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AULA 09
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Língua Portuguesa para concursos
Curso Regular
Teoria e questões comentadas
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 09
AULA 09
SUMÁRIO PÁGINA
Redação Oficial. Adequação de linguagem e formato textual
04
documental.
1. Sobre o Manual de Redação da Presidência da República 04
2. Conceitos introdutórios 05
3. Características da Redação Oficial 05
3.1 Impessoalidade 06
3.2 Uso do padrão culto de linguagem 07
3.3 Clareza 08
3.4 Concisão 09
3.5 Formalidade 10
3.6 Padronização e Uniformidade 10
4. Pronomes de Tratamento 11
4.1 Concordância dos pronomes de tratamento 11
4.2 Emprego dos pronomes de tratamento 12
4.3 Vocativos correspondentes 17
4.4 Fecho para comunicações 19
4.5 Identificação dos signatários 20
5. Tipos de documentos 20
5.1 Padrão Ofício 21
5.1.1 Partes do Padrão Ofício 21
5.1.2 Forma de diagramação 23
5.2 Ofício e Aviso 24
5.3 Memorando 29
5.4 Exposição de Motivos 31
5.5 Mensagem 36
5.6 Telegrama 38
5.7 Fax 38
5.8 Correio Eletrônico 39
Particularidades léxicas e gramaticais 42
1. Uso da palavra “que” 42
2. Uso da palavra “se” 49
2. Conceitos introdutórios
3.1 Impessoalidade
Observação:
Na redação oficial, existem os atos de caráter normativo, que são
aqueles que estabelecem padrões de conduta e regras para os
indivíduos ou que regulam o funcionamento do serviço público e seus
órgãos. Também existem aqueles atos de expediente. Ambos devem
valer-se de uma linguagem adequada, rica em clareza e objetividade.
Atenção!
O uso de uma linguagem rebuscada, hermética, repleta de figuras de
linguagem comuns à literatura ou de “contorcionismos” sintáticos não
é sinônimo de padrão culto. A linguagem simples e direta é sempre
desejada; deve-se evitar, somente, a pobreza linguística.
Apesar de certas expressões e usos sintáticos encontrarem-se
consagrados na práxis administrativa, não é correto dizer que há
um “padrão oficial de linguagem” marcado pela “linguagem
burocrática”, mas sim o uso do padrão culto na redação oficial.
Assim, o uso do “jargão burocrático”, bem como de todo e qualquer
jargão, deve ser evitado, pois restringe a compreensão ao grupo
específico que os domina.
Obviamente que certas situações exigirão o uso de uma linguagem
técnica, que deve ser feito sem exagero, em especial quando o
Serviço Público estabelecer uma comunicação com setor/órgão
distinto ou com o cidadão. Caso contrário, esses destinatários
encontrarão dificuldade em apreender o vocabulário específico.
Fica claro, então, que o padrão culto da língua é a maneira de
obter-se a compreensão de todos indistintamente e distanciar-
se de modismos vocabulares, idiossincrasias linguísticas e diferenças
lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais.
3.3 Clareza
Pelo exposto acima, fica evidente que um bom texto deve unir os
elementos supracitados e ser revisado para evitar equívocos
gramaticais. Aquele que redige a comunicação oficial deve colocar-
se no contexto do destinatário e avaliar se o seu texto reúne
condições de ser bem decodificado e compreendido. O texto oficial
deve ser inteligível; assim, os conceitos técnicos e específicos devem
ser explicados, siglas e abreviações devem ser identificadas, tudo isso
para permitir a total apreensão da mensagem pelo seu receptor. Mais
uma vez, deve-se observar o papel de uma boa revisão, realizada
sem pressa, com extrema atenção e cuidado.
3.4 Concisão
Atenção!
- evite o emprego de preciosismos (palavras arcaicas, raras e em
desuso) e neologismos.
- evite o uso de expressões como “venho por meio desta”, “tenho a
honra de”, “cumpre-me comunicar que”.
Comentários
Esta questão do CESPE exige o conhecimento literal do texto do
Manual de Redação da Presidência da República, que conceitua
a redação oficial como “a maneira pela qual o Poder Público
redige atos normativos e comunicações”. Desse modo, o item,
ao conceituar a redação oficial como a comunicação também do
particular, torna-se incorreto. Apenas o Poder Público vale-se
da comunicação oficial para transmitir as suas mensagens; o
particular é mero destinatário, que não figurará no polo emissor
da mensagem. É a Administração Pública quem expede o
documento oficial, o qual pode ter como destinatário tanto o
Poder Público quanto o particular.
Gabarito: ERRADO
Exemplos:
Vossa Excelência poderia, por obséquio, disponibilizar o seu recurso?
Vossas Majestades fizeram excelentes discursos, parabéns!
Exemplo:
Avise-me quando Sua Excelência chegar.
Observação:
Os termos acima, se desprovidos dos elementos “VOSSA” ou “SUA”,
deixam de ser considerados pronomes de tratamento.
Atenção!
Os adjetivos que se referem aos pronomes de tratamento realizarão
sua concordância com base no gênero da pessoa a quem se refere.
Exemplos:
Vossa Excelência está ocupado? (se homem)
Vossa Excelência está ocupada? (se mulher)
Observação:
Os pronomes de tratamento para religiosos, vistos acima, são
empregados de acordo com a hierarquia eclesiástica.
ENDEREÇAMENTO:
Veja como deve ficar o envelope de correspondências oficiais, a
depender da autoridade destinatária:
Ao Senhor
Nome
Cargo
Endereço
A Sua Majestade
Nome
Endereço
Ao Senhor Monsenhor/Cônego
Nome
Cargo
Endereço
Atenção!
Não se utiliza mais o tratamento digníssimo em comunicações
oficiais para se referir a autoridades. A dignidade é um
pressuposto para o exercício de qualquer cargo público, tornando
desnecessária sua evocação.
Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República.
Unicos 03 casos q
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional. se usa o vocativo
"excelentissimo
senhor"
Excelentíssimo Senhor Presidente do Superior Tribunal Federal.
Exemplos:
Senhor Senador.
Senhor Embaixador.
Senhor Prefeito.
Comentários
Esta questão testa seus conhecimentos acerca dos
pronomes de tratamento. Inicialmente, vamos relembrar o
que foi visto sobre a concordância desses pronomes.
