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Curso Regular de Língua Portuguesa

Prof. Ludimila Lamounier,

AULA 12

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Língua Portuguesa para concursos
Curso Regular
Teoria e questões comentadas
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 12

AULA 12

Revisão e dicas de gramática e interpretação de textos. Simulado.

SUMÁRIO PÁGINA
Particularidades léxicas 03
1. Uso da palavra “que” 03
2. Uso da palavra “se” 10
3. Uso da palavra “como” 14
4. Uso do pronome “lhe” 16
5. Uso do “porquê” 16
5.1 “Por que” separado 16
5.2 “Porque” junto 17
5.3 Uso do acento circunflexo 17
6. Uso de “onde” e “aonde” 20
7. Uso do “gerúndio” 22
Dicas Gramaticais 23
Simulado 48
Gabarito 59
Simulado Comentado 60

Olá, concurseiro fiscal!


Hoje é a nossa última aula: Aula 12 de Língua Portuguesa do Curso
Regular. Desejo a você muita calma e concentração nesta reta final.
Estarei torcendo para que tenha sucesso e consiga atingir seu
objetivo! Boa sorte!

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DICA DA VEZ – o Edital


Este "Dica da Vez" vai falar sobre a importância do Edital. Em um
concurso público sua aprovação pode depender de correta leitura e
interpretação desse instrumento. Muitas vezes o aluno está confiante e
tem um bom domínio das matérias, contudo não soube preparar-se
corretamente para aquela prova específica. E acredite, um bom preparo
começa com uma análise profunda do edital.
Dessa maneira, não hesite em lê-lo atentamente e com calma, ponto a
ponto. Destaque as principais informações, como composição das
provas, peso das matérias e, em especial, o conteúdo programático de
cada disciplina. Estude prioritariamente isso e foque no que é
importante!

Vamos começar a nossa última aula?


O objetivo desta aula é fazer uma revisão por meio de um
simulado com vinte questões de provas passadas das principais
bancas examinadoras (ESAF, FGV, FCC E CESPE). Além disso, darei
algumas dicas que acho importante para quem vai enfrentar provas
de concurso. A primeira parte da aula será dedicada a determinadas
particularidades léxicas, que são fundamentais, como o uso das
palavras “que”, “se” e “como”. Logo após, veremos alguns termos que
sempre geram dúvidas, portanto aprenderemos, “de uma vez por
todas”, suas devidas colocações. Por último, faremos a revisão por
meio das vinte questões.

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Particularidades léxicas

1. Uso da palavra “que”

A palavra “que” admite vários empregos, dessa forma veremos cada


um deles separadamente.

Substantivo
O substantivo “quê” tem o valor de “qualquer coisa” ou “alguma
coisa”. Grafa-se sempre com acento circunflexo na letra “e”.
Exemplo:
Maria Rosa tem um encantador quê de mistério.

Advérbio de intensidade
O advérbio “que” intensifica adjetivos e advérbios; perceba que ele
funciona sintaticamente como adjunto adverbial de intensidade.
Possui valor semelhante ao das palavras “quão” e “quanto”.
Exemplo:
Que longe está minha viagem de férias!

Interjeição
A interjeição “quê” indica um sentimento, um estado interior, uma
emoção. Observe que tem valor equivalente a uma frase e não possui
função sintática. Grafa-se sempre com acento circunflexo na letra “e”.
Note que também usamos sempre o ponto de exclamação.
Exemplo:
Quê! Você já chegou?

Preposição
A preposição “que” tem valor equivalente às preposições “de” ou
“para”. Muito usada para ligar uma locução verbal com os verbos “ter”
e “haver”.

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Exemplos:
Tem que fazer o bolo de aniversário agora? (“que” = “de”)
Há pouco que fazer para terminar o jantar. (“que” = “para”)

Partícula expletiva ou de realce


A partícula expletiva “que” tem valor expressivo, enfático. Você se
lembra de que a retirada da partícula expressiva não traz qualquer
prejuízo à estrutura sintática da oração?
Exemplos:
Eu é que mereço ganhar na loteria.
Que bonita que Maria está hoje.

Pronome relativo
O pronome relativo “que” pode ser substituído por “qual” e variações.
Possui várias funções sintáticas e é sempre elemento coesivo
anafórico. Já vimos tudo isso com detalhes em outras aulas, sugiro
que você faça uma revisão caso tenha dúvidas.
Exemplo:
O homem que comprou a casa é italiano. (“que” = “o qual” – função
sintática = sujeito – o pronome “que” se refere anaforicamente ao
substantivo “homem”)

Pronome interrogativo
O pronome interrogativo “que” equivale a “que coisa”. Ocorre em
orações interrogativas.
Exemplos:
Que você fez naquele dia triste?

Pronome indefinido
O pronome indefinido adjetivo “que” acompanha um substantivo e
tem função de adjunto adnominal. Observe que ele equivale a
“quanto, quanta, quantos, quantas”.
Exemplo:
Que alegria imensa poder viajar!

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Conjunção coordenativa
A conjunção coordenativa “que” inicia orações coordenativas
sindéticas em um período composto.

Conjunção coordenativa aditiva


Possui valor semelhante ao da conjunção aditiva “e”.
Exemplo:
Dormia que dormia, mas continuava cansado.

Conjunção coordenativa adversativa


Possui valor semelhante ao da conjunção adversativa “mas”. Vem
sempre seguida pela palavra “não”.
Exemplo:
Outro, que não aquele deputado, teria que relatar o projeto de lei.

Conjunção coordenativa explicativa


Possui valor semelhante ao da conjunção explicativa “pois”.
Exemplo:
Não vá embora, que ficarei chateado.

Conjunção subordinativa
A conjunção subordinativa “que” faz a conexão entre uma oração
principal e uma oração subordinada.

Conjunção subordinativa integrante


Introduz oração subordinada substantiva.
Exemplo:
É necessário que Maria venha trabalhar. (“que Maria venha trabalhar” =
oração subordinada substantiva subjetiva)

Conjunção subordinativa concessiva


Introduz oração subordinada adverbial concessiva. Possui valor
equivalente ao da conjunção “embora”.
Exemplo:
Que nos tirem o salário, continuaremos em greve.

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Conjunção subordinativa causal
Introduz oração subordinada adverbial causal. Possui valor
equivalente ao dos conectivos “porque”, “porquanto”, “já que”.
Exemplo:
Entramos todos, que estava frio no quintal.

Conjunção subordinativa final


Introduz oração subordinada adverbial final. Possui valor equivalente
ao dos conectivos “para que”, “a fim de que”.
Exemplo:
Marina lhe fez sinal que se levantasse.

Conjunção subordinativa consecutiva


Introduz oração subordinada adverbial consecutiva. Possui valor
equivalente ao dos conectivos “sem que”, “tal que”, “tanto que”, “de
tal modo que”, etc.
Exemplo:
Marina não faz uma viagem que não coma todos os pratos típicos.

Conjunção subordinativa temporal


Introduz oração subordinada adverbial temporal. Possui valor
equivalente ao dos conectivos “logo que”, “desde que”, “assim que”,
“depois que”, etc.
Exemplo:
Convocada que foi, Ana dirigiu-se à sala do Presidente.

Conjunção subordinativa comparativa


Introduz oração subordinada adverbial comparativa. O “que” pode vir
ou não acompanhado do vocábulo “nem”.
Exemplo:
Marina cozinha melhor que sua mãe.
Ana come que nem um passarinho.

A seguir analisaremos três questões da FGV que abordam o


assunto que acabamos de ver.

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Questão – (FGV) Consultor de Orçamentos – Senado
Federal/2008
(Adaptada)

“É exatamente isso o que tem ocorrido, nos últimos tempos, no


que diz respeito ao direito de maior importância em uma
democracia, que é o direito de defesa, inexistente nos Estados
totalitários.”
A respeito das ocorrências da palavra QUE no trecho
acima, assinale a alternativa que apresente,
respectivamente, sua correta classificação.
a) conjunção subordinativa – conjunção integrante – conjunção
integrante
b) pronome relativo – pronome relativo – pronome relativo
c) conjunção integrante – conjunção integrante – conjunção
subordinativa
d) pronome relativo – preposição – pronome relativo
e) conjunção integrante – preposição – conjunção
subordinativa

Comentários
Esta questão trata dos diversos usos que a palavra “que”
pode assumir. Este tipo de questão ocorre com certa
frequência nas provas da banca FGV. O comando solicita que o
aluno analise um fragmento de texto e classifique corretamente
as ocorrências do vocábulo “que”.
Em primeiro lugar, precisamos examinar, com bastante
cuidado, as ocorrências.
Vamos ver o trecho do texto?
É exatamente isso o que tem ocorrido, nos últimos tempos, no
que diz respeito ao direito de maior importância em uma
democracia, que é o direito de defesa, inexistente nos Estados
totalitários.
Primeira ocorrência
É exatamente isso o que tem ocorrido
Aqui, temos um pronome relativo. Observe que ele se refere ao
pronome demonstrativo “o” e exerce a função sintática de
sujeito da forma verbal “tem ocorrido”.
Segunda ocorrência
nos últimos tempos, no que diz respeito ao direito de maior
importância em uma democracia
Aqui, temos um pronome relativo. Observe que ele se refere ao
pronome demonstrativo “o” (constante da contração de
preposição “em” + “o”) e exerce a função sintática de sujeito da
forma verbal “diz respeito”.

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Terceira ocorrência
ao direito de maior importância em uma democracia, que é o
direito de defesa
Aqui, temos um pronome relativo. Observe que ele se refere à
expressão “direito de maior importância em uma democracia” e
exerce a função sintática de sujeito da forma verbal “é”.
Dessa forma, as três ocorrências se referem a pronomes
relativos.
Gabarito: B

Questão – (FGV) Analista Legislativo – Processo


Legislativo – Senado Federal/2008
(Adaptada)

“Outro aspecto que configura alguns desafios ainda não


resolvidos na atual Constituição é a existência de muitos
dispositivos a reclamar leis que lhes deem eficácia plena. A
propósito, convém recordar que, promulgado o diploma
constitucional, o Ministério da Justiça realizou levantamento de
que resultou a publicação do livro ‘Leis a Elaborar’.”

Em relação às ocorrências da palavra QUE no trecho


acima, é correto afirmar que há:

a) duas conjunções subordinativas, um pronome relativo e uma


conjunção integrante.
b) três conjunções subordinativas e um pronome relativo.
c) três conjunções integrantes e uma conjunção subordinativa.
d) dois pronomes relativos e duas conjunções integrantes.
e) três pronomes relativos e uma conjunção integrante.

Comentários
Esta questão trata dos diversos usos que a palavra “que”
pode assumir. Este tipo de questão ocorre com certa
frequência nas provas da banca FGV. O comando solicita que o
aluno analise um fragmento de texto e classifique corretamente
as ocorrências do vocábulo “que”.
Em primeiro lugar, precisamos examinar, com bastante
cuidado, as ocorrências.
Vamos ver o trecho do texto?
Outro aspecto que configura alguns desafios ainda não
resolvidos na atual Constituição é a existência de muitos
dispositivos a reclamar leis que lhes deem eficácia plena. A
propósito, convém recordar que, promulgado o diploma
constitucional, o Ministério da Justiça realizou levantamento de
que resultou a publicação do livro ‘Leis a Elaborar’.

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Primeira ocorrência
Outro aspecto que configura alguns desafios ainda não
resolvidos na atual Constituição é a existência de muitos
dispositivos
Aqui, temos um pronome relativo que introduz a oração
subordinada adjetiva restritiva “que configura alguns desafios
ainda não resolvidos na atual Constituição”.
Segunda ocorrência
a existência de muitos dispositivos a reclamar leis que lhes
deem eficácia plena
Aqui, temos um pronome relativo que introduz a oração
subordinada adjetiva restritiva “que lhes deem eficácia plena”.
Terceira ocorrência
A propósito, convém recordar que, promulgado o diploma
constitucional, o Ministério da Justiça realizou levantamento
Aqui, temos uma conjunção integrante que introduz a oração
subordinada substantiva objetiva direta “que o Ministério da
Justiça realizou levantamento”.
Quarta ocorrência
o Ministério da Justiça realizou levantamento de que resultou a
publicação do livro ‘Leis a Elaborar’
Aqui, temos um pronome relativo que introduz a oração
subordinada adjetiva restritiva “de que resultou a publicação do
livro ‘Leis a Elaborar’”.
Dessa forma, há três ocorrências que se referem a
pronomes relativos e uma relativa a conjunção
integrante.
Gabarito: E

Questão – (FGV) Auditor Fiscal – SEFAZ (RJ)/2012


(Adaptada)

“É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito


das empresas – principalmente, as transnacionais –, decorrerá
também de ajustamentos de postura administrativa decorrentes
da adoção de critérios de responsabilização penal da pessoa
jurídica em seus países de origem. Tais mudanças,
inevitavelmente, terão que abranger as práticas administrativas
de suas congêneres espalhadas pelo mundo, a fim de evitar
respingos de responsabilização em sua matriz.”
No trecho acima, as ocorrências da palavra “que” classificam-
se, respectivamente como:

a) pronome relativo e preposição;


b) conjunção integrante e preposição;
c) conjunção integrante e conjunção integrante;
d) pronome relativo e conjunção integrante;

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e) preposição e pronome relativo.

Comentários
Esta questão trata dos usos que a palavra “que” possui.
Este tipo de questão ocorre com certa frequência nas provas da
banca FGV. O comando solicita que o aluno analise um
fragmento de texto e classifique corretamente as ocorrências do
vocábulo “que”.
Em primeiro lugar, precisamos examinar as duas
ocorrências.
Vamos ver o fragmento do texto?
É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das
empresas – principalmente, as transnacionais –, decorrerá
também de ajustamentos de postura administrativa decorrentes
da adoção de critérios de responsabilização penal da pessoa
jurídica em seus países de origem. Tais mudanças,
inevitavelmente, terão que abranger as práticas administrativas
de suas congêneres espalhadas pelo mundo, a fim de evitar
respingos de responsabilização em sua matriz.
Primeira ocorrência
É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das
empresas – principalmente, as transnacionais –, decorrerá
também de ajustamentos de postura administrativa decorrentes
da adoção de critérios de responsabilização penal da pessoa
jurídica em seus países de origem.
Aqui, temos uma conjunção subordinativa integrante.
Observe que ela introduz a oração subordinada substantiva
subjetiva “que a mudança do enfoque sobre o tema (...)“.
Segunda ocorrência
Tais mudanças, inevitavelmente, terão que abranger as práticas
administrativas
Aqui, temos uma preposição. Note que ela faz a conexão entre
os verbos (“ter” e “abranger”) que compõem a locução verbal.
Gabarito: B

2. Uso da palavra “se”

A palavra “se” admite vários empregos, pois possui diferentes funções


morfológicas e sintáticas. Dessa forma, vamos ver cada um deles
separadamente.

Pronome apassivador ou partícula apassivadora


O pronome apassivador “se” é empregado na formação da voz passiva
sintética ou pronominal, com verbos transitivos diretos ou transitivos
diretos e indiretos.

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Exemplos:
Venderam-se as três casas.
Entregou-se a encomenda a João.

Índice de indeterminação do sujeito


O índice de indeterminação “se” é empregado com verbos
intransitivos, de ligação ou transitivos indiretos.
Exemplos:
Vive-se bem em Brasília.
Precisa-se de vendedores.

Pronome reflexivo
O pronome reflexivo “se” é empregado para expressar que a ação
praticada pelo sujeito recai sobre ele próprio (voz reflexiva).
Exemplo:
Marisa machucou-se com a tesoura nova.

Pronome reflexivo recíproco


O pronome reflexivo “se” equivale a “um ao outro, uns aos outros”.
Exemplo:
Marisa e João abraçaram-se longamente.

Parte integrante de verbos essencialmente pronominais


A partícula “se” integra os verbos pronominais e não exerce função
sintática.
Exemplo:
Marisa se arrependeu de não ter estudado o suficiente para fazer uma boa
prova.

Partícula expletiva ou de realce


A partícula expletiva “se” tem valor expressivo, enfático. Você se
lembra de que a retirada da partícula expressiva não traz qualquer
prejuízo à estrutura sintática da oração?
Exemplo:
Já se passaram tantos meses, e João ainda não voltou.

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Sujeito acusativo ou de infinitivo
O sujeito de infinitivo aparece nas estruturas formadas pelos verbos
causativos (exemplos: “deixar”, “mandar”, “fazer”) e sensitivos
(exemplos: “ver”, “ouvir”, “sentir”), se seguidos de uma oração
reduzida.
Exemplo:
Deixou-se ficar à janela a manhã inteira.

Conjunção subordinativa condicional


Introduz oração subordinada adverbial condicional.
Exemplo:
Se Joana comesse frutas e verduras, eu ficaria mais tranquila.

Conjunção subordinativa causal


Introduz oração subordinada adverbial causal. Possui valor
semelhante ao das expressões “já que”, “visto que”.
Exemplo:
Se você sabia que eu não gostava do Manuel, por que o convidou para a
minha festa?

Conjunção subordinativa integrante


Introduz orações substantivas que indicam noção de hipótese, dúvida,
incerteza.
Exemplo:
Até agora João não sabe se Marina será sua hóspede.

Verbo “tratar-se”
O verbo “tratar-se” possui algumas particularidades, pois apresenta
três valores semânticos diferentes. Vamos ver?
O verbo “tratar-se” pode indicar “referência”. Quando é usado
assim, o verbo é impessoal, possui o “se” como parte integrante do
verbo (verbo transitivo indireto pronominal – sempre estará
acompanhado pelo “se”) e fica sempre no singular.
Exemplo:
Observe que se trata de irregularidades.

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O verbo “tratar-se” pode indicar “abordagem”, “discussão”,
“debate”. Quando é usado assim, o “se” é índice de indeterminação
do sujeito e fica sempre no singular. Observe que, se tiramos o “se”,
cabe sujeito.
Exemplos:
Tratou-se de questões importantes para a empresa.
O diretor tratou de questões importantes para a empresa. (“o diretor” =
sujeito)

O verbo “tratar-se” pode indicar “dar tratamento”. Quando é


usado assim, o “se” é partícula apassivadora.
Exemplos:
Tratou-se a questão financeira com inteligência. (“a questão financeira” =
sujeito)
Trataram-se as questões financeiras com inteligência. (“as questões
financeiras” = sujeito)

Vamos analisar uma questão?

Questão – (FGV) Auditor Fiscal – SEFAZ (RJ)/2012


(Adaptada)

Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse para


as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem
como para os profissionais especializados na área criminal, que
atuarão cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos
da empresa.

No período acima, o SE classifica-se como:

a) pronome reflexivo.
b) partícula apassivadora.
c) parte integrante do verbo.
d) pronome oblíquo.
e) indeterminador do sujeito.

Comentários
Esta questão trata dos diversos usos que a palavra “se”
pode assumir. Este tipo de questão ocorre com frequência nas
provas da banca FGV. O comando solicita que o aluno analise
um fragmento de texto e classifique corretamente a ocorrência
do vocábulo “se”.
Em primeiro lugar, precisamos examinar, com bastante
cuidado, a ocorrência.

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Vamos ver o trecho do texto?
Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse para
as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem
como para os profissionais especializados na área criminal, que
atuarão cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos
da empresa.

Observamos que o verbo “tratar” é, na sentença acima, um


verbo transitivo indireto. Sabemos que, em estruturas assim, o
sujeito fica indeterminado por causa da presença do pronome
“se”, que é chamado índice de indeterminação do sujeito.

Dessa forma, a resposta correta é a alternativa E.


Gabarito: E

3. Uso da palavra “como”

Neste tópico, estudaremos a palavra “como”.

Conjunção subordinativa causal


Introduz oração subordinada adverbial causal. Possui valor
semelhante ao de “porque”, “já que”, “visto que”.
Exemplo:
Como João estava doente, não foi trabalhar.

