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AULA 08
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Língua Portuguesa para concursos
Curso Regular
Teoria e questões comentadas
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 08
AULA 08
SUMÁRIO PÁGINA
Regência Nominal e Verbal 02
1. Aspectos Gerais de Regência 02
2. Regência Verbal 03
2.1. Verbos Pronominais 06
2.2. Regência de Verbos Específicos 07
3. Regência Nominal 19
Crase 21
1. Aspectos Gerais 21
2. Crase e Termos Determinados 27
3. Crase Obrigatória 28
4. Crase Facultativa 29
5. Crase antes das palavras “TERRA” e “CASA” 30
6. Não haverá crase 31
Questões propostas 32
Gabarito 43
Questões comentadas 43
Você deve ter notado que, nos dois primeiros exemplos, o termo
regido está completando o sentido de nomes (adjetivo e substantivo,
respectivamente). Nos dois últimos exemplos, por sua vez, o termo
regido completa o sentido de verbos.
2. Regência Verbal
O assunto Regência Verbal não é novidade para nós. Ele já foi citado
muitas vezes, ainda que indiretamente, quando falamos de objeto
direto ou objeto indireto e, também, quando falamos de transitividade
verbal.
VERBO INTRANSITIVO:
É o verbo que não necessita de informações complementares,
pois já apresenta sentido completo. Isso não impede, no entanto, que
o verbo intransitivo venha acompanhado de termos acessórios
(adjunto adverbial) ou integrantes (predicativo), os quais são usados
apenas para especificar as circunstâncias da ação ou estado.
VERBO TRANSITIVO:
É o verbo que necessita de informações complementares, pois
não apresenta sentido completo. Seu complemento será chamado de
objeto. O verbo transitivo pode ser:
→ VERBO TRANSITIVO DIRETO: seu complemento NÃO
necessita de preposição obrigatória e é denominado objeto
direto.
→ VERBO TRANSITIVO INDIRETO: seu complemento necessita
de preposição obrigatória e é denominado objeto indireto.
→ VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO: necessita de dois
complementos; um complemento NÃO necessita de preposição
obrigatória (objeto direto) e o outro necessita de preposição
obrigatória (objeto indireto).
Comentários
Esta questão exige dois conhecimentos do candidato: que ele
saiba qual a função sintática exercida pelos pronomes “O” e
“LHE” e que ele conheça a regência de alguns verbos.
Você já sabe que o pronome “O” funciona apenas como
objeto direto (portanto, como complemento de verbo
transitivo direto) e que o pronome “LHE” funciona apenas
como objeto indireto (portanto, como complemento de verbo
transitivo indireto).
A maior dúvida, para responder à questão acima, é justamente
saber a regência dos verbos utilizados, ou seja, saber se os
verbos são transitivos diretos (casos em que devem ser
completados pelo “O”) ou se são transitivos indiretos (casos em
que devem ser completados pelo “LHE”). Vamos analisar as
alternativas?
→ AGRADAR
- Transitivo direto: quando significar “acariciar, acarinhar”.
Atenção!
O verbo DESAGRADAR é sempre transitivo indireto. Observe a
questão abaixo:
Comentários
A afirmativa está INCORRETA. No trecho “medidas que podem
eventualmente desagradar a uma parte dos eleitores”, o termo
sublinhado está completando o sentido do verbo
“DESAGRADAR”, e não de “podem”. Essa informação é
suficiente para responder à questão, mas vamos prosseguir a
análise.
O emprego da preposição “A” em “a uma parte” decorre da
regência do verbo “DESAGRADAR”, que, como vimos logo
acima, é sempre transitivo indireto (quem desagrada,
desagrada A alguém).
GABARITO: ERRADA
→ AGRADECER
- É transitivo direto e indireto:
→ AJUDAR
- Transitivo direto: quando significar “auxiliar, prestar ajuda”.
→ ANTIPATIZAR/SIMPATIZAR
- São transitivos indiretos e pedem o uso da preposição “COM”:
Atenção! LS
→ ASPIRAR
- Transitivo direto: quando significar “respirar, inalar”.
Atenção!
