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Curso Regular de Língua Portuguesa

Prof. Ludimila Lamounier,

AULA 07

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Língua Portuguesa para concursos
Curso Regular
Teoria e questões comentadas
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 07

AULA 07

Concordância nominal e verbal. Pontuação.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Aspectos introdutórios – concordância 02
2. Concordância nominal 04
2.1 Concordância nominal – casos particulares 04
2.2 Concordância nominal – casos especiais 08
3. Concordância verbal 12
3.1 Concordância verbal – sujeito composto por pessoas
13
gramaticais diferentes
3.2 Concordância verbal – casos especiais do sujeito
13
simples
3.3 Concordância verbal – casos especiais do sujeito
20
composto
3.4 Concordância verbal – verbo “parecer” 24
3.5 Concordância verbal – verbo “ser” 24
3.6 Concordância verbal – sujeito oracional 27
3.7 Flexão do infinitivo 30
3.7.1 Flexão do infinitivo – casos obrigatórios 30
3.7.2 Flexão do infinitivo – casos facultativos 31
3.7.3 Flexão do infinitivo – casos proibidos 32
Pontuação 33
1. Aspectos Introdutórios - Pontuação 33
2. Sinais de Pontuação 34
2.1 Vírgula 34
2.2 Dois-pontos 40
2.3 Ponto de exclamação 40
2.4 Ponto de interrogação 41
2.5 Reticências 41
2.6 Ponto 42
2.7 Travessão 43
2.8 Parênteses 44
2.9 Aspas 45
2.10 Colchetes 46
2.11 Ponto e vírgula 46
Questões Propostas 53

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Teoria e questões comentadas
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 07

Gabarito 60
Questões Comentadas 60

Olá, concurseiro fiscal!


Vamos, hoje, para mais uma aula: Aula 07 de Língua Portuguesa do
Curso Regular.

DICA DA VEZ – ORGANIZAÇÃO É FUNDAMENTAL


Sempre comento com amigos, familiares e alunos o quão importante é a
organização de nosso cantinho de estudos. Pode parecer bobagem, mas
um local limpinho e ajeitadinho faz toda a diferença.
Procure organizar seu material de estudo – livros, apostilas, DVDs,
cadernos, etc. Mesmo que seu espaço seja pequeno, coloque uma
estante, um armário ou umas simples prateleiras que caibam no local.
Isso facilita demais a organização. Separe seu material por tipo ou
assunto. Fica mais fácil achar “aquele” livro que você precisa e, com
isso, você ganha tempo e tranquilidade.
Mantenha sua mesa limpa, com cada coisinha no seu devido lugar. Nada
de bagunça e coisas esparramadas pela mesa, certo? Você vai ver como
a energia flui e o ambiente fica mais agradável. Assim, você estuda
melhor!
E também deixe sempre seu computador bem organizado! Faça uma
rotina para separar as aulas, guardar aquelas que não lhe serão úteis
por hora, etc.
Se ainda não é da “turminha dos organizados”, sugiro que se una ao
time, você não irá se arrepender!

Vamos começar a nossa aula de hoje?


Esta aula trata de Concordância nominal e verbal e Pontuação.
A concordância e a pontuação são assuntos fundamentais e sempre
aparecem nas provas de concurso. Sugiro que você estude com
bastante atenção esta aula, e, qualquer dúvida, estou à disposição.

1. Aspectos introdutórios - concordância

É muito claro, para todos nós, que um texto bem escrito possui
períodos harmônicos, com orações bem estruturadas. Nesse
contexto, a concordância cuida da colocação das palavras de
forma harmônica no período.
É bom salientar que temos dois tipos de concordância: a verbal e a
nominal. A concordância verbal trata da harmonia sintática entre o

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sujeito e o verbo e a concordância nominal, entre o substantivo e
os termos a ele ligados.
A concordância pode ser dividida em: gramatical, atrativa e
ideológica.
Concordância gramatical: realizada com o núcleo do termo.
Concordância atrativa: realizada com o núcleo semântico mais
próximo.
Concordância ideológica: realizada com a “ideia” transmitida pelo
termo. A concordância ideológica também é conhecida por
“silepse”.
Exemplos:
A razão desses muitos equívocos aparecerá um dia. (concordância
gramatical – o termo “razão” é o núcleo do sujeito)
Marina achou uma boa razão e motivo para ir ao parque. (concordância
atrativa - o termo “razão” é o núcleo semântico mais próximo)
Uma multidão compareceu ao festival de música. Dançaram até o dia
seguinte. (concordância ideológica – ideia de “muitas pessoas” transmitida
pelo termo “multidão”)

Atenção!
A concordância ideológica pode ser de gênero, pessoa ou
número.
Exemplos:
Campo Belo ainda está tranquila. (masculino x feminino)
Perceba que a oração acima se equivale a “A cidade de Campo Belo ainda
está tranquila.”
Os brasileiros somos festeiros. (3ª pessoa x 1ª pessoa)
Perceba que a oração acima expressa que seu autor é “brasileiro”.
A multidão, ao ver a fumaça, saíram logo. (singular x plural)
Perceba que a oração acima expressa que existem muitas pessoas em uma
“multidão”.

No próximo tópico, estudaremos a concordância nominal.


Vamos lá?

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2. Concordância nominal

A concordância nominal se refere a uma situação em que o


adjetivo, o pronome, o numeral e o artigo recebem alterações em
suas desinências para que se ajustem ao substantivo a que se
referem.
Regra geral:
O adjetivo, o pronome adjetivo, o numeral e o artigo concordam em
número e gênero com o substantivo (nome) a que se referem.
Exemplo:
As minhas duas cortinas novas foram instaladas ontem nos quartos
ensolarados.
Observe os substantivos “cortinas” e “quartos” e os termos que a eles
se referem.
Observação: não se esqueça de que o advérbio é uma palavra
invariável e se liga a verbo, adjetivo ou outro advérbio (vimos
isso na Aula 03). Para não se confundir, basta identificar a que se
refere o termo. Se for substantivo, teremos um termo que varia para
concordar com ele em gênero e número (adjetivo, pronome adjetivo,
numeral e artigo); se for verbo, adjetivo ou advérbio, teremos um
termo invariável (advérbio).
No próximo tópico, vamos ver os casos particulares de concordância
nominal.

2.1 Concordância nominal – casos particulares

Caso 1
Se tivermos um único adjetivo (na função de adjunto adnominal)
ligado a dois ou mais substantivos, serão duas possibilidades de
concordância:
Se o adjetivo estiver anteposto, concordará com o substantivo
mais próximo obrigatoriamente.
Exemplos:
O estado do Rio de Janeiro tem maravilhosas montanhas e mares.
Marisa possui lindos olhos e pernas.
Atingida a meta e o alvo, Pedro ficou satisfeito.

Se o adjetivo estiver posposto, concordará com o substantivo mais

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próximo ou com todos os substantivos no plural. Na segunda opção,
caso os gêneros dos substantivos sejam diferentes, concordaremos no
“masculino plural”.
Exemplo:
O estado do Rio de Janeiro tem mares e montanhas maravilhosas.
O estado do Rio de Janeiro tem mares e montanhas maravilhosos.

Atenção!
Pode ser que o adjetivo se refira, pela lógica, a somente um dos
substantivos. Assim, ele concordará apenas com esse substantivo.
Exemplo:
Marina gosta de muitos alimentos como carnes, verduras e cereal integral.

Caso o adjetivo (posposto ou anteposto) se referir a pessoas,


devemos fazer a concordância dele obrigatoriamente no plural com os
substantivos.
Exemplo:
As lindas Ivete Sangalo e Claudia Leitte participaram das cerimônias da
Copa do Mundo.

Caso 2
Se tivermos dois ou mais adjetivos ligados a um único substantivo,
serão três possibilidades de concordância, observe o exemplo abaixo.
Mariana já morou em vários países, portanto fala as línguas portuguesa,
inglesa e espanhola.
Mariana já morou em vários países, portanto fala a língua portuguesa, a
inglesa e a espanhola.
Mariana já morou em vários países, portanto fala a língua portuguesa,
inglesa e espanhola.

Você notou a diferença entre as três opções corretas? Veja que,


na primeira opção, o substantivo (língua) fica no plural e os artigos
antepostos aos adjetivos (portuguesa, inglesa e espanhola) são
omitidos. Por sua vez, a segunda opção apresenta o substantivo no
singular e os adjetivos (a partir do segundo) vêm com o artigo
anteposto. Por último, a terceira opção possui o substantivo também
no singular, mas os adjetivos não têm o adjetivo anteposto.

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Caso 3
Se tivermos um adjetivo funcionando como predicativo de um sujeito
composto, serão duas possibilidades de concordância:
Caso venha posposto, temos que concordar o adjetivo
(obrigatoriamente) no plural. Caso os gêneros dos substantivos sejam
diferentes, concordaremos no “masculino”.
Exemplos:
As metas e os alvos estavam perfeitos para a nova professora da escola.
Minhas primas e tias ficaram assustadas com a reação de minha avó.

Caso venha anteposto, poderemos concordar o adjetivo com os


núcleos ou com o núcleo mais próximo. Na opção de concordância
com o núcleo mais próximo, se ele estiver no singular, o verbo
também virá no singular.
Exemplos:
Constrangidos em virtude do lastimável resultado estavam o técnico e os
jogadores.
Constrangido em virtude do lastimável resultado estava o técnico e os
jogadores.

Satisfeitos com o inédito resultado estavam a aluna e o professor.


Satisfeita com o inédito resultado estava a aluna e o professor.

Caso 4
Se tivermos um adjetivo funcionando como predicativo do objeto,
teremos as seguintes possibilidades de concordância.
O adjetivo (posposto ou anteposto) concorda (na regra geral) em
gênero e número com o objeto caso ele seja simples.
Exemplo:
Marina encontrou todos os amigos do prédio bêbados.
Bêbados, Marina encontrou todos os amigos do prédio.

Se o adjetivo estiver posposto, ele concorda no plural quando o


objeto é composto (formado por mais de um núcleo). Caso os gêneros
dos substantivos sejam diferentes, concordaremos no “masculino”.
Exemplo:
Marina encontrou Ana e Clara bêbadas.
Marina encontrou Márcio e Clara bêbados.

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Se o adjetivo estiver anteposto e o objeto for composto (formado
por mais de um núcleo), aquele pode concordar tanto no plural
quanto com o núcleo mais próximo. Caso os gêneros dos substantivos
sejam diferentes, concordaremos no “masculino”.
Exemplo:
Marina encontrou sentada na cama a mãe e o sobrinho.
Marina encontrou sentados na cama a mãe e o sobrinho.

Caso 5 num ordinais : primeiro, segundo, terc...


Se tivermos um substantivo acompanhado de numerais
ordinais, podemos colocar o substantivo tanto no singular quanto no
plural, caso os numerais (antepostos) estejam acompanhados de
artigo. Entretanto, caso os numerais estejam desacompanhados de
artigo ou estejam pospostos, devemos colocar o substantivo no plural
obrigatoriamente.

Exemplos:
Marina deu uma palestra para os estudantes do terceiro e do quarto ano. com art
Marina deu uma palestra para os estudantes do terceiro e do quarto anos. com art
Marina deu uma palestra para os estudantes de terceiro e de quarto anos. sem art
Marina deu uma palestra para os estudantes dos anos terceiro e quarto. anteposto

Caso 6
Se tivermos um particípio passivo, devemos concordá-lo com o seu
sujeito passivo em número e gênero.
Exemplos:
Foram colocadas na mesa todas as travessas novas.
Primas e primos foram convocados para ajudar na tarefa.

Caso 7
Se tivermos adjetivos compostos, variamos apenas o último
elemento para que ele concorde com o nome (substantivo) a que se
refere.
Exemplo:
Mariana estuda, em seu mestrado, matérias relativas à cultura greco-
romana.
Marisa fará três viagens franco-lusitanas.

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Acabamos de ver, assim, os denominados “casos particulares”. Muito
ânimo: no próximo tópico, estudaremos os “casos especiais”.

2.2 Concordância nominal – casos especiais

Caso 1
Os vocábulos “menos”, “alerta” e “pseudo” são invariáveis.
Exemplos:
Os estudantes tiveram menos provas de inglês do que imaginavam.
Os jogadores permaneceram alerta.

Atenção!
Cuidado para não confundir a palavra invariável “alerta” (expressa
“modo”, “situação”) com o substantivo “alerta” (variável).
Exemplo:
Os estudantes receberam dois alertas (substantivo): devem melhorar as
notas em geografia e em matemática.

Caso 2
Os vocábulos “mesmo”, “próprio”, “leso”, “incluso”, “quite”,
“obrigado”, “qualquer” e “anexo” devem concordar com o termo
a que se referem. Observe que a expressão “em anexo” é invariável.
Exemplos:
Os estudantes estavam quites com as exigências feitas pelo professor.
Os jogadores, eles mesmos responsabilizaram-se pela derrota na Copa do
Mundo.
Elas próprias irão fazer a decoração da festa.
Os documentos seguem anexos ao ofício.
Os documentos seguem em anexo ao ofício. (invariável)

Caso 3
Os vocábulos “meio”, “bastante”, “longe”, “pouco”, “caro”,
“barato” e “muito” podem ter a função de advérbio ou de adjetivo,
numeral (vocábulo “meio”) e pronome adjetivo. Sabemos que o
advérbio é uma classe de palavras invariável e que o adjetivo,
numeral e pronome adjetivo devem concordar com o termo a que se
referem.

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Exemplos:
A prova apresentou bastantes (pronome adjetivo) questões de matemática.
Todas estavam bastante (advérbio) fáceis.
Os móveis para a sala custaram caro (advérbio). Ano passado, eu comprei
móveis mais baratos (adjetivo).
Achei a mesa nova meio (advérbio) feia.
O mundo está repleto de meias (numeral) pessoas.

Caso 4
O vocábulo “só” pode ter a função de advérbio (significa “somente”,
“apenas”) ou de adjetivo (significa “sozinho”). Sabemos que o
advérbio é uma classe de palavras invariável e que o adjetivo deve
concordar com o termo a que se refere.
Cuidado com “a sós” (significa “sozinho”), pois é uma expressão
invariável.

Exemplos:
Os alunos permaneceram sós (adjetivo) na sala de aula.
Marina só (advérbio) gosta de viajar para o exterior.
Como não conhecia ninguém, Joana ficou a sós na festa.
Atenção. LS!

Caso 5
A locução pronominal “tal qual” tem sua concordância feita da
seguinte forma: o “tal” concorda com o termo antecedente e o “qual”
com o termo “consequente”.
Exemplo:
Os novos alunos eram tais qual o novo professor.

Caso 6
As expressões “algo de”, “nada de”, “pouco de”, “que de”, “um
quê de”, “muito de” têm sua concordância feita da seguinte forma:
o “adjetivo” que fica junto da expressão poderá concordar com o
sujeito ou ficar invariável.
Exemplos:
A partida de futebol nada teve de animada. (ou animado)
As peças compradas na feira de antiguidades pouco tinham de antigas. (ou
antigo)

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Caso 7
As expressões formadas pelo verbo “ser” + adjetivo (exemplos: “é
bom”, “é suficiente”, “é preciso”, “é necessário”, “é proibido”,
“é permitido”, “é pouco”, “é muito”, etc.) têm sua concordância
feita da forma explicada a seguir.
Se o substantivo for usado em sentido geral (não específico), a
expressão fica invariável. Para fazer essa identificação, observe se há
artigo ou determinante ligados ao substantivo.
Exemplo:
O chefe pediu-me para mandar fazer uma placa com a seguinte frase
escrita: entrada é proibido.

Se o substantivo for usado em sentido específico, o adjetivo


concorda com o seu sujeito. Observe, no exemplo abaixo, que o artigo
“a” determina o substantivo “entrada”.

Exemplo:
É proibida a entrada de animais domésticos em muitas lojas.

Caso 8
As expressões “o mais possível”, “os mais possíveis”, “o menos
possível”, “os menos possíveis”, “o pior possível”, “os piores
possíveis” têm sua concordância feita da seguinte forma: o adjetivo
“possível” concorda com o artigo que o precede.
Exemplos:
Eram candidatos o mais competentes possível.
Eram candidatos os mais competentes possíveis.
Eram alunas o mais estudiosas possível.
Eram alunas as mais estudiosas possíveis.
Atenção. LS!

Caso 9
As expressões “haja vista”, “a olhos nus”, “em mão”, “a olhos
vistos”, “a sós”, “em anexo” são invariáveis.
Exemplos:
O candidato foi aprovado no concurso, haja vista o seu empenho.
O documento será entregue em mão.

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Vamos ver uma recente questão da banca ESAF?

Questão – (ESAF) Advogado – Sabesp/2014


(Adaptada)

No desenho constitucional, os tributos são fonte importantíssima


dos recursos financeiros de cada ente político, recursos esses
indispensáveis para que façam frente ao seu dever social.
Consequentemente, o princípio federativo é indissociável das
competências tributárias constitucionalmente estabelecidas.
Isso porque tal princípio prevê a autonomia dos diversos entes
integrantes da federação (União, Estados, DF e Municípios). A
exigência da autonomia econômico-financeira determina que
seja outorgado a cada ente político vários tributos de sua
específica competência, para, por si próprios, instituírem o
tributo e, assim, terem sua própria receita tributária.

(Adaptado de: <http://www.ambito-juridico.com.br/site>. Acesso em:


17mar. 2014.)

De acordo com trecho acima, julgue a alternativa


seguinte.

A expressão sublinhada está correta de acordo com a norma


culta gramatical.

Comentários
Esta questão trata do assunto concordância nominal. O
comando solicita que o aluno analise uma expressão constante
do trecho textual apresentado e julgue-a como correta ou não.
A primeira coisa que temos que fazer é verificar a expressão no
texto. Vamos ver?
A exigência da autonomia econômico-financeira determina que
seja outorgado a cada ente político vários tributos de sua
específica competência,...
Notamos que a locução verbal “seja outorgado” se encontra na
voz passiva. Para facilitar a resolução, vamos passar para a
ordem direta. Veja:
A exigência da autonomia econômico-financeira determina que
vários tributos de sua específica competência seja outorgado
a cada ente político...
Agora, vemos claramente que o sujeito passivo é “vários
tributos”, que está na 3ª pessoa do plural.
Vimos, na teoria, que, se tivermos um particípio passivo,
devemos concordá-lo com o seu sujeito passivo em
número e gênero. Assim, o particípio passado
“outorgado” deveria estar escrito no plural “outorgados”.
Atente-se para o fato de que o verbo “ser” também deveria
estar na 3ª pessoa do plural “sejam”. Não se preocupe, ainda

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veremos isso (concordância verbal) nesta aula.
Dessa forma, a expressão correta é “sejam outorgados”.
Gabarito: ERRADO

3. Concordância verbal

Vamos, neste tópico, estudar a concordância verbal, que é um


assunto mais cobrado em provas de concurso do que concordância
nominal. Portanto, estude com bastante atenção.
A concordância verbal se refere a uma correta conexão entre o
sujeito e o verbo, em número (singular ou plural) e em pessoa (1ª, 2ª
ou 3ª). Dessa forma, o verbo se ajusta para concordar em número e
pessoa com o sujeito.
Regra geral:
O verbo se flexiona para concordar em número e em pessoa
com seu sujeito. Dessa maneira, é fundamental que você saiba
identificar corretamente o sujeito da oração.
Exemplos:
A arquiteta Ana gostava de trabalhar à noite. (núcleo do sujeito = “Ana” –
3ª pessoa do singular, verbo “gostar” na 3ª pessoa do singular)
Meus colegas gostavam de trabalhar à noite. (núcleo do sujeito =
“colegas” – 3ª pessoa do plural, verbo “gostar” na 3ª pessoa do plural)
Ana e seu marido gostavam de trabalhar à noite. (núcleos do sujeito =
“Ana” e “marido”– 3ª pessoa do plural, verbo “gostar” na 3ª pessoa do
plural)

3.1 Sujeito composto por pessoas gramaticais diferentes

No caso de termos um sujeito composto por pessoas gramaticais


diferentes, precisamos usar certos critérios para sabermos qual
pessoa predomina sobre a outra.
Vamos ver esses critérios?
A 1ª pessoa do plural predomina sobre a 2ª e a 3ª pessoas.
A 2ª pessoa do plural predomina sobre a 3ª pessoa.
Exemplos:
Marisa e eu faremos uma viagem à Europa no próximo mês. (sujeito
composto por 3ª pessoa e 1ª pessoa – verbo na 1ª pessoa do plural)
Eu e tu fareis uma viagem à Europa no próximo mês. (sujeito composto por
2ª pessoa e 1ª pessoa – verbo na 2ª pessoa do plural)

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Marisa e tu fareis uma viagem à Europa no próximo mês. (sujeito
composto por 3ª pessoa e 2ª pessoa – verbo na 2ª pessoa do plural)

3.2 Concordância verbal – casos especiais do sujeito simples

Caso 1
Se o sujeito for formado por numerais percentuais ou
fracionários, desde que acompanhados de expressão especificativa
no singular, o verbo concordará com o numeral ou com a expressão.
** Caso a expressão especificativa esteja no plural = obrigatoriamente o verbo estara no plural.

