Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Mma10 CA Alg
Mma10 CA Alg
▪ Reconhecer, dados dois números reais a e b e um número ímpar, que se a < b, então an < bn.
▪ Reconhecer, dados dois números reais a e b e um número par, que se 0 ≤ a < b, então
0 ≤ na < bn e se a < b ≤ 0, então an > bn ≥ 0 .
Exercícios
1. Sejam a e b dois números reais tais que 0 ≤ a ≤ b.
1.1. Prove que a2 < b2 e que a3 < b3.
1.2. *Prove que se para um dado n se tem an < bn, então an + 1 < bn + 1.
Resolução
1.1. (1) 0 ≤ a ≤ b ; a2 < b2
a≠0
Multiplicando ambos os membros da inequação a < b por a > 0 e por b > 0, obtemos,
respetivamente, a2 < ab e ab < b2. Daqui resulta que a2 < ab < b2 e, portanto, a2 < b2.
a=0
Se a = 0 < b implica 02 = 0 < b2, ou seja, a2 < b2.
(2) 0 ≤ a < b ; a3 < b3
a≠0
Sabemos que a2 < b2 porque a < b. Multiplicando ambos os membros de a2 < b2 por a > 0,
obtemos a3 < ab2. Multiplicando ambos os membros de a < b por b2, obtemos ab2 < b3.
Consequentemente, a3 < ab2 < b3, ou seja, a3 < b3.
a=0
Se a = 0 < b, então 03 = 0 < b3, isto é, a3 < b3.
1.2. a≠0
Multiplicando ambos os membros de an < bn por a > 0, obtemos an + 1 < abn. Multiplicando
ambos os membros de a < b por bn > 0, obtemos abn < bn + 1.
Consequentemente, an + 1 < abn < bn + 1, ou seja, an + 1 < bn + 1.
a=0
Se a = 0 < b, então 0n + 1 = 0 < bn + 1, isto é, an + 1 < bn + 1.
2. *Sabe-se que dados os números x e y reais tais que 0 ≤ x < y e um número natural n, tem-se xn < yn.
Mostre que se a < b < 0, an < bn se n for ímpar e an > bn se n for par.
Sugestão: Considere os números positivos.
Resolução
Se a < b < 0, então – a > – b > 0. Sabemos que (– b)n < (– a)n ⇔ (– 1)n × bn < (– 1)n × an.
Se n é par, então (– 1)n = 1. Logo, (– 1)n bn < (– 1)n an ⇔ 1bn < 1an ⇔ an > bn.
Se n é ímpar, então (– 1)n = – 1. Logo, (– 1)n bn < (– 1)n an ⇔ – bn < – an ⇔ an < bn.
▪ Saber, dado um número real a positivo e um número par, que existe um número real positivo b tal
que bn =a, provar que (–b)n =a e que não existe, para além de b e de – b , qualquer outra solução da
equação xn = a , designar b por «raiz índice n de a» e representá-lo por «».
Exercício
1. Seja n um número natural par e a e b números reais positivos tais que bn = a.
1.1. Prove que (– b)n = a.
Álgebra
1.2. *Mostre que, para além de – b e de b, não existem outras soluções da equação xn = a.
Sugestão: Comece por observar que qualquer solução c terá o mesmo sinal que uma das duas soluções já conhecidas. Sendo
igual a s, nesse caso, justifique que c não pode ser menor nem maior do que s.
Resolução
1.1. a > 0, b > 0 tais que bn = e n é par.
(– b)n = (– 1)n × bn = 1 × bn = bn =a, n é par, logo (– 1)n = 1.
1.2. Comecemos por notar que b e – b são soluções de xn = a.
Suponhamos primeiro que s > 0. Se 0 < s < b, então sn < bn = a, ou seja, sn < a. Caso contrário, se
b < s, então a = bn < sn, ou seja, a < sn. Em ambos os casos, s não é solução de xn = a.
Suponhamos agora que s < 0. Se – b < s < 0, então sn < (– b)n = a, ou seja, sn < a. Caso contrário, se
s < – b, então sn > (– b)n = a, ou seja, sn > a.
Daqui resulta que a equação xn = a não possui outras soluções para além de – b e b.
Exercício
1. Racionalize os denominadores das seguintes frações.
5 1
1.1. 1.2. 4
2 2 3
4 3
1.3. 1.4.
23 7 72 3
2 3a 1
1.5. , a 1.6. ; a , b, c , d
a22 a a b c d
2 1
1.7. 4 1.8.