Conjunção subordinativa comparativa


Introduz oração subordinada adverbial comparativa. Possui valor
semelhante ao de “assim como”, “tal como”.
Exemplo:
Marina era linda como uma princesa.

Conjunção subordinativa conformativa


Introduz oração subordinada adverbial conformativa. Possui valor
semelhante ao da conjunção “conforme”.
Exemplo:
Fiz o projeto como o cliente me solicitou.

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Verbo
Exemplo:
Eu como pão no jantar.

Interjeição
Exemplo:
Como! Já acabou o chocolate?

Preposição
A preposição “como” introduz apostos e predicativos e possui valor
equivalente ao dos termos “por”, “para”, “de”, “na qualidade de”.
Exemplo:
Marisa sempre teve Ana como filha predileta.

A preposição “como” também introduz termos explicativos e possui


valor equivalente ao das expressões “por exemplo”, “a saber”.
Exemplo:
As frutas, como abacaxi e manga, são ótimas para sucos.

Pronome relativo
O pronome relativo “como” possui valor equivalente ao das
expressões “pelo qual”, “segundo o qual”. Normalmente, seu
antecedente é um destes substantivos: “modo”, “forma”, “maneira”.
Exemplo:
A maneira como Ana chorava deixou sua mãe preocupada.

Advérbio interrogativo de modo


O pronome interrogativo “como” possui valor equivalente ao das
expressões “de que modo?”, “de que maneira?”.
Exemplo:
Como solucionar as questões?

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4. Uso do pronome “lhe”

Objeto indireto
Exemplo:
Esse é um dever que lhe compete.

Complemento nominal
Exemplo:
Isto lhe parece gostoso. (complementa o adjetivo “gostoso”)

Adjunto adnominal
Exemplo:
Admiro-lhe a beleza. (indica noção de “posse”)

5. Uso do “porquê”

O emprego do “porquê” é bastante cobrado pelas bancas, pois


o candidato facilmente confunde se escreve-se junto,
separado ou com acento circunflexo.
Vamos ver? Muita atenção!

5.1 “Por que” separado

Quando podemos substituir o “por que” por “pelo qual” e


variações. Isso acontece por causa do seguinte: o “por” é uma
preposição e o “que” é um pronome relativo.
Exemplos:
A mala por que esperávamos chegou arrebentada. (= ”pela qual”)
As joias por que fui atraída eram feitas de ouro branco. (= ”pelas quais”)

Quando podemos substituir o “por que” por uma das


expressões: “por qual motivo” ou “por qual razão”. Isso
acontece por causa do seguinte: o “por” é uma preposição e o “que”
é um pronome interrogativo.
Exemplos:
Por que falou daquela maneira tão rude? (= por qual motivo)

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Amanhã o diretor deve explicar por que demitiu a secretária. (= por qual
motivo)

Quando temos orações subordinadas substantivas objetivas


indiretas e o verbo transitivo indireto exige a preposição
“por”.
Exemplos:
Marina anseia pela chegada de seu marido. (“pela chegada de seu marido =
objeto direto)
Marina anseia por que seu marido chegue. (“por que seu marido chegue” =
oração subordinada substantiva objetiva direta”)

5.2 “Porque” junto

Quando o “porque” possui a função de conjunção explicativa


(= “pois”), causal (= “já que”) ou final (= ”para que”).
Exemplos:
Vá embora agora, porque não gosto de gritaria. (= ”pois”)
Porque não concluiu o trabalho, ficará sem parte do pagamento. (= ”já
que”)
Trabalhe muito, porque consiga logo um aumento. (= “para que”)

Usamos o “porquê” junto e com acento circunflexo quando ele


possui valor de “motivo”, “razão”. Observe que o “porquê” é,
nesse caso, uma palavra substantivada e vem sempre precedido de
algum determinante.
Exemplo:
Eu não consegui entender o porquê de sua briga com José. (= “o motivo” e
“o” = “determinante”)

5.3 Uso do acento circunflexo

Você se lembra de que sempre acentuamos a palavra “que” se esta


estiver em final de frases ou se estiver acompanhada de algum
determinante? Neste segundo caso, a palavra funciona como um
substantivo. Essas regras valem então para “porquê” e “por quê”.
Exemplos:
Não concluiu o trabalho até agora por quê? (= “por qual motivo”)

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Deve existir um porquê para ela ter abandonado a escola. (= “um motivo”
e “um” = “determinante”)

A seguir, examinaremos duas questões da FGV.

Questão – (FGV) Investigador da Polícia Civil – SSP


(RJ)/2008
(Adaptada)
“Mas porque na verdade não me queres mais”

No verso acima, utilizou-se a forma correta porque.


Assinale a alternativa em que não se tenha utilizado
corretamente uma das quatro formas do porquê.

a) É necessário avaliar por quê, ontem, fomos derrotados.


b) Depois de entender por quê, prosseguiu.
c) Não sei por quê nem como.
d) Não entendemos as privações por que passamos.
e) Deve haver um porquê para nossa derrota.

Comentários
Esta questão trata das diferentes formas que a palavra
“porquê” pode apresentar. Este tipo de questão ocorre com
frequência nas provas da banca FGV. O comando solicita que o
aluno analise cinco alternativas e marque aquela que contenha
uma forma do “porquê” utilizada incorretamente.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa A
É necessário avaliar por quê, ontem, fomos derrotados.
Observe que foi utilizada a preposição “por” e o pronome
interrogativo “quê”. Mas deveria ter sido usado o “que” sem
acento circunflexo, tal como vimos na parte teórica acima.
Dessa maneira, a sentença correta é: É necessário avaliar por
que, ontem, fomos derrotados.
Esta é a resposta da questão.
Alternativa B
Depois de entender por quê, prosseguiu.
Observe que foi utilizada a preposição “por” e o pronome
interrogativo “quê” corretamente acentuado, por estar no final
de uma frase.
Alternativa C
Não sei por quê nem como.
Observe que foi utilizada a preposição “por” e o pronome
interrogativo “quê” corretamente acentuado, por estar no final
de uma oração.

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Alternativa D
Não entendemos as privações por que passamos.
Observe que foi utilizada a preposição “por” e o pronome
relativo “que”.
Alternativa E
Deve haver um porquê para nossa derrota.
Observe que foi utilizado o substantivo “porquê”, determinado
pelo artigo indefinido “um”.
Gabarito: A

Questão – (FGV) Auditor Fiscal da Receita Municipal –


Prefeitura de Angra dos Reis-RJ/2010
(Adaptada)

Porque a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento


atingiram níveis altos, as temperaturas globais têm subido num
ritmo mais rápido do que em qualquer época, desde que
começaram a ser medidas nos anos 1850.
No trecho acima, empregou-se corretamente a forma
PORQUE. Assinale a alternativa em que NÃO se tenha
obedecido às regras de seu emprego.
a) Por que os desmatamentos são comuns vamos aceitá-los?
b) Temos de verificar por que ocorrem os desmatamentos.
c) É desejável sabermos por que, ainda no século XXI, não há
tanta preocupação com os desmatamentos.
d) Em relação aos desmatamentos, é necessário saber por quê,
mas sempre com intenção de agir.
e) Sabemos por que os desmatamentos ocorrem.

Comentários
Esta questão trata das diferentes formas que a palavra
“porquê” pode apresentar. Este tipo de questão ocorre com
frequência nas provas da banca FGV. O comando solicita que o
aluno analise cinco alternativas e marque aquela que contenha
uma forma do “porquê” utilizada incorretamente.
Note que, no enunciado, temos a utilização da conjunção
subordinativa adverbial causal.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa A
Por que os desmatamentos são comuns vamos aceitá-los?
Observe que foi utilizada a preposição “por” e o pronome “que”.
Mas deveria ter sido empregada a conjunção subordinada
adverbial causal “porque”. Dessa maneira, a sentença correta
é: Porque os desmatamentos são comuns vamos aceitá-los?
Esta é a alternativa com grafia incorreta.

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Alternativa B
Temos de verificar por que ocorrem os desmatamentos.
Observe que o “por que” se equivale a “por qual motivo”.
Alternativa C
É desejável sabermos por que, ainda no século XXI, não há
tanta preocupação com os desmatamentos.
Observe que o “por que” se equivale a “por qual motivo”.
Alternativa D
Em relação aos desmatamentos, é necessário saber por quê,
mas sempre com intenção de agir.
Observe que o “por quê” se equivale a “por qual motivo”. A
palavra “que” recebeu corretamente o acento circunflexo por
estar no final de uma oração.
Alternativa E
Sabemos por que os desmatamentos ocorrem.
Observe que o “por que” se equivale a “por qual motivo”.
Gabarito: A

6. Uso de “onde” e “aonde”

Eu acredito que a troca de forma incorreta de “aonde” por “onde” é


um dos mais frequentes erros que as pessoas cometem. Tenha muito
cuidado!
Aprendemos que o pronome relativo “onde” só pode ser
empregado quando ele se referir a “lugar”.
Exemplo:
Em Paris, há uma torre muito famosa onde passei momentos alegres.

Por sua vez, “aonde” é empregado quando houver um verbo ou


um nome que exija a preposição “a”. Na maioria das vezes,
“aonde” possui valor equivalente a “para onde”.
Exemplos:
Eu irei aonde eu possa conseguir os documentos necessários. (o verbo “ir”
exige a preposição “a”)
Eu chegarei aonde eu tenho vontade. (o verbo “chegar” exige a preposição
“a”)
Você sabe aonde posso dirigir-me para entregar o documento? (o verbo
“dirigir” exige a preposição “a”)

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Vamos fazer uma questão?

Questão – (FGV) Fiscal de Rendas – SEFAZ-RJ/2009


(Adaptada)

O leitor já viu onde quero chegar.

Assinale a alternativa cuja estrutura seja equivalente


semanticamente à apresentada acima, mas que dela se
diferencie quanto à adequação da linguagem ao padrão
normativo.

a) Já observou o leitor onde quero chegar.


b) O leitor já viu aonde quero chegar.
c) Quero chegar onde o leitor já viu.
d) Em que ponto quero chegar o leitor já viu.
e) O leitor já viu em cujo local quero chegar.

Comentários
Esta questão aborda o uso de “onde” e “aonde”. Este tipo de
questionamento ocorre com frequência nas provas da banca
FGV. O comando solicita que o aluno analise cinco alternativas
e marque aquela que esteja correta gramaticalmente e seja
equivalente semanticamente à estrutura constante do
enunciado.
Note que, no enunciado, temos a utilização incorreta do
pronome “onde”. Como vimos, seria necessário termos o termo
“aonde”, pois o verbo “chegar” exige a preposição “a”.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa A
Já observou o leitor onde quero chegar.
Observe que foi utilizado o pronome “onde”, mas deveria ter
sido utilizado, em seu lugar, “aonde”. Note que o verbo
“chegar” exige a preposição “a”. Dessa forma, correta estaria a
sentença: Já observou o leitor aonde quero chegar.
Alternativa B
O leitor já viu aonde quero chegar.
Observe que, nesta alternativa, foi usado corretamente o termo
“aonde”, conforme já explicado anteriormente.
Esta alternativa está correta.
Alternativa C
Quero chegar onde o leitor já viu.
Mesmo erro da alternativa A. Correta estaria a sentença
seguinte: Quero chegar aonde o leitor já viu.
Alternativa D
Em que ponto quero chegar o leitor já viu.

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Observe que está errada a colocação da preposição “a”, pois o
certo seria o emprego da preposição “a” com o verbo “chegar”.
Desse modo, correta estaria a sentença: A que ponto quero
chegar o leitor já viu.
Alternativa E
O leitor já viu em cujo local quero chegar.
Observe que está errada a colocação da preposição “a”, pois o
certo seria o emprego da preposição “a” com o verbo “chegar”.
Desse modo, correta estaria a sentença: O leitor já viu a cujo
local quero chegar.
Gabarito: A

7. Uso do “gerúndio”

Quanto ao emprego da forma nominal gerúndio, é preciso bastante


atenção. É comum as pessoas o usarem de forma incorreta, em
estruturas que não o comportam.
Usamos o gerúndio quando temos uma ação que está
transcorrendo, pois o gerúndio tem um caráter progressivo.
Exemplos:
As mulheres estão conquistando melhores salários em grandes empresas.
O órgão emitiu um documento contendo as informações. (errado)
Houve um acidente envolvendo quatro carros. (errado)
Observe, no segundo e terceiro exemplos, que a ação não está
transcorrendo. Assim, vamos corrigi-los:
O órgão emitiu um documento com as informações.
Houve um acidente entre quatro carros.

O gerúndio também pode ter valor aditivo ou consecutivo. Nesses


casos, o seu uso está correto. Observe que a colocação de vírgula
antes desse gerúndio é obrigatória.
Exemplo:
O diretor refez a estrutura do gabinete, equilibrando as funções.
Veja, no exemplo acima, que poderíamos escrever de outra forma,
como segue:
O diretor refez a estrutura do gabinete e, com isso, equilibrou as funções.
De fato, é melhor usarmos a segunda estrutura para não corrermos o
risco de errar em uma prova discursiva.

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Outro uso correto é o gerúndio restritivo. Observe que a colocação
de vírgula antes desse gerúndio é proibida, pois estruturas restritivas
não são separadas por qualquer sinal de pontuação.
Exemplo:
O diretor observou seu funcionário fumando na sala.
Veja, no exemplo acima, que poderíamos escrever de outra forma,
como segue:
O diretor observou seu funcionário que fumava na sala.
De fato, é melhor usarmos a segunda estrutura para não corrermos o
risco de errar em uma prova discursiva.

Vamos para a próxima parte da aula?

Dicas Gramaticais

Em vez de/ao invés de


“Em vez de” indica substituição e “ao invés de” indica apenas “ao
contrário”. Se você estiver com dúvidas, escreva “em vez de”, porque
serve para todas as situações. Para usar “ao invés de” precisa haver
oposição de ideias.
Exemplos:
Comeu macarrão em vez de arroz.
Ao invés de sair, entrou. (=) Em vez de sair, entrou.

De encontro a/ao encontro de


“De encontro a” indica ideia de “choque”, “oposição” e possui valor
equivalente a “contra”. “Ao encontro de” indica “em direção a”, “a
favor de”.
Exemplos:
O senhor tropeçou e foi de encontro ao muro.
Houve discussões na família, porque a decisão do filho foi de encontro à
opinião dos pais.
Quando vi Marina, logo parti ao encontro dela.

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Não Houve discussões na família, porque a decisão do filho foi ao encontro
da opinião dos pais.

Tão pouco/tampouco
Observe que “tão pouco” possui valor equivalente a “muito pouco”.
Assim, temos “advérbio” de intensidade mais “pronome indefinido” ou
“advérbio”.
Por sua vez, “tampouco” é um advérbio que expressa a mesma ideia
de “também não”.
Exemplos:
O senhor falou tão pouco durante a viagem que eu nem percebi sua
presença.
Ana não passou no concurso, tampouco conseguiu o emprego.

Se não/senão
A expressão “se não” é composta por “conjunção condicional” e
“advérbio de negação”, dessa forma expressa hipótese, condição,
probabilidade. Veja que ela se equivale a “caso não” ou “quando não”.
Exemplos:
Se não fizer o trabalho, não poderá sair. (= “caso não faça”)
O problema era de complexa resolução, se não impossível. (= “quando
não”)

Por sua vez, “senão” é empregado nas seguintes situações:


 Conjunção correlata aditiva (= “mas também”)
 Conjunção adversativa (= “mas sim”)
 Preposição de exclusão (= “exceto”)
 Substantivo (= “problema”)
Exemplos:
Márcia nunca ganhou presentes caros do marido, senão flores baratas. (=
“mas sim”)
No trabalho de Joana, não encontramos senões. (= “problema”)
Marisa não sabia fazer outra coisa, senão reclamar. (= “exceto”)
Aninha não era apenas linda, senão simpática e charmosa. (= “mas
também”)

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Junto ao
Evite o uso da expressão “junto ao”, use “no”.
Exemplo:
O processo deu entrada junto ao TJMG. (errado)
O processo deu entrada no TJMG.

Nome de cor
Nome de cor, se indicado por substantivo, não varia.
Exemplo:
Tons pastel, blusas rosa, saias creme, casacos cinza.

Por causa que


Não existe a expressão “por causa que”. Use “porque”, “porquanto”.
Exemplo:
Marisa ficou triste por causa que ninguém a aplaudiu. (errado)
Marisa ficou triste porque ninguém a aplaudiu.

Desapercebido/despercebido
“Desapercebido” significa “desprevenido”. Cuidado para não usar o
termo de forma equivocada.
Exemplo:
O acontecimento passou desapercebido. (errado)
O acontecimento passou despercebido.

Consigo
“Consigo” só possui valor reflexivo. Cuidado para não usá-lo no lugar
de “com você”, “com o senhor”, etc.
Exemplo:
Irei consigo. (errado)
Irei com você.

Conquanto/porquanto/contanto que
“Conquanto” equivale a “embora” (concessão).
“Porquanto” equivale a “porque” (causa ou explicação).
“Contanto que” possui valor de caso, condição.

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Exemplos:
Conquanto seja muito pobre, compra roupas caras.
Marisa não reduzirá a quantidade de tempero na comida, porquanto deseja
que esta continue saborosa.

Já que/posto que
“Já que” equivale a “porque”, “visto que” (causa).
“Posto que” equivale a “embora” (concessão).
Exemplos:
Aninha deve ser trazida de volta, já que se arrependeu de suas atitudes.
Posto que fosse muito pobre, comprava sempre roupas caras.

À medida que/na medida em que


“À medida que” equivale a “à proporção que” (conjunção
proporcional).
“Na medida em que” equivale a “já que”, “visto que” (conjunção
causal).
Não se esqueça de que as expressões “à medida em que” e “na
medida que” não existem.
Exemplos:
Aninha desistiu de comprar o apartamento, na medida em que perdeu o
emprego.
À medida que comia, tomava um copo enorme de suco.

Sendo assim
Evite o uso da expressão “sendo assim” ou “assim sendo”, use “dessa
forma”, “desse modo”, “dessarte”.
Exemplo:
Marisa fará uma festa de aniversário amanhã. Sendo assim, comprarei um
presente para ela. (errado)
Marisa fará uma festa de aniversário amanhã. Dessa forma, comprarei um
presente para ela.

Como sendo/sendo que


Cuidado com as expressões “como sendo” e “sendo que”, pois elas
não existem.
Exemplos:

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O advogado classificou o crime como sendo hediondo. (errado)
O advogado classificou o crime como hediondo.
Estudou-se o projeto de lei sobre cotas raciais, sendo que houve algumas
polêmicas. (errado)
Estudou-se o projeto de lei sobre cotas raciais. Nesse contexto, houve
algumas polêmicas.

Por ora/por hora


A expressão “por ora” possui valor equivalente a “por enquanto”. Por
sua vez, a expressão “por hora” indica intervalos de sessenta a
sessenta minutos.
Exemplos:
O salário, por ora, ficará nesse valor.
Carla ganha R$ 100,00 por hora.

Devido a
Evite o uso da expressão “devido a”, pois é uma estrutura nova na
língua e muitas bancas consideram errado o seu emprego. Use “em
razão de”, “em virtude de”, “por causa de”. Cuidado também com a
expressão “em função de”, porque ela não existe.
Exemplo:
Devido a uma gripe, Ana está de repouso.
Em função de uma gripe, Ana está de repouso. (errado)
Por causa de uma gripe, Ana está de repouso.

A par de/ao par


A expressão “a par de” possui valor equivalente a “estar ciente” ou
“ao lado de”, “comparado com”. Por sua vez, a expressão “ao par”
indica “equivalência monetária, cambial”.
Exemplos:
Carla estava a par de todos os fatos ocorridos.
Carla foi ao cinema a par da tia.
A par da primavera do ano passado, até que esta está mais florida.
O real não está ao par do euro.

