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Aula 02

Português p/ TRF 3ª Região - Analista e Técnico Judiciário - Todas as Áreas

Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror

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Curso de Português para TRF 3ªR
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 02

Aula 02: Sintaxe da oração. Pontuação.

SUMÁRIO PÁGINA
1. O que é sintaxe? 1
2. Pontuação com adjunto adverbial “solto” 9
3. Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal 27
4. O comentário do autor: orações intercaladas 34
5. Palavras denotativas 39
6. Questões cumulativas de revisão 43
7. O que devo tomar nota como mais importante? 45
8. Lista das questões apresentadas 46
9. Gabarito 57

Olá, pessoal!

Vamos falar da sintaxe da oração!

O que é sintaxe?

A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração.


Basicamente uma oração deve ter um verbo e este verbo normalmente se
flexiona de acordo com o sujeito (de quem se fala) e relaciona-se com o
predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade.

Veja as frases a seguir para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na
estrutura SVO (sujeito verbo complemento).
1. O candidato realizou a prova.
2. duvidou do gabarito.
3. enviou recursos à banca examinadora.
4. tem certeza de sua aprovação.
5. viajou.
6. estava tranquilo.

sujeito predicado
Toda vez que fazemos uma análise sintática, devemos nos basear no
verbo. A partir dele, reconhecemos os outros termos da oração. Não se quer
aqui que você decore todos os termos da oração, basta entendê-los, pois a
Fundação Carlos Chagas tem uma forma bem própria de cobrar isso em prova.
Veja os verbos elencados nos exemplos. Todos eles estão no singular.
Isso ocorreu porque eles dizem respeito a um termo, que é o sujeito “O
candidato”. Se ele está no singular, é natural que o verbo também esteja. Já

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que o verbo se flexiona de acordo com o sujeito, a gramática dá o nome a isso
de “concordância verbal”. Há um capítulo que trata só deste assunto em
qualquer gramática por aí.
Mas há tanta regra de concordância, será que temos que decorar tudo?
Definitivamente não! Você deve entender quem é o sujeito, qual é o tipo,
para saber flexionar o verbo. Então nada daquela decoreba da concordância
verbal, para esta banca.
Concordância verbal

1. O candidato realizou a prova.


2. duvidou do gabarito.
3. enviou recursos à banca examinadora.
4. tem certeza de sua aprovação.
5. viajou.
6. estava tranquilo.

sujeito predicado
Vimos, simplificadamente, a relação do sujeito com o verbo, chamada de
concordância verbal. Nas aulas posteriores, aprofundaremos nisso.
Agora, vamos trabalhar a relação do verbo dentro do predicado. Nas
frases de 1 a 4, os verbos “realizou”, “duvidou”, “enviou” e “tem” necessitam
dos vocábulos posteriores para terem sentido na oração, por exemplo: realizou
o quê?, duvidou de quê?, enviou o quê? a quem?, tem o quê?
Assim, você vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para
terem sentido. Isso ocorre porque o sentido deve transitar do verbo para o
complemento. Por isso falamos que o verbo é transitivo. Sozinho, não
consegue transmitir todo o sentido, necessitando de um complemento. Dessa
forma, os termos “a prova”, “do gabarito”, “recursos”, “à banca examinadora”
e “certeza” completam o sentido destes verbos.
Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a preposição seria um
obstáculo. Havendo uma preposição, o trânsito é indireto. Retirando-se a
preposição, o trânsito é livre, direto.
Então observe o verbo “realizou”. Ele não exige preposição. Assim, o
termo que vem em seguida é seu complemento verbal direto. Já o
complemento do verbo “duvidou” é indireto, pois o trânsito está dificultado
(indireto) tendo em vista a preposição “de”.
Já que, na frase 1, há complemento verbal direto, o verbo “realizou” é
chamado de transitivo direto (VTD). Na frase 2, como há preposição exigida
pelo verbo “duvidou”, diz-se que este verbo é transitivo indireto (VTI) e seu
complemento é indireto. Na frase 3, há dois complementos exigidos pelo
verbo: um(direto) e outro(indireto).
A gramática dá o nome a todo complemento verbal de objeto, por isso o
complemento verbal direto é o objeto direto (OD) e o complemento verbal
indireto é o objeto indireto(OI).

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Já que entendemos que a transitividade é uma exigência do verbo, pois
necessita de um complemento verbal, a gramática dá o nome a este processo
de “Regência”, pois ele exige, rege o complemento. Se é um verbo que exige,
é natural que a regência seja verbal. Há um capítulo nas gramáticas que
trabalha só isso: Regência Verbal (reconhecimento da transitividade do verbo),
a qual veremos nas próximas aulas. Mas agora cabe apenas entender a
estrutura abaixo. Veja:
Regência Verbal

1. O candidato realizou a prova.


VTD + OD
2. duvidou do gabarito.
VTI + OI
3. enviou recursos à banca examinadora.
VTDI + OD + OI

sujeito predicado
Mas não é só o verbo que pode ser transitivo. Nome também pode ter
transitividade. Nomes como “certeza”, obediência, dúvida, longe, perto, fiel,
etc são chamados de transitivos porque necessitam de um complemento para
terem sentido. Alguém tem certeza de algo, dúvida de algo, obediência a
alguém ou a algo. Alguém mora perto de outra pessoa ou longe dela. Alguém é
fiel a algo ou a alguém.
Estes nomes exigem transitividade, com isso há um complemento, o qual
é chamado de complemento nominal (CN).
Logicamente, há contextos em que o complemento não estará explícito
na frase; por exemplo, se queremos dizer que alguém reside muito distante,
podemos dizer que ele mora longe. Neste caso o nome “longe” deixou de ser
transitivo, não exigiu o complemento nominal, pois este ficou implícito. Por
isso não devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o
complemento não está explícito, não temos de identificá-lo. Falamos que o
nome exige complemento, mas tudo depende do contexto.
Vimos que a regência verbal trata basicamente do complemento do
verbo. Se há um nome que exige complemento, então temos a Regência
Nominal.

Veja a frase 4:
Regência Nominal

4. O candidato tem certeza de sua aprovação.


VTD + OD + CN

sujeito predicado

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Note que o verbo “tem” é transitivo direto e “certeza” é o objeto direto. A
expressão “de sua aprovação” não complementa o verbo, ela complementa o
nome “certeza”: certeza de sua aprovação.
O estudo da Regência Nominal, na realidade, é realizado para
descobrirmos quais preposições iniciam o complemento nominal.
Então atente quanto à diferença da oração 3 (VTDI + OD + OI) para a 4
(VTD + OD + CN).
Agora, vamos à oração 5. Note que o verbo “viajou” não exige nenhum
complemento verbal. Então não há transitividade. Se quisermos uma estrutura
posterior, naturalmente inseriremos uma ou mais circunstâncias. A essas
circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer que o
candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como
viajou, a causa da viagem. Tudo isso são circunstâncias, as quais possuem o
valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas são as circunstâncias básicas, mas
há mais e veremos adiante. Então veja como ficaria:

O candidato viajou para São Paulo ontem confortavelmente a trabalho.

sujeito VI Adj Adv lugar Adj Adv Adj Adv Adj Adv
tempo modo causa

O adjunto adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode


aparecer junto a qualquer verbo. Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderíamos
inserir o adjunto adverbial de tempo “ontem”. Na frase 4, poderíamos inserir o
adjunto adverbial de causa: “devido a seu estudo”.

Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e


sem transitividade (VI). Toda vez que, na oração, ocorrem esses tipos verbais,
dizemos que eles são os núcleos (palavra mais importante) do predicado,
assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte estrutura:
Predicado verbal = VTD + OD
VTI + OI
VTDI + OD + OI
VI

Esse é o esquema básico, e nada impede de haver adjunto adverbial e


complemento nominal em todos eles.

Falta apenas um tipo de verbo: o de ligação.


Veja a frase 6: O candidato estava tranquilo.
O termo “tranquilo” caracteriza o sujeito “O candidato”, por isso se
flexiona de acordo com ele. O verbo “estava” serve para ligar esta
característica ao sujeito, por isso é chamado de verbo de ligação, e o termo
que caracteriza o sujeito é chamado de predicativo.

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O predicativo serve normalmente para caracterizar o sujeito e por isso se
flexiona com ele. Se o sujeito fosse “candidata”, naturalmente o predicativo
seria “tranquila". A essa flexão de um predicativo em relação ao sujeito damos
o nome de Concordância Nominal. Nas gramáticas, há um capítulo só para a
concordância nominal, e a flexão do predicativo em relação ao sujeito é um
dos pontos principais, mas isso veremos em outra aula.
O predicativo sempre será núcleo do predicado, por causa disso seu
predicado é chamado de Predicado Nominal, com a seguinte estrutura:
Predicado Nominal = VL + predicativo
O predicativo não ocorre somente no predicado nominal, ele também
pode fazer parte do predicado verbo-nominal; mas isso é assunto para ser
visto adiante. Por enquanto, é importante entender a seguinte estrutura:

Concordância verbal
Regência verbal
1. O candidato realizou a prova.
VTD + OD
2. duvidou do gabarito.
VTI + OI
3. enviou recursos à banca examinadora. Predicado
VTDI + OD + OI Verbal
Regência nominal
4. tem certeza de sua aprovação.
VTD + OD + CN
5. viajou.
VI
6. estava tranquilo. Predicado
VL + predicativo Nominal

Concordância nominal

sujeito predicado

Pronto, reconhecemos os tipos de verbos, agora fica mais fácil


trabalharmos o sujeito.
O sujeito é um termo da oração do qual se declara alguma coisa, ele
possui um núcleo (palavra de valor substantivo) e geralmente algumas
palavras de valor adjetivo que servem para caracterizá-lo. Veja a oração
abaixo.
As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes.

sujeito Predicado nominal

O verbo de ligação “foram” e o predicativo “excelentes” flexionaram-se


no plural porque o substantivo “viagens” está no plural. Esse substantivo, por
ser a palavra principal dentro do sujeito e não ser antecedido de preposição,

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possui a função sintática de núcleo do sujeito. Ele leva o verbo “foram” a
concordar com ele (concordância verbal) e o predicativo “excelentes” também
(concordância nominal). Além disso, dentro do sujeito, há palavras que servem
para caracterizá-lo: “As”, “primeiras” e “de Joaquim”. Essas palavras têm o
nome de adjunto adnominal, cujo papel é caracterizar o núcleo e se flexionar
de acordo com ele (concordância nominal). Note que, dentro do sujeito,
apenas a expressão “de Joaquim” não sofreu flexão, isso porque é uma
locução; assim a preposição (de) e o sentido impedem essa flexão. Veja as
funções sintáticas:
Concordância nominal

As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes.


Adj Adn Adj Adn núcleo Adj Adn verbo de predicativo
ligação

sujeito Predicado nominal


Com base no que vimos até agora, percebemos a estrutura básica dos
predicados verbal (VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI) e nominal (VL +
predicativo). Portanto, podemos observar que não pode haver vírgula
entre sujeito, verbo e complementos. Observe as orações anteriores. Elas
não possuem vírgula, justamente porque são constituídas de termos básicos
da oração.
Questão 1: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC)
Fragmento do texto: Última das “barreiras naturais”, para usar a expressão
de Marx, à completa realização do capitalismo "24 horas", o sono não pode
ser eliminado. Mas pode ser arruinado e despojado, e existem métodos e
motivações para destruí-lo.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
No segmento Mas pode ser arruinado e despojado, e existem métodos e
motivações para destruí-lo, uma vírgula pode ser acrescentada imediatamente
após "métodos” sem prejuízo da correção e do sentido.
Comentário: O verbo “existem” é intransitivo e o termo “métodos e
motivações” é o sujeito composto. O termo composto de dois núcleos pode ser
separado por vírgula ou pela conjunção “e”, mas não deve ser separado pelos
dois, como sugere a afirmação. Veja as duas possibilidades corretas:
... e existem métodos, motivações para destruí-lo.
... e existem métodos e motivações para destruí-lo.
Assim, a afirmativa está errada.
Gabarito: E

Questão 2: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


... das varandas pendiam colchas, toalhas bordadas e outros adereços.
O segmento grifado exerce na frase acima a função de
(A) sujeito.
(B) objeto direto.
(C) objeto indireto.

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(D) adjunto adverbial.
(E) adjunto adnominal.
Comentário: O termo “colchas, toalhas bordadas e outros adereços” é o
sujeito, o verbo “pendiam” é intransitivo e a expressão “das varandas” é o
adjunto adverbial de lugar.
Gabarito: A

Questão 3: TRT 3ªR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


A frase em que ambos os elementos sublinhados exercem a função de
núcleo do sujeito é:
(A) Os bens dos aristocratas deviam ser considerados patrimônio de quem os
tomou.
(B) Os parisienses revoltados arrebentaram as casas dos nobres.
(C) Os museus, ao contrário do que se imagina, são uma invenção moderna.
(D) Muitos acham que não é justo apagar os vestígios do passado.
(E) Dessa escolha da Assembleia Nacional nasceram os museus.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a locução verbal “deviam ser
considerados” refere-se ao núcleo do sujeito “bens”. O pronome indefinido
“quem” (Isto mesmo, pronome indefinido! Veremos isso na aula de pronomes,
ok?!) é o sujeito do verbo transitivo direto “tomou”, e o pronome “os” é o
objeto direto (alguém tomou os bens).
A alternativa (B) está errada, pois “parisienses” é o núcleo do sujeito em
relação ao verbo “arrebentaram”. Note que tal verbo é transitivo direto e o
objeto direto é o termo “as casas dos nobres”, cujo núcleo é “casas” e os
termos “as” e “dos nobres” são apenas adjuntos adnominais.
A alternativa (C) está errada, pois “museus” é o núcleo do sujeito, e
“invenção” é o núcleo do predicativo. Note o verbo de ligação “são”.
A alternativa (D) está errada, pois “justo” é um adjetivo que cumpre a
função sintática de predicativo. Sabe quem é o seu sujeito? Veremos, na aula
de sintaxe do período composto, que “apagar os vestígios do passado” é
chamado de sujeito oracional, isto é, uma oração subordinada substantiva
subjetiva. Veja que há o verbo de ligação “é”. Assim, confirmamos que “justo”
é, sim, apenas um predicativo do sujeito. Já “vestígios” é o núcleo do objeto
direto.
A alternativa (E) está errada, pois “museus” é o núcleo do sujeito, o
verbo “nasceram”, neste contexto, é transitivo indireto e “Dessa escolha da
Assembleia Nacional” é o objeto indireto. Assim, fica fácil perceber que as
duas palavras grifadas possuem funções diferentes.
Gabarito: A

Questão 4: ManausPrev 2015 Analista (banca FCC)


Considere:
Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a
harmonização...
O segmento sublinhado que exerce, no contexto, a mesma função sintática
que a do sublinhado acima está em:

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(A) Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados...
(B) ... porque cada organismo seu, entre trilhões, é uma maravilha de
miniaturização e automação.
(C) ... podemos agregar inteligência à ocupação...
(D) Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes
(E) ... determinando e regulando fluxos de substâncias e energias.
Comentário: O verbo “mostram” encontra-se flexionado no plural, para
concordar com o sujeito “Análises abrangentes”. Veja que “numerosas
oportunidades” é o objeto direto.
Sabemos que o sujeito é o termo a quem o verbo se refere. Tal termo
tem base num substantivo ou palavra de valor substantivo, não pode ser
preposicionado e não pode ficar separado por vírgula. Assim, já excluímos as
alternativas (A) e (B), pois, na alternativa (A), “guardados” é um adjetivo na
função de adjunto adnominal, o qual caracteriza o núcleo “segredos”. Na
alternativa (B), “entre trilhões” é um adjunto adverbial intercalado por
vírgulas.
A alternativa (C) está errada, pois o sujeito da locução verbal “podemos
agregar” é oculto e subentende o pronome “nós”. O termo “inteligência” é o
objeto direto.
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “existem” é intransitivo e
“condições semelhantes” só pode ser sujeito.
Na alternativa (E), os verbos “determinando” e “regulando” é transitivo
direto e o termo “fluxos de substâncias e energias” é o objeto direto.
Gabarito: D

Cabe agora aprofundarmos um pouco mais na relação dos termos para


entendermos melhor a pontuação. Para isso, vamos ver a aplicação do verbo
intransitivo.
Intransitivo: Verbo que não exige complemento verbal. Veja:
Adoeci.
Fui à praia.
verbo intransitivo adjunto adverbial de lugar
predicado verbal

Na realidade, há dois tipos de verbos intransitivos.