2 1 3
3 3 2
Resolução
5 5 2 5 2
1.1.
2 2 2 2
1 4
33 4
33 4
33 4 27
1.2.
24 3 4
33 2 4 34 6 6
4 4 2 3 7 8 12 7 8 12
1.3. 7
2 3 7 2 3 7 2 3 7 4 97 59 59
3 3 7 2 3 3 7 2 3 3 21 6
1.4.
7 2 3 7 2 3 7 2 3 7 43 5 5
2 3a
2 3a a 2 2 a 2 3a a 2 2 a
a2 2 a
1.5.
a22 a a 2 4a 2 3a
1 1 a b c d a c
1.6. 2 b 2 d
a b c d a b c d a b c d a bc d a b c2d
2
Álgebra
2 2
3 2
2
4 4
1 4 2 12 13
1.7. 2 24 8 2 2 24 2 2
4
2 1 2 1
Álgebra
3
2 2
1 1
3
3 3 3 2 3 2 3
9 3 6 33 4 1 3 1 1
1.8. 9 36 34
3
3 2
3 3
3 3 2 3 2 5 5 5 5
3 2
2 2
1 1
3
3 33 2 3
3
93634 13 1 1
3 9 36 34
3 2 2 3 2
2 2
3
3 2
3
33 2 3
3 33 3 5 5 5
▪ Reconhecer, dado um número real não negativo a e um número racional não negativo q (q ≠ 0 se
a = 0), (sendo m, n, m’ e n’ números inteiros, m, m’ ≥0 e n, n’ ≥ 2 ) que.
Exercícios
1. Mostre que 3
a 2 6 a 4 , para qualquer número real positivo a.
Resolução
6
a 4 32 a 2 2 3 (a 2 ) 2 3 a 2
m m
2. *Prove que, sendo a um número real positivo e n, m, n’ e m’ números naturais tais que , se tem
n n
n
a m n a m .
Resolução
m m
Se , então mn ' m ' n . Logo, n
am n n'
(a m )n ' nn ' a mn ' nn ' a m ' n n ' n ( a m ' )n a m .
n
n n
▪ Identificar, dado um número real não negativo a e um número racional não negativo (m e n
números inteiros, m ≥ 0 e n ≥ 2), q ≠ 0 se a = 0, a «potência de base a e de expoente q», aq, como,
reconhecendo que este número não depende da fração escolhida para representar q, e que esta
definição é a única possível por forma a estender a propriedade (ab)c = abc a expoentes racionais
positivos.
Exercícios
1. Considere um número não negativo a. Pretende dar-se uma definição de potência de base a e expoente
racional positivo por forma a estender o conceito de potência de base a e expoente natural e que
permaneça válida a propriedade (ab)c = abc para b e c racionais positivos. Admitindo que tal definição
pode ser dada de modo coerente, ou seja, de modo que o valor obtido seja independente da fração que
representa o número racional no expoente, resolva as seguintes questões.
1
1.1. Qual deve ser necessariamente o valor de x 8 3 ?
Sugestão: Calcule x3 utilizando a propriedade acima referida.
1.2. Qual deve ser, mais geralmente, o valor de:
Álgebra
1
1.2.1. a 3
m
1.2.2. a n , para m , n e n ≥ 2?
1
Sugestão: No caso que n é par verifique também que a n tem de ser um valor não negativo, observando que a propriedade
1
(ab)c = abc garante que a n pode sempre ser escrito como quadrado de um número.
2
1.3. Qual deve ser necessariamente o valor de x 8 3 ?
1.4. Qual deve ser, mais geralmente, o valor de:
2 m
1.4.1. a 3 ? 1.4.2. m , n e n ≥ 2?
a , para
n
Resolução
3
1 1
1.1. x 8 3 x 3 8 x 3 23 x 2
3
1.2.1. a3 3 a
n
1 1
n 1
1.2.2. Para que a propriedade (a ) = a se mantenha e tenhamos a n a n a; então a n terá de ser
b c bc
1 1
necessariamente a , ou seja, a n n a . Se n é par, a n tem de ser um valor não negativo, por se
n
2 m
1.4.1. a 3 3 a 2 1.4.2. a n n a2n
2. **Justifique que, dado um número real a ≥ 0 e um número racional não negativo q (q ≠ 0 se a = 0), aq
n
pode ser definido de modo coerente como a m onde m e n são quaisquer números inteiros tais que m≥ 0,
m
n ≥ 2 e q , sendo a definição também coerente com a já conhecida no caso em que q é 0 ou um
n
número natural, e que esta é a única extensão possível a expoentes racionais positivos da definição de
potência de expoente natural e base não negativa que permite obter, para quaisquer a, q nas condições
acima aq de tal modo que continue a valer, para expoentes racionais positivos, a propriedade (ap)r = apr.
