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Álgebra

Descritores: 1.1 e 1.2 (Página 14 do caderno de apoio)

▪ Reconhecer, dados dois números reais a e b e um número ímpar, que se a < b, então an < bn.
▪ Reconhecer, dados dois números reais a e b e um número par, que se 0 ≤ a < b, então
0 ≤ na < bn e se a < b ≤ 0, então an > bn ≥ 0 .

Exercícios
1. Sejam a e b dois números reais tais que 0 ≤ a ≤ b.
1.1. Prove que a2 < b2 e que a3 < b3.
1.2. *Prove que se para um dado n   se tem an < bn, então an + 1 < bn + 1.

Resolução
1.1. (1) 0 ≤ a ≤ b ; a2 < b2
a≠0
Multiplicando ambos os membros da inequação a < b por a > 0 e por b > 0, obtemos,
respetivamente, a2 < ab e ab < b2. Daqui resulta que a2 < ab < b2 e, portanto, a2 < b2.
a=0
Se a = 0 < b implica 02 = 0 < b2, ou seja, a2 < b2.
(2) 0 ≤ a < b ; a3 < b3
a≠0
Sabemos que a2 < b2 porque a < b. Multiplicando ambos os membros de a2 < b2 por a > 0,
obtemos a3 < ab2. Multiplicando ambos os membros de a < b por b2, obtemos ab2 < b3.
Consequentemente, a3 < ab2 < b3, ou seja, a3 < b3.
a=0
Se a = 0 < b, então 03 = 0 < b3, isto é, a3 < b3.
1.2. a≠0
Multiplicando ambos os membros de an < bn por a > 0, obtemos an + 1 < abn. Multiplicando
ambos os membros de a < b por bn > 0, obtemos abn < bn + 1.
Consequentemente, an + 1 < abn < bn + 1, ou seja, an + 1 < bn + 1.
a=0
Se a = 0 < b, então 0n + 1 = 0 < bn + 1, isto é, an + 1 < bn + 1.

2. *Sabe-se que dados os números x e y reais tais que 0 ≤ x < y e um número natural n, tem-se xn < yn.
Mostre que se a < b < 0, an < bn se n for ímpar e an > bn se n for par.
Sugestão: Considere os números positivos.

Resolução
Se a < b < 0, então – a > – b > 0. Sabemos que (– b)n < (– a)n ⇔ (– 1)n × bn < (– 1)n × an.
Se n é par, então (– 1)n = 1. Logo, (– 1)n bn < (– 1)n an ⇔ 1bn < 1an ⇔ an > bn.
Se n é ímpar, então (– 1)n = – 1. Logo, (– 1)n bn < (– 1)n an ⇔ – bn < – an ⇔ an < bn.

Descritor: 1.4 (Página 14 do caderno de apoio)

▪ Saber, dado um número real a positivo e um número par, que existe um número real positivo b tal
que bn =a, provar que (–b)n =a e que não existe, para além de b e de – b , qualquer outra solução da
equação xn = a , designar b por «raiz índice n de a» e representá-lo por «».

Exercício
1. Seja n um número natural par e a e b números reais positivos tais que bn = a.
1.1. Prove que (– b)n = a.
Álgebra

1.2. *Mostre que, para além de – b e de b, não existem outras soluções da equação xn = a.
Sugestão: Comece por observar que qualquer solução c terá o mesmo sinal que uma das duas soluções já conhecidas. Sendo
igual a s, nesse caso, justifique que c não pode ser menor nem maior do que s.

Resolução
1.1. a > 0, b > 0 tais que bn = e n é par.
(– b)n = (– 1)n × bn = 1 × bn = bn =a, n é par, logo (– 1)n = 1.
1.2. Comecemos por notar que b e – b são soluções de xn = a.
Suponhamos primeiro que s > 0. Se 0 < s < b, então sn < bn = a, ou seja, sn < a. Caso contrário, se
b < s, então a = bn < sn, ou seja, a < sn. Em ambos os casos, s não é solução de xn = a.
Suponhamos agora que s < 0. Se – b < s < 0, então sn < (– b)n = a, ou seja, sn < a. Caso contrário, se
s < – b, então sn > (– b)n = a, ou seja, sn > a.
Daqui resulta que a equação xn = a não possui outras soluções para além de – b e b.

Descritor: 1.11 (Página 15 do caderno de apoio)

▪ Racionalizar denominadores da forma (a e c números inteiros, b, d, n números naturais, n > 1).

Exercício
1. Racionalize os denominadores das seguintes frações.
5 1
1.1. 1.2. 4
2 2 3
4 3
1.3. 1.4.
23 7 72 3
2  3a 1
1.5.  , a 1.6.  ; a , b, c , d  
a22 a a b c d
2 1
1.7. 4 1.8. 
2 1 3
3 3 2

Resolução
5 5 2 5 2
1.1.   
2 2 2 2
1 4
33 4
33 4
33 4 27
1.2.    
24 3 4
33 2  4 34 6 6
4 4 2  3 7 8  12 7 8 12
1.3.      7
2  3 7 2  3 7 2 3 7 4  97 59 59
3 3 7 2 3 3 7 2 3 3 21 6
1.4.     
7 2 3 7 2 3 7 2 3 7  43 5 5

2  3a

 
 2  3a  a  2  2 a  2  3a  a  2  2 a


 a2 2 a

1.5.
a22 a a  2  4a  2  3a 
1 1 a b c d a c
1.6.    2 b 2 d
a b c d a b c d a b c d a bc d a b  c2d
2
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 2   2
3 2
2
4 4
 1  4 2  12  13
1.7.  2  24 8  2 2  24 2  2
4
2 1 2 1
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 3    
2 2
1 1
3
 3 3  3 2  3 2 3
9  3 6  33 4 1 3 1 1
1.8.     9 36 34
3
3 2
3 3
3  3 2   3   2  5 5 5 5

Resolução alternativa (usado o facto de que a3 + b3 = (a + b)(a2 – ab + b2):

 3  2
2 2
1 1
3
 3 33 2  3
3
93634 13 1 1
3    9 36 34
 3 2   2 3 2
2 2
3
3 2
3
33 2 3
 3 33 3 5 5 5

Descritor: 2.1 (Página 16 do caderno de apoio)

▪ Reconhecer, dado um número real não negativo a e um número racional não negativo q (q ≠ 0 se
a = 0), (sendo m, n, m’ e n’ números inteiros, m, m’ ≥0 e n, n’ ≥ 2 ) que.