O primeiro diz respeito àquele que não exige nenhum termo que
complemente seu sentido, como “Adoeci.”; “Juvenal morreu.”; “Um vendaval
ocorreu.”. Esses verbos não necessitam de termo que os complete. Esse tipo
de intransitividade mostra que o verbo por si só já transmite o sentido
necessário; podendo o autor acrescentar termos acessórios para transmitir
mais clareza ou ser mais pontual no sentido, por exemplo: “Adoeci por causa
do mau tempo.”; “Juvenal morreu anteontem.” e “Um vendaval ocorreu
aqui.”.

Por outro lado, existe a intransitividade que necessita de um termo que


produza sentido. Se alguém diz que vai, tem que dizer que vai a algum
lugar. Se alguém diz que voltou, tem que continuar a fala mostrando de

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onde voltou. Por isso muita gente confunde esse tipo de intransitividade com a
transitividade indireta; mas há uma diferença muito grande, pois o termo que
completa o sentido deste tipo de intransitividade transmite normalmente
circunstâncias de lugar ou modo. Veja:
Vou a São Paulo. Vim de Manaus. Estou bem.
O objeto indireto apenas completa o sentido do verbo, ele não transmite
valores circunstanciais de lugar ou de modo, sentidos que são demonstrados
nos vocábulos “a São Paulo”, “de Manaus” e “bem”. Quando se quer saber se
há circunstância de lugar ou modo, faz-se a pergunta “Onde?”, “Como?”,
respectivamente. Assim, é importante notarmos os valores dos adjuntos
adverbiais, que são demonstrados em sua maioria no uso das preposições, as
quais serão enfatizadas a seguir. Didaticamente, podemos dividir o adjunto
adverbial em dois tipos:
Adjunto adverbial solto: não há exigência do verbo, apenas foi inserido
para ampliar o sentido. Veja:
O problema ocorreu, naquela tarde de sábado.
Adjunto adverbial preso: o verbo intransitivo o exige. Veja:
Eu estou bem.
Eu estou em São Paulo.
Eu vim de São Paulo.
Caro aluno, esta divisão dos adjuntos adverbiais é apenas didática, não é
cobrada em prova dessa forma, mas entendermos isso é importante para a
pontuação. Veja que não é comum vermos vírgula separando adjuntos
adverbiais presos, como as três últimas frases. Já com o adjunto adverbial
solto, é natural podermos inserir a vírgula.
Pontuação com adjunto adverbial “solto”
É marcante nos adjuntos adverbiais a sua mobilidade posicional, pois
este termo pode movimentar-se para o início, para o meio ou para o fim da
oração. Essa mobilidade é percebida nos termos soltos, os quais não são
exigidos pelo verbo, mas apenas ampliam o contexto com a circunstância. Isso
é notado principalmente nos advérbios de lugar, tempo e modo; nos advérbios
que modificam toda a oração (e não somente um termo); e nas locuções
adverbiais:
Esta locução adverbial de
O custo de vida é bem alto em Brasília. lugar não é exigida pelo
Em Brasília, o custo de vida é bem alto. verbo, por isso se considera
O custo de vida, em Brasília, é bem alto. um termo solto, o qual pode
receber vírgula. Compare
O custo de vida é bem alto, em Brasília. com a seguinte.

Esta locução adverbial de


Prefeitos de várias cidades foram a Brasília. lugar é exigida pelo verbo,
por isso não se considera
A Brasília prefeitos de várias cidades foram. termo solto, ela pode se
mover na oração, mas não
Prefeitos de várias cidades a Brasília foram. recebe vírgula.

Naturalmente, você já percebeu o problema. Esses advérbios referem-


se a toda a oração.
Sim, eu sei.

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Quando a locução adverbial solta (adjunto adverbial) for de grande


extensão e estiver antecipada da oração ou no meio dela, a vírgula será
obrigatória. Se estiver no final, a vírgula será facultativa.
Antes da última rodada, o time já se dizia campeão.
O time, antes da última rodada, já se dizia campeão.
O time já se dizia, antes da última rodada, campeão.
O time já se dizia campeão, antes da última rodada.
O time já se dizia campeão antes da última rodada.

Adjunto adverbial: É o termo que modifica o verbo, o adjetivo ou o


advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância qualquer.

A seguir, listei para você o nome da palavra (morfologia) e a função que


esta palavra desempenha na oração (sintaxe).

morfologia artigo + substantivo verbo advérbio de


intensidade

Os atletas correram muito.


adj adn + núcleo verbo intransitivo adjunto
adverbial de
sintaxe intensidade
sujeito predicado verbal
período simples

morfologia pronome + substantivo verbo + advérbio adjetivo


de intensidade

Seu projeto é muito interessante.


adj adn + núcleo VL + adj adverbial Predicativo do sujeito
de intensidade
sintaxe
sujeito predicado nominal
período simples

morfologia artigo + substantivo verbo + advérbio de advérbio


intensidade

O time jogou muito mal.


adj adn + núcleo VI + adj adverbial adjunto
de intensidade adverbial de
sintaxe modo
sujeito predicado verbal
período simples

Observações:
a) O adjunto adverbial pode ser representado por um advérbio, uma
locução adverbial ou um pronome relativo (que será visto nas próximas aulas).

Deixei o embrulho aqui. (advérbio)


À noite conversaremos. (locução adverbial)
A empresa onde trabalhei faliu. (pronome relativo)

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b) Pode ocorrer elipse da preposição antes de adjuntos adverbiais de
tempo e modo:
Aquela noite, ela não veio. (Naquela noite)
Domingo ela estará aqui. (No domingo)
Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (De ouvidos atentos)

Principais valores das locuções adverbiais, a depender da preposição e


das locuções prepositivas nocionais:

1. assunto:
sobre: conversar sobre política; falar sobre futebol.
quanto a: Não nos expressamos quanto à fatalidade do acidente.
2. causa:
a: morrer à fome; acordar aos gritos das crianças; voltar a pedido
dos amigos.
ante: Ante os protestos, recuou da decisão. (Perceba que não há preposição
“a” após “ante”. Diz-se ante a, ante o, e não *ante à, *ante ao.)
com: assustar-se com o trovão; ficar pobre com a inflação.
de: morrer de fome; tremer de medo; chorar de saudade.
devido a: Encontrou seu futuro, devido a muito esforço.
diante de: Diante de tais ofertas, não pude deixar de comprar.
em consequência de: Em consequência de seu estudo eficaz, passou
em primeiro lugar.
em virtude de: Em virtude de muitas vaias, o show foi interrompido.
em face de: O que o salvou, em face do perigo, foi sua habitual calma.
(em virtude de)
graças a: Graças ao estudo, passou no concurso.
por: encontrar alguém por uma coincidência; foi preso por vadiagem
Esta preposição também pode ser entendida como em favor de: morrer pela
pátria; lutar pela liberdade; falar pelo réu. Assim, não deixa de possuir
valor causal.
3. companhia:
com: ir ao cinema com alguém; regressar com amigos.
4. concessão (contraste, oposição)
apesar de: Foi à praia apesar do temporal.
Obs.: Ocorre quando há uma oposição em relação ao verbo. Não se vai,
normalmente, à praia em dia de temporal.
com: Com mais de 80 anos, ainda tem planos para o futuro.
malgrado: Malgrado a chuva, fomos ao passeio.
5. condição:
Sem: Sem o empréstimo, não construiremos a casa.
6. conformidade:
a: puxar ao pai; escrever ao modo clássico; sair à mãe.
conforme: Agiu conforme a situação.
por: tocar pela partitura; copiar pelo original.

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7. lugar:
a: (destino - em correlação com a preposição de): de Santos a
Guarujá; daqui a Salvador.
Obs.: Usa-se indiferentemente à/na página. Ex.: A notícia está à/na
página 28 do jornal. Usa-se ainda a páginas, mas não as páginas ou às
páginas. Ex.: A notícia está a páginas 28 do jornal.
ante: A verdade está ante nossos olhos;
até: indica o limite, o término de movimento, e, acompanhando
substantivo com artigo (definido ou indefinido), pode vir ou não seguida da
preposição a:
Caminharam até a entrada do estacionamento. ou
Caminharam até à entrada do estacionamento.
de: (relação de origem): vir de Madri.
desde: dormir desde lá até cá.
em: (estático): ficar em casa; o jantar está na mesa.
Observação:
O uso da preposição “em” com verbos ou expressões de
movimento caracteriza coloquialidade (o que deve ser evitado na norma
culta): chegar em casa, ir no supermercado, voltar na escola, levar as
crianças na praia, dar um pulo na farmácia, etc. O correto é: chegar a
casa; ir ao supermercado; voltar à escola; levar as crianças à praia; ir à
farmácia.
defronte: Ela mora defronte à igreja.
em frente a: Em frente à escola estava ele.
entre: os Pireneus estão entre a França e a Espanha; ficar entre os
aprovados.
para: ir para Madri; apontar o dedo para o céu.
perante: (posição em frente); perante o juiz, negou o crime. [Não use
preposição “a” após “perante”: “perante a Deus”, “perante à juíza”. O correto é “perante
Deus”, “perante a juíza”, “perante a menina”(a=artigo)]
por: ir por Bauru, morar por aqui.
sob: (posição inferior): ficar sob o viaduto.
sobre: (posição superior): o avião caiu sobre uma lavoura de arroz;
flutuar sobre as ondas; (direção): ir sobre o adversário.
trás: no português atual, a preposição trás não é usada isoladamente;
atua, sempre, como parte de outras expressões: nas locuções adverbiais “para
trás” e “por trás” (ficar para trás, chegar por trás) e na locução prepositiva
“por trás de” (ficar por trás do muro).
8. modo:
a: bife à milanesa; jogar à Telê Santana.
com: andar com cuidado; tratar com carinho.
de: olhar alguém de frente, ficar de pé.
em: ir em turma, em bando, em pessoa; escrever em francês.
por: proceder à chamada de alunos por ordem alfabética; saber por
alto o que aconteceu.

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sem: indica a relação de ausência ou desacompanhamento: estar sem
dinheiro;
sob: sair sob pretexto não convincente.
9. tempo:
com: (simultaneidade): o povo canta, com os soldados, o Hino
Nacional; com o tempo os frutos amadurecem.
de: dormir de dia, estudar de tarde, perambular de noite; de
pequenino é que se torce o pepino.
desde: desde ontem estou assim.
em: fazer a viagem em quatro horas; o fogo destruiu o edifício em
minutos, no ano 2000.
entre: ela virá entre dez e onze horas.
para: ter água para dois dias apenas; para o ano irei a Salvador; lá
para o final de dezembro viajaremos.
por: estarei lá pelo Natal; viver por muitos anos; brincar só pela
manhã.
sob: houve muito progresso no Brasil sob D. Pedro II.

Muitas vezes, numa locução, a preposição “a” pode ser trocada por
outra, sem que isso acarrete prejuízo de construção ou de significado. Eis
alguns exemplos: à/com exceção de, a/ em meu ver, a/com muito custo, em
frente a/de, rente a/com, à/na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto
a/com/de.
Questão 5: TJ RJ 2012 Analista Judiciário (banca FCC)
A despeito do sucesso, o ganha-pão do escritor seria obtido a partir da
atividade como jornalista, articulista e cronista.
O elemento grifado acima pode ser corretamente substituído, sem alteração
do sentido original, por
(A) Em razão do (B) Conquanto o (C) Em que pese o
(D) Em vista do (E) A partir do
Comentário: A locução prepositiva “A despeito do” tem valor adverbial
concessivo, é o mesmo que “apesar de”. Assim, a expressão “A despeito do
sucesso” é o adjunto adverbial de concessão.
Os conectivos “Em razão do” e “Em vista do” têm valor adverbial causal;
“Conquanto” é uma conjunção subordinativa adverbial concessiva e só pode
iniciar uma oração, e não apenas um adjunto adverbial.
A locução prepositiva “A partir do” normalmente tem valor adverbial
temporal, mas neste contexto tem valor adverbial causal, marcando a origem.
Assim, resta como correta a alternativa (C), pois o conectivo “Em que
pese o” tem valor adverbial concessivo e inicia o adjunto adverbial.
Gabarito: C

Aprofundamos um pouco no verbo intransitivo e percebemos os valores


dos adjuntos adverbiais. Agora, vamos aprofundar um pouquinho mais nos
complementos verbais (OD e OI), mais precisamente, em algumas formas
como aparecem na oração.
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Objeto direto
1) Objeto direto pleonástico: Normalmente, por uma questão de ênfase,
antecipamos o objeto, colocando-o no início da frase, e depois o repetimos
através de um pronome oblíquo átono. A esse objeto repetido damos o nome
de objeto pleonástico ou enfático. É muito comum essa construção no diálogo,
como um meio de o interlocutor retomar a fala do outro, emendando a sua
postura diante do fato:
- O que você acha desta roupa?
- Essa roupa, ninguém a quer.
Esses “rabiscos”, foi o genial pintor que os pintou e vale muito.
Note a vírgula separando esses objetos diretos. Apesar de ser
obrigatória, alguns autores renomados usam esta estrutura sem vírgula.
2) Objeto direto preposicionado: Aquele cuja preposição não é exigência do
verbo, que é transitivo direto, mas ocorre por ênfase, por necessidade do
próprio complemento e para se evitar ambiguidade.
Amo a Deus. (ênfase)
Cumpri com a minha palavra. (ênfase)
Ele puxou da espada. (ênfase)
Aos mais desfavorecidos atingem essas medidas. (para evitar ambiguidade)
Ninguém entende a mim. (é o pronome “mim” que exige a preposição “a”)
Perceba que os verbos amar, caçar, puxar e entender não exigem
preposição: são transitivos diretos.
Perceba, também, que, se a expressão “Aos mais desfavorecidos” não
tivesse a preposição, não haveria erro gramatical, mas ficaríamos na dúvida
sobre quem seria o sujeito, pois as expressões estão no plural e o verbo
também. Assim, o leitor ficaria na dúvida: foram as medidas que atingiram os
desfavorecidos ou foram os desfavorecidos que atingiram as medidas? O
objeto direto preposicionado retira esta dúvida.
3) Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são “me,
te, se, o, a, nos, vos, os, as”:
Quando encontrar seu material, traga-o até mim.
Respeite-me, garoto. Levar-te-ei a São Paulo amanhã.
Atente muito às questões a seguir, pois são típicas da FCC e certas de
caírem na sua prova!!!!
Questão 6: TRE RR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)
O jogador busca o sucesso pessoal ...
A mesma relação sintática entre verbo e complemento, sublinhados acima,
está em:
(A) É indiscutível que no mundo contemporâneo...
(B) ... o futebol tem implicações e significações psicológicas coletivas ...
(C) ... e funciona como escape para as pressões do cotidiano.
(D) A solução para muitos é a reconversão em técnico ...
(E) ... que depende das qualidades pessoais de seus membros.