Resolução
Começamos por notar que, para que a propriedade das potências de expoente inteiro (ap)r = apr seja
n
m m
n m
conservada, a n a n a m e, portanto, se for possível definir a n , o seu valor terá de ser n
am .
m
Quando n é ímpar ou a 0 , a n é a única raiz de índice n de a m , n a m . No caso em que n é par e q 0
, a m possui duas raízes de índice n distintas. No entanto, para que a referida propriedade das potências de
m m
expoente inteiro se conserve, a n tem que ser a raiz positiva visto que é o quadrado de a 2 n :
m 2
m
2 n 2 m
a a
n
a 2n 0
m
Daqui resulta que a n n a m .
Falta verificar que a definição é coerente, ou seja, não depende do representante de q.
Álgebra
m m'
Pelo exercício 2 do descritor 2.1 (página 16 do Caderno de Apoio), implica n
a m n a m , o que
n n'
m m
assegura que a n n a m n a m a n , isto é, que a definição de aq não depende da escolha do
representante.
0 n
n a0 1 .
n
Se q = 0 (e a ≠ 0), então a q a n
m m
é natural, então m = qn, logo a n n a m n a qn n a q a q , visto que aq ≥ 0.
n
Se q
n
▪ Identificar, dado um número real positivo a e um número racional positivo q, a «potência de base a e
de expoente – q», a– q , reconhecendo que esta definição é a única possível por forma a estender a
propriedade ab × ac = ab + c a expoentes racionais.
Exercício
m
1. Seja q (m, n números naturais) e a um número real positivo. Já vimos que aq se encontra definido
n
de modo coerente como sendo igual a n a m .
Qual deverá ser a definição de a q se se pretender que a propriedade apaq = ap + q seja aplicada a todos
os racionais p e q?
Resolução
m
1. q , a
n
Se se pretender que a propriedade ap × aq seja igual a ap + q
, então, considerando p = – q, temos
a– q × aq = a– q + q = a0 = 1.
1
Ou seja, a q q .
a
▪ Reconhecer que as propriedades algébricas previamente estudadas das potências de expoente inteiro
(relativas ao produto e quociente de potências com a mesma base, produto e quociente de potências
com o mesmo expoente e potência de potência) podem ser estendidas às potências de expoente
racional.
Exercício
1. Sejam a e b números reais positivos. Mostre, utilizando as propriedades estudadas das operações com
radicais e a definição de potência de expoente racional, que:
