio de luzes, duas áreas cerebrais entram em curto
circuito. Uma cuida do registro de imagens. A outra, do processamento de
informação. Resultado: vêm as convulsões.
O caso do Pokémon não foi o primeiro registro de crise diante da TV,
mas jamais se havia ouvido falar de um programa que “derrubasse” tanta
gente ao mesmo tempo. Diante do problema, a emissora japonesa TV Tóquio
foi obrigada a tirar o desenho do ar por algum tempo e a pagar o tratamento
dos que adoeceram, bem como uma indenização às famílias. Como era de se
esperar, após o incidente, o debate em torno dos males da TV para as crianças
ressurgiu com força. Muitos pedagogos japoneses criticaram o enredo dos
desenhos animados afirmando que é cada vez mais complicado, exigindo que
a criança não desgrude os olhos da telinha.
O nome pokémon é uma corruptela da expressão “pocket monsters”
(monstros de bolso). Apesar do que ocorreu no Japão, os produtores reduziram
o brilho do monstrinho e a série continuou a empolgar os fãs. No Brasil, a
série estreou na manhã da segunda-feira dia 10 de maio de 1999, no programa
infantil Eliana & Alegria, da Rede Record. Apresentado diariamente, o
desenho conseguiu nos primeiros dias de exibição mais de quatro pontos no
IBOPE. Contudo, a emissora, preocupada com a polêmica das luzes e seus
efeitos epiléticos, garantiu ter cortado as cenas responsáveis pelos efeitos
convulsivos. Apesar dos fatos, o sucesso do jogo e do desenho é considerado o
maior fenômeno do gênero em todos os tempos. A Nintendo, temendo pela
associação de seu nome à epilepsia, tratou de anunciar que o desenho não é
produzido por ela, mas por uma empresa licenciada. O fato é que, desde a
década de 80, quando a revista médica Lancet publicou um artigo que provava
que a epilepsia podia ser deflagrada por videogames, a empresa Nintendo vem
lutando contra processos judiciais e reclamações de consumidores que tiveram
problemas de saúde depois de “brincar” com seus jogos. Para evitar
problemas, os fabricantes de videogame passaram a imprimir nos manuais de
seus produtos um alerta contra o risco de peilepsia decorrente dos estímulos
visuias dos jogos.
Segundo o Doutor e pastor Irion, em palestra proferida em vídeo, nos
Estados Unidos da América já foram relatados casos de “epilepsia” durante a
apresentação do seriado Power Ranger. Irion afirma que crianças tiveram
ataques diante da televisão. Um fato curioso a considerar é que nesse seriado o
símbolo satânico do pentagrama aparece freqüentemente. No Panamá,
crianças de 6 a 7 anos chegaram até mesmo a se suicidar durante as
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OS CUMPLICES DA TV
Quando se fala dos malefícios da televisão, no entanto, é preciso
procurar o responsável não apenas na sede da emissora, mas também em casa,
já que cabe aos pais zelar pelo que os filhos assistem. Segundo dados do
IBOPE, a criança brasileira fica diante da telinha duas horas e meia por dia,
em média. É muito tempo se se pensar que a maioria delas fica ali sozinha,
sem a participação do pai, mãe ou responsável. É muito mais cômodo para os
pais jogarem a culpa pelo fracasso educacional de seus filhos sobre a
televisão, em vez de assumir a responsabilidade de cuidar dos filhos e
verdadeiramente educá-los. Como já foi abordado, durante a infância assiste-
se muito à televisão, e é justamente nessa fase, que a vida e o caráter estão se
moldando. Infelizmente a maioria dos pais permite que seus filhos assistam
bastante à televisão sem estabelecer regras ou acompanhá-los. Isso acaba
excluindo a oportunidade de as crianças eprenderem a se relacionar com
outras pessoas, limitando-as a uma atitude de passividade ao sentar e ficar
olhando para a tevê. A oportunidade de treinar e educar as crianças em
habilidades sociais básicas é trocada pela oportunidade de ter a mentalidade
das crianças moldada pelas presentadoras de programas infantis e os
pseudoheróis dos desenhos animados.
Numa pesquisa realizada pela Vox Populi, sobre a qualidade dos
programas infantis na TV brasileira, foram entrevistados 120 pais e mães de
onze Estados. O objetivo era saber se os pais limitam o tempo que seus filhos
passam diante da TV, ou selecionam os programas a que eles assistem. O
resultado revelou que 51% dos pais não se preocupam em limitar o tempo que
as crianças ficam diante da TV, enquanto 49% deles se declaram nada
rigorosos com a escolha dos programas a que os filhos assistem. Esta
estatística confirma a tese de que não há uma preocupação dos pais em educar
a criança para ver tevê. Se isto é um fato, o que dizer dos filhos de Deus? Qual
seria a porcentagem entre as famílias cristãs? Estaria o povo de Deus mais
consciente e preocupado em estabelecer limites?
O desvio do envolvimento paterno na socialização dos filhos se deve a
vários fatores. Esses fatores vão desde a crescente ausência dos pais em casa
até a crescente emancipação dos filhos fora de casa. O próprio estilo de vida
moderno limitou a quantidade de tempo que os pais tinham para supervisionar
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CAPÍTULO IX
ESCOLA DE IMORALIDADE
A TV E O LIBERALISMO SEXUAL
Numa entrevista concedida à revista Istoé, sob o título: “Os piores
programas da tevê”, o publicitário Daniel Barbará, especialista em mídia, e
consultor das principais emissoras do país, deu a seguinte resposta quando lhe
perguntaram se havia muito sexo na televisão: “Há uma parte da sociedade
que considera a criança vítima desse processo. Só existe uma forma de você
combater isso, que é liberando. Aqui no Brasil durante muitos anos a gente
teve um problema muito sério que era o fantasma do Partido Comunista. Ele
só acabou quando o deixaram se instalar. Não tem outro jeito. Acho que essa
questão do sexo na televisão, se a gente esquecer, ela vai se desgastar sozinha.
Não há organização, lei ou decreto, nada que consiga resolver isso. Tem que
liberar e esquecer isso”.
Tal declaração demonstra claramente o conceito liberal e a fraqueza
moral que impera nos meios de comunicação. Não concordo com o senhor
Barbará, fazendo um trocadilho, acho sua posição uma tremenda
“barbaridade”. Será que a pornografia televisiva pode ser comparada com um
partido político? Será que liberar aquilo que é prejudicial leva tal coisa a um
autodesgaste? Será que liberar as drogas seria suficiente? Será que abrir mão
da prevenção da AIDS seria o melhor? Será que basta “esquecer” do problema
da fome e tudo se arranjará sozinho? Será que é ignorando os problemas que
conseguiremos superá-los? Acredito sinceramente que não, e penso que você
também. O fato é que, enquanto existir gente com esse tipo de pensamento
libertino, com relação a sexualidade humana, a TV brasileira continuará
apresentando tanto lixo televisual, e será cada vez mais necessário ter a
capacidade de discernir entre o que é bom e o que não é, além de tomar
decisões corajosas e assumir uma postura genuinamente cristã.
Uma das piores influências da TV, tanto nos adultos como nas crianças,
é a que está relacionada com a moral cristã, a sexualidade e a ética. As cenas
pornográficas estão “quase sempre” presentes em um “bom filme”. Algumas
emissoras têm até horário cativo para filmes onde o enfoque principal são
cenas explícitas de sexo livre. Isso sem mencionar as novelas, que são uma
verdadeira escola de hipocrisia, adultério e mentiras, ensinando muito bem
como desenvolver esses traços de caráter. Na briga pela audiência, enquanto
algumas emissoras de TV apostam nas aberrações e no grotesco, outras
preferem investir pesado em erotismo. Comentando esse fato, a revista
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SEXO NA TV
(uma semana de programação)
Estupros.................................................................................................................................3
Nudez total masculina........................................................................................................28
Nudez total feminina..........................................................................................................83
Trejeitos ou referências a homossexualismo feminino....................................................61
Trejeitos ou referências a homossexualismo masculino................................................127
Relações sexuais explícitas...............................................................................................114
Relações sexuais implícitas...............................................................................................162
Referências a sexo ou piadas sobre o tema.....................................................................180
Nudez parcial masculina..................................................................................................212
Nudez parcial feminina....................................................................................................822
Referências a:
Afrodisíacos...........................................................................................................................3
Virgindade.............................................................................................................................7
Genitália...............................................................................................................................24
Impotência sexual................................................................................................................30
Termos chulos ou palavrões...............................................................................................72
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Apesar destes dados não serem recentes, percebe-se que a situação não
mudou muito atualmente, e se mudou, foi para pior. Se fosse feita uma
pesquisa na semana que passou, talvez ficássemos alarmados com o aumento
da exploração de cenas de nudez e de sexo nos canais da TV aberta. Mas os
números levantados por essa pesquisa, são suficientes para mostrar “que o
sexo se tornou uma idéia fixa das emissoras de televisão”. Aparece um termo
vulgar (chulo) a cada 131 minutos, uma cena de nudez a cada 113 minutos,
uma representação de ato sexual a cada 145 minutos. Novelas, filmes,
propaganda, nada escapa do telerotismo”. Citando apenas um exemplo, Veja
menciona a novela “Quatro por Quatro”, que na época era exibida às 7 da
noite, hora em que boa parte da criançada nem sequer foi para o banho antes
do jantar. Só num de seus capítulos, sete das onze cenas levadas ao ar
tratavam de sexo. Inclusive apresentou uma cena de sadomasoquismo, com
máscaras de couro, correntes e chicotes, na qual os personagens trocavam
frases vulgares e maliciosas.
A repetição constante desse tipo de mensagem na tela da TV, que
chegou a ser classificada por parlamentares de Brasília como “permissividade
da televisão”, somado a alguns “fatores culturais” do nosso país, como a
exploração da nudez nas praias e no carnaval, contribui para que essas cenas
muitas vezes passem despercebidas da maioria dos telespectadores. Mas a
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por causa disso, o garoto não queria nada com ela. Ela tinha de deixar de ser
virgem para transar com ele. Aí, ela saiu querendo transar com qualquer um
para resolver isso. É um absurdo!”; afirmou Elisa, 12 anos e aluna da sexta
série. O mesmo preconceito apareceu em Malhação. Essa acusação foi feita
por Maria Alice, 13 anos, aluna da sétima série e veterana do grupo feminino
entrevistado por Veja. “Tinha um menino virgem que todo mundo queria que
não fosse mais. Arrumaram uma prostituta para ele... Eu acho o fim”, opina a
adolescente. “Os autores de novelas deviam pensar que esse tipo de coisa é
uma pressão incrível na cabeça das pessoas. Quem acha uma baixaria resolver
a vida sexual desse jeito acaba se sentindo culpado porque não está fazendo
aquilo que os outros, a novela inclusive, acham que ele deveria fazer”,
argumenta a adolescente.