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Comentário: O verbo “busca” é transitivo direto e “o sucesso pessoal” é o
objeto direto.
Na alternativa (A), o verbo “É” é de ligação e “indiscutível” é o
predicativo do sujeito.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “tem” é transitivo direto. O
sujeito é o termo “o futebol” e o objeto direto é “implicações e significações
psicológicas coletivas”.
Na alternativa (C), o verbo “funciona” é intransitivo e “como escape para
as pressões do cotidiano” é um adjunto adverbial de modo.
Na alternativa (D), o verbo “é” é de ligação e o termo “a reconversão
em técnico” é o predicativo.
Na alternativa (E), o verbo “depende” é transitivo indireto e “das
qualidades pessoais de seus membros” é o objeto indireto.
Gabarito: B

Questão 7: ManausPrev 2015 Técnico (banca FCC)


Encontra-se o mesmo tipo de complemento que o sublinhado no segmento
Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da
Amazônia... em:
(A) Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em
preto e vermelho.
(B) ... que dispunha de diversas peças...
(C) ... ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia...
(D) João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909.
(E) ...a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente”...
Comentário: O verbo “vasculharam” é transitivo direto, seu sujeito é o termo
“Arqueólogos americanos” e resta ao termo “áreas arqueológicas da
Amazônia” a função de objeto direto.
A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “apresentava” é transitivo
direto e o termo “curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho” é o
objeto direto.
Na alternativa (B), o verbo “dispunha” é transitivo indireto e “de
diversas peças” é o objeto indireto.
Na alternativa (C), o verbo “existem” é intransitivo e “regiões ocultas” é
o sujeito.
Na alternativa (D), o verbo “faleceu” é intransitivo e “em 1909” é o
adjunto adverbial de tempo.
Na alternativa (E), o verbo “continua” liga o predicativo “inexistente” ao
sujeito “a cultura miracanguera”. Assim, tal verbo é de ligação.
Gabarito: A

Questão 8: TRT 4ªR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


E havia uma gramática...
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima
está empregado em:

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(A) As pessoas atrapalham.
(B) João só será definitivo...
(C) Estão em toda parte.
(D) E não exigem nada.
(E) Eu sonho com um poema ...
Comentário: Veremos na aula de concordância que o verbo haver, no sentido
de existir, é transitivo direto e não possui sujeito. Assim, o termo “uma
gramática” é o objeto direto. Agora, devemos encontrar, dentre as
alternativas, qual possui objeto direto e seu verbo transitivo direto.
Na alternativa (A), o verbo “atrapalham” é intransitivo. Veja que o
termo “As pessoas” é o sujeito.
Na alternativa (B), há o sujeito “João”, o verbo de ligação “será” e o
predicativo “definitivo”.
Na alternativa (C), o sujeito não está explícito, o verbo “estão” é
intransitivo e “em toda parte” é o adjunto adverbial de lugar.
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “exigem” faz referência a um
sujeito que não está explícito. Tal verbo é transitivo direto e o termo “nada” é
o objeto direto.
Na alternativa (E), há o sujeito “Eu”, o verbo transitivo indireto “sonho”
e o objeto indireto “com um poema”.
Gabarito: D

Questão 9: SEFAZ PE 2014 Auditor Fiscal (banca FCC)


Aqui é que começa a genialidade de Chaplin.
O elemento que desempenha a mesma função sintática desempenhada pelo
segmento grifado na frase acima está grifado em:
(A) Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de
um tabético.
(B) Chaplin eliminou imediatamente a variante.
(C) ... uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de
tentativas erradas.
(D) ... o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito
raras, interessam e agradam a toda a gente.
(E) Carlito é popular no sentido mais alto da palavra.
Comentário: O verbo “começa”, neste contexto, é intransitivo e o termo
sublinhado é o sujeito. Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas,
aquele termo sublinhado na função de sujeito.
A alternativa (A) está errada, pois “certa vez” é o adjunto adverbial de
tempo.
A alternativa (B) está errada, pois “Chaplin” é o sujeito, “eliminou” é
verbo transitivo direto e “a variante” é o objeto direto.
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “procedeu” é transitivo
indireto e se refere ao sujeito “o artista”. É relevante notar que normalmente
o verbo “procedeu” rege a preposição “a”, mas neste contexto o objeto
indireto está precedido da preposição “por”.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “agradam” é transitivo
indireto e o termo “a toda gente” é o objeto indireto.

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A alternativa (E) está errada, pois “Carlito” é o sujeito, o verbo “é” é de
ligação e “popular” é o predicativo.
Gabarito: C

Questão 10: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC)


Fragmento do texto: Há estudos que enfatizam o caráter alienante das
consciências imposto pela lógica capitalista no âmbito da cultura, a difundir
padrões culturais hegemônicos.
... que enfatizam o caráter alienante das consciências...
O verbo que, no contexto, possui o mesmo tipo de complemento do
sublinhado acima está empregado em:
(A) ... haveria tipos diferentes de produtos de massa...
(B) Surgiria uma cultura de massas...
(C) Poucos hoje discordariam de que...
(D) Não que a cultura de massa fosse necessariamente igual...
(E) ... o mundo todo passa pelo "filtro da indústria cultural"...
Comentário: O verbo “enfatizam” está flexionado no plural por fazer
referência ao termo “estudos”. Tal verbo é transitivo direto e o termo “o
caráter alienante das consciências” é o objeto direto, isto é, o seu
complemento verbal. Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, um
verbo com a mesma transitividade e seu objeto direto.
A alternativa (A) é a correta. Veremos na aula de concordância que o
verbo haver, no sentido de existir, é transitivo direto e não tem sujeito. O
termo “tipos diferentes de produtos de massa” é o objeto direto.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “surgiria” é intransitivo e o
termo “uma cultura de massas” é o sujeito.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “discordariam” é transitivo
indireto e o termo seguinte inicia o objeto indireto.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “fosse” é de ligação e “igual”
é o predicativo do sujeito.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “passa”, neste contexto, é
intransitivo e o termo seguinte é o adjunto adverbial de lugar.
Gabarito: A

Questão 11: TRT 19ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam
por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então
percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e
além.
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da frase
acima está em:
(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média.
(C) ... viajavam por cordilheiras...
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador.

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Comentário: O verbo “acompanham” é transitivo direto (alguém acompanha
o quê?). Então, o termo “as fronteiras ocidentais chinesas” é o objeto direto.
Agora, basta achar, numa das alternativas, o mesmo tipo de complemento.
A alternativa (A) está errada, pois o verbo “foi” é de ligação e “uma rota
única” é o predicativo do sujeito.
A alternativa (B) está errada, pois “floresceram” é verbo intransitivo
(algo floresce). O termo “durante os primórdios da Idade Média” é apenas o
adjunto adverbial de tempo.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “viajavam” é intransitivo e o
termo “por cordilheiras” é o adjunto adverbial de lugar (viajavam por onde?).
A alternativa (D) está errada, pois “cair” é verbo transitivo indireto e
“em desuso” é o objeto indireto (cair em quê?).
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “empurra” é transitivo direto
(alguém empurra o quê?). Então, o termo “a manopla do acelerador” é o
objeto direto.
Gabarito: E

Questão 12: TRT 19ªR 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


A Amazônia tem também a maior bacia fluvial do mundo...
Nas frases transcritas abaixo, o verbo que exige o mesmo tipo de
complemento do grifado acima está em:
(A) ... a perda de ambientes naturais é maior numa região...
(B) ... a maior parte está no Brasil...
(C) ... as florestas de várzea sofrem mais com a ocupação humana.
(D) ... que levam direta ou indiretamente à perda de hábitats...
(E) ... que detém 69% da área coberta pela floresta.
Comentário: O verbo “tem” é transitivo direto (alguém tem o quê?). Então,
o termo “a maior bacia fluvial do mundo” é o objeto direto. Agora, basta
achar, numa das alternativas, o mesmo tipo de complemento.
A alternativa (A) está errada, pois o verbo “é” é de ligação e “maior” é o
predicativo do sujeito.
A alternativa (B) está errada, pois “está” é verbo intransitivo (algo está
onde?). O termo “no Brasil” é apenas o adjunto adverbial de lugar.
A alternativa (C) está errada, pois “sofrem” é verbo transitivo indireto e
“com a ocupação humana” é o objeto indireto (sofrem com quê?).
A alternativa (D) está errada, pois “levam” é verbo transitivo indireto e
“à perda de hábitats” é o objeto indireto (levam a quê?).
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “detém” é transitivo direto
(alguém detém o quê?). Então, o termo “69% da área coberta pela floresta”
é o objeto direto.
Gabarito: E

Questão 13: TRE-CE 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


... aquele que maximiza a utilidade de cada hora do dia.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima está
em:

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(A) ... aquela que lhe proporciona a melhor relação entre custos e benefícios.
(B) ... a adoção de uma atitude que nos impede de...
(C) Valéry investigou a realidade dessa questão nas condições da vida
moderna...
(D) Diante de cada opção de utilização do tempo, a pessoa delibera...
(E) ... que ele se presta, portanto, à aplicação do cálculo econômico...
Comentário: O verbo “maximiza” é transitivo direto (alguém maximiza o
quê?). Então, o termo “a utilidade de cada hora do dia” é o objeto direto.
Na alternativa (A), o verbo “proporciona” é transitivo direto e indireto, o
termo “a melhor relação” é o objeto direto e o pronome “lhe” é o objeto
indireto (proporcionar o quê? a quem?). Note que o termo “entre custos e
benefícios” é um adjunto adverbial.
Na alternativa (B), o verbo “impede” é transitivo direto e indireto, o
pronome “nos” é o objeto direto e a preposição “de” inicia o objeto indireto
(impede quem? de quê?).
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “investigou” é transitivo
direto, e o termo “a realidade dessa questão” é o objeto direto (investigou o
quê?). Note que o termo “nas condições da vida moderna” é um adjunto
adverbial.
Na alternativa (D), o verbo “delibera” é intransitivo, pois não há
complemento.
Na alternativa (E), a estrutura verbal “se presta” é transitiva indireta, e
o termo “à aplicação do cálculo econômico” é o objeto indireto. Veremos em
outras aulas que este pronome integra o verbo. O que importa agora é que
este termo preposicionado não é o objeto direto, ok!!!!
Gabarito: C

Questão 14: TJ RJ 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


A frase em que ambos os elementos sublinhados são complementos verbais
é:
(A) Assim vos confesso que entendo de arquitetura, apesar das muitas
opiniões em contrário.
(B) Ninguém se impressiona tanto com um velho porão como este velho
cronista, leitor amigo.
(C) O porão deverá jazer sob os pés da família como jazem os cadáveres
num cemitério.
(D) Que atração exercem sobre o cronista as gravatas manchadas, quando
desce a um porão...
(E) Já não se fazem porões, hoje em dia, já não há qualquer mistério ou
evocação mágica numa casa moderna.
Comentário: Os complementos verbais são o objeto direto ou o objeto
indireto.
A alternativa (A) é a correta, pois o pronome “vos” é o objeto indireto do
verbo transitivo direto e indireto “confesso” (confessar a alguém alguma
coisa); e o termo “de arquitetura” é também objeto indireto, porém do verbo
transitivo indireto “entendo” (entender de alguma coisa).
Na alternativa (B), o pronome “Ninguém” é o sujeito, e o advérbio

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“tanto” é o adjunto adverbial de intensidade.
Na alternativa (C), o termo “sob os pés da família” é o adjunto adverbial
de lugar, e o termo “os cadáveres” é o sujeito do verbo intransitivo “jazem”.
Na alternativa (D), o termo “as gravatas manchadas” é o sujeito do
verbo “exercem”; o termo “a um porão” é o adjunto adverbial de lugar
referente ao verbo “desce”.
Na alternativa (E), o verbo “fazem” e transitivo direto, o pronome “se” é
apassivador, e o termo “porões” é o sujeito paciente (Essa estrutura será
estudada na aula de concordância). O termo grifado “numa casa moderna” é o
adjunto adverbial de lugar.
Gabarito: A

Questão 15: TRT 12ªR 2010 Técnico (banca FCC)


O projeto rendeu frutos.
A mesma relação entre verbo e complemento, ambos grifados acima, se
reproduz na frase:
(A) ... entre 2002 e 2007 o produto interno bruto cresceu a uma taxa de 4%
ao ano.
(B) ... elas respondem, agora, por 28% da economia nacional.
(C) Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades médias.
(D) ... esses municípios obtiveram melhores resultados na preservação de seu
tecido urbano.
(E) ... os investidores depararam com capitais estranguladas ...
Comentário: O verbo “rendeu” é transitivo direto e “frutos” é o objeto direto.
Na alternativa (A), o verbo “cresceu” é intransitivo e “a uma taxa de 4%
ao ano” é o adjunto adverbial de modo. (cresceu como?)
Na alternativa (B), o verbo “responderam” é transitivo indireto e “por
28% da economia nacional” é o objeto indireto.
Na alternativa (C), o verbo “vive” é intransitivo e “em cidades médias” é
adjunto adverbial de lugar. (vive onde?)
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “obtiveram” é transitivo direto
e “melhores resultados” é o objeto direto.
Na alternativa (E), o verbo “depararam” é transitivo indireto e “com
capitais estranguladas” é objeto indireto. É natural esse verbo ser seguido do
pronome “se” (deparar-se com), mas o uso sem pronome também é aceito na
norma culta.
Gabarito: D

Objeto indireto
O objeto indireto pode também ser pleonástico: repetição, por meio de
um pronome oblíquo, do objeto indireto.
Ao amigo, não lhe peça tal coisa.
Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são
“me, te, lhe, nos, vos, lhes”:
Eu obedeci ao meu pai. Eu lhe obedeci.
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Questão 16: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC)
Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão...
O elemento que, no contexto, exerce a mesma função sintática que o grifado
acima está também grifado em:
(A) Ao viajar pelo estado...
(B) O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás...
(C) ... quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê.
(D) ... essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas.
(E) Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra.
Comentário: O verbo “contribui” refere-se ao sujeito “o sequestro do
carbono”. Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, o sujeito. Como
sabemos que o sujeito é um termo não precedido de preposição, já podemos
eliminar as alternativas com termo sublinhado preposicionado, como (A), (D)
e (E).
A alternativa (B) possui o verbo transitivo direto “cobre” e o objeto
direto “o estado de Goiás”.
Veremos na aula de concordância que, quando o verbo transitivo direto
é seguido ou precedido do pronome “se”, este pode ser um pronome
apassivador, fazendo com que o termo sem preposição seja o seu sujeito
paciente. Por enquanto só guarde que esta é a alternativa correta, pois, na
aula de concordância, falaremos muito sobre o pronome apassivador, ok!
Para não ficarmos com dúvida, o termo “pelo estado”, na alternativa
(A), é o adjunto adverbial de lugar. Na alternativa (D), a locução verbal “vem
sofrendo” é transitiva indireta e o termo “com o avanço das monoculturas” é o
objeto indireto. Na alternativa (E), o termo “Para o professor” é chamado de
dativo de opinião, isto é, na opinião do professor. Tal expressão de opinião
será vista na aula de pronomes.
Gabarito: C