Os pronomes de tratamento referem-se à 2ª pessoa do
discurso. Dessa maneira, utilizamos o “Vossa” quando
nos dirigimos à pessoa e o “Sua” quando nos referimos à
pessoa.
Dito isso, podemos descartar as alternativas “a”, “d” e “e” (que
trazem o pronome “Vossa”), uma vez que o endereçamento
dirige-se a pessoa diversa do destinatário. Em outras palavras,
Observação 1:
É incorreto abreviar de qualquer maneira os fechos acima (ex: Att.),
que devem sempre ser escritos por extenso.
Observação 2:
As comunicações oficiais dirigidas a autoridades estrangeiras não
seguem as regras vistas acima, uma vez que possuem seus próprios
Atenção!
Não se utiliza Cordialmente ou Graciosamente para realizar o fecho de
correspondência oficial.
Exemplo:
(espaço para assinatura)
Fulano de Tal
Chefe da Casa Civil
Atenção!
Recomenda-se que as assinaturas nas comunicações oficiais não
fiquem em uma página separada do texto, de modo isolado. Assim,
para evitar equívocos, sugere-se que a última frase da página anterior
seja transferida para a página da assinatura.
5. Tipos de Documentos
Exemplo:
Fulano de Tal
Diretor de Relações Públicas
Endereço (no caso de ofício)
Exemplos:
Assunto: Relatório de Prestação de Contas 2014.1
Assunto: Ratificação de certidão
Observação 1:
Todos os parágrafos do texto devem ser numerados, com exceção dos
casos em que estejam organizados em títulos e subtítulos ou itens.
Exemplo 1:
Em resposta ao Ofício nº 123, de 12 de agosto de 2014, encaminho,
anexa, cópia do parecer técnico emitido pelo Departamento de
Obras, que trata da construção da rodovia.
Exemplo 2:
Encaminho, para exame, o laudo técnico emitido por este
Departamento, a respeito do projeto de modernização das rodovias.
Exemplo:
Mem. 324 – balanço do ano 2013
FORMA E ESTRUTURA
Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da República
Senhora Chefe da Casa Civil
Observação:
Por ser de caráter meramente administrativo, o memorando deve ser
adotado por determinado setor do órgão público para fins de
exposição de projetos, ideias e diretrizes, etc.
FORMA E ESTRUTURA
Exemplos:
À Senhora Chefe do Departamento de Obras
Ao Senhor Diretor de Relações Públicas
Exemplo de Memorando
FORMA E ESTRUTURA
Mencionar:
- se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
- se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
- outras possibilidades de resolução do problema.
Mencionar:
- se a despesa decorrente da medida está prevista na lei orçamentária
anual; se não, quais as alternativas para custeá-la;
- se é o caso de solicitar-se abertura de crédito extraordinário, especial ou
suplementar;
- valor a ser despendido em moeda corrente.
Mencionar:
- se o problema configura calamidade pública;
- por que é indispensável a vigência imediata;
- se trata de problema cuja causa ou agravamento não tenham sido
previstos;
- se trata de desenvolvimento extraordinário de situação já prevista.
7. Alterações propostas;
Observação:
Ainda sobre esse tipo de Exposição de Motivos, observe o que aborda
o Manual de Redação da Presidência da República:
Observação:
Minuta de mensagem poderá ser encaminhada pelos Ministérios à
Presidência da República, a cujas assessorias caberá a redação final.
FORMA E ESTRUTURA
Exemplo de mensagem
FORMA E ESTRUTURA
5.7 Fax
FORMA E ESTRUTURA
FORMA E ESTRUTURA
Atenção!
A informalidade permanece afastada, uma vez que o uso da
linguagem deve ser compatível com as exigências da comunicação
oficial.
VALOR DOCUMENTAL
a)
b)
c)
e)
Comentários
Esta questão testa seus conhecimentos acerca das exigências
da redação oficial para o tipo de documento “ofício”.
Assim, vamos analisar cada alternativa acima, a fim de
encontrar aquela em que as normas da comunicação oficial
tenham sido respeitadas.
Alternativa A – embora o título e o número do expediente,
seguidos da sigla do órgão, estejam apresentados de maneira
correta, o local e a data não foram alinhados à direita como
recomenda o Padrão Ofício. Ademais, o uso do “ilustríssimo” já
foi abolido das comunicações oficiais, como foi visto. Alternativa
incorreta.
Alternativa B – alternativa correta. Perceba que os três
elementos foram empregados conforme as regras do Manual de
Redação:
- o título (ofício) e o número do expediente (seguidos da sigla
do órgão).
- local e data alinhados à direita
- vocativo correto para a autoridade em questão (Senhor
Governador)
Alternativa C – há uma inversão da ordem correta: primeiro
aparece o local e a data, seguidos do título, número do
expediente e sigla do órgão. Essa disposição fere as regras
recomendadas para o Padrão Ofício. Ademais, o uso do
“digníssimo” já foi abolido das comunicações oficiais, como já
visto. Alternativa incorreta.
Alternativa D – de modo incorreto, o título e o número do
expediente, seguidos da sigla do órgão, bem como o local e a
data, estão alinhados de maneira centralizada, o que desacata
as regras estabelecidas para o Padrão Ofício. Ademais,
“Excelentíssimo Senhor” foi empregado de modo equivocado,
Substantivo
O substantivo “quê” tem o valor de “qualquer coisa” ou “alguma
coisa”. Grafa-se sempre com acento circunflexo na letra “e”.
Exemplo: Tem acento
Advérbio de intensidade
O advérbio “que” intensifica adjetivos e advérbios; perceba que ele
funciona sintaticamente como adjunto adverbial de intensidade.
Possui valor semelhante ao das palavras “quão” e “quanto”.
Exemplo:
Que longe está minha viagem de férias!
Interjeição
A interjeição “quê” indica um sentimento, um estado interior, uma
emoção. Observe que tem valor equivalente a uma frase e não possui
função sintática. Grafa-se sempre com acento circunflexo na letra “e”.
Note que também usamos sempre o ponto de exclamação.
Exemplo:
Quê! Você já chegou?
Pronome relativo
O pronome relativo “que” pode ser substituído por “qual” e variações.
