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AULA 06
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Língua Portuguesa para concursos
Curso Regular
Teoria e questões comentadas
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 06
AULA 06
SUMÁRIO PÁGINA
Sintaxe 03
1. Conceitos Introdutórios 03
1.1 Frase 04
1.2 Oração 06
1.3 Período 09
1.4 Discurso 10
2. Termos essenciais da oração 13
2.1 Sujeito 14
2.1.1 Núcleo 14
2.1.2 Classificação do sujeito 15
2.2 Predicado 22
2.2.1 Predicativo 22
2.2.2 Núcleo 23
2.2.3 Predicação ou transitividade verbal 25
3. Termos integrantes da oração 30
3.1 Objeto Direto 31
3.2 Objeto Indireto 37
3.3 Complemento Nominal 40
3.4 Agente da Passiva 42
4. Termos acessórios da oração 44
4.1 Adjunto Adnominal 44
4.1.1 Adjunto Adnominal x Complemento Nominal 45
4.1.2 Adjunto Adnominal x Predicativo do Objeto 49
4.2 Adjunto Adverbial 50
4.3 Aposto 52
4.4 Vocativo 55
Classificação das Orações no Período Composto 57
1. Aspectos Gerais 57
2. Orações Coordenadas 60
2.1 Conjunções Coordenativas Aditivas 60
2.2 Conjunções Coordenativas Adversativas 62
2.3 Conjunções Coordenativas Alternativas 63
Sintaxe
1. Conceitos Introdutórios
1.1 Frase
A frase é uma declaração, é todo enunciado que possui sentido
completo e, assim, consegue realizar uma comunicação. Veja:
Que susto!
Parabéns!
Que prova fácil!
Vá estudar. (afirmativa)
Não me ouse desafiar. (negativa)
Deus te guie.
Dessa forma, nem toda frase é oração, mas toda oração é uma
frase. E, dentro de uma frase, a quantidade de orações será
determinada pelo número de verbos ou locuções verbais.
Atenção!
Tradicionalmente aprendemos que basta contar os verbos em um
período para identificarmos a quantidade de orações, mas deve-se ter
cuidado com os verbos elípticos: verbos que estão subentendidos pelo
contexto ou omitidos para evitar repetições. Assim, é fundamental
1.3 Período
O período é a frase constituída por uma ou mais orações.
Período simples é formado apenas por uma oração. Dessa forma,
quando o período for simples haverá a ocorrência de apenas um verbo
ou locução verbal. Note:
Atirei o pau no gato, mas o gato não morreu e Dona Chica admirou-se do
berro que o gato deu. (período composto por quatro orações = quatro
verbos)
Atenção!
Não há oração principal em um período composto por coordenação.
OBSERVAÇÃO:
Período misto ou complexo é aquele composto de orações
coordenadas, principal e subordinadas.
1.4 Discurso
O discurso é o modo como os falantes de uma língua
estruturam os seus textos, sejam eles orais ou verbais. Na
análise do discurso, poderemos perceber o uso de três tipos de
discursos pelo interlocutor (direto, indireto e indireto livre), que
poderão coexistir dentro de um mesmo texto.
OBSERVAÇÃO:
Na transposição do discurso direto para o indireto, os sinais de
pontuação desaparecem, o uso dos conectivos faz-se
necessário e o verbo de elocução é mantido. Atente-se para o
fato de que o verbo, no discurso indireto, estará sempre em algum
tempo verbal passado em relação ao tempo verbal do discurso direto,
por meio da seguinte correspondência:
a) Ela disse ao coração dele que ele não liga mais para ela.
b) Ela lhe disse que ele não liga mais para ela.
c) Ela disse-lhe que ele, coração, não liga mais para ela.
d) Ela disse-lhe que ele, coração, não ligaria mais para ela.
e) Ela lhe disse que ele não ligava mais para ela.
Comentários
O enunciado da questão solicita que o candidato
transponha o discurso direto do primeiro quadrinho
(“Coração, você não liga mais pra mim!”) para o discurso
indireto. Como vimos, para efetuar essa passagem, vamos
manter o verbo de elocução, fazer uso de um conectivo e
colocar o verbo do discurso indireto em um tempo passado em
relação ao verbo do discurso direto, seguindo as
correspondências apresentadas no quadro da página 12.
No discurso direto, temos o verbo no presente do indicativo
“liga”, dessa forma, o tempo verbal para a construção do
discurso indireto será o pretérito imperfeito do indicativo. Veja
como ficaria a frase transposta: “Ela lhe disse que ele não
ligava mais para ela”.
GABARITO: E
2.1 Sujeito
2.1.1 Núcleo
OBSERVAÇÃO:
a) Quando a indeterminação do sujeito é ocasionada pelo pronome
“se”, esse pronome é chamado índice de indeterminação do
sujeito.
Atenção!
Quando ocorre verbo na 3ª pessoa do singular e ele é acompanhado
pelo “se”, podemos ter três possibilidades:
a) Sujeito simples expresso (caso de voz passiva sintética)
Atenção!
Quando aparece verbo na 3ª pessoa do plural, podemos ter três
possibilidades:
a) Sujeito indeterminado (não expresso e não identificável)
Exemplos:
Aconteceram ontem muitas explosões na fábrica. (sujeito simples =
“muitas explosões”)
Aconteceram ontem brigas e discussões na fábrica. (sujeito composto
com dois núcleos = “brigas e discussões”)
Exemplos:
Exemplos:
Faz muitos anos que ele ganhou o prêmio.
Já é tarde.
Está calor em Belo Horizonte.
Exemplos:
Choveu pouco mês passado.
Anoiteceu rapidamente.
OBSERVAÇÃO:
a) Algumas expressões populares não possuem sujeito.
Exemplos:
Já passava de quatro anos.
Vai para dois anos que ele foi embora.
Basta de trabalho.
Exemplos:
São quatro horas. (concorda com a palavra “hora”)
Era uma hora. (concorda com a palavra “hora”)
Comentários
Esta questão trata do emprego do pronome “se”. O comando
solicita que o aluno analise a afirmativa e julgue se as duas
ocorrências do pronome “se” indicam indeterminação do
sujeito.
Vimos que o pronome “se” pode ser empregado de outras
formas, além de “índice de indeterminação do sujeito”.
Temos que analisar o seguinte trecho:
Hoje se acredita que a família nuclear tenha-se estabelecido por
trazer vantagens evolutivas.
A primeira ocorrência do pronome “se” (“se acredita”) é
índice de indeterminação do sujeito. Observe que a ação
está sendo praticada, mas não conseguimos determinar de
forma clara “quem” pratica a ação.
Por sua vez, a segunda ocorrência do pronome “se” (“tenha-se
estabelecido”) não é índice de indeterminação do sujeito.
Perceba, assim, que há a presença clara de sujeito (“a família
nuclear”).
Dessa forma, concluímos que apenas a primeira ocorrência
marca a indeterminação do sujeito da oração.
Gabarito: ERRADO
2.2 Predicado
2.2.1 Predicativo
Predicativo do sujeito
O predicativo do sujeito é o núcleo do predicado nominal e
expressa um estado, uma qualidade ou uma classificação a respeito
do sujeito.