4 3 7 4 1 13
1.1. a 5 a 5 a 5 1.2. a 5 a 2 a 10
2
m k mp nk 4 3 8
1.3. a a a
n p np , k, m, n e p números naturais 1.4. a 5 a 15
3 3 3 21,3
1.5. a 4 b 4 ab 4 1.6. 1,3 0, 41,3
5
2
1
a3
1.7. 1
a2
a6
Álgebra
Resolução
1. ● Usando a definição de potência de expoente racional
● Usando as propriedades dos radicais
4 3 7
1.1. a 5 a 5 5 a 4 5 a 3 5 a 4 a 3 5 a 4 3 5 a 7 a 5
4 1 2 5 13
1.2. a 5 a 2 5 a 42 2 a15 10 a 8 10 a 5 10 a 8 a 5 10 a 8 5 10 a13 a 10
m k mp nk
1.3. a n a p n am ak
p np
a mp
pn
a kn
np
a mp a nk
np
a mp nk a np
2
54 3 3
8
3 3 3
1.5. a b a b 4
3
a 4 b 4 4 a 3 4 b3 4 a 3 b 3 4
13
13 13
21,3 210 10 213 10 213 10 2
1.6. 13
10
0, 413
0, 4 10
0, 41,3
51,3 10 13
5 513
5
510
2
3 2
a3 3
a2 a 2 2 a 4 6 3 32 31 2 1 1
1.7. 1
6 1
a a a a2
6
a1 6
a1 a
a 6
Exercícios
1. Simplifique as seguintes expressões.
2
6
7 2 2
1.1. 3 4 3 2 4 48 1.2. 6
567 3 3 1.3. 1 3 3 5
2
6
3
1.4. 5 3 54 3 250 3 16 1.5. 5 2 80 4 1.6. 6 6 2 3 2
2
4
16
4 2 a 1
3 3
1.7. 2 5 2 5 1.8. a a 2
, onde a
3
6
2
5
a 2
a6
2
1.9. 3 2 3 3 3 3 3
2 1
Resolução
48 2
1.1. 3 4 3 2 4 48 3 4 2 2 4 2 4 3 24 2
12 2
3 4 3 2 4 24 4 3 3 4 3 2 2 4 3 4 3 48 24 3 6 2
3 3
1
6 6 6
7 6 7 6 4 7
1.2. 6
567 3 3 567 6 32 3 7 6 32 =
2 2 2 567 3
189 3
6 6 6
7 6 42 6 7 6 6 6 7 1 63 3
6 34 7 32 3 7 3 7 36 7 6 7 21 3
2 2 2 2 7 7
6 1 5 6
5 7 1
67 67 67
2 2 2 2
Álgebra
1 3 2
2 2
1.3. 3 5 1 2 3 3 4 3 2 5 2 3 52 =
4 2 3 12 20 3 25 18 3 33
1.4. 5 3 54 3 250 3 16 5 3 33 2 3 2 53 3 2 4 = 54 2
27 3
5 3 3 2 53 2 2 3 2 = 9 3
3 3
15 3 2 5 3 2 2 3 2 = 1
12 3 2
1.5. 80 2
5 2 4 80 22 5 2 4 24 5 = 40 2
20 2
4 5 2 4 24 4 5 = 10 2
5 5
4 5 2 2 4 5 54 5 1
6 6 6
3 6 3 6 3
1.6. 6
6 23 2 2 3 6 23 6 2 2 2 3 23 2 2 =
2 2 2
6 6
3 3 36 3
6 26 6 3 26 3
2 2 2
23
4 2 42 32 23 2 2 1 2 2 1 =
5
3 2 6 4 6 3 6 4 3
1.7. 6
2 5 2 5 6
4
6
6
2 2 2 2
6
26 2 26 2
6
1 6
1 2 1 3
2 2
4
16
3
a 1 3 1
4 9 2
4 11 5 4 6 2
1.8. a a2
3
a2 3 a6 a6 6 2 2
a 6
a 3
2
a a 2 3 a 2 , a
5
2 5 2 5 a 6
a 6 6
a 6
a a
a6 a6 a6
3 2 3 3 3 3 3 2 2 3 2 1 1 =
2 2
3
1.9. 3
2 3 3 3 3 3
2 1
23 22 23 3 23 33 23 32 3 22 2 3 2 1 6 22 3 33 32 3 2 2 2 3 2 1 =
6 36 2 2 3 22 2 3 2 1 3 6 2 2 3 2 2 2 3 2 1 3 3 2 3 22 2 3 2 1 5 3 2 3 4 1
2 3
2
2.1. Como 2 3 0 , 2 3 2 3 2
44 3 3 74 3 .
2
2
2.2. Como 5 20, 52 52 2
52 54 5 4 94 5 .
3 2 a b
2
3.2. 9 6 2 2 11 6 2 2 3
3
Logo, por definição, 3 2 11 6 2 . 2 2
2
Resolução
3 5 3 5 3 5
2
14 6 5 9 6 5 5
21 8 5 16 8 5 5 4 5 4 5 4 5
2
Então, 14 6 5 21 8 5 3 5 4 5 1
Resolução
1
3
2 2 2 23
2 24
22 24
Exercícios
1. Um quadrado está inscrito numa circunferência de raio 3 unidades. Determine a medida do lado do
quadrado e apresente o resultado final na forma a b ; a, b .
Resolução
l 2 l 2 62 2l 2 36 l 2 18 l 18 l 2 32 l 3 2
Como l é um comprimento, a medida do lado l do quadrado é 3 2 unidades.
2. *Um tetraedro regular está inscrito num cubo tal como sugere a figura. Sabendo que a
aresta do cubo mede a unidades, prove que a área de cada face do tetraedro é igual a
3a 2
unidades quadradas.
2
Resolução
A face do tetraedro é um triângulo equilátero. Seja b o comprimento da diagonal da face do cubo.
3a 2 3a 3a
Logo, h . Como a e h são positivos, temos h .
2 2 2
3a
2a
Portanto, b h 2 3a .