Exercícios
1. Mostre que 3
a 2  6 a 4 , para qualquer número real positivo a.

Resolução
6
a 4  32 a 2 2  3 (a 2 ) 2  3 a 2

m m
2. *Prove que, sendo a um número real positivo e n, m, n’ e m’ números naturais tais que  , se tem
n n
n
a m  n a m  .

Resolução
m m
Se  , então mn '  m ' n . Logo, n
am  n n'
(a m )n '  nn ' a mn '  nn ' a m ' n  n ' n ( a m ' )n  a m .
n

n n

Descritor: 2.2 (Página 16 do caderno de apoio)

▪ Identificar, dado um número real não negativo a e um número racional não negativo (m e n
números inteiros, m ≥ 0 e n ≥ 2), q ≠ 0 se a = 0, a «potência de base a e de expoente q», aq, como,
reconhecendo que este número não depende da fração escolhida para representar q, e que esta
definição é a única possível por forma a estender a propriedade (ab)c = abc a expoentes racionais
positivos.

Exercícios
1. Considere um número não negativo a. Pretende dar-se uma definição de potência de base a e expoente
racional positivo por forma a estender o conceito de potência de base a e expoente natural e que
permaneça válida a propriedade (ab)c = abc para b e c racionais positivos. Admitindo que tal definição
pode ser dada de modo coerente, ou seja, de modo que o valor obtido seja independente da fração que
representa o número racional no expoente, resolva as seguintes questões.
1
1.1. Qual deve ser necessariamente o valor de x  8 3 ?
Sugestão: Calcule x3 utilizando a propriedade acima referida.
1.2. Qual deve ser, mais geralmente, o valor de:
Álgebra
1
1.2.1. a 3
m
1.2.2. a n , para m , n   e n ≥ 2?
1
Sugestão: No caso que n é par verifique também que a n tem de ser um valor não negativo, observando que a propriedade
1
(ab)c = abc garante que a n pode sempre ser escrito como quadrado de um número.
2
1.3. Qual deve ser necessariamente o valor de x  8 3 ?
1.4. Qual deve ser, mais geralmente, o valor de:
2 m
1.4.1. a 3 ? 1.4.2. m , n   e n ≥ 2?
a , para
n

Resolução
3
 1 1
1.1. x   8 3   x 3  8  x  3 23  x  2
3
1.2.1. a3  3 a
 
n
 1 1
n 1
1.2.2. Para que a propriedade (a ) = a se mantenha e tenhamos  a n   a n  a; então a n terá de ser
b c bc

 
1 1
necessariamente a , ou seja, a n  n a . Se n é par, a n tem de ser um valor não negativo, por se
n

poder escrever como um quadrado de um número.


2
1 1
2  1 
a n  a 2n   a 2n   0
 
2 1
8 3   82  3  3 8 2  2 
3 2
 3  22   4
3
1.3. 3

2 m
1.4.1. a 3  3 a 2 1.4.2. a n  n a2n

2. **Justifique que, dado um número real a ≥ 0 e um número racional não negativo q (q ≠ 0 se a = 0), aq
n
pode ser definido de modo coerente como a m onde m e n são quaisquer números inteiros tais que m≥ 0,
m
n ≥ 2 e q , sendo a definição também coerente com a já conhecida no caso em que q é 0 ou um
n
número natural, e que esta é a única extensão possível a expoentes racionais positivos da definição de
potência de expoente natural e base não negativa que permite obter, para quaisquer a, q nas condições
acima aq de tal modo que continue a valer, para expoentes racionais positivos, a propriedade (ap)r = apr.

Resolução
Começamos por notar que, para que a propriedade das potências de expoente inteiro (ap)r = apr seja
n
 m m
n m
conservada,  a n   a n  a m e, portanto, se for possível definir a n , o seu valor terá de ser n
am .
 
m
Quando n é ímpar ou a  0 , a n é a única raiz de índice n de a m , n a m . No caso em que n é par e q  0
, a m possui duas raízes de índice n distintas. No entanto, para que a referida propriedade das potências de
m m
expoente inteiro se conserve, a n tem que ser a raiz positiva visto que é o quadrado de a 2 n :
m  2
m
 2 n 2   m
a a
n  
  a 2n   0
 
m
Daqui resulta que a n  n a m .
Falta verificar que a definição é coerente, ou seja, não depende do representante de q.
Álgebra

m m'
Pelo exercício 2 do descritor 2.1 (página 16 do Caderno de Apoio),  implica n
a m  n a m , o que
n n'
m m
assegura que a n  n a m  n a m  a n , isto é, que a definição de aq não depende da escolha do
representante.
0 n
 n  a0   1 .
n
Se q = 0 (e a ≠ 0), então a q  a n

m m
é natural, então m = qn, logo a n  n a m  n a qn  n  a q   a q , visto que aq ≥ 0.
n
Se q 
n

Descritor: 2.3 (Página 16 do caderno de apoio)

▪ Identificar, dado um número real positivo a e um número racional positivo q, a «potência de base a e
de expoente – q», a– q , reconhecendo que esta definição é a única possível por forma a estender a
propriedade ab × ac = ab + c a expoentes racionais.

Exercício
m
1. Seja q  (m, n números naturais) e a um número real positivo. Já vimos que aq se encontra definido
n
de modo coerente como sendo igual a n a m .
Qual deverá ser a definição de a  q se se pretender que a propriedade apaq = ap + q seja aplicada a todos
os racionais p e q?
Resolução
m
1. q  , a  
n
Se se pretender que a propriedade ap × aq seja igual a ap + q
, então, considerando p = – q, temos
a– q × aq = a– q + q = a0 = 1.
1
Ou seja, a  q  q .
a

Descritor: 2.4 (Página 17 do caderno de apoio)

▪ Reconhecer que as propriedades algébricas previamente estudadas das potências de expoente inteiro
(relativas ao produto e quociente de potências com a mesma base, produto e quociente de potências
com o mesmo expoente e potência de potência) podem ser estendidas às potências de expoente
racional.