Atenção!
O assunto é controverso, assim alguns estudiosos admitem apenas a
concordância do verbo com o numeral, esteja a expressão
especificativa no plural ou no singular.

Exemplos:
44% de toda a população do país aceitará (ou aceitarão) a mudança.
Acreditam que 2/3 do grupo inscrito compareceram (ou compareceu) à
prova.
44% dos alunos farão a segunda prova de inglês. (neste caso, a
concordância pode ser feita apenas no plural, pois o núcleo da expressão
especificativa “alunos” se encontra também no plural)
Acreditam que 2/3 dos inscritos compareceram à prova. (neste caso, a
concordância pode ser feita apenas no plural, pois o núcleo da expressão
especificativa “inscritos” se encontra também no plural)

Observações importantes:

Veja, nos exemplos abaixo, como se faz a concordância verbal se a


indicação de porcentagem ficar abaixo de 2% ou fração com o
numerador “um”.
Exemplos:
1% dos homens aceitará (ou aceitarão) a mudança.
1% de toda a população do país aceitará a mudança.
1,5% dos homens aceitará (ou aceitarão) a mudança.
1,2% de toda a população do país aceitará a mudança.
1/4 dos homens aceitará (ou aceitarão) a mudança.
1/4 de toda a população do país aceitará a mudança.

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Atenção!
O assunto é controverso, assim alguns estudiosos admitem apenas a
concordância do verbo no singular nos casos em que o numeral for
menor que “2”, mesmo que a expressão especificativa esteja no
plural.

Caso a expressão que indica porcentagem não venha seguida de


substantivo, o verbo deve concordar com o número.

Exemplos:
44% aceitarão a mudança.
1% aceitará a mudança.

Caso a expressão que indica porcentagem venha precedida de


determinante, o verbo deve concordar com este.

Exemplo:
Os 44% aceitarão a mudança.
Atenção. LS!

Caso 2
Se o sujeito for formado por expressões partitivas (uma parte de,
uma porção de, o grosso de, a metade de, a maioria de, a maior parte
de, grande parte de, um grande número de, boa parte de, etc.),
seguidas de um substantivo ou pronome no plural, o verbo
concordará no singular (com o núcleo das expressões) ou no plural
(com o termo que acompanha as expressões).
Exemplos:
A maioria dos arquitetos aprovou (ou aprovaram) a ideia do construtor.
Metade dos alunos fizeram (ou fez) a prova de matemática.
Grande número de candidatos estudaram (ou estudou) pouco para a
prova.
Boa parte dos estudantes participou (ou participaram) das manifestações.

Caso 3
Se o sujeito for formado por expressões que indicam quantidade
aproximada (cerca de, perto de, mais de, menos de, etc.), seguidas
de numeral e substantivo, o verbo concordará com o substantivo.
Exemplos:
Cerca de cem arquitetos aprovaram a ideia do sindicato.
Perto de dez alunos fizeram a prova de física.

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Mais de trinta candidatos não fizeram a prova do concurso.

Caso 4
Se o sujeito for formado pela expressão “mais de um”, o verbo
concordará no singular.
Exemplos:
Mais de um aluno fez a segunda prova de matemática.
Mais de um candidato estudou pouco para a prova.

Atenção!
Se a expressão “mais de um” repetir-se ou for seguida de um verbo
que expresse reciprocidade, o verbo concordará no plural.

Exemplos:
Mais de um aluno e mais de um professor participaram da
manifestação.
Mais de um candidato se abraçaram após a prova.

Caso 5
Se o sujeito for formado pela expressão “um dos que”, o verbo
concordará no singular ou no plural.
Exemplos:
João foi um dos alunos que fez (ou fizeram) a segunda prova de
matemática.
Márcia foi uma das candidatas que estudou (ou estudaram) pouco para a
prova.

Atenção!
Tenha cuidado com certos casos que exigem o verbo ou só no
singular ou só no plural. Isso ocorre por causa de informações
contidas no contexto em que a oração se insere. Observe, no exemplo
abaixo que, pelo contexto, não faz sentido a oração ser escrita com o
verbo flexionado no plural.
Exemplo:
Márcia, foi um dos filhos da sua irmã que me contou a novidade.

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Caso 6
Se o sujeito for um pronome de tratamento, o verbo concordará na
3ª pessoa.
Exemplos:
Vossa Excelência não assinou o documento conforme o combinado.
Vossas Excelências não assinaram o documento conforme o combinado.

Caso 7
Se o sujeito for um pronome indefinido, interrogativo ou
demonstrativo no plural (alguns, poucos, quais, quantos,
quaisquer, muitos, vários, etc.), acompanhado por “de nós” ou “de
vós”, o verbo concordará na 3ª pessoa do plural (ou seja, com o
pronome indefinido, interrogativo ou demonstrativo) ou com o
pronome pessoal (“nós” ou “vós”).

Exemplos:
Quais de nós são (ou somos) felizes?
Alguns de vós sabiam (ou sabíeis) da novidade?

Atenção!
Tenha cuidado com certos casos em que o pronome indefinido,
interrogativo ou demonstrativo encontra-se no singular (algum,
pouco, qualquer, etc.), pois o verbo concordará obrigatoriamente no
singular.
Exemplo:
Qual de nós é feliz?
Algum de vós sabia da novidade?

Caso 8
Se o sujeito for o pronome relativo “quem”, o verbo concordará na
3ª pessoa do singular ou com o antecedente do pronome, desde que
seja um pronome pessoal do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles).
Exemplos:
Fui eu quem ganhou (ou ganhei) o prêmio da loteria.
Fomos nós quem pagamos (ou pagou) a conta.

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Atenção!
Se o antecedente do pronome “quem” não for um pronome do
caso reto, poderemos fazer a concordância apenas na 3ª pessoa do
singular.
Exemplo:
Foram meus pais quem me deu a boa notícia.

Caso 9
Caso o sujeito seja formado por nomes próprios que só existem
no plural (Minas Gerais, Ilhéus, Filipinas, Estados Unidos, Emirados
Árabes, Andes, etc.), o verbo concordará no singular, desde que eles
não venham precedidos de artigo ou o artigo esteja no singular. Se o
artigo estiver no plural, concordaremos no plural.
Exemplos:
Minas Gerais possui locais muito interessantes para visitar.
O Marrocos atrai muitos turistas.
Os Estados Unidos recebem muitos visitantes todos os anos.

Atenção!
Se o substantivo próprio se aludir a uma obra artística ou literária,
o verbo concordará no plural ou no singular.
Exemplo:
“Os Sertões” encanta (ou encantam) todas as pessoas que gostam de
literatura.
Atenção. LS!

Caso 10
Caso o sujeito seja formado por um substantivo coletivo seguido de
uma especificação, o verbo concordará com o coletivo ou com a
especificação.
Exemplos:
Um grupo de estudantes participou (ou participaram) da manifestação.
Um bando de marginais invadiu (ou invadiram) a praça da cidade.

Atenção!
Tenha cuidado com “milhão, bilhão, trilhão, etc.”, pois esses numerais
são “numerais coletivos”. Portanto, deveremos seguir a regra para os
coletivos vista acima. Além disso, observe que eles são sempre
empregados no gênero masculino.

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Exemplo:
Um milhão de estudantes participou (ou participaram) da manifestação.
Perto de um milhão de turistas visitará (ou visitarão) o Brasil neste ano.
Um milhão e meio de brasileiros envolveu-se (envolveram-se) nas
manifestações do ano passado.
Mais de um milhão de reais foi doado (ou foram doados) para a entidade.
Dois milhões de estudantes participaram da manifestação. (apenas plural)
Um milhão e quinhentos mil quilos de lixo foram queimados. (apenas
plural)

Observação: O assunto é controverso, assim alguns estudiosos


admitem apenas a concordância do verbo no singular em casos como
o primeiro, o terceiro e o quarto exemplos acima.
Atenção. LS!

Caso 11
Os verbos “dar”, “bater”, “badalar” e “soar” flexionam-se para
concordar com seus sujeitos (não são verbos impessoais como
“estar”, “fazer”, “haver”, “ir” – você se lembra deles?).
Exemplos:
Soaram duas horas no sino da matriz.
Vai bater uma hora no relógio da praça.
Vão dar nove horas e o Márcio ainda não acordou.

Atenção!
Preste atenção se existe algum sujeito na oração, como: ”sino”,
“relógio”, etc. Assim, o verbo deverá concordar com esse sujeito.
Exemplo:
Vai bater uma hora o relógio da praça.
Atenção. LS!

Caso 12
A partícula apassivadora “se” (pronome apassivador) faz com que
o verbo concorde com o seu sujeito passivo. Lembre-se de que, na
voz passiva, os verbos serão sempre transitivos diretos ou transitivos
diretos e indiretos.

Exemplos:
Venderam-se os apartamentos para meus primos.

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Comprou-se o doce que gostamos.
Atenção. LS!

Caso 13
Não se esqueça do índice de indeterminação do sujeito “se” que
pode ocorrer quando temos verbos intransitivos, transitivos indiretos
e de ligação. Assim, a concordância deverá ser feita na 3ª pessoa do
singular.
Exemplos:
Mora-se muito mal neste bairro.
Precisa-se de novos empregados na empresa.

Caso 14
Se o sujeito for o pronome relativo “que”, o verbo deve concordar
com o termo antecedente a que ele se refere.
Exemplo:
Existem muitas pessoas que são pobres de espírito. (“muitas pessoas” é o
termo antecedente – o verbo “ser” concorda com ele)

Observações importantes:
Tenha cuidado caso exista um predicativo na oração. Assim,
podemos fazer a concordância do verbo com o antecedente imediato
do pronome relativo “que” ou com o sujeito da oração anterior.
Exemplo:
Nós seremos as mulheres que conseguirão (ou conseguiremos) um lugar ao
sol.

Se o termo antecedente for formado por dois ou mais


substantivos, o pronome relativo “que” pode ter como referente
qualquer um dos substantivos, de acordo com o contexto.
Exemplo:
Márcio estudará um grupo de matérias que farão (ou fará) parte do edital
do concurso.

Caso o pronome relativo “que” tiver como acompanhante “um de”,


“uma de”, “um dos”, “umas das”, o verbo terá sua concordância
feita no singular ou no plural (preferencialmente).
Exemplo:
Uma das razões que explicam (ou explica) o fracasso é a falta de seriedade.

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Caso 15
Conforme vimos, a expressão “haja vista” é invariável. Apesar disso,
caso consideremos o termo que a segue como sujeito, a expressão
flexiona-se para concordar com esse sujeito. Mas, tenha cuidado: não
existem as expressões “haja visto” e “hajam vistas”.
Exemplo:
Hajam vista os momentos felizes. (sujeito plural = “os momentos felizes”)

3.3 Concordância verbal – casos especiais do sujeito composto


P/resumo: Separar as hipoteses em q o verbo podera ser "singular ou plura" (maioria) das demais!

Vimos, na parte inicial de concordância verbal, que, de acordo com a


regra geral, o verbo deve ter sua concordância feita no plural
quando o sujeito é composto.
Agora, prepare-se! Vamos ver os casos especiais. São algumas
regras mais “chatinhas”, mas não se desespere. Vá com calma, que
tudo dará certo.

Caso 1
Se o sujeito composto estiver colocado após o verbo (sujeito
posposto), o verbo pode concordar com o núcleo mais próximo ou
permanecer no plural (regra geral).
Exemplos:
Faltaram (faltou) estratégia e dedicação para que Pedro alcançasse seus
objetivos.
Vieram (veio) o chefe e seus funcionários.

Atenção!
Tenha cuidado: quando temos ideia de reciprocidade, a
concordância é feita obrigatoriamente no plural.
Exemplo:
Abraçaram-se mãe e filho.

Caso 2
Se o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase
sinônimos, o verbo pode concordar no plural ou no singular.
Exemplo:
A fama e o sucesso chegaram (ou chegou) cedo para Patrícia.

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Atenção!
Note que a concordância feita no singular só é possível se todos os
núcleos estiverem no singular. Assim, basta que apenas um
núcleo esteja no plural para o verbo concordar
obrigatoriamente no plural.
Exemplo:
Amolação e aborrecimentos deixam Maria cada vez mais triste.

Caso 3
Se o sujeito composto é formado por núcleos em gradação, o verbo
pode concordar no plural ou no singular. É importante você observar
que o verbo no plural enfatiza a unidade de sentido que há entre os
núcleos do sujeito. Por sua vez, a colocação do verbo no singular
enfatiza um elemento da série gradativa.
Exemplo:
Já deixei bem claro que minha hora, meu minuto, meu segundo são (ou
é) bem caros.

Atenção!
Note que a concordância feita no singular só é possível se todos os
núcleos estiverem no singular. Assim, basta que apenas um núcleo
esteja no plural para o verbo concordar obrigatoriamente no
plural.
Exemplo:
Já deixei bem claro que minhas horas, meus minutos, meus segundos
são bem caros.

Se a gradação estiver resumida por um termo, a concordância


será feita obrigatoriamente com este.
Exemplo:
Um segundo, um minuto, uma hora, um dia inteiro não era suficiente para
que Ana ficasse menos chateada.

Caso 4
Se os núcleos do sujeito estiverem ligados por “ou”, temos as
opções a seguir.

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Com noção de exclusão ou de sinonímia, fazemos a concordância
com o núcleo mais próximo.
Exemplo:
Todos já sabem que Marina ou Ana será a nova diretora da escola. (ideia
de exclusão)
Todos sabem que Carlos Júnior ou Juninho é o melhor aluno da escola.
(ideia de sinonímia)

Com noção de inclusão, fazemos a concordância com todos os


núcleos.
Exemplo:
Cenoura ou beterraba combinam com laranja para fazermos um suco bem
gostoso.
Com noção de retificação, fazemos a concordância com o núcleo
mais próximo.
Exemplo:
Laranja ou frutas cítricas são ótimas fontes de vitamina C.

Caso 5
Se o sujeito composto for resumido por um pronome indefinido
(tudo, nada, ninguém, etc.), o verbo concorda obrigatoriamente com
o pronome.
Exemplo:
O amor, o carinho, a dedicação, tudo é importante em nossas vidas.

Caso 6
Se os núcleos do sujeito composto forem unidos por “nem... nem...”,
o verbo concorda no singular ou no plural.
Exemplo:
Nem o Brasil nem a Argentina ganharam (ou ganhou) a Copa do Mundo de
2014.

Caso 7
Se os núcleos do sujeito composto forem unidos por “como”, o verbo
concorda no singular ou no plural (preferencialmente).
Exemplo:
O professor como o aluno aprende (ou aprendem) muito com as aulas.

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Caso 8
Se os núcleos do sujeito composto forem unidos por “conjunções
correlatas”, o verbo concorda no plural. Você se lembra das
conjunções correlatas (não só... mas também..., tanto... quanto...,
etc)? Vimos isso na aula de sintaxe. Qualquer dúvida, volte lá!
Exemplo:
Tanto o professor quanto o aluno aprendem muito com as aulas.

Caso 9
Se o sujeito composto for formado pela expressão “um ou outro”, o
verbo concorda no singular obrigatoriamente.

Exemplo:
Você não acredita em mim, mas um ou outro ministro deixará o cargo
neste mês.

Caso 10
Se o sujeito composto for formado pelas expressões “um e outro”
ou “nem um nem outro”, o verbo concorda no singular ou no plural
(preferencialmente).
Exemplos:
Você não acredita em mim, mas nem um ou nem outro farão (ou fará) o
trabalho que você solicitou.
Um e outro estudante da UFMG participarão (ou participará) da
manifestação.

Caso 11
Se o sujeito composto for formado por núcleos no infinitivo, o
verbo concordará na terceira pessoa do singular, desde que os
infinitivos não estejam acompanhados de determinante ou não
expressem noções contrárias.
Exemplos:
Ter uma alimentação saudável e descansar regularmente diminui as
chances de câncer.
O fazer e o agir devem caminhar juntos. (com determinantes)
Trabalhar e descansar fazem parte da vida dos seres humanos. (ideias
contrárias)

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3.4 Concordância verbal – verbo “parecer”

O verbo “parecer” possui algumas peculiaridades em relação à


concordância. Ele apresenta dois tipos de concordância ao se
reunir a outro verbo no infinitivo.
Caso 1
O verbo “parecer” fica no singular e o verbo principal vai para
o plural. Neste caso, temos duas orações.
Exemplo:
Alguns trabalhadores parecia gritarem.
Observe as duas orações:
Oração 1: parecia;
Oração 2: alguns trabalhadores gritarem.

Caso 2
O verbo “parecer” fica no plural e o verbo principal vai para o
singular. Neste caso, temos uma locução verbal.
Exemplos:
Alguns trabalhadores pareciam gritar.

Atenção!
Com orações desenvolvidas, o verbo “parecer” fica no singular.
Exemplo:
As maçãs parece que estão podres. (a frase corresponde a “Parece que as
maçãs estão podres.”)

3.5 Concordância verbal – verbo “ser”

O verbo “ser” também possui algumas peculiaridades em


relação à concordância.
Caso 1
Verbo “ser”, empregado como verbo impessoal (determinação de
datas, horas e distâncias), concorda com a expressão numérica.
Exemplos:
É uma hora.
São duas horas.

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Da minha casa ao supermercado são três quilômetros.

Atenção. LS! Observações:


Com relação a datas, o verbo “ser” pode concordar com a expressão
numérica ou permanecer no singular para concordar com a palavra
subentendida “dia”.
Exemplos:
Hoje são quinze de julho. (ou seja, “são decorridos quinze dias de julho”)
Hoje é quinze de julho. (ou seja, “é dia quinze de julho”)

Com relação a horas, o verbo “ser” pode permanecer no singular ou


concordar com a expressão numérica, caso esta esteja acompanhada
da expressão “perto de”.
Exemplo:
Eram (ou era) perto de dez horas.