2
A
2 2 2
3 3 3 2
4.2. 4 b 2 32 b 2 8 b 2 23 b 23 3 b 4
V Abase h 4 8 32
2
3
3V
4 V 4V
5.2. 2 4 3
4R 3 2 8 4V V
Vesfera
3 3 3 3 24 6
7. *Num trapézio isósceles [ABCD] a base menor é igual aos lados não paralelos e mede 2 cm. Um dos
lados não paralelos forma com a base maior um ângulo de 60º de amplitude. Prove que o perímetro do
3 3
trapézio é igual a 5 2 cm e a área igual a cm2.
2
Resolução
2 2 2
Temos AE 2 cos(60º ) . Logo, AB 22 2.
2 2
Assim, o perímetro do trapézio é 2 2 2 2 2 5 2 cm .
6
A altura do trapézio é DE 2 sin(60º ) cm .
2
A
Bb
h
2 2 2
6 3 2 6 3 12 3 3
cm 2
2 2 2 4 4 2
Resolução
2
8.1. Substituindo 1 3 na equação, obtemos 1 3 2 1 3 2 1 2 3 3 2 2 3 2 0 .
5 5
6 3
2 6
5 6
5 2 5 5 6 53 5 10 5 6 56 6 53 5 6 53 53 5 6 56 5 5 0
5
Substituindo 6 na equação, obtemos:
4
6 3 3
5 5 5 5 5 6 53 5 6 53 53
2 6 5 6 5 2 5 6 5 6 53 5 0 5 =
6 43
4 4 4 4 2 2 6
2
2 3
5 5 5 5
5 5 0
2 6 26 2 2
2 x3 y
9. *Considere, dado um número natural n ≥ 2 e para x > 0, y > 0, a expressão A .
n
xy 2
Determine para que valor de n se tem que A 2 3 x , independentemente dos valores de x e de y.
Álgebra
Resolução
3 2
22 x3 y x3 32 y 2 x3 6 2 n 2
A 23 x n xy 2 n xy 2 6 y xy 6 x 3 2 6 y 2 n xy 2
23 x 23
x2 x2
6 x y 2 n xy 2
O valor de n para que se tem A 2 3 x é 6.
▪ Reconhecer, dados polinómios não nulos A(x) e B(x), que o grau do polinómio A(x)B(x) é igual à
soma dos graus de A(x) e de B(x).
Exercícios
1. Considere os polinómios A(x) = x3 + 3x2 – 2 e B(x) = 4x5 – x + 1.
1.1. Determine, na forma reduzida, o polinómio A(x) × B(x), indicando o respetivo grau.
1.2. Qual o grau do polinómio A(x) × B(x), se se tiver agora A(x) = xn + 3x2 – 2 e B(x) = 4xm – x + 1, onde
n > 2 e m > 1? Qual a relação entre o grau de A(x), o grau de B(x) e o grau de A(x) × B(x)?
Resolução
1.1. A(x) × B(x) = (x3 + 3x2 – 2)(4x5 – x + 1) = 4x8 – x4 + x3 + 12x7 – 3x3 + 3x2 – 8x5 + 2x – 2 =
= 4x8 + 12x7 – 8x5 – x4 – 2x3 + 3x2 + 2x – 2
O grau de A(x) × B(x) é 8.
1.2. A(x) × B(x) = (x3 + 3x2 – 2)(4x5 – x + 1) = 4xn + m – xn + 1 + xn + 12xm + 2 – 3x3 + 3x2 – 8xm + 2x – 2
O grau de A(x) é n, o grau de B(x) é m .
O grau de A(x) × B(x) é n + m, a soma dos graus de A(x) e B(x).
Resolução
Aparecem (n + 1)(m + 1) parcelas. O monómio de maior grau é anbmxn + m = anxn × bmxm.
Como an ≠ 0 e bm ≠ 0, temos também an × bm ≠ 0 (pela lei do anulamento do produto), e portanto, o grau de
A(x) × B(x) é n + m, ou seja, a soma do grau de A(x) com o grau de B(x).
▪ Reconhecer, dado um polinómio P(x) e um número , que aplicando a regra de Ruffini se obtém o
quociente e o resto da divisão inteira de P(x) por x – a .
Exercícios
1. Considere os polinómios A(x) = ax3 + bx2 + cx + d e B(x) = x – 1, onde a, b, c, d ∈ , a ≠ 0.
Verifique que os polinómios obtidos aplicando a regra de Ruffini a estes polinómios são, de facto, o
quociente e o resto da divisão inteira de A(x) por B(x).