Exemplos:
Maria anda cansada. (estado)
Esta casa parece ótima. (qualidade)
França e Bélgica são países. (classificação)
O predicativo do sujeito pode ser representado por: substantivo,
adjetivo, pronome, locução, expressão ou oração. Veja os exemplos
abaixo.
Exemplos:
Maria é vendedora. (substantivo)
Esta casa parece bonita. (adjetivo)
José é ninguém. (pronome)
Marina está em prantos. (locução)
A poupança é meu pé-de-meia. (expressão)
O fato é que você está triste. (oração)
Predicativo do objeto
O predicativo do objeto é o termo que se refere ao objeto por meio
de um verbo de ligação não expresso na oração.
Atenção!
O predicativo pode vir deslocado na oração. Tenha bastante
cuidado, então, para não fazer confusão. Como o predicativo faz parte
do predicado, nesses casos, então, ele obrigatoriamente deve vir
acompanhado de vírgula para marcar sua inversão.
Exemplos:
Pedro foi levado ao hospital com dores fortes. (sem deslocamento)
Pedro, com dores fortes, foi levado ao hospital.
Com dores fortes, Pedro foi levado ao hospital.
2.2.2 Núcleo
Predicado nominal
Neste tipo de predicado, o núcleo está representado por um nome
e pode declarar estado, qualidade ou classificação acerca do sujeito.
Aqui, o verbo tem apenas a função de ligar o sujeito a esse nome. O
núcleo se encontra no predicativo do sujeito.
Dessa forma, o predicado nominal é composto por verbo de
ligação e predicativo do sujeito.
Exemplos:
Maria está cansada. (estado)
Predicado verbal
Neste tipo de predicado, o núcleo está representado por um
verbo ou locução verbal que apresenta significação e pode
expressar ação, fenômeno, movimento, situação. Desse modo, o
predicado demonstra o que o sujeito faz ou sofre e o verbo é o
responsável por possuir a informação mais relevante da oração.
Exemplos:
Maria observava as montanhas. (ação)
Chove pouco em Brasília. (fenômeno)
José foi ao parque ontem. (movimento)
Marina está morando em Brasília. (situação)
Do predicado verbal, fazem parte os verbos transitivos e intransitivos,
os quais estudaremos no próximo tópico.
Predicado verbo-nominal
Este tipo de predicado possui dois núcleos: o verbo e o nome. Ao
mesmo tempo, expressa a ação praticada e o estado relativo ao
sujeito (predicativo do sujeito) ou ao complemento verbal (predicativo
do objeto). O núcleo “nome” exerce a função de predicativo.
Exemplos:
Os jogadores brasileiros entraram no Mineirão apreensivos. (predicativo do
sujeito = “Os jogadores brasileiros”)
Verbos transitivos
O verbo transitivo não apresenta sentido completo e, assim,
exige complemento (objeto) que integre o sentido do
predicado. Dessa maneira, o verbo não consegue constituir sozinho o
predicado. O verbo transitivo se divide em transitivo direto, transitivo
indireto e transitivo direto e indireto (ou bitransitivo).
Verbos de ligação
O verbo de ligação não possui conteúdo próprio e serve apenas
como elemento de ligação entre o sujeito e um atributo do
sujeito (predicativo).
Exemplo:
Marina era infeliz. (predicativo do sujeito = ”infeliz” – sujeito = ”Marina” –
predicado nominal = ”era infeliz”)
OBSERVAÇÃO 1:
A transitividade de um verbo pode ser comprovada do seguinte modo:
Transitivo direto – Ana recebeu uma carta.
Faça assim: quem recebe, recebe alguma coisa. Então, o verbo
“receber” não necessita de objeto com preposição (objeto direto).
Assim, concluímos que “receber” é um verbo transitivo direto.
Transitivo indireto – Ana gosta de chocolate.
Faça assim: quem gosta, gosta de alguma coisa. Então, o verbo
“gostar” necessita de objeto com preposição (objeto indireto). Assim,
concluímos que “gostar” é um verbo transitivo indireto.
OBSERVAÇÃO 2:
Existem verbos transitivos diretos que necessitam de um qualificador
para o objeto direto que os complementa. Assim, esses verbos
exigem um predicativo para o seu objeto (predicativo do objeto). São
denominados verbos transobjetivos.
Exemplo: Marina considerou João inocente.
Observe que “considerar” é um verbo transobjetivo, pois ele é um
verbo transitivo direto que necessita de um objeto direto que venha
acompanhado de um predicativo (“inocente”).
OBSERVAÇÃO 3:
É muito importante que você não se esqueça de que a predicação
verbal depende do contexto em que o verbo está inserido. Para
classificar um verbo como intransitivo, transitivo ou de ligação,
Comentários
Esta questão trata do assunto transitividade verbal. A
transitividade ou predicação verbal é o modo como o
verbo forma o predicado, isto é, se o verbo exige ou não
complementos.
Dessa forma, os verbos podem ser classificados em
intransitivos, transitivos (diretos, indiretos, e diretos e
indiretos) e de ligação.
Acabamos de estudar que a predicação verbal depende do
contexto em que o verbo está inserido. Para classificar um
São os seguintes:
Eles fizeram-nas.
OD
Atenção!
Ainda sobre a distinção “sujeito x objeto direto”, importa conhecermos
o sujeito acusativo ou sujeito de infinitivo. Observe:
OBSERVAÇÃO 1:
Em alguns casos, uma oração inteira pode funcionar como
objeto direto. Ainda nesta aula, aprenderemos mais sobre esse tipo
de oração (chamada oração subordinada substantiva objetiva direta),
exemplificada a seguir:
IMPORTANTE
OBSERVAÇÃO 2:
Outra observação importante a se fazer diz respeito a orações com o
verbo “HAVER”. Você já deve saber que esse verbo não possui
sujeito, se empregado no sentido de “existir”. Nesses casos,
portanto, o termo relacionado ao verbo será objeto direto. Veja:
OBSERVAÇÃO 3:
Quando o pronome relativo “QUE” (já estudado por nós na Aula
04) retomar um termo e colocá-lo como complemento de verbo
transitivo direto, ele será objeto direto. Observe:
Para compreender este tipo peculiar de objeto direto, você deve ter
em mente a seguinte informação: será sempre a regência do
verbo (e não a presença da preposição) que ditará se o
complemento é objeto direto ou objeto indireto. Ou seja, verbos
que exigem o uso obrigatório da preposição são transitivos
indiretos, de modo que seus complementos serão objetos
indiretos. Por outro lado, verbos que não exigem a presença
obrigatória da preposição são transitivos diretos, de modo que seus
complementos serão objetos diretos.
A afirmação acima parece óbvia, mas você verá que não é bem assim.
Isso porque, em alguns casos, o objeto direto pode vir
acompanhado de preposição. Ou seja, embora o verbo seja
transitivo direto, você poderá (ou até deverá) utilizar a preposição,
em alguns casos, para dar ênfase ou conferir clareza à frase.
Peguemos, por exemplo, o verbo transitivo direto “enganar”, cuja
regência não exige preposição obrigatória (ex: Ele enganou Maria
por muitos anos.). Seu complemento será sempre objeto direto,
pois quem engana, engana alguém (sem necessidade de preposição).