Caso 2
Caso o verbo “ser” faça parte de expressão expletiva (“é que”),
ele não varia.
Exemplo:
É nos dias tristes que se vencem os obstáculos.

Caso 3
Quando temos “sujeito” e “predicativo”, o verbo “ser” pode
concordar, em muitos casos, com o sujeito ou com o
predicativo. Vamos ver as regras para isso?

Regra 1: se o sujeito ou o predicativo indicar “pessoa” e o outro


indicar “coisa”, o verbo concorda com o termo que indicar “pessoa”.
Exemplos:
Os primos eram uma constante alegria. (verbo “ser” concordou com o
sujeito “pessoa”)
Minhas maiores alegrias é a Aninha. (verbo “ser” concordou com o
predicativo “pessoa”)

Regra 2: se o sujeito e o predicativo indicarem “coisas”, o verbo


concorda com o termo (sujeito ou predicativo) que estiver no plural.

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Exemplos:
O concurso eram duas provas. (verbo “ser” concordou com o substantivo
“plural”)
Minhas maiores alegrias são o esporte. (verbo “ser” concordou com o
substantivo “plural”)

Regra 3: quando temos um pronome do caso reto, o verbo sempre


concorda com ele. Porém, se tanto o sujeito quanto o predicativo
forem pronomes do caso reto, o verbo “ser” concorda
obrigatoriamente com o sujeito.

Exemplos:
A minha alegria és tu.
Nós éramos seus únicos primos.
Nesta cidade, a rainha sou eu.
Já afirmei que nós não somos eles. (concorda com o sujeito)

Regra 4: se o sujeito for pronome indefinido ou demonstrativo neutro


(isso, isto, aquilo), o verbo “ser” concorda com o sujeito ou com o
predicativo (preferencialmente).
Exemplos:
Tudo eram (ou é) alegrias e comemorações.
Aquilo foi (ou foram) grandes comemorações.

Regra 5: nas orações interrogativas, se o sujeito for o pronome


“quem” ou o pronome “que”, o verbo “ser” concorda obrigatoriamente
com o predicativo.
Exemplos:
Quem são as pessoas que participarão da comemoração?
Que seriam aquelas bolhas no líquido?

Regra 6: quando temos indicações de tempo, medida, peso,


quantidade ou preço, seguidas de expressões como “é muito”, “é
pouco”, “é mais de”, “é o bastante”, “é o suficiente”, o verbo “ser”
permanece no singular.
Exemplos:
Cinco quilos é mais do que preciso perder para ficar bonita.
Cem mil reais será o bastante para João comprar o carro importado.

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Cinco anos não foi o suficiente para estudar.
Dois metros de tecido é pouco para o vestido.

Regra 7: com a expressão “uma vez” o verbo “ser” permanece no


singular.
Exemplo:
Era uma vez um príncipe e uma princesa.
Eram um príncipe e uma princesa.

3.6 Concordância verbal – sujeito oracional

Vimos, na aula de sintaxe, as orações subordinadas substantivas


subjetivas. Você se lembra delas? Vamos recordar?
As orações subordinadas substantivas subjetivas exercem
função sintática de sujeito em relação à oração principal. Esse tipo de
oração é, com frequência, chamada sujeito oracional. Veja:

É preciso que você acorde cedo.


SUBJETIVA
Parece que vai chover hoje à tarde.
SUBJETIVA
Foi comprovado que o deputado era corrupto.
SUBJETIVA
“Quem muito quer nada tem.”
SUBJETIVA

Cumpre que as novas gerações cuidem da natureza.


SUBJETIVA

Falou-se que a inflação subiria novamente.


SUBJETIVA

Observe que, em todos os exemplos acima, os verbos das orações


principais estão na 3ª pessoa do singular. Isso sempre acontece
quando uma oração subjetiva está subordinada à oração principal.
Note, ainda, que não há sujeito nos períodos acima, pois o sujeito
da oração principal será a própria oração subordinada
(subjetiva).
Dessa forma, dizemos que o verbo concordará obrigatoriamente no
singular se tivermos um sujeito oracional.
Para ficar ainda mais claro, observe o exemplo abaixo:
Foram fundamentais todas as manifestações.

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Observe que a sentença acima é um período simples, com sujeito
simples “todas as manifestações”.
Foi fundamental que se fizessem todas as manifestações.
Observe que a sentença acima é um período composto, com duas
orações. O sujeito oracional é a oração “que se fizessem todas as
manifestações”.

Vamos fazer uma questão de concordância verbal?

Questão – (FCC) Analista Judiciário – TRE-SP/2012

Estão plenamente observadas as normas de concordância


verbal na frase:

a) Ainda que não lhes convenham fazer altos investimentos, as


elites terão que calcular os custos de tanta violência.
b) Dentro da elite nunca se criticou, diante da rotina do sistema
penitenciário brasileiro, os horrores a que os presos são
submetidos.
c) Reserva-se ao pobre, tantas vezes identificado como
potencialmente perigoso, as opções da resignação ou da
marginalidade social.
d) Sem altos investimentos não haverão como minimizar os
horrores que vêm caracterizando as nossas penitenciárias.
e) A nenhum dos intérpretes de um fato faltarão argumentos
para considerá-lo segundo seu interesse e conveniência.

Comentários
Esta questão trata do assunto concordância verbal e é um
tipo de questão bastante comum nas provas da FCC. O
comando solicita que o aluno analise as alternativas e marque
aquela que não apresenta erro no que diz respeito à
concordância verbal. Desse modo, devemos analisar as
alternativas e identificar seus eventuais erros.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa A
Ainda que não lhes convenham fazer altos investimentos, as
elites terão que calcular os custos de tanta violência.
Observe que o verbo “convir” foi empregado de maneira
equivocada, pois seu sujeito é a oração “fazer altos
investimentos”. Aprendemos que, com sujeito oracional, o verbo
deve concordar sempre na 3ª pessoa do singular.
Desse modo, a forma correta seria:
“Ainda que não lhes convenha fazer altos investimentos, as
elites terão que calcular os custos de tanta violência.”

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Alternativa incorreta.
Alternativa B
Dentro da elite nunca se criticou, diante da rotina do sistema
penitenciário brasileiro, os horrores a que os presos são
submetidos.
Observe que o verbo “criticar” foi empregado de maneira
equivocada, pois o núcleo de seu sujeito é a palavra
“horrores”. Note que a oração está estruturada na voz passiva
sintética.
Assim, a sentença correta seria:
“Dentro da elite nunca se criticaram, diante da rotina do sistema
penitenciário brasileiro, os horrores a que os presos são
submetidos.”
Alternativa incorreta.
Alternativa C
Reserva-se ao pobre, tantas vezes identificado como
potencialmente perigoso, as opções da resignação ou da
marginalidade social.
Observe que o verbo “reservar” foi empregado de maneira
equivocada, pois o núcleo de seu sujeito é a palavra “opções”.
Note que a oração está estruturada na voz passiva sintética.
Assim, a sentença correta seria:
“Reserva-se ao pobre, tantas vezes identificado como
potencialmente perigoso, as opções da resignação ou da
marginalidade social.”
Alternativa incorreta.
Alternativa D
Sem altos investimentos não haverão como minimizar os
horrores que vêm caracterizando as nossas penitenciárias.
Observe que o verbo “haver” foi empregado de maneira
equivocada, pois ele expressa sentido de “existir” e, assim, é
considerado um verbo impessoal (concorda na 3ª pessoa do
singular).
Assim, a sentença correta seria:
“Sem altos investimentos não haverá como minimizar os
horrores que vêm caracterizando as nossas penitenciárias.”
Alternativa incorreta.
Alternativa E
A nenhum dos intérpretes de um fato faltarão argumentos para
considerá-lo segundo seu interesse e conveniência.
Observe que o verbo “faltar” foi empregado de maneira
correta, pois o núcleo de seu sujeito é a palavra “argumentos”.
Alternativa correta.
Gabarito: E

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Concordância é um assunto cansativo, não é mesmo? Entretanto, é
bastante importante seu estudo para que você tenha sucesso em
muitas questões, assim como na prova discursiva.

3.7 Flexão do infinitivo

No último tópico da aula de hoje, vamos estudar os casos de flexão de


infinitivo, assunto um pouco complicado. Assim, preste bastante
atenção!
Já vimos que o infinitivo é uma das três formas nominais do verbo e
que ele pode ser pessoal ou impessoal. O infinitivo impessoal não
tem sujeito e, portanto, não se flexiona. Por sua vez, o
infinitivo pessoal possui sujeito e, com ele, pode concordar em
número e pessoa.
Vamos ver que o infinitivo pessoal, a depender da construção da
frase, pode flexionar-se facultativa ou obrigatoriamente, ou não pode
flexionar-se.

3.7.1 Flexão do infinitivo – casos obrigatórios Infinitivos pessoais

Sujeitos diferentes
Se o infinitivo estiver acompanhado de um sujeito devidamente
expresso, sua flexão é obrigatória.
Exemplos:
O concurso da Anatel será uma oportunidade de os candidatos verificarem
seus conhecimentos. (“os candidatos” = sujeito do verbo “verificar” e “o
concurso da Anatel” = sujeito do verbo “ser” – dois sujeitos diferentes)
O concurso da Anatel será uma oportunidade de eles verificarem seus
conhecimentos. (“eles” = sujeito do verbo “verificar” e “o concurso da
Anatel” = sujeito do verbo “ser” – dois sujeitos diferentes)

Se queremos definir o sujeito não expresso por meio da desinência


verbal, precisamos fazer a flexão do infinitivo obrigatoriamente.
Exemplo:
É uma oportunidade de irmos para casa. (“nós” = sujeito não expresso do
verbo “ir”)

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3.7.2 Flexão do infinitivo – casos facultativos

Sujeito do infinitivo já expresso em oração anterior


Se o sujeito do infinitivo já tiver sido expresso em oração anterior,
temos uma flexão facultativa. Caso haja risco de ambiguidade,
precisamos fazer a flexão.
Exemplo:
Mariana deu oportunidade aos seus empregados de obter (ou obterem)
descontos na loja de sua irmã.

Infinitivo antecedido por preposição e referente plural


Se o sujeito do infinitivo for antecedido por preposição e tiver um
referente plural, a flexão é facultativa.
Exemplo:
O problema conduz os policiais a investigarem (ou investigar) as relações
entre os empregados da fábrica. (“policiais” = referente plural)

Infinitivo passivo: preposição + verbo “ser” (infinitivo) +


particípio
Se os sujeitos das orações são diferentes e o do infinitivo vier logo
após a preposição, a flexão do infinitivo é facultativa.
Exemplo:
Marina enviou os exames para serem (ou ser) verificados. (“Marina” =
sujeito do verbo “enviar” e “exames” = sujeito da forma verbal “ser
verificados” – dois sujeitos diferentes)

Se o sujeito das orações for plural e o mesmo, a flexão do infinitivo é


facultativa.
Exemplo:
Elas não se importam de ser (ou serem) ameaçadas.

Se temos um adjetivo antes da preposição, a flexão do infinitivo é


facultativa.
Exemplo:
As roupas estavam prontas para ser (ou serem) vendidas.

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Verbos causativos ou sensitivos
Este caso é um pouco controverso, pois há divergências. Atualmente,
a banca CESPE aceita este tipo de flexão como facultativo.
Exemplo:
A mulher mandou as crianças sair (ou saírem). (“mandou” = verbo
causativo)

Observação:
Se o sujeito acusativo for um pronome oblíquo no plural, a flexão do
infinitivo é proibida.
Exemplo:
A mulher as mandou sair. (“mandou” = verbo causativo)

3.7.3 Flexão do infinitivo – casos proibidos

Locução verbal
Quando temos uma locução verbal, o segundo verbo nunca se
flexiona, pois está na sua forma impessoal.
Exemplo:
Nós queremos comer o chocolate.

Sentido genérico
Quando temos o infinitivo usado em sentido genérico (“o ato de”), é
proibida a flexão, pois está na sua forma impessoal.
Exemplo:
Gosto de festa nas quais temos a oportunidade de dançar.

A seguir, estudaremos uma questão sobre flexão do infinitivo.

Questão – (CESPE) Técnico – Anatel/2006


(Adaptada)

Como não usar o telefone celular


(...)
Seguem-se duas outras categorias que, ao contrário,
representam um risco. A primeira é composta de pessoas
incapazes de ir a qualquer lugar se não tiverem a possibilidade
de conversar fiado acerca de frivolidades com amigos e

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parentes de que acabaram de se separar. Elas nos incomodam,
mas precisamos compreender sua terrível aridez interior,
agradecer por não estarmos em sua pele e, finalmente, perdoar.
(...)
Umberto Eco. O segundo diário mínimo. Sergio Flaksman (Trad.). Rio
de Janeiro: Record, 1993, p. 194-6 (com adaptações).

Com base nas ideias e estruturas do texto de Umberto


Eco, julgue os itens a seguir.

As formas verbais de infinitivo “ir” (sublinhada no texto),


“conversar” (sublinhada no texto) e “separar” (sublinhada no
texto) poderiam assumir corretamente as seguintes formas
flexionadas, respectivamente: irem; conversarem; separarem.

Comentários
Esta questão trata do assunto que acabamos de ver: flexão do
infinitivo. O comando solicita que o aluno verifique se as
formas verbais de infinitivo apresentadas podem ser
corretamente flexionadas.
Vamos ver os casos propostos?
Na primeira opção “pessoas incapazes de ir”, observamos que a
flexão é facultativa.
Na segunda opção “possibilidade de conversar fiado”,
verificamos que a flexão também é facultativa.
Na segunda opção “acabaram de se separar”, notamos que a
flexão é proibida, pois temos um caso de locução verbal.
Gabarito: ERRADA
FINAL DIA - 02/03/2016

Pontuação

1. Aspectos Introdutórios - Pontuação

É com base na pontuação que podemos suprir a ausência das


pausas e da entonação que, normalmente, usamos na linguagem
oral. A pontuação é feita por meio dos “sinais de pontuação”, os
quais são responsáveis pela reconstrução do movimento vivo da
linguagem falada. Assim, conferem à linguagem escrita uma maior
clareza, coesão e coerência.
Para fazermos uma correta pontuação, precisamos observar as
funções sintáticas exercidas pelos termos na oração e no período.
Também devemos estar atentos ao sentido que o texto expressa,

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pois, muitas vezes, a alteração no emprego da pontuação
origina mudanças sintáticas e semânticas.

2. Sinais de pontuação

Neste tópico, estudaremos o emprego dos principais sinais de


pontuação. Peço que tenha atenção, pois o assunto possui muitos
detalhes. Sugiro, também, que volte à aula de sintaxe todas as vezes
que surgirem dúvidas ou que você fique inseguro. Usaremos, aqui,
muitos termos que vimos lá.

2.1 Vírgula

A vírgula pode ser empregada para isolar termos dentro de uma


oração, assim como para separar orações que compõem um período
composto. Vamos ver cada tipo de uso?

Empregamos a vírgula, dentro de uma oração, para separar:

Vocativo
Exemplo:
Sandra, venha conversar com suas amigas.

Aposto explicativo ou outro termo de valor meramente


explicativo
Exemplo:
Sandra, minha amiga querida, chega amanhã.
Atenção! LS

Adjuntos adverbiais deslocados


Exemplo:
Certo dia, Sandra recebeu a visita de um oficial de justiça.

Atenção!
Se o adjunto adverbial for de curta extensão, podemos dispensar a
vírgula. Mas, se quisermos conferir ênfase, devemos utilizar as
vírgulas.

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Exemplo:
Aqui se come muito bem.
Aqui, se come muito bem. (ênfase)

Palavras de mesma classe gramatical e mesma função


sintática
Exemplo:
Sandra é uma mulher de quarenta anos, bonita, simpática, magra.
Observe, no exemplo acima, a enumeração formada pelos elementos
sublinhados.

Atenção! LS!
Atenção!
Não empregamos a vírgula antes das conjunções “e”, “nem” e “ou” se
elas estiverem conectando elementos que exerçam a mesma função
sintática.
Exemplos:
Marina era simpática e atenciosa.
Antônio nem João foram à festa.
Empregada ou desempregada, irei à Europa neste ano.

Atenção!
Em construções polissíndetas (conjunções repetidas), empregamos
vírgulas antepostas a “e”, “ou” e “nem”.
Exemplos:
Marina era simpática, e atenciosa, e bonita, e charmosa.
Nem eu, nem Maria, nem Sandra, nem qualquer outra pessoa chorou.
Atenção! LS

Conjunções coordenativas deslocadas


Exemplo:
Sandra, contudo, recebeu a visita do policial.

Data posposta a nome de lugar


Exemplo:
Recife, 16 de julho de 2014.

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Após o nome da rua em endereços
Exemplo:
Avenida Afonso Pena, 3.130.

Predicativo do sujeito deslocado


Se tivermos uma oração com predicativo do sujeito deslocado e sem
verbo de ligação, empregamos a vírgula para isolar esse predicativo.
Exemplo:
Feliz com o nascimento do filho, Marina saiu da maternidade.

Termos sintáticos deslocados


Se tivermos um termo sintático (normalmente complemento verbal)
colocado no início do período por uma questão de ênfase e o
retomarmos de maneira pleonástica por meio de pronome oblíquo,
empregamos a vírgula para isolar esse termo.
Exemplo:
Os motivos de João para ir embora, Marina entende-os. (“os” = objeto
direto pleonástico)

Observações:
A vírgula pode ser empregada para marcar omissão (elipse) de
termos, especialmente, do verbo.
Exemplo:
Sandra gosta de cinema; Marília, de teatro.
A vírgula pode ser empregada para destacar expressões explicativas,
conclusivas ou corretivas (“isto é”, “ou seja”, “ou melhor”, etc.).
Exemplo:
Sandra gosta de cinema, ou melhor, adora muito.

A vírgula pode ser empregada para separar o objeto do verbo, de


forma a sanar eventual ambiguidade.
Exemplo:
O animal matou o caçador.
Observe, no exemplo acima, que há dúvida sobre “quem” matou
“quem”. Ao colocarmos uma vírgula após “o animal” (O animal, matou
o caçador), esse termo (“o animal”) passa a ser o objeto direto.
Solucionamos, assim, o problema.

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No próximo exemplo, note que não há dúvidas, pois sujeito nunca
pode estar preposicionado.
Exemplo:
Ao animal matou o caçador. (“ao animal” = objeto direto preposicionado)

Empregamos a vírgula, entre as orações, para separar:

Orações coordenadas assindéticas


Exemplo:
Marina recebeu o pagamento, guardou-o, foi para casa.

Orações coordenadas sindéticas


Tenha cuidado porque não empregamos a vírgula antes da conjunção
aditiva “e”.
Exemplos:
Marina recebeu o pagamento, mas não o depositou na sua conta bancária.
Marina não trabalhava, nem estudava.
Marina não estuda com afinco, logo não conseguirá fazer uma boa prova.
Ora estava animada com os estudos, ora dormia o dia todo.

Atenção! Exceções: Virgula usada com "e"

Em construções polissíndetas (conjunções repetidas), empregamos a


vírgula anteposta ao “e”.
Exemplo:
Marina era simpática, e atenciosa, e bonita, e chramosa.

Quando a conjunção “e” é empregada com valor adversativo,


empregamos vírgula.
Exemplo:
Marina recebeu o salário com atraso, e não reclamou.

Quando a conjunção “e” possui sujeito diferente da oração assindética


anterior, também usamos vírgula.
Exemplo:
Marina recebeu o salário com atraso, e seu chefe não explicou o motivo.

