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Aula 06

Português p/ TJ-RJ (Com Videoaulas) -


Pós-Edital

Autor:
Décio Terror Filho
Aula 06

26 de Março de 2020

09862394706 - ANTONIO GERSON BEZERRA DE MEDEIROS


Décio Terror Filho
Aula 06

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE.


Sumário

1 – Regência de verbos importantes .................................................................................................................. 5

2 – Regência nominal ....................................................................................................................................... 28

4 – Regência com pronomes relativos .............................................................................................................. 33

5 – A estrutura-padrão da crase ..................................................................................................................... 51


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6 – Crase Facultativa........................................................................................................................................ 58

7 – O que devo tomar nota como mais importante? ........................................................................................ 77

5 – Lista de questões de revisão ...................................................................................................................... 78

6 – Gabarito .................................................................................................................................................... 99

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Olá, pessoal!

Espero que estejamos entendendo bem a matéria.

Procure sempre estudar o material em PDF e só depois assista aos vídeos. Assim, a videoaula
funcionará como elemento didático de revisão.

Vimos na aula 4 a estrutura da oração, reconhecendo os termos básicos, e na aula 5 as relações de


coordenação.

Na aula 6, entendemos os tipos de subordinação: substantiva, adjetiva e adverbial.

A aula 7 teve base na estrutura elementar da oração e a partir dela vimos a relação do verbo com o
sujeito. Por isso trabalhamos a concordância verbal. Além dela, observamos a concordância nominal.

Esta aula também possui a base da estrutura da oração. Vamos trabalhar desta vez a relação de
transitividade entre o verbo e seu complemento e entre um nome e seu complemento.

Assim, retomemos a estrutura da oração:

Regência Verbal
1. O candidato realizou a prova.
VTD + OD

2. duvidou do gabarito.
VTI + OI

3. enviou recursos à banca examinadora.


VTDI + OD + OI Predicado
Verbal

Regência Nominal
4. tem certeza de sua aprovação.
VTD + OD + CN

5. viajou.
VI

Quanto à regência, devemos observar a transitividade do verbo e do nome, daí entendermos que os
objetos direto e indireto complementam o sentido do verbo (regência verbal) e o complemento nominal faz
o mesmo relacionado ao nome (regência nominal).

Por enquanto, vamos treinar um pouco mais o emprego dos complementos verbais:

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1. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento de texto: Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a
todos nos absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
Nas linhas1 e 2, o termo “a todos” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “absolveria”.

Comentário: O pronome relativo “que” ocupa a função de sujeito, o verbo “absolveria” é transitivo direto e
indireto, “nos” é o objeto direto e “de juízos coxos e opiniões mancas” é o objeto indireto. Assim, a expressão
“a todos” não é o complemento indireto, isto é, não é o objeto indireto desse verbo, mas simplesmente uma
maneira de enfatizar o objeto direto: nós todos.

Assim, sintaticamente, chamamos essa expressão de objeto direto preposicionado e pleonástico, por
isso a afirmação está errada.

Gabarito: E

2. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento de texto: A expansão da cidadania e a qualidade da democracia pressupõem o Estado de direito
para proteger as liberdades civis e políticas da cidadania. Conforme recomendação do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), deveria “existir um patamar mínimo de igualdade entre os membros
da sociedade que outorgue a todos um leque razoável de opções para exercer sua capacidade de escolha e
sua autonomia”.
O trecho ‘um patamar mínimo de igualdade entre os membros da sociedade’ (linha 4) exerce a função de
complemento do verbo ‘existir’ (linha 4).

Comentário: O verbo “existir” é intransitivo e o termo “um patamar mínimo de igualdade entre os membros
da sociedade” é apenas o sujeito.

Como sabemos que complemento de verbo é o objeto direto ou o objeto indireto, percebemos que
a afirmação está errada.

Gabarito: E

3. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: É evidente que a interlocução comunicativa permite o entendimento, proporciona o
intercâmbio de ideias e nos faz refletir e argumentar com maior propriedade em defesa de nossos direitos e
deveres como cidadãos.

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Na linha 2, o pronome “nos” exerce a função de complemento da forma verbal “refletir”.

Comentário: O pronome “nos” não é complemento do verbo “refletir”. Tal pronome tem o valor de sujeito
acusativo e ele é oblíquo átono por fazer parte do complemento do verbo “faz”, mas também ocupa a função
de sujeito do verbo “refletir”. Isso acontece com os chamados verbos causativos “mandar” (Mandaram-nos
sair) ou “fazer” (Fizeram-nos sair), além dos sensitivos “ouvir” (Ouviram-nos sair), “sentir” (Sentiram-nos
sair”), etc.

Gabarito: E

4. (CESPE / TRE TO Nível médio – 2017)


Fragmento do texto: Caso nada seja feito, a previsão é de que haja um aumento de 1º C em 2020 em relação
à era pré-industrial. Parece pouco, mas é suficiente para gerar consequências para todas as populações do
mundo, em especial as comunidades pobres e vulneráveis, causando impactos na segurança alimentar,
hídrica e energética, aumento do nível do mar, tempestades, ondas de calor e intensificação de secas, chuvas
e inundações.
No texto, funciona como um dos complementos da forma verbal “causando” (linha 3) o termo
a) “ondas de calor” (linha 4).
b) “secas” (linha 5).
c) “secas, chuvas e inundações” (linhas 4 e 5).
d) “segurança alimentar, hídrica e energética” (linhas 3 e 4).
e) “nível do mar” (linha 4).

Comentário: O verbo “causando” é transitivo direto e o termo “impactos na segurança alimentar, hídrica e
energética, aumento do nível do mar, tempestades, ondas de calor e intensificação de secas, chuvas e
inundações” é o objeto direto composto, cujos núcleos estão negritados acima.

Como “ondas” é o quarto núcleo do objeto direto, a alternativa (A) é a correta.

A alternativa (B) está errada, pois “secas” é apenas o primeiro núcleo do complemento nominal
composto de “intensificação”.

A alternativa (C) está errada, pois “de secas, chuvas e inundações” é apenas o complemento nominal
composto em relação ao substantivo “intensificação”.

A alternativa (D) está errada, pois “na segurança alimentar, hídrica e energética” é o complemento
nominal do substantivo “impactos”.

A alternativa (E) está errada, pois “do nível do mar” é o complemento nominal do substantivo
“aumento”.

Gabarito: A

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Como vimos que o objeto direto é o complemento do verbo transitivo direto e o objeto indireto é o
complemento do verbo transitivo indireto, veremos agora alguns verbos importantes quanto à necessidade
ou não de preposição.

1 – REGÊNCIA DE VERBOS IMPORTANTES


Agradar: transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”.

Ela agradou o filho.

Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”.

O assunto não agradou ao homem.

Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com a preposição a.

Satisfiz as exigências. ou Satisfiz às exigências.

Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar, visitar: transitivos diretos.

Estimo o colega. Adoro meu filho.

Aspirar: transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos pulmões”:
Aspiramos o ar frio da manhã.

Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”:

Ele aspira ao cargo.

Assistir: transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”.

O médico assistiu o paciente.

Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste mesmo sentido: O
médico assistiu ao paciente.

Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”.

Meu filho assistiu ao jogo.

Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”.

Esse direito assiste ao réu.

Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”.

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Seu tio assistia em um sítio. (o termo grifado é o adjunto adverbial de lugar)

Neste sentido, admite “onde”: Este é o local onde assisto (onde moro).

Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar: são normalmente transitivos diretos e indiretos, admitindo
duas construções.

Avisei o gerente do problema.

Avisei-o do problema.

Avisei ao gerente o problema.

Avisei-lhe o problema.

Avisei o gerente de que havia um problema.

Avisei ao gerente que havia um problema.

Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos também por pronomes
oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas.

Atender: transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido de dar atenção a, receber
alguém, seguir, acatar:

Não costuma atender os meus conselhos.

O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam.

Não atendeu à observação que lhe fizeram.

Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a:

Os bombeiros atenderam a muitos chamados.

O médico atendeu aos afogados na praia.

Atribuir: transitivo direto e indireto:

O professor atribuiu nota máxima aos alunos.

Caber: transitivo indireto, no sentido de ser compatível, pertencer:

Cabe a você esperar pelo melhor.

Note que o sujeito é oracional e o objeto indireto é a pessoa: “a você”. Normalmente é encontrado nas
provas na ordem invertida. Ordenando de maneira mais clara a oração, teremos:

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Esperar pelo melhor cabe a você. (Isso cabe a você)

Pode ser também intransitivo, no sentido de ficar dentro ou ter cabimento:

O ônibus coube naquela garagem.

Neste momento, não cabem palavras duras.

Os termos sublinhados são adjuntos adverbiais de lugar e tempo, respectivamente.

Chegar: intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a preposição “a”. Com ideia de
movimento de um lugar origem, usa-se a preposição “de”. Deve-se evitar a preposição “em”, muito usada
na linguagem coloquial, mas não é admitida na norma culta.

Cheguei a Fortaleza. Cheguei de Fortaleza.

Esse verbo admite “aonde” ou a locução “para onde”, não admitindo apenas “onde”.

Obs.: Os termos sublinhados são adjuntos adverbiais de lugar.

Transitivo indireto, quando transmite valor de limite:

Seu estudo chegou ao extremo do entendimento.

Convir: transitivo indireto, no sentido de ser útil, proveitoso:

Convém a todos lutar pela igualdade.

Note que o sujeito é oracional e o objeto indireto é a pessoa: “a todos”. Normalmente é encontrado nas
provas na ordem invertida. Ordenando de maneira mais clara a oração, teremos:

Lutar pela igualdade convém a todos. (Isso convém a todos)

Pode ser também intransitivo, no sentido de ser conveniente:

Não convém essa atitude. (“essa atitude” é o sujeito)

Chamar: transitivo direto com o sentido de “convocar”.

Chamei-o aqui.

Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”, “apelidar”; nesse caso, terá
um predicativo do objeto (direto ou indireto), introduzido ou não pela preposição de.

Chamei-o louco. Chamei-o de louco.

Chamei-lhe louco. Chamei-lhe de louco.

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A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto; nos dois últimos, predicativo
do objeto indireto.

Custar: intransitivo, quando indica preço, valor.

Os óculos custaram oitocentos reais.

Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais.

Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”; com esse sentido,
normalmente estará seguido de um infinitivo:

Custou ao aluno entender a explicação do professor.

Obs: “entender a explicação do professor” é sujeito oracional e “ao aluno” é o objeto indireto. (Isso custou
ao aluno)

Deparar: transitivo direto e indireto e rege a preposição “a”, no sentido de fazer aparecer, surgir de repente:

Santo Antônio depara à gente as coisas perdidas.

Peça a Deus que lhe depare o mundo.

Pode ser transitivo direto e indireto pronominal, regendo a preposição “a”, no sentido de aparecer ou surgir
de repente; apresentar-se inesperadamente; chegar, vir (por acaso ou de repente); proporcionar-se;
oferecer-se:

Ele deparou-se ao inimigo naquelas colinas.

Deparou-se-lhe um objeto estranho no chão.

Na pequena casa do cemitério dos Judeus, deparou-se-lhes uma cena grotesca.

Pode ser transitivo direto e indireto pronominal, regendo a preposição “com”, no sentido de topar-se,
encontrar-se de repente ou por acaso; avistar-se inesperadamente; defrontar-se. Neste sentido, admite-se
também a transitividade indireta sem o pronome ou a transitividade direta sem o pronome. Veja:

Deparei-me com um velho amigo.

Deparei com um velho amigo.

Deparei um velho amigo.

Esquecer, lembrar, recordar: transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos):

Ele esqueceu o livro. Lembrou a situação. Recordou o fato.

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Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de.

Ele se esqueceu do livro. Lembrou-se da situação. Recordou-se do fato.

No sentido figurado, há ainda a possibilidade de o sujeito do verbo "esquecer" não ser uma pessoa,
mas uma coisa:

Esqueceram-me as palavras de elogio.

Essa mesma regência vale para "lembrar", isto é, há na língua o registro de frases como "Não me
lembrou esperá-la", em que "lembrar" significa "vir à lembrança". O sujeito de "lembrou" é "esperá-la", ou
seja, esse fato (o ato de esperá-la) não me veio à lembrança.

Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e indiretos: Lembrei ao
aluno o dia do teste.

Implicar: transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”.

Seu estudo implicará aprovação.

Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”.

Implicaram o servidor no processo.

Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar antipatia”, “perturbar”.

Sempre implicava com o vizinho.

Morar, residir, situar-se, estabelecer-se: pedem adjuntos adverbiais com a preposição em, e não a: Morava
na Rua Onofre da Silva.

Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com este verbo. A estrutura
“aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto é: onde moro.

Namorar: transitivo direto: Ela namorou aquele artista.

Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a.

Obedeço ao comando. Não desobedeçamos à lei.

Pedir, implorar, suplicar: transitivos diretos e indiretos, com a preposição a (mais raramente, para): Pediu
ao dirigente uma solução.

Só admitem a preposição para quando existe a palavra licença (ou sinônimos), clara ou oculta.

Ele pediu para sair. (ou seja: pediu licença para)

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Perdoar e pagar: transitivos diretos, se o complemento é coisa.

Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento

Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa.

Perdoei ao amigo. Paguei ao empregado.

Pode aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e indireto:

O Brasil pagou a dívida ao FMI.

O FMI perdoará a dívida aos países pobres.

Note que, se no último exemplo retirássemos a preposição “a” e inseríssemos a preposição de, o
verbo passa a ser apenas transitivo direto e o termo preposicionado passa a ser o adjunto adnominal que
caracteriza o núcleo deste termo. Veja:

O FMI perdoará a dívida dos países pobres.

VTD + OD

Preferir: transitivo direto: Prefiro biscoitos.

Transitivo direto e indireto, com a preposição a: Prefiro vinho a leite.

Cuidado, pois o verbo “preferir” não aceita palavras ou expressões de intensidade, nem do que ou
que. Assim, está errada a construção como “Prefiro mais vinho do que leite”.

Presidir: transitivo direto ou indireto:

O chefe presidiu a cerimônia. O chefe presidiu à cerimônia.

Proceder: intransitivo, com o sentido de “agir”: Ele procedeu bem.

Intransitivo, com o sentido de “justificar-se”: Isso não procede.

Intransitivo, com o sentido de “vir”, “originar-se”; pede a preposição de.

A balsa procedia de Belém.

Neste sentido, admite “donde” ou a locução “de onde”:

Venho de onde ficou minha infância. (=donde)

Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “realizar”, “dar andamento”: Ele procedeu
ao inquérito.

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Querer: transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer o favor de": Ele
quer a verdade.

Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma coisa". É normal o advérbio
“bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é exigida a preposição a: A mãe quer muito ao filho. (...quer
bem ao filho)

Referir-se: transitivo indireto, com a preposição a:

O palestrante referiu-se ao problema.

Transitivo direto, no sentido narrar, contar: Ele referiu o ocorrido.

Responder: transitivo direto, em relação à própria resposta dada.

Responderam que estavam bem.

Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta.

Respondi ao telegrama.

Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto:

Respondemos aos parentes que iríamos.

Simpatizar e antipatizar: transitivo indireto, regendo preposição com sem pronome oblíquo: Simpatizo com
Madalena.

A construção “Simpatizo-me com Madalena” está errada”, pois não pode haver pronome oblíquo
átono.

Visar: transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”:

Ela visou as folhas.

Transitivo direto quando significa “mirar”: Visavam um ponto na parede.

Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”, “almejar”: Visava à felicidade
de todos.

Aqui não é aceito o pronome "lhe" como complemento, empregando-se, assim, as formas "a ele" e
"a ela".

Algumas gramáticas aceitam a regência deste verbo na acepção de “pretender, almejar” como verbo
transitivo direto, quando logo após houver um verbo no infinitivo. “O programa visa facilitar o acesso ao
ensino gratuito.”

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Observações importantes:

a) Alguns verbos transitivos indiretos, mesmo pedindo a preposição a, não admitem o pronome lhe como
objeto. Veja alguns importantes.

Assistiu ao filme. Assistiu-lhe. (errado) Assistiu a ele. (certo)

Aspiro à promoção. Aspiro-lhe. (errado) Aspiro a ela. (certo)

Visava ao concurso. Visava-lhe. (errado) Visava a ele. (certo)

Aludi ao preconceito. Aludi-lhe. (errado) Aludi a ele. (certo)

Anuiu ao pedido. Anuiu-lhe. (errado) Anuiu a ele. (certo)

Procedeu ao inquérito. Procedeu-lhe. (errado) Procedeu a ele. (certo)

Presidimos à reunião. Presidimos-lhe. (errado) Presidimos a ela. (certo)

b) Quando o complemento verbal é o mesmo para dois ou mais verbos, estes devem possuir a mesma
regência verbal. Assim, construções como “Fui e voltei de Salvador” transmite erro gramatical. A regência do
verbo “Fui” exige a preposição “a”, e a do verbo “voltei” exige preposição “de”. Portanto, deveremos corrigir
para: “Fui a Salvador e voltei de lá”

Veja outros casos:

Gostei e comprei o carro. Gostei do carro e o comprei.

Conheci e não simpatizei com Carlos. Conheci Carlos e não simpatizei com ele.

Construção viciosa Construção gramaticalmente correta

5. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Ninguém poderia ficar impassível diante de uma mudança dessa envergadura. Por isso
a sensação mais difundida é a desorientação.
Seria mantida a correção gramatical do texto se o trecho “diante de uma mudança” (linha 1) fosse alterado
para ante a uma mudança.

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Comentário: A locução prepositiva “diante de” pode ser substituída pela preposição “ante”, não devendo
ser seguida da preposição “a”. O correto é “ante uma mudança”.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

6. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)


Mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do trecho “O direito tributário brasileiro depara-se
com grandes desafios” (linhas 1 e 2), do texto, o segmento “depara-se com” poderia ser substituído por
a) depara-se a.
b) confronta com.
c) depara-se diante de.
d) confronta-se a.
e) depara com.

Comentário: A questão pede seu conhecimento de regência verbal, mas também devemos tomar cuidado
com o sentido a ser preservado.

Ora, o verbo “deparar”, neste contexto, transmite o sentido de encontrar, topar. Assim, não tem o
mesmo sentido de “confrontar” e podemos eliminar as alternativas (B) e (D).

O verbo “deparar” não rege a preposição “diante” e podemos eliminar também a alternativa (C).

A alternativa (A) está errada, pois, apesar de existir a regência do verbo “deparar” com a preposição
“a”, esta construção não mantém o mesmo sentido do texto, pois “deparar-se a” transmite o sentido de
aparecer ou surgir de repente; apresentar-se inesperadamente, como em:

Deparou-se a ele uma imagem maravilhosa.

Assim, mantendo-se o mesmo sentido e a regência verbal correta, resta a alternativa (E), pois se
admite a omissão do pronome átono:

“O direito tributário brasileiro depara-se com grandes desafios”

“O direito tributário brasileiro depara com grandes desafios”

Gabarito: E

7. (CESPE / EMAP Cargos de nível médio – 2018)


Fragmento de texto: A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da redução
de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos grandes avanços
nas comunicações, tem exigido mudanças efetivas na atuação do comércio internacional.

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O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” (linha 2) é exigido pela presença de “decorrente”
(linha 1), sendo as inovações uma das quatro causas da crescente internacionalização mencionadas no texto.

Comentário: Note que o adjetivo “decorrente” rege a preposição “de”, a qual inicia o complemento nominal
composto “da redução de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e
dos grandes avanços nas comunicações”, cujos núcleos foram sublinhados para maior clareza didática.

O termo “das inovações” é apenas o adjunto adnominal do núcleo “velocidade”.

Assim, a afirmação está errada.

Note que o valor semântico de “decorrente” impõe entendermos que há três (e não quatro) causas
da crescente internacionalização da economia:

i) redução de barreiras ao comércio mundial;

ii) da maior velocidade das inovações tecnológicas;

iii) dos grandes avanços nas comunicações.

Gabarito: E

8. (CESPE / STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, o que significa, se não é erro tomar as
palavras à letra, que não seria verdadeiro homem aquele que não errasse. (...) Quem não sabe deve
perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar deveria tê-la sempre presente o revisor,
tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde agora está trabalhando, pois não
faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e prudência de não acreditar cegamente
naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância.
Em “disse-o quem sabia” (linha 1) e em “Quem não sabe deve perguntar” (linhas 2 e 3), o verbo saber é
intransitivo.

Comentário: Na oração “quem sabia”, “quem” é o sujeito e o verbo “sabia” é intransitivo. Na oração “Quem
não sabe”, “quem” é o sujeito, “não” é o adjunto adverbial de negação e o verbo “sabia” é intransitivo.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

9. (CESPE / STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: Lancemos, enfim, a crédito do revisor ter reunido, ao longo duma vida, tantas e tão
diversas fontes de informação, embora um simples olhar nos revele que estão faltando no seu tombo as
tecnologias da informática, mas o dinheiro, desgraçadamente, não chega a tudo, e este ofício, é altura de
dizê-lo, inclui-se entre os mais mal pagos do orbe.

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O termo “entre os mais mal pagos do orbe” (linha 4) exerce a função de complemento da forma verbal
“inclui”.

Comentário: O verbo “incluir” é transitivo direto e indireto: incluir algo em outro, incluir algo entre outros.

Assim, o pronome “se” pode ser percebido como apassivador, pois podemos entender que este ofício
é incluído entre os mais mal pagos do orbe.

O que mais importa perceber é que o termo preposicionado “entre os mais mal pagos do orbe” é o
objeto indireto. Assim, é o complemento verbal indireto do verbo “incluir” e a afirmação está correta.

Gabarito: C

10. (CESPE / STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas natural, do que falar, com
relutante perfeição, uma língua artificialmente construída.
A regência do verbo preferir observada no período do texto é típica da variedade culta do português
europeu, sendo pouco frequente na variedade brasileira do português, principalmente em textos informais.

Comentário: A banca está querendo enrolar você ao afirmar que essa regência é típica da variedade culta do
português europeu. Na realidade, você deve se ater ao que foi afirmado na sequência e, por extensão, vai
sentir o erro da afirmação anterior.

Note que o verbo “preferir” não admite a expressão comparativa “do que”. Isso é típico da linguagem
coloquial, informal; não da norma culta. Assim, quer estejamos no Brasil, quer estejamos em Portugal, tal
regência não está de acordo com o padrão culto da linguagem e a afirmação está errada. O ideal seria:

Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas natural, a falar, com relutante perfeição, uma língua
artificialmente construída.

Gabarito: E

11. (CESPE / STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: De que vale aprender a conduzir melhor seu carro quando se está no fim do percurso?
Só resta pensar então em como abandoná-lo. O estudo de um Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente
o de aprender a morrer e é precisamente o que menos se faz na minha idade, pensa-se em tudo, menos
nisso.
A regência do verbo restar é diferente nos trechos “resta pensar” (linha 2) e “resta a fazer” (linha 2): neste,
o sentido do verbo altera-se em relação ao empregado naquele.

Comentário: Realmente a regência do verbo “restar”, nas duas ocorrências, é diferente. Em “resta pensar”,
o verbo “resta” é intransitivo e seu sujeito é o oracional “pensar”.

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Em “se ainda lhe resta a fazer”, o pronome átono “lhe” é o objeto indireto, o verbo “restar” é
transitivo indireto e o sujeito é o oracional “fazer”.

Observação: Houve uma impropriedade na inserção da preposição “a” diante desse verbo, pois sabemos que
sujeito não deve ser preposicionado. Assim, o ideal seria o seguinte nesta oração: se ainda lhe resta fazer.

Bom, até aí tudo bem. Porém, foi informado que do primeiro para o segundo verbo, há diferença de
sentido. Isso não é verdade.

O fato de haver a mudança de intransitivo para transitivo indireto não gera mudança de sentido.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

12. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento de texto: De resto, semelhantes cidadãos são idiotas. É de se supor que quem quer casar deseje
que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal com a máxima liberdade, com a melhor boa-vontade,
sem coação de espécie alguma, com ardor até, com ânsia e grandes desejos; como é então que se castigam
as moças que confessam não sentir mais pelos namorados amor ou coisa equivalente?
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, a forma verbal “deseje” (linha 1) poderia
ser substituída por aspire a.