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Consta do/Consta no
Ambas as expressões “conta do” e “consta no” estão corretas.
Entretanto, alguns estudiosos preferem o uso de “consta do”.
Exemplo:
O documento consta do processo.
O documento consta no processo.

Nenhum/nem um
A palavra “nenhum” é um pronome indefinido e tem sentido oposto a
“algum”. Por sua vez, a expressão “nem um” possui o numeral “um”,
assim suas expressões semelhantes são “nem dois”, “nem três”, etc.
Exemplos:
Não havia nenhum documento na pasta.
Não lhe deram nem um pão a mais.

Está/estar
A palavra “está” é o verbo “estar” conjugado na 3ª pessoa do singular
(presente do indicativo). Por sua vez, “estar” é o infinitivo do mesmo
verbo.
Exemplos:
Jonas não sabe se Maria está em casa.
Marina ainda deve estar em casa. (locução verbal)
Joana fará o possível para estar em casa hoje à noite. (oração reduzida de
infinitivo)

Enquanto
Cuidado com a conjunção “enquanto”, pois ela não pode ser usada
para indicar “na qualidade de”.
Exemplo:
O diretor, enquanto chefe, deve respeitar seus subordinados. (errado)
O diretor, como chefe, deve respeitar seus subordinados.
O diretor, na qualidade de chefe, deve respeitar seus subordinados.

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Face ao exposto
Cuidado com a expressão “face ao exposto”, pois ela não existe. Use
“em face do exposto” ou “em face ao exposto”. Também está correto
usar “em razão do exposto” e “diante do exposto”.
Exemplo:
Face ao exposto seguem minhas conclusões. (errado)
Em face do exposto, seguem minhas conclusões.

Face o/em face de


Cuidado com a expressão “face a”, pois ela não existe. Use “em face
de”.
Exemplo:
Face o parecer apresentar conclusões inadequadas... (errado)
Em face de o parecer apresentar conclusões inadequadas...

A olhos vistos
Cuidado com a expressão “a olhos vistos”, pois ela é invariável.
Observe que se trata de uma locução adverbial.
Exemplo:
Marina emagrecia a olhos vistos.

Via de regra
Cuidado com a expressão “via de regra”, pois ela não existe. Use “em
regra”.
Exemplo:
As coisas funcionam, via de regra, assim. (errado)
As coisas funcionam, em regra, assim.

Em via de/em vias de


Cuidado com a expressão “em vias de”, pois ela não existe. Use “em
via de”.
Exemplo:
O diretor está em vias de terminar o relatório. (errado)
O diretor está em via de terminar o relatório.

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Grosso modo
Cuidado com a expressão “grosso modo”, pois ela não deve ser usada
com a preposição “a”.
Exemplo:
A pesquisa revelou, a grosso modo, uma diferença absurda entre os
moradores do bairro. (errado)
A pesquisa revelou, grosso modo, uma diferença absurda entre os
moradores do bairro.

Ter que/ter de
Ambas as expressões “ter que” e “ter de” estão corretas. Entretanto,
prefira o uso de “ter de” quando quiser evitar o uso excessivo da
palavra “que”.
Exemplo:
Eu tenho que preparar o almoço.
Eu tenho de preparar o almoço.

Tem-se
Cuidado com a expressão “tem-se”, pois ela não existe. Use o verbo
“haver”.
Exemplo:
Finalmente, tem-se a conclusão dos fatos. (errado)
Finalmente, há a conclusão dos fatos.


Cuidado com o advérbio de tempo “já”, pois seu emprego para indicar
inclusão não é culto. Use a expressão “por sua vez”.
Exemplo:
Marina é simpática, já a irmã dela é insuportável. (errado)
Marina é simpática, por sua vez a irmã dela é insuportável.

No sentido de
Evite o uso da expressão “no sentido de”, pois é uma estrutura nova
na língua, ainda sem legitimidade, e muitas bancas consideram errado
o seu emprego. Use “para”, “a fim de”, “com o intuito de”.

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Exemplo:
Isso acontece no sentido de facilitar a aplicação da vacina.
Isso acontece para facilitar a aplicação da vacina.

Vez que
A expressão “vez que” não existe. Use “uma vez que”. Também não
existe “de vez que”. Cuidado com a expressão “eis que”, pois ela
indica sentido de tempo e nunca de causa.
Exemplo:
Vez que Maria ainda não chegou, não sabemos o que fazer. (errado)
Eis que Maria ainda não chegou, não sabemos o que fazer. (errado)
Uma vez que Maria ainda não chegou, não sabemos o que fazer.

Inobstante
Cuidado com a palavra “inobstante”, pois ela não existe, apesar de
ser bastante usada, principalmente no meio jurídico. Use “não
obstante”, “nada obstante”.
Exemplo:
Inobstante Joana ter cobrado as prestações, recebeu apenas parte do
dinheiro. (errado)
Não obstante Joana ter cobrado as prestações, recebeu apenas parte do
dinheiro. (errado)

Entre/Dentre
A palavra “entre” significa “no meio de” e a palavra “dentre” significa
“do meio de”. Assim, o uso da palavra “dentre” é mais raro poucos
são os verbos que a admitem, como “emergir”, “surgir”, “sair”,
“retirar”. Você deve ter bastante cuidado, porque as pessoas
costumam empregar, de forma incorreta, “dentre” em vez de “entre”.
Exemplos:
Dentre os princípios, está o da impessoalidade. (errado)
Entre os princípios, está o da impessoalidade.
Em Brasília, há pontos turísticos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada,
Congresso Nacional, dentre outros. (errado)
Em Brasília, há pontos turísticos: Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada,
Congresso Nacional, entre outros.
Dentre as provas, emergiram as que são mais importantes.

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Melhor/mais bem
Antes do “particípio”, não use as formas sintéticas “melhor” e “pior”.
Empregue “mais bem” e “mais mal”.
Exemplos:
Márcio Ramos era o atleta melhor preparado para as Olimpíadas. (errado)
Márcio Ramos o atleta mais bem preparado para as Olimpíadas.
Minha redação foi a pior qualificada pela banca examinadora. (errado)
Minha redação foi a mais mal qualificada pela banca examinadora.

Protocolizar/protocolar
Ambas as formas “protocolizar” e “protocolar” estão corretas.
Exemplos:
Marisa protocolou o processo no STF.
Marisa protocolizou o processo no STF.

Às custas de
Não existe a expressão “às custas de”. Use “à custa de” e “a expensas
de”. Cuidado para não fazer confusão com o termo correto “as
custas”.
Exemplos:
A servidora somente conseguiu a função às custas de muito
esforço. (errado)
A servidora somente conseguiu a função à custa de muito esforço.
A servidora somente conseguiu a função a expensas de muito esforço.
Márcio pagou as custas processuais da ação.

Através de
“Através de” indica ideia de “atravessar”, “passar”. Cuidado com isso!
Exemplos:
Através da lei, definiu-se as normas de acesso ao teatro. (errado)
Por meio da lei, definiu-se as normas de acesso ao teatro.
Por intermédio da lei, definiu-se as normas de acesso ao teatro.
Através dos séculos, o mundo progrediu bastante. (noção de “passar”)
Através da lente, foi possível ler aquela minúscula informação. (noção de
atravessar”)

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Verbo “caber”
Tenha bastante cuidado com o verbo “caber”. Veja os seguintes
exemplos.
Exemplos:
Cabem aos alunos exigir boas instalações. (errado, pois “exigir boas
instalações” é o sujeito oracional do verbo “caber”, assim o verbo deverá ter
sua concordância feita na 3ª pessoa do singular).
Cabe aos alunos exigir boas instalações.
Cabem aos alunos os deveres de uso adequado das instalações. (o termo
“os deveres de uso adequado das instalações” é o sujeito plural do verbo
“caber”. Dessa forma, este deve ter sua concordância feita no plural).

Verbos terminados em “-i”


Os verbos terminados em “-i”, quando acompanhados de “lo, la, los,
las”, só são acentuados se o “-i” estiver em hiato e for tônico.
Exemplos:
Geraldo irá instruí-lo sobre o processo.
Sobre a demissão, Geraldo irá defini-la.

Verbo “intermediar”
Os verbos “intermediar”, “mediar”, “ansiar”, “remediar”, “incendiar”
conjugam-se como “odiar”.
Exemplo:
Geraldo intermedia a negociação. (errado)
Geraldo intermedeia a negociação.

Verbo “possuir”
Cuidado com os verbos “possuir”, “atribuir”, “contribuir”, etc.
Exemplos:
Geraldo possui muitas empresas.
Geraldo a Ana possuem muitas empresas.

Verbo “implicar”
O verbo “implicar” é transitivo direto no sentido de “acarretar”.
Exemplo:
O novo cargo implica responsabilidade.

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Verbo “assistir”
O verbo “assistir” exige a preposição “a” quando possui sentido de
“presenciar”. Lembre-se de que ele também não aceita pronome
átono, como “lhe”.
Exemplo:
Eu assisti ao jogo ontem.
Eu assisti a ele.
Eu assisti-lhe. (errado)

Alguns verbos para termos cuidado


Cuidado com os verbos “ver”, “rever”, “prever”, “vir”, “convir”, “ter”,
“manter”, “pôr”, “impor”, “fazer”, “desfazer”, “dizer”, etc.
Exemplos:
Se eu ver Ana por aí, não sei o que farei. (errado)
Se eu vir Ana por aí, não sei o que farei.
Se eu vier, saberei o que fazer.
Estudarei para concursos apenas quando me convier.
Se eu tiver sorte, ganharei o sorteio.
Se eu mantiver minha opinião, ela terá que ir embora.
Se ele puser mais sal na comida, ficará ruim.
Se eu impuser isso, muitos não gostarão.
Se ele fizer a prova, eu ficarei feliz.
Se eu desfizer o trato, muitos não gostarão.
Se nós dissermos a verdade, Ana ficará triste.

Paroxítonas terminadas em “-n”


As paroxítonas terminadas em “-n”, se vierem na forma ”plural”, não
são acentuadas.
Exemplo:
Pólen, polens, hífen, hifens.

Acento diferencial
Os vocábulos “pera”, “para”, “polo” e “pelo”, após o novo acordo
ortográfico, não recebem mais o acento diferencial. Entretanto,
“pode” e “por” continuam recebendo.

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Exemplo:
O bandido pôde fugir. (pretérito perfeito do indicativo do verbo “poder”)
O bandido pode fugir. (presente do indicativo do verbo “poder”)
Você deve pôr a caixa na estante. (verbo “pôr”)
Não vá por ruas escuras. (preposição “por”)

Tem/têm
A forma verbal “tem” recebe acento se estiver no plural. A mesma
coisa acontece com a forma verbal “vem”. Também tenha cuidado
com a forma verbal “põe”.
Exemplo:
Ele tem uma bonita casa.
Eles têm casas bonitas.
Ela põe muito açúcar no café.
Elas põem muito açúcar no café.

A partir de
Tenha bastante cuidado com a expressão “a partir de”, pois ela
expressa uma ideia temporal apenas.
Exemplo:
A partir do ano de 2015, será necessário cumprir as regras estabelecidas
pela empresa.
Dessa forma, está errado usar a referida expressão quando queremos
expressar ideias diferentes da temporal. Observe:
Exemplo:
A partir de exame realizado, observou-se deficiência em algumas vitaminas.
(errado)
Para corrigir, use expressões como “com base em”, “com fundamento
em”, etc.
Exemplo:
Com base em exame realizado, observou-se deficiência em algumas
vitaminas.

A meu ver/ao meu ver


Tenha bastante cuidado com as expressões “a meu ver” e “a nosso
ver”, pois não existem a expressões “ao meu ver” e “ao nosso ver”.

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Exemplo:
A nosso ver, será necessário cumprir as regras estabelecidas pela empresa.
Ao nosso ver, será necessário cumprir as regras estabelecidas pela empresa.
(errado)

Acento grave antes de palavra masculina


Não existe acento grave antes de palavra masculina, a não ser que a
palavra “moda” esteja subentendida.
Exemplos:
Comprei uma cadeira à (moda de) Luís XV.
Ana estava vestida a caráter. (“caráter” = palavra masculina)

Do ponto de vista/sob o ponto de vista


Tenha bastante cuidado com as expressões “do ponto de vista” e “sob
o ponto de vista”, pois não existe a última.
Exemplo:
Do ponto de vista, será necessário cumprir as regras estabelecidas pela
empresa.
Sob o ponto de vista, será necessário cumprir as regras estabelecidas pela
empresa. (errado)

A nível de/em nível de


Tenha bastante cuidado com as expressões “em nível de” e “a nível
de”, pois não existe a última.
Exemplo:
Ana fará uma prova em nível de segundo grau. (“em nível de” indica esfera,
instância)
A nível de cidade, Brasília é das melhores. (errado)

Perante o/perante ao
Tenha bastante cuidado com as expressões “perante o” e “perante
ao”, pois não existe a última.
Exemplo:
Ana falou perante o juiz.
Ana falou perante ao juiz. (errado)

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Quando do (da)
Tenha bastante cuidado com a expressão “quando do”, pois, por ser
um galicismo, deve ser evitada.
Exemplo:
Quando da audiência, Ana falou perante o juiz. (errado)
Por ocasião da audiência, Ana falou perante o juiz.

Partícula apassivadora
Cuidado: na voz passiva sintética, o verbo concorda com o sujeito.
Exemplos:
Alugam-se lojas.
Fazem-se consertos.

Cidadão
O plural de “cidadão” é “cidadãos”. Cuidado para não fazer confusão.

Gratuito
Pronunciamos e grafamos corretamente assim: “gratuito”. “Gratuíto”
está errado. Cuidado para não fazer confusão.

Meio ambiente
“Meio ambiente” não se escreve com hífen. Cuidado para não fazer
confusão. Por sua vez, temos: “má-fé”, “boa-fé”, “maus-tratos”,
“bem-estar”.

No/na
Se o verbo termina em “m”, “ão” ou “õe”, os pronomes “o, a, os, as”
assumem as formas “no, na, nos, nas”.
Exemplo:
Ana e Márcia esperavam-no.

Verbos “de movimento”


Verbos “de movimento” exigem a preposição “a”, e não “em”.
Exemplos:
Ana chegou a Belo Horizonte.

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Amanhã irei ao teatro.
Márcia levará as crianças ao cinema.

Verbo “preferir”/é preferível


Prefere-se uma coisa “a” outra. Não usamos a preposição “de”.
Exemplos:
Ana preferia trabalhar a estudar.
É preferível trabalhar a estudar.

Entre mim
Usamos o pronome “mim” e não “eu”, etc. Veja:
Exemplos:
Entre mim e você.
Entre eles e ti.

Verbo “intervir”
Conjugamos o verbo “intervir” como o verbo “vir”.
Exemplo:
Carlos interveio na negociação.
Carlos interviu na negociação. (errado)

Meio
“Meio”, quando funciona como advérbio, é invariável.
Exemplo:
Ana é meio agitada.
Ana é meia agitada. (errado)

A ver/haver
Observe, a seguir, quando usamos “a ver”. “Haver” é verbo.
Exemplos:
O documento não tem nada a ver comigo.
O documento não tem nada haver comigo. (errado)
O documento tem tudo a ver comigo.
O documento tem tudo a ver comigo. (errado)

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Óculos/parabéns/costas
Concordância é feita no plural.
Exemplos:
Adorei os seus óculos.
As minhas costas estão doendo.

A/Há
O verbo “haver” é usado para indicar “tempo decorrido” (tal como o
verbo “fazer”) ou para expressar o mesmo valor de “existir”. Ele é
impessoal (invariável) em ambos os casos. Usamos a preposição “a”
para geralmente indicar “tempo futuro” ou “distância”.
Exemplos:
Havia muitos documentos na sala. (= “existir”)
Existiam muitos documentos na sala.
Faz trinta dias que Carlos viajou. (= “tempo decorrido”)
Carlos viajou há trinta dias. (= “tempo decorrido”)
Carlos viajará daqui a poucos dias.
Carlos está a cem metros de onde Maria trabalha.

Atenção: não usamos “Há muitos anos atrás”, pois é uma expressão
tautológica ou pleonástica. “Há” e “atrás” demonstram a mesma coisa,
ou seja, tempo decorrido.
Exemplos:
Maria se formou há dez anos.
Maria se formou dez anos atrás.

Parte integrante do verbo


Alguns verbos têm, como parte integrante, pronomes pessoais
átonos. Assim, esses pronomes não possuem função sintática e são
chamados de parte integrante do verbo ou pronome fossilizado.
Exemplos:
Suicidar-se, lembrar-se, queixar-se, escandalizar-se, etc.

Algarismos romanos
Caso o algarismo romano venha antes do substantivo, ele será
sempre ordinal.

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Exemplos:
Eu fui convidada para participar da XXX Bienal de Arquitetura. (= “trigésima
Bienal”)
Eu fui convidada para participar da III Bienal de Arquitetura. (= “terceira
Bienal”)

Pronomes de tratamento
Os pronomes de tratamento são usados como referência à 2ª pessoa
(pessoa com quem se fala), mas fazemos a concordância sempre na
3ª pessoa.
Exemplo:
Vossa excelência poderá ter o auxílio de seus subordinados.

Muito/bastante/pouco/menos/mais
As palavras “muito”, “bastante”, “pouco”, “menos” e “mais”, se
antecederem o substantivo, serão pronomes indefinidos adjetivos.
Exemplos:
Márcia tem muitos problemas.
Márcia tem bastantes dúvidas.

Grafias corretas
Algumas palavras provocam dúvidas quanto à sua grafia. A seguir,
coloco uma lista, na qual consta a grafia errada entre parênteses.
Exceção (excessão)
Paralisar (paralizar)
Frustrado (frustado)
Empecilho (impecilho)
Invólucro (envólucro)
Calcário (calcáreo)
Adivinhar (advinhar)
Cinquenta (cincoenta)
Beneficente (beneficiente)
Chuchu (xuxu)
Zoar (zuar)
Pichar (pixar)
Ascensão (ascenção)

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Privilégio (previlégio)

Acerca de/a cerca de/há cerca de


A expressão “acerca de” significa “sobre”, “a respeito de”.
Exemplo:
Márcia irá discursar acerca dos problemas de transporte.

A expressão “a cerca de” significa “a aproximadamente”. Por sua vez,


a expressão “há cerca de” significa “faz aproximadamente”.
Exemplos:
Márcia chegou ao teatro há cerca de dez minutos.
Márcia ficará a cerca de dez metros da plateia.

Sessão/seção/cessão
A palavra “sessão” significa um intervalo de tempo em que alguma
atividade acontece. Pode ser uma reunião, um espetáculo, uma
consulta ou qualquer outra atividade.
Por sua vez, a palavra “seção” ou “secção” expressa sentido de
divisão, departamento, parte de um todo, subdivisão.
Por fim, a palavra “cessão” origina-se do verbo “ceder” e expressa
“doação”, “transferência de posse ou de direito”.
Exemplos:
Hoje teremos sessão noturna na Câmara dos Deputados.
Marisa trabalha na seção de arquitetura do Departamento de Obras.
Ana fará a cessão de seus bens para os seus filhos.

A princípio/em princípio
A expressão “a princípio” significa primeiramente, no início. Por sua
vez, a expressão “em princípio” significa “em tese”, “de forma geral”.
Exemplos:
A princípio, Ana explicou os termos gerais de sua palestra.
Em princípio, Marta concordou com o esquema que sua professora
apresentou.

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Mau/mal
“Mau” é um adjetivo e seu antônimo é o adjetivo “bom”. Portanto,
“mau” irá se conectar a substantivos e será uma palavra variável.
Exemplos:
O mau jogador irá entrar para o meu time.
As más companhias são um problema.