Possui várias funções sintáticas e é sempre elemento coesivo
anafórico. Já vimos tudo isso com detalhes em outras aulas, sugiro
que você faça uma revisão caso tenha dúvidas.
Exemplo:
O homem que comprou a casa é italiano. (“que” = “o qual” – função
sintática = sujeito – o pronome “que” se refere anaforicamente ao
substantivo “homem”)
Pronome interrogativo
O pronome interrogativo “que” equivale a “que coisa”. Ocorre em
orações interrogativas.
Exemplos:
Que você fez naquele dia triste?
Pronome indefinido
O pronome indefinido adjetivo “que” acompanha um substantivo e
tem função de adjunto adnominal. Observe que ele equivale a
“quanto, quanta, quantos, quantas”.
Exemplo:
Conjunção coordenativa
A conjunção coordenativa “que” inicia orações coordenativas
sindéticas em um período composto.
Conjunção subordinativa
A conjunção subordinativa “que” faz a conexão entre uma oração
principal e uma oração subordinada.
Comentários
Esta questão trata dos diversos usos que a palavra “que”
pode assumir. Este tipo de questão ocorre com certa
frequência nas provas da banca FGV. O comando solicita que o
aluno analise um fragmento de texto e classifique corretamente
as ocorrências do vocábulo “que”.
Em primeiro lugar, precisamos examinar, com bastante
cuidado, as ocorrências.
Vamos ver o trecho do texto?
É exatamente isso o que tem ocorrido, nos últimos tempos, no
que diz respeito ao direito de maior importância em uma
democracia, que é o direito de defesa, inexistente nos Estados
totalitários.
Primeira ocorrência
É exatamente isso o que tem ocorrido
Aqui, temos um pronome relativo. Observe que ele se refere ao
pronome demonstrativo “o” e exerce a função sintática de
sujeito da forma verbal “tem ocorrido”.
Segunda ocorrência
nos últimos tempos, no que diz respeito ao direito de maior
importância em uma democracia
Aqui, temos um pronome relativo. Observe que ele se refere ao
pronome demonstrativo “o” (constante da contração de
preposição “em” + “o”) e exerce a função sintática de sujeito da
Comentários
Esta questão trata dos diversos usos que a palavra “que”
pode assumir. Este tipo de questão ocorre com certa
frequência nas provas da banca FGV. O comando solicita que o
aluno analise um fragmento de texto e classifique corretamente
as ocorrências do vocábulo “que”.
Em primeiro lugar, precisamos examinar, com bastante
cuidado, as ocorrências.
Vamos ver o trecho do texto?
Outro aspecto que configura alguns desafios ainda não
resolvidos na atual Constituição é a existência de muitos
dispositivos a reclamar leis que lhes deem eficácia plena. A
propósito, convém recordar que, promulgado o diploma
constitucional, o Ministério da Justiça realizou levantamento de
que resultou a publicação do livro ‘Leis a Elaborar’.
Comentários
Esta questão trata dos usos que a palavra “que” possui.
Este tipo de questão ocorre com certa frequência nas provas da
banca FGV. O comando solicita que o aluno analise um
fragmento de texto e classifique corretamente as ocorrências do
vocábulo “que”.
Em primeiro lugar, precisamos examinar as duas
ocorrências.
Vamos ver o fragmento do texto?
É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das
empresas – principalmente, as transnacionais –, decorrerá
também de ajustamentos de postura administrativa decorrentes
da adoção de critérios de responsabilização penal da pessoa
jurídica em seus países de origem. Tais mudanças,
inevitavelmente, terão que abranger as práticas administrativas
de suas congêneres espalhadas pelo mundo, a fim de evitar
respingos de responsabilização em sua matriz.
Primeira ocorrência
É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das
empresas – principalmente, as transnacionais –, decorrerá
também de ajustamentos de postura administrativa decorrentes
da adoção de critérios de responsabilização penal da pessoa
jurídica em seus países de origem.
Aqui, temos uma conjunção subordinativa integrante.
Observe que ela introduz a oração subordinada substantiva
subjetiva “que a mudança do enfoque sobre o tema (...)“.
Segunda ocorrência
Tais mudanças, inevitavelmente, terão que abranger as práticas
administrativas
Aqui, temos uma preposição. Note que ela faz a conexão entre
os verbos (“ter” e “abranger”) que compõem a locução verbal.
Gabarito: B
Pronome reflexivo
O pronome reflexivo “se” é empregado para expressar que a ação
praticada pelo sujeito recai sobre ele próprio (voz reflexiva).
Exemplo:
Marisa machucou-se com a tesoura nova.
Exemplo:
Marisa se arrependeu de não ter estudado o suficiente para fazer uma boa
prova.
Verbo “tratar-se”
O verbo “tratar-se” possui algumas particularidades, pois apresenta
três valores semânticos diferentes. Vamos ver?
O verbo “tratar-se” pode indicar “referência”. Quando é usado
assim, o verbo é impessoal, possui o “se” como parte integrante do
verbo (verbo transitivo indireto pronominal – sempre estará
acompanhado pelo “se”) e fica sempre no singular.
Exemplo:
Observe que se trata de irregularidades.
REFAZER
Questão – (FGV) Auditor Fiscal – SEFAZ (RJ)/2012
(Adaptada)
a) pronome reflexivo.
b) partícula apassivadora.
c) parte integrante do verbo.
d) pronome oblíquo.
e) indeterminador do sujeito.
Comentários
Esta questão trata dos diversos usos que a palavra “se”
pode assumir. Este tipo de questão ocorre com frequência nas
provas da banca FGV. O comando solicita que o aluno analise
um fragmento de texto e classifique corretamente a ocorrência
do vocábulo “se”.
Em primeiro lugar, precisamos examinar, com bastante
cuidado, a ocorrência.
Comentários
O comando solicita que o aluno analise duas frases e
indique se as partículas “se” exercem a mesma função
em ambas.
Note que o primeiro “se” é uma partícula apassivadora e o
segundo “se” é uma conjunção subordinativa adverbial
condicional.
Gabarito: ERRADA
Verbo
Exemplo:
Eu como pão no jantar.
Interjeição
Exemplo:
Como! Já acabou o chocolate?
Preposição
A preposição “como” introduz apostos e predicativos e possui valor
equivalente ao dos termos “por”, “para”, “de”, “na qualidade de”.