Há casos, no entanto, em que a preposição poderá ser empregada,
atipicamente, após um verbo transitivo direto, acompanhando o
objeto direto, para fins de clareza. Quando isso ocorrer, o
complemento do verbo continuará sendo objeto direto, porém
será chamado de objeto direto preposicionado (utilizaremos a sigla
“ODPrep” para identificá-lo).
Vamos entender alguns desses casos em que verbos transitivos
diretos podem ser completados por objeto direto preposicionado.
Abaixo de cada caso, darei exemplos de frases, em geral com o verbo
“enganar”, para ilustrar a transitividade direta.
DEVEREI PREPOSICIONAR O OD NOS SEGUINTES CASOS:
Ofereceram-lhe um presente.
OI
Outros exemplos:
Ex: Ninguém nos contou a verdade. (objeto indireto, pois equivale a dizer
“Ninguém contou a verdade para Maria”, com uso de preposição)
Ex: Todos te abandonaram. (objeto direto, pois equivale a dizer “Todos
abandonaram Maria”, sem uso de preposição)
OBSERVAÇÃO 1:
Assim, como aprendemos com relação ao objeto direto, também
poderá acontecer que uma oração inteira funcione como objeto
indireto (caso em que será denominada de oração subordinada
substantiva objetiva indireta), exemplificada a seguir:
OBSERVAÇÃO 2:
As formas tônicas “MIM, TI, NÓS, VÓS” não aceitam ser precedidas
da preposição “COM” (não existe, portanto, “com mim”, “com ti”,
“com nós” e “com vós”). Assim, quando o verbo transitivo indireto
exigir o uso da preposição “COM”, correto será dizer “COMIGO,
CONTIGO, CONOSCO e CONVOSCO”. Observe:
Ele não teve consideração por mim. / Ele não me teve consideração.
SUBSTANTIVO C. NOMINAL C. NOMINAL SUBSTANTIVO
Dormir cedo era saudável para ele. / Dormir cedo lhe era saudável.
ADJETIVO C. NOMINAL C. NOMINAL ADJETIVO
OBSERVAÇÃO 1:
Assim como aprendemos com relação aos objetos direto e indireto,
também, neste caso, é possível que uma oração inteira funcione
como complemento nominal (caso em que será denominada
oração subordinada substantiva completiva nominal), exemplificada a
seguir:
Comentários
A afirmação do enunciado está correta, pois o termo “por
diversas mazelas sociais” exerce função de complemento
nominal, ao completar o sentido do adjetivo
“responsáveis”.
GABARITO: CERTO
Perceba que a frase acima foi convertida da voz ativa para a voz
passiva analítica. Nessa transformação, o sujeito da voz ativa tornou-
se o agente da passiva.
Atenção!
Cuidado para não confundir o agente da passiva com o
complemento nominal (visto no item anterior). O complemento
nominal, como o termo já diz, completa o sentido de nomes
(substantivos, adjetivos e advérbios), enquanto o agente da passiva
pratica a ação verbal na voz passiva.
Uma dica excelente para solucionar a dúvida é converter a frase para
a voz ativa; a conversão somente será possível na presença do
agente da passiva, que se transformará no sujeito da voz ativa.
Observe:
Perceba que não se pode converter a frase acima para a voz passiva,
pois não se trata de agente da passiva, mas sim de complemento
nominal – o termo está completando um nome (adjetivo) e não um
verbo.
Por fim, para encerramos o estudo do agente da passiva (e, com ele,
o estudo dos termos integrantes da oração), cabe atentarmos para a
existência do AGENTE DA PASSIVA INDETERMINADO. Ocorre
quando o agente da passiva não está expresso na frase.
Veja o exemplo abaixo:
Adjunto adnominal:
a) Refere-se a uma palavra de sentido completo, que pode ser
substantivo (geralmente concreto) ou pronome substantivo.
Exemplo: A plantação do fazendeiro está crescendo.
Observe que “plantação” é um substantivo de sentido completo.
b) Sempre indica o ser ativo (agente da ação).
Exemplo: O pedido do preso não foi atendido.
Observe que “o preso” está pedindo alguma coisa. É, portanto,
o ser agente da ação.
c) Indica posse.
Exemplo: O pedido do preso não foi atendido.
Observe que “o preso” possui o pedido. "De quem é o pedido?" => do preso
Comentários
Esta questão trata do assunto termos da oração.
Vamos ver a afirmativa? Em seguida, farei uma análise sintática
das duas orações que compõem o período. Veremos alguns
termos ainda nesta aula. Por isso, sugiro que volte a esta
questão após acabar de estudar a aula de hoje.
Já há evidências de que mudanças climáticas introduziram
epidemias em regiões anteriormente livres delas.
Na oração principal “Já há evidências”, temos a seguinte
análise:
Comentários
Esta questão aborda o termo adjunto adverbial.
Adjunto adverbial é o termo acessório que se liga ao
verbo, ao adjetivo ou ao próprio advérbio e atribui-lhes
4.3 Aposto
OBSERVAÇÕES:
O aposto explicativo (explica ou esclarece) é sempre isolado por
pontuação (vírgula, dois pontos, travessão, parênteses).
Exemplos:
Marina, minha sobrinha, comprou uma blusa rosa.
Atenção!
Cuidado para não fazer confusão entre aposto, adjunto adnominal e
complemento nominal. Para tanto, veja os seguintes exemplos.
Exemplo 1:
O estado de Minas Gerais possui grande quantidade de municípios. (aposto
especificativo)
Observe que o termo “de Minas Gerais” especifica um estado entre os
vários pertencentes ao Brasil.
Exemplo 2:
O escritor Machado de Assis escreveu livros belíssimos. (aposto
especificativo)
Os livros de Machado de Assis são muito importantes para a literatura
brasileira. (adjunto adnominal)
Comentários
Esta questão trata do termo acessório aposto. Aposto é o
termo da oração que esclarece, explica, enumera,
identifica, resume, especifica um substantivo (ou termo
substantivado) expresso anteriormente.
O enunciado questiona se a expressão “continentes e oceanos”
funciona como aposto explicativo do termo “das grandes feições
da crosta terrestre”.
Ao analisarmos o trecho, verificamos que “continentes e
oceanos” esclarece e explica o termo a que se refere. Observe
também estar correto o emprego de pontuação (no caso,
parênteses) para isolar o aposto explicativo.
Gabarito: CERTO
4.4 Vocativo
Atenção!
Você deve ter muito cuidado com a pontuação, porque ela pode
modificar a função sintática do termo.
Exemplo:
Ana Maria esteve em Belo Horizonte? (sujeito)
Ana, Maria esteve em Belo Horizonte? (vocativo - “Maria” é sujeito)
Ana, Maria, esteve em Belo Horizonte? (vocativo - “Ana” é sujeito)
Ana Maria, esteve em Belo Horizonte? (vocativo)
Observação
O aposto pode fazer parte de um vocativo.
Exemplo:
Ana Maria, minha filha, esteve em Belo Horizonte? (“Ana Maria, minha filha”
é vocativo e “minha filha” é aposto)
Comentários
Nesta questão, a banca questiona se a expressão “um dos
pioneiros na pesquisa sobre mídia pública no Brasil” exerce, na
oração, a função sintática de vocativo.