Parece que as medidas judiciais tomadas até agora não foram suficientes
para impedir que essa novela teen, deixasse de apresentar adolescentes e pré-
adolescentes com atitudes maliciosas e sensuais, e que só falam e pensam em
sexo antes do casamento. Imagens de dolescentes com roupa de praia aos
beijos e abraços; cenas que incentivam os namoros precoces; cenas de traição
no namoro e a divulgação da filosofia do “ficar” (tão conhecida no meio dos
adolescentes), fazem de Malhação uma babel de imoralidade. Num de seus
episódios chegou a apresentar o momento em que os pais de uma garota saem
de casa para que a filha possa ficar sozinha e “mais à vontade” com seu
namorado.
Levando esse tipo de influência em consideração, percebemos que não é
por acaso que os adolescentes e pré-adolescentes estão tendo atividades
sexuais cada vez mais cedo. De acordo com uma pesquisa mencionada na
revista Claudia, “enquanto na década de 70 a iniciação sexual acontecia entre
19 e 22 anos, hoje ocorre a partir dos 13 e, no máximo, aos 16 anos”. Outra
pequisa realizada com 2.337 adolescentes e jovens entre 12 e 24 anos,
divulgada pela revista Istoé revela que “40% dos adolescentes se iniciam na
vida sexual entre 13 e 17 anos”. Essa pesquisa ainda revelou o que os
adolescentes de hoje pensam sobre virgindade, casamento e projeto de vida.
Dentre as perguntas respondidas por eles constavam as seguintes:
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Não 44,3%
A virgindade é importante?
Sim 46,0%
Não 52,9%
Não sabe 1,1%
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adolescência, com todas as suas consequências negativas, tem muito que ver
com a erotização propagada pela mídia eletrônica.
Segundo uma pesquisa patrocinada pela OMS (Organização Mundial da
Saúde), feita com mais de 2.000 adolescentes e jovens de 12 a 24 anos de
várias classes sociais e de regiões urbanas e rurais do Brasil, o perfil do
comportamento sexual de adolescentes e jovens na última década do século
XX é assustador. Os resultados da pesquisa, que enfocou, sobre tudo o
comportamento sexual, revelaram um quadro realmente preocupante, não só
no que diz respeito ao sexo pré-marital, mas principalmente quanto ao uso de
métodos anticoncepcionais e a influência da mídia, especialmente a TV.
Embora 90,1% dos adolescentes conheçam os diferentes métodos, somente
69,9% os usam com alguma regularidade, e 29,6% não usaram nenhum na
primeira relação. Mais da metade dos entrevistados já tinha vida sexual, que
teve início antes dos 15 anos para um quarto deles. Os jovens reconhecem a
importância da mídia em seu comportamento: televisão (15,2%) e revistas
(15,0%) chegam a superar os pais (13,0%), os serviços de saúde (12,2%), a
escola (12,1%) e os amigos (11,0%) como a principal fonte de informação. E
– mais uma alerta para a mídia – 79,5% dos adolescentes acham, que os filmes
e as propagandas eróticas influenciam seu comportamento sexual.
A realidade é que as mensagens proporcionadas pela televisão a respeito
do sexo e o amor não conduzem o adolescente a uma atitude sexual madura,
ou a uma conduta responsável. Um estudo realizado por Joyce Sparkin e
Teresa Silvermann demonstra que são mais frequentes os casos de gravidez
nas jovens telespectadoras que nas que não assistem à televisão, porque as
primeiras tendem a depositar maior confiança nas experiências com o sexo
oposto para se parecerem com suas „heroínas‟ da televisão. Os romances
passageiros e sem compromisso (ficar), bem como o namoro precoce e liberal
entre adolescentes geralmente terminam em gravidez. Isso acontece com uma
boa parcela da juventude brasileira que se vê obrigada a trocar as apostilas da
escola por fraldas e mamadeiras. Crianças que engravidam ficam
desestruturadas, quebram os relacionamentos próprios para sua idade e ficam
emocionalmente abaladas. Segundo estatísticas, “a gravidez na adolescência
vira um problema grave porque interfere na vida de uma em cada três jovens
com menos de 20 anos e, é polêmica, porque aquece a discusão em torno do
aborto. No Brasil, 18% das adolescentes entre 15 e 19 anos já ficaram
grávidas pelo menos uma vez, segundo os dados oficiais do Ministério da
Saúde. A gestação precoce não escolhe idade nem classe social, ainda que os
casos na área rural ultrapassem os dos centros urbanos (20% contra 13%). O
que assusta é que do número total de gravidez precoce, 49,1% delas são
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comparado com o HVI, que leva aos suplícios da AIDS, o HPV parece até
inofensivo, pois é fácil de tratar e curar, por se manisfestar na forma de uma
verruga que, percebida e diagnosticada a tempo, pode ser retirada por métodos
rápidos e seguros. Até aí a notícia não seria tão ruim para os promíscuos. Mas
o que acontece, é que o HPV já é o líder entre as doenças sexualmente
transmissíveis, atingindo principalmente as mulheres. Estatísticas revelam que
uma em cada três mulheres brasileiras com vida sexual ativa, a maioria jovens
entre 20 e 29 anos, está contaminada com o papiloma humano (HPV). E mais,
esse vírus é um dos principais responsáveis pela morte de milhares de vítimas
de câncer no colo do útero por ano. Para cada novo ano, as autoridades
médicas esperavam a ampliação dos números de óbitos. Estudos feitos no
Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, revelaram que de cada dez casos
de câncer no colo do útero, nove estavam contaminados com o HPV, e mais,
que 30% das vítimas do HPV desenvolverão o câncer do colo do útero. O
perigo é que quando o HPV não é diagnosticado a tempo, após um período de
latência no aparelho genital feminino, as verruguinhas causadas pelo papiloma
se transformam em câncer. Para piorar, mesmo que isso não aconteça, a
simples existência das lesões torna as mulheres mais vulneráveis às infecções
por outras doenças sexuais, inclusive a AIDS. Segundo as pesquisas nessa
área, há dezoito vezes mais possibilidade de uma pessoa infectada com o HPV
do Condiloma Acuminado, ser também contaminado pelo vírus HIV da AIDS.
O risco de contágio aumenta, pelo fato de o vírus do papiloma estar atingindo
principalmente os jovens, que iniciam a vida sexual cada vez mais cedo, e por
isso são mais desinformados sobre os “perigos do sexo”, mais inseguros e, em
geral, mais afastados dos serviços de saúde. O risco aumenta ainda mais,
quando não há sequer a mínima preocupação, por parte dos adolescentes e
jovens liberais, em usar preservativos. Uma pesquisa realizada na década de
90, patrocinada pela OMS, revelou que 25% dos adolescentes entrevistados
fizeram sexo antes dos 15 anos. Desses, sete em cada dez não usaram o
preservativo na primeira relação e apenas um em cada cinco o usa
regularmente. As consequências, primeiramente do comportamento liberal,
depois da falta de proteção, são funestas. Enquanto o Programa de Atenção
Integral ao Adolescente da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo
detectou que 2% das meninas atendidas na rede pública tinham algum tipo de
DST na década de 80, esse índice chegou a 10% na década de 90.
Diante da realidade da sexualização precoce, e de tantas consequências
negativas, as quais envolvem problemas como o aborto, o abandono de bebês,
o sexo irresponsável e sem compromisso, o risco de contaminação com o vírus
da AIDS e o risco de contágio com doenças sexualmente transmissíveis, os
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pais precisam desenvolver um diálogo mais aberto com seus filhos sobre a
sexualidade humana. Não é correto transferir essa responsabilidade para a TV
ou para os coleguinhas de rua. É no círculo sagrado da família, dentro dos
vínculos do casamento e de uma união matrimonial saudável, que os filhos
estão mais aptos a entender o plano de Deus para a sexualidade e felicidade do
homem e da mulher. De acordo com a pesquisa (já citada) realizada em Belo
Horizonte (MG), apenas 10,5% dos adolescentes recebem alguma orientação
em casa, enquanto 9,6% adquirem as informações da mídia, e apenas 3,1%
dos profissionais de saúde. A mesma pesquisa também revelou de quem os
adolescentes gostariam de receber orientações sobre sexo:
20,3% gostariam de Ter na família a principal fonte de conhecimento.
19,7% querem receber mais orientações dos médicos.
5,5% querem receber mais orientação da mídia.
4,9% querem receber mais orientação dos professores.
Psicólogos e educadores concordam que a atitude mais acertada para os
pais, é encarar as questões sobre sexo colocadas pelos filhos e responder-lhes
com sinceridade (embora isso nem sempre seja fácil). Todavia, para que a
educação sexual das crianças seja muito mais do que mera informação, os pais
devem respeitar três princípios básicos: 1- Não atropelar e nem ignorar a
sexualidade de seus filhos; 2- Respeitar as fases do desenvolvimento infantil
e; 3- Diante das perguntas e da curiosidade das crianças, aproveitar o
momento para explicar, com naturalidade, o lado saudável do sexo, segundo
os princípios e a ética cristã, e de preferência usando bons livros.
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sobre o sexo antes do casamento. Creio que ainda não podemos avaliar todas
as consequências de tal atitude, mas de uma coisa podemos estar certos, esse
exemplo deixado por Xuxa contribuiu para a banlização do casamento na
cabecinha de suas fãs.
Sob o título: “O Mais Novo Xou da Xuxa”, a revista Veja publicou uma
reportagem sobre o assunto, da qual destaco o seguinte comentário: “Há trinta
anos, seria motivo de escândalo uma moça solteira anunciar sua gravidez em
casa, apenas aos familiares. Imagine assim, aos quatro ventos, pela televisão.
Dá para pensar na época da atriz Regina Duarte, então „a namoradinha do
Brasil‟, festejando com amigos e admiradores uma gravidez fora do
casamento? Impossível, afirma Veja. Hoje, no entanto, depois das conquistas
obtidas pelas militantes da emancipação feminina, do alargamento dos padrões
morais e do esvaziamento do casamento formal, um anúncio como o de Xuxa
já não causa choque, conclui”. É impresionante como a mídia tem o poder de
transformar o pecado em algo banal. Mas, o que pode parecer normal para
toda uma nação, não o é para o povo de Deus. Talvez esse tipo de caso não
choque mais, afinal não é o único no meio artístico, mas deixou, na época, no
mínimo um ar de preocupação pelo futuro de milhares de meninas (fanáticas
pelo “Xou” da Xuxa e seus produtos), as quais poderiam desejar “imitar” sua
gravidez solteira, mesmo não tendo a estrutura socioeconômica da
apresentadora.
Sabe-se que a adolescência é uma idade em que o indivíduo está
buscando uma identificação própria, e por isso se torna um verdadeiro “papel
carbono” dos modelos que lhe são apresentados. O adolescente é altamente
influenciável, ao procurar uma identidade própria, acaba assumindo
identidades transitórias, o que o leva a uma confusão de identidade. Nessa
busca de si mesmo assumem atitudes próprias, muitas delas, negativas e
prejudiciais. Os adolescentes estão buscando uma escala de valores
individualizada, um padrão de comportamento, mas antes, experimentarão
seguir modelos. É justamente por isso que a TV, com seus princípios liberais
acaba exercendo de modo negativo o papel de “conselheira comportamental”
para esses adolescentes.