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Observações:
A maioria das conjunções coordenativas aceita ser deslocada dentro
da oração. Como exemplo de exceção, temos a conjunção “mas”, tal
como visto na aula de sintaxe. ("mas" so pode figurar no inicio da oração advers.)

Exemplos:
Marina estudou com bastante afinco, entretanto não conseguiu fazer uma
boa prova. (posição mais comum: a conjunção inicia a oração coordenada
sindética)
Marina estudou com bastante afinco; não conseguiu, entretanto, fazer uma
boa prova.
Marina estudou com bastante afinco; não conseguiu fazer uma boa prova,
entretanto.
Marina estudou com bastante afinco; não conseguiu fazer, entretanto, uma
boa prova.
Observe o uso do ponto e vírgula em três exemplos acima. Isso
aconteceu por causa da acentuada pausa que há entre as orações.
Poderíamos ter empregado vírgula também, mas é preferível o ponto
e vírgula nesses casos.

Se a oração assindética tiver uma grande extensão, podemos separá-


la da sindética por meio de um ponto. Essa oração sindética será
iniciada por uma conjunção que poderá ser seguida ou não de vírgula.
No entanto, em provas discursivas (especialmente as da banca
CESPE) recomendo que você coloque essa vírgula após a conjunção
(primeiro exemplo abaixo).
Exemplos:
Marina estudou com bastante afinco. Entretanto, não conseguiu fazer uma
boa prova.
ou
Marina estudou com bastante afinco. Entretanto não conseguiu fazer uma
boa prova.

Orações intercaladas
Exemplo:
Marina estava muito feliz, disse sua mãe, com a premiação recebida.
Atenção! LS

Orações subordinadas adjetivas explicativas


Exemplo:

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O homem, que é um ser humano, tem a certeza da morte.

Orações subordinadas adverbiais


Se a oração subordinada adverbial desenvolvida estiver anteposta à
oração principal (ou nela intercalada), usamos vírgula.
Exemplos:
Como o dia estava bonito, Maria foi ao clube.
A reunião foi, como disseram os participantes, muito produtiva.

Orações reduzidas
Se a oração reduzida adverbial ou adjetiva, seja ela de gerúndio, de
particípio ou de infinitivo, estiver anteposta à oração principal ou nela
intercalada, usamos vírgula.
Exemplos:
Terminada a reunião, os participantes foram embora. (oração adverbial,
reduzida de particípio)
A mulher, encantada pela beleza dos diamantes, comprou as joias. (oração
adjetiva, reduzida de particípio)

Atenção!
Você deve ter percebido que vários casos de emprego de vírgula se
referem a inversões de termos na ordem direta das orações e dos
Atenção! LS
períodos, a chamada ordem indireta. Mas, não são todos os casos,
assim você deve ter muito cuidado com os casos em que não
empregamos a vírgula. Veja a seguir.

Não separamos o sujeito de seu verbo quando estão juntos, mesmo


que o sujeito venha após o verbo.
Não separamos o objeto de seu verbo quando estão juntos, mesmo
que o objeto venha antes do verbo. (exceção: ambiguidade já vista)
Não separamos o nome de seu adjunto ou de seu complemento,
quando estão juntos.
Não se usa vírgula antes da oração subordinada adjetiva restritiva.
Não se usa vírgula antes da oração subordinada substantiva, com
exceção da oração apositiva.

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2.2 Dois-pontos

O sinal de dois-pontos, geralmente, marca uma pausa um pouco mais


forte que a vírgula. Vamos ver seu emprego a seguir.

Para anunciar um diálogo, uma fala


Exemplo:
Marina olhou para sua filha e exclamou:
- Sandra, já está na hora de dormir!

Para apresentar uma citação, própria ou de outra pessoa


Exemplo:
Marina disse: “As crianças devem ser educadas como antigamente”.

Para apresentar uma enumeração


Exemplo:
Marina arruma seu quarto todas as semanas: armários, prateleiras, cômoda
e gavetas.

Para apresentar um esclarecimento ou explicação


Exemplo:
Não foi o frio que me deixou assim: foi a escuridão.

Depois de “nota”, “exemplo”, “observação”


Exemplo:
Nota: ...... Exemplo: ....... Observação: .......

Demonstrar a retirada de um conectivo


Exemplo:
João deveria ter estudado muito: a prova estava difícil.

2.3 Ponto de exclamação

O ponto de exclamação é usado nas interjeições e no final das


orações com entoação exclamativa (admiração, espanto, surpresa,

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afeto, etc.)
Exemplos:
Olá! Nossa! Meu Deus! (interjeições)
Que linda que estava a filha de José! (admiração)

2.4 Ponto de interrogação

O ponto de interrogação é usado no final das perguntas diretas, ou


seja, após palavras ou frases interrogativas. Tenha cuidado, porque
não usamos o ponto de interrogação nas frases interrogativas
indiretas.
Exemplos:
Marisa, como foi o jantar?
Joana perguntou à Marisa se ela havia comprado a bolsa. (interrogativa
indireta)
Observação
O ponto de interrogação pode vir acompanhado pelo ponto de
exclamação quando a pergunta apresenta um sentimento de
surpresa.
Exemplo:
Você vai sair tão cedo assim?!

2.5 Reticências

As reticências marcam interrupção na sequência de um pensamento,


de uma ideia.
Para gerar surpresa, suspense, dúvida
Exemplo:
Não sei se devo... Talvez... Um dia te conto...

Para marcar retirada de trechos de um texto


Exemplo:
(...) olhou para ele e disse que não gostou.

Observação
As reticências podem vir acompanhadas do ponto de exclamação ou

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do ponto de interrogação.
Exemplo:
Você vai sair assim...?

2.6 Ponto

O ponto é usado da forma a seguir.

Final de frases
O ponto é empregado no final das frases declarativas, de sentido
completo.
Exemplo:
Marina viajará para a Europa no ano que vem.

Orações adversativas assindéticas


O ponto é empregado no final de orações coordenadas adversativas
assindéticas de extensão mais longa. Nesse contexto, geralmente a
oração sindética (que vem depois) apresenta uma ideia nova em
referência à oração assindética.
Exemplo:
Ninguém sabia o que acontecia naquela exuberante mansão no bairro nobre
da cidade. E, entretanto, muitos queriam ali entrar. (1° oração - assindética // 2° oração - sindética)

Abreviaturas
O ponto é empregado para demonstrar a abreviatura de uma palavra.
Exemplo:
Av. (abreviatura de avenida)

Atenção!
As unidades dos sistemas de medida são escritas sem ponto.
Exemplos:
m (metro); min (minuto); l (litro); etc.

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Atenção! LS
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2.7 Travessão

O sinal de travessão é um traço um pouco mais longo que o traço


usado para o hífen. Você deve ter muito cuidado com isso nas provas
discursivas, pois as bancas podem retirar pontos de candidatos que
usam hífen no lugar de travessão e vice-versa.

Diálogos Em discursos narrativos.

O sinal de travessão é empregado para indicar mudança de


interlocutor nos discursos narrativos.
Exemplo:
Ana chegou e olhou para mim.
— O que temos hoje para o almoço?
— Temos feijoada.

Orações intercaladas
As orações intercaladas também são denominadas orações
interferentes. Podemos usar o sinal de travessão ou a vírgula para
fazer sua indicação.
Exemplo:
Ana comprará um apartamento — creio eu — em breve.

Indicar pausas
O sinal de travessão pode ser usado em substituição à virgula, aos
parênteses e ao sinal de dois-pontos, em alguns casos, para indicar
pausa, geralmente, mais longa.
Exemplo:
Ana comprará um apartamento — na cidade de Salvador — em breve.

Atenção! LS
Atenção!
Podemos ter vírgula e o sinal de travessão usados juntos, veja no
exemplo a seguir. Observe que a vírgula foi empregada para isolar
uma oração subordinada adverbial deslocada. Por sua vez, os
travessões foram colocados para marcar uma intercalação. Perceba,
ainda, que esses sinais de pontuação são todos obrigatórios na frase
apresentada no exemplo.
Se Marina viajar para os Estados Unidos — local que ela adora —, comprará
minhas encomendas.

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2.8 Parênteses

Os parênteses são usados, geralmente, para isolar termos e orações.


Vamos ver?

Isolar explicações, indicações ou comentários acessórios


Os parênteses são usados, de forma semelhante à vírgula e ao
travessão, para isolar palavras e expressões.
Exemplo:
O açúcar (geralmente o refinado) é um alimento muito usado pelos
brasileiros.

Isolar a oração adjetiva explicativa


Os parênteses são usados, de forma semelhante à vírgula e ao
travessão, para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo:
O homem (que é um ser humano) tem certeza da morte.

Isolar orações subordinadas


Os parênteses são usados, de forma semelhante à vírgula e ao
travessão, para isolar as orações subordinadas reduzidas e
desenvolvidas intercaladas.
Exemplo:
A única maneira decente de conseguirmos um emprego (para ganharmos
dinheiro) é o envio de nossos currículos para boas empresas.

Isolar reflexões, comentários, notas emocionais


Os parênteses são usados para isolar reflexões, comentários e notas
emocionais que estão à parte do que é afirmado.
Exemplo:
Marisa trouxe para mim um livro (feliz quem lê) de Monteiro Lobato.

Indicar possibilidades alternativas de leitura


Exemplo:
Os (as) usuários (as) do sistema gostaram da novidade.

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Indicar o tempo de vida de uma pessoa
Exemplo:
Rubem Alves (1933 – 2014).

Isolar dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de


publicação, página etc.) e indicações cênicas em peças de
teatro
Exemplo:
“– Mamãe, vi um filhote de furacão, mas tão filhotinho ainda, tão pequeno
ainda, que só fazia era rodar bem de leve umas três folhinhas na esquina...”
(Clarice Lispector, Para não esquecer, 1978)

2.9 Aspas

Usamos as aspas no início e no final de palavras, expressões e frases


para distingui-las do restante do texto. A seguir, vamos estudar o
emprego das aspas.

Indicar citação ou transcrição de um texto


Exemplo:
“Brasília… Uma prisão ao ar livre.” (Clarice Lispector)

Indicar neologismos, arcaísmos, estrangeirismos, gírias,


vulgarismos, expressões populares, ironia
Exemplo:
Maria assistiu a um “flashback” de sua vida.
A sua “feiura” atrai olhares.
Indicar nomes de livros e legendas
Exemplo:
“Os Sertões”, de Euclides da Cunha.

Indicar realce a uma palavra ou uma expressão.


Exemplo:
Márcia repentinamente respondeu um “não” à pergunta.

Observação 1

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As aspas são colocadas após a pontuação quando abrangem todo o
período.
Exemplo:
“As mulheres brasileiras são as mais bonitas.”
Observação 2
As aspas são colocadas antes da pontuação quando não abrangem
todo o período.
Exemplo:
“É assim que desejo”, disse Marina.
Observação 3
Se vamos usar aspas em um trecho que já está entre aspas,
empregamos as aspas simples.
Exemplo:
“As mulheres ‘baixinhas’ são as mais bravas.”

2.10 Colchetes

Empregamos os colchetes em indicações semelhantes às dos


parênteses. Usamos muito os colchetes nas disciplinas científicas, na
matemática, nos escritos de cunho filológico.

2.11 Ponto e vírgula

Empregamos o ponto e vírgula para indicar uma pausa mais


prolongada que a da vírgula, mas menor que a do ponto. Seu
emprego não possui normas sistematizadas, entretanto obedecemos
às regras seguintes.

Trechos longos
Empregamos o ponto e vírgula em trechos longos (principalmente
orações coordenadas), nos quais já há vírgulas, para indicar uma
pausa mais prolongada.
Exemplo:
As mulheres do bairro deixaram suas casas para a reunião com as
conselheiras; algumas, entretanto, com receio de não conseguirem chegar,
começaram a andar mais rápido.

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Contraste em orações coordenadas
Empregamos o ponto e vírgula para isolar orações coordenadas em
que queremos evidenciar um certo contraste.
Exemplo:
Muitos estudam; mas poucos conseguem passar no concurso desejado.

Enumeração
Empregamos o ponto e vírgula para separar os itens constantes de
uma enumeração.
Exemplo:
Na aula de hoje estudaremos o seguinte: pontuação; concordância; regência
e crase.

Incisos
Empregamos o ponto e vírgula para separar os incisos de leis,
decretos, portarias, etc.
Exemplo:
Art. 3º Compete à União, entre outras atribuições de interesse da política
urbana:
I – legislar sobre normas gerais de direito urbanístico;
II – legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios em relação à política urbana, tendo em vista
o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional;
III – promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, programas de construção de moradias e a
melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
IV – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive
habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
V – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do
território e de desenvolvimento econômico e social.

A seguir, veremos algumas questões que tratam de pontuação.

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Questão – (CESPE) Agente de Correios – Operador de
Triagem e Transbordo – Correios/2011
(Adaptada)

Os dados chocam: metade dos jovens de 15 a 17 anos de idade


estão fora do ensino médio, informa reportagem publicada na
Folha, em março deste ano. Parte desse contingente estuda,
com atraso, no ensino fundamental; outra parte, a face mais
preocupante dessa estatística, deixou para trás os bancos
escolares.
“Os alunos encontram um ensino médio organizado em torno de
um número muito grande de disciplinas, sobrecarregadas de
conteúdos mais voltados para vestibulares, muitos deles sem
significado para suas vidas”, diz o presidente da Câmara de
Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.
O Conselho Nacional de Educação discute, atualmente, a
atualização das diretrizes curriculares para o ensino médio. Um
dos programas que tem servido de base para a discussão é o
Ensino Médio Inovador, criado e financiado pelo Ministério da
Educação e implementado em 357 escolas do país em 2010. De
acordo com o programa, que se baseia em quatro eixos:
trabalho, ciência, tecnologia e cultura, cada escola criaria seu
plano de ação pedagógica, podendo eleger um desses eixos
como principal ou misturá-los em atividades complementares, a
serem desenvolvidas até fora da sala de aula. Outros focos são
leitura, artes e atividades em laboratórios. Para isso, a carga
horária passaria das 2.400 horas anuais obrigatórias para 3.000
e a dedicação dos professores passaria a ser integral.
Internet: <www.folha.uol.com.br> (com adaptações).

Com relação a aspectos estruturais do texto, julgue o


item a seguir.
O sinal de dois-pontos empregado após a palavra “eixos” (em
negrito no texto) introduz uma oração explicativa.

Comentários
Esta questão aborda o emprego do sinal de dois-pontos.
A primeira coisa que temos que fazer é verificar a colocação do
sinal de dois-pontos no trecho. Vamos ver?
De acordo com o programa, que se baseia em quatro eixos:
trabalho, ciência, tecnologia e cultura, cada escola criaria seu
plano de ação pedagógica, podendo eleger um desses eixos
como principal ou misturá-los em atividades complementares, a
serem desenvolvidas até fora da sala de aula.
Observe que o trecho logo após o substantivo “eixos”
(“trabalho, ciência, tecnologia e cultura”) não apresenta verbo
(mesmo elíptico), assim não temos aí uma oração.
Note, ainda, que o sinal de dois-pontos foi empregado
para indicar uma enumeração referente ao termo “eixos”.
Dessa forma, a questão está errada.

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Gabarito: ERRADA

Questão – (CESPE) Técnico Administrativo – MPU/2010


(Adaptada)

Visto apenas pelo ângulo econômico, o problema da exploração


da mão de obra infantil, é ao mesmo tempo reflexo e impecílio
para o desenvolvimento. Quando crianças e adolescentes
deixam de estudar para entrar precocemente no mercado de
trabalho, trocam um futuro mais promissor pelo ganho
imediato.

No item acima, foi apresentado um trecho adaptado de


jornal de grande circulação. Julgue-o quanto à correção
gramatical.

Comentários
Esta questão é um tipo muito comum em provas do
CESPE e da ESAF.
A banca apresenta fragmentos de textos e solicita que o
candidato verifique se eles estão corretos gramaticalmente.
Geralmente, se há erros nos fragmentos, algum (ou alguns) se
refere ao devido emprego de sinais de pontuação. Dessa
maneira, é importante que você fique atento a isso.
Vamos ver o fragmento em análise?
Visto apenas pelo ângulo econômico, o problema da exploração
da mão de obra infantil, é ao mesmo tempo reflexo e impecílio
para o desenvolvimento. Quando crianças e adolescentes
deixam de estudar para entrar precocemente no mercado de
trabalho, trocam um futuro mais promissor pelo ganho
imediato.
Após a leitura, percebe-se a incorreta grafia da palavra
“empecilho”.

Note, ainda, que a vírgula colocada após “infantil”


separou o sujeito (“o problema da exploração da mão de
obra infantil”) do verbo (“ser”) a ele correspondente.
Como aprendemos, essa separação é proibida.
Desse modo, a questão está errada.
Gabarito: ERRADA

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REFAZER Prof. Ludimila Lamounier – Aula 07
Questão – (CESPE) Auditor de Controle Externo – TC-
DF/2012
(Adaptada)

A Teoria Geral do Estado mostra como surgiu e se organizou, ao


longo do tempo, o Estado. Nas formas primitivas de organização
social, ainda tribais, o poder era concentrado nas mãos de um
único chefe, soberano e absoluto, com poder de vida e morte
sobre seus subordinados, fazendo e executando as leis.
Na Antiguidade Clássica, as civilizações grega e romana foram
as que primeiro fizeram uma tentativa de compartilhar o poder,
criando instituições como a Eclésia e o Senado. Contudo, essa
experiência foi posta de lado quando as trevas medievais
tomaram conta da Europa, fazendo-a mergulhar em mil anos de
estagnação, sob as mãos de senhores feudais, reis e papas, que
não conheciam outro limite senão seu próprio poder.
O fim da Idade Média, no século XV, e o ressurgimento das
cidades, no período renascentista, representaram profundas
mudanças para a sociedade da época, mas, do ponto de vista
político, assistiu-se a uma concentração ainda maior do poder
nas mãos dos soberanos, reis absolutos, que, sob o peso de sua
autoridade, unificaram os diversos feudos e formaram vários
dos Estados modernos que hoje conhecemos. Exceção a essa
regra foi a Inglaterra, onde, já em 1215, o poder do rei passou
a ser um tanto limitado pelos nobres, que o obrigaram a pedir
autorização a um conselho constituído por vinte e cinco barões
para aumentar os impostos.
A fim de fazer valer essa exigência, foi assinada a Magna Carta.
Nascia o embrião do parlamento moderno, com a finalidade
precípua de limitar o poder do rei.
Elton E. Polveiro Júnior. Desafios e perspectivas do poder legislativo no
século XXI. Internet: <www.senado.gov.br> (com adaptações).

Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o


item que se segue.
Justifica-se o emprego da vírgula logo após “mas” (em negrito
no texto) para enfatizar o sentido de contraste introduzido por
essa conjunção, razão por que a supressão desse sinal de
pontuação não acarretaria prejuízo gramatical ao texto.