Comentário: O verbo “desejar” tem o mesmo sentido de “aspirar”. Note que o primeiro é transitivo direto e
o segundo é transitivo indireto e rege a preposição “a”.

Note também ambos preservam o mesmo tempo verbal: presente do subjuntivo.

Assim, a substituição está perfeita e a afirmação está correta.

Gabarito: C

13. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento de texto: É tudo uma questão de amor e prisma, por favor não abra os canhões. Que coisa mais
linda esse ácido despenteado, caramba. Olhei com mais atenção o desenho da estrutura e descobri: a raça
humana é toda brilho.
A substituição da expressão “Olhei com mais atenção” (linha 2) por Atentei-me para manteria o sentido geral
e a correção gramatical do trecho original.

Comentário: O verbo “atentar” não admite o pronome átono. Assim, a substituição seria correta da seguinte
forma:

Atentei para o desenho da estrutura e descobri...

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Gabarito: E

14. (CESPE / ABIN Agente de Inteligência – 2018)


Fragmento de texto: O trabalho desenvolvido pela contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças
como a espionagem, a sabotagem, o vazamento de informações e o terrorismo, patrocinadas por
instituições, grupos ou governos estrangeiros.
O sentido do texto seria prejudicado, embora sua correção gramatical fosse preservada, caso a preposição
presente na expressão “contra ameaças” (linha 1) fosse substituída pela preposição de.

Comentário: O substantivo “defesa” pode reger a preposição “contra” ou a preposição “de”. A primeira
transmite o sentido de oposição, em direção oposta. Já a segunda, neste contexto, transmitiria a ideia de
que alguém ajudaria na ameaça.

Assim, a troca faz mudar o sentido, mesmo permanecendo a correção gramatical.

Gabarito: C

15. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento de texto: São José do Rio Preto, centro urbano de tamanho médio, com cerca de 408 mil
habitantes em 2010, localizada na região noroeste do estado de São Paulo, em área de clima tropical, é uma
cidade reconhecida pelo seu calor intenso.
A correção gramatical do texto seria preservada caso a preposição que inicia o trecho “em área de clima
tropical” (linha 2) fosse eliminada.

Comentário: A expressão “em área de clima tropical” faz parte de um adjunto adverbial de lugar composto,
pois há a enumeração do primeiro adjunto adverbial “na região noroeste do estado de São Paulo” e do
segundo adjunto adverbial de lugar “em área de clima tropical”.

Ambos os adjuntos adverbiais modificam “localizada”.

Com a exclusão da preposição “em”, passamos a ter o aposto explicativo, pois se entende agora que
a região noroeste do estado de São Paulo é área de clima tropical.

Assim, muda-se a estrutura sintática, muda-se o sentido, mas não há qualquer prejuízo à correção
gramatical.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

16. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento de texto: O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-
natalista. Por cerca de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência

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de altas taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial
e do crescimento do mercado interno.
O trecho “da prevalência de altas taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da
expansão da ocupação territorial e do crescimento do mercado interno” (linhas 2 a 4) constitui uma
enumeração que complementa o sentido da expressão iniciada por “em função” (linha 2).

Comentário: Observamos que o termo é uma enumeração de três elementos e estão precedidos da
preposição “de”, a qual é regida pelo nome “função”. Assim, realmente a afirmação está correta.

Gabarito: C

17. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Os professores fazem cursos, acumulam certificados, sem que isso corresponda a
mudança ou responda aos desafios que encaram na sala de aula.
Sem prejuízo das informações veiculadas no texto, a forma verbal “responda” (linha 2) poderia ser
substituída por atenda.

Comentário: O verbo “responda”, assim como o verbo “atenda” são transitivos indiretos e preservam o
mesmo sentido.

Assim, a substituição está correta.

Gabarito: C

18. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Aos poucos cresceu no meu conhecimento a gramática e a seguir a linguística com
todas as suas correntes e disciplinas. Aumentou assim o meu entusiasmo pelas possibilidades expressivas da
língua, sua relação com os recursos linguísticos e seu funcionamento em textos resultantes de sujeitos, de
ideologias, de atividades e esferas de ação do ser humano concretizando modos/formas e objetivos de ação
em tipos de gêneros e espécies de textos.
Na linha 2, a contração “pelas” poderia ser substituída por com as, mantendo-se a correção gramatical e o
sentido do texto.

Comentário: Note pelo contexto que o substantivo “entusiasmo” rege tanto a preposição “por”, quanto a
preposição “com”. Confirme abaixo que também não há diferença de sentido:

Aumentou assim o meu entusiasmo pelas possibilidades expressivas da língua...

Aumentou assim o meu entusiasmo com as possibilidades expressivas da língua...

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

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19. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento de texto: A efetiva transparência do administrador público não se resume à publicidade dos
gastos.
A substituição do trecho “à publicidade dos gastos” (linhas 1 e 2) por na publicidade manteria a correção
gramatical do texto

Comentário: O verbo “resume”, neste contexto, é transitivo direto e indireto, e o objeto indireto pode ser
precedido da preposição “a” ou “em”. Assim, podemos subtender duas construções:

A efetiva transparência do administrador público não se resume à publicidade dos gastos.

A efetiva transparência do administrador público não se resume na publicidade dos gastos.

Note que a questão não fez qualquer menção ao sentido, simplesmente ao fator gramatical. Assim, a
afirmação está correta.

Gabarito: C

20. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
Considerando-se as regências do verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta a seguinte
reescrita para a oração “Já esqueci a língua”: Já esqueci da língua.

Comentário: O verbo “esquecer”, quando não tiver ligado a pronome átono, é transitivo direto, como ocorre
no texto original: Já esqueci a língua. Só inseriremos a preposição “de” quando for pronominal: Já me esqueci
da língua. Como a substituição não apresentou o pronome átono, a afirmação está errada.

Gabarito: E

21. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento de texto: As últimas décadas registraram o ressurgimento do campo do conhecimento
denominado políticas públicas, assim como das instituições, das regras e dos modelos que regem sua
decisão, elaboração, implementação e avaliação.
A introdução da preposição por imediatamente após “denominado” (linha 2) manteria o sentido e a correção
gramatical do texto, além de imprimir-lhe mais clareza.

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Comentário: O vocábulo “denominado” pode reger a preposição “de” (denominado de políticas públicas),
mas não cabe a preposição “por”, tendo em vista que isso implicaria mudança de sentido.

Note que o suposto termo “por políticas públicas” passaria ao sentido de agente, seria o agente da
passiva, isto é, as políticas públicas é que denominariam o conhecimento.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

22. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento de texto: A política pública, embora seja formalmente um ramo da ciência política, a ela não se
resume, podendo também ser objeto analítico de outras áreas do conhecimento, inclusive da econometria,
já bastante influente em uma das subáreas da política pública, a da avaliação, que também vem recebendo
influência de técnicas quantitativas.
Seriam mantidos o sentido original do texto e sua correção gramatical caso o trecho “a ela não se resume”
(linhas 1 e 2) fosse substituído por não lhe resume.

Comentário: Esta é uma questão de reescrita, mas tem o fundamento na regência verbal e no emprego do
pronome átono.

No trecho original, “a ela” é o objeto indireto, “se” é pronome apassivador e o verbo “resume” é
transitivo direto e indireto. Assim, entendemos que a política pública não é resumida a uma ciência política.

Porém, com a reescrita, o pronome “se” foi excluído e o verbo passa a transitivo direto, mudando o
sentido, além de exigir o objeto direto com o pronome “a”, e não “lhe”.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

23. (CESPE / PJC MT Delegado – 2017)


Fragmento de texto: A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os
espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os
homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove a desonestidade,
a venalidade, a relaxação; insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.
A correção gramatical do texto seria mantida caso o termo “sob” (linha 4) fosse substituído por em.

Comentário: O verbo “insuflar” é transitivo direto e “a cortesania, a baixeza” é o objeto direto composto. O
termo “sob todas as suas formas” é o adjunto adverbial de modo.

A troca de “sob” por “em” mudaria sensivelmente o sentido, mas não implicaria incorreção
gramatical.

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Assim, como a questão apenas afirmou que a troca de “sob” por “em” manteria a correção gramatical,
ela está certa.

Gabarito: C

24. (CESPE / CP RM Técnico em Geociências – 2016)


Fragmento de texto: A conclusão, praticamente unânime, é de que políticas que visem à conservação do
meio ambiente e à sustentabilidade de projetos econômicos devem ser metas para todos os governantes.
A substituição da forma verbal “visem” (linha 1) por objetivam mantém a correção gramatical do texto.

Comentário: O verbo “visem”, no sentido de ter por objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
Esse foi o motivo, inclusive, de haver crase em “à conservação do meio ambiente e à sustentabilidade de
projetos econômicos”. Já o verbo “objetivam” é transitivo direto e não admite preposição “a”. Assim, pela
regência, sabemos que não cabe a substituição e a afirmação está errada, pois deveríamos excluir a
preposição “a”, o que não foi mencionado na questão. Compare:

A conclusão, praticamente unânime, é de que políticas que visem à conservação do meio ambiente e à
sustentabilidade de projetos econômicos devem ser metas para todos os governantes.

A conclusão, praticamente unânime, é de que políticas que objetivam a conservação do meio ambiente e a
sustentabilidade de projetos econômicos devem ser metas para todos os governantes.

Quero chamar sua atenção aqui quanto ao pedido da questão. Ele menciona a manutenção da
correção gramatical. Nada foi falado sobre sentido original. Assim, a troca do verbo “visem”, que se encontra
no tempo presente do subjuntivo (denotando ideia de possibilidade, suposição), pelo verbo “objetivam”,
que se encontra no presente do indicativo (marcando certeza), muda o sentido, mas não transmite
incorreção gramatical.

Com isso, reforço que “matamos” a questão pela regência, e não pelo tempo verbal.

Gabarito: E

25. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento de texto: O tenente Antônio de Souza era um desses moços que se gabam de não crer em nada,
que zombam das coisas mais sérias e que riem dos santos e dos milagres. Costumava dizer que isso de almas
do outro mundo era uma grande mentira, que só os tolos temem a lobisomem e feiticeiras. Jurava ser capaz
de dormir uma noite inteira dentro do cemitério.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, no trecho “só os tolos temem a lobisomem e
feiticeiras” (linha 3), a preposição “a” poderia ser suprimida.

Comentário: O verbo “temem” é transitivo direto e o termo “a lobisomem e feiticeiras” é apenas o objeto
direto composto e preposicionado. Assim, a exclusão da preposição não acarretará qualquer problema
gramatical, tampouco mudança de sentido.

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Dessa forma, a afirmação está correta.

Gabarito: C

26. (CESPE / FUNPRESP Superior – 2016)


Fragmento de texto: Brasília tinha apenas dois anos quando ganhou sua universidade federal. A
Universidade de Brasília (UnB) foi fundada com a promessa de reinventar a educação superior, entrelaçar as
diversas formas de saber e formar profissionais engajados na transformação do país.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados se o trecho “promessa de reinventar
a educação superior” (linha 2) fosse substituído por promessa de reinvenção da educação superior.

Comentário: Se houvesse apenas uma oração, tal substituição poderia ser feita sem qualquer problema.
Porém, notamos no segundo período do texto uma enumeração de orações coordenadas entre si:

A Universidade de Brasília (UnB) foi fundada com a promessa de reinventar a educação superior, entrelaçar
as diversas formas de saber e formar profissionais engajados na transformação do país.

Assim, para haver tal transformação, todas as demais orações deveriam sofrer as substituições. Veja:

A Universidade de Brasília (UnB) foi fundada com a promessa de reinvenção da educação superior,
entrelaçamento das diversas formas de saber e formação dos profissionais engajados na transformação do
país.

Gabarito: E

27. (CESPE / FUNPRESP Analista – 2016)


Fragmento de texto: Quando se cansava, sentava-se a uma grande mesa ao fundo da sala e escrevia o resto
da noite. Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a artigos, uns quarenta ou
cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa
diferente daquela e pagar ao barbeiro.
A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos” (linha 2), por lhe preservaria a correção gramatical
do texto.

Comentário: O verbo “reduziu” é transitivo direto e indireto, o pronome “o” é o objeto direto e não pode
ser substituído pelo pronome “lhe”. Note que o termo “a artigos” é o objeto indireto.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

28. (CESPE / TRE GO Técnico Judiciário – 2015)


Fragmento de texto: Por fim, integravam a Corte três membros efetivos e quatro substitutos, escolhidos
pelo chefe do governo provisório dentre quinze cidadãos, indicados pelo STF, desde que atendessem aos

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requisitos de notável saber jurídico e idoneidade moral. Dentre seus membros, elegia o Tribunal Superior,
em escrutínio secreto, por meio de cédulas com o nome do juiz e a designação do cargo, um vice-presidente
e um procurador para exercer as funções do Ministério Público, tendo este último a denominação de
procurador-geral da justiça eleitoral.
Se a preposição a presente na contração “aos” (linha 2) fosse suprimida, a função sintática da expressão
“requisitos de notável saber jurídico e idoneidade moral” (linha 3) seria alterada, mas a correção gramatical
do texto seria mantida.

Comentário: O que a questão está nos cobrando é o conhecimento de que o verbo “atender” pode ser
transitivo direto ou transitivo indireto. No texto, tal verbo é transitivo indireto e rege a preposição “a” e o
termo “aos requisitos de notável saber jurídico e idoneidade moral” é o objeto indireto.

Com a exclusão da preposição, tal verbo passa a transitivo direto e o termo “os requisitos de notável
saber jurídico e idoneidade moral” é o objeto direto. Tal regência é perfeitamente cabível, por isso a
afirmação da questão está correta.

Gabarito: C

29. (CESPE / TCE RN Auditor – 2015)


Fragmento do texto: O poder político é dividido entre órgãos independentes e autônomos, aos quais são
atribuídas funções típicas. Ao Poder Legislativo é conferida a função de elaborar a lei; ao Poder Executivo, a
função de administrar a aplicação da lei; e, ao Poder Judiciário, a função de dirimir os conflitos legais surgidos
entre pessoas ou entre estas e o Estado. Esquece-se, no entanto, que o Poder Legislativo possui outras
funções típicas, das quais o poder financeiro e o controle político são exemplos.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se substituísse “Esquece-se, (...), que” (linha 4) por
Esquece-se, (...), de que.

Comentário: Vimos que o verbo “esquecer” é transitivo direto sem pronome átono (Esqueci o livro) e
transitivo indireto com pronome átono (Esqueci-me do livro).

Mas note que, nessas estruturas, o sujeito oculto (eu) é determinado e agente.

Já, no trecho do texto, quem esquece? Quem é o agente dessa ação verbal? Não há! Isso não fica
determinado no texto.

Assim, o pronome átono “se” se juntou ao verbo transitivo direto “Esquece”. Assim, tal pronome é
apassivador e a oração subordinada substantiva “que o Poder Legislativo possui outras funções típicas” é o
sujeito paciente.

Sempre que temos a possibilidade de haver um pronome apassivador, temos que transpor a voz
passiva sintética em analítica. Veja:

Ao Poder Legislativo é conferida a função de elaborar a lei; ao Poder Executivo, a função de administrar a
aplicação da lei; e, ao Poder Judiciário, a função de dirimir os conflitos legais surgidos entre pessoas ou entre

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estas e o Estado. Esquece-se, no entanto, que o Poder Legislativo possui outras funções típicas, das quais o
poder financeiro e o controle político são exemplos.

Ao Poder Legislativo é conferida a função de elaborar a lei; ao Poder Executivo, a função de administrar a
aplicação da lei; e, ao Poder Judiciário, a função de dirimir os conflitos legais surgidos entre pessoas ou entre
estas e o Estado. É esquecido, no entanto, que o Poder Legislativo possui outras funções típicas, das quais o
poder financeiro e o controle político são exemplos.

Como sabemos que o sujeito não pode ser precedido de preposição, a inserção da preposição
realmente prejudicaria a correção do texto.

Assim, a afirmativa está correta.

Gabarito: C

30. (CESPE / TCE RN Auditor – 2015)


Fragmento do texto: Esse princípio vinculava a cobrança de tributos à existência de uma lei elaborada por
representantes do povo.
O texto permaneceria gramaticalmente correto caso o trecho “vinculava a cobrança de tributos à existência
de uma lei” fosse reescrito da seguinte forma: vinculava à cobrança de tributos a existência de uma lei.

Comentário: O verbo “vincular” é transitivo direto e indireto (vincular uma coisa a outra). No texto original,
o termo “a cobrança” é o objeto direto e “à existência de uma lei” é objeto indireto.

Tal verbo permite a transição de complementos. Assim, a afirmação está correta. Veja as duas formas
para comparação:

Esse princípio vinculava a cobrança de tributos à existência de uma lei elaborada por representantes do povo.

Esse princípio vinculava à cobrança de tributos a existência de uma lei elaborada por representantes do povo.

Gabarito: C

31. (CESPE / Telebras Especialista em Gestão – 2015)


Fragmento do texto: A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil veio acompanhada da
privatização do Sistema TELEBRAS — operado pela Telecomunicações Brasileiras S.A. (TELEBRAS) —,
monopólio estatal verticalmente integrado e organizado em diversas subsidiárias, que prestava serviços por
meio de uma rede de telecomunicações interligada, em todo o território nacional.
(...)
A privatização, ao contrário do que ocorreu em diversos países em desenvolvimento e mesmo em
outros setores de infraestrutura do Brasil, foi precedida da montagem de detalhado modelo institucional,
dentro do qual se destaca a criação de uma agência reguladora independente e autônoma, a Agência
Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Além disso, a reestruturação do setor de telecomunicações

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brasileiro foi precedida de reformas setoriais em vários outros países, o que trouxe a possibilidade de
aprendizado com as experiências anteriores.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, nas estruturas “da privatização” (linhas 1 e 2), “da
montagem” (linha 6) e “de reformas setoriais” (linha 9), os elementos sublinhados podem ser substituídos,
respectivamente, pelas formas pela, pela e por.

Comentário: Devemos nos lembrar de que o agente da passiva pode ser precedido da preposição “por” (mais
usual) ou “de” (menos usual). A questão quis chamar atenção quanto a isso, pois, no texto, esses três termos
ocupam a função de agente da passiva e são iniciados pela preposição “de”, a qual pode ser trocada pela
preposição “por”. Veja:

A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil veio acompanhada pela privatização do Sistema


TELEBRAS...

A privatização (...) foi precedida pela montagem de detalhado modelo institucional...

... a reestruturação do setor de telecomunicações brasileiro foi precedida por reformas setoriais em
vários outros países...

Assim, pode haver tal substituição sem prejuízo para a correção gramatical do texto.

Gabarito: C

32. (CESPE / TRE RS Analista Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: As incompatibilidades são, da mesma forma, impedimentos, embora de natureza
diversa, que proíbem o parlamentar, desde a expedição do diploma ou desde a sua posse, de obter, direta
ou indiretamente, vantagens do poder público, ou de se utilizar do mandato para obtê-las com maior
facilidade.
Dada a regência do verbo proibir (linha 2), a substituição do termo “o parlamentar” (linha 2) por ao
parlamentar não prejudicaria a correção gramatical do texto.

Comentário: A regência do verbo “proibir” é semelhante à do verbo “informar”. Tais verbos são transitivos
diretos e indiretos. Veja:

Proibir alguém de alguma coisa.

Proibir alguma coisa a alguém.

No texto, o verbo “proibir” tem regência conforme a primeira frase acima (Proibir alguém de alguma
coisa) e a questão queria mudar para a segunda estrutura (Proibir alguma coisa a alguém). Porém, não pode
haver a mudança apenas com um dos termos. Veja que, com a mudança, apenas o objeto direto “o
parlamentar” transformou-se em objeto indireto “ao parlamentar”, mas não houve mudança da oração
subordinada substantiva objetiva indireta “de obter...” para objetiva direta “obter...”. Isso causou erro
gramatical.

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Gabarito: E

33. (CESPE / TRE-MS Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento de texto: No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os requisitos da nacionalidade,
idade e capacidade, além do requisito formal do alistamento eleitoral.
A correção gramatical do texto seria mantida, apesar de haver alteração de seu sentido, caso o trecho “do
alistamento eleitoral” (linha 2) fosse substituído por para o alistamento eleitoral.

Comentário: A afirmativa está correta, porque realmente a exclusão da preposição “de” e inclusão da
preposição “para” força a mudança de sentido. O primeiro transmite a ideia de caracterização do “requisito
formal”. Já com a preposição “para” o sentido passa a ser a finalidade do “requisito formal”. Compare:
==dbe68==

No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os requisitos da nacionalidade, idade e capacidade, além
do requisito formal do alistamento eleitoral.

No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os requisitos da nacionalidade, idade e capacidade, além
do requisito formal para o alistamento eleitoral.

Gabarito: C

34. (CESPE / TRE-MS Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento de texto: Políticos, sociais ou jurisdicionais, todos eles destinam-se à mesma finalidade: submeter
o administrador ao controle e à aprovação do administrado.
Sem prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido original do texto, o trecho “submeter o
administrador ao controle e à aprovação do administrado” poderia ser reescrito da seguinte forma:
submeter ao administrador o controle e a aprovação do administrado.

Comentário: A primeira parte da afirmação está correta, pois o verbo “submeter” é transitivo direto e
indireto, o objeto direto é o termo “o administrador” e o termo composto “ao controle e à aprovação do
administrado” é o objeto indireto. Com a substituição, o verbo continua sendo transitivo direto e indireto e
os objetos direto e indireto apenas foram trocados. Assim, há correção gramatical.

Políticos, sociais ou jurisdicionais, todos eles destinam-se à mesma finalidade:

submeter o administrador ao controle e à aprovação do administrado.

VTDI + objeto direto + objeto indireto composto

Políticos, sociais ou jurisdicionais, todos eles destinam-se à mesma finalidade:

submeter ao administrador o controle e a aprovação do administrado.

VTDI + objeto indireto + objeto direto composto

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O erro na questão foi apenas afirmar que o sentido não mudaria. Na realidade, o sentido muda, pois
no primeiro trecho entendemos que o administrador é submetido ao controle e à aprovação do
administrado.

Com a substituição, agora é o controle e a aprovação do administrado que são submetidos ao


administrador. Percebeu a diferença?! Fácil, não é mesmo?!

Gabarito: E

35. (CESPE / TRE-MS Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento de texto: O sufrágio universal, por exemplo, é um mecanismo de controle de índole
eminentemente política — no Brasil, está previsto no art. 14 da Constituição Federal de 1988, que assegura
ainda o voto direto e secreto e de igual valor para todos —, que garante o direito do cidadão de escolher
seus representantes e de ser escolhido pelos seus pares.
Prejudicaria a correção gramatical do texto, assim como sua coerência, a substituição do trecho “que garante
o direito do cidadão” (linha 3) por que garante ao cidadão o direito.

Comentário: O verbo “garante” é transitivo direto e o termo “o direito do cidadão” é o objeto direto. Note
que há o núcleo “direito” e o adjunto adnominal “do cidadão”.

A questão afirmou que a substituição dessa construção por “que garante ao cidadão o direito”
prejudicaria a correção gramatical do texto e a coerência. Vamos verificar?

Com a substituição, o verbo “garante” é transitivo direto e indireto, o termo “o direito” é o objeto
direto e “ao cidadão” é o objeto indireto. Assim, a correção gramatical não foi prejudicada e permanece a
coerência. Apenas houve mudança de sentido e isso não foi mencionado na questão. Finalizando, a
afirmativa está errada.

Gabarito: E

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2 – REGÊNCIA NOMINAL
Complemento nominal:

Vimos na aula de sintaxe da oração que determinados substantivos, adjetivos e advérbios se fazem
acompanhar de complementos, os quais são chamados de complementos nominais e são introduzidos por
preposição.

Note abaixo que o substantivo “leitura” dá nome à ação de “ler”. Como é natural o verbo ser
transitivo, esse substantivo também fica transitivo.