Álgebra
Resolução
Divide-se A( x) por B ( x) .
b
ax3 + x + cx + d x–1
2
a
ax2 + (a + b)x + (a + b +
ax 3 + x
c)
2
a b x2 + cx + d
a b x 2 (a +
+ +
b)x
(a + b + c)x d
a+b
– (a + b + c)x +
+c
a+b+c+d
A x B x ax 2 a b x a b c a b c d
q x R x
Aplicando a regra de Ruffini:
a b c d
1 a ab abc
a ab abc abcd
Resolução
bm bm – 1 bm – 2 … b1 b0
a aqm– 1 aqm– 2 … aq1 aq0
qm– 1= bm qm– 2= bm – 1 + aqm – 1 qm– 3= bm – 2 + aqm – 2 … q0= b1 + aq1 R(x) = b0 + aq0
Usando a regra de Ruffini, obtemos o polinómio Q(x) = qm – 1xm – 1 + qm – 2 xm – 2 + … + q1x1 + q0, onde
qm – 1 = bm , qi = bi + aqi + 1, para todo i ∈ {0, 1, …, m – 1}, e R(x) = b0 + aq0.
A(x) × Q(x) + R(x) = (x – a)(qm – 1xm – 1 + qm – 2 xm – 2 + … + q1x1 + q0) + (b0 + aq0)
= qm – 1xm – aqm – 1 xm – 1 + qm – 2 xm – 1 – aqm – 2 xm – 2 +… + q1x2 – aq1x + q0x – aq0 + aq0 + b0
= qm – 1xm + (qm – 2 – aqm – 1)xm – 1 +… + (q1 – aq2) x2 + (q0 – aq1)x + b0
= bmxm + bm – 1 xm – 1 + … + b1x1 + b0 = B(x)
▪ Reconhecer, dado um polinómio P(x) de grau , cujas raízes (distintas), x1, x2, …, xk têm
respetivamente multiplicidade n1, n2, …, nk que n1 + n2 + … + nk ≤ n e que existe um polinómio Q(x)
sem raízes tal que , tendo-se n1 + n2 + … + nk = n se e somente se Q(x) tiver grau zero.
Exercícios
1. Considere o polinómio A(x) = x6 – x5 – 6x4 + 12x3 – 13x2 + 13x – 6.
Sabendo que o polinómio A(x) admite raízes –3, 1 e 2, eventualmente com diferentes ordens de
multiplicidade, determine o polinómio B(x) sem zeros tal que A(x) = (x – 1)m(x – 2)n(x + 3)pB(x),
identificando os valores de m, n e p.
Álgebra
Resolução
1 –1 –6 12 –13 13 –6
1 1 0 –6 6 –7 6
1 0 –6 6 –7 6 0
1 1 1 –5 1 –6
1 1 –5 1 –6 0
1 1 2 –3 –2
1 2 –3 –2 –8
Álgebra
Como a terceira divisão consecutiva de A(x) por (x – 1) tem resto diferente de 0, então a raiz 1 tem
multiplicidade 2. Aplicando a regra de Ruffini para a raiz 2, obtemos:
1 1 –5 1 –6
2 2 6 2 6
1 3 1 3 0
2 2 10 22
1 5 11 25
2. *Considere os números reais x1, x2 e x3, distintos entre si, as únicas raízes de um polinómio de sétimo
grau A(x). Sabe-se ainda que x1 tem multiplicidade 2 e x2 tem multiplicidade 3.
2.1. Justifique que x3 não pode ter multiplicidade superior a 2.
2.2. Indique, justificando, qual a multiplicidade de x3.
Resolução
2.1. Seja p a multiplicidade de x3. O polinómio A(x), de sétimo grau, pode ser escrito na forma
(x – x1)2(x – x2)3(x + x3)p Q(x). Como 2 + 3 + p ≤ 7, resulta que p ≤ 2.
2.2. Pelo exercício anterior, x3 tem multiplicidade não superior a 2.
Se x3 tivesse multiplicidade 0, então não seria raiz.
Se x3 tivesse multiplicidade 1, então A(x) = (x – x1)2(x – x2)3(x + x3)1 Q(x) e Q(x) seria de grau 1 e teria
necessariamente uma raiz.
Assim, se Q(x) tivesse como raiz x1, x2 ou x3, a multiplicidade de uma das raízes seria modificada.
Por outro lado, a existência de uma raiz x4 de Q(x) contradiz o facto de x1, x2 e x3 serem únicos.
Portanto, x3 tem de ter multiplicidade 2.
Exercício
1. Utilizando o algoritmo da divisão inteira de polinómios, determine o quociente e o resto da divisão de
A(x) = x5 + 3x4 – 2x3 – 4x2 – 3 por B(x) = x2 + 2.