Exemplo:
Marisa sempre teve Ana como filha predileta.
Pronome relativo
O pronome relativo “como” possui valor equivalente ao das
expressões “pelo qual”, “segundo o qual”. Normalmente, seu
antecedente é um destes substantivos: “modo”, “forma”, “maneira”.
Objeto indireto
Exemplo:
Esse é um dever que lhe compete.
Complemento nominal
Exemplo:
Isto lhe parece gostoso. (complementa o adjetivo “gostoso”)
Adjunto adnominal
Exemplo:
Admiro-lhe a beleza. (indica noção de “posse”)
5. Uso do “porquê”
Comentários
Esta questão trata das diferentes formas que a palavra
“porquê” pode apresentar. Este tipo de questão ocorre com
frequência nas provas da banca FGV. O comando solicita que o
aluno analise cinco alternativas e marque aquela que contenha
uma forma do “porquê” utilizada incorretamente.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa A
É necessário avaliar por quê, ontem, fomos derrotados.
Observe que foi utilizada a preposição “por” e o pronome
interrogativo “quê”. Mas deveria ter sido usado o “que” sem
acento circunflexo, tal como vimos na parte teórica acima.
Comentários
Esta questão trata das diferentes formas que a palavra
“porquê” pode apresentar. Este tipo de questão ocorre com
Isso talvez nos explique por que os gregos, estes que teriam
inventado a democracia ocidental com seus valores, na
verdade, legaram-nos apenas um valor fundamental: a suspeita
de si.
Comentários
Esta questão trata das diferentes formas que as palavras
“porquê” e “que” podem apresentar. O comando solicita
que o aluno analise cinco alternativas e marque aquela que
contenha uma forma do “porquê” utilizada corretamente.
Note que, no enunciado, temos a utilização da preposição “por”
mais o pronome interrogativo “que” e, assim, podemos
substituir o “por que” por “por qual motivo”.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa A
Cumprimentou-o efusivamente por que tem por ele grande
carinho.
Observe que deveria ter sido utilizado “porque”, uma vez que
temos oração subordinada adverbial causal.
Alternativa incorreta.
Alternativa B
Vive me remedando, não sei bem o porque.
Observe que deveria ter sido utilizado “porquê”, uma vez que
temos um substantivo. Note a presença do artigo definido “o”.
Alternativa incorreta.
Alternativa C
Porque você fez isso eu nem imagino.
Observe que deveria ter sido utilizado “por que”, uma vez que
podemos substituir esse termo por “por qual motivo”.
Alternativa incorreta.
Alternativa D
Isso quer dizer exatamente o quê?
Observe que o termo “quê” está no final da oração.
Alternativa correta.
Alternativa E
Em quê eu posso ajudá-lo?
Observe que o termo “que” é um pronome átono.
Alternativa incorreta.
Comentários
Esta questão aborda o uso de “aonde”. Este tipo de
questionamento ocorre com frequência nas provas da banca
FCC. O comando solicita que o aluno analise uma frase e a
julgue como certa ou errada.
Note que deveria ter sido empregado o pronome “onde”, pois
não há verbo que exija o emprego da preposição “a”.
Gabarito: ERRADA
7. Uso do “gerúndio”
1. Palavra e morfema
Radical
O radical é o componente primitivo e base significante
principal da palavra. Ao radical se agregam as desinências, os
afixos e as vogais temáticas, de forma a termos outras palavras de
mesma base de significação.
A língua portuguesa apresenta radicais provenientes da língua grega
e da língua latina. Existem listas enormes disso, sugiro que você
consulte uma boa gramática quando tiver dúvidas.
Exemplos:
Radicais gregos: aero- (aeronave), mito- (mitologia), -fagia (antropofagia),
-dromo (autódromo).
Radicais latinos: pluri- (pluriforme), -voro (carnívoro), -pedi (pediforme),
pisc- (piscicultor).
Desinência
A desinência é o componente que indica o gênero e o número
dos substantivos, dos adjetivos e determinados pronomes.
Também indica o número e a pessoa dos verbos. Dessa forma,
temos desinências nominais e verbais.
Afixo
O afixo é o componente que altera, normalmente, de modo
preciso, o significado do radical ao qual se juntou. Os afixos se
Sufixos verbais
Juntamos os sufixos verbais ao radical de substantivos e adjetivos
para formar os verbos.
Exemplos:
“-ejar” (pestanejar), “-ear” (golpear), “-ar” (jogar), “-ficar” (edificar), “-
izar” (finalizar), “-entar” (amamentar), “-ecer” (envelhecer), “-ilhar”
(pontilhar), “-icar (adocicar), “-iscar” (beliscar), “-inhar” (escrevinhar), etc.
Atenção!
Um caso que exige um pouco de cuidado é o emprego dos sufixos
“-aria” e “-eria”. Ambos estão certos em várias situações, mas
vemos que a forma “-aria” tem caído em desuso.
Assim, estão certos os exemplos: bijuteria ou bijutaria, doceria ou
doçaria, lavanderia ou lavandaria, sorveteria ou sorvetaria, etc.
Vogal temática
A vogal temática é o componente que se junta ao radical para
que este ganhe uma terminação (sufixos ou desinências). Já
vimos, em outra aula, que a união do radical com a vogal temática se
chama “tema”. Também estudamos as vogais temáticas “a” (verbos
da 1ª conjugação), “e” (verbos da 2ª conjugação) e “i” (verbos da 3ª
conjugação).
Destaca-se que a vogal temática, na maior parte das vezes, ocorre
nos verbos. Mas, ela aparece nos nomes também. Isso acontece
quando a vogal final da palavra não é colocada para fazer
diferenciação de gênero, como na palavra “mesa”.
Comentários
Esta questão trata do assunto “prefixo”. O comando solicita
que o aluno analise cinco palavras e marque aquela que possui
um prefixo de mesmo valor semântico que o de “dissociação”.
Em primeiro lugar, precisamos examinar o prefixo “dis”
de “dissociação”. Percebe-se que essa palavra significa
algo como “separação”, não é mesmo? Assim, fica fácil
notar o sentido do prefixo “dis”: separação, negação.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa A
A palavra “dissolver” possui o sentido de “diluir”, ou seja, o “dis”
não apresenta sentido de negação ou separação.