Sendo que o caráter de uma criança ainda está em formação, precisando
ser modelado e direcionado com muita atenção e cuidado, a influência da TV
se torna muito mais perniciosa sobre elas, principalmente no que diz respeito
ao estabelecimento de padrões de comportamento, valores e à sexualidade
humana. Essa realidade, somada ao fato de que os casos de gravidez na
adolecência e doenças sexuais estão aumentando, ressalta a importância e a
necessidade de uma educação sexual preventiva, baseada numa orientação
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Bucci ainda diz que essa falta de qualidade nos programas revela o
desprezo dos donos e diretores das emissoras pelo público, “os quais fariam
muito se não levassem ao ar o lixo que recusam em suas casas. É como se eles
fossem os senhores, dignos de todas as deferências, e o país fosse a senzala,
condenada a se alimentar de sobras imundas. Os responsáveis pelos circos
dominicais dariam um grande passo se deixassem de pôr no ar aquilo que eles
mesmos sabem que é puro lixo, que eles mesmos, se fossem telespectadores,
recusariam”. (Veja, 05 de novembro de 1997, p. 18)
O referido programa ( tomado como um exemplo dentre outros),
também recebeu severas acusações por parte dos telespectadores mais
sensíveis. Dentre as cartas enviadas à redação de Veja, gostaria de mencionar
algumas declarações de desabafo, que nos ajudarão a refletir e questionar
sobre a qualidade do que se passa na telinha:
“Igual ao vírus, eles (mencionando dois apresentadores dominicais) fazem
qualquer coisa para conseguir mais Ibope dentro do corpo social. Não
hesitam em matar qualquer célula, a fim de multiplicar sua audiência. Para
isso vale qualquer baixaria, demagogia. É a vitória da insanidade. Até que
chega um momento que tudo começa a morrer: nossa inteligência,
sensibilidade, valores éticos”.
“A reportagem um furacão no domingão...(29 de outubro de 1997) retrata
muito bem a situação em que se encontra os programas que vão ao ar na
televisão brasileira. A programação é um insulto à inteligência e a
glorificação do besteirol”.
“Minhas condolências aos donos das emissoras e , por extensão, aos
apresentadores, pelo desserviço. Lamento apenas que grande parte da
população brasileira não tenha outra coisa melhor para fazer aos domingos
do que prestigiar esse excremento eletrônico”.
“A televisão brasileira fica a cada dia pior, com programação de péssimo
gosto e sem o objetivo de levar o verdadeiro entretenimento à sofrida e
inculta população brasileira. Ver o programa no qual o apresentador
aproveita a inocência de crianças em trajes sumários, usando-as para obter
audiência, é tão desagrádavel quanto assistir a outro programa no qual o
seu apresentador diz palavrões a todo o momento e mostra um almoço
japonês servido sobre o corpo nu de algumas moças, com a participação
dos chamados galãs da TV. Ainda de forma grosseira, o apresentador
interrompe as respostas de seus entrevistados a todo instante, numa falta de
educação descomunal”.
“A guerra pela audiência está deixando um rastro de podridão e vergonha.
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CAPÍTULO X
ESTATÍSTICAS ALARMANTES
CONTROLE DE QUALIDADE
Uma pesquisa inédita solicitada pelo Ministério da Justiça do Brasil e
patrocinada pela Unesco, revalou que 75% dos brasileiros (uma média de três
em cada quatro brasileiros) gostariam que houvesse algum tipo de controle
sobre o que vai ao ar. Entre estes, 64% defenderam a classificação por faixa
etária e horário, e uma minoria, apenas 32%, pediu a volta de alguma forma de
censura. Parece haver um dilema entre censura e limite de comportamento, e
isso não é recente, mas atualmente tem ganhado mais força e espaço nos
meios de debate sobre a qualidade dos programas de TV. Assim, se faz
necessário separar censura de limite de comportamento.
A censura é uma maneira de fazer as pessoas se comportarem da forma
que a sociedade impõe. É um controle de fora para dentro, e por isso a
Constituição de 1988 aboliu a censura no Brasil. O limite de comportamento é
uma alternativa mais igualitária, que não fere as leis que regem a democracia.
Esse limite é imposto pelo próprio indivíduo, baseado na noção de civilidade,
respeito e compromisso ético. Um exemplo prático de como o limite de
comportamento pode ser aplicado, é quando uma emissora de TV apresenta
cenas de pornografia para aumentar a audiência e vender publicidade, e há um
protesto reclamando contra isso. Essa reclamação não é censura, mas é um
modo de estabelecer um limite de comportamento àquela emissora, um limite
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situado no terreno da ética. Isso não fere a democracia, pois ela mesma não é
um vale-tudo, onde cada um pode fazer o que bem entender. A democracia é
regulada por uma ética muito forte, que está constantemente impondo limites
tanto na esfera pública quanto privada. Por exemplo, um professor não pode
traficar drogas e sair pregando moralidade com o dinheiro que ganhou do
tráfico.
Em países como os Estados Unidos, o limite de comportamento foi
imposto por meio da instalação obrigatória de um dispositivo inibidor nos
televisores que saem da fábrica. Tal dispositivo é chamado de “violence chip”,
ou “v-chip”. E teve o apoio do presidente Norte Americano Bill Clinton, o
qual respaldou sua instalação para controlar os programas de televisão,
alarmado pela descomunal crueldade que eles transmitem. Com o “v-chip”, os
pais poderão programar a televisão para não receber programas considerados
impróprios para menores de 12, 14 ou 18 anos. Se é que podemos dizer que
aquilo que é impróprio para os menores pode ser próprio para os maiores.
Na França, filmes violentos e programas com cenas de sexo só podem
ser apresentados em horários noturnos. A questão é, será que as crianças de
hoje, que na maioria das vezes têm uma TV dentro do seu próprio quarto,
estão indo dormir cedo? Muitos outros países adotam o recurso do chamado
“horário de proteção aos menores de idade”, entre as 8 da manhã e 8 da noite.
Na Inglaterra, televisão é serviço público, como água, luz ou telefone, e
o ministério responsável pelo seu funcionamento cuida também das artes, dos
museus e das bibliotecas. As emissoras públicas (Bbc 1 e 2) são mantidas por
uma licença anual paga pelas pessoas que possuem um aparelho de tevê e as
privadas sobrevivem graças à publicidade.As concessões valem por dez anos e
a escolha das empresas leva em conta três critérios: a programação proposta,
inclusive a infantil, o valor a ser pago pela licença e a capacitação técnica.
O controle da qualidade dos programas é rígido e a fiscalização é feita
por órgãos independentes, responsáveis pelo acompanhamento da
programação e eplo encaminhamento das reclamações do público. Essas
comissões não têm poder de censura, mas exercem uma forte pressão sobre as
redes e, em muitos casos, acabam influindo na qualidade das programações.
Além disso, a Independent Television Comission (ITC), que dirige o setor
privado, publica um relatório de análise das programações. Algumas
emissoras recebem advertências formais e recomendações para melhorar o
nível, enquanto outras são elogiadas.
Por esse cuidado extremo, o professor de Telejornalismo da
Universidade de São Paulo (USP), Laurino Lalo Leal Filho, em seu livro A
Melhor TV do Mundo (Summus Editorial), considera a tevê inglesa a melhor
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TELA CONDENADA
Numa pesquisa feita pela Vox Populi em 1995, foram entrevistados
3.075 moradores de 214 municípios das cinco regiões brasileiras. Havia na
época uma preocupação, que ainda predomina hoje, com relação ao erotismo e
a escalada sexual na TV apresentada com um frequência quase alucinante. O
resultado indicou que a opinião da maioria da população brasileira era de que
havia excesso de cenas eróticas e mensagens sexuais na TV. Vox Populi
elaborou a seguinte pergunta: “Na sua opinião, a TV tem mostrado mais cenas
de sexo do que deveria, tem mostrado na medida certa, tem mostrado pouco
ou não tem mostrado?” O resultado em porcentagem ficou assim:
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para ir um pouco mais além, quais as “atitudes” que a televisão está criando
nas mentes infantís?
As atitudes a que me refiro, não são comportamentos ou procedimentos,
mas as pré-disposições para determinado comportamento, baseadas em
ideologias ou crenças. Ou seja, atitudes são pré-conceitos, que são adquiridos,
aprendidos e incorporados à personalidade. Assim, no sentido psicosocial,
uma atitude é sempre uma pré-disposição (pré-julgamento) para um
comportamento. Atitudes são pré-noções, que determinado grupo faz a outro,
geralmente às chamadas “minorias”, como judeus, índios, negros, etc. Uma
pessoa que age racionameltente dificilmente terá atitudes ou preconceito. Uma
atitude é sempre pré-concebida e baseada nas emoções. Por essa razão, a TV é
uma geradora de atitudes, pois coloca um véu entre a realidade e o que
apresenta. Forma julgamentos, atitudes (pré-conceitos), ao fazer
discriminações da minoria. Um exemplo, é a discriminação religiosa feita
pelas emissoras de TV. Mesmo não tendo uma religião oficial no Brasil, o
Catolicismo é tratado e divulgado pela mídia como sendo a religião adotada
pelo Estado.
A força da TV para criar atitudes de preconceito é tão forte que, algumas
coisas são aprendidas e incorporadas de tal forma, que as pessoas passam a
agir por instintos. Assim, os preconceitos se constroem na infância, e quanto
maior for a ligação afetiva que a criança tiver com o adulto, ou com o modelo
apresentado na TV, mais ela incorporará suas atitudes e pré-conceitos. Esses
pré-conceitos e atitudes se adquirem na infância porque se baseiam nas
emoções e na confiança que a criança deposita no modelo apresentado. É
dessa maneira que as atitudes aprendidas e passadas à criança farão parte de
sua personalidade.
Preocupada com a influência da tevê na formação das crianças, a revista
“Claudia” encomendou uma pesquisa à Comunicarte Marketing Cultural e
Social, coordenada por Marcio Schiavo, professor de mestrado em sexologia
da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, e consultor do Fundo das
Nações Unidas para a infância (Unicef). Durante uma semana, no período de
25 a 31 de maio de 1997, especilaistas dos cursos de mestrado de Sexologia e
de Comunicação da mesma universidade acompanharam e analisaram 151
horas e 30 minutos de programação infantil distribuídas pelas seis principais
emissoras do país (Bandeirantes, TVE, Globo, Manchete, Record e SBT).
O objetivo da pesquisa era quantificar a incidência de cenas e situações
eróticas na programação infantil, além de analisar seu enfoque, sua linguagem,
seus valores e de que forma isso é percebido pela criança. No período
pesquisado, que foi de uma semana, registraram-se 308 estímulos e referências
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Homossexualismo: 09 incidências.
Fantasias sexuais envolvendo ou não fetiches: 08 incidências.
Relações sexuais simuladas e insinuadas: 08 incidências.
Sexualidade: 07 incidências.
Sublimada: cenas ou situações em que fica alaro o desejo ou a atração
erótica de um personagem pelo outro, sem concretização em cena.
Realizada: cenas ou situações em que o desejo é satisfeito por meio de
contatos físicos (beijos, carícias, etc.) mutuamente prazerosos.