Por sua vez, “mal” pode ser substantivo abstrato (“a maldade”),
conjunção temporal ou advérbio. Neste último caso, possui valor
oposto de “bem”. Como conjunção temporal possui valor semelhante
a “logo que”, “assim que”.
Exemplos:
O jogador do meu time jogou mal. (advérbio)
Mal ela chegou ao teatro, a peça começou. (conjunção temporal)
O mal é um dos piores problemas da humanidade. (substantivo)

Mais/mas
“Mais” pode ser advérbio de intensidade ou pronome indefinido. Não
se esqueça de que advérbios modificam verbos, adjetivos ou outros
advérbios e que pronomes se conectam a substantivos.
Exemplos:
O time do bairro vizinho possui mais equipamentos. (pronome indefinido)
Ela precisa estudar mais para conseguir fazer uma boa prova. (advérbio de
intensidade)

Por sua vez, “mas” é uma conjunção.


Exemplos:
O jogador do meu time jogou mal, mas foi aplaudido. (conjunção
coordenativa adversativa – equivale a “porém”, “contudo”, “todavia”)
Não é só a Maria que pertence o apartamento, mas também a seu marido.
(conjunção coordenativa aditiva – correlação “não é só..., mas também...”)

Atenção!
Observe que algumas vezes o “mas” aparece como palavra denotativa
de ênfase ou de situação.
Exemplos:
Mas quem virá à reunião?

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Mas que lindos olhos tem Maria!

A fim/afim
“A fim” é utilizado em locuções prepositivas (“a fim de”) ou
conjuntivas (“a fim de que”). Ambas as locuções indicam sentido de
finalidade, objetivo. Observe que “a fim de” possui valor semelhante a
“para”.
Exemplos:
A fim de fazer uma boa prova, Bruna estudou bastante.
A fim de que ela ficasse bonita, comprei-lhe uma roupa nova.

Por sua vez, “afim” é um adjetivo e possui valor semelhante a “que é


próximo”, “que possui afinidade”.
Exemplos:
Ana e Márcia possuem personalidades afins.
As duas disciplinas possuem conteúdos afins.

Se quer/sequer
A expressão “se quer” é a união da conjunção condicional “se” e do
verbo “querer” conjugado na 3ª pessoa do singular do futuro do
subjuntivo. Note que essa expressão se equivale a “se desejar” e
indica valor hipotético, condicional.
Por sua vez, a palavra “sequer” é um advérbio e expressa “ao
menos”. Ela é muito usada em frases negativas.
Exemplos:
Se quer fazer uma boa prova, estude bastante.
Marisa não fez a prova e nem sequer preocupou-se em contar isso aos pais.

Vamos treinar o assunto visto?

Questão – (CESPE) Agente Penitenciário – DEPEN/2013


(Adaptada)

Ex-presidiário, condenado a mais de cem anos de prisão por


assalto à mão armada e homicídio, Luiz Alberto Mendes Júnior
teve uma vida que renderia um belo filme de ação.

Em relação à tipologia, às informações e às estruturas


linguísticas do trecho acima, julgue o item a seguir.

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Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “a
mais de cem anos” (sublinhado no trecho) por “há mais de cem
anos”.

Comentários
Esta questão aborda o uso de “há” e “a”. O comando solicita
que o aluno analise um trecho de texto e verifique se podemos
substituir “a” por “há” e, ainda assim, a sentença terá sua
correção gramatical mantida.
Note que em "há mais de cem anos" o verbo haver é impessoal
(invariável) e indica tempo decorrido, portanto é utilizado na 3ª
pessoa do singular. Por sua vez, na sentença "a mais de cem
anos", há um sujeito (Luiz Alberto Mendes Júnior) e “a” é uma
preposição.
Gabarito: ERRADA

Questão – (FCC) Técnico Judiciário – Área Administrativa


– TRF-5ª Região/2012
(Adaptada)

Tampouco seu trabalho na indústria do cordel, que já estava


bem firmada quando ele apareceu. Nunca, aliás, possuiu
impressora própria.

Os elementos grifados na frase acima têm,


respectivamente, o sentido de:
a) também não - a propósito
b) não mais que – porém
c) muito menos - qual seja
d) tal e qual - portanto
e) ainda assim - por sinal

Comentários
Esta questão trata do uso de “tampouco” e “aliás”. O
comando solicita que o aluno analise um trecho de texto e
verifique o sentido desses dois termos.
Vimos que “tampouco” é um advérbio que expressa a mesma
ideia de “também não”. Por sua vez, “aliás” é um advérbio e
introduz ideia de “retificação” ou “por falar nisso”, “a
propósito”.
Gabarito: A

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Questão – (TJ-SC) Titular de Serviços de Notas e de
Registros – TJ-SC/2008
(Adaptada)

Assinale a alternativa que completa e dá sentido ao


enunciado:

Coube à sua ______ agradecer a ______ do espaço onde se


realizou o debate ______ da ______ onda de violência nas
escolas.
a) assessoria – cessão – acerca – incipiente
b) acessoria – cessão – acerca – incipiente
c) acessora – sessão – a cerca – incipiente
d) assessoria – seção – há cerca – insipiente
e) assessora – sessão – acerca – insipiente

Comentários
Esta questão aborda o uso de algumas palavras que sempre
geram dúvidas. O comando solicita que o aluno analise um
trecho e verifique quais os termos que podem ser encaixados aí
de forma correta.
Temos, assim, quatro termos para examinar. Vamos ver?
Na primeira lacuna, devemos colocar a palavra “assessoria”,
pois as palavras “acessoria” e “acessora” não existem. Observe
que existe a palavra “acessória”, adjetivo que significa “que
segue ou acompanha o principal”.
Na segunda lacuna, deverá ser encaixada a palavra “cessão”,
pois ela significa “ato de ceder”.
Na terceira lacuna, devemos usar “acerca”, pois queremos um
termo que signifique “a respeito de”. Lembre-se de não fazer
confusão entre “acerca” (“a respeito de”), “há cerca de” (faz
aproximadamente”) e “a cerca de” (“a aproximadamente”).
Por último, na quarta lacuna, encaixa-se a palavra “incipiente”
(inicial), e não “insipiente” (ignorante).
Gabarito: A

Questão – (ESAF) Assistente Técnico Administrativo –


MF/2008
(Adaptada)

A eficiência no uso dos recursos públicos é, cada vez mais, uma


exigência da sociedade. Esta espera que a prestação de serviços
governamentais ocorra com qualidade, utilizando racionalmente
os recursos dos contribuintes. Nesse sentido, diversos estudos
têm surgido afim de discutir a qualidade das administrações
públicas. O que se nota é que o maior controle está associado à
maior rigidez institucional, o que, se por um lado, pode coibir o

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comportamento corrupto do gestor público, por outro lado pode
também reduzir seu incentivo em adotar comportamento
inovador por temer que a inovação seja considerada ilegal,
comprometendo sua carreira.
(Adaptado de http://www.brasil-economia-
governo.org.br/2012/11/21/gestao-publica-mais-eficiente/)

Julgue a expressão em negrito no texto acima.

Comentários
Esta questão aborda o uso de “afim de” e “a fim de”. O
comando solicita que o aluno analise um trecho de texto e
verifique se o emprego da expressão “afim de” está correto.
Aprendemos que “a fim” é utilizado em locuções prepositivas
(“a fim de”) ou conjuntivas (“a fim de que”). Ambas as locuções
indicam sentido de finalidade, objetivo. Observe que “a fim de”
possui valor semelhante a “para”. Por sua vez, “afim” é um
adjetivo e possui valor semelhante a “que é próximo”, “que
possui afinidade”.
Dessa forma, vemos que deveria ter sido usado “a fim de” em
vez de “afim de”, o que torna a questão errada.
Gabarito: ERRADA

Questão – (CRSP-PMMG) Oficial da Polícia Militar – PM-


MG/2013
(Adaptada)

Leia atentamente o texto e escreva as palavras corretas.


Após, marque a alternativa CORRETA que corresponde à
sequência em que elas aparecem no texto.

No ano de 2012, no Congresso Nacional, houve


__________ (sessão, seção, cessão) para debater sobre
____ (a, à) nova lei ambiental. Naquela oportunidade, discutiu-
se também sobre a __________ (sessão, seção, cessão) de
terras por parte da União para determinadas ONGs. Muitos
jornalistas fizeram perguntas a respeito do documento de mais
de 400 páginas, onde cada __________ (sessão, seção, cessão)
do projeto foi amplamente discutida. Um deputado levantou a
polêmica sobre o __________ (porque, porquê, por que, por
quê) de tal projeto ser levado a plenário em ano eleitoral. A
resposta foi no sentido de que a sociedade está
__________ (afim, a fim) de uma solução para a questão
ambiental e que ______ (há, a) muito tempo a discussão se
arrasta e ainda ressaltou que daqui ______(há, a) alguns anos
colheremos os benefícios. Em decorrência do calor que fazia em
Brasília (DF), algumas pessoas passaram ______ (mau, mal).
Os ambientalistas assistiam ____ (a, à) cena em silêncio.

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a) (seção); (a); (sessão); (cessão); (porque); (a fim); (a);
(há); (mal); (a).
b) (sessão); (a); (cessão); (seção); (porquê); (a fim); (há);
(a); (mal); (à).
c) (seção); (à); (cessão); (sessão); (por quê); (a fim); (há);
(a); (mau); (à).
d) (cessão); (a); (seção); (sessão); (por que); (afim); (a);
(há); (mau); (a).

Comentários
Esta questão aborda o uso de algumas palavras que sempre
geram dúvidas. O comando solicita que o aluno analise um
trecho e verifique quais os termos que podem ser encaixados aí
de forma correta.
Temos, assim, dez termos para examinar. Vamos ver?
Na primeira lacuna, devemos colocar a palavra “sessão”, pois
ela significa “espaço de tempo destinado à execução de alguma
atividade, como uma reunião”.
Na segunda lacuna, deverá ser encaixado “a”, pois aí
precisamos de um artigo definido.
Na terceira lacuna, devemos usar “cessão”, pois queremos
um termo que signifique “ato de ceder”.
Na quarta lacuna, encaixa-se a palavra “seção”, pois
precisamos de um termo que indique “divisão”, “parte de um
todo”.
Na quinta lacuna, encaixa-se a palavra “porquê”. Note que
deve aí ser colocado um substantivo, determinado pelo artigo
“o”.
Na sexta lacuna, deverá ser encaixada a expressão “a fim de”.
Observe que deve aí ser colocado algum termo que indique
“finalidade”.
Na sétima lacuna, encaixa-se a palavra “há”. Perceba que
deve aí ser escrito algum termo que indique “tempo decorrido”.
Na oitava lacuna, encaixa-se a preposição “a”, que vai indicar
“futuro”.
Na nona lacuna, encaixamos o advérbio “mal” (sentido oposto
de “bem”).
Na décima lacuna, devemos colocar o termo “à”, por causa da
regência do verbo “assistir”.
Gabarito: B

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Simulado

Chegamos, agora, em um ponto crucial do nosso curso: o simulado


final com questões diversas. Nada melhor para revisar e testar os
seus conhecimentos do que uma bateria de exercícios do conteúdo
visto nas aulas.
Desse modo, este simulado apresenta 20 questões das principais
bancas examinadoras: CESPE, FCC, FGV e ESAF. É importante que
você o resolva como se fosse a prova do concurso. Assim, não mais
consulte nenhum material didático, use apenas o seu conhecimento
para a resolução das questões propostas. Uma vez finalizado,
consulte os comentários, mesmo que tenha acertado a questão.
Vamos começar?

QUESTÕES PROPOSTAS

Questão 01 – (CESPE) Auditor de Controle Externo – TC-DF/2014

Na trajetória de cada indivíduo, a faculdade de antever o futuro e o autocontrole


necessário para agir no tempo dependem de um equipamento cerebral e mental que
se constitui nas etapas formativas do ciclo de vida.
A disposição de usar essa faculdade, entretanto, varia de forma significativa entre
os indivíduos. A formação de preferências temporais em distintos campos da vida
prática — saúde, educação, carreira profissional, finanças, relações afetivas,
previdência, práticas religiosas — é um assunto de extraordinária complexidade e
que deverá continuar desafiando a engenhosidade humana por muito tempo ainda.
No sempre renovado embate entre a impulsividade da cigarra límbica e o cálculo
prudente da formiga pré-frontal, o resultado não está dado de antemão. Enquanto
uma se agarra ao momento fugaz e deixa que o amanhã cuide de si (“no caminho
da oficina, há um bar em cada esquina”), a outra procura uma posição neutra em
relação ao que está ao alcance dos sentidos e avalia os trade-offs entre
recompensas abstratas, inclusive aquelas que se espera obter e desfrutar em prazos
mais longos (como a manutenção do emprego, o salário no fim do mês e o sucesso
profissional).
Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio sobre a natureza dos juros. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 51-3 (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o
item subsequente.

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Sem que se contrariem a informação expressa no primeiro período do texto e a


prescrição gramatical, a forma verbal “dependem” (sublinhado no texto) poderia
estar flexionada na 3ª pessoa do singular, concordando com o núcleo nominal
“faculdade” (sublinhado no texto), como comprova, no processo de coesão textual,
o emprego da expressão “essa faculdade” (sublinhado no texto) no segundo
parágrafo.

Questão 02 – (ESAF) Conhecimentos básicos - Todos os Cargos –


MTur/2014

Assinale a opção que indica a necessidade de modificar a colocação de


acento gráfico para que o texto fique gramaticalmente correto.

É urgentemente necessário (a) promover o aumento da entrada de estrangeiros.


Deve-se completar o trabalho da natureza, oferecendo segurança e
transporte publico (b) eficientes, preparação do pessoal receptivo, serviço decente
de telecomunicações, controle de endemias, (c) limpeza das cidades, pronto-
atendimento de saúde, (d) preços honestos e boa qualidade em hotéis e
restaurantes, além, é claro, de carga tributária (e) que não espante o
freguês.
(Adaptado de Correio Braziliense, 31/12/2013)

a) necessário > necessario


b) publico > público
c) endemias > endêmias
d) saúde > saude
e) tributária > tributaria

Questão 03 – (FGV) Contador – Funarte/2014

No título dado à crônica – Brasileiro, homem do amanhã – a palavra


sublinhada está empregada fora de sua classe gramatical (derivação
imprópria). A frase em que ocorre o mesmo tipo de derivação é:

a “Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas
tantas vezes se desemparelham”;
b) “Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista
nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma
agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do
automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da
criança, as relações com a China, tudo”;
c) “Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós”;
d) “Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da
reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil”;
e) “Entre endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias,
o autor intercalou o seguinte tópico...”.

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Questão 04 – (FGV) Jornalista – CONDER/2013

Tecnologia

Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a
gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele
nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre
o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo
que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou
precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você.
Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige.
Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem.
Quer dizer, você se sente como aquele cara que cantou a secretária eletrônica. É
um vexame privado. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda
errado, ele diz "Errado". Não diz "Burro", mas está implícito. É pior, muito pior. Às
vezes, quando a gente erra, ele faz "bip". Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a
usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: "Bip!"
"Olha aqui, pessoal: ele errou." "O burro errou!"
Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem
nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão
inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas
relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele
tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual
a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você
nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava
os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus
instantes de maior impaciência conosco, jamais faria "bip" em público.
Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas
dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está
desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos
com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É
outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. Agora
compreendo o entusiasmo de gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que
dividem a sua vida profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e
da fiel Bic, sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na
hora, e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos
sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos íntimos,
mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas retiro tudo o
que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só estou querendo
agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero.
Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez,
cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem
reclamar, como sempre, a pobrezinha.
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. O Globo)

"Agora compreendo o entusiasmo de gente como Millôr Fernandes e Fernando


Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e depois dele".

Nesse segmento, cinco termos estabelecem a coesão textual.

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Assinale a alternativa em que a referência coesiva é adequada.

a) "Gente" se refere a termos futuros da progressão textual.


b) O pronome relativo "que" se refere a Fernando Sabino.
c) O possessivo "sua" se refere a "Fernando Sabino".
d) Os dois pronomes "ele" não se referem ao mesmo antecedente.
e) Todos os termos coesivos de referem a termos anteriormente expressos.

Questão 05 – (FCC) Técnico de Apoio Especializado – DPE-RS/2013


(Adaptada)

Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905, de família de
tradição e fortuna que repentinamente perdeu o poderio econômico.

O advérbio grifado na frase acima tem o sentido de:


a) à revelia.
b) de súbito.
c) de imediato.
d) dia a dia.
e) na atualidade.

Questão 06 – (FCC) Analista Judiciário – TRF 4ª Região/2014

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar


em número com o elemento sublinhado na frase:

a) Em que (consistir), em nossa época, práticas efetivamente humanistas, que nos


definam pelo que essencialmente somos?
b) A quantos outros vícios não se (curvar) quem costuma julgar a vaidade como o
mais abominável de todos?
c) Vaidades, (haver) muitas delas pelo mundo; poucas são, no entanto, as que se
justificam.
d) Todo aquele que (abominar) as fraquezas humanas deveria buscar discerni-las
e qualificá-las, antes de as julgar.
e) Aos avanços tecnológicos (poder) seguir-se uma sensata parceria com outras
atividades de que o homem é capaz.

Questão 07 – (FCC) Analista Desenvolvimento em Gestão Júnior – Metrô


(SP)/2014
(Adaptada)

Estão plenamente adequados o emprego e a colocação dos pronomes na


frase:

a) Ao falar sobre viagens de metrô e avião, lhes notou o autor certa semelhança, o
que o permitiu estabelecer algumas analogias entre as mesmas.

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b) Ninguém sabe por que ele se vale tanto do celular, utilizando-lhe mesmo em
viagens rápidas de metrô.
c) Olhando as nuvens pela janela do avião, vemo-las passar como se as
afugentassem as asas da aeronave.
d) Uma viagem por dentro de nós - somente realizamo-na quando dispostos a ficar
sós conosco mesmos.
e) A razão por que ela não dispõe-se à prática da interiorização é o receio de que
isso obrigue-lhe a enfrentar seus fantasmas.

Questão 08 – (ESAF) Auditor Fiscal da Receita Federal – Receita


Federal/2014

Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a opção incorreta.

O conceito de brasileiro cordial cai por terra ante a violência que se alastra de norte
a sul do país. Não se fala aqui apenas de atos imoderados como os praticados pelos
black blocs; ou de ação de justiceiros que algemam pessoas a poste; ou de
bandidos que ateiam fogo a ônibus e a seres humanos; ou de sequestros
relâmpagos que assustam cidadãos e lhes limitam o direito de ir e vir; ou de
homicídios que ultrapassam cifras registradas em países em guerra. Fala-se do
crime de racismo. Discriminar adultos e crianças com base na cor da pele é, além de
caduco, inaceitável. Baseia-se no prejulgamento de que há seres superiores e
inferiores não em decorrência de obras por eles realizadas, mas de característica
física biologicamente herdada. Além da punição prevista em lei, impõem-se ações
aptas a evitar que cenas de preconceito se repitam. Entre elas, campanhas
governamentais destinadas à mudança de mentalidade da população. O brasileiro
pode tornar-se cordial de fato. Ser movido pelo coração pressupõe valores
humanistas e democráticos. Conviver com as diferenças é fruto da civilização.
(Adaptado do Correio Braziliense, 18/02/2014.)

a) Mantém-se a correção gramatical do período e o respeito às suas informações


originais ao se substituir “ante a” (sublinhado no texto) por diante da.
b) O segmento “que algemam pessoas a poste” (sublinhado no texto) tem natureza
restritiva em relação a “justiceiros”.
c) Preserva-se a correção gramatical ao se reescrever “lhes limitam” (sublinhado no
texto) como limitam a eles.
d) O termo “caduco” (sublinhado no texto) está sendo empregado com o sentido de
ultrapassado, sem validade, vencido.
e) O pronome “elas” (sublinhado no texto) retoma o antecedente “cenas de
preconceito” (sublinhado no texto).