Embora se trate de objeto indireto, não se deve utilizar o pronome
“LHE” em complemento ao verbo “ASPIRAR”. Trata-se de uma
exceção às regras de emprego dos pronomes oblíquos. Prefira utilizar
as formas tônicas analíticas “A ELE, A ELA, A ELES, A ELAS”.
Atenção! LS
→ ASSISTIR
- Transitivo direto: quando significar “ajudar, auxiliar, socorrer”.
Atenção!
Na linguagem coloquial, costuma-se utilizar o verbo “ASSISTIR”
sempre como transitivo direto, ainda que no sentido acima
mencionado. Você deve ter em mente, no entanto, que a regência
→ ATENDER
- Transitivo indireto: quando significar “atentar”.
→ CHAMAR
- Transitivo direto: quando significar “convocar”.
Atenção!
Nos casos acima, o uso da preposição “EM” não é aconselhado pela
linguagem formal (apesar de bastante comum na linguagem
coloquial). Evite, portanto, dizer “eu fui no quarto” ou “eu cheguei em
Salvador”.
→ CUSTAR
- Intransitivo: quando significar “valer, ter preço”, seu complemento
não será objeto, mas sim adjunto adverbial.
→ DESCULPAR
- É transitivo direto:
→ ENSINAR
- Transitivo direto: quando significar “educar”.
→ ESQUECER/LEMBRAR
- Transitivo direto: no sentido mais usual de ESQUECER (“perder
na memória”) e LEMBRAR (“reter na memória”):
Atenção! LS!
→ HAVER
O verbo HAVER merece toda a sua atenção não apenas quanto à sua
concordância (já analisada por nós), mas também quanto à regência.
- Transitivo direto: quando significar “existir” (sentido mais comum)
ou no sentido de “decorrer (tempo)”. Nesses casos, o verbo estará
SEMPRE na terceira pessoa do singular e não possuirá sujeito (é
impessoal).
Atenção! LS!
Atenção! LS!
→ IMPLICAR
- Transitivo indireto: quando significar “embirrar, antipatizar”.
Nesse caso, usa-se a preposição “COM”.
→ NECESSITAR
- Tanto pode ser transitivo direto quanto transitivo indireto.
→ OBEDECER/DESOBEDECER
- São transitivos indiretos.
→ PAGAR/PERDOAR
- Transitivos diretos: quando o complemento for “coisa”, e não
“pessoa”.
→ PRECISAR
- No sentido de “necessitar”, tanto pode ser transitivo direto quanto
pode ser transitivo indireto (uso mais comum).
Atenção! LS!
→ PREFERIR
É transitivo direto e indireto. Diz-se “preferir isso a aquilo”. A
preposição indicada para iniciar o objeto indireto é sempre “A”.
→ TRATAR
- Transitivo direto: no sentido de “dar tratamento (a algo ou
alguém)” ou no sentido de “fazer acordo, fazer negócio”.
Atenção! LS!
→ VISAR
- Transitivo direto: quando significar “olhar, mirar”.
Atenção!
Se o complemento do verbo VISAR for uma oração reduzida de
infinitivo, costuma-se abolir o uso da preposição, ainda que o sentido
seja de “desejar, almejar”. A preposição será, portanto, facultativa.
Comentários
Para responder à esta questão, teremos que relembrar alguns
aspectos do estudo de pronomes (a classe de palavra
variável que substitui ou acompanha o substantivo).
Na primeira lacuna, necessitamos de um pronome que retome
“proposta educacional” para conferir a seguinte relação de
posse: “o centro da proposta educacional”.
O pronome relativo adequado para conferir essa relação de
posse é “CUJO”: “a proposta educacional cujo centro”. No
entanto, o verbo da oração seguinte (“estaria”) requer o uso da
preposição “EM”. Observe:
“A ecologia estaria no centro da proposta educacional.”
“(...) uma proposta educacional EM CUJO centro estaria a
ecologia”.
Na segunda lacuna, por sua vez, necessitamos de um pronome
que retome a palavra “importância” para encaixá-la na oração
seguinte com o seguinte significado: “os estudos do meio se
vêm revestindo de importância”.