Questão 17: SEFAZ PE 2014 Auditor Fiscal (banca FCC)


... toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da
personagem de Carlito...
O verbo empregado com o mesmo tipo de complemento do verbo grifado
acima está em:
(A) Carlito é popular no sentido mais alto da palavra.
(B) ... mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia.
(C) ... ela destruía a unidade física do tipo.
(D) ... artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
(E) A sua originalidade extremou-se.
Comentário: O verbo “colaborou”, neste contexto, é transitivo indireto
(colaborar para alguma coisa) e o termo “para a realização” é o objeto
indireto, isto é, o seu complemento verbal. Assim, devemos encontrar, dentre
as alternativas, um verbo com a mesma transitividade e seu objeto indireto.
A alternativa (A) está errada, pois “é” é verbo de ligação e “popular” é o
predicativo.
A alternativa (B) está errada, pois “ganhou” refere-se a um sujeito que

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não aparece na oração. Tal verbo é transitivo direto e “maior força de emoção
e de poesia” é o objeto direto.
A alternativa (C) está errada, pois “destruía” é verbo transitivo direto e
se refere ao sujeito “ela”. O termo “a unidade física do tipo” é o objeto direto.
A alternativa (D) é a correta, pois “condescendem” é verbo transitivo
indireto e “com o fácil gosto do público” é o objeto indireto.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “extremou” é transitivo
direto. Veremos na aula de concordância que o pronome “se” é apassivador e
o termo “a sua originalidade” é o sujeito paciente.
Gabarito: D

Questão 18: TCE AP 2012 Técnico de Controle Externo (banca FCC)


Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos...
A regência verbal assinalada acima está reproduzida em:
(A) ... mudanças relativamente pequenas nos mercados de alimentos
desencadearam fortes altas nos preços.
(B) ... esses gigantes não importam muitos alimentos.
(C) ... o que torna mais fácil a tarefa ...
(D) Mas eles também impõem custos aos consumidores ...
(E) ... quase dobrar os preços mundiais dos alimentos duas vezes em quatro
anos ...
Comentário: O verbo “proporcionam” é transitivo direto e indireto
(proporcionam a alguém alguma coisa). Então, a expressão “aos agricultores”
é o objeto indireto e “incentivos” é o objeto direto.
Assim, há regência verbal direta e indireta, sendo que o objeto indireto
é iniciado pela preposição “a”. O mesmo tipo de regência é encontrado na
alternativa (D), pois o verbo “impõem” é transitivo direto e indireto (impõem
alguma coisa a alguém), e exige o objeto direto “custos” e o objeto indireto
“aos consumidores”, iniciado pela preposição “a”.
Na alternativa (A), o verbo “desencadearam” é também transitivo direto
e indireto, sendo o termo “fortes altas” o objeto direto e “nos preços” o objeto
indireto. Porém, veja que o verbo do pedido da questão exige preposição “a”,
e este exige preposição “em”. Isso confirma a alternativa (D) como correta.
Uma outra observação: o termo “nos preços” não pode ser confundido
como adjunto adverbial de lugar, pois “preço” não é lugar, concorda?
Na alternativa (B), o verbo “importam” é transitivo direto (importam o
quê?). Assim, o termo “muitos alimentos” é o objeto direto.
Na alternativa (C), o verbo “tornar” é transitivo direto, o termo “a
tarefa” é o objeto direto e “mais fácil” é o predicativo do objeto direto. Temos
aí um predicado verbo-nominal (que será visto a seguir).
Na alternativa (E), o verbo “dobrar” é transitivo direto (dobrar o quê?).
Assim, “os preços mundiais dos alimentos” é o objeto direto. Note que a
expressão “duas vezes em quatro anos” é o adjunto adverbial de tempo.
Gabarito: D

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Adjunto adnominal
Vimos no início da aula que o termo sintático da oração necessita de um
núcleo, constituído de um substantivo ou palavra de valor substantivo. Esse
núcleo pode ser caracterizado, determinado, modificado, especificado por um
termo, chamado de adjunto adnominal. Esse termo pode ser representado por:
1) um artigo: O carro parou.
2) um pronome adjetivo: Encontrei meu relógio.
3) um numeral adjetivo: Recebi a segunda parcela.
4) um adjetivo: Tive ali grandes amigos.
5) uma locução adjetiva: Tenho uma mesa de pedra.

As nossas primeiras experiências científicas fracassaram.


artigo pronome numeral substantivo adjetivo verbo intransitivo
adjuntos adnominais núcleo adj adnominal
sujeito predicado

Predicativo
Também vimos no início da aula o termo predicativo. Esse termo se liga
ao sujeito ou ao objeto, atribuindo-lhes uma qualidade ou estado. É
representado por diferentes classes gramaticais, como adjetivo, substantivo,
numeral e pronome.
A seguir, perceba os pares com predicação nominal e predicação verbal,
respectivamente. Nestes exemplos, note que o grupo à esquerda é
constituído de verbos de ligação mais os predicativos. É fácil perceber o
predicativo, pois basta o sujeito flexionar-se no plural, para que o predicativo
também se flexione, pois este caracteriza aquele. Já no grupo da direita, há
predicação verbal. Os vocábulos que vêm após os verbos não se flexionam
por causa do sujeito, pois são complementos verbais ou adjuntos adverbiais:

O candidato está tranquilo. O candidato está na sala.


Os candidatos estão tranquilos. Os candidatos estão na sala.
Bom filho torna-se bom pai. Bom filho torna a casa.
Bons filhos tornam-se bons pais. Bons filhos tornam a casa.
A aula permanece difícil. A aula permanecerá no feriado.
As aulas permanecem difíceis. As aulas permanecerão no feriado.
Ela ficou triste. Ela ficou na praia.
Elas ficaram tristes. Elas ficaram na praia.
O paciente acha-se acamado. O estudante achou o local de prova.
Os pacientes acham-se acamados. Os estudantes acharam o local de prova.

Predicados nominais Predicados verbais

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Aqui cabe observarmos os tipos de predicativo e também inserirmos um
outro tipo de predicado: o predicado verbo-nominal. Isso é importante porque
o predicativo só pode fazer parte de dois tipos de predicado: do predicado
nominal ou do predicado verbo-nominal, que será explicado a seguir.
I - Predicativo do sujeito (pode ocorrer num predicado nominal ou verbo-
nominal). A estrutura do predicado nominal é: verbo de ligação mais
predicativo. Assim,
Ele continua enfermo.
Eu sou feliz.
Minha vida é maravilhosa.
sujeito Verbo de ligação predicativo do sujeito
predicado nominal

A estrutura do predicado verbo-nominal é: verbo transitivo direto ou


transitivo indireto mais objeto direto ou objeto indireto, além do predicativo.
Este predicativo é constituído de adjetivo restritivo, que acumula característica
transitória, pois depende da ação verbal para produzir o sentido desejado.
Veja:
Ela confirmou temerosa o crime.
sujeito VTD predicativo do objeto direto
sujeito
predicado verbo-nominal

Durante ou após o ato de confirmar, ela ficou temerosa. Esse predicativo


é a característica transitória do sujeito. (O valor transitório será explicado
adiante.)
Esta característica pode se deslocar na oração, desde que se separe por
vírgula para não se confundir com o adjunto adnominal:
Ela, temerosa, confirmou o crime.
Temerosa, ela confirmou o crime.
Ela confirmou o crime temerosa.
Sabendo-se que o adjunto adnominal é o termo adjetivo de valor
restritivo que está junto ao núcleo, note que a vírgula foi necessária nos dois
primeiros exemplos para não se confundir predicativo com adjunto adnominal,
pois o adjetivo “temerosa” está próximo ao núcleo do sujeito “ela”. No último
exemplo, a vírgula não foi usada justamente porque não se confunde o
predicativo do sujeito com o adjunto adnominal, haja vista que o adjetivo
“temerosa” está distante do núcleo do sujeito.

II - Predicativo do objeto direto (só pode ocorrer no predicado verbo-


nominal)
Carlos deixou Ana zangada.
sujeito VTD OD predicativo do OD
predicado verbo-nominal

Da mesma forma, a característica “zangada” ocorre após o ato de deixar.


Por isso é transitória.

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III - Predicativo do objeto indireto (só pode ocorrer no predicado verbo-
nominal)
Gosto de meu filho sempre limpo
VTI OI adjunto predicativo
adverbial do OI
de tempo
predicado verbo-nominal

Note que o predicativo pode ser introduzido por preposição:


Chamei-o de louco.
Questão 19: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta.
... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão.
Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a função
de
(A) adjunto adverbial.
(B) objeto direto.
(C) complemento nominal.
(D) predicativo.
(E) objeto indireto.
Comentário: Os termos “Este conceito” e “a sua contribuição maior” são os
sujeitos; “é” e “foi” são verbos de ligação; e os termos “relativo” e “a
liberdade de criação e expressão” são os predicativos.
Gabarito: D

Questão 20: TRT 4ªR 2015 Analista Judiciário (banca FCC)


Em nenhum momento da história a sociedade, como um todo, conseguiu
sustentar facilmente os custos exorbitantes da ópera.
Na frase acima, a locução verbal está empregada com regência idêntica à
presente em:
(A) O crítico elegeu o jovem cantor o maior artista da temporada.
(B) Apresentou-nos currículo repleto de menções honrosas.
(C) Sem falsa modéstia, recebeu a ovação com elegância e alegria.
(D) Tentou cantar de modo condizente com as recomendações do maestro.
(E) Jamais se afastou daquele velho conselho do pai.
Comentário: A locução verbal “conseguiu sustentar” é transitiva direta. Seu
sujeito é o termo “a sociedade” e “os custos exorbitantes da ópera” é o objeto
direto. Assim, devemos encontrar uma regência igual, isto é, um verbo
transitivo direto e seu objeto direto.
Na alternativa (A), o verbo “elegeu” é transitivo direto, e o termo “o
jovem cantor” é o objeto direto. Note que o termo “o maior artista da
temporada” é o predicativo do objeto direto, pois este termo qualifica o
“cantor”. Assim, temos um predicado verbo-nominal. Em princípio, esta seria
a alternativa correta, tendo em vista que há verbo transitivo direto, assim
como na frase do pedido da questão. Mas devemos observar as demais
alternativas.
Na alternativa (B), o verbo “Apresentou” é transitivo direto e indireto, o
pronome “nos” é o objeto indireto e “currículo” é o núcleo do objeto direto.

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Na alternativa (C), o verbo também é transitivo direto. Ele tem como
objeto direto o termo “a ovação”. E agora? Qual é a alternativa correta? (A)
ou (C)?
Veja que a questão pediu a mesma regência. A regência se refere tão
somente à transitividade do verbo, mas devemos observar que, na alternativa
(A), se o predicativo do objeto não fosse apresentado, certamente o verbo
“elegeu” perderia o sentido. É necessária a característica eleita para a oração
ficar coerente. Assim, devemos considerar que esse verbo transitivo direto
não tem literalmente a mesma regência que o desta alternativa. Para reforçar,
veja que, no pedido da questão, o verbo “sustentar” é transitivo direto,
“facilmente” é adjunto adverbial de modo e “os custos exorbitantes da ópera”
é o objeto direto. Nesta alternativa, ocorrem os mesmos termos: “recebeu” é
verbo transitivo direto, “a ovação” é objeto direto e “com elegância e alegria”
é adjunto adverbial de modo.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
Na alternativa (D), o verbo “cantar” é intransitivo e “de modo
condizente” é o adjunto adverbial de modo.
Na alternativa (E), o verbo “afastou” é transitivo indireto, o pronome
“se” é o índice de indeterminação do sujeito e “daquele velho conselho do pai”
é o objeto indireto.
Gabarito: C
Complemento nominal
A transitividade não é privilégio dos verbos: há também nomes
(substantivos, adjetivos e advérbios) transitivos. Isso significa que
determinados substantivos, adjetivos e advérbios se fazem acompanhar de
complementos. Esses complementos são chamados complementos nominais e
são sempre introduzidos por preposição:
1) complemento nominal de um substantivo:
Você fez uma boa leitura do texto.
sujeito VTD objeto direto complemento nominal
Predicado verbal

Note que o substantivo “leitura” é o nome da ação de “ler”. Como é


natural o verbo ser transitivo, o substantivo também fica transitivo.
Observe:
Você leu o texto.
sujeito VTD objeto
direto
Predicado verbal

Compare: Júlia aproveitou o momento. (objeto direto)


Júlia tirou proveito do momento. (complemento nominal)
2) complemento nominal de um adjetivo:

Você precisa ser fiel aos seus ideais.


sujeito locução verbal adjetivo na complemento nominal
de ligação função de
predicativo
Predicado nominal

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Quem é fiel é fiel a alguma coisa. Assim, o adjetivo “fiel” é transitivo, ou seja,
necessita de complemento.

3) Complemento nominal de advérbio:


Você mora perto de Maria.
sujeito verbo intransitivo advérbio na função de complemento
adjunto adverbial de lugar nominal
Predicado verbal

Note que o advérbio “perto” necessita de um complemento: perto de


algo ou de alguém. Podemos dizer que o complemento nominal é mais uma
função substantiva da oração: nos casos citados anteriormente, o núcleo dos
complementos é um substantivo (texto, ideais, Maria). Pronomes e numerais
substantivos, assim como qualquer palavra substantivada, podem
desempenhar essa função. Observe o pronome “lhe” atuando como
complemento nominal na oração seguinte:
Não posso ser-lhe fiel: já empenhei minha palavra com outra pessoa.
(fiel a alguém)

Observe que o complemento nominal não se relaciona diretamente com


o verbo da oração, e sim com um nome que pode desempenhar as mais
diversas funções.
A realização do projeto é necessária à população carente.
Adj. núcleo complemento VL predicativo do complemento nominal
Adn nominal sujeito
sujeito predicado nominal

Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal


O adjunto adnominal formado por uma locução adjetiva pode ser
confundido com o complemento nominal. Normalmente não haverá dúvida,
pois, segundo o que foi visto, o adjunto adnominal é constituído de vocábulo
de valor restritivo que caracteriza o núcleo do termo de que faz parte. Já o
complemento nominal é termo que completa o sentido de um nome. Há dúvida
quando os dois termos são preposicionados. Por exemplo:
A leitura do livro é instigante.
A leitura do aluno foi boa.
Para percebermos a diferença, é importante passarmos por três critérios:
1º critério:
Adjunto adnominal: Complemento nominal:
O termo preposicionado caracteriza o O termo preposicionado complementa
substantivo. um substantivo, adjetivo ou advérbio.
Assim, em orações como “Estava cheio de problemas.”, “Moro perto de
você.”, logo no primeiro critério já saberíamos que “de problemas” e “de você”
são complementos nominais, pois completam o sentido do adjetivo “cheio” e
do advérbio “perto”, respectivamente.
2º critério:
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O substantivo caracterizado pode ser O substantivo complementado deve ser
concreto ou abstrato. abstrato.

Sabendo-se que um substantivo abstrato normalmente é o nome de


uma ação (corrida, pesca) ou de uma característica (tristeza, igualdade) e que
o substantivo concreto é o nome de um ser independente, que conseguimos
visualizar, pegar (casa, copo). Nas orações “Trouxe copos de vidro.” e “Vi a
casa de pedra.”, os termos “de vidro” e “de pedra” são adjuntos adnominais,
pois caracterizam os substantivos concretos “copos” e “casa”,
respectivamente.
3º critério:
O termo preposicionado é agente. O termo preposicionado é paciente.