Questão 09 – (FCC) Analista Desenvolvimento em Gestão Júnior – Metrô


(SP)/2014
(Adaptada)

Na reconstrução de uma frase, a transposição de uma voz verbal para outra


está inteiramente correta em:

I. Caymmi povoa suas canções com personagens de seu mundo = As personagens


de Caymmi povoam suas canções.

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II. O violão sublinha e potencia a voz de Caymmi = A voz de Caymmi é sublinhada


e potenciada pelo violão.

III. A beleza mais profunda das coisas naturais nunca o abandonou = Nunca o terá
abandonado a beleza mais profunda das coisas naturais.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

Questão 10 – (ESAF) Conhecimentos básicos - Todos os Cargos –


MTur/2014

Assinale a opção que completa corretamente a sequência de lacunas no


texto abaixo.

Não é ruim ter um carro. Não sou inimigo do carro. Eles são maravilhosos para
viajar, sair ____ noite. Mas ____ um confl ito terrível pelo espaço da cidade que
causa um dano ____ qualidade de vida. Se querem ter um carro, tudo bem, mas
para tê-lo deveriam pagar muitos impostos pelo uso, não pela sua posse. Como
cobrar pelo uso? Com pedágios, impostos sobre a gasolina, estacionamentos. ____
mobilidade e os engarrafamentos são dois problemas distintos que se resolvem de
maneiras distintas.
(Adaptado da entrevista de Enrique Peñalosa, urbanista e ex-prefeito de Bogotá, a Ricardo
Ampudia. Vida Simples, setembro 2012, edição 122)

a) a - a - à – A
b) à - há - à - A
c) à - a - à – Há
d) à - há - a - Há
e) a - há - a - À

Questão 11 – (FGV) Analista Administração – MPE-MS/2013


(Adaptada)

"Se um jovem quiser experimentar drogas". Nessa frase empregou-se


corretamente o futuro do subjuntivo do verbo querer (quiser).

Assinale a frase em que a forma do futuro do subjuntivo sublinhada


está errada.

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a) Quando ele vir a prova do delito, confessará o crime.
b) Quando os traficantes serem presos, a situação melhorará.
c) Se o viciado requerer ajuda, tudo ficará mais fácil.
d) Se a polícia intervier, o problema aumentará.
e) Quando vierem as testemunhas, o processo ficará mais claro.

Questão 12 – (FGV) Técnico Legislativo – Senado Federal/2008


(Adaptada)

“Mas o fato é que transparência deixou de ser um processo de observação


cristalina para assumir um discurso de políticas de averiguação de custos
engessadas que pouco ou quase nada retratam as necessidades de populações
distintas.”

A oração grifada no trecho acima classifica-se como:

a) subordinada substantiva predicativa.


b) subordinada adjetiva restritiva.
c) subordinada substantiva subjetiva.
d) subordinada substantiva objetiva direta.
e) subordinada adjetiva explicativa.

Questão 13 – (ESAF) Auditor Fiscal da Receita Federal – Receita


Federal/2014

Assinale a opção que preenche as lacunas do texto de forma a torná-lo


coeso, coerente e gramaticalmente correto.

Depois de cair logo após a reforma do regime previdenciário do setor público de


2003 — que extinguiu a aposentadoria integral __1__ servidor que ainda não
contava __2__ direito e fixou condições mais rigorosas __3__ novas aposentadorias
—, a proporção dos servidores inativos em relação ao total de funcionários da União
se estabilizou e, __4__ gradual envelhecimento médio dos funcionários ativos,
poderá voltar a crescer __5__ pouco tempo. Um estudo divulgado __6__ pouco pela
Escola Nacional de Administração Pública (Enap) mostra que, atualmente, os
inativos dos Três Poderes e do Ministério Público Federal representam 48% do total
de servidores. Entre os servidores civis do Poder Executivo Federal a proporção é
ainda maior: 52%.
(Adaptado de O Estado de S. Paulo, 17/02/2014.)

a)

b)

c)

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d)

e)

Questão 14 – (CESPE) Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira –


Câmara dos Deputados/2014

Ao vender Sochi como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, o presidente
russo Vladimir Putin prometeu uma experiência única: turistas e atletas poderiam
esquiar nas montanhas, onde é muito frio, e mergulhar em piscinas abertas de
hotéis, onde o clima é mais ameno, no mesmo dia. Sochi é famosa como estância
de veraneio de milionários russos. Pelo fato de o clima na região ser subtropical, a
temperatura prevista para a Olimpíada já estava no limite do aceitável para a
prática de esportes na neve: no inverno, é esperada a média de 6 ºC na altura do
mar Negro, que banha o litoral. O que atletas e turistas encontraram ao chegar a
Sochi, porém, foi um cenário muito mais inusitado. O calor na altura do mar atinge
20 ºC e, nas montanhas, 15 ºC. O calor intenso derreteu a neve nas pistas, forçou o
cancelamento de treinos e prejudicou competições. Por trás dessa surpresa, um
velho conhecido: o aquecimento global, fenômeno responsável por mudanças
climáticas intensas que têm afetado o planeta no último século e que pôde ser
notado em anomalias frequentes nessa última temporada de inverno no Hemisfério
Norte e de verão, no Sul.
Alexandre Salvador e Raquel Beer. Cadê o frio? In: Veja, fev./2014 (com adaptações)

Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aspectos gramaticais do


texto acima.

As orações “onde é muito frio” (sublinhado no texto) e “que banha o litoral”


(sublinhado no texto) têm natureza explicativa, o que justifica o fato de estarem
isoladas por vírgulas.

Questão 15 – (CESPE) Auditor Fiscal do Trabalho – MTE/2013

Existe no mercado uma tendência de crescimento da taxa de atividade feminina e


de melhoria para as mulheres na disputa por postos de trabalho. De fato, desde
meados dos anos oitenta do século XX, a taxa anual de emprego das mulheres
mostra-se mais elevada que a masculina, o que representa um forte aumento de
pessoas do sexo feminino entre a população ocupada.
Muitas razões podem explicar esse comportamento mais favorável às mulheres do
que aos homens, no que se refere à expansão do nível de ocupação. Uma delas
decorre da amplitude do processo de reestruturação produtiva iniciada na década de
noventa do século passado, que afeta principalmente o emprego industrial, cuja
redução massiva tem rebatimentos negativos e incide mais sobre os homens do que
sobre as mulheres, pouco representadas no setor.
Outro fator que estimula a inserção produtiva das mulheres diz respeito à expansão
da economia de serviços. Entretanto, há de se considerar que esse fenômeno pouco
tem alterado a predominância de um ou outro sexo em determinados setores, dado

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o perfil da segregação ocupacional de gênero: as mulheres permanecem
majoritárias ― representam mais de 70% do total ― nas atividades de saúde e de
ensino, na administração pública e nos serviços pessoais.
O terceiro fator que favorece o aumento do emprego feminino nos anos recentes é a
maior flexibilização do mercado de trabalho, juntamente com a “precarização” das
relações de trabalho, dada a falta de regulamentação de certas garantias de
trabalho e de seguridade social, as formas de contrato sem carteira assinada, a
diminuição dos níveis salariais, o aumento das formas de trabalho em domicílio e
por conta própria e o aumento da informalidade, de forma geral.
Esse enfoque explica o aumento maior de oportunidades de emprego para as
mulheres, em razão, sobretudo, das características da atual divisão do trabalho por
sexo: o emprego em atividades de tempo parcial atrairia prioritariamente as
mulheres, pois permitiria compatibilizar trabalho doméstico e trabalho remunerado;
como mão de obra secundária, as mulheres aceitariam salários inferiores, o que
atenderia mais imediatamente à demanda dos setores público e privado, até
porque, em face do aumento do desemprego, seriam provavelmente as primeiras a
serem dispensadas.
Em outras palavras, existe uma oposição entre elevação da taxa de emprego
feminina ― ou “feminização” do emprego ― e a “precarização” das relações de
trabalho, e isso explica vantagens comparativas da mão de obra feminina sobre a
masculina.

Tânia M. Fontenele-Mourão. Mulheres no topo de carreira: flexibilidade e


persistência. Brasil: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2006.
Internet: <www.dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

Com base na estrutura linguística do texto, julgue o item que se segue.

As formas verbais “tem” (sublinhado no texto) e “incide” (sublinhado no texto)


estão flexionadas no singular porque concordam com o termo “redução massiva”
(sublinhado no texto).

Questão 16 – (CESPE) Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira –


Câmara dos Deputados/2014

Vista do avião, a cidade de edifícios arrojados lembra Dubai, só que insulada na


estepe verde. Desde 1997, quando o presidente Nursultan Nazarbayev transferiu a
capital de Almaty, maior centro urbano do país, para Astana, no norte, a cidade não
para de receber investidores e arquitetos famosos, atraídos pelas receitas de
petróleo do Cazaquistão. Oficialmente, o presidente Nazarbayev justificou a
mudança alegando o risco permanente de terremoto em Almaty e a falta de espaço
para crescimento. Contudo, também queria integrar o norte habitado por russos à
maioria cazaque. Hoje, a população de Astana é 65% de origem cazaque, 23%
russa, 3% ucraniana, 1,7% tártara e 1,5% alemã. A nova capital é a fronteira de
expansão econômica do país, irresistível para os jovens.
Brasília asiática. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações)

Julgue o próximo item, referente às ideias e aos aspectos linguísticos do


texto acima.

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Os vocábulos “Oficialmente” (sublinhado no texto) e “permanente” (sublinhado no
texto) pertencem à mesma classe gramatical.

Questão 17 – (ESAF) Assistente Técnico Administrativo – MF/2014

Em relação às exigências da correspondência oficial, assinale a opção


incorreta.

a) A despedida em correspondências para o Presidente da República deve ser:


Renovo meus protestos da mais profunda estima e alta consideração.
b) No cabeçalho do Memorando deve constar o Assunto, ou seja, o resumo do teor
da comunicação
c) Emprega-se a forma de tratamento Vossa Excelência para Ministros de Estado e
o endereçamento é Excelentíssimo Senhor Fulano de tal – Ministro da ....
d) O vocativo “Senhor Chefe de Gabinete,” é empregado em um ofício para um
chefe de gabinete.
e) O fecho das comunicações oficiais deve ser simples: Respeitosamente, para
autoridades superiores, e Atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia

Questão 18 – (FCC) Analista Judiciário – TRF-3ª Região/2014

A guerra dos dez anos começou quando um fazendeiro cubano, Carlos Manuel de
Céspedes, e duzentos homens mal armados tomaram a cidade de Santiago e
proclamaram a independência do país em relação à metrópole espanhola. Mas a
Espanha reagiu. Quatro anos depois, Céspedes foi deposto por um tribunal cubano
e, em março de 1874, foi capturado e fuzilado por soldados espanhóis.
Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas de restrição ao comércio, o
governo americano apoiara abertamente os revolucionários e Nova York, Nova
Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. Em
poucos anos Key West transformou-se de uma pequena vila de pescadores numa
importante comunidade produtora de charutos. Despontava a nova capital mundial
do Havana.
Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos levaram com eles a
instituição do “lector”. Uma ilustração da revista Practical Magazine mostra um
desses leitores sentado de pernas cruzadas, óculos e chapéu de abas largas, um
livro nas mãos, enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos com o que
parece ser uma atenção enlevada.
O material dessas leituras em voz alta, decidido de antemão pelos operários (que
pagavam o “lector” do próprio salário), ia de histórias e tratados políticos a
romances e coleções de poesia. Tinham seus prediletos: O conde de Monte Cristo,
de Alexandre Dumas, por exemplo, tornou-se uma escolha tão popular que um
grupo de trabalhadores escreveu ao autor pouco antes da morte dele, em 1870,
pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói para um charuto; Dumas consentiu.
Segundo Mário Sanchez, um pintor de Key West, as leituras decorriam em silêncio
concentrado e não eram permitidos comentários ou questões antes do final da
sessão.
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura.
Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, p. 134-136)

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Afirma-se corretamente:

a) Em “pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói” (4o parágrafo), o elemento


destacado é um pronome.
b) O elemento destacado no segmento “uma escolha tão popular que um grupo de
trabalhadores” (4o parágrafo) NÃO é um pronome.
c) Em “que pagavam o ‘lector’ do próprio salário” (4o parágrafo), o elemento
destacado substitui leituras.
d) Em “com o que parece ser uma atenção enlevada” (3o parágrafo), o elemento
destacado refere-se a “charutos”.
e) Em “Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos” (3o parágrafo), o
elemento destacado NÃO é um pronome.

Questão 19 – (CESPE) Cargos de Nível Superior – EBC/2011

É inegável, hoje, a importância das novas tecnologias de comunicação e de


multimídia no acesso ao conhecimento produzido em diferentes campos do saber,
em distintas regiões geográficas. Esse acesso é importante para que se conheçam
as decisões, as versões e as opiniões em diferenciados campos do saber e de sua
produção. A quantidade de conhecimento produzido, seja na medicina, seja na física
nuclear, seja na história, e sua disponibilização permitem que, com critérios de
seletividade e com a utilização das redes telemáticas, as pessoas tenham
potencialmente acesso a essa produção.
Isso é importante? Parece que sim, porque as descobertas científicas, as
interpretações históricas, os eventos que isso suscita e as opiniões sobre eles, em
um mundo também potencialmente globalizado em seus aspectos econômicos,
políticos, culturais e midiáticos, interessam às pessoas, que deles receberão efeitos.
Ao mesmo tempo, as decisões políticas, próximas ou distantes, públicas ou
secretas, terão efeito na vida do mais remoto e pacato cidadão de distantes regiões,
de diferentes mundos culturais e sociais.
É importante que, dentro desse contexto, sejam aprofundados estudos sobre os
limites para o exercício ético da atividade profissional no jornalismo,
diagnosticando-se os principais problemas existentes hoje e situando-se,
simultaneamente, suas possibilidades de solução. É preciso estabelecer a
potencialidade e os limites do exercício profissional, mas, ao mesmo tempo, mostrar
as mudanças que a multimídia e as novas tecnologias, em geral, apontam para a
área, para a nova mediação social da realidade que os profissionais serão desafiados
a fazer e para os limites que se avizinham e aumentam.
Francisco José C. Karam. Formação e ética jornalística.
Internet: <www.fnpj.org.br> (com adaptações)

A respeito dos aspectos morfossintáticos e semânticos do texto, julgue o


próximo item.

No período “Parece que sim, porque (...) receberão efeitos.” (sublinhado), a


substituição do ponto final por ponto de interrogação manteria a coerência do texto,
mas, nesse caso, de acordo com a prescrição gramatical, o vocábulo “porque”
deveria ser grafado como por que.

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Questão 20 – (FGV) Agente Administrativo – CAERN/2010
(Adaptada)

Para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, os


organizadores tiveram de se submeter a uma série de medidas ambientais.
Assinale a alternativa em que o SE desempenhe o mesmo papel que o
grifado no período acima.

a) Eles se sentaram à beira do lago.


b) Ele se cortou fazendo a barba.
c) O pai e o filho confrontaram-se até que romperam relações.
d) Precisa-se da ajuda do povo para conter o desmatamento.
e) Ela se queixou com o chefe.

GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E B A A B A C E B B
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B A D C C E A B E B

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QUESTÕES COMENTADAS

Questão 01 – (CESPE) Auditor de Controle Externo – TC-


DF/2014

Na trajetória de cada indivíduo, a faculdade de antever o futuro e o


autocontrole necessário para agir no tempo dependem de um
equipamento cerebral e mental que se constitui nas etapas formativas
do ciclo de vida.
A disposição de usar essa faculdade, entretanto, varia de forma
significativa entre os indivíduos. A formação de preferências
temporais em distintos campos da vida prática — saúde, educação,
carreira profissional, finanças, relações afetivas, previdência, práticas
religiosas — é um assunto de extraordinária complexidade e que
deverá continuar desafiando a engenhosidade humana por muito
tempo ainda.
No sempre renovado embate entre a impulsividade da cigarra límbica
e o cálculo prudente da formiga pré-frontal, o resultado não está dado
de antemão. Enquanto uma se agarra ao momento fugaz e deixa que
o amanhã cuide de si (“no caminho da oficina, há um bar em cada
esquina”), a outra procura uma posição neutra em relação ao que
está ao alcance dos sentidos e avalia os trade-offs entre recompensas
abstratas, inclusive aquelas que se espera obter e desfrutar em
prazos mais longos (como a manutenção do emprego, o salário no fim
do mês e o sucesso profissional).
Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio sobre a natureza dos juros. São
Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 51-3 (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto


acima, julgue o item subsequente.

Sem que se contrariem a informação expressa no primeiro período do


texto e a prescrição gramatical, a forma verbal “dependem”
(sublinhado no texto) poderia estar flexionada na 3ª pessoa do
singular, concordando com o núcleo nominal “faculdade” (sublinhado
no texto), como comprova, no processo de coesão textual, o emprego
da expressão “essa faculdade” (sublinhado no texto) no segundo
parágrafo.

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Comentários
Esta questão aborda o assunto concordância verbal. Veja que o
candidato necessita saber se a forma verbal “dependem” pode
concordar com núcleo nominal “faculdade”.
Aprendemos que o verbo deve concordar com o seu sujeito, não é
mesmo? No caso em análise, temos o sujeito composto “a faculdade
de antever o futuro e o autocontrole necessário para agir no tempo”.
Dessa maneira, temos dois núcleos: “faculdade” e “autocontrole”.
Como o sujeito está anteposto ao verbo, devemos fazer
obrigatoriamente a concordância no plural.
Quanto ao processo de coesão textual, não há qualquer problema em
ter sido usado o termo “essa faculdade” no segundo parágrafo, pois
foi uma opção do autor discorrer sobre apenas um dos núcleos.
Gabarito: ERRADO

Questão 02 – (ESAF) Conhecimentos básicos - Todos os


Cargos – MTur/2014

Assinale a opção que indica a necessidade de modificar a


colocação de acento gráfico para que o texto fique
gramaticalmente correto.