Predicado Verbal
sujeito VTD objeto
direto
Você leu o texto.

Você fez uma boa leitura do texto.


sujeito VTD objeto direto complemento
nominal
Predicado verbal

Compare: Júlia aproveitou o momento. (objeto direto)

Júlia tirou proveito do momento. (complemento nominal)

A banca CESPE normalmente não pergunta, por exemplo, se “do momento” é complemento nominal;
ela pergunta se a preposição “de” é exigida pelo verbo “tirou” ou pelo substantivo “proveito”. A preposição
“de”, em contração com o artigo “o”, é exigida pelo substantivo “proveito”, por isso a expressão “do
momento” completa o sentido desse substantivo.

Vimos então que, quando um nome exige complemento, chamamos de Regência Nominal,
passaremos aos nomes de maior ocorrência.

Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir complementação para seu sentido
precedida de preposição.

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acostumado a, com curioso de


afável com, para desgostoso com, de
afeiçoado a, por desprezo a, de, por
aflito com, por devoção a, por, para, com
alheio a, de devoto a, de
ambicioso de dúvida em, sobre, acerca de
amizade a, por, com empenho de, em, por
amor a, por falta a, com, para
ansioso de, para, por imbuído de, em
apaixonado de, por imune a, de
apto a, para inclinação a, para, por
atencioso com, para incompatível com
aversão a, por junto a, de
ávido de, por preferível a
conforme a propenso a, para
constante de, em próximo a, de
constituído com, de, por respeito a, com, de, por, para
contemporâneo a, de situado a, em, entre
contente com, de, em, por último a, de, em
cruel com, para único a, em, entre, sobre

36. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para
absolver o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos.
Nos trechos “intenção de difamar” (linha 1) e “nem de deplorar” (linha 2), a preposição “de” poderia ser
substituída por em, sem que a correção gramatical do texto fosse comprometida.

Comentário: A regência nominal do substantivo “intenção” admite o emprego da preposição “de” ou “em”.
Assim, cabe também a construção abaixo:

Que fique claro: não tenho nenhuma intenção em difamar ou condenar o passado para absolver o presente,
nem em deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos.

Portanto, a afirmação está correta.

Gabarito: C

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37. (CESPE / MP ENAP Superior – 2015)


Fragmento do texto: Já a partir da década de 70 do século passado, o conceito de planejamento não era
mais tão visto como um instrumento técnico e, sim, como um instrumento político capaz de moldar e de
articular os diversos interesses envolvidos no processo de intervenção de políticas públicas.
A locução “capaz de” (linha 2) poderia, sem prejuízo do sentido original do texto, ser substituída por para.

Comentário: Como há duas orações coordenadas (“de moldar e de articular”), a troca de “capaz de” por
“para” forçaria a exclusão da preposição “de” diante do verbo “articular”. Sem excluir a preposição “de”
diante desse outro verbo, o sentido é prejudicado e a coerência também. Confirme:

Já a partir da década de 70 do século passado, o conceito de planejamento não era mais tão visto como um
instrumento técnico e, sim, como um instrumento político capaz de moldar e de articular os diversos
interesses envolvidos no processo de intervenção de políticas públicas.

Já a partir da década de 70 do século passado, o conceito de planejamento não era mais tão visto como um
instrumento técnico e, sim, como um instrumento político para moldar e de articular os diversos interesses
envolvidos no processo de intervenção de políticas públicas.

Dessa forma, o ideal seria:

Já a partir da década de 70 do século passado, o conceito de planejamento não era mais tão visto como um
instrumento técnico e, sim, como um instrumento político para moldar e articular os diversos interesses
envolvidos no processo de intervenção de políticas públicas.

Assim, a afirmação da questão está errada.

Gabarito: E

38. (CESPE / TRE-MS Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento de texto: O sufrágio universal, por exemplo, é um mecanismo de controle de índole
eminentemente política — no Brasil, está previsto no art. 14 da Constituição Federal de 1988, que assegura
ainda o voto direto e secreto e de igual valor para todos —, que garante o direito do cidadão de escolher
seus representantes e de ser escolhido pelos seus pares.
Na linha 1, a expressão “de índole” exerce a função de complemento de “controle” e, por isso, o emprego
da preposição “de” é exigido pela presença desse substantivo na oração.

Comentário: A questão está errada e tentou induzir o candidato a entender o termo “de índole
eminentemente política” como complemento nominal do substantivo “controle”. Se isso fosse correto,
entenderíamos que haveria um mecanismo que controla a índole eminentemente política.

Porém, essa não é a informação do texto. Na realidade, o termo “de índole eminentemente política”
é apenas o adjunto adnominal e caracteriza a expressão “mecanismo de controle”. Assim, entendemos do
texto que o sufrágio universal é um mecanismo de controle, o qual possui índole eminentemente política.

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Gabarito: E

39. (CESPE / Assembleia Legislativa-ES Taquígrafo – 2011)


Com relação à frase “Notas taquigráficas possibilitam ao cidadão acesso rápido ao trabalho do Senado
Federal”, a expressão “do Senado Federal” é complemento do núcleo nominal “trabalho”.

Comentário: O verbo “possibilitam” é transitivo direto e indireto (possibilitar alguma coisa a alguém), o
sujeito é o termo “Notas taquigráficas”, o objeto direto é “acesso rápido”, o objeto indireto é “ao cidadão”
e o complemento nominal é “ao trabalho do Senado Federal”.

Como sabemos que o complemento nominal tem valor paciente em relação ao substantivo abstrato,
e o adjunto adnominal tem valor agente, o termo “do Senado Federal” é adjunto adnominal do núcleo do
objeto indireto “trabalho”, porque podemos entender que o Senado Federal trabalha (agente).

Notas taquigráficas possibilitam ao cidadão acesso rápido ao trabalho do Senado Federal.

núcleo Adj Adn + VTDI + Adj Adn núcleo+ núcleo Adj Adn + Adj Adn núcleo Adj Adn

sujeito objeto indireto objeto direto complemento nominal

Por isso, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

40. (CESPE / Detran - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: O agravamento da crise urbana nos países em desenvolvimento e as mudanças
políticas, sociais e econômicas, que, no momento, se processam em escala mundial, requerem novo esforço
governamental para a organização das cidades e dos seus sistemas de transporte.
A presença da preposição de antes das expressões “cidades” e “seus sistemas” indica que esses termos
complementam a ideia de “organização”.

Comentário: Note que o substantivo “organização” rege preposição “de”, a qual inicia os dois núcleos do
complemento nominal composto (das cidades e dos seus sistemas). Como se sabe que o complemento
nominal é termo que completa o sentido do nome, a afirmativa está correta.

Gabarito: C

41. (CESPE / Detran - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: O carro, no entanto, não é o único vilão. A solução para o problema da mobilidade
passa pela criação de alternativas ao uso do transporte individual.
“Como as opções alternativas ao transporte individual são pouco eficientes, pela falta de conforto,
segurança ou rapidez, as pessoas continuam optando pelos automóveis, motocicletas ou mesmo táxis, ainda
que permaneçam presas no trânsito”, afirma S. G.

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O emprego da preposição a, em “ao uso” (linha 2) e “ao transporte” (linha 3), é obrigatório, visto que esses
termos, como complementos do substantivo “alternativas” (linhas 2 e 3), devem ser introduzidos por essa
preposição.

Comentário: O substantivo “alternativas” exigiu, neste contexto, a preposição “a”, como ocorreu em
“alternativas ao uso” e “alternativas ao transporte”. Portanto, nesta estrutura, realmente a preposição “a”
é obrigatória.

O que pode ter deixado o candidato com dúvida seria a palavra “substantivo”; pois na segunda
ocorrência “alternativas” tem valor adjetivo, o qual determina o substantivo “opções”. Mas perceba: esse
vocábulo é um substantivo e, neste caso, estava apenas com valor adjetivo; por isso a afirmativa está correta.

Gabarito: C

42. (CESPE / PC - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: Recentemente, a Coreia do Norte, mais uma vez, atacou seus irmãos do Sul. Mesmo 65
anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial e do rateio do mundo entre comunistas e capitalistas, os
coreanos seguem presos aos dogmas de seus governos. O bombardeio ordenado por Pyongyang atingiu uma
ilha do país vizinho, matou duas pessoas e feriu pelo menos dezoito. A justificativa do Norte foram manobras
supostamente feitas pelos sulistas em águas sob sua jurisdição.
A presença da preposição a em “aos dogmas” (linha 3) decorre da regência da forma verbal “seguem” (linha
3), que exige complemento regido por essa preposição.

Comentário: O verbo “seguem” é intransitivo e é seguido do predicativo “presos”, o que configura um caso
de predicado verbo-nominal. Assim, não é o verbo que exige o complemento “aos dogmas”, mas sim o
predicativo “presos”. Esse é um caso de regência nominal, e não verbal.

Gabarito: E

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4 – REGÊNCIA COM PRONOMES RELATIVOS


Como visto na aula de orações adjetivas, o pronome relativo é uma palavra que inicia as orações
subordinadas adjetivas e pode estar antecedido de preposição. Isso depende do verbo da oração adjetiva e
da função sintática do pronome relativo. Por isso é importante visualizarmos quais são os pronomes relativos
mais empregados.

que: retoma coisa ou pessoa

o/a qual: retoma coisa ou pessoa

quem: retoma pessoa

cujo: relação de posse

onde: retoma lugar

quando: retoma tempo

Os pronomes relativos e suas funções sintáticas.

Sujeito:

O homem, que é um ser racional, aprende com seus erros.


oração subordinada adjetiva

oração principal

Sempre se deve partir do verbo para entender a função sintática dos termos. Assim, há o verbo de
ligação “é”, o predicativo “um ser racional”; logo, falta o sujeito, que é o pronome relativo “que”. Onde se lê
“que”, entende-se “homem”, então se pode ter a seguinte estrutura:

O homem é um ser social.

Como se pode substituir “que” por “o qual” e suas variações, dependendo da palavra que foi
retomada, teremos:

O homem, o qual é um ser racional, aprende com seus erros.

Abaixo serão listadas outras funções do pronome relativo e suas possibilidades de substituição:

Objeto direto: Objeto indireto:


Esta é a casa que amamos. Esta é a casa de que gostamos.

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a qual amamos. (de + a qual)


OD VTD da qual gostamos.
OI VTI

Objeto indireto: Complemento nominal:


Esta é a casa a que nos referimos. Esta é a casa a que fizemos referência.
(a + a qual) (a + a qual)
à qual nos referimos. à qual fizemos referência.
OI VTI CN VTD + OD

Na função de adjunto adverbial, o pronome relativo “que” deve ser preposicionado tendo em vista
transmitir os seus valores circunstanciais, normalmente os de tempo e lugar. Quando transmite valor de
lugar, pode também ser substituído pelo pronome relativo “onde”.

A preposição “em” é de rigor quando o verbo intransitivo transmite processo estático (Estar em
algum lugar, nascer em algum lugar). Porém, se transmitir lugar de destino, regerá preposição “a” (vai a
algum lugar, vai para algum lugar); se transmitir lugar de origem, regerá a preposição “de” (vir de algum
lugar). Pode ainda, na ideia de desenvolvimento do deslocamento, ser regido pela preposição “por” (passar
por algum lugar).

Veja:

Adjunto adverbial de lugar (estático: com preposição “em”):

Esta é a casa onde moramos.


em que moramos.
(em + a qual)
na qual moramos.
Adj Adv. lugar VI

Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “a”):

Esta é a casa aonde chegamos.


a que chegamos.
(a + a qual)
à qual chegamos.
Adj Adv. lugar VI

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Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “para”):

Esta é a casa para onde vamos.


---------------
(para + a qual)
para a qual vamos.
Adj Adv. lugar VI

Observação: Não se usa pronome relativo “que” antecedido de preposição com duas ou mais sílabas.
Deve-se transformá-lo em “o qual” e suas variações.

Assim, temos “mediante o qual”, “perante o qual”, “segundo o qual”, “conforme o qual”, “sobre o
qual”, “para o qual” etc.

Adjunto adverbial de lugar (origem: com preposição “de”):

Esta é a casa de onde viemos. (ou donde)


de que viemos
(de + a qual)
da qual viemos.
Adj Adv. lugar VI

Observação: Soa mais agradável a construção “da qual”, mas “de que” também está correta.

Adjunto adverbial de lugar (desenvolvimento do trajeto: com preposição “por”):

Esta é a casa por onde passamos.


por que passamos
(por + a qual)
pela qual passamos.
Adj Adv. lugar VI

Perceba que o pronome relativo “onde” deve ser usado unicamente como adjunto adverbial de lugar.
Evite construções viciosas como:

Vivemos uma época onde o consumismo fala mais alto. (errado)

Neste caso, o pronome relativo está retomando o substantivo “época”, com valor de tempo. Assim,
é conveniente ser substituído por “quando”, “em que” ou “na qual”.

Vivemos uma época quando o consumismo fala mais alto.


Vivemos uma época em que o consumismo fala mais alto.
Vivemos uma época na qual o consumismo fala mais alto.

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O pronome relativo cujo transmite valor de posse e tem característica bem peculiar. Entendamos o
seu uso culto da seguinte forma:

1. Posiciona-se entre substantivos, fazendo


subentender a preposição “de” (valor de posse). substantivo ___ cujo substantivo

de

2. Ao se ler “cujo”, entende-se “de” + substantivo substantivo ___ cujo substantivo


anterior.
de

sujeito, OD, OI, CN, adj adv


3. O pronome “cujo” + o substantivo posterior formam
um termo da oração. Se forem objeto indireto, substantivo ___ cujo substantivo
complemento nominal ou adjunto adverbial, serão
preposicionados. de

sujeito, OD, OI, CN, adj adv


4. O substantivo posterior é o núcleo do termo, e o
pronome relativo “cujo” é o adjunto adnominal, por isso
se flexiona de acordo com o núcleo. substantivo ___ cujo substantivo
núcleo

Veja a aplicação disso: de

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Importante: não se pode inserir artigo ou pronome após o pronome relativo “cujo” e suas variações. É vício
de linguagem construções do tipo:

“A casa cujo o teto caiu foi reformada.” (errado)


“A casa cujo teto caiu foi reformada.” (certo)
“A empresa cujos aqueles funcionários reuniram-se ontem deflagrará a greve.” (errado)
“A empresa cujos funcionários reuniram-se ontem deflagrará a greve.” (certo)

Antes de passarmos para as questões de prova, é importante observarmos a diferença entre a


regência da oração subordinada substantiva e oração subordinada adjetiva. Quando há preposição
antecedendo oração adjetiva, é um verbo ou um nome posterior que a exige. Quando há preposição antes
da oração substantiva, é o verbo ou nome anterior que a exige.

Confirme isso neste exercício e na aula 2: sintaxe do período. Sublinhe a oração subordinada e diga
se é substantiva ou adjetiva.

a) Importante é aquilo de que não se pode fugir.


b) É importante que você busque seus objetivos.
c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda.
d) Convém que ele venha.
e) A mim convém aquilo de que gostas.
f) Consideraram que o trabalho foi ruim.
g) Consideraram o trabalho que teve maior nota.
h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos.
i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos.
j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem.
k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos.
l) A verdade é que precisamos muito de estudo.
m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política.

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Agora veja as respostas.

a) Importante é aquilo de que não se pode fugir.


(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)

b) É importante que você busque seus objetivos.


(oração subordinada substantiva subjetiva)

c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda.


(oração subordinada substantiva subjetiva)

d) Convém que ele venha.


(oração subordinada substantiva subjetiva)

e) A mim convém aquilo de que gostas.


(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)

f) Consideraram que o trabalho foi ruim.


(oração subordinada substantiva objetiva direta)

g) Consideraram o trabalho que teve maior nota.


(oração subordinada adjetiva – “que” é sujeito)

h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos.


(oração subordinada substantiva objetiva indireta)

i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos.


(oração subordinada adjetiva – “à qual” é objeto indireto)

j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem.


(oração subordinada substantiva completiva nominal)

k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos.


(oração subordinada adjetiva – “as quais” é objeto direto)

l) A verdade é que precisamos muito de estudo.


(oração subordinada substantiva predicativa)

m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política.


(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)

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Agora, vamos à regência nas orações adjetivas. Verifique se as frases estão corretas.

a) As pessoas a quais sempre obedeci são extremamente falsas.


b) A mala cujo a chave perdi está no guarda-volumes.
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo.
d) A empresa cujos os funcionários conversei ontem deflagrarão a greve.
e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve.
f) Os funcionários da empresa com o qual conversei ontem deflagrarão a greve.
g) Vivemos uma época muito difícil, onde a violência impera.
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba.
i) A casa em que cheguei era magnífica.
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo.
k) A vendedora que discuti foi muito mal-educada.
l) Os relatórios do caso que aspiro desapareceu da pasta.
m) Renato encontrou as irmãs de quem confiamos.
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foram vencedores.
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu.
p) A causa pela qual luto é nobilíssima.
q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina.
r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos.
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança.
t) O bairro aonde moro não proporciona segurança.

Agora, veja as frases já corrigidas.

a) As pessoas às quais sempre obedeci são extremamente falsas.


b) A mala cuja chave perdi está no guarda-volumes.
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo.
d) A empresa com cujos funcionários conversei ontem deflagrará a greve.
e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve.
f) Os funcionários da empresa com os quais conversei ontem deflagrarão a greve.
g) Vivemos uma época muito difícil, em que a violência impera.
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba.
i) A casa a que cheguei era magnífica.

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j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo.


k) A vendedora com quem discuti foi muito mal-educada.
l) Os relatórios do caso a que aspiro desapareceram da pasta.
m) Renato encontrou as irmãs em quem confiamos.
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foi vencedora.
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu.
p) A causa pela qual luto é nobilíssima.
q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina.
r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos.
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança.
t) O bairro onde moro não proporciona segurança.

Agora, vamos às questões!!!!

43. (CESPE / PGE PE Analista Administrativo de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica,
pautada na ética e na responsabilidade para com a sociedade e o meio ambiente, a fim de minimizar
problemas sociais como concentração de renda, precarização das relações de trabalho e falta de direitos
básicos como educação, saúde e moradia, agravados, entre outros motivos, por propostas que concebem
um Estado que seja parco em prestações sociais e no qual a própria sociedade se responsabilize pelos riscos
de sua existência, só recorrendo ao Poder Público subsidiariamente, na impossibilidade de autossatisfação
de suas necessidades.
A substituição de “no qual” (linha 5) por aonde prejudicaria a correção gramatical do texto.

Comentário: A afirmação está correta, pois “no qual” apresenta a preposição “em”, e não pode ser
substituída pela preposição “a” (“aonde”), pois o verbo não rege tal preposição.

Gabarito: C

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44. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: À primeira vista, a modernidade parece ser um contrato extremamente complicado,
por isso poucos tentam compreender no que exatamente se inscreveram. É como se você tivesse baixado
algum software e ele te solicitasse assinar um contrato com dezenas de páginas em “juridiquês”; você dá
uma olhada nele, passa imediatamente para a última página, tica em “concordo” e esquece o assunto.
No trecho “poucos tentam compreender no que exatamente se inscreveram” (linha 2), a substituição de “no
que” por o que comprometeria a correção gramatical do texto.

Comentário: Primeiro devemos entender a estrutura em que se encontra a preposição “em”, na expressão
“no que”.

Há a oração principal “poucos tentam compreender”, cujo sujeito é “poucos” e a locução verbal
“tentam compreender” é transitiva direta.

Assim, entendemos que a oração “no que exatamente se inscreveram” é subordinada substantiva
objetiva direta dentro de uma frase interrogativa indireta e a preposição “em” não foi uma exigência do
verbo “compreender”, mas do verbo “se inscreveram”.

Assim, a expressão pronominal “no que” é interrogativa, ocupando a função de objeto indireto, o
sujeito está subentendido em “poucos”, o verbo “inscreveram” é transitivo direto e indireto e o pronome
“se” é reflexivo na função de objeto direto.

Dessa forma, confirmamos que o verbo pronominal “se inscreveram” rege a preposição “em”, a qual
não pode ser omitida no trecho. Assim, sua exclusão prejudica a correção gramatical e a afirmação está
correta.

Gabarito: C

45. (CESPE / IPHAN Cargos de nível Superior – 2018)


Fragmento do texto: Uma pessoa azulada veio a mim e disse que não estava bem. Eu mentiria se falasse que
me senti incomodado por se tratar de um completo desconhecido. Pois foi justamente daí que tirei o ânimo
para sustentar o encontro.
A substituição do vocábulo “daí” (ℓ.2) por donde manteria a coesão e a correção gramatical do texto.

Comentário: Note que o advérbio “daí” não retoma um lugar, mas uma situação (sentir-se ou não
incomodado por se tratar de um completo desconhecido). Assim, não cabe a substituição por “donde”.

Além disso, mesmo se houvesse a retomada de um lugar, não caberia tal substituição, pois “donde”
passaria a ser um pronome relativo e como tal não admitiria a permanência do outro pronome relativo
“que”. Note que a questão pediu a substituição apenas de “daí” por “donde”.

Por tudo isso, a afirmação está errada.

Gabarito: E

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46. (CESPE / STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar
deveria tê-la sempre presente o revisor, tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório
onde agora está trabalhando, pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e
prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não
da ignorância.
O vocábulo “que” recebe a mesma classificação em ambas as ocorrências no trecho “que daí é que vêm os
enganos piores” (linha 4).

Comentário: O trecho sublinhado é um comentário à parte do autor de teor explicativo, por isso o primeiro
“que” pode ser substituído por “pois”. Note que “é que” é uma expressão expletiva ou de realce. Tanto assim
que podemos excluir tal expressão e isso não compromete a estrutura sintática. Confirme:

... os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que
supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância.

... os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que
supõe saber, pois daí vêm os enganos piores, não da ignorância.

Assim, os valores do vocábulo “que” são diferentes e a afirmação está errada.

Gabarito: E

47. (CESPE / STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: Lançado, desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência,
que não era feito para viver nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava.
No trecho “estado de que meu coração precisava” (linha 2), a preposição “de” é regida pela formal verbal
“precisava”, não pela palavra “estado”.

Comentário: A afirmação está correta, pois, na oração subordinada adjetiva restritiva “de que meu coração
precisava”, o sujeito é “meu coração”, “precisava” é verbo transitivo indireto e “de que” é o objeto indireto.

Gabarito: C

48. (CESPE /STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: Cessando, portanto, de procurar entre os homens a felicidade que sentia não poder
encontrar, minha ardente imaginação já saltava por cima da recém-iniciada época de minha vida, como sobre
um terreno desconhecido, para descansar em uma situação tranquila em que me pudesse fixar.
Sem alteração dos sentidos do texto, a oração “em que me pudesse fixar” (linhas 3) poderia ser reescrita da
seguinte forma: à qual eu pudesse ser fixado.

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Comentário: A afirmação está errada, pois o verbo “fixar” rege preposição “em”, e não “a”. Além disso,
haveria mudança de sentido, pois o sujeito agente (em “eu pudesse fixar”) passaria a paciente em “eu
pudesse ser fixado”.

Gabarito: E

49. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Para mim seria impossível engajar-me num trabalho de memorização mecânica dos ba-
be-bi-bo-bu, dos la-le-li-lo-lu. Daí que também não pudesse reduzir a alfabetização ao ensino puro da
palavra, das sílabas ou das letras. Ensino em cujo processo o alfabetizador fosse “enchendo” com suas
palavras as cabeças supostamente “vazias” dos alfabetizandos.
A expressão “em cujo” (linha 3) poderia ser substituída, sem prejuízo para a correção gramatical do texto,
pela expressão no qual.

Comentário: O pronome relativo “cujo” é empregada numa relação que faz subentender a preposição “de”,
isto é: processo de ensino.