Este último normalmente é o cobrado em prova. Se os termos abaixo


sublinhados são agentes, automaticamente serão os adjuntos adnominais. Se
pacientes, serão complementos nominais. Veja:
Adjuntos adnominais:
O amor de mãe é especial. (agente: a mãe ama)
A invenção do cientista mudou o mundo. (agente: o cientista inventou)
A leitura do aluno foi boa. (agente: o aluno leu)
Complementos nominais:
O amor à mãe também é especial. (paciente: a mãe é amada)
A invenção do rádio mudou o mundo. (paciente: o rádio foi inventado)
A leitura do livro é instigante. (paciente: o livro é lido)
Questão 21: TRT 4ªR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)
... ou seja, como fornecedora de alimentos para o mercado interno.
A relação estabelecida entre os termos constantes do segmento sublinhado
acima está reproduzida no segmento, também sublinhado, em:
(A) Os altos preços do café no mercado externo ...
(B) Nas cidades do Sul ...
(C) ... e a exposição de um certo verniz social ...
(D) ... implicavam em moldar as mulheres de uma determinada classe.
(E) Nas imagens dos jornais das cidades do Sul ...
Comentário: A relação estabelecida entre os termos sublinhados no pedido
da questão é de regência nominal, haja vista que o substantivo abstrato
“fornecedora” rege a preposição “de” e seu respectivo complemento nominal
“de alimentos”. Veja que, inclusive, conseguimos perceber o valor paciente do
termo preposicionado, conforme vimos no critério 3, sobre a diferença entre
adjunto adnominal e complemento nominal.
O mesmo ocorre na alternativa (C), em que o substantivo abstrato
“exposição” rege a preposição “de” e seu respectivo complemento nominal “de
um certo verniz social”. Veja que também conseguimos perceber o valor
paciente do termo preposicionado, conforme vimos no critério 3, sobre a
diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal.
Na alternativa (A), “preços” é o núcleo e “do café” é o adjunto
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adnominal. Note que esse termo preposicionado não possui valor paciente, ele
apenas caracteriza o substantivo “café”.
Na alternativa (B), “cidades” é o núcleo e “do Sul” é o adjunto
adnominal. Note que esse termo preposicionado não possui valor paciente, ele
apenas caracteriza o substantivo “cidades”.
Na alternativa (D), “mulheres” é o núcleo e “de uma determinada
classe” é o adjunto adnominal. Note que esse termo preposicionado não
possui valor paciente, ele apenas caracteriza o substantivo “mulheres”.
Na alternativa (E), “imagens” é o núcleo e “dos jornais” é o adjunto
adnominal. Note que esse termo preposicionado não possui valor paciente, ele
apenas caracteriza o substantivo “imagens”.
Gabarito: C

Questão 22: SEFAZ RJ 2014 Auditor Fiscal (banca FCC)


Fragmento do texto: Malgrado a guerra com a Espanha, as relações
comerciais de Portugal com as Províncias Unidas contavam com a
cumplicidade de autoridades e de homens de negócio lusitanos e com o
contrabando capitaneado por testas de ferro estabelecidos em Lisboa, no
Porto e em Viana, com o que se atenuaram os efeitos das medidas restritivas
decretadas pela corte de Madri.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Em contavam com a cumplicidade de autoridades e de homens de negócio
lusitanos e com o contrabando capitaneado por testas de ferro, a sintaxe
mostra que, embora sejam citados três distintos grupos de colaboração,
somente dois segmentos constituem complemento do verbo.
Comentário: O verbo “contavam” é transitivo indireto e rege a preposição
“com”. O objeto indireto composto é “com a cumplicidade de autoridades e de
homens de negócio lusitanos e com o contrabando capitaneado por testas de
ferro estabelecidos em Lisboa”, cujos núcleos são “cumplicidade” e
“contrabando”. A expressão “de autoridades e de homens de negócio
lusitanos” é o adjunto adnominal composto, o qual se refere ao primeiro
núcleo: “cumplicidade”. Confirme:
de autoridades
com a cumplicidade e
de homens de negócio lusitanos
... contavam e
com o contrabando capitaneado por testas de ferro...
Gabarito: E

Questão 23: TRE – RN 2011 – Técnico Judiciário (banca FCC)


O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a atividade econômica para a
pecuária.
O mesmo tipo de regência nominal que se observa acima ocorre no segmento
também grifado em:

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(A) O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas − com belas praias,
falésias, dunas e o maior cajueiro do mundo...
(B) Os 410 quilômetros de praias garantem um lugar especial para o turismo
na economia estadual.
(C) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação
do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal.
(D) Em Caicó há vários açudes e formações rochosas naturais que desafiam a
imaginação do homem.
(E) Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo desvenda toda a beleza do
sertão potiguar ...
Comentário: Primeiro, é bom lembrar o que é a regência nominal: é o
substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio que exigem um complemento
nominal.
Podemos normalmente fazer uma associação com a regência verbal, em
que um verbo exige o complemento verbal. Vou inventar um exemplo!!!
A expressão “leitura do livro” possui o termo paciente “do livro” por ser
complemento nominal do substantivo abstrato “leitura”. Veja:
ler o livro leitura do livro
VTD + OD (termo paciente) nome + CN (termo paciente)
(regência verbal) (regência nominal)

Agora, compare com a estrutura “leitura do aluno”.


O termo “do aluno” é apenas o adjunto adnominal, pois é um termo
agente. Veja:
O aluno lê leitura do aluno
sujeito + VTD nome + adjunto adnominal
(termo agente) (termo agente)

Vale lembrar que, quando há adjetivo ou advérbio, não há necessidade


de verificação se o termo preposicionado é agente ou paciente, pois não pode
haver adjunto adnominal dessas palavras.
Agora, vamos à questão:
No segmento “favorável ao cultivo da cana”, há dois complementos
nominais: o adjetivo “favorável” exigiu o complemento nominal “ao cultivo”, e
o substantivo abstrato “cultivo” exigiu o complemento nominal “da cana”. Veja
que o substantivo abstrato é gerado do verbo “cultivar” (cultivar a cana).
Como “a cana” é o complemento verbal de “cultivar”, na transformação desse
verbo em substantivo abstrato, esse complemento passa a ser nominal:
cultivo da cana.
Veja:
cultivar a cana cultivo da cana
VTD + OD (termo paciente) nome + CN (termo paciente)
(regência verbal) (regência nominal)

A alternativa (C) é a correta, pois a expressão “fundação do Forte dos


Reis Magos e da Vila de Natal” possui o termo paciente “do Forte dos Reis
Magos e da Vila de Natal” por ser complemento nominal do substantivo
abstrato “fundação”. Veja:

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fundar Forte dos Reis Magos e a Vila de Natal (regência verbal)
VTD + objeto direto (termo paciente)

fundação Forte dos Reis Magos e a Vila de Natal (regência nominal)


nome + complemento nominal (termo paciente)

Na alternativa (A), o substantivo “Polo” está sendo determinado pelo


aposto especificativo “Costa das Dunas”. Este aposto é utilizado para dar
nome às coisas. Assim, não há regência nominal.
Na alternativa (B), o termo “de praias” é o adjunto adnominal do
substantivo “quilômetros”, pois o restringe. Assim, também não há regência
nominal.
Na alternativa (D), o termo “do homem” é o adjunto adnominal do
substantivo “imagem”, pois o restringe. Assim, também não há regência
nominal.
Na alternativa (E), o termo “do sertão potiguar” é o adjunto adnominal
do substantivo “beleza”, pois o restringe. Assim, também não há regência
nominal.
Gabarito: C

Questão 24: TRT 4ªR 2015 Analista Judiciário (banca FCC)


A frase em que o segmento destacado expressa uma circunstância restritiva
é:
(A) Nesse sentido, é muito óbvio que ela não seja realística. [...]
(B) Além disso, é quase sempre bastante cara de se encenar e de se assistir.
(C) Em nenhum momento da história a sociedade, como um todo, conseguiu
sustentar facilmente os custos exorbitantes da ópera.
(D) Essas perguntas são mais sobre a ópera tal como ela é hoje em dia [...]
(E) Nosso objetivo é lidar com uma forma de arte cujas obras mais populares
e duradouras foram quase sempre escritas num distante passado
europeu.
Comentário: A circunstância é típica de um adjunto adverbial. Há, dentre os
vários tipos de adjuntos adverbiais, o chamado adjunto adverbial de
enquadramento semântico.
É lógico que você não precisaria saber disso para resolver a questão,
mas foi nisso que a banca se embasou para cobrar o conteúdo da questão.
O enquadramento semântico transmite a ideia de uma situação
específica, restringindo-a em relação a outras. Normalmente, usamos o
enquadramento com as expressões “Em relação a”, “Quanto a”, tendo em
vista que elas restringem o assunto a um campo específico. Isso se nota
também nesta questão, por meio da expressão “nesse sentido”, isto é, houve
uma restrição a um sentido, a um campo, a uma situação particular. Assim, a
alternativa (A) é a correta.
Note que houve a restrição explicada acima por meio de um adjunto
adverbial (“Nesse sentido”), o qual está separado por vírgula. Isso explica por
que a questão pediu que marcássemos a circunstância (adjunto adverbial) que
transmite restrição (enquadramento semântico).
A alternativa (B) está errada, pois o termo “Além disso” é entendido
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como uma expressão denotativa de adição.
A alternativa (C) está errada, pois o adjunto adverbial “Em nenhum
momento da história” transmite a circunstância de tempo.
As alternativas (D) e (E) estão erradas, pois “Essas perguntas” e “Nosso
objetivo” não transmitem circunstância, por serem sujeitos de suas orações. A
circunstância é transmitida por um adjunto adverbial.
Gabarito: A

Agente da passiva: Este termo será explorado na aula de concordância.


Cabe aqui apenas entender que ele é quem pratica a ação verbal quando o
verbo está na voz passiva analítica; é introduzido pelas preposições por (e
suas contrações) ou, mais raramente, de:
A grama foi aparada pelo jardineiro. (voz passiva)
O jardineiro aparou a grama. (voz ativa)

Vocativo: O nome vocativo nos faz pensar em várias palavras ligadas à


ideia de “chamar”, “atrair a atenção”: evocar, convocar, evocação, vocação.
Vocativo é justamente o nome do termo sintático que serve para nomear um
interlocutor a que se dirige a palavra. É um termo independente: não faz parte
do sujeito nem do predicado, de valor exclamativo, muitas vezes confundido
com o aposto, pois exige vírgulas. Pode aparecer em posições variadas na
frase.
Márcia, pegue o seu exemplar.
Veja, menina, aquela árvore.
Estamos aqui, papai.
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam
o interlocutor a que se está dirigindo a palavra.

Aposto: Funciona na oração como uma ampliação, explicação,


desenvolvimento ou resumo da ideia do termo anterior:
Este país, o Brasil, tem procurado desenvolver políticas econômicas
aliando produção e sustentabilidade.
Nessa oração, “Este país” é o sujeito, e “o Brasil” é aposto desse sujeito,
pois explica o conteúdo do termo a que se refere.
O aposto pode ser classificado em:
I – explicativo: muito cobrado nas provas da FCC quanto à pontuação,
pois pode ser separado por vírgulas, dois-pontos, travessões e até por
parênteses. Ele também pode vir antecipado de palavras denotativas de
explicação do tipo: a saber, isto é, quer dizer etc.
Raquel, contadora da empresa, está viajando.
Só queria algo: apoio.
Um trabalho – tua monografia – foi premiado.
A ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) foi criada em 1999.

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II - enumerativo ou distributivo: é uma sequência de elementos, a qual
chamamos de enumeração, usada para desenvolver uma ideia anterior. É
separado por dois-pontos, e cada um dos elementos enumerados é separado
por vírgula. Se houver apenas dois elementos enumerados, eles podem ser
separados também pela conjunção “e”. Veja:
Ganhei dois presentes: um tênis e uma camisa.
As reivindicações dos funcionários incluíam muitas coisas: melhor
salário, melhores condições de trabalho, assistência médica
extensiva a familiares.
III - resumitivo ou recapitulativo: é usado para condensar a ideia de
termos anteriores, geralmente, por meio de um pronome indefinido.
“Grana, poder, sucesso, nada sobrevive à marcha inexorável do tempo.”
O sujeito composto “Grana, poder, sucesso” é resumido pelo pronome
indefinido nada, por isso o verbo concorda com o aposto e se flexiona no
singular. Note que este tipo de aposto é separado por vírgula do termo
anterior.
IV - especificativo ou apelativo: indica o nome de alguém ou de algo dito
anteriormente. Note que não é separado por sinais de pontuação.
O compositor Chico Buarque é também um excelente escritor.
O estado é cortado pelo rio São Francisco.
Observação: O aposto também pode se referir a uma oração:
Esforcei-me bastante, o que causou muita alegria em todos.
Palavras como o, coisa, fato etc. podem referir-se a toda uma oração. Nestes
casos, obrigatoriamente haverá separação por vírgula.
Questão 25: TRT 16ªR 2009 Técnico (banca FCC)
... eles acabam falando de um dos mais atuais e globalizados temas: a
devastação das matas.
O emprego dos dois-pontos assinala, no contexto,
(A) reforço no sentido da afirmativa anterior.
(B) introdução de comentário repetitivo.
(C) especificação da expressão anterior a eles.
(D) transcrição exata da fala dos especialistas.
(E) segmento que apresenta sequência de fatos.
Comentário: Esta é uma questão típica desta banca. Os dois-pontos estão
sinalizando que na sequência virá um elemento explicativo (“a devastação das
matas”), chamado aposto explicativo. Perceba que a banca não inseriu nas
alternativas a palavra “explicação ou explicativo”. Mas basta entender que o
elemento explicativo reforça, ratifica, corrobora, especifica um dado expresso
anteriormente (“um dos mais atuais e globalizados temas”); por isso a
alternativa C é a correta.
Gabarito: C

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Questão 26: TRT 3ªR 2009 Analista (banca FCC)
Fragmento do texto: A consciência de pertencer a determinada comunidade
camponesa, ou família tradicional e poderosa, ou confraria, ou cidade, ficou
esmagada pelo conceito de cidadania que homogeneíza todos os indivíduos.
Novos recortes surgiram –partido político, condição econômica, seita religiosa
etc. – mas tão maleáveis e mutáveis que não substituíram todas as funções
sociais e psicológicas do velho sentimento grupal.
− partido político, condição econômica, seita religiosa etc. −
O segmento isolado pelos travessões denota, no texto,
(A) ressalva importante, de sentido explicativo, ao desenvolvimento anterior.
(B) transcrição exata de informações obtidas em outros autores.
(C) redundância intencional, para valorizar a descaracterização grupal.
(D) enumeração esclarecedora de uma expressão anterior.
(E) realce de uma ideia central, com a pausa maior inserida no contexto.
Comentário: Como vimos, o aposto explicativo pode ser separado por
travessões, vírgulas e parênteses. Neste caso, ele possui mais de um núcleo,
assim pode ser considerado também um aposto enumerativo, que tem a
função de explicar (esclarecer) termo anterior (“recortes”). Por isso, a
alternativa (D) é a correta.
A alternativa (A) está errada porque “ressalva” significa contraste,
oposição.
A alternativa (B) está errada, pois não há transcrição exata de
informações.
A alternativa (C) está errada, pois não há redundância (repetição viciosa
de ideias).
A alternativa (E) está errada, porque não há intenção de realçar, mas de
explicar.
Gabarito: D

O termo explicativo não é expresso apenas pelo aposto explicativo. Veja


outras possibilidades!!!
O comentário do autor: orações intercaladas:
Também são estruturas explicativas as orações intercaladas. São
inserções feitas pelo autor, com desprendimento sintático, por isso podem ser
separadas por vírgula, travessão ou parênteses. Essa estrutura é também
chamada de expressão parentética ou comentário do autor e transmite, além
do valor explicativo, outros valores semânticos:
a) abertura de citação: a expressão abre a palavra para os dizeres de
alguém:
Dê-me água, pediu-me o rapaz.
Quem é ele? – interrompeu a jovem.
As estruturas acima são apenas variações do discurso direto padrão.
Veja:
O rapaz me pediu:
– Dê-me água.