Exercício
1. Sejam a e b números reais positivos. Mostre, utilizando as propriedades estudadas das operações com
radicais e a definição de potência de expoente racional, que:
4 3 7 4 1 13
1.1. a 5  a 5  a 5 1.2. a 5  a 2  a 10
2
m k mp  nk  4 3 8
1.3. a  a  a
n p np , k, m, n e p números naturais 1.4.  a 5   a 15
 
3 3 3 21,3
1.5. a 4  b 4   ab  4 1.6. 1,3  0, 41,3
5
2
1
a3
1.7. 1
 a2
a6
Álgebra

Resolução
1. ● Usando a definição de potência de expoente racional
● Usando as propriedades dos radicais
4 3 7

1.1. a 5  a 5  5 a 4  5 a 3  5 a 4  a 3  5 a 4 3  5 a 7  a 5
4 1 2 5 13
1.2. a 5  a 2  5 a 42  2 a15  10 a 8  10 a 5  10 a 8  a 5  10 a 8 5  10 a13  a 10
m k mp  nk
1.3. a n  a p  n am  ak 
p np
a mp 
pn
a kn 
np
a mp  a nk 
np
a mp  nk  a np

2
 54  3 3
 
8

 a 4   35 a 42  15 a8  a15


2 2
1.4. a  
5
a4  3 5

 
3 3 3
1.5.  a  b   a b 4
3
a 4  b 4  4 a 3  4 b3  4 a 3  b 3  4

13
13 13
21,3 210 10 213 10 213 10  2 
1.6.  13
      10
0, 413
 0, 4 10
 0, 41,3
51,3 10 13
5 513
 
5
510
2
3 2
a3 3
a2 a 2 2 a 4 6 3 32 31 2 1 1
1.7. 1
  6 1
 a  a  a  a2
6
a1 6
a1 a
a 6

Descritor: 2.5 (Página 17 do caderno de apoio)


▪ Simplificar expressões envolvendo radicais e potências.

Exercícios
1. Simplifique as seguintes expressões.

  2 
6
7 2 2
1.1. 3 4 3  2 4 48 1.2. 6
567  3 3  1.3. 1  3 3 5
2
6
3
1.4. 5 3 54  3 250  3 16 1.5. 5  2 80 4 1.6. 6 6  2  3 2 
2
4
 16 
4 2 a  1

  
3 3

1.7.  2 5 2 5 1.8. a  a 2
  , onde a  
3 
6
2 
5
a 2
a6
 
2
1.9.  3 2 3  3 3 3  3
2 1

Resolução
48 2
1.1. 3 4 3  2 4 48  3 4 2  2  4 2 4  3  24 2
12 2
 3 4 3  2  4 24  4 3  3 4 3  2  2 4 3   4 3 48  24  3 6 2
3 3
1
6 6 6
7 6 7 6 4 7
1.2. 6
567  3 3   567  6 32   3  7  6 32  =
2 2 2 567 3
189 3
6 6 6
7 6 42 6 7 6 6 6 7 1 63 3
 6 34  7  32   3  7  3  7  36 7   6 7 21 3
2 2 2 2 7 7
6 1 5 6
5 7 1
 67 67  67 
2 2 2 2
Álgebra

1 3   2   
2 2
1.3. 3  5  1  2 3  3  4  3  2  5  2 3  52 =
 4  2 3  12  20 3  25  18 3  33
1.4. 5 3 54  3 250  3 16  5  3 33  2  3 2  53  3 2 4 = 54 2
27 3
 5 3 3 2  53 2  2 3 2 = 9 3
3 3
 15 3 2  5 3 2  2 3 2 = 1
 12 3 2
1.5. 80 2
5  2 4 80  22 5  2 4 24  5 = 40 2
20 2
 4 5  2 4 24  4 5 = 10 2
5 5
 4 5  2 2 4 5  54 5 1
6 6 6
3 6 3 6 3
1.6. 6
6 23 2   2  3  6 23  6 2 2   2  3  23  2 2  =
2 2 2
6 6
3 3 36 3
 6 26  6 3   26 3  
2 2 2
23
4 2 42  32 23    2  2  1  2  2  1 =
    5
3 2 6 4 6 3 6 4 3
1.7. 6
 2 5 2 5  6
 4
  6
  6
2 2 2 2
6
26  2 26 2
 6
 1  6
1  2 1  3
2 2
4
 16 
3
a  1 3 1

4 9 2
 4 11 5 4 6 2
1.8. a a2
 
3
a2 3 a6 a6 6   2    2 
 a 6
 a 3
2
 a  a 2  3 a 2 , a  
5
 2  5  2  5  a 6
a 6 6
a 6
a a
a6 a6 a6

   3 2 3 3  3 3 3   2  2 3 2  1  1 =
2 2
3
1.9. 3
2 3  3 3 3  3
2 1  
 23 22  23 3  23 33  23 32  3 22  2 3 2  1  6 22  3  33  32  3 2 2  2 3 2  1 =
 6 36  2 2  3 22  2 3 2  1  3  6 2 2  3 2 2  2 3 2  1  3 3 2  3 22  2 3 2  1  5 3 2  3 4  1

2. *Justifique cada uma das igualdades.


2.1. 74 3 2 3 2.2. 94 5  5 2
Resolução
2

   2  3
2
2.1. Como 2  3  0 , 2  3  2  3 2
  44 3 3  74 3 .
2

   
2
2.2. Como 5 20, 52 52 2
 52  54 5 4  94 5 .

3. **Escreva cada uma das expressões na forma a  b c , com a , b   e x   .


3.1. 29  12 5 3.2. 11  6 2
Resolução
 
2
3.1. Pretende encontrar-se a e b tais que a  b 5  a 2  2ab 5  5b 2  29  12 5 .
Logo, a2 + 5b2 = 29, ou seja, a2 = 29 – 5b2.
Como a é inteiro, então b não pode ser 0 ou 1.
29  12 5  4  5  12 5  9  20  12 5  9  29  12 5
Logo, por definição, 2 5  3  29  12 5 .
Álgebra

 3 2 a b
2
3.2.  9  6 2  2  11  6 2 2 3
3
Logo, por definição, 3  2  11  6 2 . 2 2
2

4. **Simplifique a expressão 14  6 5  21  8 5 , verificando que se trata de um número inteiro.