Com a substituição desse pronome relativo por “no qual”, passamos a ter a seguinte expressão:
“ensino no qual processo”, o que muito prejudica a correção gramatical. É o chamado truncamento sintático.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

50. (CESPE / TRF 1ª R Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significam de maneira precisa,
inequívoca (Ogden e Richards são radicais: “as palavras nada significam por si mesmas”): “...o que determina
o valor da palavra é o contexto, o qual, a despeito da variedade de sentidos de que a palavra seja suscetível,
lhe impõe um valor ‘singular’; é o contexto também que a liberta de todas as representações passadas, nela
acumuladas pela memória, e que lhe atribui um valor ‘atual’”.
Na oração “que lhe atribui um valor ‘atual’” (linha 5), o elemento “que” exerce a função de complemento
direto da forma verbal “atribui”.

Comentário: Percebemos do texto que o contexto atribui um valor atual à palavra. Assim, entendemos que
o verbo “atribui” tem como complemento direto o termo “um valor atual”, e não o vocábulo “que”.

Assim, é errada a afirmação.

Gabarito: E

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51. (CESPE / TRF 1ª R Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: No direito brasileiro convencional, a relação entre a espécie humana e as demais
espécies animais limita-se à tutela dos animais pelo poder público em função da sua utilidade enquanto
fauna brasileira intrínseca ao meio ambiente equilibrado.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à tutela dos animais” (linha 2) é facultativo.

Comentário: A expressão “limita-se” rege a preposição “a” e o substantivo “tutela” é precedido do artigo
“a”. Assim, o acento indicativo de crase é obrigatório e a afirmação está errada.

Gabarito: E

52. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: Não têm conta entre nós os pedagogos da prosperidade que, apegando-se a certas
soluções onde, na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais, transformam-nas em requisito obrigatório
e único de todo progresso.
Seriam preservados a correção gramatical e o sentido do texto caso o vocábulo “onde” (linha 2) fosse
substituído por que.

Comentário: O pronome relativo “onde” pode substituído por “em que”, e não somente por “que”. Assim, a
afirmação está errada.

Gabarito: E

53. (CESPE / INSS Técnico – 2016)


Fragmento de texto: Mas lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em
frente ao do Mário, havia uma diferença na numeração.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados, caso se substituísse o trecho “lembrei-me de
que” (linha 1) por lembrei que.

Comentário: Vimos que o verbo “lembrar”, com pronome átono, deve ser transitivo indireto e rege a
preposição “de” (lembrei-me de algo). Já, quando esse verbo estiver sem pronome átono, é transitivo direto
e não pode receber a preposição “de” (lembrei algo).

Assim, a afirmação está correta. Compare:

Mas lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira vez, observara...

Mas lembrei que, ao ir ali pela primeira vez, observara ...

Gabarito: C

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54. (CESPE / INSS Técnico – 2016)


Fragmento de texto: Não era um cômodo muito grande, mas dava para armar ali a minha tenda de reflexões
e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante
onde caberiam todos os meus livros.
Seria mantida a correção do texto caso o trecho “onde caberiam” (linha 3) fosse substituído por que caberia.

Comentário: O pronome relativo “onde” ocupa a função de adjunto adverbial de lugar. Tal pronome pode
ser substituído por “em que”, e não apenas por “que”. Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

55. (CESPE / TRE RS Técnico Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Essas características se relacionam com outros fatores, tais como as fontes de
preferência da informação política (as pessoas que leem mais material de campanha nos jornais também o
fazem em revistas, rádio e televisão); os eventos (as pessoas que seguem determinados eventos de
campanhas tendem a seguir outros, mesmo que sejam de candidatos aos quais se opõem); e a atenção
(algumas pessoas prestam mais atenção à propaganda de uma campanha).
A substituição de “aos quais” (linha 4) por que manteria a correção gramatical do texto e seu sentido original.

Comentário: O verbo “opõem” é transitivo direto e indireto, o pronome “se” é reflexivo na função de objeto
direto, e o pronome relativo “aos quais” é o objeto indireto. Assim, a substituição de “aos quais” por “que”
prejudicaria a correção gramatical. Veja as duas possibilidades:

...mesmo que sejam de candidatos aos quais se opõem...

...mesmo que sejam de candidatos a que se opõem...

Gabarito: E

56. (CESPE / MPU Analista – 2015)


Fragmento do texto: Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do inquérito policial que serão
coletadas as informações e as provas que irão formar o convencimento do titular da ação penal, isto é, a
opinio delicti.
Haveria prejuízo à correção gramatical do texto, se o vocábulo “que” (linha 1) fosse substituído por onde.

Comentário: O pronome relativo “que” ocupa a função de sujeito, pois entendemos que as provas irão
formar o convencimento. Note que o pronome relativo “onde” só pode retomar lugar, ocupando a função
de adjunto adverbial de lugar. Assim, a substituição não pode ser realizada.

Como a questão afirmou haver prejuízo nesta substituição, a afirmativa está certa.

Gabarito: C

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57. (CESPE / IRBR Diplomacia – 2015)


Fragmento de texto: A primeira condição para conseguirmos conhecer melhor as pessoas diz respeito a
tratarmos de evitar o erro usual de buscarmos avaliá-las tomando por base a nós mesmos.
(...)
A conclusão a que devemos chegar é que o realismo e a objetividade são bons mecanismos de
exploração do meio externo e que a avaliação das pessoas também deve ser regida pela observação dos
fatos e não por ideias.
A omissão da preposição “a” em “tomando por base a nós mesmos” (linha 2) e em “A conclusão a que
devemos chegar” (linha 4) prejudicaria a correção gramatical desses dois trechos.

Comentário: Na aula de pronomes, veremos que a expressão “a nós mesmos” é reflexiva e tem base no
pronome pessoal oblíquo tônico, o qual deve ser precedido de preposição, por isso não podemos excluí-la.

O verbo “chegar”, na oração subordinada adjetiva “a que devemos chegar”, é transitivo indireto e
rege a preposição “a”, a qual não pode ser excluída.

Como a questão afirmou que a exclusão da preposição acarretaria erro gramatical, está correta.

Gabarito: C

58. (CESPE / FUB Contador – 2015)


Fragmento do texto: O fator mais importante para prever a performance de um grupo é a igualdade da
participação na conversa. Grupos em que poucas pessoas dominam o diálogo têm desempenho pior do que
aqueles em que há mais troca.
Na linha 2, a supressão do termo “em” manteria a correção gramatical e o sentido original do período.

Comentário: A supressão da preposição “em” não pode ocorrer, haja vista que o pronome relativo “que”
encontra-se na função de adjunto adverbial, como ocorre também com a expressão “em que” da linha 3.
Ambos estão paralelos na comparação dos dois grupos. Assim, tal pronome relativo deve estar precedido da
preposição “em”. Veja:

Grupos em que poucas pessoas dominam o diálogo têm desempenho pior do que aqueles em que há mais
troca.

Gabarito: E

59. (CESPE / Telebras Técnico – 2015)


Fragmento do texto: Segundo o presidente da TELEBRAS, um dos objetivos do desenvolvimento do satélite
será a proteção às redes que transmitem informações sensíveis do governo federal.
O sinal indicativo de crase em “proteção às redes” (linha 2) justifica-se pela contração da preposição a,
exigida pelo substantivo “proteção”, com o artigo definido feminino as, que determina o vocábulo “redes”.

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Comentário: Realmente a preposição “a” foi uma exigência do substantivo “proteção” e “redes” está
precedido do artigo “as”. Assim, deve haver o acento indicativo de crase.

Gabarito: C

60. (CESPE / Câmara dos Deputados Técnico Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: A atividade policial pode ser verificada em quase todas as organizações políticas que
conhecemos, desde as cidades-estado gregas até os Estados atuais. Entretanto, o seu sentido e a forma como
é realizada têm variado ao longo do tempo. A ideia de polícia que temos hoje é produto de fatores estruturais
e organizacionais que moldaram seu processo histórico de transformação.
O pronome relativo “que” exerce, nas duas primeiras ocorrências, a função de complemento verbal e, na
terceira, a de sujeito da oração em que se insere.

Comentário: Lembrando-se de que complemento verbal são os objetos direto e indireto, entendemos que,
na oração “que conhecemos”, o verbo “conhecemos” é transitivo direto, o sujeito é oculto, pois se
subentende “nós”, e o pronome relativo “que” é o objeto direto (nós conhecemos as organizações políticas).

Na oração “que temos”, o verbo “temos” é transitivo direto, o sujeito é oculto, pois se subentende
“nós”, e o pronome relativo “que” é o objeto direto (nós temos ideia de polícia).

Na oração “que moldaram seu processo histórico de transformação”, o verbo “moldaram” é transitivo
direto, o objeto direto é o termo “seu processo histórico de transformação” e o sujeito é o pronome relativo
“que” (fatores estruturais e organizacionais moldaram seu processo histórico de transformação).

Assim, confirmamos que as duas primeiras ocorrências do “que” são complementos verbais, isto é,
objetos diretos. A terceira ocorrência do “que” é sujeito.

Gabarito: C

61. (CESPE / Câmara dos Deputados Técnico Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: Ao contrário do que muitos têm apregoado, o melhor não é “virar a página” no que se
refere ao período da ditadura. Escolha mais adequada é empreender uma apropriação crítica desse passado
político recente, tanto para consolidar nossa frágil cidadania quanto para entender a realidade em que
vivemos. Para tanto, é fundamental estudar a ditadura, a fim de compreender a atualidade do seu legado e,
assim, criar condições de superá-lo.
No trecho “entender a realidade em que vivemos” (linhas 3 e 4), a supressão da preposição não prejudica a
correção gramatical do texto, ainda que interfira na relação sintático-semântica entre seus elementos.

Comentário: Na oração “em que vivemos”, entendemos que nós vivemos numa realidade. Assim, o verbo
“vivemos” é intransitivo e a expressão “em que” é um adjunto adverbial.

Ao retirarmos a preposição “em”, o pronome relativo “que” passa a objeto direto e o verbo “vivemos”
a transitivo direto. Entendemos dessa nova estrutura que não só existimos numa realidade, mas enfatizamos
que fruímos uma realidade, presenciamos uma realidade. Assim, realmente a supressão da preposição não

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prejudica a correção gramatical, mesmo havendo mudança sintática (de adjunto adverbial a objeto direto) e
uma sensível mudança semântica (ênfase).

Gabarito: C

62. (CESPE / FUB Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Há muito tempo a sociedade demonstra interesse por assuntos relacionados à ciência
e à tecnologia. Na verdade, desde a pré-história, o homem busca explicações para a realidade e os mistérios
do mundo que o cerca.
Em “o cerca” (linha 3), o pronome “o”, que se refere ao termo “o homem” (linha 2), exerce a função de
complemento da forma verbal “cerca”.

Comentário: O pronome relativo “que” é o sujeito e retoma “mundo”, o verbo “cerca” é transitivo direto, e
o pronome “o” é o objeto direto. Assim, entendemos que o mundo cerca o homem. Com isso, a afirmativa
da questão está correta.

Gabarito: C

63. (CESPE / ICMBIO Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: A situação é mais séria na região Nordeste, especialmente nos estados de Alagoas e
Pernambuco, onde a maior parte da floresta original foi substituída por plantações de cana-de-açúcar. É
nessa região que ainda podem ser encontrados os últimos exemplares das aves mais raras em todo o país,
como o criticamente ameaçado limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi). Essa pequena ave de dezoito
centímetros vive no estrato médio e dossel de florestas bem conservadas e ricas em bromélias, onde procura
artrópodes dos quais se alimenta. Atualmente, as duas únicas localidades onde a espécie pode ser
encontrada são a Estação Ecológica de Murici, em Alagoas, e a Serra do Urubu, em Pernambuco.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso o vocábulo “onde”, nas linhas 2
e 5, fosse substituído pela expressão em que.

Comentário: Vimos que o pronome relativo “onde” ocupa a função sintática de adjunto adverbial de lugar e
sempre poderá ser substituído por “em que”. Assim, a afirmativa da questão está correta.

Gabarito: C

64. (CESPE / ICMBIO Nível médio – 2014)


Fragmento do texto: “Fazemos a aproximação por meio de elementos do contexto onde as crianças estão
inseridas. As atividades de leitura, interpretação e escrita associam-se ao tema do cerrado na forma de
poesias, música, desenho, pintura e jogos”, explica uma professora da Faculdade de Educação da UnB.
Na linha 1, a substituição do vocábulo ‘onde’ pela expressão no qual não comprometeria nem a sintaxe nem
a significação do período de que o referido vocábulo faz parte.

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Comentário: Vimos que o pronome relativo “onde” ocupa a função sintática de adjunto adverbial de lugar e
sempre poderá ser substituído por “em que”. Como esse pronome relativo retoma o substantivo masculino
singular “contexto”, o vocábulo “que” pode ser substituído por “o qual”. Já que tal pronome relativo está
precedido da preposição “em”, haverá a contração dessa preposição com o artigo “o”. Assim, a afirmativa
da questão está correta. Veja:

...contexto onde as crianças estão inseridas.

...contexto em que as crianças estão inseridas.

(em + o qual)

...contexto no qual as crianças estão inseridas.

Gabarito: C

65. (CESPE / MEC Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Se a vocação ontológica do homem é a de ser sujeito e não objeto, ele só poderá
desenvolvê-la se, refletindo sobre suas condições espaço-temporais, introduzir-se nelas de maneira crítica.
Quanto mais for levado a refletir sobre sua situacionalidade, sobre seu enraizamento espaço-temporal, mais
“emergirá” dela conscientemente “carregado” de compromisso com sua realidade, da qual, porque é sujeito,
não deve ser simples espectador, mas na qual deve intervir cada vez mais.
No último período do texto, o pronome relativo preposicionado “na qual” completa o sentido de “intervir”
e retoma o termo “sua realidade”.

Comentário: O verbo “intervir” é transitivo indireto, o sujeito está subentendido e faz referência a “homem”
(linha 1), o objeto indireto é a expressão “na qual” e ela retoma “sua realidade”. Assim, entendemos do
trecho que o homem deve intervir cada vez mais na sua realidade.

Gabarito: C

66. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2014)


Fragmento do texto: Portanto, os aspectos que envolvem a gestão de pessoas têm de ser tratados como
parte de uma política de valorização desse ativo, na qual gestores e RH são vasos comunicantes, trabalhando
em conjunto, cada um desempenhando seu papel de forma adequada.
Na linha 2, a expressão “na qual” poderia ser substituída pela expressão em que, sem prejuízo da correção
gramatical do texto.

Comentário: As expressões “na qual”, “nas quais”, “no qual” ou “nos quais” sempre poderão ser substituídas
por “em que”. Assim, a afirmação da questão está correta.

Gabarito: C

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67. (CESPE / MTE Agente Administrativo – 2014)


Fragmento do texto: Por exemplo, a carteira de trabalho e previdência social (CTPS) está ligada à relação de
trabalho subordinado que corresponde ao vínculo de emprego. Nem todos os tipos de relações de trabalho
são registrados na CTPS, mas todos os tipos de relação de emprego são registrados no referido documento.
No trecho “está ligada à relação de trabalho subordinado que corresponde ao vínculo de emprego” (linhas 1
e 2), seria mantida a correção gramatical caso se substituísse o elemento “que” por a que, embora as relações
entre os termos da oração fossem alteradas.

Comentário: O pronome relativo “que” é o sujeito, o verbo “corresponde” é transitivo indireto e o termo
“ao vínculo de emprego” é o objeto indireto. Como o sujeito não admite ser precedido de preposição, não
cabe a inserção de “a”.

Gabarito: E

68. (CESPE / Polícia Federal Escrivão – 2013)


Fragmento do texto: O que tanta gente foi fazer do lado de fora do tribunal onde foi julgado um dos mais
famosos casais acusados de assassinato no país? Torcer pela justiça, sim: as evidências permitiam uma forte
convicção sobre os culpados, muito antes do encerramento das investigações. Contudo, para torcer pela
justiça, não era necessário acampar na porta do tribunal, de onde ninguém podia pressionar os jurados.
O emprego dos elementos “onde” (linha 1) e “de onde” (linha 4), no texto, é próprio da linguagem oral
informal, razão por que devem ser substituídos, respectivamente, por no qual e da qual, em textos que
requerem o emprego da norma padrão escrita.

Comentário: A questão está errada, por afirmar que o pronome relativo “onde”, nas duas ocorrências, é
próprio da linguagem oral informal, além de afirmar que as expressões “onde” e “de onde” devem ser
substituídas por “no qual” e “da qual” para ficar de acordo com a norma culta. Isso não é verdade. Na
realidade, pode-se realizar tal substituição, e o uso do pronome “onde” nos dois casos está correto, por
retomar lugar.

O primeiro pronome relativo “onde” retoma o substantivo masculino “tribunal”. Como sabemos que
“onde” pode ser substituído por “em que” e, sabendo-se que o pronome relativo “que” pode ser substituído
pela expressão “o qual”, dar-se-á a estrutura “no qual”. Veja:

...tribunal onde foi julgado um dos mais famosos casais ...

em que

...tribunal no qual foi julgado um dos mais famosos casais..

Semelhante recurso ocorre com o pronome relativo “onde”, na expressão “de onde”, o qual retoma
o substantivo feminino “porta”. Neste caso, não cabe a preposição “em”, pela presença da preposição “de”

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em “de que”. Assim, “onde” pode ser substituído por “que” e este pode ser substituído pela expressão “a
qual”. Como há a preposição “de”, ela se junta ao artigo “a”, resultando na estrutura “da qual”.

Veja:

... porta do tribunal de onde ninguém podia pressionar os jurados...

de que

...porta do tribunal da qual ninguém podia pressionar os jurados...

Gabarito: E

69. (CESPE / Caixa Econômica Federal nível médio – 2010)


Fragmento do texto: A companhia, que há quinze anos vende seus produtos no Brasil por meio de
importadoras, decidiu no ano passado abrir uma filial no país.
O termo “que” faz referência a “companhia” e poderia, sem prejuízo para a correção gramatical do texto,
ser substituído por onde.

Comentário: O verbo “vende” tem como sujeito o pronome relativo “que”. O pronome “onde” só pode ser
substituído por “em que”, na função de adjunto adverbial de lugar, por isso a questão está errada.

Gabarito: E

Vimos a regência e como é explorada na prova. Agora, vamos a um assunto que é a continuação do
anterior: crase. Este assunto se baseia na regência. Assim, os verbos e nomes já explorados que regem a
preposição “a” fatalmente serão revistos nesta parte da aula.

Costumo dizer a meus alunos que não se deve decorar a regra, principalmente a da crase, basta
entendermos o processo, sua estrutura. Para facilitar, vamos denominar o esquema abaixo de “estrutura-
padrão da crase”.

5 – A ESTRUTURA-PADRÃO DA CRASE
preposição

verbo a a substantivo feminino

ou + aquele, aquela, aquilo

nome a a (=aquela)

a qual (pronome relativo)

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Assim, quando um verbo ou um nome exigir a preposição “a” e o substantivo posterior admitir artigo
“a”, haverá crase. Além disso, se houver a preposição “a” seguida dos pronomes “aquele”, “aquela”, “aquilo”,
“a” (=aquela) e “a qual”; ocorrerá crase.

Veja as frases abaixo e procure entendê-las com base no nosso esquema.

1. Obedeço à lei.
2. Obedeço ao código.
3. Tenho aversão à atividade manual.
4. Tenho aversão ao trabalho manual.
5. Refiro-me àquela casa.
6. Refiro-me àquele livro.
7. Refiro-me àquilo.
8. Não me refiro àquela casa da esquerda, mas à da direita.
9. Esta é a casa à qual me referi.

Na frase 1, o verbo “Obedeço” é transitivo indireto e exige preposição “a”, e o substantivo “lei” é
feminino e admite artigo “a”, por isso há crase.

Na frase 2, o mesmo verbo exige a preposição, porém o substantivo posterior é masculino, por isso
não há crase.

Na frase 3, a crase ocorre porque o substantivo “aversão” exigiu a preposição “a” e o substantivo
“atividade” admitiu o artigo feminino “a”.

Na frase 4, “aversão” exige preposição “a”, mas “trabalho” é substantivo masculino, por isso não há
crase.

Nas frases 5, 6 e 7, “Refiro-me” exige preposição “a”, e os pronomes demonstrativos “aquela”,


“aquele” e “aquilo” possuem vogal “a” inicial (não é artigo), por isso há crase.

Na frase 8, “me refiro” exige preposição “a”, “aquela” possui vogal “a” inicial (não é artigo) e “a” tem
valor de “aquela”, por isso há duas ocorrências de crase.

Na frase 9, “me referi” exige preposição “a”, e o pronome relativo “a qual” é iniciado por artigo “a”,
por isso há crase.

Muitas vezes o substantivo feminino está sendo tomado de valor geral, estando no singular ou plural,
e por isso não admite artigo “a”. Outras vezes esse substantivo recebe palavra que não admite artigo
antecipando-a, por isso não haverá crase. Veja os exemplos abaixo em que o verbo transitivo indireto exige
o objeto indireto:

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Os substantivos “leis”, “lei” estão em


Obedeço a leis. sentido geral, por isso não recebem artigo
“as”, “a” e não há crase. Na segunda frase,
Obedeço a lei e a regulamento. o que ratificou o sentido geral foi o
substantivo masculino “regulamento” não
ser antecedido do artigo “o”.

Obedeço a uma lei.

Obedeço a qualquer lei. O artigo “uma” é indefinido, os pronomes


“qualquer, toda, cada” são indefinidos. Como
Obedeço a toda lei. eles indefinem, não admitem artigo definido
“a”. Os pronomes “tal” e “esta” são
Obedeço a cada lei. demonstrativos. Por eles já especificarem o
substantivo “lei”, não admitem o artigo “a”.
Obedeço a tal lei. Por isso não há crase.

Obedeço a esta lei.

O mesmo ocorre com os nomes que exigem o complemento nominal. Veja:

Tenho obediência a leis.

Tenho obediência a lei e a regulamento.

Tenho obediência a uma lei.

Tenho obediência a qualquer lei.

Tenho obediência a toda lei.

Tenho obediência a cada lei.

Tenho obediência a tal lei.

Tenho obediência a esta lei.

Vimos o verbo transitivo indireto e nome que exigem preposição “a”, mas os verbos intransitivos
também podem exigir preposição “a”. Muitas vezes o problema é saber se o nome posterior admite ou não
o artigo “a” e se o vocábulo “a” é apenas uma preposição, ou uma preposição mais o artigo “a”. Por isso
inserimos abaixo algumas regras que ajudam a confirmar a estrutura-padrão da crase.

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a. Quando os pronomes de tratamento estão na função de objeto indireto ou complemento nominal,


antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois não admitem artigo.

Refiro-me a Vossa Senhoria. Fiz referência a Vossa Excelência.

Observação: Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”, por isso, se
esse pronome for precedido de preposição “a”, haverá crase:

Refiro-me à senhora Gioconda.

b. Diante de topônimos (nomes de lugar) que pedem o artigo feminino, admite-se a crase:

Faremos uma excursão à Bahia, a Sergipe, a Alagoas e à Paraíba.

Um túnel ferroviário liga a França à Inglaterra.

Perceba que o substantivo “excursão” exige a preposição “a” e os topônimos “Bahia” e “Paraíba”
admitem artigo “a”. Por isso há crase. Já os topônimos “Sergipe” e “Alagoas” não admitem artigo; por isso
não há crase. Mas será que devemos decorar quais os topônimos admitem ou não o artigo “a”? Lógico que
não, para isso, temos alguns macetes.

Para você saber se o topônimo pede ou não o artigo, basta trocar o verbo (que exige a preposição
“a”) por outro que exija preposição diferente; para evitar a confusão da preposição com o artigo. Veja:

Fui à Bahia. Fui a Sergipe. Fui a Roma.

Para termos certeza de que há artigo ou não, basta trocarmos por “vim”. Veja:

Vim da Bahia. Vim de Sergipe. Vim de Roma.

Como o verbo “Vim” exige preposição “de”, se a oração permanecer somente com essa preposição,
é sinal de que, com o verbo “Fui”, também permanecerá só a preposição “a” (Vim de Sergipe→Fui a Sergipe).

Mas, se o verbo “Vim” estiver seguido de preposição mais artigo “da”, é sinal de que, com o verbo
“Fui”, também ocorrerá preposição mais artigo “à” (Vim da Bahia→Fui à Bahia).