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Televisão) não for respeitado e seguido, a solução para esse dilema está
mesmo em casa e na escola. Todavia, infelizmente, pais e professores não
estão preparados ou interessados em discutir a utilização desse veículo de
comunicação dentro de uma visão bíblica. Eles têm prestado pouca atenção
crítica à TV, e isso é grave. Entretanto, bem feita e bem utilizada, na verdade,
a televisão pode se tornar uma aliada poderosa na educação das nossas
crianças. É urgente questionar, orientar, aprender e ensinar a ver televisão, ou
se for o caso, aprender e ensinar a deixar de assistí-la.
CAPÍTULO XI
ATITUDES ALTERNATIVAS
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PARA MEDITAR
Jorge Rizzo escreveu um versão para o Salmo 23 que é no mínimo
alarmante, creio ser benéfico fazermos uma reflexão e introspecção para
avaliar nosso relacionamento com a TV e o nível de comprometimento com o
seu conteúdo.
“Canal 23”
A talevisão é o meu pastor, nada me faltará.
Ela me faz repousar em um sofá confortável.
Leva-me para junto das concupiscências do mundo;
sufoca minha alma.
Guia-me pelas veredas da injustiça por amor à iniquidade.
Ainda que eu assista a programas impróprios,
não temerei mal nenhum,
porque eu faço como disse Paulo: retenho só o bem.
A tua antena e o teu controle remoto me consolam.
Preparas-me uma programação indigna na presença da minha família;
enches a minha cabeça com abominações;
o meu ser transborda de alegria.
Indignidade e miséria certamente me seguirão todos os dias da minha vida;
e habitarei na casa das trevas para todo o sempre.
A televisão é o meu pastor...tudo me faltará.
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CAPÍTULO XII
NOVOS VÍCIOS ELETRÔNICOS
O ADVENTO DA INTERNET
Enfatizamos até aqui a problemática da televisão dentro dos contextos:
familiar, educacional, moral, ético e religioso. Todavia, como afirmamos no
início deste livro, além da televisão, os lares de hoje estão sendo invadidos por
aparelhos de comunicação cada vez mais sofisticados. São aparelhos de som
de alta definição, videogames, microcomputadores ultra-modernos, bichinhos
virtuais de estimação (Tamagotchis), etc. Principalmente para as crianças e
adolescentes, é inadimissível não ter os joguinhos eletrônicos da moda.
O momento atual é de desenvolvimento de novas tecnologias ocorrendo
em passo acelerado; a velocidade de penetração dos novos veículos é cada vez
maior. Hoje, também já faz parte do cotidiano moderno o acesso à Internet
(International Network), a “superestrada da informação” que interliga milhões
de computadores pessoais nos cinco continentes. É o computador se
comunicando com outros computadores através de uma linha telefônica. Basta
que a pessoa instale no seu micro um pequeno aparelho chamado modem, que
transforma os códigos digitais para o tráfego no fio de sua linha telefônica, e
está tudo pronto para a maior viagem que a tecnologia já ofereceu ao ser
humano. Essa Rede é uma representação crucial da infra estrutura da
sociedade da informação, e tem se popularizado bastante, vindo para ficar. As
New Medias estão aí para serem não só mais um complemento às mídias
convencionais. Para se ter uma idéia de como a informação se tornou mais
veloz, basta considerar que enquanto a Web (outro termo para a Internet),
levou quatro anos para conseguir 50 milhões de usuários, o rádio levou 38
anos e a TV, 13. Uma coisa que deve ser levada em consideração, quando se
fala em TV e Internet, é que a separação entre ambas é apenas para efeito
didático, pois hoje já é possível unir a TV ao computador. Isso mesmo, já é
possível ligar a TV e navegar na Net, essa tecnologia demonstra que a própria
tevê sofreu mudanças com o advento da Internet. “Faz tempo que a televisão
vem mudando. Já ganhou recursos de vídeo, como o congelamento de
imagens, e de áudio, como o som surround. Agora chegou a vez da acoplagem
ao ocmputador. Imagine só: com o infoway TV, da Itautec Philco, você
navega na Internet olhando para um monitor de 34 polegadas e ouvindo o som
que vem de seis caixas acústicas. E mais, a tela da Infoway pode ser dividida
em duas. Você vê TV e navega na Internet ao mesmo tempo”. (Revista
Superinteressante, Agosto de 1998, p. 75). E, “depois da WebTV, que levou a
Internet para os aparelhos de televisão, foi criada uma tecnologia que faz o
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PROJETO AMBICIOSO
O mais surpreendente, de acordo com os recentes avanços na área de
comunicação, é a previsão para o próximo milênio, de que a própria Internet
(como a conhecemos hoje) deixará de ser a estrela número um das
comunicações, cedendo o lugar para o super-projeto patrocinado pelo
engenheiro americano Edward Tuck, um dos principais fornecedores de
equipamentos para os satélites Navstar; Craig O. McCaw, dono da McCaw
Cellular, maior empresa de telefonia celular nos Estados Unidos; e Bill Gates,
dono da Microsoft. Denominado do que se pode chamar de “Internet
celestial”, o super-projeto “Teledesic” dispensará o uso de cabos de fibras
óticas, uma vez que usará satélites para a comunicação.
“Imagine uma constelação de 60 satélites voando em formação precisa,
como uma rede, sobre todo o planeta. Isso é o que algumas empresas vão
começar a fazer, nos próximos anos. Imagine agora uma rede de quase 1.000
satélites. Esse é o plano delirante da empresa americana Teledesic
Corporation. Em seu sistema, grupos de 44 satélites cada um, flutuariam em
21 órbitas diferentes. Num total de 924 aparelhos. Essa esquadrilha está ainda
longe da realidade. Mas se chegar a levantar vôo, construirá a maior de todas
as supervias de informações. Maior até que a Internet. Ela deve transmitir voz,
dados, imagens e ligar computadores entre si”. (Superinteressante, maio de
1994, p. 39)
A Teledesic possibilitará a comunicação de qualquer lugar do mundo.
Mesmo que a pessoa esteja num barco no meio do Oceano Pacífico, ou a pé no
deserto do Saara, local onde, com o Teledisic, poderá ser instalada uma cabine
telefônica sem fio. Num futuro próximo, ninguém vai ficar isolado da
civilização. Pois o mundo todo estará ao alcance de um celular ou de um
microcomputador. Que fantástico meio para a proclamação do Evangelho
Eterno ao mundo que perece sem Cristo! (Ver Apocalipse 14:6-12)
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A GLOBALIZAÇÃO DA REDE
Ao se transformar numa rede que abraça todo o planeta, a Internet
inaugurou a chamada aldeia global, na maior aventura tecnológica da história
da humanidade. Para muitos comunicólogos, a Internet é uma experiência
humana rara e a concretização da profecia da aldeia global sem limites, porque
está acontecendo agora, diante dessa geração. A sensação é tão fantástica que
muitos se sentem como um astronauta em órbita. Segundo o americano
Nicholas Negroponte, autor do livro, “A Vida Digital”, não podemos mais
falar sobre o futuro da comunicação, pois o futuro já chegou! Isso pode ser
sentido na multiplicação do número de computadores interligados à rede
mundial Internet, a mãe de todas as redes. Negroponte faz uma ilustração
dessa “explosão de Internet”, ao compará-la a uma brincadeira com números
que faz muito sucesso entre as crianças. Começa com uma pergunta: vale a
pena trabalhar por 1 centavo ao dia durante um mês, dobrando o salário a cada
dia? Se começarmos esse maravilhoso sistema salarial no dia de ano novo,
estarremos ganhando mais de 10 milhões de dólares por dia no fim de janeiro.
Essa é a brincadeira. Usando o mesmo esquema, estaríamos ganhando apenas
2,6 milhões de dólares, no total, se janeiro tivesse três dias a menos. Mas,
como o mês tem 31 dias, o salário mensal vai para mais de 21 milhões de
dólares. Por ser a velocidade de crescimento exponencial, aqueles últimos
tr6es dias fazem uma enorme diferença! Pois estqamos nos aproximando
daqueles três dias no processo de espansão dos computadores e das
telecomunicações digitais. É nessa velocidade que os computadores estão
entrando em nossas vidas.
Um exemplo, em números, dessa explosão da rede mundial de
computadores, foi o fato dela ter crescido 300% no ano de 1994 chegando a
mais de 40 milhões de usuários ao redor do mundo, e no ano seguinte,
crescido mais de 900%. Ou seja, a Internet ganhou aproximadamente quatro
usuários para cada bebê que nasceu no mundo em 1995. Mudanças no
cotidiano, por mais radicais que tenham sido, mesmo em áreas mais visíveis
como a moda, arquitetura e arte, nunca chocam muito porque aparecem aos
poucos e depois as pessoas se acostumam e não reagem mais. Mas com a
Internet será difícil acostumar-se.
Embora os números estatísticos estejam em constante mudança e se
tornem obsoletos com facilidade, irei usá-los para que você tenha uma idéia da
rapidez de expanção da Internet. Ao descrever o perfil dos internautas
adolescentes do Brasil, a revista Veja afirmou que “eles não saem da frente do
computador para nada. Livros, ar livre, arte, etc., não fazem parte dos seus
interesses. O maior objetivo de vida dos internautas é saber cada vez mais a
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Mulher - 25%
(Se interessam por uma gama mais variada de assuntos que os navegantes
masculinos: lêem mais notícias, fazem mais compras pela Rede e visitam com
mais frequência endereços que versam sobre artes e turismo)
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15 a 19 - 22%
30 a 39 - 20%
40 em diante - 15%
Até 14 - 11%
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O fato é que cada vez mais a Web conquista mais público que TV. Uma
pesquisa realizada pela Deloitte afirma que os brasileiros passam três vezes
mais tempo por semana conectados à internet do que assistindo à TV. O
estudo "O Futuro da Mídia", na terceira edição, mencionou pela primeira vez
o Brasil entre os outros países pesquisados: Estados Unidos, Japão, Alemanha
e Grã-Bretanha. Dos 9 mil entrevistados, 1.022 eram brasileiros. De acordo
com a pesquisa, os consumidores brasileiros gastam, atualmente, 82 horas por
semana utilizando diversos tipos de mídia e de entretenimentos tecnológicos,
como o celular. Para a maioria dos consumidores, o computador superou a
televisão em termos de entretenimento.
A maior parcela dos participantes (81%) apontou o computador como o
meio de entretenimento mais importante em relação à TV. Entre os ouvidos na
pesquisa, 58% disseram que videogames, jogos no computador e online são
importantes fonte de diversão. Metade dos entrevistados está atenta aos
lançamentos tecnológicos e tenta adquirir rapidamente esses equipamentos.
Além disso, 47% dos pesquisados usam o celular como um dispositivo de
entretenimento.
O levantamento ouviu pessoas com entre 14 e 75 anos de idade. A faixa
etária de 26 a 42 anos é a mais envolvida com atividades interativas na
internet, como assistir a programas de TV ou usar o computador para
chamadas telefônicas. Em todas as faixas de idade, a atividade mais realizada
na internet é a criação de conteúdos pessoais para serem acessados por outras
pessoas, como sites, fotos, vídeos, músicas e blogs, diz o estudo.