Resolução

3 5  3 5  3 5
2
14  6 5  9  6 5  5 

21  8 5  16  8 5  5   4  5   4  5  4  5
2

Então, 14  6 5  21  8 5  3  5   4  5   1

5. Escreva na forma de potência de base 2 a seguinte expressão 3


2 .

Resolução
1
3
2  2 2 23
2 24
22 24

Descritor: 3.1 (Página 18 do caderno de apoio)

▪ Resolver problemas envolvendo operações com radicais e com potências.

Exercícios
1. Um quadrado está inscrito numa circunferência de raio 3 unidades. Determine a medida do lado do
quadrado e apresente o resultado final na forma a b ; a, b   .

Resolução
l 2  l 2  62  2l 2  36  l 2  18  l   18  l   2  32  l  3 2
Como l é um comprimento, a medida do lado l do quadrado é 3 2 unidades.

2. *Um tetraedro regular está inscrito num cubo tal como sugere a figura. Sabendo que a
aresta do cubo mede a unidades, prove que a área de cada face do tetraedro é igual a
3a 2
unidades quadradas.
2

Resolução
A face do tetraedro é um triângulo equilátero. Seja b o comprimento da diagonal da face do cubo.

Então, b 2  a 2  a 2  b 2  2a 2  b   2a 2  b   2 a 2 . Como a e b são positivos,


temos b  2a . Determinemos a altura h do triângulo, face do tetraedro.
2
 2 
  1 4a 2  a 2 3a 2
2
h  
2
a   2a  h 2  2a 2  a 2  
 2  2 2 2
Álgebra

3a 2 3a 3a
Logo, h    . Como a e h são positivos, temos h  .
2 2 2
3a
2a 
Portanto, b h 2  3a .
2
A 
2 2 2

3. Fixada uma unidade de comprimento, considere um cubo de aresta a e de volume V.


3.1. Exprima a em função de V.
3.2. Exprima a medida da área da superfície do cubo na forma nVq, onde n é um número natural e q um
número racional.
Resolução
 V
2 2
3.1. V  a  a  V Asuperfície  6  A  6  a 2  6 
3 3 3
3.2.  6  3 V 2  6V 3
4. Considere um prisma quadrangular regular reto em que a área da base mede b cm2 e a altura é igual ao
quádruplo da medida do comprimento da aresta da base.
4.1. Exprima a medida do volume do prisma na forma nbq, onde n é um número natural e q um número
racional.
4.2. Determine o valor de b sabendo que o volume do prisma é igual a 32 cm3.
Resolução
1  1  2 1 3
4.1. V  A  h  b  4  b  b  b 2  4  4  b1 2   4  b 2  2   4  b 2
base

3 3 3 2
4.2. 4  b 2  32  b 2  8  b 2  23  b   23  3  b  4

V  Abase  h  4  8  32

5. Uma esfera está inscrita num cubo de volume V. Exprima, em função de V:


5.1. o raio da esfera; 5.2. o volume da esfera.
Resolução
5.1. Seja R o raio da esfera e a a aresta do cubo.
a
Visto que R  , então a = 2R.
2
3
V
V  a 3   2 R  , logo 2 R  3 V  R 
3

2
3
 3V 
4    V 4V
5.2. 2  4 3
4R 3  2  8  4V  V
Vesfera   
3 3 3 3 24 6

6. **Um cubo está inscrito numa superfície esférica de volume V.


Exprima, em função de V, a medida da aresta do cubo.
Resolução
Seja d o diâmetro da esfera, r o raio da esfera, a a aresta do cubo e b a diagonal da face do cubo.
Álgebra

b2 = a2 + a2 = 2a2 e d2 = b2 + a2 = 2a2 + a2 = 3a2. Logo, d  3a , porque a e d são positivos.


Por outro lado:
4 3V 3V 3V
V  r 3  r 3  r 3 e d  2r  2  3 .
3 4 4 4
Portanto:
3V 2 3 3V 2 3 3 3V
3a  2  3 a  a .
4 3 4 3 4

7. *Num trapézio isósceles [ABCD] a base menor é igual aos lados não paralelos e mede 2 cm. Um dos
lados não paralelos forma com a base maior um ângulo de 60º de amplitude. Prove que o perímetro do
3 3
trapézio é igual a 5 2 cm e a área igual a cm2.
2

Resolução
2 2 2
Temos AE  2 cos(60º )  . Logo, AB   22 2.
2 2
Assim, o perímetro do trapézio é 2 2  2  2  2  5 2 cm .
6
A altura do trapézio é DE  2 sin(60º )  cm .
2

A
Bb
h 
2 2 2 

6 3 2 6 3 12 3 3
  

cm 2
2 2 2 4 4 2

8. Verifique que os números:


8.1. x1  1  3 e x2  1  3 são raízes da equação x2 – 2x – 2 = 0;
5
8.2. x1  6 5 e x2   6 são soluções da equação 2 x 6  5 x 3  5  0 .
4

Resolução
   
2
8.1. Substituindo 1  3 na equação, obtemos 1  3  2 1 3  2 1 2 3  3  2  2 3  2  0 .

3 na equação, obtemos  1  3   21 3  2 1 2


2
Substituindo 1  3 3 2 2 3  2  0.
6
8.2. Substituindo 5 na equação, obtemos:

 5  5
6 3
2 6
 5 6
 5  2  5  5 6 53  5  10  5  6 56  6 53  5  6 53  53  5  6 56  5  5  0
5
Substituindo  6 na equação, obtemos:
4
6 3 3
 5  5 5  5 5   6 53  5 6 53  53
2   6   5   6   5  2    5   6   5   6 53  5 0  5 =
 6 43 
 4  4  4  4 2   2 6
2 
2 3

5 5 5 5
  5 5  0
2 6 26 2 2

2 x3 y
9. *Considere, dado um número natural n ≥ 2 e para x > 0, y > 0, a expressão A  .
n
xy 2
Determine para que valor de n se tem que A  2 3 x , independentemente dos valores de x e de y.
Álgebra

Resolução
3 2
22 x3 y x3  32 y 2 x3 6 2 n 2
A  23 x   n xy 2   n xy 2  6  y  xy  6 x 3 2  6 y 2  n xy 2
23 x 23
x2 x2
 6 x  y 2  n xy 2
O valor de n para que se tem A  2 3 x é 6.