Vocativo é um termo que não faz parte nem do sujeito nem do
predicado, portanto exerce uma função autônoma na
estrutura oracional. É um termo que tem natureza
exclamativa e expressa invocação ou chamamento. Ele tem
como objetivo chamar, nomear, interpelar, invocar a
pessoa ou coisa personificada a quem nos dirigimos.
O vocativo pode aparecer em qualquer lugar na oração e é
sempre isolado por algum sinal de pontuação (normalmente,
vírgula).
Porém, verificamos que a expressão constante do comando é,
na verdade, um aposto.
Aposto é o termo acessório que esclarece, explica,
enumera, identifica, resume, especifica um substantivo
(ou termo substantivado) expresso anteriormente.
Assim, a expressão “um dos pioneiros na pesquisa sobre mídia
pública no Brasil” funciona como aposto explicativo do termo
“professor Laurindo Leal Filho”.
Ao analisarmos o trecho, verificamos que “um dos pioneiros na
pesquisa sobre mídia pública no Brasil” esclarece e explica o
termo a que se refere. Observe também estar correto o
emprego de pontuação (no caso, vírgulas) para isolar o aposto
explicativo.
Gabarito: ERRADO
1. Aspectos Gerais
Nós aprendemos, logo no início desta aula, que o período pode ser
classificado em período simples (formado por apenas uma
Vimos, nas aulas dadas até o momento, que o termo “QUE” exerce
muitas funções morfossintáticas, multifuncionalidade essa que
costuma ser bastante cobrada pelos certames. Mas não se preocupe,
pois faremos, em uma aula mais adiante, a esquematização dos
diversos usos do “QUE”.
OBSERVAÇÃO:
Não se costuma usar vírgula antes da conjunção coordenativa aditiva
“E”. Há, no entanto, algumas exceções:
- quando o sujeito da segunda oração for diverso do sujeito da
oração anterior:
Sua mãe era paciente, mas não tolerava o descaso dos filhos.
João não se exercitava, ao passo que Joana nadava todos os dias.
Mariana treinou muito, não obstante, perdeu a competição.
Não se intrometa na escolha profissional de seus filhos, antes prefira vê-los
felizes.
Os alunos ficaram chateados; em todo caso avaliaram positivamente a
instituição.
Sua mãe era paciente; não tolerava, no entanto, o descaso dos filhos.
Não se intrometa na escolha profissional de seus filhos, prefira, antes, vê-
los felizes.
Perceba que, nesses casos, a conjunção será isolada por meio do uso
de vírgulas.
Comentários
Está correta a afirmativa do enunciado.
Após o “ponto e vírgula”, temos quatro orações, destacadas a
seguir:
“(...) querem se divertir / ou se distrair, / querem se informar /
ou tomar parte em debates públicos.”
As quatro orações acima são sintaticamente
independentes entre si, motivo pelo qual são chamadas
orações coordenadas. Observe que é possível isolar cada
uma das orações, sem prejuízo da sintaxe:
“Querem se divertir.”; “Querem se distrair.”; “Querem se
informar.”; “Querem tomar parte em debates públicos.”.
Há, no entanto, entre a primeira e a segunda orações, e
também entre a terceira e a quarta orações, um vínculo
semântico, ocasionado pela conjunção “OU”, que exprime
ideia de alternância.
GABARITO: CERTO
OBSERVAÇÃO:
Não confunda explicação com causa: a explicação justifica um fato
anterior, que a gerou; a causa, por sua vez, é anterior à
consequência ocasionada. Essa observação é importante para
distinguir a oração coordenada explicativa (analisada acima) da
oração subordinada causal (que veremos mais adiante). Veja o
seguinte exemplo de oração subordinada causal.
3. Orações Subordinadas
sujeito
objeto direto
objeto indireto
complemento nominal
aposto
predicativo
agente da passiva
sujeito subjetiva
objeto direto objetiva direta
objeto indireto objetiva indireta
complemento nominal completiva nominal
predicativo predicativa
aposto apositiva
agente da passiva agente da passiva
Atenção à dica!
Comentários
O vocábulo "QUE" é o preferido, em provas de concurso, para
a banca testar se o candidato domina todas as suas diferentes
funções na frase. Mais adiante, no final do nosso curso, trarei
um esquema com os diversos usos do “QUE”. Nossos
conhecimentos até o momento, contudo, permitem responder a
esta questão sem maiores dificuldades.
O primeiro “QUE” sublinhado no texto foi retirado do trecho
“em artigo que trata da legitimidade do Poder Judiciário”. Note
que o termo está retomando o vocábulo “artigo”; é, portanto,
um pronome relativo.
O segundo "QUE" sublinhado, por outro lado, está iniciando
uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
Veja:
OBSERVAÇÃO:
Quando a oração subordinada substantiva for subjetiva, a oração
principal será estruturada das seguintes maneiras:
Atenção!
Tenha muito cuidado com este último caso mencionado! Aprendemos
esse assunto quando estudamos sujeito passivo ou paciente. Ao
substituir a oração pelo pronome “ISSO”, fica mais fácil perceber que
se trata de sujeito. Veja:
Após a conversão, ficou mais fácil perceber que o termo “ISSO” está
funcionando como sujeito das orações acima (tanto na voz passiva
sintética quanto na voz passiva analítica).
Agora, vamos desfazer a substituição da oração subordinada pelo
“ISSO”, para você visualizar que a oração também está funcionando
como sujeito:
Comentários
A alternativa está ERRADA, pois o período não se estrutura por
coordenação, uma vez que suas orações não possuem
independência sintática. O período é composto por
subordinação.
Observe:
4.1 Classificação
Os estudantes que estavam do lado de fora da sala receberão punição. (Não coloca entre virgulas!)
Observe que “somente os estudantes que estavam do lado de fora (e
não todos) é que receberão punição”.
Oração subordinada adjetiva explicativa => Se tirar do texto o valor não fica prejudicado.
A oração subordinada adjetiva explicativa explica e amplia o
significado do termo a que se refere (substantivo ou pronome
substantivo). Na maior parte das vezes, esse substantivo ou
pronome substantivo designa um ser único, um ser individualizado.
Outra característica importante é que a oração explicativa é
dispensável à compreensão do termo antecedente, ao qual se liga
com pausa, ou seja, com vírgula (ou outro sinal de pontuação). Dessa
forma, se essas orações forem retiradas do trecho textual, este não
ficará prejudicado no seu sentido geral.
A oração adjetiva explicativa possui valor semelhante a um
aposto explicativo.
Exemplos:
O pai de Carla, que é um homem trabalhador, estava cansado.
Observe que “Carla tem apenas um pai”.
Comentários
Esta questão trata de orações subordinadas adjetivas.
Observe que o comando não usa a denominação “oração
subordinada adjetiva restritiva”. Ele apenas apresenta a
expressão “particulariza o sentido”. Mas, nós sabemos que as
adjetivas restritivas são aquelas orações que particularizam e
restringem o sentido do termo a que se referem.
Você deve tomar cuidado com esse tipo de enunciado,
bastante comum em provas, principalmente nas da banca
CESPE.
Temos que analisar a seguinte oração adjetiva: “que ainda
funcionam na Antártida”. Essa oração se refere ao termo
anteriormente mencionado “instrumentos”.