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TIMIDEZ
Segundo uma pesquisa divulgada pela Symantec, 82% dos internautas
brasileiros dizem que a web melhorou seus relacionamentos, índice que supera
a média mundial, de 70%. Nesse aspecto, o Brasil fica atrás apenas da Índia
(90%) e da China (87%). O estudo Norton Online Living Report analisou
dados sobre a segurança e os relacionamentos na esfera virtual em 12 países e
entrevistou nove mil pessoas.
Quanto ao número de amigos online, os adultos brasileiros ficam em
primeiro lugar, com uma média de 66,4, seguido pela China (55,5) e pelo
Canadá (45,8). A experiência de se apaixonar por meio da rede já foi vivida
por 25% dos internautas adultos pesquisados no Brasil, e contato facilitado
com familiares é um aspecto importante para 77%. Comparado aos internautas
de outros países, o brasileiro é o que mais usa compartilha fotos online, e é
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também quem mais gasta tempo com isso - uma média de quatro horas por
semana.
O Norton Online Living Report também fez um levantamento com
internautas entre 8 e 17 anos nesses 12 países. As crianças e os adolescentes
brasileiros são os que passam mais tempo conectados, uma média de 70 horas
por semana - seus pais, no entanto, pensam que esse tempo seja de 56 horas.
No Brasil, 74% dos pais dizem saber o que os filhos vêem na internet, e 72%
dos jovens e crianças confirmam essa informação. Os pais também admitem
monitorar o comportamento dos filhos na web: 66% deles admitem ler e-mails
ou rastrear sites visitados pelos filhos. Em redes sociais, 60% de crianças e
adolescentes têm seus pais em sua lista de amigos.
A segurança na internet foi outro ponto examinado pelo estudo, que
aponta que 40% dos internautas brasileiros afirmam que alguém já tentou
invadir seus computadores. O número só não é maior do que na China, onde a
taxa fica em torno de 50%. Por outro lado, o brasileiro é também o mais
propenso no grupo pesquisado a instalar soluções de segurança em seu PC.
Como escrevi esse material no final da década de 90 e inicio do ano
2000, não tenho a pretenção de escrever sobre os mais recentes dados
estatíscos, ou as últimas invenções na área da tecnologia informativa, até
porque é praticamente impossível acompanhar em 100% o avanço e as
mudanças tecnológicas. Porém, tenho como objetivo maior ampliar a visão de
futuro acerca do potencial que há nos novos caminhos da comunicação. Esse
potencial, que já está disponível, está sendo usado tanto para o bem quanto
para o mal, exercendo alcance e influência a nível pessoal, familiar, e também
mundial. Por isso, como organização, como igreja e como seguidores de Jesus,
devemos estar alerta e saber usar esse potencial para a honra e glória de Deus.
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(Sim) (Não) - Sente necessidade de aumentar cada vez mais o seu tempo de
navegação na rede?
(Sim) (Não) - Fica irritado e inquieto quando tenta reduzir o seu uso da
internet?
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(Sim) (Não) - Você mente para as pessoas tentando esconder o quanto está
envolvido com a internet?
(Sim) (Não) - Você gastou muito dinheiro com taxas especiais de acesso a
sites de sexo ou compras on-line, e se arrependeu. Mesmo assim, voltou a
fazer a mesma coisa?
(Sim) (Não) - Com frequência você fica conectado mais tempo do que havia
planejado?
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CAPÍTULO XIII
NEURÔNIOS EM JOGO
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PRECOCES TEMPO
Idade Porcentagem Horas por Dia Porcentagem
De 2 a 4 anos 2% Menos de 1 hora 32%
De 11 a 13 anos 6% 1 hora 34%
De 5 a 7 anos 26% 2 horas 13 %
De 8 a 10 anos 66% De 3 a 4 horas 17%
5 ou mais horas 4%
(Fonte: Revista Época, 19 de Outubro de 1998, p. 59)
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Embora essas perguntas ainda não tenham uma resposta definitiva, elas devem
ser levadas em consideração pelos pais que realmente se preocupam com o
desenvolvimento “psicosocioespiritual” de seus filhos. Mas, quando o assunto
é jogo eletrônico (produto especialmente admirado pela geração digital), essas
perguntas adquirem ainda mais importância. Enquanto há pais que
estabelecem regras rígidas quanto ao tempo que seus filhos podem ficar
brincando no computador, e outros preferem dar às crianças softwares
educativos em vez de games com conteúdo violento, há aqueles que acham
que o relacionamento das crianças com os joguinhos, não lhes afetará em
nada.
O fato é que, principalmente nos grandes centros urbanos, está
ocorrendo um declíneo moral acentuado, a criminalidade e tantos outros
problemas têm levado os indivíduos ao isolamento. As novas tecnologias de
comunicação, principalmente os games e micros, têm contribuido para que
crianças, que antes brincavam juntas, agora prefiram ir cada uma para frente
do computador. Ou se for o caso, para seus bichinhos de estimação, que
atualmente não precisam ser necessariamente animais domesticados, mas
“bichinhos eletrônicos”.
No ano de 1997 a febre do “bicho virtual” levou mais de 40 milhões de
crianças e adolescentes ao redor do mundo a cuidar de um animal imaginário,
pendurado por um fio no pescoço do dono, capaz de “morrer” quando não
tratado adequadamente. De olho no mercado a empresa de Hong Kong Solar
Tune Eletronics foi mais longe e criou o “Meu Amante”, que já é um dos
brinquedos mais procurados e sem dúvida irá conquistar o coração da
garotada. Segundo a assistente de Marketing da companhia Solar Tunes, o
jogo foi criado pensando que os adolescentes estão sempre em busca de amor
e o joguinho virtual “Meu Amante” pode lhes dar um pouco de experiência e
ensiná-los a respeitar o outro. (Jornal Diário Catarinense, 04 de março de
1998)
Depois da onda mundial dos chamados “bichinhos virtuais” ou
Tamagotchis, agora é a vez do “amante virtual”, isso mesmo, “amante
virtual”. Os brinquedos eletrônicos japoneses que tomaram o mercado de
assalto no ano de 1997 têm um poderoso rival chamado “Meu Amante”,
lançado em Hong Kong, na feira de brinquedos e jogos no início de 1998. Os
donos do amante virtual têm como tarefa para agradar “os parceiros” ofertar
presentes como flores, chocolates e cartas de amor, tudo com a finalidade de
ganhar a afeição do companheiro eletrônico e obter “pontos de afinidade”. Os
donos do joguinho que conseguem mais pontos ganham um “beijo virtual” ou
até um “casamento virtual”. Mas se falharem na conquista, o parceiro pode
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1% não brinca.
(Fonte: Revista Época, 19 de Outubro de 1998, p. 61)
Embora os dados indiquem que está ocorrendo um certo controle ao uso
dos videogames, nem todos têm conseguido controlar o tempo diante dos
joguinhos eletrônicos. Talvez isso se deva a falta de interesse e de
acompanhamento dos pais, ou simplesmente a falta de se estabelecer limites
ao uso dos videogames e do computador.
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intenta fazer com o mundo. Contra quem ele não pode fazer nada?
O fato é que os jogos de luta são os best-sellers dos videogames. Fazem
sucesso entre os adolescentes, tanto em casa como nas casas de diversões
eletrônicas. Talvez essa seja uma das razões pelas quais a violência e
delinqüência infanto-juvenil tenha proliferado nas grandes cidades. No Rio de
Janeiro por exemplo, as “gangues” que promovem brigas de rua são
compostas de adolescentes que na grande maioria praticam artes marciais
como o Jiu-Jitsu. Enquanto essa onda de violência se espalha pelo país, muitos
ficam a perguntar quais são as razões para isso. Por essa razão seria
interessante questionar se os “joguinhos” de lutas marciais tem alguma coisa a
ver com essa violência. Será que as crianças não estão sendo educadas para a
prática das artes marciais por meio de jogos como Mortal Kombat? Estariam
estes jogos violentos formando uma geração de crianças e jovens
delinqüentes?
Outro jogo que, segundo a revista Superinteressante, “traz tudo o que
um gamemaníaco precisa”, é Tekken (Punho de Ferro). Nina, uma de suas
protagonistas é uma pistoleira profissonal, e todos os demais são especialistas
em artes marciais. Seu conteúdo se resume em “lutas espetacularmente
animadas em 3D, com movimentos muito fluidos, rápidos e ampla variedade
de golpes. Além de um sensacional efeito replay, em câmera lenta, para ver
como foi mesmo aquele golpe implacável.” (Superinteressante, Julho, 1995, p.
72)
Ao se colocar na frente da tela que projeta um destes videojogos, a
criança começa a entregar sua mente e seu corpo. Considerarando que alguns
“joguinhos” exigem o uso de viseiras com efeito virtual tridimensional, de tal
maneira que a pessoa tem a impressão de estar dentro da cena atuando como
protagonista. É impossível deixar de imaginar que seus usuários não sofram
perdas e danos espirituais. Usando aparelhos especiais, o usuário pode
interagir com os “videoinimigos” enfrentando-os corpo a corpo. Isso é
possível graças a realidade virtual produzida por determinados aparelhos,
capazes de reproduzir os mesmos movimentos que o jogador faz do lado de
fora da telinha. Assim, dando socos e pontapés no ar, os temíveis adversários
combaterão sem luvas, óculos ou botões intermediários. A luta será
literalmente corpo a corpo. Essa tecnologia é semelhante àquela usada pelo
músico francês Jean-Michel Jarre, que desenvolveu um instrumento musical
etéreo, onde as cordas de uma harpcord eram feixes de raios que vinham do
nada, bastando fazer movimentos com as mãos para que o som fosse
produzido. Da mesma maneira, o aparelho Activator, “consiste na projeção de
18 feixes de raios infravermelhos que se projetam de baixo para cima, a partir
253 Por: Jorge N. N. Schemes
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praticar ações de violência e até mesmo crimes, esse processo pode ser
descrito como se fosse uma bomba relógio.
Esse crime bárbaro ocorreu nos EUA, no colégio de Littleton, subúrbio
de Denver, capital do Estado americano do Colorado e abalou a opinião
pública internacional. No dia 20 de abril de 1999, dois jovens adolescentes
(Erick Harris de 18 anos, e Dylan Klebord de 17) invadiram a escola onde
estudavam com armas e bonbas de fabricação caseira, juntos mataram 15
colegas com tiros certeiros na cabeça e deixaram 28 feridos, eles “deram
preferência” aos negros e estrangeiros. Erick e Kebold riam durante o tiroteio
manifestando indiferença, frieza e crueldade diante do sofriemento e da morte
de seus colegas. Em seguida os dois se suicidaram.
A polícia encontrou nas cinco páginas da Internet de um dos assassinos
da matança de Littleton, instruções e conselhos para a fabricação de bombas e
explosivos com ingredientes usando até mesmo detergentes; “as bonbas de
fabricação caseira são um dos meios mais simples e eficazes de matar um
grupo de pessoas e destruir algo”, dizia na página de Erick Harris. Ele já havia
feito ameaças de morte a colegas pela Internet. No dia anterior a chacina, ele
mandou a seguinte mensagem eletrônica: “preparem-se para o grande 20 de
abril. Vocês amargarão esse dia”.