Descritor: 4.2 (Página 19 do caderno de apoio)

▪ Reconhecer, dados polinómios não nulos A(x) e B(x), que o grau do polinómio A(x)B(x) é igual à
soma dos graus de A(x) e de B(x).

Exercícios
1. Considere os polinómios A(x) = x3 + 3x2 – 2 e B(x) = 4x5 – x + 1.
1.1. Determine, na forma reduzida, o polinómio A(x) × B(x), indicando o respetivo grau.
1.2. Qual o grau do polinómio A(x) × B(x), se se tiver agora A(x) = xn + 3x2 – 2 e B(x) = 4xm – x + 1, onde
n > 2 e m > 1? Qual a relação entre o grau de A(x), o grau de B(x) e o grau de A(x) × B(x)?
Resolução
1.1. A(x) × B(x) = (x3 + 3x2 – 2)(4x5 – x + 1) = 4x8 – x4 + x3 + 12x7 – 3x3 + 3x2 – 8x5 + 2x – 2 =
= 4x8 + 12x7 – 8x5 – x4 – 2x3 + 3x2 + 2x – 2
O grau de A(x) × B(x) é 8.
1.2. A(x) × B(x) = (x3 + 3x2 – 2)(4x5 – x + 1) = 4xn + m – xn + 1 + xn + 12xm + 2 – 3x3 + 3x2 – 8xm + 2x – 2
O grau de A(x) é n, o grau de B(x) é m .
O grau de A(x) × B(x) é n + m, a soma dos graus de A(x) e B(x).

2. *Dados os números inteiros não negativos n e m, considere os polinómios:


A(x) = anxn + an – 1 xn – 1 + … + a1x1 + a0 e B(x) = bmxm + bm – 1 xm – 1 + … + b1x1 + a0, com ai  
( i  0 , i ≤ n) e b j   ( j   , j ≤ m), an ≠ 0 e bm ≠ 0
Ao efetuar o produto dos polinómios A(x) × B(x), quantas parcelas da forma ai xi × bj xj irão aparecer
formalmente após uma primeira aplicação da propriedade distributiva? Qual destes monómios tem
maior grau? Justifique que o grau de A(x) × B(x) é igual à soma dos graus A(x) e de B(x).

Resolução
Aparecem (n + 1)(m + 1) parcelas. O monómio de maior grau é anbmxn + m = anxn × bmxm.
Como an ≠ 0 e bm ≠ 0, temos também an × bm ≠ 0 (pela lei do anulamento do produto), e portanto, o grau de
A(x) × B(x) é n + m, ou seja, a soma do grau de A(x) com o grau de B(x).

Descritor: 4.5 (Página 19 do caderno de apoio)

▪ Reconhecer, dado um polinómio P(x) e um número , que aplicando a regra de Ruffini se obtém o
quociente e o resto da divisão inteira de P(x) por x – a .

Exercícios
1. Considere os polinómios A(x) = ax3 + bx2 + cx + d e B(x) = x – 1, onde a, b, c, d ∈  , a ≠ 0.
Verifique que os polinómios obtidos aplicando a regra de Ruffini a estes polinómios são, de facto, o
quociente e o resto da divisão inteira de A(x) por B(x).
Álgebra

Resolução
Divide-se A( x) por B ( x) .

b
ax3 + x + cx + d x–1
2

a
ax2 + (a + b)x + (a + b +
ax 3 + x
c)
2

 a  b  x2 + cx + d

  a  b x 2 (a +
+ +
b)x
(a + b + c)x d
a+b
– (a + b + c)x +
+c
a+b+c+d

A  x   B  x    ax 2   a  b  x   a  b  c     a  b  c  d 
                 
q  x R  x
Aplicando a regra de Ruffini:
a b c d
1 a ab abc
a ab abc abcd

q(x) = ax2 + (a + b)x + (a+ b + c) e R(x) = a + b + c + d

2. Considere os polinómios B(x) = bmxm + bm – 1 xm – 1 + … + b1x1 + b0 e A(x) = x – a, onde m ∈  ,


b0 , b1 , bm ∈  e a ∈  . Verifique que os polinómios obtidos aplicando a regra de Ruffini a estes
polinómios são de facto o quociente e o resto da divisão inteira de A(x) por B(x).

Resolução
bm bm – 1 bm – 2 … b1 b0
a aqm– 1 aqm– 2 … aq1 aq0
qm– 1= bm qm– 2= bm – 1 + aqm – 1 qm– 3= bm – 2 + aqm – 2 … q0= b1 + aq1 R(x) = b0 + aq0

Usando a regra de Ruffini, obtemos o polinómio Q(x) = qm – 1xm – 1 + qm – 2 xm – 2 + … + q1x1 + q0, onde
qm – 1 = bm , qi = bi + aqi + 1, para todo i ∈ {0, 1, …, m – 1}, e R(x) = b0 + aq0.
A(x) × Q(x) + R(x) = (x – a)(qm – 1xm – 1 + qm – 2 xm – 2 + … + q1x1 + q0) + (b0 + aq0)
= qm – 1xm – aqm – 1 xm – 1 + qm – 2 xm – 1 – aqm – 2 xm – 2 +… + q1x2 – aq1x + q0x – aq0 + aq0 + b0
= qm – 1xm + (qm – 2 – aqm – 1)xm – 1 +… + (q1 – aq2) x2 + (q0 – aq1)x + b0
= bmxm + bm – 1 xm – 1 + … + b1x1 + b0 = B(x)

Descritor: 4.11 (Página 19 do caderno de apoio)

▪ Reconhecer, dado um polinómio P(x) de grau , cujas raízes (distintas), x1, x2, …, xk têm
respetivamente multiplicidade n1, n2, …, nk que n1 + n2 + … + nk ≤ n e que existe um polinómio Q(x)
sem raízes tal que , tendo-se n1 + n2 + … + nk = n se e somente se Q(x) tiver grau zero.