Para tanto, podemos utilizar o pronome relativo “QUE”, sem
esquecer o emprego da preposição “DE” (“se vêm revestindo
DE importância”). Observe:
“(...) a importância DE QUE se vêm revestindo os estudos do
meio.”
GABARITO: E
3. Regência Nominal
Comentários
Observe que a questão apenas pede ao candidato que analise a
correção do trecho de acordo com os aspectos sintáticos. Desse
modo, o enunciado da questão não traz explicitamente que o
assunto abordado é Regência, mas é justamente esse o
conhecimento necessário para que o candidato resolva bem o
exercício. Dessa forma, fique atento.
Ao analisar o item, percebemos que a afirmativa está ERRADA.
A regência do substantivo “OBRIGAÇÃO” requer o uso da
preposição “DE” (“ter obrigação DE fazer algo”). A preposição
“EM” não cabe nesse caso, pois não se diz “ter obrigação em
fazer algo”.
Crase
1. Aspectos Gerais
PREPOSIÇÃO “A”
+
A AQUELE / AQUELA / AQUILO A QUAL / AS QUAIS
ARTIGO PRONOMES DEMONSTRATIVOS PRONOMES RELATIVOS
DEFINIDO
No exemplo acima, é fácil notar que houve a união de uma vogal “A”
(preposição) com outra vogal “A” (artigo feminino). Isso ocorreu
porque a regência do verbo “IR” exige complemento preposicionado
(“quem vai, vai A algum lugar”) e porque o complemento “A CASA” é
formado por artigo feminino “A”.
Comentários
A afirmativa está ERRADA.
Aprendemos, agora, que a crase é a junção de duas vogais “A”:
na maior parte das vezes, a junção de preposição “A” com
artigo feminino “A”.
No trecho sublinhado, não poderia haver artigo feminino
antes de “MARTELO”, por se tratar de um substantivo
masculino.
Por esse motivo, costuma-se afirmar que não se emprega o
sinal indicativo de crase antes de palavra masculina.
GABARITO: ERRADA
Não houve crase porque não houve encontro de preposição “A” com artigo
“A”.
Vamos à Bahia.
= Vamos a + a Bahia
= Vamos para a Bahia
Vamos a Olinda.
= Vamos para Olinda
Comentários
A afirmativa está CERTA.
A regência do verbo “enviar”, nesse caso, requer o uso da
preposição “A” (enviar algo A algum lugar). O termo seguinte,
por sua vez, inicia-se pelo artigo definido feminino (A
Antártida). Da união dessas duas vogais, surge a necessidade
do emprego do sinal grave. Veja:
GABARITO: CERTA
EXCEÇÃO:
As locuções adverbiais de meio ou instrumento não recebem o sinal
indicativo de crase. Alguns gramáticos, no entanto, consideram como
facultativo o emprego do sinal nesses casos.
OBSERVAÇÃO:
Muitas vezes, a locução adverbial “À MODA DE” aparece implícita.
Nesses casos, deve-se manter o sinal indicativo de crase:
OBSERVAÇÃO:
Se o tempo indicado for indeterminado ou generalizado, não há a
crase:
4. Crase Facultativa
OBSERVAÇÃO:
Se o pronome possessivo retomar um termo elíptico (oculto), a crase
será obrigatória (pois a presença do artigo também):
- CASA:
Quando a palavra for empregada no sentido genérico de “lar,
morada”, NÃO haverá crase. Isso porque não se emprega o artigo
feminino antes do termo. Observe:
Apenas para que você fixe o assunto, observe uma lista de algumas
situações em que não haverá o fenômeno crase. Você não precisará
memorizar esses casos se já houver entendido tudo o que foi
estudado acima.
a) antes de verbo
QUESTÕES PROPOSTAS
a) às - à - à
b) às - à - a
c) as - a - à
d) as - à - a
e) às - a – à
Sem __1__ pujança econômica de outrora, __2__ Europa registra nos últimos
tempos o fortalecimento de pressões xenófobas e anti-imigração. Após __3__ crise
global, iniciada em 2008, e o consequente aumento dos índices de desemprego no
continente, grupos de extrema- direita conquistaram níveis inéditos de participação
nos Parlamentos nacionais da Suécia e da Grécia. Não satisfeitos em exercer __4__
representação política, tais agremiações têm protagonizado lamentáveis episódios
de agressão __5__ minorias de outras nacionalidades.