Alternativa B
A palavra “dispor” possui sentido parecido com “pôr”, ou seja, o
“dis” não apresenta sentido de negação ou separação.
Alternativa C
A palavra “discordar” possui o prefixo “dis” com sentido de
negação, ou suja, o verbo “discordar” significa “não concordar”.
Alternativa correta.
Alternativa D
A palavra “disenteria” não possui o prefixo “dis” com sentido de
negação ou separação. É uma palavra que significa “inflamação
dos intestinos, de que resultam evacuações dolorosas ou
hemorrágicas.”
Alternativa E
A palavra “dissimular” não possui o prefixo “dis” com sentido de
negação ou separação. É uma palavra que significa “fazer com
que fique oculto; tornar imperceptível; disfarçar.”
Gabarito: C
Palavras primitivas
As palavras primitivas são as que não se formam de nenhuma outra.
Na verdade, são as responsáveis pela formação de novas palavras
que delas se originam.
Exemplos:
Fumo, mar, terra, pedra, janela, novo.
Palavras derivadas
As palavras derivadas são as que se formam de outras palavras
preexistentes da língua. Essa formação é feita por meio de afixos que
se agregam aos radicais das “palavras originais”.
Exemplos:
Defumar, marinha, terroso, pedreiro, janelaço, novamente.
Palavras simples
As palavras simples são as que possuem somente um único radical.
Observe que elas podem ser primitivas ou derivadas.
Exemplos:
Fumo, defumado, pedra, pedreiro.
Palavras compostas
As palavras compostas são as que possuem mais de um radical.
Exemplos:
Aguardente, guarda-chuva, planalto, pedra-sabão.
3.1 Derivação
Derivação prefixal
A derivação prefixal ou prefixação consiste na inclusão de prefixos à
palavra existente.
Exemplos:
Desfazer, barbeiro, cafezal, crueldade.
Derivação sufixal
A derivação sufixal ou sufixação consiste na inclusão de sufixos à
palavra existente.
Exemplos:
Geralmente, ilegal, decrescer, antebraço.
Derivação parassintética
A derivação parassintética ou parassíntese consiste na inclusão
simultânea de um sufixo e um prefixo à palavra existente.
Exemplos:
Entristecer, desalmado, amanhecer, ensurdecer.
Atenção!
É importante que você perceba que o processo comum de
formação é a criação de verbos com base em substantivos e
adjetivos. A derivação regressiva é, na verdade, o processo inverso.
Derivação imprópria
A derivação imprópria ou conversão consiste na mudança da classe
gramatical de uma palavra sem haver alteração na sua forma. Como
exemplo, cito o fenômeno de se antepor um artigo a qualquer
palavra e ela se tornar um substantivo.
Dessa forma, temos as seguintes passagens:
de substantivos próprios a comuns: damasco;
de substantivos comuns a próprios: Coelho;
de adjetivos a substantivos: capital;
de substantivos a adjetivos: burro;
de substantivos, adjetivos e verbos a interjeições: viva!
de verbos a substantivos: jantar;
de verbos e advérbios a conjunções: quer... quer;
de particípios a preposições: salvo;
de particípios a substantivos e adjetivos: resoluto.
Justaposição
Com a justaposição, as palavras que se unem mantêm sua
integridade.
Exemplos:
Beija-flor, segunda-feira, passatempo, girassol, guarda-chuva.
Siglas
As siglas são as abreviaturas formadas com as letras iniciais das
palavras que compõem um título ou um nome. É interessante
observar que, muitas vezes, conhecemos mais o “objeto” pela sigla
do que pelo seu nome.
Onomatopeia
As onomatopeias são aquelas palavras que buscam reproduzir
determinados ruídos ou sons. Geralmente, os verbos e os
substantivos indicadores de vozes de animais são onomatopeias.
Exemplos:
Miau!, coaxar, rosnar, piar.
Hibridismo
As palavras híbridas são aquelas que se formam de elementos
procedentes de línguas diferentes.
Exemplos:
Automóvel (auto – grego + móvel – latim), goiabeira (goiá – tupi + beira –
português.
Neologismo
O neologismo consiste na criação de novas palavras ou expressões,
ou na atribuição de um diferente significado a uma palavra já
existente. É importante observar que surgem novos vocábulos a todo
tempo e, por isso, muitos ainda não estão registrados.
Exemplos:
Deletar, pistolagem, abobado, internetês.
Funções da linguagem
1. Aspectos introdutórios
Todos nós sabemos que a linguagem é uma das formas que temos
para nos comunicarmos.
Função referencial ou denotativa Sentido literal da palavra. DICA: Denotativo -> Dicionario
Função fática
A função fática revela uma preocupação com o contato entre o
emissor e o receptor, ou seja, com o canal de comunicação. É
usada com o objetivo de confirmar se o emissor está sendo ouvido ou,
então, de estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. Essa
linguagem é bastante empregada nas comunicações telefônicas e
saudações. Perceba que o importante aqui é o canal.
Exemplo:
Olá! Você está escutando?
Função metalinguística
A função metalinguística é aquela que transmite a mensagem de
um código por meio do próprio código, ou seja, a linguagem fala
dela própria. Perceba que o importante aqui é o código.
Exemplo:
Oração é um conjunto de palavras ordenadas segundo normas gramaticais,
com sentido completo.
Atenção!
Em um mesmo texto, podem conviver diferentes tipos de linguagem.
É importante você identificar qual é a função predominante para
responder às questões.
Comentários
Esta questão trata das funções da linguagem. O enunciado
solicita que o candidato julgue se, no texto, a linguagem foi
Variação linguística
1. Conceitos
Variações históricas
Observe que a língua é um elemento dinâmico que apresenta
alterações e transformações ao longo de um determinado período de
tempo. É importante destacar que o processo de transformação é
gradual, ou seja, não aparece de uma hora para outra. Em primeiro
lugar, surge uma “variante”, que passa a ser usada por um grupo de
indivíduos. Após um período, outros grupos também passam a adotá-
la. Assim, há um espaço de tempo em que são válidas as duas
variantes. Com o decorrer do tempo, a nova variante torna-se mais
comum na fala e, então, tem seu uso aceito na modalidade escrita. As
variações podem ser de grafia ou significado.
Exemplo:
Pharmácia – farmácia.