É urgentemente necessário (a) promover o aumento da entrada de


estrangeiros. Deve-se completar o trabalho da natureza, oferecendo
segurança e transporte publico (b) eficientes, preparação do pessoal
receptivo, serviço decente de telecomunicações, controle
de endemias, (c) limpeza das cidades, pronto-atendimento
de saúde, (d) preços honestos e boa qualidade em hotéis e
restaurantes, além, é claro, de carga tributária (e) que não espante
o freguês.
(Adaptado de Correio Braziliense, 31/12/2013)

a) necessário > necessario


b) publico > público
c) endemias > endêmias
d) saúde > saude
e) tributária > tributaria

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Comentários
Estamos, aqui, diante de uma questão de Acentuação Gráfica. O
examinador solicita que o candidato verifique em quais situações a
colocação do acento gráfico deve ser alterada para que o texto fique
correto. Vamos analisar cada alternativa?
Alternativa A – “necessário”: o acento agudo foi empregado
corretamente; excluí-lo, como sugere a alternativa, tornaria a palavra
incorreta do ponto de vista gramatical. Trata-se de palavra
paroxítona, ou seja, a sílaba tônica recai na penúltima sílaba da
palavra. Vale lembrar que se acentuam os paroxítonos
terminados em DITONGO ORAL. Item incorreto.
Alternativa B – a alternativa sugere que seja acentuada a palavra
“público”. Veja que o acento agudo faz-se necessário por tratar-se
palavra proparoxítona, ou seja, a sílaba tônica recai na
antepenúltima sílaba da palavra. Vale lembrar que se acentuam
todas as palavras proparoxítonas. Item correto.
Alternativa C – a alternativa sugere que seja colocado o acento
circunflexo na palavra “endemias”. Preliminarmente, devemos realizar
a correta separação silábica da palavra: en-de-mi-as. A sílaba tônica
do vocábulo está em “MI”, logo a palavra é uma paroxítona. Não há
nenhuma regra que autorize acentuar palavras paroxítonas
terminadas em a(s).
Outro ponto importante desta alternativa é notar que apesar da
palavra “endemias” apresentar um hiato, não há enquadramento nas
regras de acentuação dos hiatos que permita acentuá-la. Vamos
relembrar?
Acentuam-se a vogal “I” ou a vogal “U” do hiato, desde que
essa vogal:
a) seja a segunda vogal do hiato;
b) esteja sozinha na sílaba (ou acompanhada de “S”);
c) forme sílaba tônica;
d) não seja precedida de vogal idêntica;
e) não seja seguida de “NH”.
Item incorreto.
Alternativa D – não é correto retirar o acento agudo da palavra
“saúde”. Note que se trata de um hiato que se enquadra na regra
apresentada acima. Item incorreto.
Alternativa E – “tributária”: o acento agudo foi empregado
corretamente; excluí-lo, como sugere a alternativa, tornaria a palavra
incorreta do ponto de vista gramatical. Trata-se de palavra
paroxítona, ou seja, a sílaba tônica recai na penúltima sílaba da

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palavra. Vale lembrar que se acentuam os paroxítonos
terminados em DITONGO ORAL. Item incorreto.
Gabarito: B

Questão 03 – (FGV) Contador – Funarte/2014

No título dado à crônica – Brasileiro, homem do amanhã – a


palavra sublinhada está empregada fora de sua classe
gramatical (derivação imprópria). A frase em que ocorre o
mesmo tipo de derivação é:

a “Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se


confundem, mas tantas vezes se desemparelham”;
b) “Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o
dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do
imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o
exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o
concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da
criança, as relações com a China, tudo”;
c) “Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos
pontuais entre nós”;
d) “Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou
trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil”;
e) “Entre endereços de embaixadas e consulados, estatísticas,
indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico...”.

Comentários
Esta questão trata do assunto “derivação imprópria”; vamos
relembrar o que isso significa?
A derivação imprópria ou conversão consiste na mudança da
classe gramatical de uma palavra sem haver alteração na sua
forma. Como exemplo, cito o fenômeno de se antepor um artigo a
qualquer palavra e ela se tornar um substantivo.
Dessa forma, temos, como exemplos, as seguintes passagens:
 de substantivos próprios a comuns: damasco;
 de substantivos comuns a próprios: Coelho;
 de adjetivos a substantivos: capital;
 de substantivos a adjetivos: burro;
 de substantivos, adjetivos e verbos a interjeições: viva!;

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 de verbos a substantivos: jantar;
 de verbos e advérbios a conjunções: quer... quer;
 de particípios a preposições: salvo;
 de particípios a substantivos e adjetivos: resoluto.
Para resolver questões desse tipo, é fundamental que o candidato
saiba classificar as palavras, isoladamente ou de acordo com o seu
contexto, em suas respectivas classes gramaticais. Vale lembrar que
são dez as classes de palavras: substantivo, adjetivo, artigo,
numeral, pronome, verbo, advérbio, interjeição, conjunção e
preposição. Algumas dessas classes são variáveis e outras invariáveis.
Caso queira rememorar o assunto, volte à Aula de Emprego e Função
das Classes de Palavras.
De volta à questão, podemos notar que, no título da crônica, a
palavra “amanhã”, que é, tipicamente, um advérbio de lugar,
está exercendo a função de substantivo. Observe que o termo
está determinado, ou seja, modificado por um artigo (“o amanhã”),
característica dos substantivos.
Agora, devemos buscar em qual alternativa também ocorre um
processo de derivação imprópria.
Note, na alternativa A, que as palavras “bom” e “mau” – que são,
tipicamente, adjetivos – assumem a função de substantivos.
Esse processo deu-se por meio do mesmo recurso acima explicado: o
emprego do artigo definido “o” antes de cada uma das palavras.
GABARITO: A

Questão 04 – (FGV) Jornalista – CONDER/2013

Tecnologia

Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de


escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é
olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo:
vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe
fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que
seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele
manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita.
Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria
suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda,
nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Quer dizer,
você se sente como aquele cara que cantou a secretária eletrônica. É
um vexame privado. Mas quando você o manda fazer alguma coisa,

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mas manda errado, ele diz "Errado". Não diz "Burro", mas está
implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz
"bip". Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador
na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: "Bip!"
"Olha aqui, pessoal: ele errou." "O burro errou!"
Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e
não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que
qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale
com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador,
que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para
oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro
igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter
recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o
mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de coisa
melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de
maior impaciência conosco, jamais faria "bip" em público.
Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez
suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a
sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à
carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável
cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de
relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. Agora
compreendo o entusiasmo de gente como Millôr Fernandes e
Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e
depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta a inserir
entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora, e que nele foi
substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos
sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca
seremos íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser
meu amigo, mas retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você
pode concluir que eu só estou querendo agradá-lo, precavidamente,
mas juro que é sincero.
Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela
primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que
ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. O Globo)

"Agora compreendo o entusiasmo de gente como Millôr Fernandes e


Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele
e depois dele".

Nesse segmento, cinco termos estabelecem a coesão textual.

Assinale a alternativa em que a referência coesiva é adequada.

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a) "Gente" se refere a termos futuros da progressão textual.
b) O pronome relativo "que" se refere a Fernando Sabino.
c) O possessivo "sua" se refere a "Fernando Sabino".
d) Os dois pronomes "ele" não se referem ao mesmo antecedente.
e) Todos os termos coesivos de referem a termos anteriormente
expressos.

Comentários
Os certames têm cobrado com frequência questões como esta, de
Coesão Textual.
A coesão é a responsável pela conexão e ligação entre as
partes do texto. Ela efetiva-se por meio dos chamados
mecanismos de coesão textual.
No trecho citado no enunciado, podemos destacar alguns elementos
coesivos bastante utilizados na nossa língua. Antes de analisá-los,
importa tecer alguns comentários sobre coesão.

Endofórico é o elemento coesivo que possui referente dentro


do texto. Ele pode ser anafórico – quando retoma um termo
explicitado anteriormente no texto – ou catafórico – quando se
refere a um termo que será explicitado posteriormente no texto.
Observe que o vocábulo “gente” anuncia os seguintes termos, que
serão explicitados, no próprio texto, em momento posterior: “Millôr
Fernandes e Fernando Sabino”. Por esse motivo, dizemos que é um
elemento coesivo ENDOFÓRICO CATAFÓRICO. Assim, está correta
a alternativa A.
Mais adiante, ainda nesse período (“Millôr Fernandes e Fernando
Sabino, que dividem a sua vida profissional”), os vocábulos “QUE” e
“SUA” retomam os nomes dos autores Millôr Fernandes e Fernando
Sabino, citados anteriormente. Funcionam, portanto, como elementos
coesivos ENDOFÓRICOS ANAFÓRICOS. Por esse motivo, as
alternativas B e C estão incorretas, pois citam apenas o autor
Fernando Sabino.
No final do período destacado (“em antes dele e depois dele”), os dois
pronomes “ELE” também exercem função de elementos coesivos
endofóricos anafóricos, pois retomam o termo “computador”,
referido em períodos anteriores do mesmo texto. Assim, está
incorreta a alternativa D ao dizer que se referem a termos distintos.
Por fim, o termo “AGORA”, no início do trecho, colabora para
perfazer a coesão sequencial do texto ao ligar períodos. Isso
garante a manutenção temática e os encadeamentos textuais, o que

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mantém a conexão das ideias e a relação de sentidos. Por esse
motivo, está incorreta a alternativa E, pois o elemento de coesão
apresentado não se refere a um termo mencionado anteriormente.
GABARITO: A

Questão 05 – (FCC) Técnico de Apoio Especializado – DPE-


RS/2013
(Adaptada)

Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905, de


família de tradição e fortuna que repentinamente perdeu o poderio
econômico.

O advérbio grifado na frase acima tem o sentido de:


a) à revelia.
b) de súbito.
c) de imediato.
d) dia a dia.
e) na atualidade.

Comentários
Esta questão aborda o emprego de “advérbios”.
Advérbio é a palavra invariável que modifica o sentido dos
adjetivos, dos verbos e de outros advérbios.
O advérbio indica uma circunstância, veja exemplos:
 de afirmação: sim, certamente, realmente, etc.;
Sim, eu já cheguei.

 de negação: não, jamais, nunca, etc.;


Não deixou de sorrir, apesar da tristeza.

 de dúvida: porventura, oxalá, talvez, caso, quiçá, etc.;


A chuva talvez volte esta semana.

 de intensidade: pouco, meio, muito, bastante, mais,


extremamente, bem, etc.;
Marcos é bastante inteligente.

 de lugar: adiante, atrás, aí, aqui, ali, lá, etc.;


Lá em Belo Horizonte é tudo lindo.

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 de modo: assim, bem, depressa, devagar, etc.;


Uma moça solitária tristemente foi embora.

 de tempo: cedo, tarde, agora, ainda, depois, etc.


Amanhã ouvirei a leitura daquele livro.
Temos que ter atenção, pois, muitas vezes, um mesmo advérbio pode
denotar diferentes circunstâncias.
No caso em análise, perceba que o termo “repentinamente” indica
uma noção de algo que aconteceu “de repente”. Dessa forma, a
resposta é “de súbito”.
GABARITO: B

Questão 06 – (FCC) Analista Judiciário – TRF 4ª Região/2014

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de


modo a concordar em número com o elemento sublinhado na
frase:
a) Em que (consistir), em nossa época, práticas efetivamente
humanistas, que nos definam pelo que essencialmente somos?
b) A quantos outros vícios não se (curvar) quem costuma julgar a
vaidade como o mais abominável de todos?
c) Vaidades, (haver) muitas delas pelo mundo; poucas são, no
entanto, as que se justificam.
d) Todo aquele que (abominar) as fraquezas humanas deveria
buscar discerni-las e qualificá-las, antes de as julgar.
e) Aos avanços tecnológicos (poder) seguir-se uma sensata parceria
com outras atividades de que o homem é capaz.

Comentários
Esta questão trata de flexão e concordância verbal. Observe que
o enunciado apresenta cinco alternativas e pede que o candidato
marque aquela que contenha a correta relação entre o verbo em
parênteses e sua concordância em número com o respectivo elemento
sublinhado. Sabemos que a regra geral de concordância verbal é a
seguinte: o verbo se flexiona para concordar em número e em pessoa
com seu sujeito.

Vamos ver as alternativas?

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Alternativa A
Em que (consistir), em nossa época, práticas efetivamente
humanistas, que nos definam pelo que essencialmente somos?
Observe que o núcleo do sujeito do verbo “consistir” é o substantivo
plural “práticas”. Portanto, esse verbo deverá ser flexionado no plural
para concordar com o sujeito.
Alternativa correta.
Alternativa B
A quantos outros vícios não se (curvar) quem costuma julgar a
vaidade como o mais abominável de todos?
Observe que o termo “vícios” é o núcleo do objeto indireto “a quantos
outros vícios”. Dessa forma, o verbo “poder” não se flexiona para
concordar com ele.
Alternativa incorreta.
Alternativa C
Vaidades, (haver) muitas delas pelo mundo; poucas são, no entanto,
as que se justificam.
Aqui, o verbo “haver” expressa sentido de “existir”, portanto é um
verbo impessoal e deve permanecer na 3ª pessoa do singular.
Alternativa incorreta.
Alternativa D
Todo aquele que (abominar) as fraquezas humanas deveria buscar
discerni-las e qualificá-las, antes de as julgar.
Observe que o verbo “abominar” não deve flexionar-se para concordar
com o termo “fraquezas”, já que ele é o núcleo do objeto direto.
Alternativa incorreta.
Alternativa E
Aos avanços tecnológicos (poder) seguir-se uma sensata parceria
com outras atividades de que o homem é capaz.
Observe que o termo “avanços” é o núcleo do termo preposicionado
“aos avanços tecnológicos”. Dessa forma, o verbo “poder” não se
flexiona para concordar com ele, pois não pode ser o sujeito.
Alternativa incorreta.
GABARITO: A

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Questão 07 – (FCC) Analista Desenvolvimento em Gestão


Júnior – Metrô (SP)/2014
(Adaptada)

Estão plenamente adequados o emprego e a colocação dos


pronomes na frase:

a) Ao falar sobre viagens de metrô e avião, lhes notou o autor certa


semelhança, o que o permitiu estabelecer algumas analogias entre as
mesmas.
b) Ninguém sabe por que ele se vale tanto do celular, utilizando-lhe
mesmo em viagens rápidas de metrô.
c) Olhando as nuvens pela janela do avião, vemo-las passar como se
as afugentassem as asas da aeronave.
d) Uma viagem por dentro de nós - somente realizamo-na quando
dispostos a ficar sós conosco mesmos.
e) A razão por que ela não dispõe-se à prática da interiorização é o
receio de que isso obrigue-lhe a enfrentar seus fantasmas.

Comentários
Esta é uma questão típica de emprego e colocação de pronomes. Na
verdade, o que ela deseja testar é o seu conhecimento sobre o uso
dos pronomes pessoais oblíquos e sua correta colocação.
Os pronomes oblíquos são aqueles que atuam em substituição ao
substantivo, com função sintática de complemento verbal
(objeto direto ou indireto) ou de complemento nominal. Os
oblíquos átonos substituem o substantivo sem o auxílio de
preposição, o que, em tese, dificultaria identificar se atuam como
objeto direto ou objeto indireto.
No entanto, veremos que, para cada pronome oblíquo átono, é
atribuída a função específica ou de objeto direto, ou de objeto
indireto. Observe, a seguir, quais pronomes oblíquos átonos
funcionam como objeto direto1 e quais funcionam como objeto
indireto:
- “O”, “A”, “OS” e “AS”: funcionam apenas como objeto direto.
- “LHE” e “LHES”: funcionam apenas como objeto indireto.
- “ME”, “TE”, “SE”, “NOS” e “VOS”: funcionam tanto como
objeto direto quanto como objeto indireto.

1
O objeto direto completa o verbo sem o uso de preposição, enquanto o objeto
indireto completa o verbo com o uso de preposição.

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Agora vamos analisar cada alternativa separadamente.
Alternativa A – O uso do pronome “LHE” está correto, uma vez que
o “LHE” está, corretamente, substituindo um termo preposicionado
(“notou neles”). A colocação, no entanto, está incorreta, pois é
vedado iniciar período ou iniciar oração, após pausa, com o
pronome oblíquo átono.
Por sua vez, o pronome “O” não foi utilizado corretamente, pois está
substituindo um termo preposicionado (“permitiu a ele”); correto seria
utilizar o pronome “LHE”. A colocação, no entanto, está correta, pois
o pronome relativo “QUE” funciona como palavra atrativa e
obriga o uso da próclise.
Alternativa B – O uso do pronome “LHE” em “utilizando-lhe” também
está incorreto, pois está substituindo um termo não preposicionado
(“utilizando o celular”); o correto seria dizer “utilizando-o”. A
colocação do pronome, no entanto, está correta, pois é vedado
iniciar período ou iniciar oração, após pausa, com o pronome
oblíquo átono.
Alternativa C – Esta é a alternativa correta. Em “vemo-las passar”, o
pronome oblíquo “AS” está substituindo o termo não preposicionado
“as nuvens”: “vemos as nuvens passar”. Observe que os pronomes
oblíquos átonos “O”, “A”, “OS”, “AS”, se ligados por hífen a verbos
terminados em “R”, “S” e “Z”, assumem as formas “LO”, “LA”,
“LOS”, “LAS”.
Alternativa D – Está incorreta a forma “NA” em “realizamo-na”. Pelo
motivo acima, correto seria dizer “realizamo-la”.
Outro erro foi o uso do pronome “CONOSCO”. Esse pronome é a
contração de “com” + “nós”, assim como “convosco” é a contração
de “com” + “vós”. Quando, à frente do pronome, surgir qualquer
palavra ou expressão que determine “nós” ou “vós”, não
poderá haver a contração, ou seja, deverá ser escrito “com nós” ou
“com vós”. Assim, correto seria dizer “com nós mesmos”.
Alternativa E – A colocação pronominal do “SE” está equivocada,
pois palavras negativas exercem atração sobre o pronome,
motivo que exige o uso da próclise.
O uso e a colocação do pronome “LHE” também estão incorretos. O
verbo “obrigar” é transitivo direto, de modo que seu complemento
não é auxiliado por preposição (“obrigue ela”); correto seria empregar
o pronome “A”. A colocação também não está correta, pois o
pronome demonstrativo “isso” atrai o pronome, motivo pelo
qual deve ser usada a próclise (“que isso a obrigue”).
GABARITO: C

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Questão 08 – (ESAF) Auditor Fiscal da Receita Federal –


Receita Federal/2014

Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a


opção incorreta.

O conceito de brasileiro cordial cai por terra ante a violência que se


alastra de norte a sul do país. Não se fala aqui apenas de atos
imoderados como os praticados pelos black blocs; ou de ação de
justiceiros que algemam pessoas a poste; ou de bandidos que ateiam
fogo a ônibus e a seres humanos; ou de sequestros relâmpagos que
assustam cidadãos e lhes limitam o direito de ir e vir; ou de
homicídios que ultrapassam cifras registradas em países em guerra.
Fala-se do crime de racismo. Discriminar adultos e crianças com base
na cor da pele é, além de caduco, inaceitável. Baseia-se no
prejulgamento de que há seres superiores e inferiores não em
decorrência de obras por eles realizadas, mas de característica física
biologicamente herdada. Além da punição prevista em lei, impõem-se
ações aptas a evitar que cenas de preconceito se repitam. Entre elas,
campanhas governamentais destinadas à mudança de mentalidade da
população. O brasileiro pode tornar-se cordial de fato. Ser movido
pelo coração pressupõe valores humanistas e democráticos. Conviver
com as diferenças é fruto da civilização.
(Adaptado do Correio Braziliense, 18/02/2014.)

a) Mantém-se a correção gramatical do período e o respeito às suas


informações originais ao se substituir “ante a” (sublinhado no texto)
por diante da.
b) O segmento “que algemam pessoas a poste” (sublinhado no texto)
tem natureza restritiva em relação a “justiceiros”.
c) Preserva-se a correção gramatical ao se reescrever “lhes limitam”
(sublinhado no texto) como limitam a eles.
d) O termo “caduco” (sublinhado no texto) está sendo empregado
com o sentido de ultrapassado, sem validade, vencido.
e) O pronome “elas” (sublinhado no texto) retoma o antecedente
“cenas de preconceito” (sublinhado no texto).

Comentários
Temos, aqui, uma questão em que são cobrados, ao mesmo tempo,
diversos assuntos de Língua Portuguesa. Para respondê-la, é
necessário ler o texto e localizar, nele, os termos citados em cada
alternativa.

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Em primeiro lugar, é muito importante ter atenção com o enunciado.
Ele pede que o candidato assinale a alternativa INCORRETA. Cuidado
para não se confundir quanto a isso!

Vamos analisar cada alternativa separadamente:


Alternativa A – Temos uma questão bastante frequente nas provas
de português da ESAF: a alternativa propõe uma substituição no texto
e pede que o candidato analise sua correção.
A alternativa propõe substituir a preposição “ante” pela locução
prepositiva “diante de”. Preposição é a palavra invariável que serve
de conexão entre duas outras palavras ou entre orações, de forma a
subordiná-las.
Nesse caso, a substituição atende às exigências de correção
gramatical e mantém o sentido original da frase, observe: O conceito
de brasileiro cordial cai por terra ante a / diante da violência que se
alastra de norte a sul do país.
Alternativa CORRETA.