Perceba que o autor do texto realmente particularizou o
sentido do termo “instrumentos”, ou seja, ele quis
mostrar que não se refere a todo e qualquer instrumento.
Na verdade, ele se refere somente aos instrumentos “que ainda
funcionam na Antártida”.
Não deixe de observar que a oração adjetiva “que ainda
funcionam” na Antártida está conectada ao substantivo
“instrumentos” sem o uso de vírgula.
Dessa forma, concluímos que a questão está correta.
Gabarito: CERTO
Atenção!
Esse tipo de diferenciação entre as adjetivas restritivas e as
explicativas, com base no sentido que transmitem, é tema
Atenção!
Não se assuste com essa classificação e com a quantidade de
conjunções existentes. As bancas não costumam perguntar a
denominação das orações e das conjunções. Você, então, não
precisa memorizar os “nomes”. O que você precisa é
compreender o sentido das relações formadas pelos
conectivos, ou seja, entender as funções exercidas pelas
orações.
5.1 Classificações
CAUSAL
A oração subordinada adverbial causal indica uma circunstância
de causa, ou seja, o motivo para o que foi expresso na oração
principal.
Exemplos:
Paulinha passou no concurso porque estudava bastante.
Visto que estava muito calor, Mariana foi ao clube.
Já que todos desejam, viajaremos para a Europa.
André não conseguiu a aprovação porquanto não estudou o suficiente.
Veja as principais conjunções e locuções conjuntivas
subordinativas causais: porque, pois, porquanto, já que, visto que,
pois que, uma vez que, visto como, como (se a oração subordinada
vier antes da oração principal), etc.
Exemplo:
Exemplos:
COMPARATIVA
A oração subordinada adverbial comparativa indica um processo
de comparação entre dois elementos. Assim, um termo faz parte da
oração principal e outro faz parte da oração subordinada. A
comparação pode ser de igualdade, inferioridade ou superioridade.
Exemplos:
O gato é maior do que o rato. (ou) O gato é maior do que o rato é.
Paula é tão bonita quanto a mãe. (ou) Paula é tão bonita quanto a mãe é.
Ana é menos inteligente do que Maria. (ou) Ana é menos inteligente do
que Maria é.
OBSERVAÇÃO 1:
Tome cuidado se a conjunção comparativa “como” se referir a um
termo que é antecedido por uma preposição. Nesse caso, o “como”
deve estar acompanhado da mesma preposição.
Exemplo:
Eu gosto de Ana como (gosto) de Maria.
Observe que o verbo da segunda oração se encontra em sua forma
elíptica.
OBSERVAÇÃO 2:
Tome cuidado com a ambiguidade que pode ser causada em uma
comparação. Para evitar, devemos usar uma preposição no segundo
elemento, apesar de este ser objeto direto em muitos casos.
Exemplo:
CONSECUTIVA
A oração subordinada adverbial consecutiva indica uma
consequência do pensamento (fato) contido na oração principal.
Exemplos:
Ana chorou tanto que ficou com o rosto inchado.
Ela não consegue ver novela romântica, sem que chore.
OBSERVAÇÃO 1:
Podemos sempre intercalar, nas orações consecutivas, a expressão
“em consequência” após a conjunção “que”.
Exemplo:
Ana chorou tanto que, em consequência, ficou com o rosto inchado.
OBSERVAÇÃO 2:
Geralmente, o “que” vem precedido das palavras “tanto”, “tamanho”,
“tão”, “tal”. Mas, em muitas construções, podemos omitir essas
palavras.
Exemplo:
Ana chorou que Maria ficou com pena.
Atenção!
É preciso cuidado na diferenciação de uma oração subordinada
adverbial consecutiva de uma oração comparativa. Para tanto,
podemos usar o critério a seguir.
Na oração adverbial consecutiva, o verbo expresso é diferente do
verbo da oração anterior. Dessa forma, o verbo indica a consequência
do fato anterior.
Atenção!
É preciso cuidado na diferenciação de uma oração subordinada
adverbial consecutiva de uma oração adjetiva restritiva. Para
tanto, podemos usar os critérios a seguir.
Adjetiva restritiva: restringe o sentido do termo a que se refere; é
introduzida por pronome relativo; semelhante a um adjetivo; exerce a
função sintática de um adjunto adnominal.
Adverbial consecutiva: expressa consequência; é introduzida por
conjunção subordinativa; semelhante a um advérbio.
Exemplos:
Os manifestantes faziam uma gritaria que era insuportável. (adjetiva
restritiva – “a qual era insuportável”)
Os manifestantes faziam tanta gritaria que era insuportável. (adverbial
consecutiva – “que, em consequência, era insuportável”)
Observe que a oração adjetiva restritiva restringe o substantivo
“gritaria” e a oração adverbial consecutiva expressa uma
consequência pelo fato de os manifestantes terem feito tanta gritaria.
CONCESSIVA
A oração subordinada adverbial concessiva indica um possível
obstáculo que poderia impedir a realização do fato que a oração
principal apresenta, mas que não foi suficiente para obstá-lo.
Expressa, portanto, uma concessão. Observe a presença de verbo no
modo subjuntivo nessas orações.
Exemplos:
Ana foi à festa embora estivesse cansada.
Passou no concurso sem que estudasse muito.
Atenção!
A conjunção “conquanto” é totalmente diferente da conjunção
“porquanto”. Esta inicia orações causais ou explicativas e aquela
introduz orações concessivas. As bancas costumam cobrar essa
diferença, tenha cuidado.
“Posto que” é totalmente diferente de “já que, visto que”. “Posto que”
equivale a “embora”, “apesar de que”. Por sua vez, “já que, visto que”
introduzem orações com sentido de causa. As bancas costumam
cobrar essa diferença, tenha cuidado.
CONDICIONAL
A oração subordinada adverbial condicional indica uma condição
para a realização (ou não) do fato contido na oração principal.
Exemplos:
Se fizer sol amanhã, Ana irá ao parque.
Ana passará no concurso, desde que estude muito.
CONFORMATIVA
A oração subordinada adverbial conformativa indica a
conformidade (concordância, correspondência) de um fato em relação
a outro expresso na oração principal.
Exemplos:
Maria fez o trabalho, como foi estabelecido.
Realizaram a exposição conforme o combinado com o artista responsável.
PROPORCIONAL
A oração subordinada adverbial proporcional indica uma
proporcionalidade (concomitância, simultaneidade) com o fato
apresentado na oração principal.
Exemplos:
À medida que Maria caminhava, Ana falava de sua vida.
Quanto mais choramos mais tristes ficamos.
TEMPORAL
A oração subordinada adverbial temporal expressa o tempo da
realização do fato apresentado na oração principal.
Exemplos:
Quando saímos do parque, não mais o vimos.
Mal chegou o inverno, ela comprou três casacos.
Comentários
Esta questão trata de orações subordinadas adverbiais.
Observe que o comando não usa a nomenclatura “oração
adverbial”. Ele apenas apresenta a expressão “imprime ao
contexto noção de”.
Você deve ter cuidado com esse tipo de enunciado,
bastante comum em provas. Veja que não é preciso
memorizar as nomenclaturas e conjunções, e sim
entender e compreender o sentido e a função das orações
e conjunções.