Comentários
Esta questão trata de emprego de vírgula.
A banca questiona se podemos retirar a vírgula existente após a
conjunção “mas”.
Vamos ver o fragmento em análise?
O fim da Idade Média, no século XV, e o ressurgimento das
cidades, no período renascentista, representaram profundas
mudanças para a sociedade da época, mas, do ponto de vista

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político, assistiu-se a uma concentração ainda maior do poder
nas mãos dos soberanos, reis absolutos, que, sob o peso de sua
autoridade, unificaram os diversos feudos e formaram vários
dos Estados modernos que hoje conhecemos.
Após a leitura, percebe-se que a vírgula foi empregada para
isolar o adjunto adverbial deslocado “do ponto de vista político”,
portanto é obrigatório o seu uso nessa situação. Salienta-se
que a vírgula não enfatiza sentido de contraste como
indica o enunciado da questão.
Desse modo, a questão está errada.
Gabarito: ERRADA
Refazer

Questão – (FGV) Advogado – BADESC (SC)/2010


(Adaptada)

Assinale a alternativa em que a vírgula está corretamente


empregada.

a) O jeitinho, essa instituição tipicamente brasileira pode ser


considerado, sem dúvida, um desvio de caráter.
b) Apareciam novos problemas, e o funcionário embora
competente, nem sempre conseguia resolvê-los.
c) Ainda que os níveis de educação estivessem avançando, o
sentimento geral, às vezes, era de frustração.
d) É claro, que se fôssemos levar a lei ao pé da letra, muitos
sofreriam sanções diariamente.
e) O tempo não para as transformações sociais são urgentes
mas há quem não perceba esse fato, que é evidente.

Comentários
Esta questão trata do emprego de vírgula. O comando solicita
que o aluno analise as alternativas propostas e indique aquela
que apresenta o correto uso da vírgula.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa A
O jeitinho, essa instituição tipicamente brasileira pode ser
considerado, sem dúvida, um desvio de caráter.
Note que a vírgula colocada após a palavra “jeitinho” separou o
sujeito do verbo (locução verbal “pode ser considerado”). Para
corrigir o trecho, precisamos colocar outra vírgula após o
vocábulo “brasileira”. Dessa maneira, isolaremos corretamente
a expressão explicativa intercalada “essa instituição tipicamente
brasileira”.
Pontuação incorreta.
Alternativa B
Apareciam novos problemas, e o funcionário embora
competente, nem sempre conseguia resolvê-los.

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Observe o correto emprego da vírgula após o substantivo
“problemas” para separar orações coordenadas de sujeitos
diferentes.
Por sua vez, a vírgula colocada após “competente” separou o
sujeito do verbo. Para fazermos a correção, é necessário o
emprego de uma vírgula após “funcionário” para isolar a
intercalação “embora competente”.
Pontuação incorreta.
Alternativa C
Ainda que os níveis de educação estivessem avançando, o
sentimento geral, às vezes, era de frustração.
Observe o correto emprego da primeira vírgula de forma a
indicar o deslocamento (antecipação) da oração subordinada
adverbial concessiva “Ainda que os níveis de educação
estivessem avançando”.
Note também o correto isolamento do adjunto adverbial
deslocado “às vezes”.
Pontuação correta.
Alternativa D
É claro, que se fôssemos levar a lei ao pé da letra, muitos
sofreriam sanções diariamente.
Observe que a vírgula colocada após “claro” deveria ter sido
empregada após “que” para fazer par com a vírgula existente
depois de “letra” e, assim, isolar a oração subordinada
deslocada “que se fôssemos levar a lei ao pé da letra”.
A permanência da vírgula após “claro” separa o sujeito oracional
“que muitos sofreriam sanções diariamente” de “é claro”.
Pontuação incorreta.
Alternativa E
O tempo não para as transformações sociais são urgentes mas
há quem não perceba esse fato, que é evidente.
Note a ausência de vírgula obrigatória antes da palavra “as”
para indicar a separação de orações coordenadas assindéticas.
Perceba, também, a ausência de vírgula obrigatória antes da
conjunção “mas” para indicar a separação de oração coordenada
sindética adversativa.
Porém, correto está o emprego da vírgula após “fato” para
indicar a oração subordinada adjetiva explicativa “que é
evidente”.
Pontuação incorreta.
Gabarito: C

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Aqui, encerramos nossa aula de hoje. Espero que você tenha
aproveitado tanto a teoria quanto as questões comentadas. Se você
tiver qualquer dúvida, me escreva.
Agora, é hora de testar e aprofundar os conhecimentos vistos na
parte teórica da aula. Em primeiro lugar, as questões serão
apresentadas em forma de lista, para que você possa resolvê-las
normalmente. Em segundo lugar, após a conclusão da última questão,
verifique seu rendimento pelo gabarito e, por último, proceda à
correção pelos comentários apresentados.
É importante que você leia atentamente todos os comentários,
ainda que tenha acertado a questão.
Isso é essencial para aprender o que você precisa!
Vamos à resolução?

FINAL DIA - 16/03/2016

QUESTÕES PROPOSTAS

Questão 01 – (FCC) Analista Judiciário - TRF 2ª Região/2012

As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:

a) Evitem-se, sempre que possível, qualquer excesso no convívio humano: nem


proximidade por demais estreita, nem distância exagerada.
b) Os vários atrativos de que dispõem a vida nas ilhas não são, segundo o cronista,
exclusividade delas.
c) Cabem aos poetas imaginar espaços mágicos nos quais realizemos nossos
desejos, como a Pasárgada de Manuel Bandeira.
d) Muita gente haveriam de levar para uma ilha os mesmos vícios a que se
houvesse rendido nos atropelos da vida urbana.
e) A poucas pessoas conviria trocar a rotina dos shoppings pela serenidade absoluta
de uma pequena ilha.

Questão 02 – (CESPE) Analista – Medicina do Trabalho – SERPRO/2004


(Adaptada)

O multiculturalismo pode ser visto como um sintoma de transformações sociais


básicas, ocorridas na segunda metade do século XX no mundo todo pós-segunda

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guerra mundial. Pode ser visto também como uma ideologia, a do politicamente
correto, ou como aspiração, desejo coletivo de uma sociedade mais justa e
igualitária no respeito às diferenças. Consequência de múltiplas misturas raciais e
culturais provocadas pelo incremento das migrações em escala planetária, pelo
desenvolvimento dos estudos antropológicos, do próprio direito e da linguística,
além das outras ciências sociais e humanas, o multiculturalismo é, antes de mais
nada, um questionamento de fronteiras de todo o tipo, principalmente da
monoculturalidade e, com esta, de um conceito de nação que nela se baseia. Visto
como militância, o multiculturalismo implica reivindicações e conquistas por parte
das chamadas minorias. Reivindicações e conquistas muito concretas: legais,
políticas, sociais e econômicas.
Para a maior parte dos governos, grupos ou indivíduos que não conseguem
administrar a diferença e aceitá-la como constitutiva da nacionalidade, ela tem de
estar contida no espaço privado, em guetos, com maior ou menor repressão, porque
é considerada um risco à identidade e à unidade nacionais. Mas não há como
negar que, cada vez mais, as identidades são plurais e as nações sempre se
compuseram na diferença, mais ou menos escamoteada por uma homogeneização
forçada, em grande parte artificial.
O multiculturalismo é hoje um fenômeno mundial (estima-se que apenas de 10% a
15% das nações no mundo sejam etnicamente homogêneas). Costuma, porém, ser
considerado um fenômeno inicialmente típico dos Estados Unidos da América (EUA),
porque este país tem especificidades que são favoráveis à sua eclosão. Essa
especificidade é histórica, demográfica e institucional. Mas outros países que não
necessariamente têm as mesmas condições também apresentam esse fenômeno.
Entre esses, Canadá, Austrália, México e Brasil, especialmente devido à presença de
minorias nacionais autóctones por longo tempo discriminadas. Canadá e Austrália
têm sido apontados como exemplares, devido a algumas conquistas fundamentais e
relativamente recentes. Mesmo na Europa há minorias que hoje reivindicam seu
reconhecimento e, às vezes, como no caso dos bascos na Espanha, de forma
violenta. Conflitos e contradições também se encontram na França e na Alemanha.
Na França, o caso do véu islâmico fala por si só e, na Alemanha, a discussão
interminável sobre a integração dos turcos e o direito à dupla nacionalidade voltam
sempre.
Ligia Chiappini. In: CULT, maio/2001, p. 18 (com adaptações)

Julgue a afirmativa a seguir.

O adjetivo “nacionais” (em negrito no texto) está no plural por referir-se a dois
substantivos que se lhe antepõem; todavia, poderia, nessa posição, permanecer no
singular, sem que com isso ocorresse erro de concordância.

Questão 03 – (FCC) Analista Judiciário – TRT-11ª Região/2012

As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas


em:

a) A utilidade dos dicionários, mormente quando se trata de palavras polissêmicas,


manifestam-se nas argumentações ideológicas.
b) Não se notam, entre os preconceituosos, qualquer disposição para discutir o
sentido de um juízo e as consequências de sua difusão.

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c) Não convém aos injustiçados reclamar por igualdade de tratamento quando esta
pode levá-los a permanecer na situação de desigualdade.
d) Como discernimento e preconceito são duas acepções de discriminação, hão que
se esclarecer o sentido pretendido.
e) Uma das maneiras mais odiosas de refutar os argumentos de alguém surgem na
utilização de preconceitos já cristalizados.

Questão 04 – (FGV) Analista Legislativo – Redação e Revisão – Senado


Federal/2012
(Adaptada)

Julgue a afirmativa abaixo.

Os itens listados abaixo estão ambos corretos gramaticalmente.

I – 1,3 % esteve presente ao evento.


II – 0,99 % realizou a tarefa.

Questão 05 – (FCC) Analista de Controle – TCE–PR/2011

As normas de concordância verbal estão plenamente observadas em:

a) Para os leitores de qualquer época seriam úteis reconhecer os dois métodos que
regiam Montesquieu em O espírito das leis.
b) Muito terão a ganhar, sejam quais forem as convicções de uma época, quem se
disponha a refletir sobre as ideias de Montesquieu.
c) À exceção dos que professam ardentemente uma fé, leitores de Montesquieu
haverão sempre, para endossar com ânimo suas teses.
d) Segundo Montesquieu, não cabem aos homens preocupar-se com a finalidade
religiosa das instituições, mas sim com a finalidade política.
e) No século XVIII não se ateve aos princípios morais religiosos quem, como
Montesquieu, os preterisse para priorizar os princípios da política.

Questão 06 – (CESPE) Cargos de Nível Superior – TRE-RJ/2012


(Adaptada)

As mulheres sabem que a participação democrática é o principal meio de defesa de


seus interesses e de conquista de representação política, tal como a implantação do
sistema de quotas para aumentar o número de representantes eleitas.
O número reduzido de mulheres que ocupam cargos públicos — atualmente, uma
média mundial de 19% nas assembleias nacionais — constitui um déficit a corrigir.
A participação das mulheres em todos os níveis do governo democrático — local,
nacional e regional — diversifica a natureza das assembleias democráticas e permite
que o processo de tomada de decisões responda a necessidades dos cidadãos não
atendidas no passado.
Internet: <http://www.unric.org/pt/> (com adaptações).

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Julgue o item que se segue, relativo a aspecto estrutural do texto.

Se a palavra “atendidas” (sublinhada no texto) fosse flexionada no masculino —


atendidos —, estariam mantidos a correção gramatical e o sentido original do
texto.

Questão 07 – (CESPE) Analista de Tecnologia da Informação – BRB/2011


(Adaptada)

O estilo de colonização brasileira e a formação da população nacional influenciaram


certamente a cultura econômica no Brasil, presente ainda hoje. Desde a formação
do país, a população esteve subjugada a interesses de minorias oligárquicas, que
controlavam o poder, direta ou indiretamente, e eram beneficiadas em detrimento
da maioria dos indivíduos.
Com diversos períodos de instabilidades políticas e econômicas, a população em
geral não adquiriu a cultura da poupança, principalmente em face dos longos
períodos de hiperinflação. Nessa época, era preferível consumir a economizar, para
minimizar as perdas em função da desvalorização real da moeda.
De acordo com dados do IBGE, contidos na Pesquisa de Orçamentos Familiares,
pode-se inferir que grande parte das despesas familiares corresponde a gastos com
habitação, alimentação e aluguel, que perfazem 80,96% da despesa média mensal
familiar. É possível concluir igualmente que parcela considerável da renda dos
brasileiros é destinada ao consumo, sobretudo de bens materiais, como
eletrodomésticos, equipamentos para o lar, som e TV (2,71%), comparada com o
patamar de 0,05% destinado à aquisição de livros e revistas 22 técnicas. O
consumo é também evidenciado ao notar-se que 8,76% da despesa são
destinados à manutenção e à aquisição de veículos automotores.
As instabilidades político-econômicas também podem ser consideradas fatores que
explicam tamanho conservadorismo do brasileiro quando o assunto é investimento.
Grande parte da população ainda opta por aplicações em caderneta de poupança,
tradicional investimento do mercado brasileiro caracterizado pelo baixo risco. No
entanto, a rentabilidade auferida pelas cadernetas de poupança pode ser
considerada insatisfatória e chega até, muitas vezes, a ficar abaixo da inflação
medida em determinado período, o que implica perda de dinheiro em termos reais.
Almir Ferreira de Sousa e Caio Fragata Torralvo. A gestão dos próprios recursos e a
importância do planejamento financeiro pessoal. Internet: <www.ead.fea.usp.br> (com
adaptações)

No que se refere às estruturas linguísticas do texto, julgue o item


subsecutivo.
Os vocábulos “destinado” (em negrito no texto) e “destinados” (em negrito
no texto) concordam, respectivamente, com os numerais indicativos de
porcentagem que os antecedem: “0,05%” e “8,76%”.

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Questão 08 – (CESPE) Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT-1ª
Região/2008
(Adaptada)

Julgue os fragmentos de texto apresentados nos itens abaixo quanto à


concordância verbal.

I - De acordo com o respectivo estatuto, a proteção à criança e ao adolescente não


constituem obrigação exclusiva da família.
II - Na redação da peça exordial, deve haver indicações precisas quanto à
identificação das partes bem como do representante daquele que figurará no pólo
ativo da eventual ação.
III - A legislação ambiental prevê que o uso de água para o consumo humano e
para a irrigação de culturas de subsistência são prioritários em situações de
escassez.

A quantidade de itens certos é igual a:


a) 0.
b) 1.
c) 2.
d) 3.

Questão 09 – (FCC) Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 2ª


Região (SP)/2014
(Adaptada)

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o


elemento sublinhado na frase:

a) As incertezas quanto ao meu próprio futuro não (dever) eximir-me de ser


responsável por minhas decisões.
b) Os desafios que cada um de nós hoje se (obrigar) a enfrentar fortalecem-nos
diante do futuro.
c) Há trabalhos que a gente (executar) sem imaginar o sentido que ganharão no
futuro.
d) Os minutos de que se (necessitar) viver plenamente devem trazer consigo uma
expectativa de futuro.
e) As privações que me (competir) enfrentar não devem desestimular meus
empreendimentos.

Questão 10 – (CESPE) Analista Judiciário – TSE/2007


(Adaptada)

Julgue a correção gramatical da assertiva abaixo.

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O presidente do TSE avaliou que o sistema de votação brasileiro é “satisfatório”,
tendo sido preservado a vontade do eleitor.

Questão 11 – (FCC) Analista de Controle Atuarial – TCE-PR/2011

Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período:

a) No século das Luzes Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar, por um
método original composto por dois aspectos inter-relacionados: que serviam a seu
propósito condenável para muitos, de ver como excludentes o finalismo religioso e o
fenômeno político.
b) No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar por um
método, original, composto por dois aspectos inter-relacionados, que serviam a seu
propósito condenável, para muitos, de ver como excludentes, o finalismo religioso e
o fenômeno político.
c) No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar por um
método original, composto por dois aspectos inter-relacionados que serviam a seu
propósito, condenável para muitos, de ver como excludentes o finalismo religioso e
o fenômeno político.
d) No século das Luzes Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar por um
método original, composto, por dois aspectos inter-relacionados, que serviam a seu
propósito condenável para muitos: de ver como excludentes, o finalismo religioso e
o fenômeno político.
e) No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar, por um
método original, composto por dois aspectos inter-relacionados, que serviam a seu
propósito, condenável, para muitos de ver como excludentes o finalismo religioso, e
o fenômeno político.

Questão 12 – (FCC) Analista Judiciário – Análise de Sistemas – TRE-


PE/2011

Está plenamente adequada a pontuação da frase:

a) Não cabe aos jovens, ao menos os livres de cinismo tentar justificar, suas ações
pela pressão do mercado de trabalho, pois os velhos jornalistas, igualmente
pressionados, não costumavam abdicar dos princípios éticos.
b) Não cabe aos jovens, ao menos os livres de cinismo, tentar justificar suas ações,
pela pressão do mercado de trabalho; pois os velhos jornalistas igualmente
pressionados, não costumavam abdicar dos princípios éticos.
c) Não cabe aos jovens, ao menos, os livres de cinismo, tentar justificar suas ações,
pela pressão do mercado de trabalho, pois, os velhos jornalistas, igualmente
pressionados, não costumavam abdicar dos princípios éticos.
d) Não cabe aos jovens, ao menos os livres de cinismo, tentar justificar suas ações
pela pressão do mercado de trabalho, pois os velhos jornalistas, igualmente
pressionados, não costumavam abdicar dos princípios éticos.
e) Não cabe aos jovens, ao menos, os livres de cinismo, tentar justificar suas ações,
pela pressão do mercado de trabalho, pois os velhos jornalistas, igualmente
pressionados não costumavam abdicar, dos princípios éticos.

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Questão 13 – (FGV) Assessor Técnico – Informática (Administrador de
Banco de Dados) – DETRAN (RN)/2010

No trecho: “É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo.” a


utilização da vírgula se justifica por:

a) Isolar um termo circunstancial de modo.


b) Isolar um termo explicativo.
c) Separar termos enumerativos.
d) Separar um vocativo.
e) Isolar um termo circunstancial deslocado.

Questão 14 – (FGV) Advogado – Senado Federal/2008


(Adaptada)

“Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas, sim, com
múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão mais eficiente, com o
aproveitamento racional dos recursos, a capacitação de magistrados e servidores e
a racionalização de procedimentos, por avanços na informatização do processo, de
acordo com os procedimentos previstos na Lei 11.419/06, pela reforma processual e
por tantas outras medidas.”

Assinale a alternativa que apresente pontuação igualmente correta para o


trecho acima.

a) Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas sim, com
múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão mais eficiente: com o
aproveitamento racional dos recursos; a capacitação de magistrados e servidores e
a racionalização de procedimentos; por avanços na informatização do processo, de
acordo com os procedimentos previstos na Lei 11.419/06; pela reforma processual
e por tantas outras medidas.
b) Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas sim com
múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão mais eficiente: com o
aproveitamento racional dos recursos; a capacitação de magistrados e servidores e
a racionalização de procedimentos; por avanços na informatização do processo, de
acordo com os procedimentos previstos na Lei 11.419/06; pela reforma processual;
e por tantas outras medidas.
c) Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas sim com
múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão mais eficiente – com o
aproveitamento racional dos recursos, a capacitação de magistrados e servidores e
a racionalização de procedimentos –; por avanços na informatização do processo,
de acordo com os procedimentos previstos na Lei 11.419/06; pela reforma
processual; e por tantas outras medidas.
d) Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas, sim com
múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão mais eficiente – com o
aproveitamento racional dos recursos, a capacitação de magistrados e servidores e
a racionalização de procedimentos; por avanços na informatização do processo, de
acordo com os procedimentos previstos na Lei 11.419/06; pela reforma processual;
e por tantas outras medidas.
e) Esta deve ser buscada, não apenas com uma ou duas ações mas, sim, com
múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão mais eficiente; com o
aproveitamento racional dos recursos; a capacitação de magistrados e servidores e
a racionalização de procedimentos; por avanços na informatização do processo, de

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acordo com os procedimentos previstos na Lei 11.419/06; pela reforma processual
e por tantas outras medidas.

