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tá subentendida para evitar repetição desne- 6.

CRASE COM DEMONSTRATIVOS


cessária. Admitem crase os demonstrativos que têm
Exemplos comentados: letra a inicial: aquele(s), aquela(s) e aquilo.
1. Vou à igreja de Santo Amaro, depois à de Nesse caso, o fenômeno da crase é a fusão
Santo Antônio. de a (preposição) + a (primeira letra dos pro-
Observe que a palavra igreja está suben- nomes demonstrativos).
tendida antes da expressão “de Santo Exemplos comentados:
Antônio”. Por isso, a crase é normal.
1. Estou fazendo alusão àqueles que, em
2. Refiro-me à moça da esquerda, não à da eleições passadas, enganaram o povo.
direita. A crase representa a fusão de a (prepo-
Observe que a palavra moça está suben- sição exigida por alusão) + a (de aquele).
Caiu no vestibular tendida antes da expressão “da direita”.
2. Remeto esta mensagem àqueles que
Por isso, a crase acontece.
01. (FGV) Observe a palavra sublinhada na fra- tudo perderam nas enchentes.
se: “A campanha de meus adversários 3. O assunto vai da página 5 à 10. A crase representa a fusão de a (preposi-
Note que a palavra página está suben- ção exigida por remeter) + a (de aqueles).
interpõe-se à dos meus parceiros”.
tendida antes do número dez. Por isso, a
Assinale a alternativa que JUSTIFICA o uso crase acontece. 7. DEMONSTRATIVO “A”
do sinal de crase: Os pronomes demonstrativos aquele(s),
7. CRASE COM PRONOMES RELATIVOS
a) Interpor-se rege preposição a e subenten- aquela(s) podem vir representados pelo mo-
Para usar crase com pronomes relativos, te- nossílabo a(s). Quando isso se dá em
de-se um objeto indireto feminino.
mos de dividi-los em dois grupos: sintonia com exigência da preposição a, a
b) Interpor-se rege preposição a e “dos meus
parceiros” é masculino. a) Que, quem, cujo, cuja, cujos, cujas – crase acontece com naturalidade.
Jamais admitem crase porque não admi- Exemplos comentados:
c) Interpor-se rege preposição a e subenten-
tem artigo.
de-se um objeto direto feminino. 1. Não me refiro a você, mas à que chegou
b) A qual, as quais – Admitem crase (porque
d) Interpor-se rege preposição a e o objeto atrasado.
aceitam artigo) quando regidos por um
direto explícito é masculino. A crase representa a fusão de a (preposi-
verbo (ou substantivo) que exija a prepo-
e) Interpor-se é verbo intransitivo e “dos meus ção exigida pelo verbo referir-se) + a
sição a.
parceiros” é adjunto masculino. (demonstrativo que simboliza aquele).
Exemplos comentados:
2. Na reunião, fez alusão às mulheres de
02. (FGV) Assinale a alternativa que preenche, 1. Esta foi a única conclusão a que cheguei. hoje e às que lutaram pela igualdade no
de acordo com a norma culta, os espaços Sem crase porque o pronome relativo que passado.
da frase: não aceita artigo. A crase representa a fusão de a (preposi-
........ 23 anos ................. o golpe fatal no 2. Esta foi a única conclusão à qual cheguei. ção exigida pelo substantivo alusão) + as
socialismo de Mitterrand. Com crase porque o pronome relativo (que simboliza o demonstrativo aquelas).
qual aceita artigo. 3. Esta blusa é semelhante à que você me
a) A – aconteceu
3. Esta foi a única solução a qual encontra- deu no Natal passado.
b) Ha – aconteceu
mos. A crase representa a fusão de a (prepo-
c) À – acontecia
Sem crase porque o verbo encontrar sição exigida pelo adjetivo semelhante) +
d) Há – acontecia (transitivo direto) não exige preposição. a (que simboliza o demonstrativo aquela).
e) A – acontecia
4. Estão aqui as provas a que nos referimos
no processo. Dificuldades da Língua
03. (FGV) Assinale a alternativa em que há
ERRO no uso do acento indicativo de Sem crase porque o pronome relativo que TOA, À TOA e À-TOA
não aceita artigo.
crase. 1. TOA
5. Estão aqui as provas às quais nos referi-
a) O leitor dedicava-se à leitura de crônicas. Toa é substantivo. Significa corda com que
mos no processo.
b) O cronista dava preferência às crônicas de uma embarcação reboca outra que está à
Com crase porque o pronome relativo qual
estilo mais elaborado. deriva.
aceita artigo.
c) O cronista produzia seus textos à tardinha. 2. À TOA
6. Ainda está em cartaz o filme a cuja parte
d) O cronista deve estar atento às situações do final assisti. À toa (com crase e sem hífen) é locução ad-
cotidiano. Sem crase porque o pronome relativo verbial de modo. Significa:
e) O texto da crônica lembrava-lhe à sua cuja não aceita artigo. a) Ao acaso; a esmo; à doida.
infância. Depois da separação, pus-me a viajar à
8. CRASE E MUDANÇA DE SENTIDO
04. (FGV) Dentre as frases abaixo, a que apre- toa, sem me fixar em nenhum lugar.
Nos casos seguintes, a presença (ou ausên-
senta sinal indicador da crase indevido é: b) Sem razão, ou por motivo frívolo;
cia) da crase implica mudança de sentido.
irrefletidamente; inutilmente.
a) Estas teses sobre a ilusão, à primeira vista, Não se trata, pois, ao pé da letra, de crase
Quase sempre, ela briga com os filhos à
nada acrescentam ao que já se lê nos estu- facultativa.
toa, à toa.
dos antigos. 1. Ele escreve à Luís Fernando Veríssimo.
b) À terapia convencional preferem os médicos Sentido: Ele escreve à maneira de Luís 3. À-TOA
novas condutas que combatam as ilusões Fernando Veríssimo. À-toa (com crase e com hífen) é adjetivo.
patológicas. 2. Ele escreve a Luís Fernando Veríssimo. Significa:
c) Minha experiência revela que à ilusão não se Sentido: Ele escreve para Luís Fernando a) Impensado, irrefletido.
Veríssimo (corresponde-se com ele). Fez um gesto à-toa, sem intenção de ferir
pode combater senão com o tratamento
psicológico. 3. Ele sempre namorou às cegas. ninguém.
d) A referência a doenças mentais ligadas às Sentido: Ele sempre namorou sem medir b) Sem préstimo; inútil; desprezível; fácil.
conseqüências, adoidadamente. Depois da morte do pai, virou um indiví-
ilusões marcou o congresso de medicina do
mês passado. 4. Ele sempre namorou as cegas. duo à-toa.
Sentido: Ele sempre namorou mulheres Não quero importuná-lo com um proble-
cegas. ma à-toa.

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