(Adaptado de Folha de S. Paulo, 12/02/2014.)
a)
b)
c)
e)
Responsabilidade social
a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:
Resgate no Chile
O valor que atribuímos ...... coisas é resultado, não raro, de uma história pessoal e
intransferível, de uma relação construída em meio a acidentes e percalços
fundamentais. Assim, nosso apreço por elas não corresponde absolutamente ......
valorização que alcançariam no mercado, esse deus todo-poderoso, que, no
entanto, resta impotente quando ao valor econômico se superpõe ...... afeição.
O desafio da violência
O Censo Escolar da Educação Básica de 2013 revela que, desde 2010, o número de
matrículas em educação integral no ensino fundamental cresceu 139%, chegando a
3,1 milhões o número de estudantes matriculados na educação básica. Só no último
ano, o crescimento foi de 45,2%.
O aumento do número de alunos no ensino integral é atribuído ao Programa Mais
Educação, criado pelo Ministério da Educação para incentivar as secretarias
estaduais e municipais de educação, com a transferência de recursos federais, a
oferecer a educação integral. É considerada educação integral a jornada escolar com
sete ou mais horas de duração.
“Esses números demonstram o esforço que está sendo feito e mostram que já
temos resultados”, disse o ministro da Educação, para quem a expansão do ensino
integral é um dos grandes destaques do censo. “A meta de ensino integral do Plano
Nacional de Educação, de 25% dos alunos estarem no ensino integral, é factível se
continuarmos com esse esforço”, complementou.
De acordo com o ministro, os dados do censo evidenciam o resultado das políticas
públicas e dos programas governamentais dedicados à ampliação da oferta
educacional. “Em médio e longo prazo, as políticas públicas voltadas para o
processo educacional começam a surtir efeito no censo”, afirmou.
Censo revela crescimento no ensino integral. fev./2014.Internet:
<www.portal.inep.gov.br> (com adaptações).
a) (1)ao
(2)aos
(3)no
(4)o
(5)à
(6)ao
b) (1) o
(2) dos
(3) no
(4) ao
(5) pela
(6) no
c) (1) o
(2) a
(3) o
(4) ao
(5) a
(6) a
d) (1) ao
(2) aos
(3) ao
(4) o
(5) pela
(6) à
e) (1) o
(2) dos
(3) ao
(4) o
(5) a
(6) à
Juscelino Kubitschek. Meu caminho para Brasília. Rio de Janeiro: Bloch Ed., 1.º vol.,
1974, p. 218 (com adaptações).
Julgue o item subsequente, com base no texto acima.
A sociedade brasileira, cada vez mais, quer conhecer e debater as políticas, planos e
programas de desenvolvimento, previamente a (1) tomada de decisão pelo Poder
Público e a (2) luz dos objetivos da sustentabilidade e da melhoria dos processos de
negociação e de controle social. Essa discussão é orientada pela busca do melhor
juízo sobre a (3) defesa ambiental com vistas a (4) adoção de um processo de
natureza negocial, baseado numa abordagem de gestão pública compartilhada, que
não deve estar restrita as (5) agências ambientais. Visa, também, à definição de
espaços adequados e permanentes para o diálogo de forma a (6) se antecipar aos
potenciais conflitos socioambientais associados as (7) propostas de desenvolvimento
e a (8) redução de ações de intervenção que remetam as (9) decisões a (10) esfera
do Judiciário.
a) 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9
b) 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10
c) 3, 6, 9, 10
d) 1, 2, 4, 5, 7, 8, 10
e) 1, 2, 5, 6, 10
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B B C E E C B A A D
11 12 13 14 15 16 17
C C C C E B D
QUESTÕES COMENTADAS
a) às - à - à
b) às - à - a
c) as - a - à
d) as - à - a
e) às - a – à
Comentários
A questão testa seus conhecimentos sobre crase.
Já aprendemos que o caso mais comum de crase trata da união de
preposição “A” + artigo “A”.