Alternativa B – Para analisar esta alternativa, devemos relembrar


alguns aspectos de Sintaxe, em particular a classificação das
orações subordinadas adjetivas (aquelas que exercem a função de
adjetivo ou locução adjetiva e se referem a substantivo ou pronome
da oração principal ou anterior).
As orações adjetivas dividem-se em restritivas e explicativas. A
oração subordinada adjetiva restritiva restringe e particulariza o
significado do termo a que se refere (substantivo ou pronome
substantivo). A oração subordinada adjetiva explicativa, por sua
vez, explica e amplia o significado do termo a que se refere
(substantivo ou pronome substantivo).
Perceba que a adjetiva restritiva individualiza um termo
anteriormente expresso, indica uma parte do todo, acrescenta uma
nova ideia, enquanto a adjetiva explicativa repete uma ideia que
pertence ao termo antecedente e indica uma qualidade inerente do
ser.
Agora vamos analisar o trecho mencionado: “ação de justiceiros que
algemam pessoas a poste”. O termo que algemam pessoas a poste é
uma oração subordinada adjetiva restritiva, pois adjetiva o
substantivo “justiceiros” para restringir seu significado. Perceba que o
autor não se refere a todos os justiceiros, mas apenas àqueles “que
algemam pessoas a poste”.
A alternativa está, portanto, CORRETA.

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Alternativa C – Tal qual a alternativa A, aqui se pede que o


candidato avalie a correção gramatical da substituição proposta. A
sugestão é que se troque o pronome oblíquo “LHES” por “A ELES”.
Para responder a questão, cabe observar que o “LHE” é pronome
oblíquo e substitui apenas termos preposicionados. A forma
“ELES”, por sua vez, tem função tanto de pronome pessoal reto
quanto de pronome pessoal oblíquo; no segundo caso, virá sempre
regido por preposição.
Agora vamos analisar a frase em questão:
...sequestros relâmpagos que assustam cidadãos e lhes limitam o
direito de ir e vir.
Observe que o pronome oblíquo “LHES” pode ser substituído pelo
oblíquo “ELES”; para tanto, será necessário o emprego da preposição
“A”:
...e limitam A ELES o direito de ir e vir.
Alternativa CORRETA.

Alternativa D – Esta alternativa testa o conhecimento do candidato


acerca de semântica – a ciência que estuda o significado das
palavras. É importante ter em mente que o sentido de um vocábulo
está sempre inserido no contexto em que éi empregado. Além disso,
não é possível conhecer o significado de todas as palavras de uma
língua, de modo que é normal encontrarmos vocábulos
desconhecidos. Nesses casos, a compreensão do contexto pode ser o
único modo para identificar o sentido.
Dito isso, vamos analisar o sentido do termo citado na frase do texto:
Discriminar adultos e crianças com base na cor da pele é, além de
caduco, inaceitável.
Observe que o termo possui os significados informados na alternativa,
pois a frase informa que o racismo, além de ultrapassado, sem
validade, vencido, é também inaceitável.
Alternativa CORRETA.

Alternativa E – É cobrado, nesta alternativa, que o candidato


identifique o termo retomado pelo pronome “ELAS” no trecho abaixo:
Além da punição prevista em lei, impõem-se ações aptas a evitar que
cenas de preconceito se repitam. Entre elas, campanhas
governamentais destinadas à mudança de mentalidade da população.

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Uma leitura atenta é suficiente para acertar a questão. Observe que
“campanhas governamentais destinadas à mudança de mentalidade
da população” figuram entre ações aptas a evitar cenas de
preconceito, e não as próprias cenas de preconceito.
Alternativa INCORRETA.
GABARITO: E

Questão 09 – (FCC) Analista Desenvolvimento em Gestão


Júnior – Metrô (SP)/2014
(Adaptada)

Na reconstrução de uma frase, a transposição de uma voz


verbal para outra está inteiramente correta em:

I. Caymmi povoa suas canções com personagens de seu mundo = As


personagens de Caymmi povoam suas canções.

II. O violão sublinha e potencia a voz de Caymmi = A voz de Caymmi


é sublinhada e potenciada pelo violão.

III. A beleza mais profunda das coisas naturais nunca o abandonou =


Nunca o terá abandonado a beleza mais profunda das coisas
naturais.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

Comentários
Esta questão aborda o assunto conversão de vozes verbais. O
enunciado apresenta três sentenças e solicita que o aluno identifique
qual delas foi corretamente reescrita em outra voz verbal.
Vamos ver as sentenças?
Sentença I

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Caymmi povoa suas canções com personagens de seu mundo = As
personagens de Caymmi povoam suas canções.
Observe que a primeira oração está na voz ativa. Veja que a segunda
oração também está na voz ativa. Não houve transposição de voz
nesta opção.

Sentença II
O violão sublinha e potencia a voz de Caymmi = A voz de Caymmi é
sublinhada e potenciada pelo violão.
Observe que a primeira oração está na voz ativa. Veja que a segunda
oração está na voz passiva analítica. A transposição foi feita de modo
correto, observe: o tempo verbal (presente do indicativo) foi mantido;
a concordância verbal foi feita do devido modo (3ª pessoa do singular
para concordar com o sujeito “A voz de Caymmi”); o objeto direto “a
voz de Caymmi” foi transformado em sujeito passivo e o sujeito “o
violão” foi transformado em agente da passiva.
Sentença III
A beleza mais profunda das coisas naturais nunca o abandonou =
Nunca o terá abandonado a beleza mais profunda das coisas
naturais.
Observe que a primeira oração está na voz ativa. Veja que a segunda
oração também está na voz ativa. Não houve transposição de voz
nesta opção.
GABARITO: B

Questão 10 – (ESAF) Conhecimentos básicos - Todos os


Cargos – MTur/2014

Assinale a opção que completa corretamente a sequência de


lacunas no texto abaixo.

Não é ruim ter um carro. Não sou inimigo do carro. Eles são
maravilhosos para viajar, sair ____ noite. Mas ____ um conflito
terrível pelo espaço da cidade que causa um dano ____ qualidade de
vida. Se querem ter um carro, tudo bem, mas para tê-lo deveriam
pagar muitos impostos pelo uso, não pela sua posse. Como cobrar
pelo uso? Com pedágios, impostos sobre a gasolina,
estacionamentos. ____ mobilidade e os engarrafamentos são dois
problemas distintos que se resolvem de maneiras distintas.

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(Adaptado da entrevista de Enrique Peñalosa, urbanista e ex-prefeito de Bogotá, a
Ricardo Ampudia. Vida Simples, setembro 2012, edição 122)

a) a - a - à – A
b) à - há - à - A
c) à - a - à – Há
d) à - há - a - Há
e) a - há - a – À

Comentários
Este tipo de questão é muito comum nas provas da ESAF. Aqui, o
examinador exige que o candidato complete as lacunas com a melhor
opção entre as apresentadas: “à”, “a” ou “há”.
Vamos analisar cada lacuna separadamente?
LACUNA 1 – o correto é “sair à noite”. Observa que “à noite” é uma
locução adverbial feminina, nesse caso o uso do acento grave é
obrigatório.
LACUNA 2 – o certo é dizer “mas há um conflito”. Note que o verbo
“haver” é empregado para expressar o mesmo valor de “existir”.
LACUNA 3 – nesta situação é correto preencher a lacuna com “à”:
“que causa um dano à qualidade de vida”. Vamos revisar alguns
conceitos sobre o emprego do acento grave?
Já sabemos que só há crase na junção de duas vogais “A” (as
demais vogais, por sua vez, não formam crase). No caso em questão,
é fácil notar que houve a união de uma vogal “A” (preposição) com
outra vogal “A” (artigo feminino). Isso ocorreu porque a regência do
verbo “CAUSAR” exige complemento preposicionado (“quem causa,
causa algo A alguém”) e porque o complemento “A QUALIDADE” é
formado por artigo feminino “A”.
LACUNA 4 – aqui, estamos diante de um começo de frase em que o
substantivo “mobilidade” exige o emprego anterior do artigo feminino
definido “A”. O emprego da letra maiúscula é obrigatório por tratar-se
de início de frase. Vale observar que o contexto trazido pela frase
afasta o uso do verbo “haver” no sentido de “existir”.
GABARITO: B

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Questão 11 – (FGV) Analista Administração – MPE-MS/2013


(Adaptada)

"Se um jovem quiser experimentar drogas". Nessa frase empregou-


se corretamente o futuro do subjuntivo do verbo querer (quiser).

Assinale a frase em que a forma do futuro do subjuntivo


sublinhada está errada.

a) Quando ele vir a prova do delito, confessará o crime.


b) Quando os traficantes serem presos, a situação melhorará.
c) Se o viciado requerer ajuda, tudo ficará mais fácil.
d) Se a polícia intervier, o problema aumentará.
e) Quando vierem as testemunhas, o processo ficará mais claro.

Comentários
Para responder questões deste tipo com segurança, é necessário que
você domine a conjugação de verbos irregulares, sobretudo no
tempo futuro do subjuntivo, que costuma causar muitas dúvidas
nos candidatos.
Os verbos “VER” e “VIR” são bastante cobrados em provas, em
razão da frequente confusão realizada entre ambos. Observe o quadro
abaixo, em que eles estão conjugados no futuro do subjuntivo:

ver vir
quando/se eu vir vier
quando/se tu vires vieres
quando/se ele vir vier
quando/se nós virmos viermos
quando/se vós virdes vierdes
quando/se eles virem vierem

A partir do quadro acima, é possível analisar as alternativas A e E.


Na alternativa A, o verbo “VER” foi corretamente empregado na 3ª
pessoa do singular: quando ele vir.
Na alternativa E, o verbo “VIR” foi corretamente empregado na 3ª
pessoa do plural: quando elas (as testemunhas) vierem.

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A conjugação do verbo “INTERVIR” segue a mesma lógica do verbo
“VIR”, do qual deriva. Assim, na alternativa D, está correta a
conjugação: se ela (a polícia) vier = se ela intervier.
A grande dificuldade da questão talvez seja, para muitos, a
alternativa C. O verbo “REQUERER” parece derivar do verbo
“querer”, mas isso NÃO ocorre. Observe sua conjugação: no presente
do indicativo - requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis,
requerem; no presente do subjuntivo - requeira, requeiras, requeira,
requeiramos, requeirais, requeiram. Agora, observe a conjugação no
tempo que nos interessa, o futuro do subjuntivo:

requerer
quando/se eu requerer
quando/se tu requereres
quando/se ele requerer
quando/se nós requerermos
quando/se vós requererdes
quando/se eles requererem

Assim, está correta a conjugação na alternativa em comento: se ele


(o viciado) requerer.
A alternativa incorreta é, desse modo, a B; o correto é quando os
traficantes forem.
GABARITO: B

Questão 12 – (FGV) Técnico Legislativo – Senado


Federal/2008
(Adaptada)

“Mas o fato é que transparência deixou de ser um processo de


observação cristalina para assumir um discurso de políticas de
averiguação de custos engessadas que pouco ou quase nada retratam
as necessidades de populações distintas.”

A oração grifada no trecho acima classifica-se como:

a) subordinada substantiva predicativa.


b) subordinada adjetiva restritiva.
c) subordinada substantiva subjetiva.

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d) subordinada substantiva objetiva direta.
e) subordinada adjetiva explicativa.

Comentários
As orações subordinadas caracterizam-se pela dependência
sintática que possuem em relação a outra oração do mesmo período.
De acordo com a função exercida perante a oração principal, as
orações subordinadas serão nomeadas e classificadas em:
- orações subordinadas substantivas: orações que exercem
alguma função sintática típica de substantivo, quais sejam: sujeito,
objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto,
predicativo e agente da passiva.
- orações subordinadas adjetivas: orações que exercem função
sintática típica de adjetivo, qual seja: adjunto adnominal.
- orações subordinadas adverbiais: orações que exercem função
sintática típica de advérbio, qual seja: adjunto adverbial.

Dito isso, vamos analisar o período mencionado na questão:


“o fato é que transparência deixou de ser um processo de
observação cristalina”
Logo de início, cabe observar que a oração sublinhada é uma oração
subordinada à principal (“o fato é”), pois dela depende
sintaticamente.
Assim, vamos analisar qual a função sintática que essa oração exerce
em relação à principal.
Minha dica é que você substitua a oração subordinada pelo
substantivo “isso”. Caso seja possível realizar essa substituição,
estaremos diante de uma oração subordinada substantiva. É o
que ocorre neste caso:
“o fato é isso”
Estamos ainda mais perto de classificar corretamente a oração. Basta,
agora, saber qual das funções sintáticas de substantivo o termo
“isso” exerce no período acima.
Trata-se de um predicativo. Observe que há um verbo de ligação
(em geral, o verbo “SER”) ligando o sujeito ao predicativo.
Por fim, ao retomar o período original, é possível classificar a oração
sublinhada como uma oração subordinada substantiva
predicativa.
GABARITO: A

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Questão 13 – (ESAF) Auditor Fiscal da Receita Federal –


Receita Federal/2014

Assinale a opção que preenche as lacunas do texto de forma a


torná-lo coeso, coerente e gramaticalmente correto.

Depois de cair logo após a reforma do regime previdenciário do setor


público de 2003 — que extinguiu a aposentadoria integral __1__
servidor que ainda não contava __2__ direito e fixou condições mais
rigorosas __3__ novas aposentadorias —, a proporção dos servidores
inativos em relação ao total de funcionários da União se estabilizou e,
__4__ gradual envelhecimento médio dos funcionários ativos, poderá
voltar a crescer __5__ pouco tempo. Um estudo divulgado __6__
pouco pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) mostra
que, atualmente, os inativos dos Três Poderes e do Ministério Público
Federal representam 48% do total de servidores. Entre os servidores
civis do Poder Executivo Federal a proporção é ainda maior: 52%

(Adaptado de O Estado de S. Paulo, 17/02/2014.)

a)

b)

c)

d)

e)

Comentários
A questão pede que o candidato avalie os preenchimentos propostos
em cada alternativa, para assinalar aquelas substituições que sejam
corretas gramaticalmente e que confiram coesão e coerência ao
texto.

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Um texto coerente é aquele bem construído, sem incompatibilidade
entre as suas partes. A coerência é a responsável pela continuidade
dos sentidos no texto. A coerência está totalmente ligada à coesão
textual, que se refere às relações estabelecidas entre os elementos
que formam o texto. A coesão é a responsável pela conexão e ligação,
entre as partes do texto, por meio dos chamados mecanismos de
coesão textual.
Dito isso, vamos analisar cada lacuna do texto a fundo.

LACUNA 1: que extinguiu a aposentadoria integral ____


servidor
Podemos preencher esta lacuna com duas das opções fornecidas nas
alternativas: “PARA O” e “AO”. O texto afirma que a reforma do
regime previdenciário extinguiu a aposentadoria integral PARA O
servidor ou AO servidor.
LACUNA 2: extinguiu a aposentadoria integral para o servidor
que ainda não contava ____ direito
Esta lacuna pode ser preenchida por “COM ESSE”, pois a regência do
verbo “contar” exige que o complemento venha precedido da
preposição “com” (contar com alguém/algo). Observe: “para o
servidor que ainda não contava COM ESSE direito”.
A substituição por “TER O” compromete a coerência do texto, pois a
aposentadoria foi extinta para aqueles servidores que não possuíam o
direito à época, e não para os servidores que não contavam ter o
direito. São dois sentidos diferentes e apenas o primeiro está correto
no contexto pedido.
LACUNA 3: e fixou condições mais rigorosas ____ novas
aposentadorias
O autor prossegue informando que a reforma da previdência fixou
condições mais rigorosas PARA AS ou ÀS novas aposentadorias.
Essas são as substituições possíveis, pois respeitam a regência do
termo completado, bem como conferem coerência ao texto.
Observe que a substituição pela preposição “EM”, neste caso,
compromete o sentido proposto. Fixar algo em algum lugar dá uma
ideia de fixar materialmente, enquanto que o texto utiliza o verbo
“fixar” no sentido de “estabelecer” condições rigorosas “PARA” algo.
LACUNA 4: a proporção dos servidores inativos em relação ao
total de funcionários da União se estabilizou e, ____ gradual
envelhecimento médio dos funcionários ativos, poderá voltar a
crescer
Neste trecho, o autor afirma que, COM O gradual envelhecimento
médio dos funcionários ativos, a proporção dos servidores inativos em

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relação ao total de funcionários da União poderá voltar a crescer.
LACUNA 5: poderá voltar a crescer ____ pouco tempo.
O crescimento, mencionado acima, segundo o autor, poderá se dar
EM pouco tempo ou DENTRO DE pouco tempo. Note que a
substituição por “HÁ pouco tempo” altera o sentido do trecho, pois
significa que o crescimento já ocorreu, quando na verdade ainda
ocorrerá. A substituição por “POR pouco tempo” também é
equivocada, pois muda o sentido que o contexto exige e dá a ideia de
que o crescimento durará pouco.
LACUNA 6: Um estudo divulgado ____ pouco pela Escola
Nacional de Administração Pública (Enap) mostra que,
atualmente, os inativos dos Três Poderes e do Ministério
Público Federal representam 48% do total de servidores.
O trecho menciona o resultado de um estudo já divulgado. A melhor
substituição, portanto, é pela forma verbal “HÁ”, que indica uma
ocorrência passada: “um estudo divulgado HÁ pouco”.
Não confunda com a preposição “A”, que indica ocorrências futuras.
Ex: um estudo que será divulgado a pouco (logo mais).

Assim, com base no que foi explicado sobre cada caso, temos que a
alternativa D possui as melhores opções para o preenchimento das
lacunas.
GABARITO: D

Questão 14 – (CESPE) Consultor de Orçamento e Fiscalização


Financeira – Câmara dos Deputados/2014

Ao vender Sochi como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014,


o presidente russo Vladimir Putin prometeu uma experiência única:
turistas e atletas poderiam esquiar nas montanhas, onde é muito frio,
e mergulhar em piscinas abertas de hotéis, onde o clima é mais
ameno, no mesmo dia. Sochi é famosa como estância de veraneio de
milionários russos. Pelo fato de o clima na região ser subtropical, a
temperatura prevista para a Olimpíada já estava no limite do aceitável
para a prática de esportes na neve: no inverno, é esperada a média
de 6 ºC na altura do mar Negro, que banha o litoral. O que atletas e
turistas encontraram ao chegar a Sochi, porém, foi um cenário muito
mais inusitado. O calor na altura do mar atinge 20 ºC e, nas
montanhas, 15 ºC. O calor intenso derreteu a neve nas pistas, forçou
o cancelamento de treinos e prejudicou competições. Por trás dessa
surpresa, um velho conhecido: o aquecimento global, fenômeno
responsável por mudanças climáticas intensas que têm afetado o

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planeta no último século e que pôde ser notado em anomalias
frequentes nessa última temporada de inverno no Hemisfério Norte e
de verão, no Sul.
Alexandre Salvador e Raquel Beer. Cadê o frio? In: Veja, fev./2014 (com
adaptações)

Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aspectos


gramaticais do texto acima.

As orações “onde é muito frio” (sublinhado no texto) e “que banha o


litoral” (sublinhado no texto) têm natureza explicativa, o que justifica
o fato de estarem isoladas por vírgulas.

Comentários
Esta questão trata de pontuação e de orações subordinadas
adjetivas.
Aprendemos que as orações subordinadas adjetivas podem ser
explicativas ou restritivas. Vamos revisar?

Oração subordinada adjetiva restritiva


A oração subordinada adjetiva restritiva restringe e
particulariza o significado do termo a que se refere
(substantivo ou pronome substantivo). Essa oração é responsável
por expressar uma informação que se refere apenas a uma parte do
todo e não ao todo. Outra característica importante é que a oração
restritiva é indispensável à compreensão do termo antecedente, ao
qual se liga sem pausa, ou seja, sem vírgula (ou outro sinal de
pontuação). Dessa forma, se essas orações forem retiradas do trecho
textual, este ficará prejudicado no seu sentido geral.
A oração adjetiva restritiva possui valor de adjetivo e exerce a
função sintática de adjunto adnominal.
Exemplos:
As crianças que brincavam no canto da sala estavam alegres.
Observe que “existem outras crianças na sala”.