Entretanto, você vai notar que, às vezes, queremos enfatizar, determinar, especificar esses
topônimos que não admitem o artigo. Quando colocamos uma locução adjetiva ou algum outro
determinante que o caracterize, naturalmente receberá artigo. Havendo verbo que exija a preposição “a”,
ocorrerá a crase. Veja:

Viajamos a Brasília, depois fomos a São Paulo.

(Viemos de Brasília ... de São Paulo)

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Viajamos à Brasília de Juscelino, depois fomos à São Paulo da garoa.

(Viemos da Brasília de Juscelino ... da São Paulo da garoa)

Portanto, sem decoreba, ok? Temos que entender o uso. Vamos a outros casos.

c. A palavra casa normalmente admite artigo (a casa é linda; comprei a casa de meus sonhos; pintei a casa
de azul etc). Porém, quando há um sentido de deslocamento para ou do “próprio lar”, ela não admite artigo.
Mas isso não será problema para nós, pois usamos isso intuitivamente. Vamos lá:

Você diz: “vim de casa” ou “vim da casa”?

Você diz: “vou para casa” ou “vou para a casa”?

Se é seu próprio lar, é natural dizer, “vim de casa”, “vou para casa”. Porém, quando essa casa não é
a sua, naturalmente e intuitivamente, coloca-se um determinante nesse substantivo e obrigatoriamente
inserimos artigo. Tudo isso para mostrar que a casa não é a nossa. Está em dúvida? Então veja:

Você diz “vim de casa da Luzia” ou “vim da casa da Luzia”?

Você diz “vou para casa da Luzia” ou “vou para a casa da Luzia”?

Naturalmente usamos as segundas opções, correto?

Sabemos que isso não proporciona a crase. Mas, se enxergamos que a preposição “para” tem o mesmo valor
da preposição “a”; na sua substituição, podemos ter crase. Veja:

Vou para casa. Vou para a casa da Amélia.

a+a

Vou a casa. Vou à casa da Amélia.

O bom filho volta a casa todos os dias.

O bom filho volta à casa dos pais todos os dias.

Note que se pode determinar a palavra “casa” colocando letra inicial maiúscula (Casa). Assim, essa
palavra passa a ter outra denotação: sinônimo de Câmara dos Deputados ou representação de uma
instituição. Dessa forma, poderá ocorrer a crase:

Prestar à Casa as devidas homenagens.

d. Seguindo a mesma ideia do item anterior, a palavra “terra” admite artigo normalmente.

A terra é boa! Ele vive da terra!

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Assim, haverá crase:

O agricultor dedica-se à terra.

Não há crase quando a palavra terra está em contraposição a “a bordo”. Isso porque não dizemos “ao
bordo”. Não pode haver artigo nesta expressão:

Os marinheiros voltaram a terra depois de um mês no mar. (estavam a bordo)

Mas, se determinamos essa palavra, passamos a ter artigo e, consequentemente, crase. Veja:

Viajou em visita à terra dos antepassados.

Quando os astronautas voltarão à Terra? (a letra maiúscula determina)

e. Na locução à uma, significando “unanimemente, conjuntamente”, haverá crase. Veja:

Os sindicalistas responderam à uma: greve já!

Vimos a estrutura de um verbo ou nome que exige preposição “a”. Agora, veremos a locução
adverbial que não é exigida pelo verbo, mas possui a estrutura interna com a preposição.

Exemplo: Estive aqui de manhã.

Note que a locução adverbial “de manhã” ocorreu sem exigência do verbo, pois poderíamos dizer
“Estive aqui.” Esta locução tem uma composição própria: de + manhã. Se essa estrutura fosse composta por
preposição “a” seguida de nome feminino que admitisse artigo “a”, haveria crase.

Exemplo: Estive aqui à noite.

Assim, vamos à estrutura da locução adverbial:

preposição + artigo + nome

à noite

à tarde à noite à direita às claras


às escondidas à toa à beça à esquerda
às vezes às ocultas à chave à escuta
à deriva às avessas às moscas à revelia
à luz à larga às ordens às turras

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Deve-se dar especial destaque às locuções adverbiais de tempo, que especificam o momento de um
evento, com o núcleo expresso com o substantivo hora(s), o qual recebe o artigo definido “a”, “as”.

à meia-noite, à uma hora às duas horas às três e quarenta.

Não se pode confundir com a indicação de tempo generalizado ou tempo futuro:

Isso acontece a qualquer hora. Estarei lá daqui a duas horas.

Veja a diferença nas frases abaixo:

A aula acabará a uma hora. (uma hora após o momento da fala)

A aula acabará à uma hora. (terminará às 13 horas ou à uma hora da madrugada)

A aula acabara há uma hora. (a aula acabou uma hora antes)

No último caso, não há locução adverbial, o verbo “há” marca tempo decorrido. Vimos isso na
concordância, lembra?

Nas expressões que demarcam início e fim de evento, o paralelismo deve ser conservado. Se o
primeiro dos termos não possui artigo a, o segundo também não terá. Se o primeiro tiver, o segundo
receberá a crase:

A reunião será de 9 a 10 horas. A reunião será das 9 às 10 horas.

Note: se o início do evento não recebeu artigo, o término também não receberá. (de 9 a 10 horas).

Se o início do evento recebeu artigo, o término também receberá. (das 9 às 10 horas).

Merece destaque a locução adverbial de modo à moda de. Ela pode estar expressa ou subentendida;
por isso, deve-se tomar muito cuidado:

Pedimos uma pizza à moda da casa.


Atrevia-se a escrever à Drummond. (à moda de)
Pedimos arroz à grega. (à moda)

Não confunda com as expressões frango a passarinho, bife a cavalo, as quais não possuem crase por
não transmitirem modo.

Haverá crase também nas locuções prepositivas, que são sempre nocionais e iniciam locução
adverbial:

à beira de à sombra de à exceção de à força de


à frente de à imitação de à procura de à semelhança de

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O uso do acento grave é opcional nas locuções adverbiais que indicam meio ou instrumento, desde
que o substantivo seja feminino: barco a (à) vela; escrever a (à) máquina; escrever a (à) mão; fechar a porta
a (à) chave; repelir o invasor a (à) bala. Normalmente, os bons autores têm preferido sem a crase. Tudo isso
depende da intenção comunicativa. O instrumento ou o meio podem ser especificados ou não com o artigo
“a”.

Nas locuções adverbiais com palavras repetidas não haverá crase, pois os substantivos estão sendo
tomados de maneira geral, sem artigo definido: cara a cara; frente a frente, etc.

A crase é obrigatória nas locuções conjuntivas adverbiais proporcionais à medida que, à proporção que:

À medida que estudamos, vamos entendendo a matéria.


À proporção que as aulas ocorrem, os assuntos vão se acumulando.
Perceba uma diferença muito importante entre “às vezes” e “as vezes”.
Às vezes você me olha diferente.

Note que, neste caso, não há precisão de momento, entende-se “de vez em quando, por vezes,
algumas vezes. Assim, há uma locução adverbial de tempo e há crase.

Porém, podemos utilizar esta estrutura sem crase, quando há uma especificação do momento:

As vezes que te vi, fiquei extasiado.

Neste caso, este termo será especificado por um termo adjetivo ou oração adjetiva. Portanto, tome
cuidado!

6 – CRASE FACULTATIVA
Emprega-se facultativamente o acento indicativo de crase quando é opcional o uso da preposição a,
ou do artigo definido feminino.

Casos em que a crase é facultativa:

a. A preposição “a” é facultativa depois da preposição “até”:

O visitante foi até a sala do Diretor.


O visitante foi até à sala do Diretor.
A sessão prolongou-se até à meia-noite.
A sessão prolongou-se até a meia-noite.

b. O artigo definido é facultativo diante de pronome possessivo. Mas, para a crase ser facultativa, esse
pronome possessivo deve ser feminino singular.

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Refiro-me à minha amiga.


Crase facultativa
Refiro-me a minha amiga.

Refiro-me às minhas amigas. Crase obrigatória

Refiro-me a minhas amigas. Crase proibida

c. O artigo definido é facultativo diante de nome próprio de pessoa. Se o nome for feminino e o verbo exigir
preposição, a crase será facultativa:

Refiro-me à Madalena.

Refiro-me a Madalena.

Observação: Tratando-se de pessoa célebre com a qual não se tenha intimidade, geralmente não se usa o
artigo nem o acento indicativo de crase, salvo nos casos em que o nome esteja acompanhado de
especificativo.

O orador fez uma bela homenagem a Rachel de Queiroz.

O orador fez uma bela homenagem à Rachel de Queiroz de O quinze.

Nas gramáticas, são elencados os casos em que a crase será proibida. Para isso, basta apenas
relembrarmos a estrutura-padrão da crase.

Agora, vamos praticar!

70. (CESPE / MPC-PA Analista Ministerial – Controle Interno e Externo 2019)


Fragmento de texto: Tirou, assim, o foco de aspectos técnicos e mudou o tom do debate internacional sobre
a questão e as políticas públicas a serem tomadas a partir daí.
As últimas décadas foram de grande evolução no combate à fome em escala global. Nos últimos 25
anos, 7,7% da população mundial superou o problema, o que representa 216 milhões de pessoas. É como se
mais que toda a população brasileira saísse da subnutrição em menos de três décadas. Contudo, 10,8% do
mundo ainda vive sem acesso a uma dieta que forneça o mínimo de calorias e nutrientes necessários para
uma vida saudável, e 21 mil pessoas morrem diariamente por fome ou problemas derivados dela.
Um estudo publicado em 2016 pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura) mostra que a produção mundial de alimentos é suficiente para atender a demanda das 7,3

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bilhões de pessoas que habitam a Terra. Apesar disso, aproximadamente uma em cada nove dessas pessoas
ainda vive a realidade da fome. A pesquisa põe em xeque toda a política internacional de combate à
subnutrição crônica colocada em prática nas últimas décadas. Em vez de crescimento da produção e ajudas
momentâneas, surge agora como caminho uma abordagem territorial que valorize e potencialize a produção
local.
A correção gramatical do texto CG2A1-I seria preservada se fosse inserido sinal indicativo de crase em
A) “a uma dieta” (linha 6).
B) “a Terra” (linha 10).
C) “a produção local” (linhas 13 e 14).
D) “a demanda” (linha 9).
E) “as políticas públicas” (linha 2).

Comentário: Na alternativa (A), não cabe crase, pois há a preposição “a”, mas em seguida há o artigo
indefinido “uma”, e não o definido “a”.

Na alternativa (B), o verbo “habitam” é transitivo direto e não rege a preposição “a”. Assim, o termo
“a Terra” é o objeto direto e apresenta apenas o artigo “a”, não havendo a preposição “a”.

Na alternativa (C), os verbos “valorize” e “potencialize” são transitivos diretos e não regem
preposição “a”. Assim, a expressão “a produção local” é objeto direto e apresenta apenas o artigo “a”.

A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “atender”, no texto, é transitivo direto e “a demanda das
7,3 bilhões de pessoas” é o objeto direto. Porém, tal verbo também pode ser empregado, neste contexto,
como transitivo indireto, regendo a preposição “a”. Assim, cabe crase:

...a produção mundial de alimentos é suficiente para atender a demanda das 7,3 bilhões de pessoas que
habitam a Terra.

...a produção mundial de alimentos é suficiente para atender à demanda das 7,3 bilhões de pessoas que
habitam a Terra.

Na alternativa (E), a expressão “sobre a questão e as políticas públicas” é o adjunto adverbial de


assunto, o qual é precedido da preposição “sobre”. Assim, não há preposição “a”, muito menos a
possibilidade de crase.

Gabarito: D

71. (CESPE / Prefeitura de Boa Vista - RR Procurador Municipal 2019)


Fragmento do texto: A identidade nacional está inextricavelmente vinculada à mistura racial.
O uso do acento grave em “à mistura racial” (linha 1) é facultativo.

Comentário: A afirmação está errada, pois o adjetivo “vinculada” rege a preposição “a” e o substantivo
“mistura” é precedido do artigo “a”, por isso a crase é obrigatória.

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Gabarito: E

72. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Tenho ótimas recordações de lá e uma foto da qual gosto muito, da minha infância, às
gargalhadas, vestindo um macacão que minha própria mãe costurava, com bastante capricho.
A retirada do sinal indicativo de crase em “às gargalhadas” (linhas 1 e 2) preservaria os sentidos e a correção
gramatical do texto.

Comentário: A expressão “às gargalhadas” é uma locução adverbial de base feminina, por isso a exclusão do
acento grave indicativo de crase prejudicaria a correção gramatical e logicamente mudaria o sentido. Por
isso, a afirmação está errada.

Gabarito: E

73. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal da Receita Estadual 2019)


Fragmento do texto: Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que o poder de
tributar seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária privada seria
comparável a usurpação ou roubo.
A inserção do sinal indicativo de crase em “a usurpação” (ℓ.3) não prejudicaria a correção gramatical do
texto.

Comentário: O adjetivo “comparável” rege a preposição “a” e os substantivos “usurpação” e “roubo” não
estão precedidos de artigo. Se inseríssemos o artigo “a” diante do primeiro substantivo, seria necessário
inserir também diante do segundo. Veja:

...qualquer imposição tributária privada seria comparável a usurpação ou roubo.

...qualquer imposição tributária privada seria comparável à usurpação ou ao roubo.

Assim, a inserção do sinal indicativo de crase em “a usurpação” (ℓ.3) prejudicaria a correção


gramatical do texto e a afirmação está errada.

Gabarito: E

74. (CESPE / MPE PI Analista Ministerial 2018)


Fragmento do texto: — O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias as duas naturezas equilibraram-
se; mas não tardou que a primitiva cedesse à outra; ficou-me uma parte mínima de humanidade.
É facultativo o emprego do acento indicativo de crase em “à outra” (ℓ.2), de modo que sua supressão não
comprometeria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.

Comentário: O verbo “cedesse” é rege a preposição “a”. Como o adjetivo “primitiva” e o pronome indefinido
“outra” receberam o artigo “a”, tais termos são substantivados e a crase diante de “outra” é obrigatória.

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Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

75. (CESPE / MPE PI Técnico Ministerial 2018)


Fragmento do texto: Sou forçado, pois, a limitar-me aos elementos de que disponho, encerrando em
desventuras as aventuras de Viramundo em Ouro Preto, e dando viço às suas peregrinações.
É obrigatório o sinal indicativo de crase empregado em “às suas peregrinações” (ℓ. 2), de maneira que sua
supressão acarretaria incorreção gramatical no texto.

Comentário: Como a expressão “dando viço” rege a preposição “a” e “peregrinações” é um substantivo
feminino plural e está precedido do artigo “as”, a crase é obrigatória e a exclusão do acento indicativo de
crase implicaria erro gramatical.

Assim, a afirmação está correta.

Mas, se você ficou na dúvida porque há o pronome possessivo “suas”, lembre-se de que falamos que
a crase será facultativa diante de pronome possessivo feminino singular.

Como o substantivo é plural, o pronome possessivo plural “suas” admite a exclusão do artigo “as”.
Assim, veja as duas possibilidades de escrita correta:

...dando viço às suas peregrinações. (com artigo “as”)

...dando viço a suas peregrinações. (sem artigo “as”, somente a preposição “a”)

Gabarito: C

76. (CESPE / Polícia Federal Agente 2018)


Fragmento do texto: — A polícia parisiense — disse ele — é extremamente hábil à sua maneira.
A supressão do sinal indicativo de crase em “à sua maneira” (ℓ. 1) manteria a correção gramatical do texto.

Comentário: Como a locução adverbial de base feminina apresenta o pronome possessivo adjetivo feminino
singular “sua”, a crase é facultativa e a afirmação está correta.

Gabarito: C

77. (CESPE / Polícia Federal Agente 2018)


Fragmento do texto: Seu diferencial era não só buscar pela assinatura digital ou nomes conhecidos, mas
também por novos arquivos por intermédio da leitura dos pixels presentes na imagem calibrados a uma
paleta de tons de pele. Começava a revolução e
O emprego do sinal indicativo de crase em “a uma paleta” (ℓ.2 e 3) manteria a correção gramatical do texto,
uma vez que, no trecho, o vocábulo “a” antecede palavras no feminino.

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Comentário: Como a expressão “a uma paleta” já apresenta o artigo indefinido “uma”, não cabe artigo “a”
e a crase é proibida.

Portanto, a afirmação está errada.

Gabarito: E

78. (CESPE / IPHAN Cargos de nível médio – 2018)


Fragmento do texto: Para fazer frente a essas transformações, é necessário um novo tipo de planejamento
urbano. Conceitos rígidos dão lugar à flexibilidade, à análise de cenários alternativos e à inclusão da
sociedade na formulação das políticas.
No trecho “à análise de cenários alternativos e à inclusão da sociedade na formulação das políticas” (ℓ. 2 e
3), o emprego do sinal indicativo de crase é obrigatório em ambas as ocorrências.

Comentário: O verbo “dão” é transitivo direto e indireto, “lugar” é o objeto direto e “à flexibilidade, à análise
de cenários alternativos e à inclusão da sociedade na formulação das políticas” é o objeto indireto composto.

Como o verbo “dão” rege a preposição “a” e o primeiro núcleo do objeto indireto (“flexibilidade”) é
precedido do artigo “a” e ocorre crase, os demais núcleos “análise” e “inclusão” são precedidos de “à”
obrigatoriamente.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

79. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Embora a perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si, eles estão
preocupados em desenvolver formas de promoção de situações de justiça social e têm hipóteses concretas
para se chegar a esse estado de coisas.
A correção gramatical do texto seria mantida caso se empregasse o acento indicativo de crase no vocábulo
“a” em “a esse estado de coisas” (linha 3).

Comentário: Não cabe artigo “a” diante de palavra masculina (“estado”). Assim, não cabe crase e a afirmação
está errada.

Gabarito: E

80. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento de texto: Um zoológico serve para muitas coisas, algumas delas edificantes.
Sem prejudicar a correção gramatical tampouco alterar o sentido do trecho, a expressão “serve para” (linha
1) poderia ser substituída por convém à.

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Comentário: Não cabe crase, tendo em vista que o termo “muitas coisas” se encontra no plural, mas “a”
encontra-se no singular. Assim, ocorre apenas a preposição “a” e a afirmação está errada.

Gabarito: E

81. (CESPE / IHBDF Administrador – 2018)


Fragmento de texto: A vida de Florence Nightingale, a criadora da moderna enfermagem, daria um romance.
Florence estava destinada a receber uma boa educação, a casar-se com um cavalheiro de fina estirpe, a ter
filhos, a cuidar da casa e da família.
A correção gramatical do texto seria mantida se fosse inserido o acento indicativo de crase no vocábulo “a”
no trecho “destinada a” (linha 2).

Comentário: Como sabemos que não cabe artigo “a” diante de verbo, não cabe crase, e a afirmação está
errada.

Gabarito: E

82. (CESPE / CGM João Pessoa Técnico Controle Interno – 2018)


No trecho “Diga não às ‘corrupções’ do dia a dia”, seria correto o emprego do sinal indicativo de crase no
vocábulo “a” em “dia a dia”.

Comentário: Não se emprega crase entre palavras repetidas, pois essas são empregadas com valor
generalizante. Assim, a palavra “a” entre elas é apenas a preposição “a”.

Gabarito: E

83. (CESPE / ABIN Agente de Inteligência – 2018)


Fragmento de texto: Se praticada por autoridade superior, a espionagem pode configurar, além de infração
penal, crime de responsabilidade, que, a despeito do nome, não tem natureza de crime em sentido técnico,
mas, sim, de infração política sujeita a cassação de mandato e suspensão de direitos políticos.
O paralelismo sintático do último parágrafo do texto seria prejudicado se fosse inserido sinal indicativo de
crase em “a cassação” (linha 3).

Comentário: Devemos nos lembrar de que o paralelismo leva em conta a base de elementos enumerados,
coordenados. Note que o adjetivo “sujeita” rege a preposição “a” e os substantivos “cassação” e “suspensão”
não estão precedidos do artigo “a”. Por isso no texto original não há crase e se mantém o paralelismo.

A fim de preservar esse paralelismo, se o primeiro substantivo (“cassação”) receber artigo, o segundo
(“suspensão”) também deve receber tal artigo. Veja o esquema:

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Na questão, ao afirmar que haveria acento indicativo de crase na expressão “a cassação”, ignora-se
a necessidade do artigo “a” também diante do segundo substantivo. Assim, houve realmente prejuízo ao
paralelismo e a afirmação está correta.

Gabarito: C

84. (CESPE / TRF 1ª R Analista – 2017)


Fragmento de texto: No direito brasileiro convencional, a relação entre a espécie humana e as demais
espécies animais limita-se à tutela dos animais pelo poder público em função da sua utilidade enquanto
fauna brasileira intrínseca ao meio ambiente equilibrado.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à tutela dos animais” (linha 2) é facultativo.

Comentário: O verbo “limita-se” exigiu a preposição “a” e o substantivo “tutela” é precedido do artigo “a”.
Assim, a crase é obrigatória e a afirmação está errada.

Gabarito: E

85. (CESPE / PJC MT Delegado – 2017)


Fragmento de texto: E, nesse esboroamento da justiça, a mais grave de todas as ruínas é a falta de
penalidade aos criminosos confessos, é a falta de punição quando ocorre um crime de autoria incontroversa,
mas ninguém tem coragem de apontá-la à opinião pública, de modo que a justiça possa exercer a sua ação
saneadora e benfazeja.
A correção gramatical do texto seria mantida caso o acento indicativo de crase em “à opinião pública” (linha
3) fosse suprimido.

Comentário: O verbo “apontar” é transitivo direto e indireto, o pronome “a” é o objeto direto e “à opinião
pública” é o objeto indireto, o qual é iniciado pela preposição “a”, exigida pelo verbo. Como o substantivo
“opinião” é precedido do artigo “a”, ocorre crase obrigatoriamente.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

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86. (CESPE / Prefeitura de São Luís - MA Técnico – 2017)


Fragmento de texto: Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de
um infante, entretanto eu tinha um peso enorme no coração. Sim, eu estava triste, e não sabia a que atribuir
minha tristeza.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso fosse empregado o sinal indicativo de crase no “a”, em
“a que atribuir” (linha 2).

Comentário: Notamos rapidamente que não cabe crase, tendo em vista que há apenas a preposição “a”
diante do pronome interrogativo “que”. Isso mesmo! É pronome interrogativo. Devemos observar que a
oração “a que atribuir minha tristeza” é subordinada substantiva objetiva direta, pois o verbo da oração
principal “sabia” é transitivo direto. O verbo “atribuir” é transitivo direto e indireto, o sujeito é oculto (“eu”),
o objeto direto é “minha tristeza” e o objeto indireto é “a que”, cujo núcleo é o pronome interrogativo “que”.
Lembre-se de que vimos a peculiaridade de orações substantivas objetivas diretas. Na dúvida, volte àquela
aula.

Como sabemos que a inserção do acento indicativo de crase prejudicaria a correção gramatical, a
afirmação está correta.

Gabarito: C

87. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: É essa revolução — exigência fundamental do movimento da educação nova — que
Claparède compara à que Copérnico realizou na astronomia, e que ele define, com tanta felicidade, nas
seguintes linhas: “são os métodos e os programas que gravitam em torno da criança e não mais a criança
que gira em torno de um programa decidido fora dela.
A supressão do acento grave, indicativo de crase, no trecho “que Claparède compara à que Copérnico
realizou na astronomia” (linhas 1 e 2), prejudicaria a correção gramatical do texto, dada a impossibilidade de
omissão do artigo definido no contexto.

Comentário: O acento indicativo de crase ocorreu porque o verbo “compara” rege a preposição “a” e o
substantivo “revolução” está subentendido diante do vocábulo “que” por meio do artigo “a”. Assim, o artigo
“a” é obrigatório e, por conseguinte, a crase também.

Gabarito: C

88. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: Atualmente há uma grande preocupação quanto à capacidade dessa ciência, criada
pelos interesses do desenvolvimento e da exploração da natureza, de oferecer soluções para lidar com a
crise ambiental, social e econômica.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à capacidade dessa ciência” (linhas 1 e 2) é facultativo.