Na primeira lacuna, temos um substantivo cuja regência exige a
preposição “A” (em direção A algum lugar). O termo “cidades”, por
sua vez, deve ser iniciado por artigo definido feminino “AS” (AS
cidades), uma vez que o substantivo está com sentido determinado.
a)
b)
c)
d)
Comentários
Para resolver esta questão, é fundamental ter em mente o conceito de
crase. Sabemos que o fenômeno crase ocorre quando há a
junção de duas vogais “A”. Na maioria das vezes, essa junção
acontece entre uma preposição “A” e um artigo definido
feminino “A”.
Agora vamos analisar cada lacuna acima.
Na primeira lacuna, não haverá crase, pois não há qualquer termo
que exija o uso de preposição. Caberá somente o artigo definido
“A”: “sem a pujança econômica de outrora”. Para que fique clara a
ausência de preposição, vamos substituir por um termo masculino:
“sem o crescimento econômico de outrora”.
O mesmo argumento vale para a segunda e a terceira lacunas, nas
quais também não haverá crase, por ausência de preposição para
ligar-se ao artigo. Observe:
Responsabilidade social
Comentários
Esta questão exige que você se atente para a regência de alguns
verbos e nomes.
A alternativa que apresenta descuido quanto à regência é a C.
Observe que os verbos “respeitar” e “cuidar” possuem regências
diferentes, mas estão sendo completados pelo mesmo termo regido
(“da comunidade”). O verbo “respeitar” é transitivo direto,
enquanto “cuidar” é transitivo indireto. Assim, está correto dizer
“cuidar DA comunidade”, porém não se deve dizer “respeitar DA
comunidade”.
GABARITO: C
Comentários
A questão pede que se analise o emprego do sinal indicativo de crase
no seguinte trecho: “os emergentes saíram às lojas”.
Trata-se da união de preposição “A” com artigo definido feminino
plural “AS”. Isso porque o verbo sair, neste caso, é transitivo
indireto (sair A algum lugar).
A supressão do sinal grave significaria retirar a preposição, fato que
comprometeria a correção gramatical do período, uma vez que a
regência do verbo exige o complemento preposicionado.
GABARITO: ERRADO
Comentários
A questão pede que você analise a regência do verbo “apontar” nos
períodos acima. O que se quer, em resumo, é que você examine se o
emprego de preposição foi ou não realizado corretamente, de acordo
com a transitividade do verbo “apontar”.
Vamos analisar cada item separadamente.
I – Neste período, o verbo “apontar” foi usado no sentido de
“mostrar, identificar”, caso em que será transitivo direto e
indireto (apontar algo a alguém). Observe que, no trecho
“apontou-lhe as dificuldades”, há um objeto indireto (“lhe” = a ele) e
um objeto direto “as dificuldades”. Correto está, portanto, o uso do
verbo.
II – Neste período, o verbo “apontar” foi usado no sentido de
“indicar, expor”, caso em que será transitivo direto (apontar
algo). Observe que, no trecho “levou os demais a apontarem-no”,
o pronome “O” (da forma “NO”) funciona como objeto direto. Correto
está, também aqui, o uso do verbo.
III – Neste período, o verbo “apontar” foi corretamente usado
no sentido de “aparecer”, caso em que será intransitivo. O
complemento “à frente dos manifestantes” não é objeto indireto,
como pode parecer, mas sim adjunto adverbial.
Assim, observe que, nos três períodos, o verbo apontar foi utilizado
corretamente, embora apresente regências e significados distintos.
GABARITO: E
Comentários
Vamos analisar cada alternativa.
Alternativa A – O verbo “aspirar”, quando usado no sentido de
“almejar, desejar”, é transitivo indireto. Exige, portanto, o uso da
preposição “A”, corretamente empregada.
Alternativa B – O verbo “assistir”, quando usado no sentido de
“morar, residir”, é intransitivo, mas exige o acompanhamento de
adjunto adverbial iniciado pela preposição “EM”.
Alternativa C – A regência do substantivo “combate” exige
complemento preposicionado (combate A algo). O termo regido, no
entanto, não deve iniciar-se por artigo definido, uma vez que se trata
de termo genérico, indeterminado (“população” e não “a população”).
O sinal indicativo de crase foi, portanto, mal empregado.