Os dois garotos eram membros de um grupo chamado de máfia da capa
preta. Eram adolecentes viciados em Internet e fascinados pela cor preta (se
vestiam completamente de preto e inclusive pintavam as unhas dessa cor).
Apreciavam imagens satânicas, veneravam músicos de rock como Marilyn
Manson, que fez muito sucesso entre jovens do mundo inteiro com letras que
falam sobre morte, suicídio e demônios. Eles também eram obscecados por
vampiros, sangue, morte e violência em geral. Se tudo isso não bastasse, seu
principal ídolo era Adolf Hitler. O jogo de RPG (Role Playing Game)
“Cavernas e Dragões” era outra mania entre o grupo da máfia da capa preta.
Dentre os hábitos dos assassinos estavam o de ficar longas horas na Internet
batendo papo ou jogando videojogos extremamente violentos, como o famoso
Doom. Inclusive, chegaram a personalizar esse “jogo” substituindo os
monstros por pessoas (negros, latinos e judeus), demonstrando forte
sentimento racista. (Diário Catarinense, 22/04/99 – DC, 23/04/99 – Folha de
S. Paulo, 22/04/99, p. 1-12)
Como já foi analizado, esse não é um caso isolado na sociedade
americana. Segundo estatísticas, o número de mortes violentas em escolas dos
EUA desde 1992 até meados de 1999 já somava 236, envolvendo estudantes e
professores que foram violentamente mortos em incidentes nas escolas ou
locais próximos a ela. Na maioria dos casos os agressores costumavam
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“brincar” com videojogos violentos. Diante disso, não é exagero supor que
uma das causas para o aumento da violência entre as crianças e os diferentes
grupos de adolescentes, esteja na filosofia agressiva pregada por esse tipo de
“divertimento”, acessível a qualquer criança em estabelecimentos
especializados no ramo de diversões eletrônicas. Milhares de crianças estão se
intoxicando com os conceitos de violência e desrespeito à vida humana
apresentados em muitos desses “joguinhos”. Todavia, o que é mais
preocupante, é saber que por trás dessas produções “artísticas” está uma mente
dominada pelo mal, literalmente a serviço de Satanás. Isso revela que o
inimigo tem sua escola na terra, e está ocupado em atender todas as etapas do
desenvolvimento do ser humano. Ele ensina ao homem, desde pequeno,
distintas formas de matar, destruir e clamar pelo sangue de seus semelhantes.
E a revolução acelerada da informática tem servido como ferramenta muito
eficaz para degenerar e obscurecer a mente de crianças e adolescentes através
de videojogos abomináveis. Ação em primeira pessoa, diversas armas à
disposição, muito sangue e violência e inimigos difíceis de vencer são os
ingredientes básicos de jogos como o Unreal. E muitas vezes nessa luta
terrível contra os inimigos, as crianças, além de sentirem-se frustradas por não
superarem as diversas fases, acabam quebrando o controle de tanto
nervosismo.
E o que dizer dos jogos onde a violência era tão brutal que acabaram
sendo rejeitados até mesmo pelas autoridades judiciárias. O videojogo de
corrida Carmagedon é um exemplo, ele teve a sua venda, distribuição e
fabricação suspensas pelo Ministério da Justiça do Brasil no dia 26 de
novembro de 1997. Mas esse “jogo” também é um exemplo de como alguém
pode ser usado pelo Diabo, para a divulgação da crueldade, bem como da
banalização da vida humana. O jogo foi proibido pelas autoridades de nosso
país por ser considerado de extrema violência, pois incentivava o jogador a
cometer graves infrações de trânsito, além de assassinato a sangue frio. A
filosofia de “vitória” do Carmageddon era a seguinte: “No videogame, ganha
o motorista que atropelar mais pedestre, entre eles idosos, crianças e mulheres
grávidas”. (Istoé, 3 de dezembro de 1997, p. 13).
Insatisfeitos com a proibição, os autores do Carmageddon elaboraram e
lançaram em 1999 uma segunda versão do jogo, o “Carpocalypse Now”. O
objetivo do jogo continuou sendo tão perverso quanto o primeiro: destruir
outros carros e, no lugar dos pedrestres, “Zumbis assassinos”, ou mortos-
vivos, o que acaba reforçando a idéia macabra de que o mal pode dar vida.
Mas graças a Deus, esse jogo eletrônico também foi proibido pelo Ministério
da Justiça do Brasil. “Carpocalypse Now estimula a violência entre os
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jovens”, essa foi a conclusão do Governo. Ele foi considerado um jogo tão
violento que a sua proibição inclui a fabricação, fornecimento, distribuição e
comercialização em território nacional, inclusive o seu uso na Internet. Tal
atitude tão radical não é por menos, basta ler a contra capa do videojogo para
perceber o seu grau de violência. Aparecem frases como: “Uma multidão de
pilotos maníacos”; “Dirigir loucamente gera pontos – aniquile qualquer coisa
em seu caminho!”; “Destrua trens, aviões e veículos dos adversários”;
“Esmague, amasse, queime, destrua, derrape e salte em um realismo de
enlouquecer”.
Fico imaginando o que se passa na mente de uma pessoa quando está
“criando” esse tipo de conteúdo que será usado por crianças e adolescentes?
Será que o problema da violência nos videojogos só vai ser percebido quando
ela for considerada extrema? Não estariam outros “joguinhos” divulgando
quase a mesma coisa? Se não, coisa pior?
Na opinião da psicóloga boliviana Viviana Velasco Martinez,
especialista no assunto, e autora de uma tese de mestrado em Educação pela
Universidade Federal de São Carlos no interior de São Paulo, intitulada
“Game over: a criança no mundo do videogame”, as crianças viciadas em
videogames substituem as brincadeiras pelos jogos, passam horas a fio diante
do videogame e entram em estado de excessiva exaltação na qual o seu humor
oscila entre alegria, frustração e ira. O videogame parece aprissionar as
crianças. Dentre outras coisas, os jogos tornam a violência algo familiar,
tornando-a num elemento lúdico, de tal maneira que ela passa a ser parte do
cotidiano e nada mais assusta.
“Loucura e violência no mais alto grau”, é assim que a Revista Veja se
referiu a um dos mais novos jogos para PC lançado nos EUA (1997).
“Postal”, como é chamado, “conseguiu o milagre de elevar o grau de violência
que assola o mercado de jogos para computador. Nele, o jogador, que assume
o papel de um ensandecido, é convidado a fuzilar crianças e matar passantes
sem motivo. Para sair do jogo é preciso cometer suicídio”. (Veja, 22 de
outubro de 1997, p. 18)
E o que dizer quando a vida imita o game? Um caso extremo e trágico
foi divulgado pela revista Veja em janeiro de 1996. Um garoto Norte-
Americano chamado Keith Flaig, de 14 anos, estava brincando no computador
com o melhor amigo, Nicholas Watts, na cidade de portland, quando, de
repente, sem motivo nenhum, Keith rasgou com uma faca a garganta do
amigo. Depois, o garoto pegou uma pistola calibre 20, atirou contra o irmão e
a mãe de Nicholas e, finalmente, suicidou-se. Veja comenta que: “antes de
cometer toda essa barbaridade, Keith jogava “Hell” (Inferno), game de ação
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VIDEOJOGOS SATÂNICOS
Enquanto de um lado o Diabo ataca com violência, por outro, inspira a
produção daqueles jogos que incentivam abertamente a religiosidade mística,
contendo uma clara conotação espiritualista e anticristã. Um exemplo disso
são os jogos em que seus personagens usam recursos de feitiçaria, práticas
místicas e satânicas, como o jogo de caça aos adversários, Doom, em que
aparece as aventuras de um soldado que enfrenta demônios. Mas para aqueles
que preferem acreditar nos supostos poderes da mente, há o videojogo
tridimensional Ubik, onde o herói principal é Joe Chip e outros 59
personagens que empregam cinqüenta armas diferentes e “48 poderes
psíquicos”. (Revista Veja, 10 de Junho de 1998, p. 39).
Outro exemplo de misticismo via Internet é o que revelou a revista
Superinteressante sob o título: O Demônio dos Quadrinhos Invade a Rede.
“Criado em 1992 pelo desenhista e roteirista americano Todd McFarlane, o
personagem de quadrinhos Spawn ganhou fama mundial nos últimos tempos.
Ele é um ex-agente do governo dos Estados Unidos que fez um pacto com o
demônio para voltar da morte e rever sua mulher. As histórias são violentas e
para adultos. Por isso, um projeto de série para a TV foi proibido no país de
Spawn (EUA). Mas depois o herói acabou indo para os cinemas e agora
chegou à Internet”. E o que é pior, disponível à crianças e adolescentes.
(Superinteressante, outubro de 1997, p. 84)
Acredito que para quem tem um estreito relacionamento com as coisas
de Deus, não é difícil perceber a atuação das forças diabólicas nos conteúdos
da comunicação eletrônica e digital. Pode-se perceber os seguintes conceitos
no enredo dessa história: 1-divulga a falsa idéia da imortalidade da alma. 2-
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Satanás assume o poder de ressuscitar ou dar vida aos mortos (um atributo que
só pertence a Deus). 3- O “herói” da história (Spawn) é um servo do diabo. 4-
Ensina claramente o satânismo. 5- Em conjunto com o satânismo prega a
violência (uma das oferendas a Satanás).
Não precisamos pensar muito para percebermos as implicações desse
tipo de conteúdo na vida espiritual das pessoas, principalmente das crianças e
jovens. Apesar de ser um conteúdo “recomendado” só aos adultos (do ponto
de vista da mídia), uma vez que está na Internet, qualquer criança poderá
acessá-lo, basta saber o seu “endereço demôniaco”.
Outro jogo com claras conotações místicas é o Phantasmagoria,
produzido em série pela empresa Sierra desde 1995. Suas histórias de terror
são feitas nos moldes do serieado televisivo “Além da Imaginação”, uma
mistura de ciência, terror e misticismo. Num de seus jogos, “o personagem
principal é Curtis Craig, jovem bem empregado, saído há um ano de um
hospício. Coisas estranhas acontecem e, para escapar de uma nova internação,
Craig vai procurar explicações na história de sua família. Aí aparece de tudo:
ancestrais mortos, feiticeiros, alquimistas”. (Superinteressante, outubro de
1996, p. 78)
“Bem vindo à sua nova religião”, assim começa o anúncio do videojogo
“Heretic” (que significa herético; herege; blasfêmia; ato ou palavra ofensiva à
religião). E continua: você está a ponto de experimentar uma “nova revelação”
como “nenhuma outra”: Heretic! Ação poderosa e intensa. “Mundos divinos”
em 3D. Armas e “magias potentes”. Um jogo em terceira pessoa que “inspira
temor”. “Uma verdadeira experiência fora do corpo”. Sem comentário!