Exercícios
1. Considere o polinómio A(x) = x6 – x5 – 6x4 + 12x3 – 13x2 + 13x – 6.
Sabendo que o polinómio A(x) admite raízes –3, 1 e 2, eventualmente com diferentes ordens de
multiplicidade, determine o polinómio B(x) sem zeros tal que A(x) = (x – 1)m(x – 2)n(x + 3)pB(x),
identificando os valores de m, n e p.
Álgebra
Resolução
1 –1 –6 12 –13 13 –6
1 1 0 –6 6 –7 6
1 0 –6 6 –7 6 0
1 1 1 –5 1 –6
1 1 –5 1 –6 0
1 1 2 –3 –2
1 2 –3 –2 –8
Álgebra

Como a terceira divisão consecutiva de A(x) por (x – 1) tem resto diferente de 0, então a raiz 1 tem
multiplicidade 2. Aplicando a regra de Ruffini para a raiz 2, obtemos:
1 1 –5 1 –6
2 2 6 2 6
1 3 1 3 0
2 2 10 22
1 5 11 25

Assim, a raiz 2 tem multiplicidade 1. Para a raiz – 3, resulta:


1 3 1 3
–3 –3 0 –3
1 0 1 0
–3 –3 9
1 –3 10

Portanto, A(x) = (x – 1)2(x – 2)1(x + 3)1 × (x2 + 1) e m = 2, n = 1 e p = 1.

2. *Considere os números reais x1, x2 e x3, distintos entre si, as únicas raízes de um polinómio de sétimo
grau A(x). Sabe-se ainda que x1 tem multiplicidade 2 e x2 tem multiplicidade 3.
2.1. Justifique que x3 não pode ter multiplicidade superior a 2.
2.2. Indique, justificando, qual a multiplicidade de x3.

Resolução
2.1. Seja p a multiplicidade de x3. O polinómio A(x), de sétimo grau, pode ser escrito na forma
(x – x1)2(x – x2)3(x + x3)p Q(x). Como 2 + 3 + p ≤ 7, resulta que p ≤ 2.
2.2. Pelo exercício anterior, x3 tem multiplicidade não superior a 2.
Se x3 tivesse multiplicidade 0, então não seria raiz.
Se x3 tivesse multiplicidade 1, então A(x) = (x – x1)2(x – x2)3(x + x3)1 Q(x) e Q(x) seria de grau 1 e teria
necessariamente uma raiz.
Assim, se Q(x) tivesse como raiz x1, x2 ou x3, a multiplicidade de uma das raízes seria modificada.
Por outro lado, a existência de uma raiz x4 de Q(x) contradiz o facto de x1, x2 e x3 serem únicos.
Portanto, x3 tem de ter multiplicidade 2.

3. Seja P(x) um polinómio de grau n   .


**Prove que P(x) admite uma fatorização da forma P  x    x  x1   x  x2  ...  x  xk  k Q  x  ,
n1 n2 n
3.1.
onde xi   , ni   , (1 ≤ i ≤ k) e Q(x) não tem raízes.
3.2. Justifique que n1 + n2 + … + nk ≤ n e que os números xi, 1 ≤ i ≤ k são as únicas raízes de P.
Resolução
3.1. Se P(x) não tem raízes, então P(x) pode escrever-se nessa forma, tomando k = 0 e Q(x) = P(x).
Se P(x) tem raiz x1, então P(x) = (x – x1)P1(x) para algum polinómio P1(x) de grau n – 1.
Procedemos do mesmo modo até obtermos um polinómio que não tenha raízes. Este processo termina
necessariamente ao fim de, no máximo, n interações.
P  x    x  x1  1  x  x2  2 ... x  xk  k Q  x 
n n n
3.2. O grau de , que é n, é igual à soma do grau de
 x  x1   x  x2  ... x  xk  , que é n1 + n2 + … + nk com grau de Q(x), que é maior ou igual a 0.
n1 n2 nk

Consequentemente, n1 + n2 + … + nk ≤ (n1 + n2 + … + nk) + grau Q(x) = n.

Descritor: 5.1 (Página 19 do caderno de apoio)


▪ Resolver problemas envolvendo a divisão inteira de polinómios e o teorema do resto.
Álgebra

Exercício
1. Utilizando o algoritmo da divisão inteira de polinómios, determine o quociente e o resto da divisão de
A(x) = x5 + 3x4 – 2x3 – 4x2 – 3 por B(x) = x2 + 2.
Resolução
x5 + 3x4 – 2x3 – 4x2 – 3 x2 + 2
– x5 x3 + 3x2 – 4x –
– 2x3
10
+ 0 –
3x4 – 4x3 – 4x2
x 3
– 3x4 – 6x2
+ 0
– 4x3 – 10x2 – 3
x
+ 8
+ 4x3
x
+ 8
– 10x2 – 3
x
2
+ 10x2 +
0
8 1
+
x 7
R(x) = 8x + 17
Q(x) = x3 + 3x2 – 4x – 10

2. Utilizando a regra de Ruffini determine o quociente e o resto da divisão de A(x) = 2x3 – 4x2 – 3 por cada
um dos polinómios.
2.1. B(x) = x + 2 2.2. B(x) = x 2.3. B(x) = 3x – 6
2.4. B(x) = 2x + 1 2.5. **B(x) = x2 – 1

Resolução
2. A(x) = B(x) × Q(x) + R(x)
2.1.
2 –4 0 –3
–2 –4 16 –32
2 –8 16 –35

A(x) = (x + 2)(2x2 – 8x + 16) – 35


Logo, Q(x) = 2x2 – 8x + 16 e R(x) = – 35
2.2.
2 –4 0 –3
0 0 0 0
2 –4 0 –3

A(x) = x(2x2 – 4x) – 3. Logo, Q(x) = 2x2 – 4x e R(x) = – 3.