Comentário: O acento indicativo de crase ocorreu porque o advérbio “quanto” rege a preposição “a” e o
substantivo “capacidade” está precedido do artigo “a”. Assim, a crase é obrigatória.

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Gabarito: E

89. (CESPE / SEEDF Monitor – 2017)


Fragmento de texto: Para que a disseminação pública da cultura fuja a determinações pragmáticas e
economicistas, é necessário um espaço público de preservação, de apropriação e de reflexão.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se empregasse o sinal grave indicativo de crase no “a”
em “fuja a determinações”

Comentário: Como o substantivo “determinações” encontra-se no plural e o vocábulo “a” encontra-se no


singular, isso é sinal de que não há artigo “as”. Assim, não pode ocorrer crase, pois há apenas a preposição
“a”.

Como a questão afirmou que haveria erro com a inserção do acento indicativo de crase, ela está
correta.

Gabarito: C

90. (CESPE / TRE TO Nível médio – 2017)


Fragmento do texto: Em Roma, o voto advém das reformas de Sérvio Túlio, que tendem à formação de um
corpo eleitoral e à fixação de processos de votação.
O uso do acento indicativo de crase nas expressões “à formação de um corpo eleitoral” (linhas 1 e 2) e “à
fixação de processos de votação” (linha 2) é facultativo, pois as palavras “formação” e “fixação” estão
empregadas de modo impreciso.

Comentário: O verbo “tendem” rege a preposição “a” e os substantivos “formação” e “fixação” são
precedidos do artigo “a”, tendo em vista tal vocábulo funcionar como um especificador, e não como
generalizador, isto é, diferente do que afirma a questão.

Assim, o acento indicativo de crase é obrigatório neste contexto e a afirmação está errada.

Gabarito: E

91. (CESPE / CP RM Técnico em Geociências – 2016)


Fragmento de texto: A conclusão, praticamente unânime, é de que políticas que visem à conservação do
meio ambiente e à sustentabilidade de projetos econômicos devem ser metas para todos os governantes.
O emprego do acento indicativo da crase em “à sustentabilidade” (linha 2) é facultativo.

Comentário: O verbo “visem”, no sentido de ter por objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a” e
o substantivo “sustentabilidade” está precedido do artigo “a”. Assim, a crase é obrigatória e a afirmação está
errada.

Gabarito: E

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92. (CESPE / DPU Analista Técnico-Administrativo – 2016)


Fragmento de texto: Anteriormente à primeira Constituição pátria, a de 1824, vigoraram as Ordenações
Afonsinas, as Manuelinas e as Filipinas.
No trecho “Anteriormente à primeira Constituição pátria” (linha 1), o emprego do acento indicativo de crase
é facultativo.

Comentário: O advérbio “Anteriormente” rege a preposição “a” e o substantivo “Constituição” é precedido


do artigo “a”. Assim, a crase é obrigatória e a afirmação está errada.

Gabarito: E

93. (CESPE / DPU Técnico – 2016)


Fragmento de texto: A mais recente visita de participantes de outro projeto, o Atenção à População de Rua
do Assentamento Noroeste, levou respostas às demandas solicitadas pelos moradores.
No trecho “respostas às demandas” (linha 2), o emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela regência
do substantivo “respostas”, que exige complemento antecedido da preposição a, e pela presença de artigo
feminino plural que determina “demandas”.

Comentário: Esta é uma questão que deixa muitos candidatos apreensivos na hora da prova, pois ele sabe
que uma palavra exigiu a preposição “a” e o substantivo “demandas” admitiu o artigo “as”. Por isso, houve
a crase.

Porém, o que causa dúvida é quanto a qual palavra exigiu a preposição “a”: o verbo “levar” ou o
substantivo “respostas”?

Assim, devemos observar a transitividade do verbo “levar”. Sabemos que o verbo “levar”
normalmente é transitivo direto e indireto (alguém leva uma coisa a outra); transitivo indireto (uma coisa
leva a outra) ou transitivo direto (alguém leva algo).

Bom, neste caso específico, o verbo “levar” é transitivo direto, o termo “respostas” é o objeto direto,
cujo substantivo é abstrato e exige o complemento nominal “às demandas”.

A mais recente visita ... levou respostas às demandas...

VTD + OD + CN

Reforço que “às demandas” é o complemento nominal e não objeto indireto, tendo em vista que o
substantivo “respostas” é abstrato e exigiu complemento.

Veja a mudança de transitividade com um substantivo concreto como objeto direto:

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Juvenal levou dinheiro ao seu pai.

VTDI + OD + OI

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

94. (CESPE / DPU Técnico – 2016)


Fragmento de texto: Nós entramos para solucionar problemas: vamos até as ruas para informar sobre o
trabalho da defensoria, para que seus direitos sejam garantidos”, afirma a coordenadora.
Seria mantida a correção do texto caso o trecho ‘para que seus direitos sejam garantidos’ (linha 2) fosse
reescrito da seguinte forma: visando à garantia de seus direitos.

Comentário: A questão cobra dois assuntos ao mesmo tempo: a transposição de oração desenvolvida para
reduzida de gerúndio e a crase.

A oração “para que seus direitos sejam garantidos” é subordinada adverbial de finalidade porque
apresenta a locução conjuntiva “para que”. Tal oração pode ser iniciada pelo verbo “visando” tendo em vista
que o sentido desse verbo no texto é “ter por objetivo”, “finalidade”, “intuito”. Assim, o sentido é preservado
nessa redução de gerúndio.

Além disso, devemos observar a correção gramatical, haja vista que o verbo “visando”, no sentido de
ter por objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”. Como o substantivo “garantia” está precedido
do artigo “a”, ocorreu a crase.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

95. (CESPE / FUNPRESP Analista – 2016)


Fragmento de texto: Já andei dizendo que o cronista é um estilita. Não confundam, por enquanto, com
estilista. Estilita era o santo que ficava anos e anos em cima de uma coluna, no deserto, meditando e
pregando. São Simeão passou trinta anos assim, exposto ao sol e à chuva.
Na linha 3, o emprego do acento indicativo de crase em “à chuva” é exigido pela regência da forma verbal
“exposto” e pela presença do artigo definido feminino que especifica o substantivo “chuva”.

Comentário: Realmente “exposto” exigiu a preposição “a” e o substantivo “chuva” admitiu o artigo “a”. Por
isso, houve crase.

Mas vou ampliar a explicação, haja vista que muitos alunos ficaram em dúvida à época da prova,
quando a banca apresentou o gabarito definitivo.

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Ficamos um pouco na dúvida quanto à questão informar que “exposto” é uma forma verbal. Isso
levou alguns candidatos a marcarem a afirmação como errada.

É claro que podemos entender “exposto” como adjetivo, em situações como “Pessoas expostas ao
sol ficam mais morenas”. O adjetivo “expostas” é o adjunto adnominal nesse exemplo acima.

E então? Qual seria a função sintática do segmento “exposto ao sol e à chuva”?

Para sabermos disso, devemos voltar ao contexto.

Foi dito que estilita era o santo que ficava anos e anos em cima de uma coluna, no deserto, meditando
e pregando. Em seguida foi afirmado que São Simeão passou trinta anos assim (meditando e pregando). Por
causa disso, ele ficava exposto ao sol e à chuva.

Se você pensou que “exposto ao sol e à chuva” é um termo explicativo do advérbio “assim”,
raciocinou errado, pois advérbio não é caracterizado.

Assim, devemos entender, por força sintática, que o advérbio de modo “assim” retoma “meditando
e pregando”. Lembre-se de que o advérbio de modo normalmente retoma o modo como a ação ocorreu.

Por conta dessas ações ocorridas anteriormente, São Simeão (sujeito paciente) ficou exposto (locução
verbal da voz passiva) ao sol e à chuva (objeto indireto composto).

Assim, sintaticamente, a oração “exposto ao sol e à chuva” é subordinada adverbial consecutiva


reduzida de particípio e pode ser desenvolvida para essa mesma estrutura ou até mesmo coordenada
sindética conclusiva. Veja o desenvolvimento dessa oração:

Estilita era o santo que ficava anos e anos em cima de uma coluna, no deserto, meditando e pregando. São
Simeão passou trinta anos assim, exposto ao sol e à chuva.

Or Sub Adv consecutiva reduzida de particípio

Estilita era o santo que ficava anos e anos em cima de uma coluna, no deserto, meditando e pregando. São
Simeão passou trinta anos assim, de forma que ficou exposto ao sol e à chuva.

oração subordinada adverbial consecutiva desenvolvida

Estilita era o santo que ficava anos e anos em cima de uma coluna, no deserto, meditando e pregando. São
Simeão passou trinta anos assim, por conseguinte ficou exposto ao sol e à chuva.

oração coordenada sindética conclusiva

Agora, sim, podemos observar que “exposto” realmente é um verbo no particípio.

Gabarito: C

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96. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento de texto: O problema não está na lei. Mudá-la pode ser o pretexto não para torná-la mais
rigorosa, mas para atribuir-lhe alguma flexibilidade que a desfigure. O verdadeiro problema é a dificuldade
do setor público de adaptar suas despesas às receitas em queda por causa da crise.
O emprego do acento grave em “às receitas” (linha 3) decorre da regência do verbo “adaptar” (linha 3) e da
presença do artigo definido feminino determinando o substantivo “receitas”.

Comentário: A afirmativa está correta, pois o verbo “adaptar” é transitivo direto e indireto e o termo “suas
despesas” é o objeto direto. Tal verbo rege a preposição “a”, que inicia o objeto indireto “às receitas”, e o
substantivo “receitas” é precedido do artigo “as”. Assim, houve a crase.

Gabarito: C

97. (CESPE / FUNPRESP Superior – 2016)


Fragmento de texto: A construção do campus brotou do cruzamento de mentes geniais. O inquieto
antropólogo Darcy Ribeiro definiu as bases da instituição. O educador Anísio Teixeira planejou o modelo
pedagógico. O arquiteto Oscar Niemeyer transformou as ideias em prédios.
No trecho “O arquiteto Oscar Niemeyer transformou as ideias em prédios” (linha 3), o emprego do sinal
indicativo de crase em “as ideias” é opcional.

Comentário: A afirmação está errada, tendo em vista que o verbo “transformou” é transitivo direto e indireto
e o termo “as ideias” é o objeto direto, por isso há apenas o artigo “as” e não cabe crase.

Gabarito: E

98. (CESPE / FUNPRESP Superior – 2016)


Fragmento de texto: Olhando os móveis limpos, seu coração se apertava um pouco em espanto. Mas na sua
vida não havia lugar para que sentisse ternura pelo seu espanto — ela o abafava com a mesma habilidade
que as lides em casa lhe haviam transmitido. Saía então para fazer compras ou levar objetos para consertar,
cuidando do lar e da família à revelia deles. Quando voltasse era o fim da tarde e as crianças vindas do colégio
exigiam-na. Assim chegaria a noite, com sua tranquila vibração. De manhã acordaria aureolada pelos calmos
deveres.
A introdução do sinal grave indicativo de crase em “a noite” (linha 5) manteria a correção gramatical do
texto, mas prejudicaria seu sentido original.

Comentário: No texto original, há o sujeito “a noite” e “chegaria” é verbo intransitivo. Com a inserção do
acento indicativo de crase, a expressão “à noite” passaria a ser o adjunto adverbial de tempo, afirmando-se
que durante a noite alguém chegaria. Assim, haveria mudança de sentido e a afirmação está correta.

Gabarito: C

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99. (CESPE / TRE PI Analista – 2016)


Fragmento de texto: Para o entendimento da concentração da votação em determinado lugar, é necessário
abordar a teoria do contextualismo geográfico, segundo a qual o comportamento dos eleitores é
influenciado pelo ambiente sociogeográfico — seja pelas redes de interação social existentes, seja pela
semelhança de experiências às quais os habitantes de uma região estão submetidos.
Sem prejuízo do sentido original e da coerência do texto, a expressão “às quais” (linha 4) poderia ser
substituída por à que.

Comentário: A expressão “às quais” pode ser substituída por “a que”, pois há apenas a preposição “a”. Assim,
a afirmação está errada.

Gabarito: E

100. (CESPE / MP ENAP Superior – 2015)


Fragmento do texto: Para levar a cabo o novo modelo de gestão pública, será preciso adotar novas
tecnologias e promover condições de trabalho adequadas, assim como mudanças culturais, desenvolvimento
pessoal dos agentes públicos, planejamento de ações e controle de resultados.
Na linha 1, a correção gramatical do trecho seria mantida, caso se inserisse acento indicativo de crase no
vocábulo “a” que compõe a locução “a cabo”.

Comentário: O substantivo “cabo” é masculino, por isso não pode haver acento indicativo de crase.

Gabarito: E

101. (CESPE / TCU TEFC Técnico – 2015)


Fragmento do texto: A invenção e a difusão da técnica da escritura, somadas à compilação de costumes
tradicionais, proporcionaram os primeiros códigos da Antiguidade, como o de Hamurábi, o de Manu, o de
Sólon e a Lei das XII Tábuas.
O emprego do sinal indicativo de crase no trecho “somadas à compilação de costumes tradicionais” (linhas
1 e 2) é facultativo, razão por que sua supressão não acarretaria prejuízo para o sentido nem para a correção
do período.

Comentário: O particípio “somadas” rege a reposição “a” e o substantivo “compilação” está precedido do
artigo “a”, haja vista a especificação com a expressão “de costumes tradicionais”. Assim, deve haver o sinal
indicativo de crase e sua supressão acarretaria erro gramatical.

Gabarito: E

102. (CESPE / TRE GO Analista – 2015)


Fragmento do texto: Em meio a esse cenário, foi elaborado o texto constitucional, que, desde então, recebeu
a denominação de Constituição Cidadã.

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No trecho “Em meio a esse cenário” (linha 1), a inserção de sinal indicativo de crase no “a” acarretaria
prejuízo à correção gramatical do texto.

Comentário: O substantivo “cenário” é masculino e ainda é precedido do pronome demonstrativo “esse”, o


qual não admite ser precedido de artigo. Assim, não pode haver acento indicativo de crase.

Como a questão afirmou que a inserção do acento acarretaria prejuízo à correção gramatical do texto,
está correta.

Gabarito: C

103. (CESPE / STJ Analista – 2015)


Fragmento do texto: Percebe-se, aqui, igualmente, a sua inegável dimensão ética, em virtude do necessário
reconhecimento mútuo de todos como pessoas, iguais em direitos e obrigações, o que dá suporte a
exigências recíprocas de ajuda ou sustento.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se empregasse o sinal indicativo de crase no vocábulo
“a” em “dá suporte a exigências recíprocas”.

Comentário: O verbo “dá” é transitivo direto e indireto. O termo “suporte” é o objeto direto e “a exigências
recíprocas” é o objeto indireto. O substantivo “exigências” é plural, porém o vocábulo “a” é singular. Assim,
há apenas a preposição “a”, iniciando o objeto indireto e esse é o motivo de não poder haver acento
indicativo de crase.

Como a questão informou que haveria prejuízo caso se empregasse o sinal indicativo de crase, está
correta.

Gabarito: C

104. (CESPE / FBU Contador – 2015)


Fragmento do texto: A questão é a seguinte: devemos usar a norma culta em todas as situações?
Evidentemente que não, sob pena de parecermos pedantes. Dizer “nós fôramos” em vez de “a gente tinha
ido” em uma conversa de botequim é como ir de terno à praia. E quanto a corrigir quem fala errado? É claro
que os pais devem ensinar seus filhos a se expressar corretamente, e o professor deve corrigir o aluno, mas
será que temos o direito de advertir o balconista que nos cobra “dois real” pelo cafezinho?
De acordo com o contexto, estaria também correto o emprego do sinal indicativo de crase em “quanto a”
(linha 3).

Comentário: Não pode haver o emprego do sinal indicativo de crase em “quanto a”, tendo em vista que a
palavra seguinte é o verbo “corrigir”, e sabemos que não há crase diante de verbo. Veja:

E quanto a corrigir quem fala errado?

Gabarito: E

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105. (CESPE / CGE PI Auditor – 2015)


Fragmento do texto: Chama-lhe à minha vida uma casa, dá o nome de relíquias aos inéditos e impressos que
aqui vão, ideias, histórias, críticas, diálogos, e verás explicados o livro e o título.
No trecho “Chama-lhe à minha vida uma casa”, é facultativo o emprego do sinal indicativo de crase.

Comentário: Primeiro, devemos perceber que o verbo “Chama” rege a preposição “a”. Em seguida, devemos
lembrar que é facultativo o artigo “a” diante de pronome possessivo feminino singular. Assim, a afirmativa
é certa.

Gabarito: C

106. (CESPE / MPU Analista – 2015)


Fragmento do texto: Na organização do poder político no Estado moderno, à luz da tradição iluminista, o
direito tem por função a preservação da liberdade humana, de maneira a coibir a desordem do estado de
natureza, que, em virtude do risco da dominação dos mais fracos pelos mais fortes, exige a existência de um
poder institucional.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à luz da tradição iluminista” é facultativo, ou seja, a sua retirada
não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido original do texto.

Comentário: A locução adverbial “à luz” possui acento indicativo de crase obrigatório, ou seja, a sua retirada
prejudicaria, sim, a gramaticalidade.

Gabarito: E

107. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento do texto: No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito lusitano. Não havia o Ministério
Público como instituição. Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e as Ordenações Filipinas de 1603 já faziam
menção aos promotores de justiça, atribuindo-lhes o papel de fiscalizar a lei e de promover a acusação
criminal. Existiam ainda o cargo de procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa) e o de procurador da
Fazenda (defensor do fisco).
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a expressão “a acusação” (linha 3) por
à acusação, pois, nesse caso, o emprego do sinal indicativo de crase é opcional.

Comentário: O verbo “promover” é transitivo direto e o termo “a acusação criminal” é o objeto direto. Assim,
o emprego do sinal indicativo de crase é proibido.

Gabarito: E

108. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento do texto: O tribunal considerou que a liberdade de expressão não se pode traduzir em
desrespeito às diferentes manifestações dessa mesma liberdade, pois ela encontra limites no próprio
exercício de outros direitos fundamentais.

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Na linha 2, o emprego do sinal indicativo de crase em “às diferentes” justifica-se pela regência de
“desrespeito”, que exige complemento antecedido da preposição a, e pela presença de artigo feminino plural
antes de “diferentes”.

Comentário: Realmente, o substantivo “desrespeito” rege a preposição “a” e o substantivo plural e feminino
“manifestações” é precedido do artigo “as”. Assim, há crase.

Gabarito: C

109. (CESPE / Depen Nível superior – 2015)


Fragmento do texto: Desde 2012, entre os projetos voltados à recuperação e à reinserção social, está a
remição de pena por meio da leitura.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, o sinal indicativo de crase poderia ser eliminado em ambas
as ocorrências no trecho “voltados à recuperação e à reinserção social” (linha 1).

Comentário: O adjetivo “voltados” rege a preposição “a”, e os substantivos femininos “recuperação” e


“reinserção” estão precedidos do artigo “a”, por isso há acentos indicativos de crase.

Porém, a questão afirmou que, se houver a supressão dos acentos indicativos de crase, haverá
correção gramatical. Veja bem, ela não afirmou nada sobre mudança ou permanência de sentido.

Sabemos que o adjetivo “voltados” continua regendo a preposição “a”, mas os substantivos
“recuperação” e “reinserção” até podem perder o artigo, com a diferença de que o sentido muda. Os
substantivos passam transmitir um tom mais generalizante.

Como a banca não afirmou nada sobre permanência de sentido, está correta.

Gabarito: C

110. (CESPE / Depen Nível médio – 2015)


Fragmento do texto: É preciso compreender que o preso conserva os demais direitos (educação, integridade
física, segurança, saúde, assistência jurídica, trabalho e outros) adquiridos como cidadão, uma vez que a
perda temporária do direito de liberdade em decorrência dos efeitos de sentença penal refere-se tão
somente à liberdade de ir e vir. Isso, geralmente, não é o que ocorre.
No trecho “refere-se tão somente à liberdade de ir e vir”, o emprego do sinal indicativo de crase deve-se ao
fato de a locução “tão somente” exigir complemento antecedido pela preposição a.

Comentário: A preposição “a” ocorre, graças à regência do verbo pronominal “refere-se”, e não da locução
“tão somente”. Assim, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

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111. (CESPE / TRE GO Técnico Judiciário – 2015)


Fragmento de texto: A ele se somavam dois membros efetivos e dois substitutos, sorteados dentre os
ministros do STF, além de dois efetivos e dois substitutos, sorteados dentre os desembargadores da Corte
de Apelação do DF.
O emprego de acento indicativo de crase na expressão “A ele” (linha 1) — À ele — prejudicaria a correção
gramatical do texto.

Comentário: Sabendo-se que o pronome “ele” não pode ser precedido de artigo, não pode haver acento
indicativo de crase. Como a questão afirmou que tal acento prejudicaria a correção gramatical, está certa.

Gabarito: C

112. (CESPE / IRBR Diplomacia – 2015)


Fragmento de texto: A saúde frágil — teve quase todas as doenças sociais possíveis, de paratifo a tuberculose
— não o impediu de sonhar um futuro radioso para os filhos.
Na expressão “de paratifo a tuberculose” (linha 1), o uso do sinal indicativo de crase no termo “a” não
prejudicaria a correção gramatical do texto, pois, nesse caso, tal uso tem caráter facultativo.

Comentário: O uso do sinal indicativo de crase, neste caso, não é facultativo. Ele é proibido, haja vista que
há dois substantivos com tom generalizante (“paratifo” e “tuberculose”), pois não são precedidos do artigo
“a”. Note que o primeiro é precedido da preposição “de”, marcando origem, e o segundo precedido da
preposição “a” marcando limite final. Assim, não cabe o acento indicativo de crase e a afirmação da
questão está errada.

Gabarito: E

113. (CESPE / IRBR Diplomacia – 2015)


Fragmento de texto: Celso Cunha tinha, na minha geração literária, a posição que, na geração anterior à
nossa, coube a Souza da Silveira.
Em razão do arranjo sintático na expressão “na geração anterior à nossa” (linhas 1 e 2), torna-se obrigatório
o emprego do sinal indicativo de crase, apesar de esta preceder um pronome possessivo.

Comentário: Vimos que o acento indicativo de crase é facultativo diante de pronome possessivo feminino
singular e de valor adjetivo. Já o pronome possessivo feminino singular de valor substantivo fatalmente faz
subentender o substantivo omitido, por isso deve ser precedido de artigo.

O adjetivo “anterior” rege a preposição “a”, e o pronome possessivo “nossa” faz subentender o
substantivo “geração”. Tal pronome obrigatoriamente é precedido de artigo. Como ele se refere a “geração”,
tal artigo será “a”.

Assim, deve haver acento indicativo de crase. Compare:

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Celso Cunha tinha, na minha geração literária, a posição que, na geração anterior à nossa, coube a Souza da
Silveira.

Celso Cunha tinha, na minha geração literária, a posição que, na geração anterior à nossa (geração), coube
a Souza da Silveira.

Gabarito: C

114. (CESPE / TRE RS Analista Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Enquanto a inelegibilidade é um impedimento prévio à eleição, que torna nulos os
votos dados ao cidadão inelegível, a incompatibilidade é um impedimento posterior ao pleito eleitoral e
proibitivo do exercício do mandato.
O uso do acento indicativo de crase em “à eleição” (linha 1) é exigido pela presença do substantivo
“impedimento” (linha 1) e pela presença de artigo definido feminino que determina o substantivo “eleição”.

Comentário: É o adjetivo “prévio” que rege a preposição “a”, e não o substantivo “impedimento”, por isso a
afirmação está errada.

Gabarito: E

7 – O QUE DEVO TOMAR NOTA COMO MAIS IMPORTANTE?


• Estrutura VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI.
• Observar a diferença entre pronome relativo e conjunção integrante.
• Diferenciar orações subordinadas substantivas e adjetivas.
• Diferenciar as funções sintáticas do pronome relativo.
• Entender o uso de “cujo” e suas variações.
• A estrutura-base da crase.