“Para Jogar Com As Luzes Acesas”, esse é o título que encabeça o
comentário feito pela revista Superinteressante sobre o Phantasmagoria,
considerado um jogo extremamente espiritualista e desapropriado para
menores de 13 anos (isso na opinião popular). “Os pais podem escolher uma
senha para vetar cenas como a de uma mulher sendo torturada, ou em trajes
sumários”, afirma a Super. (Superinteressante, dezembro de 1995, p. 77)
Todavia como cristãos jamais devemos recorrer a esse tipo de fonte,
muito menos necessitar de uma senha para impedir o acesso de nossas
crianças a determinadas cenas. Segundo a palavra de Deus, tais cenas e tal
filosofia é abominação ao Senhor (Cf. Apocalipse 22:15, Deuteronômio
18:10-14).
Videojogos onde os conceitos bíblicos sobre Deus e Satanás, céu e
inferno, e a mortalidade da alma são distorcidos e mal apresentados também já
não são novidade. O jogo Grim Fandango revela como satanás é sutil em
alcançar as mentes infantis com esses conceitos antibíblicos. Considerado
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sucesso de crítica nos EUA, Grim Fandango nada mais é do que uma
continuação da grande mentira proferida pela serpente no Éden: certamente
não morrerás! Trata-se de um videojogo onde o jogador faz o papel de Manny
Calavera (um boneco com rosto de caveira), “agente de viagens do
Departamento da Morte, encarregado de indicar quais pacotes turísticos os que
chegam à “terra dos mortos” devem receber. O “destino” de Manny Calavera
é conseguir certo número de clientes para sua alma poder descansar em paz.
Mas o que ele não sabe é que existe um acerto para que nunca atinja essa cota.
Seu visual foi inspirado no Día de Los Muertos mexicano.”(Época, 16 de
Novembro de 1998, p. 62). Sob o título: “Deus E O Diabo na Tela Do
Computador”, a revista Superinteressante ironicamente faz um breve
comentário do jogo After Life (depois da vida). “Na linha dos jogos
simuladores, esse aqui faz você bancar niguém menos que Deus. O objetivo é
manter o céu e o inferno cheios e funcionais. Para isso, o jogador controla os
portões e as características dos dois lugares. O céu precisa ser agradável e sem
conflitos. O inferno, é claro, tem que garantir uma boa punição para os
condenados. Também há o purgatório, que abriga algumas almas
temporiamente”. (Superinteressante, setembro de 1996, p. 79)
De maneira nenhuma a filosofia dos jogos Grim Fandango e After Life
refletem a verdadeira crença cristã sobre a morte e o estado dos mortos. Muito
menos sobre o conceitos bíblicos de alma, espírito, céu, inferno, recompensa e
punição final. Isso sem comentar a questão do purgatório, que nada mais é do
que pura tradição Católica Romana.
Falta espaço para mencionar todos os joguinhos, nintendos e
supernintendos que são declaradamente satânicos. Para mencionar mais
alguns, há aqueles que esboçam na capa, imagens de satanás ou de demômios,
e têm frases satanicamente convidativas como: “sente-se e relaxe, deixe as
legiões te possuir”; Ou, o que diz o jogo “Diablo”: “... você irá parar num
labirinto...bem vindo ao inferno. Eu sou o seu senhor!”. Ou ainda: “para você
entender este jogo (Diablo) você terá de descer nas maiores profundezas do
inferno”. Na contra-capa há um convite às crianças: “junte-se a seus amigos
para destruir o Diablo, embarque, se tiver coragem, numa busca para destruir
o Senhor da Maldição..., e na capa aparecem imagens infernais e satânicas. O
jogo DeathTrap Dungeon, que estampa na capa uma caveira, diz: “viaje nas
profundezas de um labirinto macabro, habitado por um dragão...e outras
criaturas monstruosas, todas sedentas de sangue...”. Dark Omen apela: “Use a
magia para desruir seus inimigos”, os personagens deste jogo são uma
multidão de soldados mortos (zumbis), caveiras e espíritos malígnos. Por sua
vez o jogo Jedi knight - Dark forces II (Cavaleiro Jedi – Força das Trevas II),
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espaço para influências nêutras. São de Jesus as palavras: “Não podeis servir a
dois senhores”. Então, só há duas opções: ou é de origem Divina, ou é de
origem satânica. E, com toda certeza, os meios de comunicação e o conteúdo
oferecido neles não está, na grande maioria dos casos, a favor do cristianismo.
Todavia, não é necessário esperar a realidade virtual e o holovídeo se
popularizarem para sentir os efeitos de tais influências negativas. Os
videojogos marcados pela violência e espiritualismo, certamente já estão
exercendo seu poder destrutivo na mente de seus usuários. Por meio de
milhões de Games vendidos ao redor do globo; Milhares de casas de diversões
eletrônicas com suas máquinas, cada vez mais interativas e voltadas para a
realidade virtual; Satanás tem conseguido atingir a vida espiritual de milhões
de adolescentes, crianças, jovens e até mesmo de adultos.
Diante dessa assustadora realidade devemos perguntar: seria isso um
alimento espiritual saudável para a mente de um Filho de Deus? Esses jogos
contribuem para o crescimento na graça de Cristo? É claro que se você é um
cristão, sua resposta será negativa. Mas, e o que dizer da sua atitude? Ela está
em harmonia com a sua crença? Espero de todo o coração que sim, pois o que
está realmente em jogo são resultados eternos.
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do mundo que a cerca. Não tem noção de tempo, vive apenas o presente, não
pode prever nem se lembrar; não se distingue do resto do mundo. Será preciso
muito tempo para que saiba o que é seu corpo, para distinguir suas diferentes
partes, para saber que lhe pertencem, que fazem parte dela”. (A Criança de 0 a
2 Anos, Vida afetiva e problemas familiares, Edições Paulinas. São Paulo,
1983 - p. 13)
Contudo, apesar de parecer indiferente ao que se passa ao seu redor, a
criança nessa fase, tem uma capacidade de absorção fantástica. Na realidade,
essa capacidade de sentir os estímulos e acontecimentos do meio que a
envolve, já tem início no período pré-natal, quando o bebê ainda está no útero
materno.
Todavia, até os dois anos de idade as janelas dos sentidos estão
totalmente “escancaradas”, afirmam os psicológos. Há um forte espírito de
aventura e descoberta, o ser está em ebulição. Existe uma atitude compulsiva
para a exploração exterior. Por exemplo: quando o bebê está na fase
denominada por Freud de “fase oral”, ele experimenta uma interação mão
versus boca. O bebê está experimentando “o mundo”pela boca, ou seja, a
textura, o volume, o gosto, a forma e a cor daquilo que leva à boca. Para a
criança tudo é pura aventura e descoberta. Por essa razão Piaget incentiva o
uso de atividades lúdicas (jogos) para estimular o desenvolvimento infantil,
essa atividade interacionista desenvolve a criança em todos os níveis da vida.
Piaget enfatiza a inteligência sensoriomotor, frisando o lado social
(socialização) com atividades práticas, estímulos adequados e aproveitamento
das “janelas escancaradas”. Para ele, a formação da personalidade é um
processo Biopsicosocioespiritual, ou seja: envolve aspectos biológicos,
psicológicos, sociológicos e espirituais, os quais precissam ser despertados na
criança em suas diferentes etapas de desenvolvimento, mas principalmente nos
primeiros anos de vida.
Resumindo, para Piaget o aprendizado é um processo gradual no qual a
criança vai se capacitando a níveis cada vez mais complexos do
conhecimento, seguindo uma sequência lógica, ou seja: 1- Sujeição. 2-
Incorporação. 3- Assimilação. 4- Acomodação. 5- Adaptação ao meio. 6-
Formação de um esquema mental (padrões de comportamentos organizados).
7- Maturidade intelectual (compreensão dedutiva e lógica - hipóteses
complicadas).
Abordei alguma coisa da psicologia piagetiana do desenvolvimento,
para revelar de maneira parcial a complexidade e a beleza que há no
amadurecimento de um ser humano. Mas também para corroborar a conclusão
de que: “o contato excessivo com o videogame atrapalha o processo de
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apóstolo Paulo escreveu: “Tudo isso aconteceu como exemplo para nós, para
não querermos coisas más como eles quiseram.” (I Coríntios 10:6 - BLH).
“Ora, tudo isto lhes acontecia como exemplo, e foi escrito para aviso nosso,
para quem já são chegados os fins dos séculos.” (I Coríntios 10:11).
Considerando o conceito bíblico do grande conflito cósmico entre Cristo e
Satanás, devemos questionar enfim: que tipo de influência, de um modo geral,
as crianças estão recebendo dos games?
Ao considerarmos esses fatos, também se faz necessário uma
redefinição do conceito teológico de idolatria. Você deve considerar que
Satanás readaptou muito bem os altares pagãos dos tempos bíblicos à uma
sociedade “sofisticada”. Só que desta vez os templos e ídolos estão dentro da
própria casa dos filhos de Deus, ocupando muitas vezes lugar de honra em
suas residências. Enquanto isso a Palavra de Deus fica escondida nas gavetas e
armários, ou literalmente esquecida diante dos próprios olhos.
Vivemos numa cultura voltada para o que podemos chamar de
“tecnopaganismo”, onde a tecnologia se tornou o meio mais eficaz para a
divulgação de princípios filosóficos que ferem frontalmente os ideais e as
doutrinas do cristianismo bíblico. O espiritismo pelo computador não está
limitado apenas a divulgação de crenças, mas a sua prática em si. Não faz
muito tempo e os alegados contatos com o mundo dos mortos eram feitos
unicamente por incorporações e aparições ectoplasmáticas. Esse tipo de
exercício paranormal já pretende ser substituído ou acompanhado pelas
comunicações no campo da eletrônica e da informática. Hoje existem grupos
de pesquisa distribuídos em vários países que se deicam exclusivamente à
criação de aparelhos capazes de estabelecer contatos com os mortos .
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, é cada vez maior o número de
pessoas integradas aos projetos de transcomunicação instrumental. Wilson
Pickler, presidente do Instituto de Ciência e Tecnologia em Psicobiofísica e
diretor do Projeto Transcomunicação Brasil, tem se dedicado ao
desenvolvimento de aparelhos que seriam capazes de captar vozes do “outro
lado da vida”, e afirma que em todo o país há grupos interessados em
esperiências com esse sistema de recepção. Revista Decisão, outubro de 1991,
p. 18.
Com a Internet, as mudanças serão rápidas. As idéias serão amplamente
difundidas e aceitas. O modernismo, que teve sua época dourada por
aproximadamente 200 anos, embora ainda siga conosco, está sofrendo
constantes ataques e críticas, perdendo terreno e/ou se adaptando aos
conceitos pós-modernistas. Como indivíduos e como comunidade cristã,
precisamos nos preparar para o momento atual e para o futuro. O cristianismo
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CAPÍTULO XIV
CRIANÇAS, INTERNET E PORNOGRAFIA
EMANCIPAÇÃO INFANTIL
Não resta dúvidas de que hoje mais do que nunca, “navegar é preciso”,
todavia devemos ter cuidado para não nos aventurarmos por mares proibidos
ou por águas turvas e poluídas. Há pessoas que estão naufragando na fé, na
moralidade e nas virtudes cristãs, ao se aventurarem sem leme pelo oceano
virtual, onde muitos já se afogaram com informações impróprias à vida
espiritual.