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A pontuação pode ainda sofrer mais alterações:
Dê-me, o rapaz me pediu, água.
Dê-me – o rapaz me pediu – água.
b) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário:
Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um
dos meus melhores amigos.
c) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar:
D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a
brincadeira da garotada.
“Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas
doces.” (Machado de Assis)
d) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom
ou mau:
José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da classe.
“É bem feiozinho, benza-o Deus, o tal teu amigo!” (Aluísio Azevedo)
e) escusa: o falante se desculpa:
“Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por
que fenômenos de ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa
frase bárbara) murmurei comigo...” (Machado de Assis)
f) permissão: o falante solicita algo:
Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu
espírito era naquela ocasião uma espécie de peteca.” (Machado de Assis)
g) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um
enunciado:
“Daqui a um crime distava apenas um breve espaço e ela transpôs, ao
que parece.” (Alexandre Herculano)
Ele, que eu saiba, nunca veio aqui.
“Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo
repreendeu severamente aos fariseus.” (Camilo Castelo Branco)
Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito.
h) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado:
“– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos
outros homens.” (Machado de Assis)
“Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório)
“Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner Andressen)
Por estar em final de período, é antecedida de dois-pontos, mas também
pode receber vírgula ou travessão:
“Sua metodologia é simples – por meio de conversas frequentes com a
família, o voluntário receita cuidados básicos para evitar que a criança morra

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por falta de conhecimento, como os hábitos de higiene, a administração do
soro caseiro e a adoção da farinha de multimistura...” (Jornal do Commercio 2010)
Questão 27: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC)
Fragmento do texto: Pesquisas recentes mostram que cresce
exponencialmente o número de pessoas que acordam uma ou mais vezes
durante a noite para verificar mensagens ou informações. Uma figura de
linguagem recorrente e aparentemente inócua é o sleep mode [modo de
hibernação], inspirada nas máquinas. A ideia de um aparelho em modo de
consumo reduzido e de prontidão transforma o sentido mais amplo do sono
em mera condição adiada ou diminuída de operacionalidade.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O segmento e aparentemente inócua pode ser isolado por vírgulas, sem
prejuízo da correção.
Comentário: No texto original, há o sujeito “Uma figura de linguagem
recorrente e aparentemente inócua”, cujo núcleo é o substantivo “figura”, o
qual possui o adjunto adnominal composto “recorrente” e “inócua”, ambos
ligados pela conjunção “e”. Note que o termo “aparentemente” é um adjunto
adverbial de modo, o qual modifica o adjetivo “inócua”. Naturalmente,
percebemos que o adjunto adnominal não deve ser separado por vírgula,
assim como bem ocorreu no texto original.
Na realidade, a banca apenas queria que o candidato percebesse a
possibilidade de transformação da segunda parte do adjunto adnominal em
um comentário à parte do autor, expressão parentética. Assim, poderia ser
separada por dupla vírgula, duplo travessão ou parênteses. Compare:
Uma figura de linguagem recorrente e aparentemente inócua é o sleep mode
[modo de hibernação], inspirada nas máquinas.
Uma figura de linguagem recorrente, e aparentemente inócua, é o sleep mode
[modo de hibernação], inspirada nas máquinas.
Uma figura de linguagem recorrente e aparentemente inócua é o sleep
mode [modo de hibernação], inspirada nas máquinas.
Uma figura de linguagem recorrente (e aparentemente inócua) é o sleep
mode [modo de hibernação], inspirada nas máquinas.
Assim, a afirmativa está correta.
Gabarito: C

Questão 28: BB 2011 Escriturário (banca FCC)


Fragmento do texto: Embora não queira apresentar receitas prontas, o
Relatório de 2010 traça caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da
ação pública na regulação da economia para proteger grupos mais
vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar pobreza,
crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento
e negligencia a sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas, no final do parágrafo, indica que se trata de

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(A) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
(B) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
(C) repetição desnecessária de informação já citada no texto.
(D) transcrição exata do que consta no texto do Relatório de 2010.
(E) resumo do assunto principal constante do Relatório de 2010.
Comentário: O trecho colocado entre aspas segue a estrutura que vimos na
letra “a” do conceito das orações intercaladas. Esse trecho é o recorte do que
está escrito no relatório, e a expressão “informa o texto” é antecipada de
vírgula por representar uma suposta voz do narrador, dentro da estrutura do
discurso direto.
Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

Questão 29: BB 2011 Escriturário (banca FCC)


Fragmento do texto: Poucas pessoas classificariam o bico do tucano como
uma "monstruosidade". Mas foi assim que Buffon, um famoso naturalista
francês, o descreveu no século XVIII. Até hoje, o tamanho "monstruoso" do
bico do tucano – o maior entre as aves, proporcionalmente ao corpo − é algo
que clama por explicação.
– o maior entre as aves, proporcionalmente ao corpo −
A frase isolada pelos travessões constitui, no texto,
(A) contestação do que foi afirmado anteriormente.
(B) descrição exata da ave pelo naturalista francês.
(C) justificativa para o tamanho do bico do tucano.
(D) restrição feita à classificação usual do bico do tucano.
(E) observação feita pelo autor, de sentido explicativo.
Comentário: A alternativa (E) é a correta, pois esse enunciado apenas insere
um comentário do autor, que mostra uma explicação.
Perceba que não houve contestação (alternativa A), nem descrição
exata (alternativa B), tampouco restrição (alternativa D). Além disso, não
houve justificativa para o tamanho do bico do tucano (alternativa C).
Gabarito: E

Questão 30: BB 2010 Escriturário (banca FCC)


Fragmento do texto: Em 1979 ele publicou O Princípio Responsabilidade.
A obra mostra que as éticas tradicionais – antropocêntricas e baseadas numa
concepção instrumental da tecnologia – não estavam à altura das
consequências danosas do progresso tecnológico sobre as condições de vida
humana na Terra e o futuro das novas gerações.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Os travessões isolam um comentário explicativo da expressão imediatamente
anterior a esse segmento.
Comentário: Perceba que o trecho entre travessões é uma inserção do autor
para explicar “éticas tradicionais”. Naturalmente, você pode ter se perguntado
se este trecho entre travessões também não pode ser um aposto explicativo.
Pode, sim! Para a banca não importa o nome, mas a natureza explicativa.

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Gabarito: C

Questão 31: BB 2010 Escriturário (banca FCC)


Fragmento do texto: O paradoxo consiste em que o progresso converte o
sonho de felicidade em pesadelo apocalíptico – profecia macabra que tem hoje
a figura da catástrofe ecológica. [...]
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O travessão único, no final do fragmento, pode ser corretamente substituído
por uma vírgula, sem alteração do sentido original.
Comentário: Esse termo antecedido do travessão pode ser interpretado tanto
como aposto explicativo quanto comentário do autor; por isso, ao final do
período, ele pode ser iniciado por travessão, vírgula ou dois-pontos.
Gabarito: C

Questão 32: Metrô 2010 Técnico (banca FCC)


Fragmento do texto: O especialista Nelson Choueri calculou, há alguns anos,
que, com o tempo consumido nos deslocamentos em São Paulo, perdem-se
165 vidas úteis por dia (em horas de trabalho) ou cerca de 50 mil por ano,
que valem (pelo salário médio) R$ 14,4 bilhões anuais. Se esse valor pudesse
ser convertido em investimentos, eles seriam suficientes para, em duas
décadas, implantar o metrô em toda a cidade.
E não é só. As pessoas consomem 20% de seu tempo "útil" no
transporte. O rendimento energético de um veículo individual não passa de
30% − o restante se perde como calor. O deslocamento de uma pessoa por
automóvel consome 26 vezes mais energia que o mesmo percurso em metrô.
E esse não é o único desperdício: 93% das cargas no Estado de São Paulo são
transportadas por caminhões − quando o transporte ferroviário, cada vez mais
sucateado, é algumas vezes mais barato − que, em média, têm 20 anos de
uso, sem inspeção veicular, e são conduzidos por motoristas que trabalham de
20 a 30 horas seguidas.
Considere as afirmativas seguintes sobre os sinais de pontuação empregados
no 2° parágrafo:
I. As aspas na palavra "útil" denotam um sentido diferente do habitual para
seu emprego, chamando atenção para o tempo perdido no trânsito.
II. Os dois-pontos assinalam a introdução de um segmento que vem explicar
a afirmativa imediatamente anterior.
III. Todo o comentário sobre o transporte ferroviário, isolado por travessões,
deixa implícita uma observação crítica à predominância do transporte
rodoviário em São Paulo.
Está correto o que consta em
(A) II, somente.
(B) I e II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II e III, somente.
(E) I, II e III.
Comentário: A frase I está correta, pois a palavra “útil” significa literalmente

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aquilo que pode ter algum uso ou serventia. As aspas mostram que o
vocábulo “útil” tem um valor estendido ao tempo de produção, trabalho de
uma pessoa. Naturalmente não é só trabalho que é útil, concorda??!!! Assim,
está correta a afirmação de que o sentido da palavra é diferente do habitual e
que se está chamando a atenção para o tempo perdido no trânsito.
A frase II está correta, porque o segmento “93% das cargas no Estado
de São Paulo são transportadas por caminhões (...) que, em média, têm 20
anos de uso, sem inspeção veicular, e são conduzidos por motoristas que
trabalham de 20 a 30 horas seguidas” explica porque se afirmou que o tempo
consumido nos deslocamentos em São Paulo não é o único desperdício.
A frase III está correta, pois o comentário do autor com a expressão
entre travessões realmente critica a predominância do transporte rodoviário
em São Paulo. Isso é facilmente percebido na leitura das expressões que
caracterizam o transporte ferroviário em São Paulo: “cada vez mais
sucateado” e “algumas vezes mais barato”.
Gabarito: E

Veremos, agora, algumas palavras que não fazem parte da função


sintática exatamente, mas ajudam (e muito) na interpretação de texto e na
pontuação. São as chamadas palavras denotativas. As gramáticas
normalmente as elencam junto aos advérbios, por possuírem valores
semânticos peculiares. Trabalhamos estas palavras nesta aula para que você
possa perceber principalmente os termos de valor explicativo, exemplificativo e
retificativo, os quais recebem vírgula.

Palavras denotativas

Há palavras semelhantes aos advérbios, mas que não constituem


circunstâncias. São as chamadas palavras denotativas. Veja algumas
importantes.
1. Designação: eis.
Eis o homem!
Esta construção admite que o substantivo posterior seja substituído pelo
pronome oblíquo átono o, na forma Ei-lo!
2. Exclusão: exceto, senão, salvo, menos, tirante, exclusive, ou melhor
etc.
Voltaram todos, menos André.
Roubaram tudo, salvo o telefone.
3. Limitação: só, apenas, somente, unicamente:
Só Deus é imortal. Apenas um livro foi vendido.
A possibilidade de cobrança em prova é na interpretação de texto.
Quando se inserem as palavras só, somente, apenas; há o recurso textual
chamado palavra categórica. Ele transmite uma ideia veemente do autor, que
não abre caminhos para outra possibilidade. Isso dirige a interpretação de
texto. Veja:

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Só o rico ganha. O dinheiro chega apenas à classe nobre.
Compare com as estruturas sem essas palavras categóricas:
O rico ganha. O dinheiro chega à classe nobre.
Naturalmente você observou que o sentido mudou significativamente. Na
prova normalmente o texto sugere algo de maneira geral, com a segunda
construção. Já, na interpretação de texto, a banca inclui a palavra categórica
para o candidato perceber o erro.
4. Explicação, explanação ou exemplificação: a saber, por exemplo,
isto é, como, ou melhor etc.
Eram três irmãos, a saber, Pedro, Antônio e Gilberto.
Lá, no inverno, usa-se roupa pesada, como sobretudo e poncho.
Os elementos do mundo físico são quatro, a saber: terra, fogo, água e
ar.
Esses valores são normalmente separados por vírgula ou dois-pontos.
Pode-se ter em mente que, quando se explica, quer-se ratificar, confirmar
argumentos; então isso pode ser cobrado numa interpretação de texto ou no
uso da pontuação.
5. Inclusão: mesmo, além disso, ademais, até, também, inclusive,
ainda, sobretudo etc.
Até o professor riu-se. Ninguém veio, mesmo o irmão.
I - Costumam-se ficar entre vírgulas as estruturas além disso,
também, inclusive, ainda. Normalmente a banca insere apenas uma das
vírgulas e isso torna o texto errado.
Ele disse, inclusive que não viria hoje. (errado)
Ele disse, inclusive, que não viria hoje. (certo)
II – Cumpre lembrar que não se pode confundir o valor de mesmo
(inclusão), mesmo (pronome demonstrativo de valor adjetivo) e advérbio de
afirmação/certeza. O primeiro não se flexiona e pode ser substituído por até,
inclusive:
Mesmo ela realizou as atividades.
O segundo flexiona-se e diz respeito a um reforço reflexivo, equivalendo
a sozinha:
Ela mesma realizou as atividades.
O terceiro não se flexiona e serve para ratificar, confirmar uma ação,
equivalendo-se a sim, com certeza:
Ela realizou mesmo as atividades.
6. Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes etc.
Comprei cinco, aliás, seis livros. Correu, isto é, voou até nossa casa.
Para a banca é importante notar a ideia de correção ao que foi dito
anteriormente e por isso a expressão deve ficar separada por vírgula(s). Note

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que a expressão “isto é” também foi vista como explicação (ratificação), por
isso deve-se ter muito cuidado com o contexto.
7. Situação: mas, então, pois, afinal, agora, etc.
Mas que felicidade. Então duvida que se falasse latim?
Pois não é que ele veio. Afinal, quem tem razão?
Posso mostrar-lhes o sítio; agora, vender eu não vendo.
A banca pergunta se os vocábulos “Mas”, “Então” e “Pois”, nestes casos,
possuem valor de oposição, conclusão e explicação, respectivamente. Pode-se
notar claramente que não; estes vocábulos apenas motivam o início do
discurso, como ocorre com o coloquialismo “Hum...”, “senão vejamos”, etc.
8. Expletivo e realce: é que; lá, cá, só, ora, que, mesmo, embora.
Nós é que somos brasileiros. Eu sei lá!
Eu cá me arranjo. Vejam só que coisa!
Ora, decidamos logo o negócio. Oh! Que saudades que tenho!
É isso mesmo. Vá embora!
Normalmente as palavras expletivas ocorrem por motivo de ênfase e
estilo; mas o vocábulo “ora” geralmente inicia uma consideração do autor,
uma avaliação que pode também ser entendida como conclusão.
9. Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem:
Felizmente não me machuquei.
Ainda bem que o orador foi breve!