Comentários
Observe que a afirmativa apresentada no enunciado está
correta.
O autor coloca no texto, por meio da expressão “e quanto!”,
uma impressão pessoal e informal, típica da linguagem oral.
Comentários
Observe que a alternativa D representa a ideia central do
texto.
Veja, no texto acima, como o autor explica e exemplifica o que
estudamos neste tópico do curso. Note que ele faz uso dos
períodos do dia (manhã, tarde e noite) para demonstrar que a
linguagem varia de acordo com cada situação específica.
Gabarito: D
Sobre o assunto, peço, ainda, que você revise a Aula 00, pois lá
também foram colocados alguns conceitos sobre linguagem culta e
informal.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.
I. O padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja
confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto
implica emprego de linguagem rebuscada.
III. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam,
sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e
mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento por
quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de
explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e
em expedientes dirigidos aos cidadãos.
Assinale
a)
b)
c)
e)
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C C C A D C D C A
Comentários
Muitas questões de redação oficial, como é o caso desta da FCC,
exigirão do candidato a análise de trechos para verificar o correto
emprego da normal culta da língua. Assim, examinar a correção de
um documento oficial exige que o candidato domine diversos assuntos
relacionados à Língua Portuguesa: ortografia, pontuação, emprego do
sinal indicativo de crase, concordância, entre outros.
Vamos analisar cada alternativa separadamente para encontrar
aquela que está de acordo com a escrita oficial adequada.
Alternativa A - Requeremos a Mesa, ouvido o Plenario e cumpridas
as formalidades regimentais, que, seja enviado Votos de Pesares aos
familiares dos cabeleleiros...
ERRO: A ausência de sinal indicativo de crase que deveria estar
presente em “requeremos a Mesa”.
CORREÇÃO: “Requeremos à Mesa”. A regência do verbo “requerer”
exige, neste caso, o auxílio da preposição “A”, a qual deve unir-se
ao artigo definido feminino “A” do complemento (“a Mesa”). Da
união das duas vogais “A”, surge a necessidade do uso do sinal grave.
ERRO: O termo “Plenario”, grafado sem acento agudo.
CORREÇÃO: “Plenário”. Acentuam-se os paroxítonos terminados em
ditongo oral.
ERRO: A vírgula em “que, seja enviado”.
CORREÇÃO: “(...) que seja enviado”. A vírgula somente será usada
quando for necessário. Essa necessidade pode ocorrer quando houver
inversões na ordem direta das orações nos períodos, fato não
observado.
ERRO: A concordância nominal e verbal em “seja enviado Votos de
Pesares”.
CORREÇÃO: “(...) sejam enviados Votos de Pesares”. Tanto o
Comentários
O primeiro aspecto a ser levado em conta, na hora de responder a
esta questão, diz respeito ao uso dos pronomes de tratamento, que
são pronomes pessoais usados em reverência a autoridades ou em
contextos comunicativos cuja formalidade os exige.
Sobre esse tipo pronominal, importa ter em mente estas três
informações fundamentais:
Os pronomes de tratamento referem-se à 2ª pessoa do discurso,
ou seja, são utilizados quando se fala com a própria pessoa
reverenciada;
Apesar disso, exigem a concordância do verbo e dos demais
elementos complementares na 3ª pessoa;
É possível substituir o termo “VOSSA” pelo termo “SUA” para fazer
referência à pessoa, ou seja, para falar da pessoa, e não com a
pessoa.
O enunciado da questão deixa claro que a correspondência será
enviada para o próprio Ministro de Estado, de modo que deverá ser
utilizada, obrigatoriamente, a forma “VOSSA”, e não “SUA”. Essa
constatação elimina as alternativas A e B.
Comentários
Vamos iniciar a resolução da questão pela análise da primeira parte
da assertiva: “Nas comunicações oficiais dirigidas a ministros de
tribunais superiores, deve-se empregar a forma de
tratamento Vossa Excelência”.
Como foi visto na parte teórica da aula, o pronome de tratamento
Vossa Excelência tem o seu uso consagrado para o trato com
autoridades dos três poderes, veja:
- autoridades do Poder Executivo: Presidente da República; Vice-
Presidente da República; Ministros de Estado; Secretários-Executivos
de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Oficiais-Generais das
Forças Armadas; Prefeitos Municipais; Embaixadores.
- autoridades do Poder Legislativo: Deputados Estaduais,
Distritais e Federais; Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da
União; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes
das Câmaras Legislativas Municipais.
- autoridades do Poder Judiciário: Juízes; Auditores da Justiça
Militar; Membros de Tribunais; Ministros dos Tribunais Superiores.
Comentários
Esta questão trata de um tipo de documento previsto no Manual de
Redação da Presidência da República e enquadrado no Padrão Ofício:
o memorando. Vamos analisar cada alternativa?
Alternativa A – como tipo de documento oficial, o memorando
segue as regras das correspondências oficiais. Como visto na parte
teórica da aula, fundamentos como concisão, clareza e objetividade
são indispensáveis à redação oficial. Alternativa correta.
Alternativas B e C– perceba o conceito já estudado por nós acerca
do memorando: “O memorando é uma forma de comunicação
interna, utilizado entre unidades administrativas de um mesmo
órgão, não importa se de mesma hierarquia ou de hierarquia
diferentes”. Note, assim, que a alternativa B está correta e a
alternativa C está incorreta.
Alternativas D e E – em complemento ao conceito visto acima,
vamos rever outra característica do memorando: “Seu principal
Comentários
Questões que envolvem o uso dos pronomes de tratamento são
muito comuns ao se tratar de redação oficial. A banca FCC, por
exemplo, costuma cobrar bastante o tema. Vamos, então, analisar
cada lacuna:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.
Comentários
Esta questão busca testar os seus conhecimentos sobre as
características da redação oficial. Vamos analisar os itens?
Comentários
Esta questão exige que o candidato domine o assunto “tipos de
documentos”, do Manual de Redação da Presidência da República.
Primeiro, é importante relembrar que o Padrão Oficial engloba os
seguintes tipos documentais: aviso, ofício e memorando. Para analisar
a razão pela qual o item está correto, vamos destacar um trecho do
Manual que trata do tema: “Embora sejam modalidades de
comunicação oficial praticamente idênticas, ofício e aviso
diferenciam-se pelo fato de que o aviso é expedido
exclusivamente por ministros de Estado, para autoridades de
mesma hierarquia, enquanto o ofício é expedido pelas demais
autoridades. Ambos destinam-se ao tratamento de assuntos oficiais
pelos órgãos da administração pública entre si e, no caso do ofício,
também com particulares”.