Temos que analisar a seguinte sentença: “embora a maioria
das pessoas consuma calorias suficientes”.
6. Orações Reduzidas
Atenção!
Cuidado para não confundir locução verbal com verbo na sua
forma nominal. Verbo na sua forma nominal inicia oração
subordinada ou coordenada reduzida de gerúndio, particípio ou
infinitivo.
Exemplos:
Fazendo calor, iremos ao parque.
Observe, no exemplo acima, que o verbo “fazer” está no gerúndio
e inicia uma oração subordinada adverbial condicional,
reduzida de gerúndio. (equivale a “Se fizer calor, iremos ao parque”)
Atenção!
Cuidado para não confundir verbo reduzido de infinitivo com
futuro do subjuntivo.
Exemplos:
A continuar o calor, iremos ao clube. (oração reduzida de infinitivo –
equivale a “se continuar o calor”)
Se continuar o calor, iremos ao clube. (oração desenvolvida com conjunção
– futuro do subjuntivo)
OBSERVAÇÃO 1:
Não é qualquer oração que pode ser reduzida ou vice-versa. Assim, as
orações adverbiais proporcional e comparativa são sempre
desenvolvidas. As orações adverbiais consecutiva e final não
podem ser reduzidas de gerúndio. Não há oração substantiva
reduzida de gerúndio e de particípio.
OBSERVAÇÃO 2:
Pode aparecer uma preposição antes da forma nominal do verbo
(infinitivo, principalmente) em algumas orações reduzidas. Isso
origina relações semânticas bem específicas e de fácil identificação.
Assim, temos:
“por” + “infinitivo” = expressa causa;
“para” + “infinitivo” = expressa finalidade;
“a” + “infinitivo” = expressa condição;
“ao” + “infinitivo” = expressa tempo;
Exemplos:
Por estudar pouco, Márcio não conseguiu passar no concurso. (adverbial
causal, reduzida de infinitivo – equivale a “Porque estuda pouco”)
A continuarem a discussão, irei embora. (adverbial condicional, reduzida
de infinitivo – equivale a “Se continuarem a discussão”)
Para fazer uma boa prova, Ana estudou bastante. (adverbial final, reduzida
de infinitivo – equivale a “Para que fizesse uma boa prova”)
Ao fazer a prova, não fique nervoso. (adverbial temporal, reduzida de
infinitivo – equivale a “Quando fizer a prova”)
Comentários
Esta questão trata de orações reduzidas. Observe que o
comando pede que você desenvolva as orações reduzidas
apresentadas e marque a alternativa que contém erro ao se
fazer essa alteração.
Você deve ter cuidado com esse tipo de enunciado. Veja
que a banca quer que você indique a alternativa errada.
Note que o examinador não exigiu do candidato nenhum
conhecimento sobre a classificação das orações. Aqui, o aluno
tem que saber trocar a forma verbal para acertar a questão.
Ao analisarmos as alternativas, percebemos que todas possuem
o mesmo tipo de oração reduzida e que foi usado o modo
subjuntivo nessa alteração estrutural.
Dessa forma, verificamos que a alternativa D está errada. Veja
que o verbo “criar” está no singular. O certo seria ele estar no
plural porque o sujeito passivo do verbo “criar” é o termo
“novas centralidades” (voz passiva sintética).
Ainda veremos concordância verbal na próxima aula, mas é
bom que você já fique atento para este tipo de questão.
Gabarito: D
7. Correlação
8. Contagem de orações
OBSERVAÇÃO:
Aqui, faço um alerta para a retirada do pronome relativo nas
orações adjetivas coordenadas entre si.
Caso o pronome relativo não desempenhe a mesma função sintática
nas orações coordenadas entre si, é obrigatória sua repetição.
Exemplos:
Amanhã irei encontrar-me com a mulher que vendeu-me a casa e (que)
comprou-me o carro. (omissão do relativo “que” – mesma função sintática
de “sujeito”)
Amanhã irei encontrar-me com a mulher que vendeu-me a casa e que meu
tio manteve sob sua guarda na época que era criança. (não é possível a
omissão do relativo “que” – diferentes funções sintáticas “sujeito” e “objeto
direto”)
Atenção!
Cuidado com as orações que possuem verbos ocultos, ou seja,
elípticos. Você não pode deixar de incluí-las na sua contagem. Esse
tipo de oração ocorre, geralmente, com as orações adjetivas,
comparativas e condicionais.
Exemplo:
Ele segura a colher tal como seu pai.
Perceba, no exemplo acima, a existência de duas orações:
Ele segura a colher tal como seu pai (segura).
As flores mais bonitas (faço aqui um elogio) são aquelas que ganhei de
Márcio.
O período acima:
a) é composto por coordenação
b) é composto por subordinação
Comentários
Você deve ter cuidado com períodos grandes, como este
da questão. É preciso bastante atenção ao fazer a sua
análise, pois você pode confundir-se facilmente.
Apesar de ser um período extenso, perceba que temos apenas
uma forma verbal – “têm aumentada” (pretérito perfeito
composto do indicativo). Portanto, o período é simples (oração
absoluta).
Gabarito: D
Aqui, terminamos nossa aula de hoje. Foi uma aula cansativa, mas
muito importante. Espero que você tenha tido um estudo produtivo, e
em caso de qualquer dúvida, não hesite em me perguntar.
Agora, é hora de testar e aprofundar os conhecimentos vistos na
parte teórica da aula: vamos à nossa bateria de 20 questões! Em um
primeiro momento, as questões serão apresentadas em forma de
lista, para que você possa resolvê-las normalmente. Após a conclusão
da última questão, verifique seu rendimento pelo gabarito e, então,
proceda à correção pelos comentários apresentados.
QUESTÕES PROPOSTAS
"É com uma ação eficiente do governo e do setor privado que certamente
poderemos promover o desenvolvimento dos países."
ESQUECERAM O PRINCIPAL
Houve um tempo em que os ditos setores progressistas pautavam suas ações por
filosofias coerentes. Assim, advogados da infância buscavam promover os interesses
das crianças, feministas visavam a afirmar a autonomia das mulheres e militantes
dos direitos de homossexuais tentavam acabar com a discriminação contra gays,
mas sem perder de vista teses mais gerais da esquerda não marxista, que incluíam
a ampliação das liberdades e a despenalização do direito.
As coisas mudaram. E para pior, a meu ver. Hoje, os defensores das criancinhas
deblateram para que o Congresso mantenha um mecanismo jurídico que permite
mandar para a cadeia o pai que não paga em dia pensão do filho. Pouco importa
que a prisão por dívidas represente um retrocesso de 2600 anos – uma das
reformas de Sólon que facilitou a introdução da democracia em Atenas foi
justamente o fim da servidão por dívidas – e que é quase certo que, encarcerado, o
pai da criança terá muito menor probabilidade de honrar seus compromissos
financeiros.
As feministas agora apoiam o acórdão do Supremo Tribunal Federal que retirou das
mulheres o direito de decidir se querem ou não processar companheiros, tornando
agressões leves no âmbito do lar um crime de ação pública incondicionada. Pouco
importa que isso torne as mulheres menos livres e introduza uma diferenciação de
gênero (na situação inversa, um homem pode decidir se processa ou não).