Questão 15 – (ESAF) EPPGG – MPOG/2009


(Adaptada)

Têm sido notáveis os avanços no Poder Judiciário, desde a aprovação da emenda


constitucional da sua reforma, em dezembro de 2004, após longa tramitação. Com
a criação de instrumentos como a súmula vinculante — decisões tomadas no
Supremo que valem para processos de temas comuns nas instâncias inferiores —,
com o princípio da “repercursão geral”, com base no qual o STF define sua própria
agenda, e com a criação de filtros contra recursos repetitivos, começou a ocorrer o
inimaginável: o esvaziamento das prateleiras no STF e no Superior Tribunal de
Justiça (STJ). O volume de recursos nas Cortes altas, no segundo semestre de
2008, já foi 38% menor que no mesmo período de 2007. Em todo esse processo de
modernização, destaca-se o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), criado também
pela reforma, e inicialmente considerado o “controle externo” da magistratura. O
termo criou resistências corporativistas na Justiça, mas, com o tempo, o Conselho
ocupou espaços e hoje é um organismo muito atuante. Mesmo com uma
composição eclética — há representantes de vários ministérios e da sociedade civil
—, o Conselho é conduzido pelo presidente do STF, e isto o ajuda a se manter
sintonizado com a real agenda de problemas da Justiça. No início, pensava-se que
já seria grande avanço se o CNJ funcionasse como uma espécie de supercorregedor
da Justiça. O Conselho, de fato, tem sido importante na aplicação de regras chave
nos tribunais. Por exemplo, no combate ao nepotismo, praga que também se abate
sobre a Justiça.
(O Globo, Editorial, 26/7/2009)

Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego dos sinais de


pontuação do texto acima está incorreto.

a) Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir os travessões em


negrito no texto por parênteses.
b) O sinal de dois-pontos em negrito no texto indica que a informação subsequente
é uma explicação do sentido do termo “inimaginável”.
c) A expressão “criado também pela reforma” (sublinhada no texto) está isolada por
vírgulas por se tratar de oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de
particípio.
d) A expressão “com o tempo” (sublinhada no texto) está entre vírgulas por se
tratar de aposto explicativo.
e) A expressão “de fato” (sublinhada no texto) vem isolada por vírgulas pelo
mesmo motivo que a expressão “Por exemplo” (sublinhada no texto) vem seguida
de vírgula.

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GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C C C E E E B A E
11 12 13 14 15
C D D C D

QUESTÕES COMENTADAS

Questão 01 – (FCC) Analista Judiciário - TRF 2ª Região/2012

As normas de concordância verbal estão plenamente


observadas na frase:

a) Evitem-se, sempre que possível, qualquer excesso no convívio


humano: nem proximidade por demais estreita, nem distância
exagerada.
b) Os vários atrativos de que dispõem a vida nas ilhas não são,
segundo o cronista, exclusividade delas.
c) Cabem aos poetas imaginar espaços mágicos nos quais realizemos
nossos desejos, como a Pasárgada de Manuel Bandeira.
d) Muita gente haveriam de levar para uma ilha os mesmos vícios a
que se houvesse rendido nos atropelos da vida urbana.
e) A poucas pessoas conviria trocar a rotina dos shoppings pela
serenidade absoluta de uma pequena ilha.

Comentários
Esta questão trata do assunto concordância verbal e é um tipo de
questão bastante comum nas provas da FCC. O comando solicita
que o aluno analise as alternativas e marque aquela que não
apresenta erro no que diz respeito à concordância verbal. Desse
modo, devemos examinar as alternativas e identificar seus eventuais
erros.

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Vamos ver as alternativas?

Alternativa A
Evitem-se, sempre que possível, qualquer excesso no convívio
humano: nem proximidade por demais estreita, nem distância
exagerada.
Observe que o verbo “evitar” foi empregado de maneira
incorreta, pois seu sujeito tem como núcleo o substantivo “excesso”.
Portanto, o verbo deve concordar na 3ª pessoa do singular.
Desse modo, a forma correta seria:
Evite-se, sempre que possível, qualquer excesso no convívio humano:
nem proximidade por demais estreita, nem distância exagerada.
Alternativa incorreta.

Alternativa B
Os vários atrativos de que dispõem a vida nas ilhas não são, segundo
o cronista, exclusividade delas.
Observe que o verbo “dispor” foi empregado de maneira
incorreta, pois o núcleo de seu sujeito é o substantivo “vida”.
Portanto, o verbo deve concordar na 3ª pessoa do singular.
Cuidado: o sujeito do verbo “dispor” NÃO é a expressão “os vários
atrativos”. Perceba que esse termo é, na verdade, sujeito do verbo
“ser”. Ainda, note que o verbo “ser” está corretamente flexionado no
plural “são”.
Assim, a sentença correta seria:
“Os vários atrativos de que dispõe a vida nas ilhas não são, segundo o
cronista, exclusividade delas.”
Alternativa incorreta.

Alternativa C
Cabem aos poetas imaginar espaços mágicos nos quais realizemos
nossos desejos, como a Pasárgada de Manuel Bandeira.
Observe que o verbo “caber” foi empregado de maneira
incorreta, pois seu sujeito é a oração “imaginar espaços mágicos”.
Aprendemos que, com sujeito oracional, o verbo deve concordar
sempre na 3ª pessoa do singular.
Assim, a sentença correta seria:

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“Cabe aos poetas imaginar espaços mágicos nos quais realizemos
nossos desejos, como a Pasárgada de Manuel Bandeira.”
Alternativa incorreta.

Alternativa D
Muita gente haveriam de levar para uma ilha os mesmos vícios a que
se houvesse rendido nos atropelos da vida urbana.
Observe que o verbo “haver” foi empregado de maneira
incorreta, pois ele faz parte de uma locução verbal (“haveriam de
levar”) cujo sujeito é a expressão “muita gente” (núcleo = “gente”).
Assim, o verbo precisa concordar na 3ª pessoa do singular.
Perceba, ainda, que “muita gente” também funciona como sujeito da
forma verbal “houvesse rendido”, na qual o uso do verbo “haver” foi
feito de forma correta.
Dessa maneira, a sentença correta seria:
“Muita gente haveria de levar para uma ilha os mesmos vícios a que
se houvesse rendido nos atropelos da vida urbana.”
Alternativa incorreta.

Alternativa E
A poucas pessoas conviria trocar a rotina dos shoppings pela
serenidade absoluta de uma pequena ilha.
Observe que o verbo “convir” foi empregado de maneira
correta, pois seu sujeito é a oração “trocar a rotina dos shoppings
pela serenidade absoluta de uma pequena ilha”. Aprendemos que,
com sujeito oracional, o verbo deve concordar sempre na 3ª pessoa
do singular.
Cuidado para não fazer confusão e identificar a expressão “a poucas
pessoas” como sujeito do verbo “convir”. Note que essa expressão
nunca poderia ser sujeito porque está regida pela preposição “a”.
Alternativa correta.
Gabarito: E

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Curso Regular
Teoria e questões comentadas
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 07

Questão 02 – (CESPE) Analista – Medicina do Trabalho –


SERPRO/2004
(Adaptada)

O multiculturalismo pode ser visto como um sintoma de


transformações sociais básicas, ocorridas na segunda metade do
século XX no mundo todo pós-segunda guerra mundial. Pode ser visto
também como uma ideologia, a do politicamente correto, ou como
aspiração, desejo coletivo de uma sociedade mais justa e igualitária
no respeito às diferenças. Consequência de múltiplas misturas raciais
e culturais provocadas pelo incremento das migrações em escala
planetária, pelo desenvolvimento dos estudos antropológicos, do
próprio direito e da linguística, além das outras ciências sociais e
humanas, o multiculturalismo é, antes de mais nada, um
questionamento de fronteiras de todo o tipo, principalmente da
monoculturalidade e, com esta, de um conceito de nação que nela se
baseia. Visto como militância, o multiculturalismo implica
reivindicações e conquistas por parte das chamadas minorias.
Reivindicações e conquistas muito concretas: legais, políticas, sociais
e econômicas.
Para a maior parte dos governos, grupos ou indivíduos que não
conseguem administrar a diferença e aceitá-la como constitutiva da
nacionalidade, ela tem de estar contida no espaço privado, em
guetos, com maior ou menor repressão, porque é considerada um
risco à identidade e à unidade nacionais. Mas não há como negar
que, cada vez mais, as identidades são plurais e as nações sempre se
compuseram na diferença, mais ou menos escamoteada por uma
homogeneização forçada, em grande parte artificial.
O multiculturalismo é hoje um fenômeno mundial (estima-se que
apenas de 10% a 15% das nações no mundo sejam etnicamente
homogêneas). Costuma, porém, ser considerado um fenômeno
inicialmente típico dos Estados Unidos da América (EUA), porque este
país tem especificidades que são favoráveis à sua eclosão. Essa
especificidade é histórica, demográfica e institucional. Mas outros
países que não necessariamente têm as mesmas condições também
apresentam esse fenômeno. Entre esses, Canadá, Austrália, México e
Brasil, especialmente devido à presença de minorias nacionais
autóctones por longo tempo discriminadas. Canadá e Austrália têm
sido apontados como exemplares, devido a algumas conquistas
fundamentais e relativamente recentes. Mesmo na Europa há
minorias que hoje reivindicam seu reconhecimento e, às vezes, como
no caso dos bascos na Espanha, de forma violenta. Conflitos e
contradições também se encontram na França e na Alemanha. Na
França, o caso do véu islâmico fala por si só e, na Alemanha, a

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discussão interminável sobre a integração dos turcos e o direito à
dupla nacionalidade voltam sempre.

Ligia Chiappini. In: CULT, maio/2001, p. 18 (com adaptações)

Julgue a afirmativa a seguir.

O adjetivo “nacionais” (em negrito no texto) está no plural por referir-


se a dois substantivos que se lhe antepõem; todavia, poderia, nessa
posição, permanecer no singular, sem que com isso ocorresse erro de
concordância.

Comentários
Temos, aqui, uma questão que aborda o assunto concordância
nominal.
Vamos ver o trecho do texto no qual se insere a palavra “nacionais”?
Para a maior parte dos governos, grupos ou indivíduos que não conseguem
administrar a diferença e aceitá-la como constitutiva da nacionalidade, ela
tem de estar contida no espaço privado, em guetos, com maior ou menor
repressão, porque é considerada um risco à identidade e à unidade
nacionais.
Observamos que o adjetivo “nacionais” está colocado de forma
posposta aos dois substantivos “identidade” e “unidade”.
Percebemos, também, que o adjetivo em análise se refere aos dois
substantivos mencionados.
Aprendemos, na parte teórica, que se o adjetivo estiver posposto,
concordará com o substantivo mais próximo (concordância atrativa)
ou com todos os substantivos no plural (concordância gramatical). Na
segunda opção, caso os gêneros dos substantivos sejam diferentes,
concordaremos no “masculino plural”.
Dessa maneira, verificamos que o item está correto.
Gabarito: CERTO

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Questão 03 – (FCC) Analista Judiciário – TRT-11ª Região/2012

As normas de concordância verbal encontram-se plenamente


observadas em:

a) A utilidade dos dicionários, mormente quando se trata de palavras


polissêmicas, manifestam-se nas argumentações ideológicas.
b) Não se notam, entre os preconceituosos, qualquer disposição para
discutir o sentido de um juízo e as consequências de sua difusão.
c) Não convém aos injustiçados reclamar por igualdade de tratamento
quando esta pode levá-los a permanecer na situação de desigualdade.
d) Como discernimento e preconceito são duas acepções de
discriminação, hão que se esclarecer o sentido pretendido.
e) Uma das maneiras mais odiosas de refutar os argumentos de
alguém surgem na utilização de preconceitos já cristalizados.

Comentários
Esta questão aborda o assunto concordância verbal e, como já
vimos em outros exercícios, é um tipo de questão muito
comum nas provas da FCC. O enunciado pede que o aluno examine
as alternativas e marque aquela que não apresenta erro no que se
refere à concordância verbal. Dessa maneira, devemos analisar as
alternativas e identificar seus eventuais erros.
Vamos ver as alternativas?

Alternativa A
A utilidade dos dicionários, mormente quando se trata de palavras
polissêmicas, manifestam-se nas argumentações ideológicas.
Observe que o verbo “manifestar” foi empregado de maneira
incorreta, pois seu sujeito tem como núcleo o substantivo
“utilidade”. Portanto, o verbo deve concordar na 3ª pessoa do
singular.
Desse modo, a forma correta seria:
“A utilidade dos dicionários, mormente quando se trata de palavras
polissêmicas, manifesta-se nas argumentações ideológicas.”
Alternativa incorreta.

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Alternativa B
Não se notam, entre os preconceituosos, qualquer disposição para
discutir o sentido de um juízo e as consequências de sua difusão.
Observe que o verbo “notar” foi empregado de maneira
incorreta, pois o núcleo de seu sujeito é o substantivo “disposição”.
Portanto, o verbo deve concordar na 3ª pessoa do singular.
Cuidado: perceba que “qualquer disposição” funciona como sujeito
passivo, pois a oração em que ele se insere está estruturada na voz
passiva sintética.
Assim, a sentença correta seria:
“Não se nota, entre os preconceituosos, qualquer disposição para
discutir o sentido de um juízo e as consequências de sua difusão.”
Alternativa incorreta.

Alternativa C
Não convém aos injustiçados reclamar por igualdade de tratamento
quando esta pode levá-los a permanecer na situação de desigualdade.
Observe que o verbo “convir” foi empregado de maneira
correta, pois seu sujeito é a oração “reclamar por igualdade de
tratamento”. Aprendemos que, com sujeito oracional, o verbo deve
concordar sempre na 3ª pessoa do singular.
Alternativa correta.

Alternativa D
Como discernimento e preconceito são duas acepções de
discriminação, hão que se esclarecer o sentido pretendido.
Observe que o verbo “haver” foi empregado de maneira
incorreta, pois ele faz parte de uma locução verbal (“hão que se
esclarecer”) cujo sujeito é a expressão “o sentido pretendido” (núcleo
= “sentido”). Assim, o verbo precisa concordar na 3ª pessoa do
singular.
Perceba, ainda, que “o sentido pretendido” funciona como sujeito
passivo de uma oração estruturada na voz passiva sintética.
Dessa maneira, a sentença correta seria:
“Como discernimento e preconceito são duas acepções de
discriminação, há que se esclarecer o sentido pretendido.”
Alternativa incorreta.

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Alternativa E
Uma das maneiras mais odiosas de refutar os argumentos de alguém
surgem na utilização de preconceitos já cristalizados.
Observe que o verbo “surgir” foi empregado de maneira
incorreta, pois ele faz parte de uma oração cujo sujeito possui a
expressão “uma das”. Assim, o verbo precisa concordar na 3ª pessoa
do singular.
Lembre-se de que a expressão “uma das que” aceita a concordância
do verbo no singular ou no plural (a depender do contexto) por causa
da presença do pronome relativo “que”.
Dessa maneira, a sentença correta seria:
Uma das maneiras mais odiosas de refutar os argumentos de alguém
surge na utilização de preconceitos já cristalizados.
Alternativa incorreta.
Gabarito: C

Questão 04 – (FGV) Analista Legislativo – Redação e Revisão –


Senado Federal/2012
(Adaptada)

Julgue a afirmativa abaixo.

Os itens listados abaixo estão ambos corretos gramaticalmente.

I – 1,3 % esteve presente ao evento.

II – 0,99 % realizou a tarefa.

Comentários
Temos, aqui, uma questão que aborda o assunto concordância
nominal e verbal.
Vamos ver as opções?

Opção I - 1,3 % esteve presente ao evento.

Aprendemos que, caso a expressão que indica porcentagem não


venha seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o

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número. Como “1,3” é um numeral abaixo de “2”, o verbo “estar”
concorda no singular.

Opção II - 0,99 % realizou a tarefa.

Aprendemos que, caso a expressão que indica porcentagem não


venha seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o
número. Como “0,99” é um numeral abaixo de “2”, o verbo “realizar”
concorda no singular.

Dessa maneira, verificamos que o item está correto.


Gabarito: CERTO

Questão 05 – (FCC) Analista de Controle – TCE–PR/2011

As normas de concordância verbal estão plenamente


observadas em:

a) Para os leitores de qualquer época seriam úteis reconhecer os dois


métodos que regiam Montesquieu em O espírito das leis.
b) Muito terão a ganhar, sejam quais forem as convicções de uma
época, quem se disponha a refletir sobre as ideias de Montesquieu.
c) À exceção dos que professam ardentemente uma fé, leitores de
Montesquieu haverão sempre, para endossar com ânimo suas teses.
d) Segundo Montesquieu, não cabem aos homens preocupar-se com
a finalidade religiosa das instituições, mas sim com a finalidade
política.
e) No século XVIII não se ateve aos princípios morais religiosos
quem, como Montesquieu, os preterisse para priorizar os princípios da
política.

Comentários
Temos, novamente, uma questão que aborda o assunto
concordância verbal. Esta questão, conforme já vimos nesta
aula, é um tipo muito comum nas provas da FCC. O enunciado
pede que o aluno examine as alternativas e marque aquela que não
apresenta erro no que se refere à concordância verbal. Dessa
maneira, devemos analisar as alternativas e identificar seus eventuais
erros.
Vamos ver as alternativas?

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Alternativa A
Para os leitores de qualquer época seriam úteis reconhecer os dois
métodos que regiam Montesquieu em O espírito das leis.
Observe que o verbo “ser” foi empregado de maneira incorreta,
pois seu sujeito é a oração “reconhecer os dois métodos”.
Aprendemos que, com sujeito oracional, o verbo deve concordar
sempre na 3ª pessoa do singular.
Perceba, também, que precisamos corrigir o predicativo “úteis”.
Desse modo, a forma correta seria:
“Para os leitores de qualquer época seria útil reconhecer os dois
métodos que regiam Montesquieu em O espírito das leis.”
Alternativa incorreta.

Alternativa B
Muito terão a ganhar, sejam quais forem as convicções de uma época,
quem se disponha a refletir sobre as ideias de Montesquieu.
Observe que o verbo “ter” foi empregado de maneira incorreta,
pois seu sujeito é a oração “quem se disponha”. Aprendemos que,
com sujeito oracional, o verbo deve concordar sempre na 3ª pessoa
do singular.
Assim, a sentença correta seria:
“Muito terá a ganhar, sejam quais forem as convicções de uma época,
quem se disponha a refletir sobre as ideias de Montesquieu.”
Alternativa incorreta.

Alternativa C
À exceção dos que professam ardentemente uma fé, leitores de
Montesquieu haverão sempre, para endossar com ânimo suas teses.
Observe que o verbo “haver” foi empregado de forma a expressar
sentido de “existir” e, assim, é considerado um verbo impessoal
(concorda na 3ª pessoa do singular).
Assim, a sentença correta seria:
“À exceção dos que professam ardentemente uma fé, leitores de
Montesquieu haverá sempre, para endossar com ânimo suas teses.”
Alternativa incorreta.

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Alternativa D
Segundo Montesquieu, não cabem aos homens preocupar-se com a
finalidade religiosa das instituições, mas sim com a finalidade política.
Observe que o verbo “caber” foi empregado de maneira
incorreta, pois seu sujeito é a oração “preocupar-se com a finalidade
religiosa das instituições, mas sim com a finalidade política”.
Aprendemos que, com sujeito oracional, o verbo deve concordar
sempre na 3ª pessoa do singular.
Você já deve ter percebido que é muito importante saber identificar
corretamente o sujeito oracional, pois esse assunto está quase
sempre presente nas provas.
Dessa maneira, a sentença correta seria:
“Segundo Montesquieu, não cabe aos homens preocupar-se com a
finalidade religiosa das instituições, mas sim com a finalidade
política.”
Alternativa incorreta.