Alternativa D – Quando o complemento do verbo “pagar” for
“pessoa” (e não “coisa”), ele será transitivo indireto (pagar A
alguém). Exige, portanto, o uso da preposição “A”, corretamente
empregada.
Alternativa E – Está correta a frase, pois o verbo “esquecer” é
transitivo direto (“esquecer algo”, e não “esquecer de algo”).
Somente será transitivo indireto na forma pronominal (“esquecer-
se de algo”).
GABARITO: C
Resgate no Chile
Comentários
Temos, aqui, uma excelente questão sobre crase. Ela aborda quase
todos os aspectos que estudamos relacionados ao tema.
Para respondê-la, temos de analisar a justificativa do emprego do
sinal grave no seguinte trecho: “ofereceram à equipe chilena de
salvamento...”.
Antes, no entanto, vale lembrar que crase é o fenômeno de união
entre duas vogais idênticas (em nossa língua, de duas vogais
“A”), indicado pelo acento grave (sinal indicativo de crase). O caso
mais comum de crase ocorre da união entre preposição “A” e artigo
definido feminino “A”.
É o que acontece no período mencionado acima. Observe que o verbo
“oferecer” é transitivo direto e indireto, ou seja, exige um
complemento não preposicionado e um complemento preposicionado
(oferecer algo A alguém).
No trecho destacado, devemos analisar somente o objeto indireto (“à
equipe chilena de salvamento”), que complementa o verbo “oferecer”
com auxílio necessário da preposição “A”. O termo recebe o sinal
indicativo de crase porque a preposição “A” une-se ao artigo
definido feminino “A” de “a equipe chilena de salvamento”. Está
correta, portanto, a ALTERNATIVA A.
Observe que a presença do artigo, nesse caso, é fundamental, pois o
termo “equipe” encontra-se determinado (não se trata de uma equipe
qualquer, mas A equipe chilena de salvamento). Logo, a
ALTERNATIVA B está errada.
a) às - à - a
b) as - à – a
c) as - a – à
d) às - a – a
e) às - à - à
Comentários
A primeira lacuna deve ser preenchida por “às”. Isso porque o termo
“às coisas” funciona como objeto indireto da oração, uma vez que
completa o sentido do verbo transitivo indireto “atribuir”: atribuir algo
O desafio da violência
Comentários
Para responder a esta questão, é necessário, logo de início, analisar a
regência do verbo destacado no seguinte trecho: “poderá dispor de
meios e recursos”. Observe que se trata de um verbo transitivo
indireto, uma vez que seu complemento exige o auxílio da
preposição “DE”.
Entre as alternativas apresentadas, o único verbo que exige o
complemento preposicionado é o verbo “FUGIR” (fugir A algo, no
sentido de “evitar, escapar”). É, portanto, verbo transitivo indireto,
tal qual o verbo “dispor”.
Nas demais alternativas, a regência do verbo é diversa. Observe:
Alternativa A – O verbo “defender” é transitivo direto.
Alternativa B – O verbo “convir” é intransitivo (“atualizar velhas
formas de comportamento” funciona como sujeito, e não como
objeto).
Alternativa C – O verbo “expressar” é transitivo direto, completado
pelo objeto direto “suas ideias”.
Alternativa D – Alternativa correta!
Alternativa E – A oração está escrita na voz passiva sintética. Se
transpusermos para a voz passiva analítica, teremos: “Uma saída
para a crise institucional é buscada”. Já aprendemos que somente
orações formadas por verbo transitivo direto ou verbo transitivo
direto e indireto (a exemplo do verbo “buscar”) podem ser
transformadas para a voz passiva sintética.
GABARITO: D
Comentários
Está correta a afirmativa acima.
O emprego do sinal grave justifica-se exatamente pelo motivo
mencionado, qual seja, a presença da preposição “A” (exigida pela
regência do termo “dedicados”) unida ao artigo definido feminino “A”
(de “a ampliação”). Essa união de duas vogais “A” é o que se
denomina CRASE.
GABARITO: CERTO
a) (1)ao
(2)aos
(3)no
(4)o
(5)à
(6)ao
Comentários
Temos, aqui, uma típica questão de regência. Assim, nossa tarefa
será analisar quando o nome (substantivo, adjetivo, advérbio) ou o
verbo exigem (ou não) o uso de preposição. Vamos analisar cada
lacuna.