Gabarito: CERTO
Comentários
Esta questão exige que o candidato conheça o Manual de Redação da
Presidência da República, em especial o assunto “características da
redação oficial”. O examinador destaca, entre essas características,
a impessoalidade. Vamos relembrar o que foi visto na parte teórica
da aula?
A importância de um tratamento impessoal para as
comunicações oficiais decorre, segundo o Manual de Redação
Oficial da Presidência da República, de:
“a) ausência de impressões individuais de quem comunica:
embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe
de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é
feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização,
que permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da
Administração guardem entre si certa uniformidade;
b) impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas
possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido
como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um
destinatário concebido de forma homogênea e impessoal;
c) caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo
temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem
respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom
particular ou pessoal.”
Note que a questão apenas recortou trechos do Manual e exigiu o
conhecimento da sua literalidade. Por isso, destaquei, no começo da
aula, a importância da leitura atenta do Manual, principalmente os
pontos que abrangem os assuntos previstos no edital.
Gabarito: D
Assinale
Comentários
Esta questão busca testar os seus conhecimentos sobre as
características da redação oficial. As afirmativas estão corretas.
Vamos relembrar o que foi visto na parte teórica da aula?
O padrão culto da língua deve respeitar a regra gramatical formal e
empregar um vocabulário que seja comum aos que usam o idioma. O
uso de uma linguagem rebuscada, hermética, repleta de figuras de
linguagem comuns à literatura ou de “contorcionismos” sintáticos não
é sinônimo de padrão culto. A linguagem simples e direta é permitida;
o que não pode ocorrer é a pobreza linguística. Apesar de certas
a)
b)
c)
e)
Comentários
Está questão trata de um tipo de documento previsto no Manual de
Redação da Presidência da República e enquadrado no Padrão Ofício:
ofício. Vamos analisar cada alternativa?
Alternativa A – alternativa correta. O trecho atende todas as
exigências do Padrão Ofício: tipo e número do expediente, seguidos
da sigla do órgão que o expede; local e data em que foi assinado, por
extenso, com alinhamento à direita.
Alternativa B - alternativa incorreta. O vocativo Excelentíssimo
Senhor é utilizado para endereçar correspondências aos Chefes de
Poder (Presidente da República, do Congresso Nacional e do Supremo
Tribunal Federal). No caso do item, o correto seria empregar o
vocativo Senhor, seguido do respectivo cargo. Ademais, é utilizado
“Dr.”: sobre esse aspecto, o Manual de Redação institui que “doutor
não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo
indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em
comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído
curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os
bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos
demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às
comunicações”.
Isso ajuda a explicar por que o bonde urbano e grandes projetos de transporte
público estão com toda a força.
A guerra dos dez anos começou quando um fazendeiro cubano, Carlos Manuel de
Céspedes, e duzentos homens mal armados tomaram a cidade de Santiago e
proclamaram a independência do país em relação à metrópole espanhola. Mas a
Espanha reagiu. Quatro anos depois, Céspedes foi deposto por um tribunal cubano
e, em março de 1874, foi capturado e fuzilado por soldados espanhóis.
Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas de restrição ao comércio, o
governo americano apoiara abertamente os revolucionários e Nova York, Nova
Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. Em
poucos anos Key West transformou-se de uma pequena vila de pescadores numa
importante comunidade produtora de charutos. Despontava a nova capital mundial
do Havana.
Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos levaram com eles a
instituição do “lector”. Uma ilustração da revista Practical Magazine mostra um
desses leitores sentado de pernas cruzadas, óculos e chapéu de abas largas, um
livro nas mãos, enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos com o que
parece ser uma atenção enlevada.
O material dessas leituras em voz alta, decidido de antemão pelos operários (que
pagavam o “lector” do próprio salário), ia de histórias e tratados políticos a
Afirma-se corretamente:
GABARITO
01 02 03 04
A B B B
Comentários
O emprego do “porquê” é bastante cobrado pelas bancas, pois o
candidato facilmente confunde se ele é escrito junto, separado ou com
acento circunflexo. Vamos rever as regras?
Comentários
Esta questão exige conhecimento do candidato a respeito do emprego
do termo “porquê”. Vamos revisar?
O emprego do “porquê” é bastante cobrado pelas bancas, pois
o candidato facilmente confunde se escreve-se junto, separado
ou com acento circunflexo.
“Por que” separado é usado:
quando podemos substituir o “por que” por “pelo qual”
e variações. Isso acontece por causa do seguinte: o “por” é
uma preposição e o “que” é um pronome relativo.
quando podemos substituir o “por que” por uma das
expressões: “por qual motivo” ou “por qual razão”. Isso
acontece por causa do seguinte: o “por” é uma preposição e o
“que” é um pronome interrogativo.
quando temos orações subordinadas substantivas
objetivas indiretas e o verbo transitivo indireto exige a
preposição “por”. Isso acontece por causa do seguinte: o
“por” é uma preposição e o “que” é um pronome interrogativo.
“Porque” junto é usado quando possui a função de conjunção
explicativa (= “pois”), causal (= “já que”) ou final (= ”para
que”).
Usamos o “porquê” junto e com acento circunflexo quando ele
possui valor de “motivo”, “razão”. Observe que o “porquê” é,
nesse caso, uma palavra substantivada e vem sempre precedido de
algum determinante.
Você se lembra de que sempre acentuamos a palavra “que” se esta
estiver em final de frases ou se estiver acompanhada de algum
determinante? Neste segundo caso, a palavra funciona como um
substantivo. Essas regras valem então para “porquê” e “por quê”.
Comentários
Esta questão pede que o candidato analise as diferentes funções do
vocábulo “QUE” na nossa língua. Vamos examinar cada alternativa
separadamente.
a) ilegais;
b) desacompanhado;
c) incompatíveis;
d) demográfica;
e) interregionais.
Marque a alternativa que apresenta a sigla que não segue a regra moderna
de grafia de siglas.
a) UFRJ;
b) COFINS;
c) PM;
d) Uerj;
e) PIS.