Alternativa E
No século XVIII não se ateve aos princípios morais religiosos quem,
como Montesquieu, os preterisse para priorizar os princípios da
política.
Observe que o verbo “ater” foi empregado de maneira correta,
pois seu sujeito é a oração “quem os preterisse”. Aprendemos que,
com sujeito oracional, o verbo deve concordar sempre na 3ª pessoa
do singular.
Alternativa correta.
Gabarito: E

Questão 06 – (CESPE) Cargos de Nível Superior – TRE-


RJ/2012
(Adaptada)

As mulheres sabem que a participação democrática é o principal meio


de defesa de seus interesses e de conquista de representação política,
tal como a implantação do sistema de quotas para aumentar o
número de representantes eleitas.
O número reduzido de mulheres que ocupam cargos públicos —
atualmente, uma média mundial de 19% nas assembleias nacionais —
constitui um déficit a corrigir. A participação das mulheres em todos

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os níveis do governo democrático — local, nacional e regional —
diversifica a natureza das assembleias democráticas e permite que o
processo de tomada de decisões responda a necessidades dos
cidadãos não atendidas no passado.
Internet: <http://www.unric.org/pt/> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativo a aspecto estrutural do


texto.

Se a palavra “atendidas” (sublinhada no texto) fosse flexionada no


masculino — atendidos —, estariam mantidos a correção gramatical e
o sentido original do texto.

Comentários
Temos, aqui, uma questão que aborda o assunto concordância
verbal sem citar que se trata disso. Desse modo, é importante
que você fique atento a enunciados assim. Veja que a questão solicita
que o aluno julgue o item no que se refere à sua correção gramatical
e à manutenção de seu sentido original.
Vamos ver o trecho do texto no qual se insere a palavra “atendidas”?
A participação das mulheres em todos os níveis do governo democrático —
local, nacional e regional — diversifica a natureza das assembleias
democráticas e permite que o processo de tomada de decisões responda a
necessidades dos cidadãos não atendidas no passado.
Quanto ao aspecto da correção gramatical, precisamos verificar se a
palavra “atendidas” pode ser flexionada no masculino “atendidos”.
Observamos que sim, pois, nesse caso, “atendidos”
concordaria em gênero e número com o substantivo
“cidadãos”.
Mas, quanto ao aspecto de manutenção do sentido original, vemos
que houve prejuízo ao sentido original do texto. Pelo contexto,
percebe-se que o autor quis conectar o termo “atendidas” ao
substantivo “necessidades”.
Apesar de o trecho continuar correto gramaticalmente, a
mudança provoca erro no que se refere à manutenção do
sentido original do texto.
Gabarito: ERRADA

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Questão 07 – (CESPE) Analista de Tecnologia da Informação –


BRB/2011
(Adaptada)

O estilo de colonização brasileira e a formação da população nacional


influenciaram certamente a cultura econômica no Brasil, presente
ainda hoje. Desde a formação do país, a população esteve subjugada
a interesses de minorias oligárquicas, que controlavam o poder, direta
ou indiretamente, e eram beneficiadas em detrimento da maioria dos
indivíduos.
Com diversos períodos de instabilidades políticas e econômicas, a
população em geral não adquiriu a cultura da poupança,
principalmente em face dos longos períodos de hiperinflação. Nessa
época, era preferível consumir a economizar, para minimizar as
perdas em função da desvalorização real da moeda.
De acordo com dados do IBGE, contidos na Pesquisa de Orçamentos
Familiares, pode-se inferir que grande parte das despesas familiares
corresponde a gastos com habitação, alimentação e aluguel, que
perfazem 80,96% da despesa média mensal familiar. É possível
concluir igualmente que parcela considerável da renda dos brasileiros
é destinada ao consumo, sobretudo de bens materiais, como
eletrodomésticos, equipamentos para o lar, som e TV (2,71%),
comparada com o patamar de 0,05% destinado à aquisição de livros
e revistas 22 técnicas. O consumo é também evidenciado ao notar-se
que 8,76% da despesa são destinados à manutenção e à aquisição
de veículos automotores.
As instabilidades político-econômicas também podem ser
consideradas fatores que explicam tamanho conservadorismo do
brasileiro quando o assunto é investimento. Grande parte da
população ainda opta por aplicações em caderneta de poupança,
tradicional investimento do mercado brasileiro caracterizado pelo
baixo risco. No entanto, a rentabilidade auferida pelas cadernetas de
poupança pode ser considerada insatisfatória e chega até, muitas
vezes, a ficar abaixo da inflação medida em determinado período, o
que implica perda de dinheiro em termos reais.
Almir Ferreira de Sousa e Caio Fragata Torralvo. A gestão dos próprios
recursos e a importância do planejamento financeiro pessoal. Internet:
<www.ead.fea.usp.br> (com adaptações)

No que se refere às estruturas linguísticas do texto, julgue o


item subsecutivo.

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Os vocábulos “destinado” (em negrito no texto) e “destinados” (em
negrito no texto) concordam, respectivamente, com os numerais
indicativos de porcentagem que os antecedem: “0,05%” e “8,76%”.

Comentários
Temos, aqui, uma questão que aborda o assunto concordância
nominal.
Vamos, primeiramente, transcrever o trecho do texto:
É possível concluir igualmente que parcela considerável da renda dos
brasileiros é destinada ao consumo, sobretudo de bens materiais, como
eletrodomésticos, equipamentos para o lar, som e TV (2,71%), comparada
com o patamar de 0,05% destinado à aquisição de livros e revistas 22
técnicas. O consumo é também evidenciado ao notar-se que 8,76% da
despesa são destinados à manutenção e à aquisição de veículos
automotores.
Observe que os dois vocábulos apresentados no enunciado
(“destinado” e “destinados”) são exemplos de particípio
(forma nominal do verbo).
Precisamos examinar a concordância desses vocábulos. Assim, vemos
que “destinado” concorda, no singular, com o substantivo “patamar”,
que é o núcleo da expressão “o patamar de 0,05%”. Por sua vez,
“destinados” concorda, no plural, com “8,76%”, que é o núcleo da
expressão “8,76% da despesa”.
Dessa forma, vemos que o item apresentado pela banca CESPE não
está correto.
Gabarito: ERRADA

Questão 08 – (CESPE) Analista Judiciário – Área Judiciária –


TRT-1ª Região/2008
(Adaptada)

Julgue os fragmentos de texto apresentados nos itens abaixo


quanto à concordância verbal.

I - De acordo com o respectivo estatuto, a proteção à criança e ao


adolescente não constituem obrigação exclusiva da família.
II - Na redação da peça exordial, deve haver indicações precisas
quanto à identificação das partes bem como do representante daquele
que figurará no pólo ativo da eventual ação.

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III - A legislação ambiental prevê que o uso de água para o consumo
humano e para a irrigação de culturas de subsistência são prioritários
em situações de escassez.

A quantidade de itens certos é igual a:


a) 0.
b) 1.
c) 2.
d) 3.

Comentários
Temos uma questão que aborda o assunto concordância verbal. O
enunciado pede que o aluno examine as opções e identifique quantas
não apresentam erro no que se refere à concordância verbal. Dessa
maneira, devemos analisar as opções e identificar seus eventuais
erros.
Vamos ver as opções?

Opção 1
De acordo com o respectivo estatuto, a proteção à criança e ao
adolescente não constituem obrigação exclusiva da família.
Observe que o verbo “constituir” foi empregado de maneira
incorreta, pois o núcleo do seu sujeito é o substantivo “proteção”.
Assim, o verbo deve concordar na 3ª pessoa do singular.
Desse modo, a forma correta seria:
“De acordo com o respectivo estatuto, a proteção à criança e ao
adolescente não constitui obrigação exclusiva da família.”
Opção incorreta.

Opção 2
Na redação da peça exordial, deve haver indicações precisas quanto à
identificação das partes bem como do representante daquele que
figurará no pólo ativo da eventual ação.
Observe que a forma verbal “deve haver” foi empregada de
maneira correta, pois seu o verbo “haver” está sendo usado no
sentido de “existir”. Assim, “haver” é um verbo impessoal e deve ter
sua concordância feita na 3ª pessoa do singular.
Opção correta.

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Opção 3
A legislação ambiental prevê que o uso de água para o consumo
humano e para a irrigação de culturas de subsistência são prioritários
em situações de escassez.
Observe que o verbo “ser” foi empregado de maneira incorreta,
pois o núcleo do seu sujeito é o substantivo “uso”. Assim, o verbo
deve concordar na 3ª pessoa do singular. Note que também devemos
corrigir a palavra “prioritários”.
Assim, a sentença correta seria:
”A legislação ambiental prevê que o uso de água para o consumo
humano e para a irrigação de culturas de subsistência é prioritário em
situações de escassez.”
Alternativa incorreta.
Dessa forma, temos apenas uma opção correta
Gabarito: B

Questão 09 – (FCC) Analista Judiciário – Área Administrativa –


TRT 2ª Região (SP)/2014
(Adaptada)

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se


concordando com o elemento sublinhado na frase:

a) As incertezas quanto ao meu próprio futuro não (dever) eximir-me


de ser responsável por minhas decisões.
b) Os desafios que cada um de nós hoje se (obrigar) a enfrentar
fortalecem-nos diante do futuro.
c) Há trabalhos que a gente (executar) sem imaginar o sentido que
ganharão no futuro.
d) Os minutos de que se (necessitar) viver plenamente devem
trazer consigo uma expectativa de futuro.
e) As privações que me (competir) enfrentar não devem
desestimular meus empreendimentos.

Comentários
Esta questão trata do assunto concordância verbal e é um tipo de
questão comum nas provas da FCC. O comando solicita que o
aluno analise as alternativas e marque aquela que não apresenta erro

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no que diz respeito à flexão verbal. Nesta questão, é essencial que
você saiba identificar corretamente o sujeito referente à forma verbal
apresentada.
Vamos ver as alternativas?

Alternativa A
As incertezas quanto ao meu próprio futuro não (dever) eximir-me de ser
responsável por minhas decisões.
Observe que o verbo “dever” deverá ser flexionado para
concordar com o núcleo do seu sujeito “incertezas”.
Alternativa correta.

Alternativa B
Os desafios que cada um de nós hoje se (obrigar) a enfrentar
fortalecem-nos diante do futuro.
Observe que o verbo “obrigar” deverá se flexionar para concordar
com o seu sujeito “cada um de nós”. A palavra “desafios” é núcleo do
sujeito referente ao verbo “fortalecer”.
Alternativa incorreta.

Alternativa C
Há trabalhos que a gente (executar) sem imaginar o sentido que
ganharão no futuro.
Observe que o verbo “executar” deverá se flexionar para
concordar com o seu sujeito “gente”.
Alternativa incorreta.

Alternativa D
Os minutos de que se (necessitar) viver plenamente devem trazer
consigo uma expectativa de futuro.
Observe que o termo “minutos” é o sujeito da forma verbal
“devem trazer”.
Alternativa incorreta.

Alternativa E
As privações que me (competir) enfrentar não devem desestimular
meus empreendimentos.

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Observe que o termo “privações” é o sujeito da forma verbal
“devem desestimular”.
Alternativa incorreta.
Gabarito: A

Questão 10 – (CESPE) Analista Judiciário – TSE/2007


(Adaptada)

Julgue a correção gramatical da assertiva abaixo.

O presidente do TSE avaliou que o sistema de votação brasileiro é


“satisfatório”, tendo sido preservado a vontade do eleitor.

Comentários
Temos, aqui, uma questão que aborda o assunto concordância sem
citar que se trata disso. Desse modo, é importante que você fique
atento a enunciados assim. Veja que a questão solicita que o aluno
julgue a assertiva no que se refere à sua correção gramatical.
Vamos ver a assertiva?
O presidente do TSE avaliou que o sistema de votação brasileiro é
“satisfatório”, tendo sido preservado a vontade do eleitor.

Quanto ao aspecto da correção gramatical, verificamos que a palavra


“preservado” deveria ter sido flexionada no feminino “preservada”.
Observamos que “preservado” é um particípio que faz parte da
locução verbal estruturada na voz passiva “tendo sido
preservado”.
Assim, o particípio deve concordar obrigatoriamente em gênero e
número com o sujeito paciente “a vontade do eleitor”. Note que o
núcleo do sujeito é o substantivo feminino e singular “vontade”.
Dessa forma, a assertiva possui erro de concordância. Portanto
podemos afirmar que há incorreção gramatical na assertiva.
Gabarito: ERRADA

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Questão 11 – (FCC) Analista de Controle Atuarial – TCE-


PR/2011

Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período:

a) No século das Luzes Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se


guiar, por um método original composto por dois aspectos inter-
relacionados: que serviam a seu propósito condenável para muitos,
de ver como excludentes o finalismo religioso e o fenômeno político.
b) No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se
guiar por um método, original, composto por dois aspectos inter-
relacionados, que serviam a seu propósito condenável, para muitos,
de ver como excludentes, o finalismo religioso e o fenômeno político.
c) No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se
guiar por um método original, composto por dois aspectos inter-
relacionados que serviam a seu propósito, condenável para muitos, de
ver como excludentes o finalismo religioso e o fenômeno político.
d) No século das Luzes Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se
guiar por um método original, composto, por dois aspectos inter-
relacionados, que serviam a seu propósito condenável para muitos:
de ver como excludentes, o finalismo religioso e o fenômeno político.
e) No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se
guiar, por um método original, composto por dois aspectos inter-
relacionados, que serviam a seu propósito, condenável, para muitos
de ver como excludentes o finalismo religioso, e o fenômeno político.

Comentários
Esta questão trata do assunto pontuação e é um tipo de questão
comum nas provas da FCC. O comando solicita que o aluno analise
as alternativas e marque aquela que não apresenta erro no que diz
respeito à pontuação. Nesta questão, é essencial que você examine,
de forma bastante cuidadosa, cada alternativa, para achar os
eventuais erros. Para facilitar e ganhar tempo, sugiro que inicie a
resolução com a marcação dos erros mais evidentes e fáceis de serem
percebidos.
Vamos ver as alternativas?

Alternativa A
No século das Luzes Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar, por
um método original composto por dois aspectos inter-relacionados: que
serviam a seu propósito condenável para muitos, de ver como excludentes o
finalismo religioso e o fenômeno político.

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Observe que está errada a vírgula empregada após o verbo “guiar”,
pois ela separa o verbo do agente da passiva “por um método
original”.
É necessária uma vírgula antes da palavra condenável, de maneira a
isolar a expressão de natureza explicativa “condenável para muitos”.
Note que é proibido o uso de dois-pontos após a palavra “inter-
relacionados”, uma vez que a oração “que serviam a seu propósito” é
subordinada adjetiva restritiva.
Salienta-se o correto uso de vírgula após o adjunto adverbial
deslocado “No século das Luzes”. Já que ele não é um advérbio de
curta extensão e está deslocado, usamos essa vírgula, apesar de
determinadas bancas considerarem esse tipo de advérbio como de
curta extensão. Nesse caso, sugiro que você observe atentamente os
outros erros para que não fique preso a empregos de sinais de
pontuação que suscitem divergências como esse. Também aconselho
que, em provas discursivas, sempre coloque a vírgula em casos
assim.
Alternativa incorreta.

Alternativa B
No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar por
um método, original, composto por dois aspectos inter-relacionados, que
serviam a seu propósito condenável, para muitos, de ver como excludentes,
o finalismo religioso e o fenômeno político.
Observe que está errada a vírgula empregada após “condenável”, pois
ela separa o adjetivo de seu complemento nominal “para muitos”.
Também está errada a vírgula colocada após a palavra “excludentes”,
uma vez que ela isola o objeto direto “o finalismo religioso e o
fenômeno político”.
Alternativa incorreta.

Alternativa C
No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar por
um método original, composto por dois aspectos inter-relacionados que
serviam a seu propósito, condenável para muitos, de ver como excludentes
o finalismo religioso e o fenômeno político.
Não foi observado qualquer erro relativo à pontuação.
Alternativa correta.

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Alternativa D
No século das Luzes Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar por
um método original, composto, por dois aspectos inter-relacionados, que
serviam a seu propósito condenável para muitos: de ver como excludentes,
o finalismo religioso e o fenômeno político.
Observe que está errada a vírgula empregada após “composto”, pois
ela separa esse particípio do agente da passiva “por dois aspectos
inter-relacionados”. Também está errada a vírgula colocada após a
palavra “excludentes”, uma vez que ela isola o objeto direto “o
finalismo religioso e o fenômeno político”.
Ainda, está incorreta a vírgula usada após “inter-relacionados”, uma
vez que a oração “que serviam a seu propósito” é subordinada
adjetiva restritiva. Note, também, o incorreto uso de dois-pontos após
“muitos”.
Quanto ao adjunto adverbial deslocado “No século das Luzes”, peço
que leia o comentário feito na alternativa A.
Alternativa incorreta.

Alternativa E
No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar, por
um método original, composto por dois aspectos inter-relacionados, que
serviam a seu propósito, condenável, para muitos de ver como excludentes
o finalismo religioso, e o fenômeno político.
Perceba que está errada a vírgula usada após o verbo “guiar”, pois ela
separa o verbo do agente da passiva “por um método original”.
Observe que está errada a vírgula empregada após “condenável”, pois
ela separa o adjetivo de seu complemento nominal “para muitos”.
Ainda aponta-se o emprego incorreto de vírgula após o adjetivo
“religioso”, pois ela separa os dois núcleos do objeto direto
(“finalismo” e “fenômeno”) conectados entre si pela conjunção aditiva
“e”.
Alternativa incorreta.
Gabarito: C

Questão 12 – (FCC) Analista Judiciário – Análise de Sistemas –


TRE-PE/2011

Está plenamente adequada a pontuação da frase:

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a) Não cabe aos jovens, ao menos os livres de cinismo tentar
justificar, suas ações pela pressão do mercado de trabalho, pois os
velhos jornalistas, igualmente pressionados, não costumavam abdicar
dos princípios éticos.
b) Não cabe aos jovens, ao menos os livres de cinismo, tentar
justificar suas ações, pela pressão do mercado de trabalho; pois os
velhos jornalistas igualmente pressionados, não costumavam abdicar
dos princípios éticos.
c) Não cabe aos jovens, ao menos, os livres de cinismo, tentar
justificar suas ações, pela pressão do mercado de trabalho, pois, os
velhos jornalistas, igualmente pressionados, não costumavam abdicar
dos princípios éticos.
d) Não cabe aos jovens, ao menos os livres de cinismo, tentar
justificar suas ações pela pressão do mercado de trabalho, pois os
velhos jornalistas, igualmente pressionados, não costumavam abdicar
dos princípios éticos.
e) Não cabe aos jovens, ao menos, os livres de cinismo, tentar
justificar suas ações, pela pressão do mercado de trabalho, pois os
velhos jornalistas, igualmente pressionados não costumavam abdicar,
dos princípios éticos.

Comentários
Esta questão trata do assunto pontuação e é um tipo de questão
comum nas provas da FCC. O comando solicita que o aluno analise
as alternativas e marque aquela que não apresenta erro no que diz
respeito à pontuação. Nesta questão, é essencial que você examine,
de forma bastante cuidadosa, cada alternativa, para achar os
eventuais erros. Para facilitar e ganhar tempo, sugiro que inicie a
resolução por meio da marcação dos erros mais evidentes e fáceis de
serem percebidos.
Vamos ver as alternativas?