Considerando que as crianças e adolescentes são os que têm
demonstrado maior interesse em navegar pelo Ciberespaço da Net, e que nesse
mundo virtual há lugar para todo o tipo de informação, cabe aos pais a
responsabilidade de estabelecer limites ao acesso às informações que
prejudicam a formação moral e cristã de seus filhos, bem como aquelas
consideradas perigosas.
Um exemplo disso são as páginas que ensinam princípios de rebelião e
terrorismo, como no caso do endereço Submundo, onde qualquer criança pode
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PAIS FILHOS
Estranham as novas tecnologias Novas tecnologias são tão naturais
quanto respirar
Têm de aprender a conviver com as As novidades foram assimiladas desde
novidades pequenos
Sempre viram muita TV, meio de Assistem menos à TV e preferem
comunicação unidirecional sistemas interativos como a Internet
Consideram a televisão divertida e têm 92% das crianças americanas acham a
dificuldades em usar a Internet Internet mais divertida que a TV
(Fonte: http://growingupdigital.com)
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CAPÍTULO XV
QUE FILME VEREMOS HOJE?
Você certamente já fez esta pergunta alguma vez. Tudo começou com
com a popularização das videololocadoras e de aparelhos como: filmadoras,
videocassetes, videoprojetores, videodvds (Digital Versatile Disc vídeo), e
mais recentemente com canais de TV por assinatura, os quais já substituiram
as tradicionais e obsoletas fitas VHS e DVDs, os canais de TV por assinatura
e aqueles específicos para filmes como Netflix e Amazon, bem como num
futuro próximo, os holovídeos (vídeos holográficos) com a tecnologia de
projeção de imagens tridimensionais e interativas; tudo isso somado as mais
recentes invenções tecnodigitais fizeram com que fosse cada vez mais fácil
escolher o que se quer assistir, hoje basta um clique para escolher. Porém,
gostaria de questionar essa “facilidade”. Imagine a seguinte situação:
É sábado à noite, após um dia de intensas atividades religiosas um pai
de família juntamente com sua esposa e seus três filhos resolvem acessar
alguma plataforma digital para ver quais são os últimos lançamentos. Eles
acabaram de voltar das atividades na igreja. Pela manhã o pastor pregou um
sermão maravilhoso sobre entrega total a Cristo. À tarde assistiram a um
animado culto jovem, com muita música e louvor. Agora todos estão dispostos
a se divertir um pouco, e não há nada de errado em desejar se recrear.
Ainda no carro, começam as sugestões: “vi um Clip na TV do novo
filme de John Travolta, tem muita ação e aventura, parece super legal”, afirma
André, o filho adolescente que gosta de filmes com “muita ação”.
Nada disso, grita Kelly, uma juvenil pré-adolescente: “acho que a gente
tem que ver um bom romance”. “Papai”, diz Betinho, com seus oito aninhos:
“quero ver o desenho animado do Hércules”. Mas crianças, fala o Sr. Arthur,
“papai e mamãe estão pensando em assistir um bom filme de suspense”, que
tal? Como resposta ouvem um “Não” bem sonoro e em coro, além de uma
justificativa dada por André: “Pai...Mãe..., esse tipo de filme „não faz a nossa
cabeça‟, é muito chato e monótono”... “é isso mesmo”, disseram os demais.
“Crianças”, diz a Sra. Beatriz, “vamos entrar num acordo, quando
chegar-mos em casa vamos escolher dois filmes, e um deles vocês podem
decidem!”
Não é dificil imaginar a confusão e as diferentes opiniões quando essa
fictícia família chegou em casa. Alguma vez você já passou por uma situação
semelhante? Será que realmente é tão simples assim para um cristão escolher
um filme para assistir?
Muitos não têm nenhuma dificuldade ao acessar a Internet para ver um
284 Por: Jorge N. N. Schemes
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Pós-Modernismo Bíblia
Rejeita o valor do tempo e da história Está baseada no tempo e na história
Rejeita avaliação e autoridades externas Ensina a doutrina do Juízo Divino
Verdades múltiplas – Pluralismo religioso É a única fonte de verdade espiritual
Não há verdade objetiva nem doutrinas Revelação com conteúdo doutrinário
Defende o liberalismo sexual Defende o casamento e a moralidade
Divulga e defende o Neo-Panteísmo Ensina que há um único Deus criador
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maneira como se sentem, ou por que estão mudando seu pensamento, idéias,
costumes e valores. Estão sendo influenciados por concepções humanistas,
racionalistas, liberais e pós-modernas, divulgadas pela mídia. E o que é pior,
nem se dão conta disso. Como consequência, há um esfriamento na fé bíblica,
e muitos são evangélicos por fazerem parte de uma sub-cultura cristã.
Entende-se por cultura os valores, as crenças, os hábitos, as normas, as
produções literárias, artísticas, filosóficas e religiosas de uma comunidade.
Mas, o que é uma sub-cultura? “O termo em geral significa alguma
variação da cultura total. Pode ser considerada como um meio peculiar de vida
de um grupo menor dentro de uma sociedade maior. Embora os padrões da
sub-cultura apresentem algumas divergências em relação à cultura central ou à
outra sub-cultura, mantêm-se coesos entre si”.
Podemos afirmar que uma sub-cultura são diferenças, as vezes muito
pequenas, dos conceitos, valores, crenças, costumes..., etc., da cultura central.
Aplicando para a igreja, embora haja unidade, já se pode sentir como alguns
grupos, e as vezes igrejas inteiras, têm a tendência de elaborar seu próprio
código de ética e conduta. Ora pendendo para o liberalismo pós-moderno, ora
para o extremismo do fanatismo.
Quando se começa a pensar de modo independente do “Corpo de
Cristo”, mais especificamente da Palavra de Deus, usando expressões de
racionalização, tais como:...Mas eu não penso assim, essa é a minha opinião,
eu não creio dessa maneira... Em questões de regra de fé, como por exemplo: a
crença no Espírito Santo e na doutrina do dízimo (dentre outras), a pessoa ou
grupo, passa a formar uma sub-cultura, ou seja, uma deturpação ou alteração
da crença original. Uma sub-cultura sofre influências de fora e estabelece seu
próprio modo de pensar, sua própria cosmovisão.
Dentro da sub-cultura cristã não há lugar para a rigidez tradicional dos
padrões bíblicos, ela é mais propensa a se acomodar aos costumes e práticas
pós-modernistas da sociedade. Práticas condenadas pela igreja são
questionadas, e o argumento usado pode ser simplesmente perguntas como:
mas o que há de errado em fazer isso? em comer aquilo só de vez em quando?
qual o erro em beber só um pouquinho disso? que mal há em vestir essa
roupa? em não ir à igreja? em não devolver o dízimo para a associação?
Racionalização! Essa é a característica filosófica e doutirnária da sub-cultura
cristã.
Como enfrentar tudo isso? Primeiro, é bom saber que nem todos estão
seguindo o pós-modernismo ou fazem parte de uma sub-cultura. Mas, para
que os líderes possam ajudar os que necessitam, devem compreender que as
raízes para a resolução do problema não estão na conduta ou comportamento
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Hubbard.
Comentando a influência corruptora dos filmes de Hollywood, Merlin
Carothers, em seu livro: “Diga Não ao Comodismo e Volte pra Corrida”,
conta a história da atriz americana Gloria Swanson, muito famosa na década
de 30 e bastante conhecida até a década de 70. “Pouca gente conhecia os
meandros dessa indústria (Hollywood) melhor do que essa atriz. Após a leitura
do meu livro Louvor que Liberta, ela teve o desejo de receber Jesus como seu
Salvador”, afirma o pastor Carothers. “Falei-lhe da boa nova de
salvação...assim que compreendeu a mensagem, recebeu Jesus como seu
Salvador. No culto ela foi à frente para dar um testemunho público de sua
decisão. Gloria trabalhou em Hollywood durante cinqüenta anos. Disse que o
lugar é uma „fossa‟. Destrói tudo que cai nela”.
Portanto, assistir a um vídeo não é apenas uma resposta simplista à
pergunta: que filme veremos hoje? É uma questão tão espiritual e importante,
como escolher fazer ou não a santa vontade de Deus. O que está por trás, e
muitas vezes descaradamente na frente de todo filme, quer seja decente ou
não, são princípios, crenças, costumes, valores e sentimentos que irão nos
aproximar mais de Deus, de Sua Palavra e da prática da oração, ou nos afastar
dessa comunhão espiritual.
CAPÍTULO XVI
AVALIAÇÃO E QUESTIONAMENTO
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planejam cada cena com muita dedicação, para que as imagens, os sons, o
cenário, as ações, o diálogo, enfim, cada detalhe, exerça seu papel em atingir o
telespectador. Assim, cada coisa que acontece no filme, se tornará parte
permanente na sua memória.
Faz-se importante lembrar que a memória está intimamente ligada com
a aprendizagem. Na verdade estão constantemente interligadas. Nossa
memória funciona ininterruptamente, 24 horas por dia, mesmo durante o sono.
É tão eficaz que, mesmo pessoas que sofrem estado de coma têm a memória
em atividade o tempo todo, principalmente porque sua capacidade auditiva
está sempre alerta.
Episódios de filmes que impressionaram, voltarão à memória por meio
de imagens mentais e cenas do passado, e isso pode ocorrer mesmo durante os
sonhos. Principalmente para as pessoas que têm a memória visual mais
desenvolvida. Por isso, resguardar a memória é um dever tão sagrado quanto
orar.
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BIBLIOGRAFIA
BLOOM, Allan. O declínio da cultura ocidental. São Paulo: Best Seller, 1987.
DECISÃO. Como conviver com a TV. São Paulo: Casa, set. 1994.
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RIBEIRO, Jorge Cláudio. Platão: ousar a utopia. São Paulo: FTD AS, 1991.
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VEJA. Dados estatísticos sobre TV. São Paulo: Abril, 19 nov. 1997.
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VOCÊ S.A. Dez dicas para ler sem esquecer. São Paulo: Abril, ago. 1998.
NIVEN, David. 100 Segredos das Pessoas felizes. Rio de Janeiro: Sextante,
2001.
VOCÊ S.A. Dez dicas para ler sem esquecer. São Paulo: Abril, agosto de
1998.
SCHEMES, Jorge. O que você precisa saber e fazer para deixar de fumar.
São Paulo: DPL, 2004.
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NOTA DO AUTOR:
Esse texto foi escrito no final da década de 90 e início do ano 2000. Após
resgatá-lo digitalmente, resolvi disponibilizá-lo gratuitamente na Internet
como arquivo em PDF On Line. Considerando o tempo histórico no qual esse
material foi pesquisado e escrito, muitas informações sobre invenções
tecnológicas envolvendo as TICs (Tecnologias da Informção e Comunicação)
estão desatualizadas, mas nem por isso são menos importantes considerando o
contexto histórico da evolução das TICs. As estatísticas são todas do final da
década de 90 e início do ano 2000, ou seja, são relativas ao período em que a
pesquisa deste material estava sendo realizada, portanto já estão
desatualizadas, mas também servem de parâmetro comparativo para uma
análise das estatísticas mais recentes.
Cordialmente,
Jorge N. N. Schemes
jorgeschemes@yahoo.com.br