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Os juízes poderiam ainda assim divergir sobre qual o melhor sentido a ser
atribuído à norma, pois podem ter concepções diversas a respeito de quais
princípios informam nossa prática jurídica e em que medida devem ser levados em
conta (peso dos princípios). Porém, se aceitarem seu método, já não estarão livres
para decidir como quiserem. A visão do direito como integridade – base da teoria de
Dworkin – introduz uma racionalidade na tomada de decisão judicial, capaz de,
inclusive, impor ao juiz uma solução contrária àquela que seria adotada caso sua
preferência prevalecesse.
Como Dworkin adota uma teoria interpretativa, entende que as divergências não
são causadas imediatamente em razão da textura aberta das normas jurídicas, mas
porque há fortes argumentos de que uma interpretação diversa seria mais coerente
com os princípios e virtudes de nossa prática jurídica.
Em outras palavras, a obscuridade de uma norma não deve ser apontada como
uma característica inerente à sua própria essência, mas presente pela simples razão
de existirem fortes argumentos de que um outro sentido seria mais adequado frente
ao conjunto de princípios e virtudes de nossa prática jurídica.
A crítica em geral levantada contra essa concepção é a de que essa atitude não
pode ser considerada interpretação uma vez que confundiria os pontos de vista do
autor e do intérprete. Para esses críticos, apenas a intenção do autor deve ser
levada em conta e não a finalidade que um intérprete atribua à prática social ou ao
objeto artístico. Ocorre que a ideia de intenção do autor implica as convicções do
próprio intérprete: estas serão determinantes para estabelecer qual intenção está
presente no objeto artístico ou na prática social (Dworkin, 1999a, p. 70). É um misto
de criação e descoberta de significado.
Um exemplo muito famoso que foi um julgamento da corte americana, que levou
o nome de Riggs V. Palmer (Riggs v. Palmer, 115 N.Y. 506, é um importante
processo civil do estado de Nova York, no qual o Tribunal de Apelações de Nova
York emitiu um parecer de 1889. Riggs foi um exemplo do judiciário usando a regra
de "objetivo social" da construção estatutária, o processo de interpretação e
aplicação da legislação).
No Direito Positivo, dentro das leis o neto poderia receber a herança mesmo
assim
Esse caso nada mais é que o Juiz invocando princípios para se dar uma decisão,
para Dworkin os princípios era o embasamento do Direito em si e não apenas um
auxílio para uma decisão julgada.
REGRAS PRINCÍPIOS
Específica Genérica
Em notas introdutórias ele diz que todo indivíduo tem Direito, para melhor
entender existem Direitos Individuais que repartem dos direitos institucionais seria a
norma posta, ou seja, o cidadão ele tem um trunfo, quando a corte está diante de um
caso difícil do jeito que a lei é aplicada conforme escrita não faz justiça aos casos.
Conforme um exemplo sempre citado o caso de Riggs V. Palmer, um ato errado ao
extremo o neto ficaria com a herança porque não tem lei que proíbe, de acordo com
positivismo se permite. Pela primeira vez na história da justiça Americana decidiu se
por meio de princípios, ou seja, usou do seu direito individual, sentenciou o neto de
ser proibido de receber a herança de seu avô, aplicaram-se princípios ou trunfos
para garantir os direitos individuais preferências. Para Ronald Dworkin ele faz uma
separação, entre regras e princípios, a ideia quando eu vou poder aplicar princípios,
serão aplicados quando estivermos diante de um caso difícil.
Fonte: https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-106/os-metodos-
interpretativos-de-ronald-dworkin-e-o-direito-como-integridade/
https://www.youtube.com/watch?v=IbhG7YJmaaY