Até nosso próximo encontro!

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5 – LISTA DE QUESTÕES DE REVISÃO

1. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento de texto: Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a
todos nos absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
Nas linhas1 e 2, o termo “a todos” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “absolveria”.

2. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento de texto: A expansão da cidadania e a qualidade da democracia pressupõem o Estado de direito
para proteger as liberdades civis e políticas da cidadania. Conforme recomendação do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), deveria “existir um patamar mínimo de igualdade entre os membros
da sociedade que outorgue a todos um leque razoável de opções para exercer sua capacidade de escolha e
sua autonomia”.
O trecho ‘um patamar mínimo de igualdade entre os membros da sociedade’ (linha 4) exerce a função de
complemento do verbo ‘existir’ (linha 4).

3. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: É evidente que a interlocução comunicativa permite o entendimento, proporciona o
intercâmbio de ideias e nos faz refletir e argumentar com maior propriedade em defesa de nossos direitos e
deveres como cidadãos.
Na linha 2, o pronome “nos” exerce a função de complemento da forma verbal “refletir”.

4. (CESPE / TRE TO Nível médio – 2017)


Fragmento do texto: Caso nada seja feito, a previsão é de que haja um aumento de 1º C em 2020 em relação
à era pré-industrial. Parece pouco, mas é suficiente para gerar consequências para todas as populações do
mundo, em especial as comunidades pobres e vulneráveis, causando impactos na segurança alimentar,

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hídrica e energética, aumento do nível do mar, tempestades, ondas de calor e intensificação de secas, chuvas
e inundações.
No texto, funciona como um dos complementos da forma verbal “causando” (linha 3) o termo
a) “ondas de calor” (linha 4).
b) “secas” (linha 5).
c) “secas, chuvas e inundações” (linhas 4 e 5).
d) “segurança alimentar, hídrica e energética” (linhas 3 e 4).
e) “nível do mar” (linha 4).

5. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Ninguém poderia ficar impassível diante de uma mudança dessa envergadura. Por isso
a sensação mais difundida é a desorientação.
Seria mantida a correção gramatical do texto se o trecho “diante de uma mudança” (linha 1) fosse alterado
para ante a uma mudança.

6. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)


Mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do trecho “O direito tributário brasileiro depara-se
com grandes desafios” (linhas 1 e 2), do texto, o segmento “depara-se com” poderia ser substituído por
a) depara-se a.
b) confronta com.
c) depara-se diante de.
d) confronta-se a.
e) depara com.

7. (CESPE / EMAP Cargos de nível médio – 2018)


Fragmento de texto: A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da redução
de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos grandes avanços
nas comunicações, tem exigido mudanças efetivas na atuação do comércio internacional.
O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” (linha 2) é exigido pela presença de “decorrente”
(linha 1), sendo as inovações uma das quatro causas da crescente internacionalização mencionadas no texto.

8. (CESPE / STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, o que significa, se não é erro tomar as
palavras à letra, que não seria verdadeiro homem aquele que não errasse. (...) Quem não sabe deve
perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar deveria tê-la sempre presente o revisor,
tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde agora está trabalhando, pois não
faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e prudência de não acreditar cegamente
naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância.
Em “disse-o quem sabia” (linha 1) e em “Quem não sabe deve perguntar” (linhas 2 e 3), o verbo saber é
intransitivo.

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9. (CESPE / STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: Lancemos, enfim, a crédito do revisor ter reunido, ao longo duma vida, tantas e tão
diversas fontes de informação, embora um simples olhar nos revele que estão faltando no seu tombo as
tecnologias da informática, mas o dinheiro, desgraçadamente, não chega a tudo, e este ofício, é altura de
dizê-lo, inclui-se entre os mais mal pagos do orbe.
O termo “entre os mais mal pagos do orbe” (linha 4) exerce a função de complemento da forma verbal
“inclui”.

10. (CESPE / STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas natural, do que falar, com
relutante perfeição, uma língua artificialmente construída.
A regência do verbo preferir observada no período do texto é típica da variedade culta do português
europeu, sendo pouco frequente na variedade brasileira do português, principalmente em textos informais.

11. (CESPE / STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: De que vale aprender a conduzir melhor seu carro quando se está no fim do percurso?
Só resta pensar então em como abandoná-lo. O estudo de um Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente
o de aprender a morrer e é precisamente o que menos se faz na minha idade, pensa-se em tudo, menos
nisso.
A regência do verbo restar é diferente nos trechos “resta pensar” (linha 2) e “resta a fazer” (linha 2): neste,
o sentido do verbo altera-se em relação ao empregado naquele.

12. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento de texto: De resto, semelhantes cidadãos são idiotas. É de se supor que quem quer casar deseje
que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal com a máxima liberdade, com a melhor boa-vontade,
sem coação de espécie alguma, com ardor até, com ânsia e grandes desejos; como é então que se castigam
as moças que confessam não sentir mais pelos namorados amor ou coisa equivalente?
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, a forma verbal “deseje” (linha 1) poderia
ser substituída por aspire a.

13. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento de texto: É tudo uma questão de amor e prisma, por favor não abra os canhões. Que coisa mais
linda esse ácido despenteado, caramba. Olhei com mais atenção o desenho da estrutura e descobri: a raça
humana é toda brilho.
A substituição da expressão “Olhei com mais atenção” (linha 2) por Atentei-me para manteria o sentido geral
e a correção gramatical do trecho original.

14. (CESPE / ABIN Agente de Inteligência – 2018)


Fragmento de texto: O trabalho desenvolvido pela contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças
como a espionagem, a sabotagem, o vazamento de informações e o terrorismo, patrocinadas por
instituições, grupos ou governos estrangeiros.

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O sentido do texto seria prejudicado, embora sua correção gramatical fosse preservada, caso a preposição
presente na expressão “contra ameaças” (linha 1) fosse substituída pela preposição de.

15. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento de texto: São José do Rio Preto, centro urbano de tamanho médio, com cerca de 408 mil
habitantes em 2010, localizada na região noroeste do estado de São Paulo, em área de clima tropical, é uma
cidade reconhecida pelo seu calor intenso.
A correção gramatical do texto seria preservada caso a preposição que inicia o trecho “em área de clima
tropical” (linha 2) fosse eliminada.

16. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento de texto: O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-
natalista. Por cerca de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência
de altas taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial
e do crescimento do mercado interno.
O trecho “da prevalência de altas taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da
expansão da ocupação territorial e do crescimento do mercado interno” (linhas 2 a 4) constitui uma
enumeração que complementa o sentido da expressão iniciada por “em função” (linha 2).

17. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Os professores fazem cursos, acumulam certificados, sem que isso corresponda a
mudança ou responda aos desafios que encaram na sala de aula.
Sem prejuízo das informações veiculadas no texto, a forma verbal “responda” (linha 2) poderia ser
substituída por atenda.

18. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Aos poucos cresceu no meu conhecimento a gramática e a seguir a linguística com
todas as suas correntes e disciplinas. Aumentou assim o meu entusiasmo pelas possibilidades expressivas da
língua, sua relação com os recursos linguísticos e seu funcionamento em textos resultantes de sujeitos, de
ideologias, de atividades e esferas de ação do ser humano concretizando modos/formas e objetivos de ação
em tipos de gêneros e espécies de textos.
Na linha 2, a contração “pelas” poderia ser substituída por com as, mantendo-se a correção gramatical e o
sentido do texto.

19. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento de texto: A efetiva transparência do administrador público não se resume à publicidade dos
gastos.
A substituição do trecho “à publicidade dos gastos” (linhas 1 e 2) por na publicidade manteria a correção
gramatical do texto

20. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,

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em que levava e dava pontapé,


a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
Considerando-se as regências do verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta a seguinte
reescrita para a oração “Já esqueci a língua”: Já esqueci da língua.

21. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento de texto: As últimas décadas registraram o ressurgimento do campo do conhecimento
denominado políticas públicas, assim como das instituições, das regras e dos modelos que regem sua
decisão, elaboração, implementação e avaliação.
A introdução da preposição por imediatamente após “denominado” (linha 2) manteria o sentido e a correção
gramatical do texto, além de imprimir-lhe mais clareza.

22. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento de texto: A política pública, embora seja formalmente um ramo da ciência política, a ela não se
resume, podendo também ser objeto analítico de outras áreas do conhecimento, inclusive da econometria,
já bastante influente em uma das subáreas da política pública, a da avaliação, que também vem recebendo
influência de técnicas quantitativas.
Seriam mantidos o sentido original do texto e sua correção gramatical caso o trecho “a ela não se resume”
(linhas 1 e 2) fosse substituído por não lhe resume.

23. (CESPE / PJC MT Delegado – 2017)


Fragmento de texto: A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os
espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os
homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove a desonestidade,
a venalidade, a relaxação; insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.
A correção gramatical do texto seria mantida caso o termo “sob” (linha 4) fosse substituído por em.

24. (CESPE / CP RM Técnico em Geociências – 2016)


Fragmento de texto: A conclusão, praticamente unânime, é de que políticas que visem à conservação do
meio ambiente e à sustentabilidade de projetos econômicos devem ser metas para todos os governantes.
A substituição da forma verbal “visem” (linha 1) por objetivam mantém a correção gramatical do texto.

25. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento de texto: O tenente Antônio de Souza era um desses moços que se gabam de não crer em nada,
que zombam das coisas mais sérias e que riem dos santos e dos milagres. Costumava dizer que isso de almas
do outro mundo era uma grande mentira, que só os tolos temem a lobisomem e feiticeiras. Jurava ser capaz
de dormir uma noite inteira dentro do cemitério.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, no trecho “só os tolos temem a lobisomem e
feiticeiras” (linha 3), a preposição “a” poderia ser suprimida.

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26. (CESPE / FUNPRESP Superior – 2016)


Fragmento de texto: Brasília tinha apenas dois anos quando ganhou sua universidade federal. A
Universidade de Brasília (UnB) foi fundada com a promessa de reinventar a educação superior, entrelaçar as
diversas formas de saber e formar profissionais engajados na transformação do país.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados se o trecho “promessa de reinventar
a educação superior” (linha 2) fosse substituído por promessa de reinvenção da educação superior.

27. (CESPE / FUNPRESP Analista – 2016)


Fragmento de texto: Quando se cansava, sentava-se a uma grande mesa ao fundo da sala e escrevia o resto
da noite. Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a artigos, uns quarenta ou
cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa
diferente daquela e pagar ao barbeiro.
A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos” (linha 2), por lhe preservaria a correção gramatical
do texto.

28. (CESPE / TRE GO Técnico Judiciário – 2015)


Fragmento de texto: Por fim, integravam a Corte três membros efetivos e quatro substitutos, escolhidos
pelo chefe do governo provisório dentre quinze cidadãos, indicados pelo STF, desde que atendessem aos
requisitos de notável saber jurídico e idoneidade moral. Dentre seus membros, elegia o Tribunal Superior,
em escrutínio secreto, por meio de cédulas com o nome do juiz e a designação do cargo, um vice-presidente
e um procurador para exercer as funções do Ministério Público, tendo este último a denominação de
procurador-geral da justiça eleitoral.
Se a preposição a presente na contração “aos” (linha 2) fosse suprimida, a função sintática da expressão
“requisitos de notável saber jurídico e idoneidade moral” (linha 3) seria alterada, mas a correção gramatical
do texto seria mantida.

29. (CESPE / TCE RN Auditor – 2015)


Fragmento do texto: O poder político é dividido entre órgãos independentes e autônomos, aos quais são
atribuídas funções típicas. Ao Poder Legislativo é conferida a função de elaborar a lei; ao Poder Executivo, a
função de administrar a aplicação da lei; e, ao Poder Judiciário, a função de dirimir os conflitos legais surgidos
entre pessoas ou entre estas e o Estado. Esquece-se, no entanto, que o Poder Legislativo possui outras
funções típicas, das quais o poder financeiro e o controle político são exemplos.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se substituísse “Esquece-se, (...), que” (linha 4) por
Esquece-se, (...), de que.

30. (CESPE / TCE RN Auditor – 2015)


Fragmento do texto: Esse princípio vinculava a cobrança de tributos à existência de uma lei elaborada por
representantes do povo.
O texto permaneceria gramaticalmente correto caso o trecho “vinculava a cobrança de tributos à existência
de uma lei” fosse reescrito da seguinte forma: vinculava à cobrança de tributos a existência de uma lei.

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31. (CESPE / Telebras Especialista em Gestão – 2015)


Fragmento do texto: A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil veio acompanhada da
privatização do Sistema TELEBRAS — operado pela Telecomunicações Brasileiras S.A. (TELEBRAS) —,
monopólio estatal verticalmente integrado e organizado em diversas subsidiárias, que prestava serviços por
meio de uma rede de telecomunicações interligada, em todo o território nacional.
(...)
A privatização, ao contrário do que ocorreu em diversos países em desenvolvimento e mesmo em
outros setores de infraestrutura do Brasil, foi precedida da montagem de detalhado modelo institucional,
dentro do qual se destaca a criação de uma agência reguladora independente e autônoma, a Agência
Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Além disso, a reestruturação do setor de telecomunicações
brasileiro foi precedida de reformas setoriais em vários outros países, o que trouxe a possibilidade de
aprendizado com as experiências anteriores.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, nas estruturas “da privatização” (linhas 1 e 2), “da
montagem” (linha 6) e “de reformas setoriais” (linha 9), os elementos sublinhados podem ser substituídos,
respectivamente, pelas formas pela, pela e por.

32. (CESPE / TRE RS Analista Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: As incompatibilidades são, da mesma forma, impedimentos, embora de natureza
diversa, que proíbem o parlamentar, desde a expedição do diploma ou desde a sua posse, de obter, direta
ou indiretamente, vantagens do poder público, ou de se utilizar do mandato para obtê-las com maior
facilidade.
Dada a regência do verbo proibir (linha 2), a substituição do termo “o parlamentar” (linha 2) por ao
parlamentar não prejudicaria a correção gramatical do texto.

33. (CESPE / TRE-MS Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento de texto: No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os requisitos da nacionalidade,
idade e capacidade, além do requisito formal do alistamento eleitoral.
A correção gramatical do texto seria mantida, apesar de haver alteração de seu sentido, caso o trecho “do
alistamento eleitoral” (linha 2) fosse substituído por para o alistamento eleitoral.

34. (CESPE / TRE-MS Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento de texto: Políticos, sociais ou jurisdicionais, todos eles destinam-se à mesma finalidade: submeter
o administrador ao controle e à aprovação do administrado.
Sem prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido original do texto, o trecho “submeter o
administrador ao controle e à aprovação do administrado” poderia ser reescrito da seguinte forma:
submeter ao administrador o controle e a aprovação do administrado.

35. (CESPE / TRE-MS Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento de texto: O sufrágio universal, por exemplo, é um mecanismo de controle de índole
eminentemente política — no Brasil, está previsto no art. 14 da Constituição Federal de 1988, que assegura
ainda o voto direto e secreto e de igual valor para todos —, que garante o direito do cidadão de escolher
seus representantes e de ser escolhido pelos seus pares.

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36. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para
absolver o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos.
Nos trechos “intenção de difamar” (linha 1) e “nem de deplorar” (linha 2), a preposição “de” poderia ser
substituída por em, sem que a correção gramatical do texto fosse comprometida.

37. (CESPE / MP ENAP Superior – 2015)


Fragmento do texto: Já a partir da década de 70 do século passado, o conceito de planejamento não era
mais tão visto como um instrumento técnico e, sim, como um instrumento político capaz de moldar e de
articular os diversos interesses envolvidos no processo de intervenção de políticas públicas.
A locução “capaz de” (linha 2) poderia, sem prejuízo do sentido original do texto, ser substituída por para.

38. (CESPE / TRE-MS Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento de texto: O sufrágio universal, por exemplo, é um mecanismo de controle de índole
eminentemente política — no Brasil, está previsto no art. 14 da Constituição Federal de 1988, que assegura
ainda o voto direto e secreto e de igual valor para todos —, que garante o direito do cidadão de escolher
seus representantes e de ser escolhido pelos seus pares.
Na linha 1, a expressão “de índole” exerce a função de complemento de “controle” e, por isso, o emprego
da preposição “de” é exigido pela presença desse substantivo na oração.

39. (CESPE / Assembleia Legislativa-ES Taquígrafo – 2011)


Com relação à frase “Notas taquigráficas possibilitam ao cidadão acesso rápido ao trabalho do Senado
Federal”, a expressão “do Senado Federal” é complemento do núcleo nominal “trabalho”.

40. (CESPE / Detran - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: O agravamento da crise urbana nos países em desenvolvimento e as mudanças
políticas, sociais e econômicas, que, no momento, se processam em escala mundial, requerem novo esforço
governamental para a organização das cidades e dos seus sistemas de transporte.
A presença da preposição de antes das expressões “cidades” e “seus sistemas” indica que esses termos
complementam a ideia de “organização”.

41. (CESPE / Detran - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: O carro, no entanto, não é o único vilão. A solução para o problema da mobilidade
passa pela criação de alternativas ao uso do transporte individual.
“Como as opções alternativas ao transporte individual são pouco eficientes, pela falta de conforto,
segurança ou rapidez, as pessoas continuam optando pelos automóveis, motocicletas ou mesmo táxis, ainda
que permaneçam presas no trânsito”, afirma S. G.
O emprego da preposição a, em “ao uso” (linha 2) e “ao transporte” (linha 3), é obrigatório, visto que esses
termos, como complementos do substantivo “alternativas” (linhas 2 e 3), devem ser introduzidos por essa
preposição.

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42. (CESPE / PC - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: Recentemente, a Coreia do Norte, mais uma vez, atacou seus irmãos do Sul. Mesmo 65
anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial e do rateio do mundo entre comunistas e capitalistas, os
coreanos seguem presos aos dogmas de seus governos. O bombardeio ordenado por Pyongyang atingiu uma
ilha do país vizinho, matou duas pessoas e feriu pelo menos dezoito. A justificativa do Norte foram manobras
supostamente feitas pelos sulistas em águas sob sua jurisdição.
A presença da preposição a em “aos dogmas” (linha 3) decorre da regência da forma verbal “seguem” (linha
3), que exige complemento regido por essa preposição.

43. (CESPE / PGE PE Analista Administrativo de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica,
pautada na ética e na responsabilidade para com a sociedade e o meio ambiente, a fim de minimizar
problemas sociais como concentração de renda, precarização das relações de trabalho e falta de direitos
básicos como educação, saúde e moradia, agravados, entre outros motivos, por propostas que concebem
um Estado que seja parco em prestações sociais e no qual a própria sociedade se responsabilize pelos riscos
de sua existência, só recorrendo ao Poder Público subsidiariamente, na impossibilidade de autossatisfação
de suas necessidades.
A substituição de “no qual” (linha 5) por aonde prejudicaria a correção gramatical do texto.

44. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: À primeira vista, a modernidade parece ser um contrato extremamente complicado,
por isso poucos tentam compreender no que exatamente se inscreveram. É como se você tivesse baixado
algum software e ele te solicitasse assinar um contrato com dezenas de páginas em “juridiquês”; você dá
uma olhada nele, passa imediatamente para a última página, tica em “concordo” e esquece o assunto.
No trecho “poucos tentam compreender no que exatamente se inscreveram” (linha 2), a substituição de “no
que” por o que comprometeria a correção gramatical do texto.

45. (CESPE / IPHAN Cargos de nível Superior – 2018)


Fragmento do texto: Uma pessoa azulada veio a mim e disse que não estava bem. Eu mentiria se falasse que
me senti incomodado por se tratar de um completo desconhecido. Pois foi justamente daí que tirei o ânimo
para sustentar o encontro.
A substituição do vocábulo “daí” (ℓ.2) por donde manteria a coesão e a correção gramatical do texto.

46. (CESPE / STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar
deveria tê-la sempre presente o revisor, tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório
onde agora está trabalhando, pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e
prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não
da ignorância.
O vocábulo “que” recebe a mesma classificação em ambas as ocorrências no trecho “que daí é que vêm os
enganos piores” (linha 4).

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47. (CESPE / STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: Lançado, desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência,
que não era feito para viver nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava.
No trecho “estado de que meu coração precisava” (linha 2), a preposição “de” é regida pela formal verbal
“precisava”, não pela palavra “estado”.

48. (CESPE /STM Analista Judiciário Revisor de Texto – 2018)


Fragmento de texto: Cessando, portanto, de procurar entre os homens a felicidade que sentia não poder
encontrar, minha ardente imaginação já saltava por cima da recém-iniciada época de minha vida, como sobre
um terreno desconhecido, para descansar em uma situação tranquila em que me pudesse fixar.
Sem alteração dos sentidos do texto, a oração “em que me pudesse fixar” (linhas 3) poderia ser reescrita da
seguinte forma: à qual eu pudesse ser fixado.

49. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Para mim seria impossível engajar-me num trabalho de memorização mecânica dos ba-
be-bi-bo-bu, dos la-le-li-lo-lu. Daí que também não pudesse reduzir a alfabetização ao ensino puro da
palavra, das sílabas ou das letras. Ensino em cujo processo o alfabetizador fosse “enchendo” com suas
palavras as cabeças supostamente “vazias” dos alfabetizandos.
A expressão “em cujo” (linha 3) poderia ser substituída, sem prejuízo para a correção gramatical do texto,
pela expressão no qual.

50. (CESPE / TRF 1ª R Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significam de maneira precisa,
inequívoca (Ogden e Richards são radicais: “as palavras nada significam por si mesmas”): “...o que determina
o valor da palavra é o contexto, o qual, a despeito da variedade de sentidos de que a palavra seja suscetível,
lhe impõe um valor ‘singular’; é o contexto também que a liberta de todas as representações passadas, nela
acumuladas pela memória, e que lhe atribui um valor ‘atual’”.
Na oração “que lhe atribui um valor ‘atual’” (linha 5), o elemento “que” exerce a função de complemento
direto da forma verbal “atribui”.

51. (CESPE / TRF 1ª R Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: No direito brasileiro convencional, a relação entre a espécie humana e as demais
espécies animais limita-se à tutela dos animais pelo poder público em função da sua utilidade enquanto
fauna brasileira intrínseca ao meio ambiente equilibrado.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à tutela dos animais” (linha 2) é facultativo.

52. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: Não têm conta entre nós os pedagogos da prosperidade que, apegando-se a certas
soluções onde, na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais, transformam-nas em requisito obrigatório
e único de todo progresso.
Seriam preservados a correção gramatical e o sentido do texto caso o vocábulo “onde” (linha 2) fosse
substituído por que.

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53. (CESPE / INSS Técnico – 2016)


Fragmento de texto: Mas lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em
frente ao do Mário, havia uma diferença na numeração.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados, caso se substituísse o trecho “lembrei-me de
que” (linha 1) por lembrei que.

54. (CESPE / INSS Técnico – 2016)


Fragmento de texto: Não era um cômodo muito grande, mas dava para armar ali a minha tenda de reflexões
e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante
onde caberiam todos os meus livros.
Seria mantida a correção do texto caso o trecho “onde caberiam” (linha 3) fosse substituído por que caberia.

55. (CESPE / TRE RS Técnico Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Essas características se relacionam com outros fatores, tais como as fontes de
preferência da informação política (as pessoas que leem mais material de campanha nos jornais também o
fazem em revistas, rádio e televisão); os eventos (as pessoas que seguem determinados eventos de
campanhas tendem a seguir outros, mesmo que sejam de candidatos aos quais se opõem); e a atenção
(algumas pessoas prestam mais atenção à propaganda de uma campanha).
A substituição de “aos quais” (linha 4) por que manteria a correção gramatical do texto e seu sentido original.