(1) Já analisamos, ao longo da aula, as regências do verbo
“atender”. Vimos que, quando significa “responder”, o verbo poderá
ser tanto transitivo direto quanto transitivo indireto. Assim, a
lacuna pode ser preenchida das seguintes maneira: “atender AO/O
pedido de ajuda”.
Comentários
Nós aprendemos, quando estudamos a regência do verbo “CHAMAR”,
que seu predicativo admite tanto a forma preposicionada quanto a
forma não preposicionada.
Assim, tanto faz dizer “chamado de ‘o filosofo que ri’” ou “chamado ‘o
filósofo que ri’”. Está correta a afirmativa.
GABARITO: CERTO
Comentários
Nós aprendemos que é facultativa a crase antes de pronomes
possessivos. Isso porque o artigo, nesses casos, será facultativo.
Observe que tanto se pode escrever “dizia respeito AO meu futuro”
quanto “dizia respeito A meu futuro” (com o artigo definido masculino
e sem o artigo definido masculino, respectivamente).
Do mesmo modo, tanto se pode escrever “dizia respeito À minha
sina” quanto “dizia respeito A minha sina” (com o artigo definido
feminino e sem o artigo definido feminino, respectivamente).
Assim, a afirmativa está errada.
GABARITO: ERRADO
Refazer
Comentários
Vamos analisar em quais alternativas o sinal indicativo de crase foi
utilizado corretamente.
Alternativa A – O sinal indicativo de crase foi empregado
incorretamente. Não se pode utilizar artigo feminino antes de palavras
masculinas, o que inviabiliza a ocorrência da crase.
Alternativa B – A alternativa está correta. O verbo “referir” (transitivo
a) 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9
b) 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10
c) 3, 6, 9, 10
Comentários
Vamos analisar cada lacuna para determinar se há ou não justificativa
para o emprego do sinal indicativo de crase.
1) A regência do advérbio “previamente” exige complemento
preposicionado (previamente a algo). Uma vez que o termo seguinte,
por ser determinado, deve iniciar-se por artigo definido feminino (“a
tomada de decisão”), haverá a crase.
2) Aprendemos que se acentuam, com acento grave, locuções
femininas, independentemente da regência dos termos que lhes
antecederem. A locução “À luz” é um caso de locução adverbial
feminina em que sempre haverá a crase.
3) Neste caso, não haverá crase por ausência de preposição “A” para
unir-se ao artigo presente em “a defesa”. Observe que já se utilizou,
no complemento ao termo juízo, a preposição “sobre”, motivo pelo
qual não se deve empregar mais uma preposição.
4) Neste caso, há a união da preposição presente em “com vistas a”
com o artigo definido feminino presente em “a adoção”. Portanto,
haverá a crase: “com vistas À adoção”.
5) Neste caso, a regência da palavra “restrita” exige o complemento
preposicionado (restrita a algo). Uma vez que o termo regido inicia-se
com artigo definido plural “as agências”, haverá a crase: “restrita
ÀS agências”.
6) Não haverá crase neste caso, por ausência de artigo definido para
juntar-se à preposição presente. Isso porque, como aprendemos, não
se utiliza artigo antes de verbo.
7 e 8) A regência da palavra “associados” exige o complemento
preposicionado (associados a algo). Neste caso, teremos dois termos
regidos: um, iniciado por artigo definido feminino plural “as
propostas”, e outro, iniciado por artigo definido feminino “a redução”.
Em ambos, haverá a crase: “associados ÀS propostas” e “associados
À redução”.
9 e 10) O verbo “remeter” é transitivo direto e indireto (remeter algo
a alguém). Ele terá, portanto, um complemento sem preposição
(objeto direto) e um complemento preposicionado (objeto indireto). O
objeto direto, no texto, é o termo “as decisões” (09), sem preposição
e, portanto, sem crase. O objeto indireto, por sua vez, é o termo “à
esfera do Judiciário” (10), com preposição e, portanto, com crase.
GABARITO: D
Ludimila