Os estudantes que estavam do lado de fora da sala receberão punição.


Observe que “somente os estudantes que estavam do lado de fora (e
não todos) é que receberão punição”.

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Oração subordinada adjetiva explicativa
A oração subordinada adjetiva explicativa explica e amplia o
significado do termo a que se refere (substantivo ou pronome
substantivo). Na maior parte das vezes, esse substantivo ou
pronome substantivo designa um ser único, um ser individualizado.
Outra característica importante é que a oração explicativa é
dispensável à compreensão do termo antecedente, ao qual se liga
com pausa, ou seja, com vírgula (ou outro sinal de pontuação). Dessa
forma, se essas orações forem retiradas do trecho textual, este não
ficará prejudicado no seu sentido geral.
A oração adjetiva explicativa possui valor semelhante a um
aposto explicativo.
Exemplos:
O pai de Carla, que é um homem trabalhador, estava cansado.
Observe que “Carla tem apenas um pai”.

O planeta Terra, que é a nossa casa, faz parte do sistema solar.


Observe que “existe somente um planeta chamado Terra”.

Diferença entre a oração subordinada adjetiva restritiva e a


explicativa
A adjetiva restritiva individualiza um termo anteriormente expresso,
indica uma parte do todo, acrescenta uma nova ideia.
Exemplos:
O homem que é honesto vive bem.
Observe que a oração “que é honesto” restringe o sentido do
substantivo “homem”, ou seja, não é todo homem que vive bem, mas
apenas aquele que é honesto.

A adjetiva explicativa repete uma ideia que pertence ao termo


antecedente e indica uma qualidade inerente do ser.
Exemplos:
Deus, que é perfeito, perdoa.
Observe que a oração “que é perfeito” não acrescenta nada de novo
ao substantivo “Deus”, ou seja, Deus, por sua própria natureza, é
perfeito.

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Quando estudamos pontuação, aprendemos que as orações
explicativas são sempre isoladas por vírgulas.
Em vista do exposto, o item está correto.
Gabarito: CERTO

Questão 15 – (CESPE) Auditor Fiscal do Trabalho – MTE/2013

Existe no mercado uma tendência de crescimento da taxa de


atividade feminina e de melhoria para as mulheres na disputa por
postos de trabalho. De fato, desde meados dos anos oitenta do século
XX, a taxa anual de emprego das mulheres mostra-se mais elevada
que a masculina, o que representa um forte aumento de pessoas do
sexo feminino entre a população ocupada.
Muitas razões podem explicar esse comportamento mais favorável às
mulheres do que aos homens, no que se refere à expansão do nível
de ocupação. Uma delas decorre da amplitude do processo de
reestruturação produtiva iniciada na década de noventa do século
passado, que afeta principalmente o emprego industrial, cuja redução
massiva tem rebatimentos negativos e incide mais sobre os homens
do que sobre as mulheres, pouco representadas no setor.
Outro fator que estimula a inserção produtiva das mulheres diz
respeito à expansão da economia de serviços. Entretanto, há de se
considerar que esse fenômeno pouco tem alterado a predominância
de um ou outro sexo em determinados setores, dado o perfil da
segregação ocupacional de gênero: as mulheres permanecem
majoritárias ― representam mais de 70% do total ― nas atividades
de saúde e de ensino, na administração pública e nos serviços
pessoais.
O terceiro fator que favorece o aumento do emprego feminino nos
anos recentes é a maior flexibilização do mercado de trabalho,
juntamente com a “precarização” das relações de trabalho, dada a
falta de regulamentação de certas garantias de trabalho e de
seguridade social, as formas de contrato sem carteira assinada, a
diminuição dos níveis salariais, o aumento das formas de trabalho em
domicílio e por conta própria e o aumento da informalidade, de forma
geral.
Esse enfoque explica o aumento maior de oportunidades de emprego
para as mulheres, em razão, sobretudo, das características da atual
divisão do trabalho por sexo: o emprego em atividades de tempo
parcial atrairia prioritariamente as mulheres, pois permitiria
compatibilizar trabalho doméstico e trabalho remunerado; como mão
de obra secundária, as mulheres aceitariam salários inferiores, o que
atenderia mais imediatamente à demanda dos setores público e

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privado, até porque, em face do aumento do desemprego, seriam
provavelmente as primeiras a serem dispensadas.
Em outras palavras, existe uma oposição entre elevação da taxa de
emprego feminina ― ou “feminização” do emprego ― e a
“precarização” das relações de trabalho, e isso explica vantagens
comparativas da mão de obra feminina sobre a masculina.

Tânia M. Fontenele-Mourão. Mulheres no topo de carreira: flexibilidade e


persistência. Brasil: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2006.
Internet: <www.dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

Com base na estrutura linguística do texto, julgue o item que


se segue.

As formas verbais “tem” (sublinhado no texto) e “incide” (sublinhado


no texto) estão flexionadas no singular porque concordam com o
termo “redução massiva” (sublinhado no texto).

Comentários
Nesta questão, vemos que o sujeito de “tem” e de “incide” é o termo
“redução massiva” (terceira pessoa do singular). Portanto, o item
está correto.
Gabarito: CERTO

Questão 16 – (CESPE) Consultor de Orçamento e Fiscalização


Financeira – Câmara dos Deputados/2014

Vista do avião, a cidade de edifícios arrojados lembra Dubai, só que


insulada na estepe verde. Desde 1997, quando o presidente Nursultan
Nazarbayev transferiu a capital de Almaty, maior centro urbano do
país, para Astana, no norte, a cidade não para de receber investidores
e arquitetos famosos, atraídos pelas receitas de petróleo do
Cazaquistão. Oficialmente, o presidente Nazarbayev justificou a
mudança alegando o risco permanente de terremoto em Almaty e a
falta de espaço para crescimento. Contudo, também queria integrar o
norte habitado por russos à maioria cazaque. Hoje, a população de
Astana é 65% de origem cazaque, 23% russa, 3% ucraniana, 1,7%
tártara e 1,5% alemã. A nova capital é a fronteira de expansão
econômica do país, irresistível para os jovens.
Brasília asiática. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações)

Julgue o próximo item, referente às ideias e aos aspectos


linguísticos do texto acima.

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Os vocábulos “Oficialmente” (sublinhado no texto) e “permanente”
(sublinhado no texto) pertencem à mesma classe gramatical.

Comentários
Temos que analisar as palavras apresentadas e verificar se
elas pertencem à mesma classe gramatical.
Veja que “oficialmente” modifica o sentido do verbo “justificar”,
portanto é um advérbio.
Como aprendemos, advérbio é a palavra invariável que modifica o
sentido dos adjetivos, dos verbos e de outros advérbios.
Por sua vez, “permanente” está ligada ao substantivo “risco”, assim é
um adjetivo.
Adjetivo é a palavra variável que acompanha o substantivo para
precisar-lhe e modificar-lhe o significado. Assim, o adjetivo expressa
as qualidades, defeitos ou características de um substantivo.
Gabarito: ERRADO

Questão 17 – (ESAF) Assistente Técnico Administrativo –


MF/2014

Em relação às exigências da correspondência oficial, assinale a


opção incorreta.

a) A despedida em correspondências para o Presidente da República


deve ser: Renovo meus protestos da mais profunda estima e alta
consideração.
b) No cabeçalho do Memorando deve constar o Assunto, ou seja, o
resumo do teor da comunicação
c) Emprega-se a forma de tratamento Vossa Excelência para Ministros
de Estado e o endereçamento é Excelentíssimo Senhor Fulano de tal –
Ministro da ....
d) O vocativo “Senhor Chefe de Gabinete,” é empregado em um ofício
para um chefe de gabinete.
e) O fecho das comunicações oficiais deve ser simples:
Respeitosamente, para autoridades superiores, e Atenciosamente,
para autoridades de mesma hierarquia

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Comentários
Esta questão busca testar os seus conhecimentos sobre as
características da redação oficial. Vamos analisar os itens?
Alternativa A – alternativa incorreta. É importante lembrar que as
comunicações oficiais se valem do fecho para arrematar o texto ao
final, bem como para saudar o destinatário. O Manual de
Redação da Presidência da República simplificou o assunto, valendo-
se de apenas dois fechos.
Respeitosamente: utilizado no fecho de comunicações endereçadas
às autoridades superiores, inclusive o Presidente da República.
Atenciosamente: utilizado no fecho de comunicações endereçadas
às autoridades de mesma hierarquia do emissor ou de hierarquia
inferior.
Dessa maneira, o correto seria usar o “respeitosamente”.
Alternativa B – alternativa correta. O memorando, forma de
comunicação interna, utilizada entre unidades administrativas
de um mesmo órgão, prevê em seu modelo constante do Manual
de Redação da Presidência da República o campo do assunto no
cabeçalho, com o intuito de resumir o que será tratado no
documento.

Alternativa C – há duas afirmativas a serem julgadas neste item:


1ª – “Emprega-se a forma de tratamento Vossa Excelência para
Ministros de Estado”. Essa afirmação está correta. Relembre que o
pronome de tratamento Vossa Excelência tem o seu uso
consagrado para o trato com autoridades dos três poderes. No
caso de autoridades do Poder Executivo: Presidente da República;
Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Secretários-
Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza
especial; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito
Federal; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Oficiais-
Generais das Forças Armadas; Prefeitos Municipais; Embaixadores.
2ª - “e o endereçamento é Excelentíssimo Senhor Fulano de tal –
Ministro da ....”. Em que pese a ESAF ter considerada correta esta
afirmativa, é importante observar que, ao seguir com rigor o Manual
de Redação da Presidência da República, devemos notar o que se
segue:
Ao endereçar correspondências aos Chefes de Poder, deve-se
empregar o vocativo Excelentíssimo Senhor, seguido do
respectivo cargo. Para as demais autoridades, deve-se utilizar o
vocativo Senhor, seguido do respectivo cargo ou nome (em
caso de particulares).

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Alternativa D - como visto na resposta da alternativa anterior, a
afirmativa está correta.
Alternativa E – como visto na resposta da Alternativa A, a afirmativa
está correta.
GABARITO: A

Questão 18 – (FCC) Analista Judiciário – TRF-3ª Região/2014

A guerra dos dez anos começou quando um fazendeiro cubano, Carlos


Manuel de Céspedes, e duzentos homens mal armados tomaram a
cidade de Santiago e proclamaram a independência do país em
relação à metrópole espanhola. Mas a Espanha reagiu. Quatro anos
depois, Céspedes foi deposto por um tribunal cubano e, em março de
1874, foi capturado e fuzilado por soldados espanhóis.
Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas de restrição
ao comércio, o governo americano apoiara abertamente os
revolucionários e Nova York, Nova Orleans e Key West tinham aberto
seus portos a milhares de cubanos em fuga. Em poucos anos Key
West transformou-se de uma pequena vila de pescadores numa
importante comunidade produtora de charutos. Despontava a nova
capital mundial do Havana.
Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos levaram com
eles a instituição do “lector”. Uma ilustração da revista Practical
Magazine mostra um desses leitores sentado de pernas cruzadas,
óculos e chapéu de abas largas, um livro nas mãos, enquanto uma
fileira de trabalhadores enrolam charutos com o que parece ser uma
atenção enlevada.
O material dessas leituras em voz alta, decidido de antemão pelos
operários (que pagavam o “lector” do próprio salário), ia de histórias
e tratados políticos a romances e coleções de poesia. Tinham seus
prediletos: O conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, por
exemplo, tornou-se uma escolha tão popular que um grupo de
trabalhadores escreveu ao autor pouco antes da morte dele, em
1870, pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói para um charuto;
Dumas consentiu.
Segundo Mário Sanchez, um pintor de Key West, as leituras decorriam
em silêncio concentrado e não eram permitidos comentários ou
questões antes do final da sessão.
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura.
Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, p. 134-136)

Afirma-se corretamente:

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a) Em “pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói” (4o parágrafo),
o elemento destacado é um pronome.
b) O elemento destacado no segmento “uma escolha tão
popular que um grupo de trabalhadores” (4o parágrafo) NÃO é um
pronome.
c) Em “que pagavam o ‘lector’ do próprio salário” (4o parágrafo), o
elemento destacado substitui leituras.
d) Em “com o que parece ser uma atenção enlevada” (3o parágrafo),
o elemento destacado refere-se a “charutos”.
e) Em “Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos”
(3o parágrafo), o elemento destacado NÃO é um pronome.

Comentários
Esta questão pede que o candidato analise as diferentes funções do
vocábulo “QUE” na nossa língua. Vamos examinar cada alternativa
separadamente.

Alternativa A – O “que”, no período destacado, está exercendo


função de conjunção subordinativa integrante. A conjunção
subordinativa faz a conexão entre uma oração principal e uma oração
subordinada. Nesse caso, faz a conexão entre a oração principal e a
oração subordinada substantiva objetiva direta “cedesse o nome
de seu herói”. Por iniciar uma oração substantiva, é chamada de
conjunção integrante. Alternativa incorreta.
Alternativa B – O “que”, no período destacado, também está
exercendo função de conjunção, porém de conjunção subordinativa
consecutiva, pois faz a conexão entre uma oração principal e uma
oração subordinada adverbial consecutiva (“um grupo de
trabalhadores escreveu...”). A alternativa está correta, pois, de
fato, não se trata de um pronome.
Alternativa C – Aqui, o “que” foi empregado na função de pronome
relativo para retomar (substituir) o termo “trabalhadores”, e não
“leituras”. Alternativa incorreta.
Alternativa D – Aqui, o “que” também foi empregado na função de
pronome relativo, para retomar o pronome demonstrativo “O”
(“o que” = “aquilo que”), em referência ao termo “atenção
elevada”, expresso adiante. Alternativa incorreta.
Alternativa E – O “que”, nesta alternativa, funciona como pronome
(pronome relativo), pois retoma o termo “trabalhadores”.
Alternativa incorreta.
GABARITO: B

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Questão 19 – (CESPE) Cargos de Nível Superior – EBC/2011

É inegável, hoje, a importância das novas tecnologias de comunicação


e de multimídia no acesso ao conhecimento produzido em diferentes
campos do saber, em distintas regiões geográficas. Esse acesso é
importante para que se conheçam as decisões, as versões e as
opiniões em diferenciados campos do saber e de sua produção. A
quantidade de conhecimento produzido, seja na medicina, seja na
física nuclear, seja na história, e sua disponibilização permitem que,
com critérios de seletividade e com a utilização das redes telemáticas,
as pessoas tenham potencialmente acesso a essa produção.
Isso é importante? Parece que sim, porque as descobertas científicas,
as interpretações históricas, os eventos que isso suscita e as opiniões
sobre eles, em um mundo também potencialmente globalizado em
seus aspectos econômicos, políticos, culturais e midiáticos, interessam
às pessoas, que deles receberão efeitos. Ao mesmo tempo, as
decisões políticas, próximas ou distantes, públicas ou secretas, terão
efeito na vida do mais remoto e pacato cidadão de distantes regiões,
de diferentes mundos culturais e sociais.
É importante que, dentro desse contexto, sejam aprofundados
estudos sobre os limites para o exercício ético da atividade
profissional no jornalismo, diagnosticando-se os principais problemas
existentes hoje e situando-se, simultaneamente, suas possibilidades
de solução. É preciso estabelecer a potencialidade e os limites do
exercício profissional, mas, ao mesmo tempo, mostrar as mudanças
que a multimídia e as novas tecnologias, em geral, apontam para a
área, para a nova mediação social da realidade que os profissionais
serão desafiados a fazer e para os limites que se avizinham e
aumentam.
Francisco José C. Karam. Formação e ética jornalística.
Internet: <www.fnpj.org.br> (com adaptações)

A respeito dos aspectos morfossintáticos e semânticos do


texto, julgue o próximo item.

No período “Parece que sim, porque (...) receberão efeitos.”


(sublinhado), a substituição do ponto final por ponto de interrogação
manteria a coerência do texto, mas, nesse caso, de acordo com a
prescrição gramatical, o vocábulo “porque” deveria ser grafado
como por que.

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Comentários
Vamos revisar o uso de “porque” e “por que”?
Esta questão exige conhecimento do candidato a respeito do emprego
do termo “porquê”.
O emprego do “porquê” é bastante cobrado pelas bancas, pois
o candidato facilmente confunde se escreve-se junto, separado
ou com acento circunflexo.
“Por que” separado é usado:
 quando podemos substituir o “por que” por “pelo qual”
e variações. Isso acontece por causa do seguinte: o “por” é
uma preposição e o “que” é um pronome relativo.
 quando podemos substituir o “por que” por uma das
expressões: “por qual motivo” ou “por qual razão”. Isso
acontece por causa do seguinte: o “por” é uma preposição e o
“que” é um pronome interrogativo.
 quando temos orações subordinadas substantivas
objetivas indiretas e o verbo transitivo indireto exige a
preposição “por”. Isso acontece por causa do seguinte: o
“por” é uma preposição e o “que” é um pronome interrogativo.
“Porque” junto é usado quando possui a função de conjunção
explicativa (= “pois”), causal (= “já que”) ou final (= ”para
que”).
Usamos o “porquê” junto e com acento circunflexo quando ele
possui valor de “motivo”, “razão”. Observe que o “porquê” é,
nesse caso, uma palavra substantivada e vem sempre precedido de
algum determinante.
Você se lembra de que sempre acentuamos a palavra “que” se esta
estiver em final de frases ou se estiver acompanhada de algum
determinante? Neste segundo caso, a palavra funciona como um
substantivo. Essas regras valem então para “porquê” e “por quê”.
Veja, dessa forma, que o “porque” utilizado no texto não pode
ser substituído por “por que”.
Gabarito: ERRADO

Questão 20 – (FGV) Agente Administrativo – CAERN/2010


(Adaptada)

Para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016,


os organizadores tiveram de se submeter a uma série de medidas
ambientais.

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Assinale a alternativa em que o SE desempenhe o mesmo
papel que o grifado no período acima.

a) Eles se sentaram à beira do lago.


b) Ele se cortou fazendo a barba.
c) O pai e o filho confrontaram-se até que romperam relações.
d) Precisa-se da ajuda do povo para conter o desmatamento.
e) Ela se queixou com o chefe.

Comentários

A palavra “se” admite vários empregos, pois possui diferentes


funções morfológicas e sintáticas.
No trecho do enunciado, o “se” é empregado para expressar que a
ação praticada pelo sujeito recai sobre ele próprio (voz reflexiva).
Assim, possui função de pronome reflexivo.
Agora que identificamos a função do “se” na frase, temos de
encontrar, nas alternativas, outro “se” com semelhante função.
Alternativa A - Aqui, o “se” funciona como partícula expletiva ou
de realce, pois possui valor enfático. Note que é possível retirá-lo
sem prejuízo à estrutura sintática da oração: “Eles sentaram à beira
do lago”.
Alternativa B - Nesta alternativa, o “se” expressa que a ação
praticada pelo sujeito recai sobre ele próprio (cortou a si mesmo).
Possui, portanto, função de pronome reflexivo. Alternativa
correta.
Alternativa C - Aqui, o “se” equivale a “um ao outro”. É, portanto,
pronome reflexivo recíproco.
Alternativa D - O “se” foi empregado, neste período, após um verbo
transitivo indireto e possui função de índice de indeterminação do
sujeito.
Alternativa E - Em “queixou-se”, o “se” integra o verbo pronominal
“queixar” e não exerce função sintática. É, assim, parte integrante
do verbo.
GABARITO: B

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Esta, então, é nossa última aula. Espero que tenha aproveitado o
curso e adquirido bastante conhecimento.
Desejo a você um excelente resultado no concurso!
Boa sorte!
Estarei torcendo muito.

Um grande abraço,
Professora Ludimila

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