2.3. B(x) = 3x – 6 = 3(x – 2)
Vamos dividir por x – 2.
2 –4 0 –3
2 4 0 0
2 0 0 –3
2 x2 2 x2
A x    x  2 2x2  3  3 x  2  3 . Logo, Q  x   e R( x)  3 .
3 3
 1
2.4. B  x  2x  1  2 x  
 2
2 –4 0 –3
1 5 5
 –1 
2 2 4
Álgebra
5 17
2 –5 
2 4

 1  5  17  1   2 x2 5 5  17  1  5 5  17
A  x    x   2 x 2  5 x     2 x    x   2  x   x 2  x   
 2  2 4  2  2 2 4 4  2  2 4 4
5 5 17
Logo, Q  x   x 2  x  e R ( x)   .
2 4 4

2.5. B(x) = x2 – 1 = (x – 1)(x + 1)


2 –4 0 –3
–1 –2 6 –6
2 –6 6 –9
1 2 –4
2 –4 2
A(x) = (x + 1)(2x2 – 6x + 6) – 9 =
= (x + 1)[(x – 1)(2x – 4) + 2] – 9 =
= (x + 1)(x – 1)(2x – 4) + 2(x + 1) – 9 =
= (x2 – 1)(2x – 4) + (2x – 7)
Logo, Q(x) = 2x – 4 e R(x) = 2x – 7.

3. Determine, utilizando o teorema do resto, o resto da divisão de A(x) = x4 – 3x3 + 2x – 3 por B(x) = x + 1.

Resolução
B(x) = 0 ⇔ x + 1 = 0 ⇔ x = – 1
A(– 1) = (– 1)4 – 3 × (– 1)3 + 2 × (– 1) – 3 = 1 + 3 – 2 – 3 = – 1
O resto da divisão de A(x) por B(x) é – 1.

1
4. Determine o polinómio P(x) de quarto grau que admite os zeros simples – 4, – 1, e 3 e cujo resto da
2
divisão por x + 2 é igual a 1.
Resolução
 1
P  x   a  x  4   x  1  x    x  3
 2
Vamos calcular P(– 2).
 1
P  2   a  2  4   2  1  2    2  3   a  2   1   2,5    5   25a
 2
1
Como P(– 2) = 1, temos 25a  1  a  .
25
1  1 x 4 3 x 3 12 x 2 13 x 6
Assim, P  x     x  4   x  1  x    x  3       .
25  2 25 50 25 50 25

5. Sabe-se que P(x) = 2x3 – 13x2 + 25x – 14 é divisível por 2x – 7.


Determine as raízes de P(x) e escreva-o na forma P(x) = a(x – b)(x – c)(x – d).
Resolução
5. 2x3 – 13x2 + 25x – 14 é divisível por 2x – 7. 7
2x – 7 = 0 ⇔ x = ⇔x=
7 2
Logo, vamos aplicar a regra de Ruffini com a raiz . 3,5
2
2 –13 25 –14
7
7 –21 14
2
2 –6 4 0
Álgebra

 7
P  x    2x2  6x  4  x  
 2
Resolvendo a equação 2x2 – 6x + 4 = 0, obtemos as raízes 1 e 2.
Logo, 2x2 – 6x + 4 = 2(x – 1)(x – 2).
 7
Portanto, P  x   2  x  1  x  2   x   .
 2
Álgebra

6. *Determine para que valores reais de a e b o polinómio P(x) = 2x3 + ax2 + bx – 1 é divisível por x – 1 e
o resto da divisão por x + 1 é igual a – 10.

Resolução
Se P(x) é divisível por x – 1, então P(1) = 0.
Se o resto da divisão de P(x) por x + 1 é –10, então P(– 1) = –10.
Assim:
 P  1  0 2  a  b  1  0 a  1  b  a  1  3  a  4
    
 P  1  10  2  a  b  1  10 2  1  b  b  1  10 b  3 b  3
O polinómio é 2x3 – 4x2 +3x – 1.

7. *Prove que o polinómio xn + an é divisível por x + a se n for ímpar, a ≠ 0 .

Resolução
Seja P(x) = xn + an.
P(– a) = (– a)n + an = (– 1)n an + an
Se n é par, temos P(– a) = 2an, ou seja, xn + an não é divisível por x + a.
Se n é ímpar, temos P(– a) = – an + an, ou seja, – a é raiz de P(x).
Portanto, xn + an é divisível por x + a se n for ímpar.

8. Considere o polinómio P(x) = x2n + 1 – x2n – x + 1, onde n   .


8.1. *Prove que para todo a > 0 se tem P(a) + P(– a) = 2 – 2a2n.
8.2. **Prove que P(x) = (x – 1)(xn – 1)(xn + 1), justifique que – 1 e 1 são raízes de P e calcule o grau de
multiplicidade de 1.
Resolução
8.1. P(x) = x2n + 1 – x2n – x + 1 n
  a  2    a 2 
n

     22 n
P(a) + P(– a) = a2n + 1 – a2n – a + 1 + (– a)2n + 1 – (– a)2n + 1 =
 a 2 n  a  a 2 n  a  1   a    a     a 
2n 2n
a  1 
2 n 2 n 2 n 2 n
= (a ) × a – (a ) + [(–a )] × (– a) –[(–a )] + 2 =
 a a 2n  a a 2n  a 2 n  a 2 n  2 = 2 – 2a2n
8.2. P(x) = x2n + 1 – x2n – x + 1 = (x – 1)x2n – (x – 1) = (x – 1)(x2n – 1) = (x – 1) (xn – 1) (xn + 1)
–1 é raiz de P(x) porque P(– 1) = – 2 × ([(– 1)2]n – 1) = 2(1n – 1) = – 2 × 0 = 0.
1 é raiz de P(x) porque P(1) = (1 – 1)(12n – 1) = 0 × 0 = 0.
P(x) pode ser escrito como:
S  x T  x
              T  x   xn  1
 x  1  x  1  x  x  1  ...  x  1  x n  1
n 1 n2 n
S  x   x n1  ...  x 
             
xn  1
S(x) = xn – 1 + xn – 2 + … + x + 1 não tem raiz 1 porque S(1) = 1 + 1 + … + 1 = n.
T(x) = xn + 1 não tem raiz 1 porque T(1) = 1 + 1 = 2.
Assim, a raiz 1 tem multiplicidade 2.