Questão 33: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Na frase “Só faltava fazer sambas...e Adoniran também fez”., o termo em
negrito exerce a mesma função sintática que o termo sublinhado em:
(A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator que a referida nota da
revista Intervalo, quase nove anos depois, ainda soava como grande
notícia..
(B) Adoniran Barbosa, o popularíssimo ator, era também compositor.
(C) Basta lembrarmos também que o selo de sua primeira gravação do
“Samba do Arnesto”, de 1951, trazia um esclarecimento entre
parênteses: “Adoniran Barbosa (Zé Conversa)”.
(D) Dissemos que Adoniran era duas pessoas em uma?
(E) Na verdade, várias, se lembrarmos Zé Conversa, Charutinho, Mr. Richard
Morris e os tantos outros personagens que viveu no rádio e televisão.
Comentário: O vocábulo “Só” é um advérbio. Note que não se flexiona. Tal
vocábulo tem uma peculiaridade, pois faz parte das palavras denotativas de
exclusão. Temos, portanto, um adjunto adverbial.
A alternativa (A) é a correta, pois “ainda” é um advérbio de tempo. Note
que tal vocábulo também não se flexiona. Assim, há o adjunto adverbial.
Na alternativa (B), “popularíssimo” é a característica de “ator”, por isso
é o adjunto adnominal.
Na alternativa (C), “um” é um artigo que determina o substantivo
“esclarecimento”, por isso é o adjunto adnominal.
Na alternativa (D), você verá nas próximas aulas que a palavra “que” é
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uma conjunção integrante, a qual não tem função sintática.
Na alternativa (E), o pronome indefinido “tantos” concorda com
“outros”, caracterizando-o, por isso há um adjunto adnominal.
Gabarito: A

Questão 34: TRT 12ªR 2010 Técnico (banca FCC)


Fragmento do texto: Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom
nas novelas. Para ter público, a novela precisa dispor de personagens de todas
as classes sociais, explicava ela, o que exige uma trama complexa.
Acrescento: a mobilidade social é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo
amor entre ricos e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de
ascensão social pelo amor – genuíno ou fingido – em proporção maior que a
vida real .... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim, mas
como aqueles retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e
branco, mas, depois, cuidadosamente retocados e coloridos. O fundo é real. A
tela: ideais, sonhos, fantasias.
Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim ...
O emprego da expressão grifada acima assinala uma
(A) contradição involuntária.
(B) repetição para realçar a ideia.
(C) retificação do que havia sido dito.
(D) conclusão decorrente da afirmativa inicial.
(E) condição básica de um fato evidente.
Comentário: A expressão “ou melhor” é chamada de palavra denotativa de
retificação, por isso a alternativa C é a correta.
Gabarito: C

Questão 35: BB 2011 Escriturário (banca FCC)


Fragmento de texto:
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é
pesada. Diante da pergunta "Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas
do inquirido. O primeiro é procurar uma definição para felicidade, o que
equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação de gozar de
boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se,
em busca de uma resposta.
(...)
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam
felizes. É uma tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos
1960. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco
dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a resposta
correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no
mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for
suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a
abrigar. Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá
para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo.
Veja. 24 de março de 2010, p. 142)

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O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes.
Ora, felicidade é coisa grandiosa. (último parágrafo)
Com a palavra grifada, o autor
(A) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
(B) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
(C) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
(D) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes
considerada.
(E) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se
afirma.
Comentário: Leia o texto atentamente. Perceba que, para o autor, a
felicidade é algo difícil de ser atingido. Compreendendo isso, percebemos que
a expressão “O que espero...é que sejam felizes” não é a opinião do autor,
mas a resposta comum, a qual é criticada pelo autor. Com isso, a frase “Ora,
felicidade é coisa grandiosa.” É uma forma de o autor se colocar em reserva,
em crítica à postura da opinião expressa anteriormente. Assim, a alternativa
correta é a (B). Veja as demais:
A alternativa (A) está errada, pois não há retomada de mesma
afirmação anterior.
A alternativa (C) está errada, pois não houve uma alternativa ao que foi
dito, não se abriu nova possibilidade.
A alternativa (D) está errada, pois não houve realização de algo dito
anteriormente.
A alternativa (E) está errada, pois não há estabelecimento de condições.
Gabarito: B

Questões cumulativas de revisão

Questão 36: TRT 12ª R 2010 Técnico (banca FCC)


Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom nas novelas ...
O verbo flexionado nos mesmos tempos e modos em que se encontra o
grifado acima está em:
(A) ... explicava ela ...
(B) Novelas vivem de conflitos.
(C) Talvez por isso a democracia não nos empolgue tanto, no seu dia a dia ...
(D) – que deveriam existir nos dois ou mais lados em concorrência –
(E) Mas eles são bons só na vida privada.
Comentário: O verbo “dizia” possui a desinência modo-temporal “-ia”
(segunda conjugação), a qual indica o tempo pretérito imperfeito do
indicativo.
A alternativa (A) é a correta, pois “explicava” também se encontra no
tempo pretérito imperfeito do indicativo. Perceba que a desinência modo-

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temporal de 1ª conjugação é “-va”; já a da segunda e da terceira é “-ia”.
Na alternativa (B), o verbo “vivem” encontra-se no presente do
indicativo.
Na alternativa (C), o verbo “empolgue” encontra-se no presente do
subjuntivo.
Na alternativa (D), o verbo “deveriam” encontra-se no futuro do
pretérito do indicativo.
Na alternativa (E), o verbo “são” encontra-se no presente do indicativo.
Gabarito: A

Questão 37: TRE PE 2011 Técnico (banca FCC)


Nos meses de verão, saíamos para um arrabalde mais afastado do bulício da
Cidade, quase sempre Monteiro ou Caxangá.
A frase em que ambos os verbos grifados estão flexionados nos mesmos
tempo e modo em que se encontra o grifado acima é:
(A) No dia seguinte, soubemos que tínhamos saído a tempo.
(B) Atrás de casa, na funda ribanceira, corria o rio, à cuja beira se especava o
banheiro de palha.
(C) Talvez tivéssemos que voltar para o Recife, as águas tinham subido muito
durante a noite ...
(D) Enquanto esperávamos o trem na Estação de Caxangá, fomos dar uma
espiada ao rio à entrada da ponte.
(E) ... que o riozinho manso onde eu me banhava sem medo todos os dias se
pudesse converter naquele caudal furioso de águas sujas.
Comentário: O verbo “saíamos” encontra-se no pretérito imperfeito do
indicativo. Note a desinência modo-temporal “ia”.
Na alternativa (A), o verbo “soubemos” está flexionado no pretérito
perfeito do indicativo e “tínhamos saído” está no pretérito mais-que-perfeito
composto do indicativo.
A alternativa (B) é a correta, pois os verbos “corria” e “especava” estão
no pretérito imperfeito do indicativo. Note as desinências modo-temporais
“ia”, da segunda conjugação, e “va”, da primeira, respectivamente.
Na alternativa (C), o verbo “tivéssemos” encontra-se no pretérito
imperfeito do subjuntivo, e “tinham subido”, no pretérito mais-que-perfeito
composto do indicativo.
Na alternativa (D), o verbo “esperávamos” está no pretérito imperfeito
do indicativo, e “fomos”, no pretérito perfeito do indicativo.
Na alternativa (E), “banhava” está no pretérito imperfeito do indicativo e
“pudesse”, no pretérito imperfeito do subjuntivo.
Gabarito: B

Questão 38: Ag Pen BA 2010 Médio (banca FCC)


Se o vento assobiava ao passar por frestas e galhos ...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado
acima está na frase:
(A) A Terra tem uma idade aproximada de 4,5 bilhões de anos.

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(B) Nossa espécie, o Homo sapiens, apareceu em torno de 200 mil anos atrás,
na África.
(C) Evidências fósseis e genéticas indicam ...
(D) ... bandos de homens e mulheres corriam pelas savanas e planícies
eurasiáticas ...
(E) ... mostram uma enorme variedade de animais e também de cenas de
caçadas e de rituais.
Comentário: O verbo “assobiava” encontra-se no pretérito imperfeito do
indicativo.
Alternativa (A): “tem” (presente do indicativo)
Alternativa (B): “apareceu” (pretérito perfeito do indicativo)
Alternativa (C): “indicam” (presente do indicativo)
Alternativa (D): “corriam” (pretérito imperfeito do indicativo)
Alternativa (E): “mostram” (presente do indicativo)
Gabarito: D

O que devo tomar nota como mais importante?


 Observar que entre sujeito, verbo e complementos não há vírgula.
 O adjunto adverbial solto admite a vírgula no final do período. Quando
antecipado ou intercalado e de grande extensão, a vírgula é obrigatória.
 Quando a questão pede mesmo tipo de complemento, é só lembrar da
estrutura:
PV= VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI
PN= VL + predicativo
 Atentar para o complemento nominal:
Adjetivo que exige complemento nominal: fiel a ela.
Advérbio que exige complemento: perto de você.
Substantivo abstrato que exige complemento: construção do prédio.
 O aposto explicativo e os comentários do autor (expressão parentética)
podem ser separados por vírgulas, travessões e parênteses:
Xxxxxxx, explicação, xxxxxxx.
Xxxxxxx− explicação − xxxxxxx.
Xxxxxxx(explicação) xxxxxxx.
Quando em final de período, a vírgula, o travessão e os parênteses
podem substituídos por dois-pontos.
Xxxxxxx, explicação.
Xxxxxxx− explicação.
Xxxxxxx(explicação).
Xxxxxxx: explicação.

Questão 1: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC)

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Fragmento do texto: Última das “barreiras naturais”, para usar a expressão
de Marx, à completa realização do capitalismo "24 horas", o sono não pode
ser eliminado. Mas pode ser arruinado e despojado, e existem métodos e
motivações para destruí-lo.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
No segmento Mas pode ser arruinado e despojado, e existem métodos e
motivações para destruí-lo, uma vírgula pode ser acrescentada imediatamente
após "métodos” sem prejuízo da correção e do sentido.

Questão 2: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


... das varandas pendiam colchas, toalhas bordadas e outros adereços.
O segmento grifado exerce na frase acima a função de
(A) sujeito.
(B) objeto direto.
(C) objeto indireto.
(D) adjunto adverbial.
(E) adjunto adnominal.

Questão 3: TRT 3ªR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


A frase em que ambos os elementos sublinhados exercem a função de
núcleo do sujeito é:
(A) Os bens dos aristocratas deviam ser considerados patrimônio de quem os
tomou.
(B) Os parisienses revoltados arrebentaram as casas dos nobres.
(C) Os museus, ao contrário do que se imagina, são uma invenção moderna.
(D) Muitos acham que não é justo apagar os vestígios do passado.
(E) Dessa escolha da Assembleia Nacional nasceram os museus.

Questão 4: ManausPrev 2015 Analista (banca FCC)


Considere:
Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a
harmonização...
O segmento sublinhado que exerce, no contexto, a mesma função sintática
que a do sublinhado acima está em:
(A) Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados...
(B) ... porque cada organismo seu, entre trilhões, é uma maravilha de
miniaturização e automação.
(C) ... podemos agregar inteligência à ocupação...
(D) Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes
(E) ... determinando e regulando fluxos de substâncias e energias.

Questão 5: TJ RJ 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


A despeito do sucesso, o ganha-pão do escritor seria obtido a partir da
atividade como jornalista, articulista e cronista.
O elemento grifado acima pode ser corretamente substituído, sem alteração

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do sentido original, por
(A) Em razão do (B) Conquanto o (C) Em que pese o
(D) Em vista do (E) A partir do

Questão 6: TRE RR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


O jogador busca o sucesso pessoal ...
A mesma relação sintática entre verbo e complemento, sublinhados acima,
está em:
(A) É indiscutível que no mundo contemporâneo...
(B) ... o futebol tem implicações e significações psicológicas coletivas ...
(C) ... e funciona como escape para as pressões do cotidiano.
(D) A solução para muitos é a reconversão em técnico ...
(E) ... que depende das qualidades pessoais de seus membros.

Questão 7: ManausPrev 2015 Técnico (banca FCC)


Encontra-se o mesmo tipo de complemento que o sublinhado no segmento
Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da
Amazônia... em:
(A) Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em
preto e vermelho.
(B) ... que dispunha de diversas peças...
(C) ... ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia...
(D) João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909.
(E) ...a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente”...

Questão 8: TRT 4ªR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


E havia uma gramática...
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima
está empregado em:
(A) As pessoas atrapalham.
(B) João só será definitivo...
(C) Estão em toda parte.
(D) E não exigem nada.
(E) Eu sonho com um poema ...

Questão 9: SEFAZ PE 2014 Auditor Fiscal (banca FCC)


Aqui é que começa a genialidade de Chaplin.
O elemento que desempenha a mesma função sintática desempenhada pelo
segmento grifado na frase acima está grifado em:
(A) Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de
um tabético.
(B) Chaplin eliminou imediatamente a variante.
(C) ... uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de
tentativas erradas.

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(D) ... o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito
raras, interessam e agradam a toda a gente.
(E) Carlito é popular no sentido mais alto da palavra.

Questão 10: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC)


Fragmento do texto: Há estudos que enfatizam o caráter alienante das
consciências imposto pela lógica capitalista no âmbito da cultura, a difundir
padrões culturais hegemônicos.
... que enfatizam o caráter alienante das consciências...
O verbo que, no contexto, possui o mesmo tipo de complemento do
sublinhado acima está empregado em:
(A) ... haveria tipos diferentes de produtos de massa...
(B) Surgiria uma cultura de massas...
(C) Poucos hoje discordariam de que...
(D) Não que a cultura de massa fosse necessariamente igual...
(E) ... o mundo todo passa pelo "filtro da indústria cultural"...

Questão 11: TRT 19ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam
por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então
percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e
além.
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da frase
acima está em:
(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média.
(C) ... viajavam por cordilheiras...
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador.

Questão 12: TRT 19ªR 2014 Técnico Judiciário (banca FCC)


A Amazônia tem também a maior bacia fluvial do mundo...
Nas frases transcritas abaixo, o verbo que exige o mesmo tipo de
complemento do grifado acima está em:
(A) ... a perda de ambientes naturais é maior numa região...
(B) ... a maior parte está no Brasil...
(C) ... as florestas de várzea sofrem mais com a ocupação humana.
(D) ... que levam direta ou indiretamente à perda de hábitats...
(E) ... que detém 69% da área coberta pela floresta.

Questão 13: TRE-CE 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


... aquele que maximiza a utilidade de cada hora do dia.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima está
em:

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(A) ... aquela que lhe proporciona a melhor relação entre custos e benefícios.
(B) ... a adoção de uma atitude que nos impede de...
(C) Valéry investigou a realidade dessa questão nas condições da vida
moderna...
(D) Diante de cada opção de utilização do tempo, a pessoa delibera...
(E) ... que ele se presta, portanto, à aplicação do cálculo econômico...

Questão 14: TJ RJ 2012 Analista Judiciário (banca FCC)


A frase em que ambos os elementos sublinhados são complementos verbais
é:
(A) Assim vos confesso que entendo de arquitetura, apesar das muitas
opiniões em contrário.
(B) Ninguém se impressiona tanto com um velho porão como este velho
cronista, leitor amigo.
(C) O porão deverá jazer sob os pés da família como jazem os cadáveres
num cemitério.
(D) Que atração exercem sobre o cronista as gravatas manchadas, quando
desce a um porão...
(E) Já não se fazem porões, hoje em dia, já não há qualquer mistério ou
evocação mágica numa casa moderna.