Por fim, homossexuais pedem a edição de uma lei que torne crime referir-se a gays
em termos depreciativos ou condenatórios. Pouco importa que tal medida, se
adotada, representaria uma limitação da liberdade de expressão, o mais
fundamental dos princípios democráticos.
(...)
a) 1 – partícula apassivadora.
b) 2 – índice de indeterminação do sujeito.
No trecho “é possível que associe a figura do seu pai com a figura do seu pai como é
hoje”, o conectivo “que” inicia oração que complementa o sentido do adjetivo
“possível”.
(Adaptação do texto de SANTOS, Joel Rufino dos. Jornal do Brasil, domingo, 11/03/2001.)
“A sociedade não tem lado de fora. O que está fora da sociedade seria
desumano, pois ela nada mais é que a relação entre os humanos”. (em
negrito no texto). A respeito do uso do vocábulo “pois” no fragmento
acima, pode-se afirmar que se trata de:
Assinale:
Aníbal Machado. Viagem aos seios de Duília. In: Os cem melhores contos
brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, p. 111 (com adaptações).
A guerra dos dez anos começou quando um fazendeiro cubano, Carlos Manuel de
Céspedes, e duzentos homens mal armados tomaram a cidade de Santiago e
proclamaram a independência do país em relação à metrópole espanhola. Mas a
Espanha reagiu. Quatro anos depois, Céspedes foi deposto por um tribunal cubano
e, em março de 1874, foi capturado e fuzilado por soldados espanhóis.
Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas de restrição ao comércio, o
governo americano apoiara abertamente os revolucionários e Nova York, Nova
Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. Em
poucos anos Key West transformou-se de uma pequena vila de pescadores numa
importante comunidade produtora de charutos. Despontava a nova capital mundial
do Havana.
Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos levaram com eles a
instituição do “lector”. Uma ilustração da revista Practical Magazine mostra um
desses leitores sentado de pernas cruzadas, óculos e chapéu de abas largas, um
livro nas mãos, enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos com o que
parece ser uma atenção enlevada.
O material dessas leituras em voz alta, decidido de antemão pelos operários (que
pagavam o “lector” do próprio salário), ia de histórias e tratados políticos a
romances e coleções de poesia. Tinham seus prediletos: O conde de Monte Cristo,
de Alexandre Dumas, por exemplo, tornou-se uma escolha tão popular que um
grupo de trabalhadores escreveu ao autor pouco antes da morte dele, em 1870,
pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói para um charuto; Dumas consentiu.
Segundo Mário Sanchez, um pintor de Key West, as leituras decorriam em silêncio
concentrado e não eram permitidos comentários ou questões antes do final da
sessão.
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. Trad. Pedro Maia Soares.
São Paulo, Cia das Letras, 1996, p. 134-136)
(http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4792431-EI8
141,00-Apos+anos+DNA+em+pontas+de+cigarro+desvendam
+assassinato.html; 15/11/2010, 09h49 • atualizado às 11h04)
a) Causa
b) Consequência
c) Condição
d) Conformidade
e) Concessão
Negras nuvens
Mordes meu ombro em plena turbulência
Aeromoça nervosa pede calma
Aliso teus seios e toco
Exaltado coração
Então despes a luva para eu ler-te a mão
E não tem linhas tua palma
Em Lisboa
a) conjunção integrante
b) parte de expressão expletiva
c) pronome relativo
d) conjunção subordinativa
e) pronome indefinido
a) comparação
b) consequência
c) adversidade
d) concessão
e) conclusão
(...)
(...)
a) restrição
b) condição
c) consequência
d) finalidade
e) temporalidade
(...)
(...)
a) tempo
b) ressalva
c) conclusão
d) condição
e) finalidade
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D E E C C C A E E C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A C E C E E B A E A
QUESTÕES COMENTADAS
Comentários
Aparentemente, esta é uma questão simples, contudo você
vai notar como ela exige a sua atenção. Inicialmente, vamos
retomar o trecho em análise:
ESQUECERAM O PRINCIPAL
Por fim, homossexuais pedem a edição de uma lei que torne crime
referir-se a gays em termos depreciativos ou condenatórios. Pouco
importa que tal medida, se adotada, representaria uma limitação da
liberdade de expressão, o mais fundamental dos princípios
democráticos.
c) direitos de homossexuais
d) teses da esquerda
Comentários
Esta questão trata dos termos adjunto adnominal e complemento
nominal. Vimos, na parte teórica, que os alunos costumam fazer
certa confusão: não sabem quando usa um ou quando usa outro.
De acordo com o enunciado, temos quatro alternativas que
apresentam adjunto adnominal e uma que apresenta
complemento nominal, correto?
Vamos ver as alternativas?
...mas sem perder de vista teses mais gerais da esquerda não marxista, que
incluíam a ampliação das liberdades e a despenalização do direito.
Note que o termo “da esquerda” qualifica o substantivo “teses”. Além
disso, verificamos que há uma relação de posse entre “da esquerda”
e “teses”. Assim, “da esquerda” é “adjunto adnominal”.
(...)
Comentários
Nesta questão, a banca questiona se o trecho “o organismo da União
Europeia encarregado da elaboração de estatísticas econômicas”
exerce, na oração, a função sintática de vocativo (por isso, isolada por
vírgulas).
O Vocativo é um termo que não faz parte nem do sujeito nem do
predicado, portanto exerce uma função autônoma na estrutura
oracional. É um termo que tem natureza exclamativa e expressa
invocação ou chamamento. Ele tem como objetivo chamar,
nomear, interpelar, invocar a pessoa ou coisa personificada a
quem nos dirigimos.
O vocativo pode aparecer em qualquer lugar na oração e é sempre
isolado por algum sinal de pontuação (normalmente, vírgula).
Entretanto, verificamos que o trecho constante do comando é, na
verdade, um aposto. Veja:
O Aposto é o termo acessório que esclarece, explica, enumera,
identifica, resume, especifica um substantivo (ou termo
substantivado) expresso anteriormente.
Assim, a expressão “o organismo da União Europeia encarregado da
elaboração de estatísticas econômicas” funciona sintaticamente como
aposto explicativo do termo “Eurostat”.
Comentários
A questão pede que se compare a função sintática dos seguintes
termos (destacados):
Comentários
A questão pede, em primeiro lugar, que identifiquemos a função
sintática do seguinte termo grifado:
“os ingleses subjugaram os hindus”
Observe que o termo “os ingleses” funciona como sujeito da oração,
pois é o executor da ação verbal (foram eles que “subjugaram os
hindus”).
Em seguida, a questão solicita que se encontre outro termo que
exerça essa mesma função (de sujeito) no trecho “Cometeram-se
incontáveis violências contra os hindus”.
Observe que a oração está na voz passiva sintética. Vamos
transformá-la na voz passiva analítica, a fim de melhor entendê-la:
Comentários
Esta questão trata do assunto transitividade verbal. A
transitividade ou predicação verbal é o modo como o verbo
forma o predicado, isto é, se o verbo exige ou não
complementos. Esses complementos podem ser preposicionados ou
não.
Dessa forma, os verbos podem ser classificados em intransitivos,
transitivos (diretos, indiretos e diretos e indiretos) e de
ligação.