Descritores: 5.2 e 5.3 (Página 20 do caderno de apoio)

▪ Resolver problemas envolvendo a fatorização de polinómios de que se conhecem algumas raízes.


▪ Resolver problemas envolvendo a determinação dos zeros e do sinal de funções polinomiais de grau
superior a 2.
Álgebra

Exercícios
1. Considere os polinómios A(x) = x3 + 3x2 – 4 e B(x) = x4 – 5x3 + 6x2.
1.1. Verifique que 1 é uma das raízes de A(x).
1.2. Determine as outras raízes de A(x) e fatorize este polinómio.
1.3. Resolva a inequação A(x) < 0.
1.4. Fatorize o polinómio B(x) e resolva a inequação B(x) > 0.
Resolução

1.1. A(1) = 13 + 3 × 12 – 4 = 1 + 3 – 4 = 0. Logo, 1 é a raiz de A(x).


1.2. Vamos dividir A(x) por x – 1.
1 3 0 –4
1 1 4 4
1 4 4 0
Como o quociente de A(x) por x – 1 é x2 + 4x + 4, A(x) = (x – 1)(x2 + 4x + 4) = (x – 1)(x + 2)2.
Logo, 1 e – 2 são raízes de multiplicidade 1 e 2 de A(x), respetivamente.
1.3. A(x) < 0
x –2 1
x–1 – – – 0 +
(x + 2)2 + 0 + + +
A(x) – 0 – 0 +
S = ]– ∞, – 2[ ∪ ]– 2, 1[
1.4. B(x) = x4 – 5x3 + 6x2
 2
5  25   5 1
2

B  x   x2  x2  5x  6   x 2   x     6   x2   x     
 2 4   2  4 
  
 5 1  5 1 
 x 2   x    x     
 2 2  2 2 
2
= x (x – 3)(x – 2)
x 0 2 3
x2 + 0 + + + + +
x–3 – – – – – 0 +
x–2 – – – 0 + + +
B(x) + 0 + 0 – 0 +
S = ]– ∞, 0[ ∪ ]0, 2[ ∪ ]3, +∞[

2. Considere a equação x4 – 13x2 + 36 = 0.


2.1. Tendo em conta que x4 = (x2)2, substitua na equação x2 por y e resolva a equação do segundo grau
assim obtida.
2.2. Determine os valores de x que satisfazem a equação dada.
Resolução
2.1. x4 – 13x2 + 36 = 0 ⇔ (x2)2 – 13x2 + 36 = 0
Substituindo x2 por y, temos:
13  169  4  1  36
y 2  13 y  36  0  y  
2
13  25 13  5
y  y  y  9 y  4
2 2
2.2. Substituindo y por x2, obtemos:
x2 = 9 ∨ x2 = 4 ⇔ x   9  x   4 ⇔ x = 3 ∨ x = – 3 ∨ x = 2 ∨ x = – 2
S = {– 3, – 2, 2, 3}

3. *Resolva a equação «biquadrada» x4 – 26x2 + 25 = 0.


Álgebra

Resolução
x4 – 26x2 + 25 = 0 ⇔ (x2)2 – 26x2 + 25 = 0
Substituindo x2 por y, obtemos:
26  26 2  4  1  25 26  576 26  24
y 2  26 y  25  0  y   y  y  y  1  y  25
2 1 2 2
Substituindo y por x2:
x 2  1  x 2  25  x   1  x   25  x  1  x  1  x  5  x  5
S = {– 5, – 1, 1 , 5}

4. *Sabe-se que B(x) é um polinómio de terceiro grau tal que ∀x ∈  , B(x) > 0 ⇔ x ∈ ]2, + ∞[. Resolva
cada uma das condições.
4.1. (3x – 7)B(x) ≤ 0 4.2. (– x2 – 1) B(x) > 0 4.3. (x2 – 5x + 6) B(x) < 0
Resolução
4. Como B(x) é um polinómio do 3.º grau tem, no máximo, três raízes, sendo uma delas em x = 2, pois
B(x) > 0 ⇔ x ∈ ]2, + ∞[. Atendendo a este facto, B(x) tem no máximo uma raiz em ]– ∞, 2[.
4.1. (3x – 7)B(x) ≤ 0 ⇔ (3x – 1 ≥ 0 ∧ B(x) ≤ 0) ∨ (3x – 1 ≤ 0 ∧ B(x) ≥ 0) 
 7   7 
  x   B  x  0   x   B  x  0  
 3   3 
 
 
7  7 
  x   x  2    x    B  x   0  B  x   0  
  3     3 
 impossível 
 
 7   7   7  7 
  x   x  2    x   B  x  0    2  x     x   B  x  0
 3   3   3   3 
 7
S   2 ,    x   : B ( x)  0
 3
  x  1 B  x   0  x 2 1 B  x   0  B  x   0
2

0

4.2. S = ]– ∞, 2] \ {x ∈  : B(x) = 0}
4.3. (x2 – 5x + 6)B(x) < 0 ⇔ (x2 – 5x + 6 > 0 ∧ B(x) < 0) ∨ (x2 – 5x + 6 < 0 ∧ B(x) > 0) ⇔
⇔ ((x < 2 ∨ x > 3) ∧ B(x) < 0) ∨ ( 2 < x < 3 ∧ B(x) > 0) ⇔
⇔ ((x < 2 ∨ x > 3) ∧ x < 2 ∧ B(x) ≠ 0) ∨ ( 2 < x < 3 ∧ x > 2) ⇔
⇔ ((x < 2 ∧ B(x) ≠ 0) ∨ (2 < x < 3)
S = ]– ∞, 2[ \ {x ∈  : B(x) = 0} ∪ ]2, 3[

Cálculos auxiliares:
2 2 2
5 5 5  5 24  25
x 2  5 x  6  0  x 2  2 x     6      x    
2 2 2  2 4
2
 5 1 5 1
 x    x   
 2 4 2 4
5 1 5 1
 x   x  
2 2 2 2
5 1 5 1
 x  x  
2 2 2 2
4 6
x x 
2 2
 x  2 x  3
Álgebra
S   2 , 3

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