Questão 15: TRT 12ªR 2010 Técnico (banca FCC)


O projeto rendeu frutos.
A mesma relação entre verbo e complemento, ambos grifados acima, se
reproduz na frase:
(A) ... entre 2002 e 2007 o produto interno bruto cresceu a uma taxa de 4%
ao ano.
(B) ... elas respondem, agora, por 28% da economia nacional.
(C) Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades médias.
(D) ... esses municípios obtiveram melhores resultados na preservação de seu
tecido urbano.
(E) ... os investidores depararam com capitais estranguladas ...

Questão 16: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC)


Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão...
O elemento que, no contexto, exerce a mesma função sintática que o grifado
acima está também grifado em:
(A) Ao viajar pelo estado...
(B) O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás...
(C) ... quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê.
(D) ... essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas.
(E) Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra.

Questão 17: SEFAZ PE 2014 Auditor Fiscal (banca FCC)


... toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da

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personagem de Carlito...
O verbo empregado com o mesmo tipo de complemento do verbo grifado
acima está em:
(A) Carlito é popular no sentido mais alto da palavra.
(B) ... mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia.
(C) ... ela destruía a unidade física do tipo.
(D) ... artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
(E) A sua originalidade extremou-se.

Questão 18: TCE AP 2012 Técnico de Controle Externo (banca FCC)


Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos...
A regência verbal assinalada acima está reproduzida em:
(A) ... mudanças relativamente pequenas nos mercados de alimentos
desencadearam fortes altas nos preços.
(B) ... esses gigantes não importam muitos alimentos.
(C) ... o que torna mais fácil a tarefa ...
(D) Mas eles também impõem custos aos consumidores ...
(E) ... quase dobrar os preços mundiais dos alimentos duas vezes em quatro
anos ...

Questão 19: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta.
... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão.
Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a função
de
(A) adjunto adverbial.
(B) objeto direto.
(C) complemento nominal.
(D) predicativo.
(E) objeto indireto.

Questão 20: TRT 4ªR 2015 Analista Judiciário (banca FCC)


Em nenhum momento da história a sociedade, como um todo, conseguiu
sustentar facilmente os custos exorbitantes da ópera.
Na frase acima, a locução verbal está empregada com regência idêntica à
presente em:
(A) O crítico elegeu o jovem cantor o maior artista da temporada.
(B) Apresentou-nos currículo repleto de menções honrosas.
(C) Sem falsa modéstia, recebeu a ovação com elegância e alegria.
(D) Tentou cantar de modo condizente com as recomendações do maestro.
(E) Jamais se afastou daquele velho conselho do pai.

Questão 21: TRT 4ªR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


... ou seja, como fornecedora de alimentos para o mercado interno.
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A relação estabelecida entre os termos constantes do segmento sublinhado
acima está reproduzida no segmento, também sublinhado, em:
(A) Os altos preços do café no mercado externo ...
(B) Nas cidades do Sul ...
(C) ... e a exposição de um certo verniz social ...
(D) ... implicavam em moldar as mulheres de uma determinada classe.
(E) Nas imagens dos jornais das cidades do Sul ...

Questão 22: SEFAZ RJ 2014 Auditor Fiscal (banca FCC)


Fragmento do texto: Malgrado a guerra com a Espanha, as relações
comerciais de Portugal com as Províncias Unidas contavam com a
cumplicidade de autoridades e de homens de negócio lusitanos e com o
contrabando capitaneado por testas de ferro estabelecidos em Lisboa, no
Porto e em Viana, com o que se atenuaram os efeitos das medidas restritivas
decretadas pela corte de Madri.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Em contavam com a cumplicidade de autoridades e de homens de negócio
lusitanos e com o contrabando capitaneado por testas de ferro, a sintaxe
mostra que, embora sejam citados três distintos grupos de colaboração,
somente dois segmentos constituem complemento do verbo.

Questão 23: TRE – RN 2011 – Técnico Judiciário (banca FCC)


O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a atividade econômica para a
pecuária.
O mesmo tipo de regência nominal que se observa acima ocorre no segmento
também grifado em:
(A) O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas − com belas praias,
falésias, dunas e o maior cajueiro do mundo...
(B) Os 410 quilômetros de praias garantem um lugar especial para o turismo
na economia estadual.
(C) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação
do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal.
(D) Em Caicó há vários açudes e formações rochosas naturais que desafiam a
imaginação do homem.
(E) Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo desvenda toda a beleza do
sertão potiguar ...

Questão 24: TRT 4ªR 2015 Analista Judiciário (banca FCC)


A frase em que o segmento destacado expressa uma circunstância restritiva
é:
(A) Nesse sentido, é muito óbvio que ela não seja realística. [...]
(B) Além disso, é quase sempre bastante cara de se encenar e de se assistir.
(C) Em nenhum momento da história a sociedade, como um todo, conseguiu
sustentar facilmente os custos exorbitantes da ópera.
(D) Essas perguntas são mais sobre a ópera tal como ela é hoje em dia [...]

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(E) Nosso objetivo é lidar com uma forma de arte cujas obras mais populares
e duradouras foram quase sempre escritas num distante passado
europeu.

Questão 25: TRT 16ªR 2009 Técnico (banca FCC)


... eles acabam falando de um dos mais atuais e globalizados temas: a
devastação das matas.
O emprego dos dois-pontos assinala, no contexto,
(A) reforço no sentido da afirmativa anterior.
(B) introdução de comentário repetitivo.
(C) especificação da expressão anterior a eles.
(D) transcrição exata da fala dos especialistas.
(E) segmento que apresenta sequência de fatos.

Questão 26: TRT 3ªR 2009 Analista (banca FCC)


Fragmento do texto: A consciência de pertencer a determinada comunidade
camponesa, ou família tradicional e poderosa, ou confraria, ou cidade, ficou
esmagada pelo conceito de cidadania que homogeneíza todos os indivíduos.
Novos recortes surgiram –partido político, condição econômica, seita religiosa
etc. – mas tão maleáveis e mutáveis que não substituíram todas as funções
sociais e psicológicas do velho sentimento grupal.
− partido político, condição econômica, seita religiosa etc. −
O segmento isolado pelos travessões denota, no texto,
(A) ressalva importante, de sentido explicativo, ao desenvolvimento anterior.
(B) transcrição exata de informações obtidas em outros autores.
(C) redundância intencional, para valorizar a descaracterização grupal.
(D) enumeração esclarecedora de uma expressão anterior.
(E) realce de uma ideia central, com a pausa maior inserida no contexto.

Questão 27: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC)


Fragmento do texto: Pesquisas recentes mostram que cresce
exponencialmente o número de pessoas que acordam uma ou mais vezes
durante a noite para verificar mensagens ou informações. Uma figura de
linguagem recorrente e aparentemente inócua é o sleep mode [modo de
hibernação], inspirada nas máquinas. A ideia de um aparelho em modo de
consumo reduzido e de prontidão transforma o sentido mais amplo do sono
em mera condição adiada ou diminuída de operacionalidade.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O segmento e aparentemente inócua pode ser isolado por vírgulas, sem
prejuízo da correção.

Questão 28: BB 2011 Escriturário (banca FCC)


Fragmento do texto: Embora não queira apresentar receitas prontas, o
Relatório de 2010 traça caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da
ação pública na regulação da economia para proteger grupos mais
vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar pobreza,
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crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento
e negligencia a sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas, no final do parágrafo, indica que se trata de
(A) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
(B) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
(C) repetição desnecessária de informação já citada no texto.
(D) transcrição exata do que consta no texto do Relatório de 2010.
(E) resumo do assunto principal constante do Relatório de 2010.

Questão 29: BB 2011 Escriturário (banca FCC)


Fragmento do texto: Poucas pessoas classificariam o bico do tucano como
uma "monstruosidade". Mas foi assim que Buffon, um famoso naturalista
francês, o descreveu no século XVIII. Até hoje, o tamanho "monstruoso" do
bico do tucano – o maior entre as aves, proporcionalmente ao corpo − é algo
que clama por explicação.
– o maior entre as aves, proporcionalmente ao corpo −
A frase isolada pelos travessões constitui, no texto,
(A) contestação do que foi afirmado anteriormente.
(B) descrição exata da ave pelo naturalista francês.
(C) justificativa para o tamanho do bico do tucano.
(D) restrição feita à classificação usual do bico do tucano.
(E) observação feita pelo autor, de sentido explicativo.

Questão 30: BB 2010 Escriturário (banca FCC)


Fragmento do texto: Em 1979 ele publicou O Princípio Responsabilidade.
A obra mostra que as éticas tradicionais – antropocêntricas e baseadas numa
concepção instrumental da tecnologia – não estavam à altura das
consequências danosas do progresso tecnológico sobre as condições de vida
humana na Terra e o futuro das novas gerações.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Os travessões isolam um comentário explicativo da expressão imediatamente
anterior a esse segmento.

Questão 31: BB 2010 Escriturário (banca FCC)


Fragmento do texto: O paradoxo consiste em que o progresso converte o
sonho de felicidade em pesadelo apocalíptico – profecia macabra que tem hoje
a figura da catástrofe ecológica. [...]
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O travessão único, no final do fragmento, pode ser corretamente substituído
por uma vírgula, sem alteração do sentido original.

Questão 32: Metrô 2010 Técnico (banca FCC)


Fragmento do texto: O especialista Nelson Choueri calculou, há alguns anos,
que, com o tempo consumido nos deslocamentos em São Paulo, perdem-se
165 vidas úteis por dia (em horas de trabalho) ou cerca de 50 mil por ano,

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que valem (pelo salário médio) R$ 14,4 bilhões anuais. Se esse valor pudesse
ser convertido em investimentos, eles seriam suficientes para, em duas
décadas, implantar o metrô em toda a cidade.
E não é só. As pessoas consomem 20% de seu tempo "útil" no
transporte. O rendimento energético de um veículo individual não passa de
30% − o restante se perde como calor. O deslocamento de uma pessoa por
automóvel consome 26 vezes mais energia que o mesmo percurso em metrô.
E esse não é o único desperdício: 93% das cargas no Estado de São Paulo são
transportadas por caminhões − quando o transporte ferroviário, cada vez mais
sucateado, é algumas vezes mais barato − que, em média, têm 20 anos de
uso, sem inspeção veicular, e são conduzidos por motoristas que trabalham de
20 a 30 horas seguidas.
Considere as afirmativas seguintes sobre os sinais de pontuação empregados
no 2° parágrafo:
I. As aspas na palavra "útil" denotam um sentido diferente do habitual para
seu emprego, chamando atenção para o tempo perdido no trânsito.
II. Os dois-pontos assinalam a introdução de um segmento que vem explicar
a afirmativa imediatamente anterior.
III. Todo o comentário sobre o transporte ferroviário, isolado por travessões,
deixa implícita uma observação crítica à predominância do transporte
rodoviário em São Paulo.
Está correto o que consta em
(A) II, somente.
(B) I e II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II e III, somente.
(E) I, II e III.

Questão 33: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Na frase “Só faltava fazer sambas...e Adoniran também fez”., o termo em
negrito exerce a mesma função sintática que o termo sublinhado em:
(A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator que a referida nota da
revista Intervalo, quase nove anos depois, ainda soava como grande
notícia..
(B) Adoniran Barbosa, o popularíssimo ator, era também compositor.
(C) Basta lembrarmos também que o selo de sua primeira gravação do
“Samba do Arnesto”, de 1951, trazia um esclarecimento entre
parênteses: “Adoniran Barbosa (Zé Conversa)”.
(D) Dissemos que Adoniran era duas pessoas em uma?
(E) Na verdade, várias, se lembrarmos Zé Conversa, Charutinho, Mr. Richard
Morris e os tantos outros personagens que viveu no rádio e televisão.

Questão 34: TRT 12ªR 2010 Técnico (banca FCC)


Fragmento do texto: Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom
nas novelas. Para ter público, a novela precisa dispor de personagens de todas
as classes sociais, explicava ela, o que exige uma trama complexa.
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Acrescento: a mobilidade social é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo
amor entre ricos e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de
ascensão social pelo amor – genuíno ou fingido – em proporção maior que a
vida real .... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim, mas
como aqueles retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e
branco, mas, depois, cuidadosamente retocados e coloridos. O fundo é real. A
tela: ideais, sonhos, fantasias.
Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim ...
O emprego da expressão grifada acima assinala uma
(A) contradição involuntária.
(B) repetição para realçar a ideia.
(C) retificação do que havia sido dito.
(D) conclusão decorrente da afirmativa inicial.
(E) condição básica de um fato evidente.

Questão 35: BB 2011 Escriturário (banca FCC)


Fragmento de texto:
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é
pesada. Diante da pergunta "Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas
do inquirido. O primeiro é procurar uma definição para felicidade, o que
equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação de gozar de
boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se,
em busca de uma resposta.
(...)
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam
felizes. É uma tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos
1960. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco
dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a resposta
correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no
mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for
suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a
abrigar. Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá
para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo.
Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes.
Ora, felicidade é coisa grandiosa. (último parágrafo)
Com a palavra grifada, o autor
(A) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
(B) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
(C) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
(D) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes
considerada.
(E) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se
afirma.

Questão 36: TRT 12ª R 2010 Técnico (banca FCC)


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Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom nas novelas ...
O verbo flexionado nos mesmos tempos e modos em que se encontra o
grifado acima está em:
(A) ... explicava ela ...
(B) Novelas vivem de conflitos.
(C) Talvez por isso a democracia não nos empolgue tanto, no seu dia a dia ...
(D) – que deveriam existir nos dois ou mais lados em concorrência –
(E) Mas eles são bons só na vida privada.

Questão 37: TRE PE 2011 Técnico (banca FCC)


Nos meses de verão, saíamos para um arrabalde mais afastado do bulício da
Cidade, quase sempre Monteiro ou Caxangá.
A frase em que ambos os verbos grifados estão flexionados nos mesmos
tempo e modo em que se encontra o grifado acima é:
(A) No dia seguinte, soubemos que tínhamos saído a tempo.
(B) Atrás de casa, na funda ribanceira, corria o rio, à cuja beira se especava o
banheiro de palha.
(C) Talvez tivéssemos que voltar para o Recife, as águas tinham subido muito
durante a noite ...
(D) Enquanto esperávamos o trem na Estação de Caxangá, fomos dar uma
espiada ao rio à entrada da ponte.
(E) ... que o riozinho manso onde eu me banhava sem medo todos os dias se
pudesse converter naquele caudal furioso de águas sujas.

Questão 38: Ag Pen BA 2010 Médio (banca FCC)


Se o vento assobiava ao passar por frestas e galhos ...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado
acima está na frase:
(A) A Terra tem uma idade aproximada de 4,5 bilhões de anos.
(B) Nossa espécie, o Homo sapiens, apareceu em torno de 200 mil anos atrás,
na África.
(C) Evidências fósseis e genéticas indicam ...
(D) ... bandos de homens e mulheres corriam pelas savanas e planícies
eurasiáticas ...
(E) ... mostram uma enorme variedade de animais e também de cenas de
caçadas e de rituais.

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1E 2A 3A 4D 5C 6B 7A 8D 9C 10 A
11 E 12 E 13 C 14 A 15 D 16 C 17 D 18 D 19 D 20 C
21 C 22 E 23 C 24 A 25 C 26 D 27 C 28 D 29 E 30 C
31 C 32 E 33 A 34 C 35 B 36 A 37 B 38 D

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