Sr. Leitor
Não fui, e não sou, um escrevedor de cartas. Acredito que, no momento em que
você estiver lendo esta mensagem, meus sentimentos a respeito dela e, muitas
vezes, em relação a você podem ter mudado e isto me obrigaria a escrever outra
mensagem para explicar a mudança e assim sucessivamente, em uma troca de
correspondência absurda.
Com o telefone, a comunicação ficou mais fácil, mais direta. Não gosto de falar ao
telefone, mas, em minha juventude, contaminado por uma timidez excessiva que
me impedia as investidas ao vivo, confesso um pouco envergonhado, já o utilizei
para conquistas, cantadas, declarações de amor.
O tempo passou e, agora me dou conta, passo dias sem pegar no telefone e, na
maioria das vezes, nem o atendo quando toca. Ele é coisa do passado. Em
compensação surgiu o email, isto é, a volta às cartas. São cartas virtuais, mas,
como nas de antigamente, sempre podemos escrever um parágrafo, parar, tomar
um café, recordar um fato, uma conversa, uma declaração de amor. Tudo isto com
a vantagem de deixar o texto descansando até que a emoção acabe, ou diminua; e
podemos corrigir os erros de português e de ansiedades. Estará voltando a
epistolografia?
O maior epistológrafo (que palavra horrível!) de todos os tempos foi, sem dúvida,
São Paulo. Há quem diga que suas epístolas deram origem à Educação a
No passado, a carta era tema de obras literárias, músicas etc., etc. Temos vários e
belos contos e romances que são epistolares. Dostoievski e Goethe usaram este
método que já foi dado como acabado e agora volta com força total — via Internet.
E aqui abro um parêntese para dizer que é epistolar um dos mais belos, vigorosos e
cruéis romances que li ultimamente, A Caixa Preta, do escritor israelense Amoz Oz.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
E D C A B E C E
a) anormal;
b) apatia;
c) apneia;
d) afasia;
e) abotoar.
Comentários
Esta questão trata do assunto “prefixo”. O comando solicita que o
aluno analise cinco palavras e marque aquela que possua um prefixo
de valor semântico diferente entre elas.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa A
A palavra “anormal” apresenta o prefixo grego “a-” (variante “an-“), o
qual indica um significado de negação. Assim, a palavra “anormal”
significa algo “não normal”, não é mesmo?
Alternativa B
A palavra “apatia” apresenta o prefixo grego “a-” (variante “an-“), o
qual indica um significado de negação, ausência. Veja que “apatia”
significa falta de energia, de vigor físico.
Alternativa C
A palavra “apneia” apresenta o prefixo grego “a-” (variante “an-“), o
qual indica um significado de negação, ausência. Veja que “apneia”
significa falta de respiração.
Alternativa D
A palavra “afasia” apresenta o prefixo grego “a-” (variante “an-“), o
qual indica um significado de negação, ausência. Assim, a palavra
a) ilegais;
b) desacompanhado;
c) incompatíveis;
d) demográfica;
e) interregionais.
Comentários
Esta questão trata dos processos de formação de palavras. O
enunciado solicita que o candidato analise as alternativas e marque
aquela que apresenta a palavra que seja formada pelo mesmo
processo que as demais.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa A
A palavra “ilegais” foi formada por meio do processo de derivação
prefixal (prefixo “i-”).
Alternativa B
A palavra “desacompanhado” foi formada por meio do processo de
derivação prefixal. Perceba que foi adicionado o prefixo “des-“ ao
particípio “acompanhado”.
Comentários
Esta questão trata dos processos de formação de palavras. O
enunciado solicita que o candidato analise a palavra “metaética” e
marque a alternativa que apresenta uma informação correta sobre
ela.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa A
forma-se pelo processo de composição por aglutinação
A palavra “metaética” formou-se por meio de derivação prefixal.
Assim, foi adicionado o prefixo “meta-“ ao vocábulo “-etica”.
Estudamos que a composição por aglutinação apresenta perda de
fonema de algum componente, como em “planalto”.
a) UFRJ;
Comentários
Esta questão trata do assunto “siglas”. O comando solicita que o
aluno analise cinco siglas e marque aquela que não segue a regra
moderna de grafia de siglas.
Em primeiro lugar, precisamos saber o que é “grafia moderna de
siglas”. Vamos aprender?
Siglas formadas por até três letras (vogais ou consoantes) são
grafadas com letras maiúsculas, sem ponto entre elas. Como
exemplo, temos PIS, OEA, EUA.
Por sua vez, as siglas formadas por quatro ou mais letras devem
seguir estas regras: grafamos com inicial maiúscula e o restante com
letras minúsculas, se a sigla for “pronunciável” como uma palavra.
Exemplo: Ibama. Caso contrário, grafamos com letras maiúsculas,
sem ponto entre elas. Exemplo: UFRJ.
Dessa forma, percebemos que a sigla da alternativa B deve ser
grafada assim: “Cofins”.
Gabarito: B
Sr. Leitor
Comentários
Esta questão trata do assunto “funções da linguagem”. O comando
solicita que o aluno analise um trecho do texto e identifique se há nele
um trabalho de construção da linguagem para produzir sonoridades,
ritmo e rimas, recursos característicos da produção de letras de
composições musicais.
Aprendemos que a função fática revela uma preocupação com
o contato entre o emissor e o receptor, ou seja, com o canal de
comunicação. É usada com o objetivo de confirmar se o emissor está
sendo ouvido ou, então, de estabelecer, prolongar ou interromper a
comunicação. Essa linguagem é bastante empregada nas
comunicações telefônicas e saudações. Perceba que o importante aqui
é o canal.
Dessa forma, percebemos que não se manifesta a função fática
no trecho em análise. A resposta é a função poética.
Gabarito: ERRADA
Comentários
Esta questão trata do assunto “funções da linguagem”.
Observe que está correto o comentário feito no enunciado, de
acordo com o que estudamos.
Gabarito: CERTA
Comentários
Esta questão trata do assunto “funções da linguagem”. O comando
solicita que o aluno analise dois trechos do texto e identifique se há
neles manifestação da função metalinguística.
Aprendemos que a função metalinguística é aquela que
transmite a mensagem de um código por meio do próprio
Professora Ludimila