Resolução
x5 + 3x4 – 2x3 – 4x2 – 3 x2 + 2
– x5 x3 + 3x2 – 4x –
– 2x3
10
+ 0 –
3x4 – 4x3 – 4x2
x 3
– 3x4 – 6x2
+ 0
– 4x3 – 10x2 – 3
x
+ 8
+ 4x3
x
+ 8
– 10x2 – 3
x
2
+ 10x2 +
0
8 1
+
x 7
R(x) = 8x + 17
Q(x) = x3 + 3x2 – 4x – 10
2. Utilizando a regra de Ruffini determine o quociente e o resto da divisão de A(x) = 2x3 – 4x2 – 3 por cada
um dos polinómios.
2.1. B(x) = x + 2 2.2. B(x) = x 2.3. B(x) = 3x – 6
2.4. B(x) = 2x + 1 2.5. **B(x) = x2 – 1
Resolução
2. A(x) = B(x) × Q(x) + R(x)
2.1.
2 –4 0 –3
–2 –4 16 –32
2 –8 16 –35
1 5 17 1 2 x2 5 5 17 1 5 5 17
A x x 2 x 2 5 x 2 x x 2 x x 2 x
2 2 4 2 2 2 4 4 2 2 4 4
5 5 17
Logo, Q x x 2 x e R ( x) .
2 4 4
3. Determine, utilizando o teorema do resto, o resto da divisão de A(x) = x4 – 3x3 + 2x – 3 por B(x) = x + 1.
Resolução
B(x) = 0 ⇔ x + 1 = 0 ⇔ x = – 1
A(– 1) = (– 1)4 – 3 × (– 1)3 + 2 × (– 1) – 3 = 1 + 3 – 2 – 3 = – 1
O resto da divisão de A(x) por B(x) é – 1.
1
4. Determine o polinómio P(x) de quarto grau que admite os zeros simples – 4, – 1, e 3 e cujo resto da
2
divisão por x + 2 é igual a 1.
Resolução
1
P x a x 4 x 1 x x 3
2
Vamos calcular P(– 2).
1
P 2 a 2 4 2 1 2 2 3 a 2 1 2,5 5 25a
2
1
Como P(– 2) = 1, temos 25a 1 a .
25
1 1 x 4 3 x 3 12 x 2 13 x 6
Assim, P x x 4 x 1 x x 3 .
25 2 25 50 25 50 25
7
P x 2x2 6x 4 x
2
Resolvendo a equação 2x2 – 6x + 4 = 0, obtemos as raízes 1 e 2.
Logo, 2x2 – 6x + 4 = 2(x – 1)(x – 2).
7
Portanto, P x 2 x 1 x 2 x .
2
Álgebra
6. *Determine para que valores reais de a e b o polinómio P(x) = 2x3 + ax2 + bx – 1 é divisível por x – 1 e
o resto da divisão por x + 1 é igual a – 10.
Resolução
Se P(x) é divisível por x – 1, então P(1) = 0.
Se o resto da divisão de P(x) por x + 1 é –10, então P(– 1) = –10.
Assim:
P 1 0 2 a b 1 0 a 1 b a 1 3 a 4
P 1 10 2 a b 1 10 2 1 b b 1 10 b 3 b 3
O polinómio é 2x3 – 4x2 +3x – 1.
Resolução
Seja P(x) = xn + an.
P(– a) = (– a)n + an = (– 1)n an + an
Se n é par, temos P(– a) = 2an, ou seja, xn + an não é divisível por x + a.
Se n é ímpar, temos P(– a) = – an + an, ou seja, – a é raiz de P(x).
Portanto, xn + an é divisível por x + a se n for ímpar.
22 n
P(a) + P(– a) = a2n + 1 – a2n – a + 1 + (– a)2n + 1 – (– a)2n + 1 =
a 2 n a a 2 n a 1 a a a
2n 2n
a 1
2 n 2 n 2 n 2 n
= (a ) × a – (a ) + [(–a )] × (– a) –[(–a )] + 2 =
a a 2n a a 2n a 2 n a 2 n 2 = 2 – 2a2n
8.2. P(x) = x2n + 1 – x2n – x + 1 = (x – 1)x2n – (x – 1) = (x – 1)(x2n – 1) = (x – 1) (xn – 1) (xn + 1)
–1 é raiz de P(x) porque P(– 1) = – 2 × ([(– 1)2]n – 1) = 2(1n – 1) = – 2 × 0 = 0.