Alternativa A
Não cabe aos jovens, ao menos os livres de cinismo tentar justificar, suas
ações pela pressão do mercado de trabalho, pois os velhos jornalistas,
igualmente pressionados, não costumavam abdicar dos princípios éticos.
Observe que deveria ter sido empregada uma vírgula após o termo
“cinismo”, pois da forma como está escrito o período (com vírgula
após “jovens”), o sujeito oracional “tentar justificar” está separado do
verbo “caber”.
Também está incorreta a vírgula após “justificar”, uma vez que separa
o verbo de seu complemento “suas ações”.

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Alternativa incorreta.
Alternativa B
Não cabe aos jovens, ao menos os livres de cinismo, tentar justificar suas
ações, pela pressão do mercado de trabalho; pois os velhos jornalistas
igualmente pressionados, não costumavam abdicar dos princípios éticos.
Está incorreta a vírgula após “pressionados”, uma vez que ela separa
a expressão “os velhos jornalistas” da locução verbal “costumam
abdicar”, da qual é sujeito.
Alternativa incorreta.

Alternativa C
Não cabe aos jovens, ao menos, os livres de cinismo, tentar justificar suas
ações, pela pressão do mercado de trabalho, pois, os velhos jornalistas,
igualmente pressionados, não costumavam abdicar dos princípios éticos.
Está errado o emprego da vírgula após a conjunção “pois”, uma vez
que ela separou a conjunção da oração por ela iniciada.
Também errado está o uso da vírgula após a palavra “menos”, pois a
expressão intercalada entre “jovens” e “tentar” é a seguinte: “ao
menos os livres de cinismo”.
Alternativa incorreta.

Alternativa D
Não cabe aos jovens, ao menos os livres de cinismo, tentar justificar suas
ações pela pressão do mercado de trabalho, pois os velhos jornalistas,
igualmente pressionados, não costumavam abdicar dos princípios éticos.
Não há qualquer erro de pontuação no trecho acima.
Alternativa correta.

Alternativa E
Não cabe aos jovens, ao menos, os livres de cinismo, tentar justificar suas
ações, pela pressão do mercado de trabalho, pois os velhos jornalistas,
igualmente pressionados não costumavam abdicar, dos princípios éticos.
Está errado o uso de vírgula após a palavra “menos”, pois a expressão
intercalada entre “jovens” e “tentar” é a seguinte: “ao menos os livres
de cinismo”. Observe, também, que a vírgula colocada após a palavra
“jornalistas” separou o sujeito “os velhos jornalistas” da locução
verbal “costumavam abdicar”.
Ainda está incorreta a vírgula empregada após “abdicar”, pois ela
separa o verbo do complemento “dos princípios éticos”.

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Alternativa incorreta.
Gabarito: D

Questão 13 – (FGV) Assessor Técnico – Informática


(Administrador de Banco de Dados) – DETRAN (RN)/2010

No trecho: “É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor


amigo.” a utilização da vírgula se justifica por:

a) Isolar um termo circunstancial de modo.

b) Isolar um termo explicativo.

c) Separar termos enumerativos.

d) Separar um vocativo.

e) Isolar um termo circunstancial deslocado.

Comentários
Esta questão trata do emprego de vírgula. O comando solicita que o
aluno analise um trecho e marque a alternativa que apresenta a
correta justificativa para a utilização da vírgula.
Vamos, então, analisar o trecho transcrito a seguir:
É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo.
Percebemos que a expressão “leitor amigo” representa um
vocativo. Você se lembra de que o vocativo deve ser isolado por
meio de vírgula? Dessa forma, a resposta da questão é a alternativa
D.
Gabarito: D

Questão 14 – (FGV) Advogado – Senado Federal/2008


(Adaptada)

“Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas,
sim, com múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão
mais eficiente, com o aproveitamento racional dos recursos, a
capacitação de magistrados e servidores e a racionalização de
procedimentos, por avanços na informatização do processo, de acordo
com os procedimentos previstos na Lei 11.419/06, pela reforma
processual e por tantas outras medidas.”

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Assinale a alternativa que apresente pontuação igualmente


correta para o trecho acima.

a) Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas
sim, com múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão
mais eficiente: com o aproveitamento racional dos recursos; a
capacitação de magistrados e servidores e a racionalização de
procedimentos; por avanços na informatização do processo, de acordo
com os procedimentos previstos na Lei 11.419/06; pela reforma
processual e por tantas outras medidas.

b) Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas
sim com múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão
mais eficiente: com o aproveitamento racional dos recursos; a
capacitação de magistrados e servidores e a racionalização de
procedimentos; por avanços na informatização do processo, de acordo
com os procedimentos previstos na Lei 11.419/06; pela reforma
processual; e por tantas outras medidas.

c) Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas
sim com múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão
mais eficiente – com o aproveitamento racional dos recursos, a
capacitação de magistrados e servidores e a racionalização de
procedimentos –; por avanços na informatização do processo, de
acordo com os procedimentos previstos na Lei 11.419/06; pela
reforma processual; e por tantas outras medidas.

d) Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas,
sim com múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão
mais eficiente – com o aproveitamento racional dos recursos, a
capacitação de magistrados e servidores e a racionalização de
procedimentos; por avanços na informatização do processo, de acordo
com os procedimentos previstos na Lei 11.419/06; pela reforma
processual; e por tantas outras medidas.

e) Esta deve ser buscada, não apenas com uma ou duas ações mas,
sim, com múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão
mais eficiente; com o aproveitamento racional dos recursos; a
capacitação de magistrados e servidores e a racionalização de
procedimentos; por avanços na informatização do processo, de acordo
com os procedimentos previstos na Lei 11.419/06; pela reforma
processual e por tantas outras medidas.

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Comentários
Esta questão aborda o assunto pontuação e é um tipo de questão
bastante comum nas provas da FGV. O enunciado pede que o
aluno examine as alternativas e marque aquela que não apresenta
erro no que diz respeito à pontuação. Nesta questão, é essencial que
você examine, de forma bastante cuidadosa, cada alternativa, para
achar os eventuais erros. Para facilitar e ganhar tempo, sugiro que
inicie a resolução por meio da marcação dos erros mais evidentes e
fáceis de serem percebidos. Este tipo de questão exige bastante
paciência e atenção, tenha cuidado.
Vamos ver as alternativas?

Alternativa A
Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas sim, com
múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão mais eficiente:
com o aproveitamento racional dos recursos; a capacitação de magistrados
e servidores e a racionalização de procedimentos; por avanços na
informatização do processo, de acordo com os procedimentos previstos na
Lei 11.419/06; pela reforma processual e por tantas outras medidas.

Observe que deveria ter sido empregada uma vírgula após o termo
“mas” para isolar o advérbio “sim” de forma a conferir ênfase. Outra
opção para corrigir o erro seria retirar a vírgula colocada após a
palavra “sim”. O advérbio “sim”, apesar de estar deslocado, tem curta
extensão.
Note, ainda, que está incorreta a colocação do sinal de dois-pontos
após “eficiente”. Deveria ter sido empregada aí uma vírgula para
isolar a oração substantiva adjetiva explicativa “que passam pela
busca de uma gestão mais eficiente”.
O emprego de ponto e vírgula após “recursos” está correto, pois
indica uma enumeração. Também estaria correta a sua substituição
por uma vírgula. Por sua vez, o ponto e vírgula após “procedimentos”
está errado, uma vez que a expressão “por avanços na informatização
do processo” não faz parte da enumeração.
Por último, perceba o incorreto uso de ponto e vírgula após “Lei
11.419/06”. Deveria ter sido colocada uma vírgula, em seu lugar, de
forma a fazer par com a outra vírgula existente antes de “de acordo”,
para isolar a expressão “de acordo com os procedimentos previstos na
Lei 11.419/06” da devida maneira.
Pontuação incorreta.

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Alternativa B
Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas sim com
múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão mais eficiente:
com o aproveitamento racional dos recursos; a capacitação de magistrados
e servidores e a racionalização de procedimentos; por avanços na
informatização do processo, de acordo com os procedimentos previstos na
Lei 11.419/06; pela reforma processual; e por tantas outras medidas.
Note que está incorreta a colocação do sinal de dois-pontos após
“eficiente”. Deveria ter sido empregada aí uma vírgula para isolar a
oração substantiva adjetiva explicativa “que passam pela busca de
uma gestão mais eficiente”.
O emprego de ponto e vírgula após “recursos” está correto, pois
indica uma enumeração. Também estaria correta a sua substituição
por uma vírgula. Por sua vez, o ponto e vírgula após “procedimentos”
está errado, uma vez que a expressão “por avanços na informatização
do processo” não faz parte da enumeração.
Perceba o incorreto uso de ponto e vírgula após “Lei 11.419/06”.
Deveria ter sido colocada uma vírgula em seu lugar de forma a fazer
par com a outra vírgula existente antes de “de acordo”, para isolar a
expressão “de acordo com os procedimentos previstos na Lei
11.419/06” da devida maneira.
Por último, observe que está correto o uso de ponto e vírgula após
“processual”, pois, mesmo que esteja antecedendo uma conjunção
aditiva, confere ênfase à sentença.
Pontuação incorreta.

Alternativa C
Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas sim com
múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão mais eficiente –
com o aproveitamento racional dos recursos, a capacitação de magistrados e
servidores e a racionalização de procedimentos –; por avanços na
informatização do processo, de acordo com os procedimentos previstos na
Lei 11.419/06; pela reforma processual; e por tantas outras medidas.
Como aprendemos, é obrigatório o emprego da vírgula antes da
conjunção “mas”. Perceba que se optou pela não colocação (correta e
facultativa) de vírgulas para isolar o advérbio “sim”. Certo também o
uso de vírgula após “iniciativas” para isolar a oração subordinada
adjetiva explicativa. Perceba o correto emprego do par de travessões
para isolar a intercalação.
Observe o correto uso de ponto e vírgula para isolar o segundo termo
da enumeração que se inicia em “com múltiplas iniciativas”. Também
correta a pontuação que indica a ressalva (“de acordo com os
procedimentos previstos na Lei 11.419/06”) realizada pela “lei” que

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regulariza os “avanços na informatização do processo”. Veja que o
terceiro elemento da enumeração também foi indicado por meio do
emprego de ponto e vírgula. Vale ressaltar que, apesar da existência
da conjunção ”e” antes de “por tantas”, a colocação do ponto e
vírgula aí não está errada, pois seu uso se justifica por uma questão
de ênfase.
É importante que o candidato, em questões deste tipo, fique
atento com as intercalações (o que causa mais dúvida na hora
da pontuação). Para facilitar sua compreensão, vou escrever o
trecho sem as intercalações. Observe:
“Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas sim com
múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão mais eficiente;
por avanços na informatização do processo; pela reforma processual e por
tantas outras medidas.”
Perceba que foram interpostos os seguintes trechos: “com o
aproveitamento racional dos recursos, a capacitação de magistrados e
servidores e a racionalização de procedimentos” (uso correto de
travessões para indicar a intercalação) e “de acordo com os
procedimentos previstos na Lei 11.419/06” (uso correto de vírgula
para indicar a intercalação). Saliento que a segunda intercalação
também poderia ter sido feita com o auxílio de um travessão no lugar
da vírgula, mas, para tanto, precisaríamos usar outro travessão após
“Lei 11.419/06” para “fechar” a intercalação.
Pontuação correta. Alternativa correta.

Alternativa D
Esta deve ser buscada não apenas com uma ou duas ações, mas, sim com
múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão mais eficiente –
com o aproveitamento racional dos recursos, a capacitação de magistrados e
servidores e a racionalização de procedimentos; por avanços na
informatização do processo, de acordo com os procedimentos previstos na
Lei 11.419/06; pela reforma processual; e por tantas outras medidas.

Perceba o correto uso da vírgula antes da conjunção “mas” e o


incorreto após a mesma conjunção. Para termos esta vírgula, seria
necessária a colocação de outra logo após o advérbio “sim”.

Correto também está o emprego da vírgula que indica a oração


subordinada adjetiva explicativa “que passam...”. Entre a palavra
“procedimentos” e o ponto e vírgula faltou um travessão para fazer
par com o travessão existente após a palavra “eficiente”. Esse par de
travessões seria responsável por isolar o grupo de fatores que
provocam uma “gestão mais eficiente”.

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Por fim, está correto o uso da vírgula para isolar “a lei” que normatiza
os “avanços na informatização do processo”, assim como estão bem
empregados os pontos e vírgulas que aparecem a seguir.
Pontuação incorreta.

Alternativa E
Esta deve ser buscada, não apenas com uma ou duas ações mas, sim, com
múltiplas iniciativas, que passam pela busca de uma gestão mais eficiente;
com o aproveitamento racional dos recursos; a capacitação de magistrados
e servidores e a racionalização de procedimentos; por avanços na
informatização do processo, de acordo com os procedimentos previstos na
Lei 11.419/06; pela reforma processual e por tantas outras medidas.
A vírgula empregada após a palavra “buscada” está errada, pois, para
seu correto emprego, seria necessária outra vírgula após o
substantivo “ações”. Também falta uma vírgula antes da conjunção
“mas”.
Os pontos e vírgulas colocados antes de “com o aproveitamento” e “a
capacitação” estão errados, pois não representam termos de uma
enumeração. O trecho ”com o aproveitamento racional dos recursos;
a capacitação de magistrados e servidores e a racionalização de
procedimentos” necessita de sinais de pontuação que marquem sua
intercalação.
Está correto o emprego da vírgula após o substantivo “processo”,
assim como do ponto e vírgula depois de “Lei 11.419/06”.
Por fim, o não uso de ponto e vírgula após “processual” está correto.
Pontuação incorreta.
Gabarito: C

Questão 15 – (ESAF) EPPGG – MPOG/2009


(Adaptada)

Têm sido notáveis os avanços no Poder Judiciário, desde a aprovação


da emenda constitucional da sua reforma, em dezembro de 2004,
após longa tramitação. Com a criação de instrumentos como a súmula
vinculante — decisões tomadas no Supremo que valem para
processos de temas comuns nas instâncias inferiores —, com o
princípio da “repercursão geral”, com base no qual o STF define sua
própria agenda, e com a criação de filtros contra recursos repetitivos,
começou a ocorrer o inimaginável: o esvaziamento das prateleiras no
STF e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O volume de recursos nas
Cortes altas, no segundo semestre de 2008, já foi 38% menor que no

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mesmo período de 2007. Em todo esse processo de modernização,
destaca-se o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), criado também pela
reforma, e inicialmente considerado o “controle externo” da
magistratura. O termo criou resistências corporativistas na Justiça,
mas, com o tempo, o Conselho ocupou espaços e hoje é um
organismo muito atuante. Mesmo com uma composição eclética — há
representantes de vários ministérios e da sociedade civil —, o
Conselho é conduzido pelo presidente do STF, e isto o ajuda a se
manter sintonizado com a real agenda de problemas da Justiça. No
início, pensava-se que já seria grande avanço se o CNJ funcionasse
como uma espécie de supercorregedor da Justiça. O Conselho, de
fato, tem sido importante na aplicação de regras chave nos tribunais.
Por exemplo, no combate ao nepotismo, praga que também se abate
sobre a Justiça.
(O Globo, Editorial, 26/7/2009)

Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego dos


sinais de pontuação do texto acima está incorreto.

a) Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir os


travessões em negrito no texto por parênteses.
b) O sinal de dois-pontos em negrito no texto indica que a informação
subsequente é uma explicação do sentido do termo “inimaginável”.
c) A expressão “criado também pela reforma” (sublinhada no texto)
está isolada por vírgulas por se tratar de oração subordinada adjetiva
explicativa reduzida de particípio.
d) A expressão “com o tempo” (sublinhada no texto) está entre
vírgulas por se tratar de aposto explicativo.
e) A expressão “de fato” (sublinhada no texto) vem isolada por
vírgulas pelo mesmo motivo que a expressão “Por exemplo”
(sublinhada no texto) vem seguida de vírgula.

Comentários
Esta questão aborda o assunto pontuação. O enunciado pede que o
aluno examine as alternativas e marque aquela que apresenta erro no
que diz respeito aos comentários referentes ao emprego dos sinais de
pontuação usados no texto.
Vamos ver as alternativas?

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Alternativa A
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir os travessões
em negrito no texto por parênteses.
Note que a expressão ”decisões tomadas no Supremo que valem para
processos de temas comuns nas instâncias inferiores” representa um
aposto explicativo referente à “súmula vinculante”. Conforme
aprendemos, podemos isolar o aposto explicativo tanto por meio de
vírgulas quanto por meio de travessões. Correta, portanto, a
justificativa apresentada nesta alternativa.
Observe, ainda, a presença de uma vírgula após o segundo travessão.
A vírgula foi aí colocada de forma obrigatória para indicar uma
enumeração.
Por último, saliento que a palavra “repercussão” foi escrita no texto
de maneira incorreta.
Justificativa correta.

Alternativa B
O sinal de dois-pontos em negrito no texto indica que a informação
subsequente é uma explicação do sentido do termo “inimaginável”.
Perceba que a informação constante do trecho “o esvaziamento das
prateleiras no STF e no Superior Tribunal de Justiça (STJ)” denota
uma explicação a respeito do que antes fora indicado pelo vocábulo
“inimaginável”. De acordo com o que aprendemos na parte teórica, o
uso do sinal de dois-pontos, nesta alternativa, está corretamente
justificado.
Justificativa correta.

Alternativa C
A expressão “criado também pela reforma” (sublinhada no texto) está
isolada por vírgulas por se tratar de oração subordinada adjetiva explicativa
reduzida de particípio.
Veja que a oração “criado também pela reforma” é uma oração
reduzida de particípio. Além disso, ela traz uma explicação (valor
adjetivo) sobre o termo “Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, ou seja,
é uma oração subordinada adjetiva explicativa. Aprendemos que, para
indicar orações assim, necessitamos de vírgula.
Justificativa correta.

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Alternativa D
A expressão “com o tempo” (sublinhada no texto) está entre vírgulas por se
tratar de aposto explicativo.
Observe que a expressão “com o tempo” representa um adjunto
adverbial deslocado (que necessita de vírgulas), e não um aposto
explicativo (também necessita de vírgulas). Portanto, a justificativa
para o uso das vírgulas está errada.
É importante destacar o emprego facultativo de vírgulas em adjuntos
adverbiais de curta extensão. O problema é que não existe uma
definição homogênea do que seja “pequena extensão”. Para algumas
bancas, pequena extensão engloba apenas uma palavra, mas para
outras não. Por isso, é preciso ficar atento e tentar perceber o que a
banca quer.
De qualquer forma, nas provas discursivas, sugiro a você sempre
colocar vírgulas ao usar adjuntos adverbiais de duas ou mais palavras
deslocados. Se a prova discursiva for da banca CESPE, recomendo
que use vírgulas até mesmo nos adjuntos adverbiais de uma palavra
apenas.
Justificativa incorreta.

Alternativa E
A expressão “de fato” (sublinhada no texto) vem isolada por vírgulas pelo
mesmo motivo que a expressão “Por exemplo” (sublinhada no texto) vem
seguida de vírgula.
Observe que as vírgulas colocadas (em ambas as passagens)
justificam-se por isolar expressões que denotam correção, explicação,
concessão, ratificação, conclusão, etc.
Justificativa correta.
Gabarito: D

É isso aí! Mais uma etapa cumprida.


Eu espero por você na nossa próxima aula.
Bons estudos!

Professora Ludimila

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