Estudamos que a predicação verbal depende do contexto em que
o verbo está inserido. Para classificar um verbo como intransitivo,
transitivo ou de ligação, precisamos verificar a função que ele exerce
na oração, ou seja, em qual contexto está inserido e se exige
complemento. Também, precisamos observar se o eventual
complemento necessita obrigatoriamente de preposição.
Vamos, então, analisar as alternativas constantes do comando da
questão e verificar qual o comportamento dos verbos que elas
apresentam.
a) 1 – partícula apassivadora.
Comentários
Nesta questão, temos duas perguntas a respeito do emprego
do “se”. Como sabemos, o “se’ é uma palavra complexa, pois pode
assumir diferentes funções sintáticas na Língua Portuguesa. Por isso,
é preciso que você preste bastante atenção na frase para marcar
corretamente o que a banca examinadora quer saber.
Aqui, a ESAF questiona dois usos para a palavra “se”: “partícula
apassivadora” e “índice de indeterminação do sujeito”.
Vamos, então, analisar as alternativas constantes do comando da
questão e verificar qual o comportamento da palavra “se” nelas.
Comentários
Aqui, confirma-se a observação que fiz em outros momentos desta
aula: as bancas costumam cobrar o assunto “Sintaxe de Períodos
Compostos” por meio das conjunções que iniciam as orações
(subordinadas ou coordenadas), sobretudo do conectivo "QUE".
O que a questão quer, de fato, é testar se você sabe especificar qual
a função sintática da oração subordinada retirada do período “é
possível que associe a figura do seu pai (...)”.
Comentários
A questão pede que analisemos a função do vocábulo “POIS” no
seguinte período:
O que está fora da sociedade seria desumano, pois ela nada mais é
que a relação entre os humanos.
Comentários
Para responder a esta questão, vamos analisar o período destacado:
Assinale:
Comentários
Para analisar a primeira afirmação, vamos simular a alteração por ela
proposta, qual seja, o deslocamento do vocábulo “SÓ” para
antes do verbo.
Aníbal Machado. Viagem aos seios de Duília. In: Os cem melhores contos
brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, p. 111 (com adaptações).
Comentários
A questão pede que se avalie a função sintática da segunda oração
no período abaixo:
Parecia-lhe isso.
Isso lhe parecia.
Agora, fica mais fácil perceber que a oração exerce função sintática de
sujeito. Trata-se da oração subordinada substantiva subjetiva,
também denominada sujeito oracional.
Está correta, portanto, a afirmativa do enunciado.
GABARITO: CERTO
Refazer
Comentários
Já aprendemos que a palavra “QUE” pode exercer diversas funções
na Língua Portuguesa. Mais adiante, no final do nosso curso, teremos
um esquema específico com os diversos usos do “que”. Nossos
conhecimentos até o momento, contudo, permitem responder a esta
questão sem maiores dificuldades.
O “QUE” sublinhado no período do enunciado está iniciando uma
oração subordinada substantiva objetiva direta, motivo pelo
qual se trata de conjunção integrante, e não pronome. Já
aprendemos que as conjunções integrantes são aquelas que iniciam
as orações subordinadas substantivas.
Errada está, portanto, a afirmativa.
GABARITO: ERRADO
Comentários
Esta questão trata de orações subordinadas adjetivas. Observe
que o comando não usa a denominação “oração subordinada adjetiva
restritiva”. Em vez disso, ele usa o seguinte: “emprego de trecho com
Comentários
Esta questão trata de orações subordinadas adjetivas. Observe
que o enunciado pede para você marcar a alternativa que NÃO
apresenta uma oração subordinada adjetiva explicativa, ou
seja, uma exceção. Você deve tomar cuidado com esse tipo de
enunciado, bastante comum em provas da banca FCC.
Vamos rever esse assunto?
As orações subordinadas adjetivas exercem a função de
adjetivo ou locução adjetiva e se referem a substantivo ou
pronome da oração principal ou anterior. Assim, elas exercem a
função sintática de adjunto adnominal de um substantivo ou pronome
antecedente. Esse tipo de oração é sempre introduzido por pronomes
relativos, tais como: eu, quem, onde, quanto, o qual, cujo, etc.
As orações adjetivas se dividem em restritivas e explicativas. A
oração subordinada adjetiva restritiva restringe e particulariza
o significado do termo a que se refere (substantivo ou
pronome substantivo). Essa oração é responsável por expressar
uma informação que se refere apenas a uma parte do todo e não ao
todo. Uma outra característica importante é que a oração restritiva é
indispensável à compreensão do termo antecedente, ao qual se liga
sem pausa, ou seja, sem vírgula (ou outro sinal de pontuação). Dessa
forma, se essas orações forem retiradas do trecho textual, este ficará
prejudicado no seu sentido geral.
Por sua vez, a oração subordinada adjetiva explicativa explica e
amplia o significado do termo a que se refere (substantivo ou
pronome substantivo). Na maior parte das vezes, esse substantivo
ou pronome substantivo designa um ser único, um ser individualizado.
Outra característica importante é que a oração explicativa é
dispensável à compreensão do termo antecedente, ao qual se liga
com pausa, ou seja, com vírgula (ou outro sinal de pontuação). Dessa
forma, se essas orações forem retiradas do trecho textual, este não
X’
a) Causa
b) Consequência
c) Condição
d) Conformidade
e) Concessão
Negras nuvens
Mordes meu ombro em plena turbulência
Aeromoça nervosa pede calma
Aliso teus seios e toco
Exaltado coração
Então despes a luva para eu ler-te a mão
E não tem linhas tua palma
Em Lisboa
Faz algazarra a malta em meu castelo
Pálidos economistas pedem calma
Conduzo tua lisa mão
Por uma escada espiral
E no alto da torre exibo-te o varal
Onde balança ao léu minh'alma
a) conjunção integrante
b) parte de expressão expletiva
c) pronome relativo
d) conjunção subordinativa
e) pronome indefinido
a) comparação
b) consequência
c) adversidade
d) concessão
e) conclusão
(...)
(...)
a) restrição
b) condição
c) consequência
d) finalidade
e) temporalidade
Comentários
Esta questão trata de orações reduzidas. Note que o enunciado não
usa a nomenclatura “orações reduzidas”. Ele apenas solicita que o
candidato indique a noção expressa pela oração grifada na sentença
apresentada.
Você deve ter cuidado com esse tipo de enunciado, bastante
comum em provas. Assim, perceba que não é preciso
memorizar detalhadamente as classificações dadas às orações.
O mais importante é você entender o que a oração transmite,
ou seja, sua significação. Também, é fundamental saber
identificar o sentido da oração no contexto do trecho textual
em que ela se insere. Isso serve tanto para as orações
reduzidas quanto para as desenvolvidas.
Na parte teórica da aula, vimos que a oração reduzida é aquela
subordinada que apresenta o verbo reduzido em uma das
formas nominais: gerúndio, particípio ou infinitivo. A oração
reduzida não é introduzida por conjunção nem pronome relativo.
Nesta questão, temos um exemplo de oração reduzida de infinitivo:
“ao constatar”.
(...)
(...)
a) tempo
b) ressalva
c) conclusão
d) condição
e) finalidade
Abraços, Ludimila.