1 é raiz de P(x) porque P(1) = (1 – 1)(12n – 1) = 0 × 0 = 0.
P(x) pode ser escrito como:
S x T x
T x xn 1
x 1 x 1 x x 1 ... x 1 x n 1
n 1 n2 n
S x x n1 ... x
xn 1
S(x) = xn – 1 + xn – 2 + … + x + 1 não tem raiz 1 porque S(1) = 1 + 1 + … + 1 = n.
T(x) = xn + 1 não tem raiz 1 porque T(1) = 1 + 1 = 2.
Assim, a raiz 1 tem multiplicidade 2.
Exercícios
1. Considere os polinómios A(x) = x3 + 3x2 – 4 e B(x) = x4 – 5x3 + 6x2.
1.1. Verifique que 1 é uma das raízes de A(x).
1.2. Determine as outras raízes de A(x) e fatorize este polinómio.
1.3. Resolva a inequação A(x) < 0.
1.4. Fatorize o polinómio B(x) e resolva a inequação B(x) > 0.
Resolução
B x x2 x2 5x 6 x 2 x 6 x2 x
2 4 2 4
5 1 5 1
x 2 x x
2 2 2 2
2
= x (x – 3)(x – 2)
x 0 2 3
x2 + 0 + + + + +
x–3 – – – – – 0 +
x–2 – – – 0 + + +
B(x) + 0 + 0 – 0 +
S = ]– ∞, 0[ ∪ ]0, 2[ ∪ ]3, +∞[
Resolução
x4 – 26x2 + 25 = 0 ⇔ (x2)2 – 26x2 + 25 = 0
Substituindo x2 por y, obtemos:
26 26 2 4 1 25 26 576 26 24
y 2 26 y 25 0 y y y y 1 y 25
2 1 2 2
Substituindo y por x2:
x 2 1 x 2 25 x 1 x 25 x 1 x 1 x 5 x 5
S = {– 5, – 1, 1 , 5}
4. *Sabe-se que B(x) é um polinómio de terceiro grau tal que ∀x ∈ , B(x) > 0 ⇔ x ∈ ]2, + ∞[. Resolva
cada uma das condições.
4.1. (3x – 7)B(x) ≤ 0 4.2. (– x2 – 1) B(x) > 0 4.3. (x2 – 5x + 6) B(x) < 0
Resolução
4. Como B(x) é um polinómio do 3.º grau tem, no máximo, três raízes, sendo uma delas em x = 2, pois
B(x) > 0 ⇔ x ∈ ]2, + ∞[. Atendendo a este facto, B(x) tem no máximo uma raiz em ]– ∞, 2[.
4.1. (3x – 7)B(x) ≤ 0 ⇔ (3x – 1 ≥ 0 ∧ B(x) ≤ 0) ∨ (3x – 1 ≤ 0 ∧ B(x) ≥ 0)
7 7
x B x 0 x B x 0
3 3
7 7
x x 2 x B x 0 B x 0
3 3
impossível
7 7 7 7
x x 2 x B x 0 2 x x B x 0
3 3 3 3
7
S 2 , x : B ( x) 0
3
x 1 B x 0 x 2 1 B x 0 B x 0
2
0
4.2. S = ]– ∞, 2] \ {x ∈ : B(x) = 0}
4.3. (x2 – 5x + 6)B(x) < 0 ⇔ (x2 – 5x + 6 > 0 ∧ B(x) < 0) ∨ (x2 – 5x + 6 < 0 ∧ B(x) > 0) ⇔
⇔ ((x < 2 ∨ x > 3) ∧ B(x) < 0) ∨ ( 2 < x < 3 ∧ B(x) > 0) ⇔
⇔ ((x < 2 ∨ x > 3) ∧ x < 2 ∧ B(x) ≠ 0) ∨ ( 2 < x < 3 ∧ x > 2) ⇔
⇔ ((x < 2 ∧ B(x) ≠ 0) ∨ (2 < x < 3)
S = ]– ∞, 2[ \ {x ∈ : B(x) = 0} ∪ ]2, 3[
Cálculos auxiliares:
2 2 2
5 5 5 5 24 25
x 2 5 x 6 0 x 2 2 x 6 x
2 2 2 2 4
2
5 1 5 1
x x
2 4 2 4
5 1 5 1
x x
2 2 2 2
5 1 5 1
x x
2 2 2 2
4 6
x x
2 2
x 2 x 3
Álgebra
S 2 , 3