56. (CESPE / MPU Analista – 2015)


Fragmento do texto: Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do inquérito policial que serão
coletadas as informações e as provas que irão formar o convencimento do titular da ação penal, isto é, a
opinio delicti.
Haveria prejuízo à correção gramatical do texto, se o vocábulo “que” (linha 1) fosse substituído por onde.
57. (CESPE / IRBR Diplomacia – 2015)
Fragmento de texto: A primeira condição para conseguirmos conhecer melhor as pessoas diz respeito a
tratarmos de evitar o erro usual de buscarmos avaliá-las tomando por base a nós mesmos.
(...)
A conclusão a que devemos chegar é que o realismo e a objetividade são bons mecanismos de
exploração do meio externo e que a avaliação das pessoas também deve ser regida pela observação dos
fatos e não por ideias.
A omissão da preposição “a” em “tomando por base a nós mesmos” (linha 2) e em “A conclusão a que
devemos chegar” (linha 4) prejudicaria a correção gramatical desses dois trechos.

58. (CESPE / FUB Contador – 2015)


Fragmento do texto: O fator mais importante para prever a performance de um grupo é a igualdade da
participação na conversa. Grupos em que poucas pessoas dominam o diálogo têm desempenho pior do que
aqueles em que há mais troca.
Na linha 2, a supressão do termo “em” manteria a correção gramatical e o sentido original do período.

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59. (CESPE / Telebras Técnico – 2015)


Fragmento do texto: Segundo o presidente da TELEBRAS, um dos objetivos do desenvolvimento do satélite
será a proteção às redes que transmitem informações sensíveis do governo federal.
O sinal indicativo de crase em “proteção às redes” (linha 2) justifica-se pela contração da preposição a,
exigida pelo substantivo “proteção”, com o artigo definido feminino as, que determina o vocábulo “redes”.

60. (CESPE / Câmara dos Deputados Técnico Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: A atividade policial pode ser verificada em quase todas as organizações políticas que
conhecemos, desde as cidades-estado gregas até os Estados atuais. Entretanto, o seu sentido e a forma como
é realizada têm variado ao longo do tempo. A ideia de polícia que temos hoje é produto de fatores estruturais
e organizacionais que moldaram seu processo histórico de transformação.
O pronome relativo “que” exerce, nas duas primeiras ocorrências, a função de complemento verbal e, na
terceira, a de sujeito da oração em que se insere.

61. (CESPE / Câmara dos Deputados Técnico Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: Ao contrário do que muitos têm apregoado, o melhor não é “virar a página” no que se
refere ao período da ditadura. Escolha mais adequada é empreender uma apropriação crítica desse passado
político recente, tanto para consolidar nossa frágil cidadania quanto para entender a realidade em que
vivemos. Para tanto, é fundamental estudar a ditadura, a fim de compreender a atualidade do seu legado e,
assim, criar condições de superá-lo.
No trecho “entender a realidade em que vivemos” (linhas 3 e 4), a supressão da preposição não prejudica a
correção gramatical do texto, ainda que interfira na relação sintático-semântica entre seus elementos.

62. (CESPE / FUB Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Há muito tempo a sociedade demonstra interesse por assuntos relacionados à ciência
e à tecnologia. Na verdade, desde a pré-história, o homem busca explicações para a realidade e os mistérios
do mundo que o cerca.
Em “o cerca” (linha 3), o pronome “o”, que se refere ao termo “o homem” (linha 2), exerce a função de
complemento da forma verbal “cerca”.

63. (CESPE / ICMBIO Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: A situação é mais séria na região Nordeste, especialmente nos estados de Alagoas e
Pernambuco, onde a maior parte da floresta original foi substituída por plantações de cana-de-açúcar. É
nessa região que ainda podem ser encontrados os últimos exemplares das aves mais raras em todo o país,
como o criticamente ameaçado limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi). Essa pequena ave de dezoito
centímetros vive no estrato médio e dossel de florestas bem conservadas e ricas em bromélias, onde procura
artrópodes dos quais se alimenta. Atualmente, as duas únicas localidades onde a espécie pode ser
encontrada são a Estação Ecológica de Murici, em Alagoas, e a Serra do Urubu, em Pernambuco.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso o vocábulo “onde”, nas linhas 2
e 5, fosse substituído pela expressão em que.

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64. (CESPE / ICMBIO Nível médio – 2014)


Fragmento do texto: “Fazemos a aproximação por meio de elementos do contexto onde as crianças estão
inseridas. As atividades de leitura, interpretação e escrita associam-se ao tema do cerrado na forma de
poesias, música, desenho, pintura e jogos”, explica uma professora da Faculdade de Educação da UnB.
Na linha 1, a substituição do vocábulo ‘onde’ pela expressão no qual não comprometeria nem a sintaxe nem
a significação do período de que o referido vocábulo faz parte.

65. (CESPE / MEC Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Se a vocação ontológica do homem é a de ser sujeito e não objeto, ele só poderá
desenvolvê-la se, refletindo sobre suas condições espaço-temporais, introduzir-se nelas de maneira crítica.
Quanto mais for levado a refletir sobre sua situacionalidade, sobre seu enraizamento espaço-temporal, mais
“emergirá” dela conscientemente “carregado” de compromisso com sua realidade, da qual, porque é sujeito,
não deve ser simples espectador, mas na qual deve intervir cada vez mais.
No último período do texto, o pronome relativo preposicionado “na qual” completa o sentido de “intervir”
e retoma o termo “sua realidade”.

66. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2014)


Fragmento do texto: Portanto, os aspectos que envolvem a gestão de pessoas têm de ser tratados como
parte de uma política de valorização desse ativo, na qual gestores e RH são vasos comunicantes, trabalhando
em conjunto, cada um desempenhando seu papel de forma adequada.
Na linha 2, a expressão “na qual” poderia ser substituída pela expressão em que, sem prejuízo da correção
gramatical do texto.

67. (CESPE / MTE Agente Administrativo – 2014)


Fragmento do texto: Por exemplo, a carteira de trabalho e previdência social (CTPS) está ligada à relação de
trabalho subordinado que corresponde ao vínculo de emprego. Nem todos os tipos de relações de trabalho
são registrados na CTPS, mas todos os tipos de relação de emprego são registrados no referido documento.
No trecho “está ligada à relação de trabalho subordinado que corresponde ao vínculo de emprego” (linhas 1
e 2), seria mantida a correção gramatical caso se substituísse o elemento “que” por a que, embora as relações
entre os termos da oração fossem alteradas.

68. (CESPE / Polícia Federal Escrivão – 2013)


Fragmento do texto: O que tanta gente foi fazer do lado de fora do tribunal onde foi julgado um dos mais
famosos casais acusados de assassinato no país? Torcer pela justiça, sim: as evidências permitiam uma forte
convicção sobre os culpados, muito antes do encerramento das investigações. Contudo, para torcer pela
justiça, não era necessário acampar na porta do tribunal, de onde ninguém podia pressionar os jurados.
O emprego dos elementos “onde” (linha 1) e “de onde” (linha 4), no texto, é próprio da linguagem oral
informal, razão por que devem ser substituídos, respectivamente, por no qual e da qual, em textos que
requerem o emprego da norma padrão escrita.

69. (CESPE / Caixa Econômica Federal nível médio – 2010)


Fragmento do texto: A companhia, que há quinze anos vende seus produtos no Brasil por meio de
importadoras, decidiu no ano passado abrir uma filial no país.

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O termo “que” faz referência a “companhia” e poderia, sem prejuízo para a correção gramatical do texto,
ser substituído por onde.

70. (CESPE / MPC-PA Analista Ministerial – Controle Interno e Externo 2019)


Fragmento de texto: Tirou, assim, o foco de aspectos técnicos e mudou o tom do debate internacional sobre
a questão e as políticas públicas a serem tomadas a partir daí.
As últimas décadas foram de grande evolução no combate à fome em escala global. Nos últimos 25
anos, 7,7% da população mundial superou o problema, o que representa 216 milhões de pessoas. É como se
mais que toda a população brasileira saísse da subnutrição em menos de três décadas. Contudo, 10,8% do
mundo ainda vive sem acesso a uma dieta que forneça o mínimo de calorias e nutrientes necessários para
uma vida saudável, e 21 mil pessoas morrem diariamente por fome ou problemas derivados dela.
Um estudo publicado em 2016 pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura) mostra que a produção mundial de alimentos é suficiente para atender a demanda das 7,3
bilhões de pessoas que habitam a Terra. Apesar disso, aproximadamente uma em cada nove dessas pessoas
ainda vive a realidade da fome. A pesquisa põe em xeque toda a política internacional de combate à
subnutrição crônica colocada em prática nas últimas décadas. Em vez de crescimento da produção e ajudas
momentâneas, surge agora como caminho uma abordagem territorial que valorize e potencialize a produção
local.
A correção gramatical do texto CG2A1-I seria preservada se fosse inserido sinal indicativo de crase em
A) “a uma dieta” (linha 6).
B) “a Terra” (linha 10).
C) “a produção local” (linhas 13 e 14).
D) “a demanda” (linha 9).
E) “as políticas públicas” (linha 2).

71. (CESPE / Prefeitura de Boa Vista - RR Procurador Municipal 2019)


Fragmento do texto: A identidade nacional está inextricavelmente vinculada à mistura racial.
O uso do acento grave em “à mistura racial” (linha 1) é facultativo.

72. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Tenho ótimas recordações de lá e uma foto da qual gosto muito, da minha infância, às
gargalhadas, vestindo um macacão que minha própria mãe costurava, com bastante capricho.
A retirada do sinal indicativo de crase em “às gargalhadas” (linhas 1 e 2) preservaria os sentidos e a correção
gramatical do texto.

73. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal da Receita Estadual 2019)


Fragmento do texto: Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que o poder de
tributar seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária privada seria
comparável a usurpação ou roubo.
A inserção do sinal indicativo de crase em “a usurpação” (ℓ.3) não prejudicaria a correção gramatical do
texto.

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74. (CESPE / MPE PI Analista Ministerial 2018)


Fragmento do texto: — O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias as duas naturezas equilibraram-
se; mas não tardou que a primitiva cedesse à outra; ficou-me uma parte mínima de humanidade.
É facultativo o emprego do acento indicativo de crase em “à outra” (ℓ.2), de modo que sua supressão não
comprometeria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.

75. (CESPE / MPE PI Técnico Ministerial 2018)


Fragmento do texto: Sou forçado, pois, a limitar-me aos elementos de que disponho, encerrando em
desventuras as aventuras de Viramundo em Ouro Preto, e dando viço às suas peregrinações.
É obrigatório o sinal indicativo de crase empregado em “às suas peregrinações” (ℓ. 2), de maneira que sua
supressão acarretaria incorreção gramatical no texto.

76. (CESPE / Polícia Federal Agente 2018)


Fragmento do texto: — A polícia parisiense — disse ele — é extremamente hábil à sua maneira.
A supressão do sinal indicativo de crase em “à sua maneira” (ℓ. 1) manteria a correção gramatical do texto.

77. (CESPE / Polícia Federal Agente 2018)


Fragmento do texto: Seu diferencial era não só buscar pela assinatura digital ou nomes conhecidos, mas
também por novos arquivos por intermédio da leitura dos pixels presentes na imagem calibrados a uma
paleta de tons de pele. Começava a revolução e
O emprego do sinal indicativo de crase em “a uma paleta” (ℓ.2 e 3) manteria a correção gramatical do texto,
uma vez que, no trecho, o vocábulo “a” antecede palavras no feminino.

78. (CESPE / IPHAN Cargos de nível médio – 2018)


Fragmento do texto: Para fazer frente a essas transformações, é necessário um novo tipo de planejamento
urbano. Conceitos rígidos dão lugar à flexibilidade, à análise de cenários alternativos e à inclusão da
sociedade na formulação das políticas.
No trecho “à análise de cenários alternativos e à inclusão da sociedade na formulação das políticas” (ℓ. 2 e
3), o emprego do sinal indicativo de crase é obrigatório em ambas as ocorrências.

79. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Embora a perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si, eles estão
preocupados em desenvolver formas de promoção de situações de justiça social e têm hipóteses concretas
para se chegar a esse estado de coisas.
A correção gramatical do texto seria mantida caso se empregasse o acento indicativo de crase no vocábulo
“a” em “a esse estado de coisas” (linha 3).

80. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento de texto: Um zoológico serve para muitas coisas, algumas delas edificantes.
Sem prejudicar a correção gramatical tampouco alterar o sentido do trecho, a expressão “serve para” (linha
1) poderia ser substituída por convém à.

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81. (CESPE / IHBDF Administrador – 2018)


Fragmento de texto: A vida de Florence Nightingale, a criadora da moderna enfermagem, daria um romance.
Florence estava destinada a receber uma boa educação, a casar-se com um cavalheiro de fina estirpe, a ter
filhos, a cuidar da casa e da família.
A correção gramatical do texto seria mantida se fosse inserido o acento indicativo de crase no vocábulo “a”
no trecho “destinada a” (linha 2).

82. (CESPE / CGM João Pessoa Técnico Controle Interno – 2018)


No trecho “Diga não às ‘corrupções’ do dia a dia”, seria correto o emprego do sinal indicativo de crase no
vocábulo “a” em “dia a dia”.

83. (CESPE / ABIN Agente de Inteligência – 2018)


Fragmento de texto: Se praticada por autoridade superior, a espionagem pode configurar, além de infração
penal, crime de responsabilidade, que, a despeito do nome, não tem natureza de crime em sentido técnico,
mas, sim, de infração política sujeita a cassação de mandato e suspensão de direitos políticos.
O paralelismo sintático do último parágrafo do texto seria prejudicado se fosse inserido sinal indicativo de
crase em “a cassação” (linha 3).

84. (CESPE / TRF 1ª R Analista – 2017)


Fragmento de texto: No direito brasileiro convencional, a relação entre a espécie humana e as demais
espécies animais limita-se à tutela dos animais pelo poder público em função da sua utilidade enquanto
fauna brasileira intrínseca ao meio ambiente equilibrado.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à tutela dos animais” (linha 2) é facultativo.

85. (CESPE / PJC MT Delegado – 2017)


Fragmento de texto: E, nesse esboroamento da justiça, a mais grave de todas as ruínas é a falta de
penalidade aos criminosos confessos, é a falta de punição quando ocorre um crime de autoria incontroversa,
mas ninguém tem coragem de apontá-la à opinião pública, de modo que a justiça possa exercer a sua ação
saneadora e benfazeja.
A correção gramatical do texto seria mantida caso o acento indicativo de crase em “à opinião pública” (linha
3) fosse suprimido.

86. (CESPE / Prefeitura de São Luís - MA Técnico – 2017)


Fragmento de texto: Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de
um infante, entretanto eu tinha um peso enorme no coração. Sim, eu estava triste, e não sabia a que atribuir
minha tristeza.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso fosse empregado o sinal indicativo de crase no “a”, em
“a que atribuir” (linha 2).

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87. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: É essa revolução — exigência fundamental do movimento da educação nova — que
Claparède compara à que Copérnico realizou na astronomia, e que ele define, com tanta felicidade, nas
seguintes linhas: “são os métodos e os programas que gravitam em torno da criança e não mais a criança
que gira em torno de um programa decidido fora dela.
A supressão do acento grave, indicativo de crase, no trecho “que Claparède compara à que Copérnico
realizou na astronomia” (linhas 1 e 2), prejudicaria a correção gramatical do texto, dada a impossibilidade de
omissão do artigo definido no contexto.

88. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento de texto: Atualmente há uma grande preocupação quanto à capacidade dessa ciência, criada
pelos interesses do desenvolvimento e da exploração da natureza, de oferecer soluções para lidar com a
crise ambiental, social e econômica.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à capacidade dessa ciência” (linhas 1 e 2) é facultativo.

89. (CESPE / SEEDF Monitor – 2017)


Fragmento de texto: Para que a disseminação pública da cultura fuja a determinações pragmáticas e
economicistas, é necessário um espaço público de preservação, de apropriação e de reflexão.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se empregasse o sinal grave indicativo de crase no “a”
em “fuja a determinações”

90. (CESPE / TRE TO Nível médio – 2017)


Fragmento do texto: Em Roma, o voto advém das reformas de Sérvio Túlio, que tendem à formação de um
corpo eleitoral e à fixação de processos de votação.
O uso do acento indicativo de crase nas expressões “à formação de um corpo eleitoral” (linhas 1 e 2) e “à
fixação de processos de votação” (linha 2) é facultativo, pois as palavras “formação” e “fixação” estão
empregadas de modo impreciso.

91. (CESPE / CP RM Técnico em Geociências – 2016)


Fragmento de texto: A conclusão, praticamente unânime, é de que políticas que visem à conservação do
meio ambiente e à sustentabilidade de projetos econômicos devem ser metas para todos os governantes.
O emprego do acento indicativo da crase em “à sustentabilidade” (linha 2) é facultativo.

92. (CESPE / DPU Analista Técnico-Administrativo – 2016)


Fragmento de texto: Anteriormente à primeira Constituição pátria, a de 1824, vigoraram as Ordenações
Afonsinas, as Manuelinas e as Filipinas.
No trecho “Anteriormente à primeira Constituição pátria” (linha 1), o emprego do acento indicativo de crase
é facultativo.

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93. (CESPE / DPU Técnico – 2016)


Fragmento de texto: A mais recente visita de participantes de outro projeto, o Atenção à População de Rua
do Assentamento Noroeste, levou respostas às demandas solicitadas pelos moradores.
No trecho “respostas às demandas” (linha 2), o emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela regência
do substantivo “respostas”, que exige complemento antecedido da preposição a, e pela presença de artigo
feminino plural que determina “demandas”.

94. (CESPE / DPU Técnico – 2016)


Fragmento de texto: Nós entramos para solucionar problemas: vamos até as ruas para informar sobre o
trabalho da defensoria, para que seus direitos sejam garantidos”, afirma a coordenadora.
Seria mantida a correção do texto caso o trecho ‘para que seus direitos sejam garantidos’ (linha 2) fosse
reescrito da seguinte forma: visando à garantia de seus direitos.

95. (CESPE / FUNPRESP Analista – 2016)


Fragmento de texto: Já andei dizendo que o cronista é um estilita. Não confundam, por enquanto, com
estilista. Estilita era o santo que ficava anos e anos em cima de uma coluna, no deserto, meditando e
pregando. São Simeão passou trinta anos assim, exposto ao sol e à chuva.
Na linha 3, o emprego do acento indicativo de crase em “à chuva” é exigido pela regência da forma verbal
“exposto” e pela presença do artigo definido feminino que especifica o substantivo “chuva”.

96. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento de texto: O problema não está na lei. Mudá-la pode ser o pretexto não para torná-la mais
rigorosa, mas para atribuir-lhe alguma flexibilidade que a desfigure. O verdadeiro problema é a dificuldade
do setor público de adaptar suas despesas às receitas em queda por causa da crise.
O emprego do acento grave em “às receitas” (linha 3) decorre da regência do verbo “adaptar” (linha 3) e da
presença do artigo definido feminino determinando o substantivo “receitas”.

97. (CESPE / FUNPRESP Superior – 2016)


Fragmento de texto: A construção do campus brotou do cruzamento de mentes geniais. O inquieto
antropólogo Darcy Ribeiro definiu as bases da instituição. O educador Anísio Teixeira planejou o modelo
pedagógico. O arquiteto Oscar Niemeyer transformou as ideias em prédios.
No trecho “O arquiteto Oscar Niemeyer transformou as ideias em prédios” (linha 3), o emprego do sinal
indicativo de crase em “as ideias” é opcional.

98. (CESPE / FUNPRESP Superior – 2016)


Fragmento de texto: Olhando os móveis limpos, seu coração se apertava um pouco em espanto. Mas na sua
vida não havia lugar para que sentisse ternura pelo seu espanto — ela o abafava com a mesma habilidade
que as lides em casa lhe haviam transmitido. Saía então para fazer compras ou levar objetos para consertar,
cuidando do lar e da família à revelia deles. Quando voltasse era o fim da tarde e as crianças vindas do colégio
exigiam-na. Assim chegaria a noite, com sua tranquila vibração. De manhã acordaria aureolada pelos calmos
deveres.

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A introdução do sinal grave indicativo de crase em “a noite” (linha 5) manteria a correção gramatical do
texto, mas prejudicaria seu sentido original.

99. (CESPE / TRE PI Analista – 2016)


Fragmento de texto: Para o entendimento da concentração da votação em determinado lugar, é necessário
abordar a teoria do contextualismo geográfico, segundo a qual o comportamento dos eleitores é
influenciado pelo ambiente sociogeográfico — seja pelas redes de interação social existentes, seja pela
semelhança de experiências às quais os habitantes de uma região estão submetidos.
Sem prejuízo do sentido original e da coerência do texto, a expressão “às quais” (linha 4) poderia ser
substituída por à que.

100. (CESPE / MP ENAP Superior – 2015)


Fragmento do texto: Para levar a cabo o novo modelo de gestão pública, será preciso adotar novas
tecnologias e promover condições de trabalho adequadas, assim como mudanças culturais, desenvolvimento
pessoal dos agentes públicos, planejamento de ações e controle de resultados.
Na linha 1, a correção gramatical do trecho seria mantida, caso se inserisse acento indicativo de crase no
vocábulo “a” que compõe a locução “a cabo”.

101. (CESPE / TCU TEFC Técnico – 2015)


Fragmento do texto: A invenção e a difusão da técnica da escritura, somadas à compilação de costumes
tradicionais, proporcionaram os primeiros códigos da Antiguidade, como o de Hamurábi, o de Manu, o de
Sólon e a Lei das XII Tábuas.
O emprego do sinal indicativo de crase no trecho “somadas à compilação de costumes tradicionais” (linhas
1 e 2) é facultativo, razão por que sua supressão não acarretaria prejuízo para o sentido nem para a correção
do período.

102. (CESPE / TRE GO Analista – 2015)


Fragmento do texto: Em meio a esse cenário, foi elaborado o texto constitucional, que, desde então, recebeu
a denominação de Constituição Cidadã.
No trecho “Em meio a esse cenário” (linha 1), a inserção de sinal indicativo de crase no “a” acarretaria
prejuízo à correção gramatical do texto.

103. (CESPE / STJ Analista – 2015)


Fragmento do texto: Percebe-se, aqui, igualmente, a sua inegável dimensão ética, em virtude do necessário
reconhecimento mútuo de todos como pessoas, iguais em direitos e obrigações, o que dá suporte a
exigências recíprocas de ajuda ou sustento.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se empregasse o sinal indicativo de crase no vocábulo
“a” em “dá suporte a exigências recíprocas”.

104. (CESPE / FBU Contador – 2015)


Fragmento do texto: A questão é a seguinte: devemos usar a norma culta em todas as situações?
Evidentemente que não, sob pena de parecermos pedantes. Dizer “nós fôramos” em vez de “a gente tinha
ido” em uma conversa de botequim é como ir de terno à praia. E quanto a corrigir quem fala errado? É claro

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que os pais devem ensinar seus filhos a se expressar corretamente, e o professor deve corrigir o aluno, mas
será que temos o direito de advertir o balconista que nos cobra “dois real” pelo cafezinho?
De acordo com o contexto, estaria também correto o emprego do sinal indicativo de crase em “quanto a”
(linha 3).

105. (CESPE / CGE PI Auditor – 2015)


Fragmento do texto: Chama-lhe à minha vida uma casa, dá o nome de relíquias aos inéditos e impressos que
aqui vão, ideias, histórias, críticas, diálogos, e verás explicados o livro e o título.
No trecho “Chama-lhe à minha vida uma casa”, é facultativo o emprego do sinal indicativo de crase.

106. (CESPE / MPU Analista – 2015)


Fragmento do texto: Na organização do poder político no Estado moderno, à luz da tradição iluminista, o
direito tem por função a preservação da liberdade humana, de maneira a coibir a desordem do estado de
natureza, que, em virtude do risco da dominação dos mais fracos pelos mais fortes, exige a existência de um
poder institucional.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à luz da tradição iluminista” é facultativo, ou seja, a sua retirada
não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido original do texto.

107. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento do texto: No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito lusitano. Não havia o Ministério
Público como instituição. Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e as Ordenações Filipinas de 1603 já faziam
menção aos promotores de justiça, atribuindo-lhes o papel de fiscalizar a lei e de promover a acusação
criminal. Existiam ainda o cargo de procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa) e o de procurador da
Fazenda (defensor do fisco).
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a expressão “a acusação” (linha 3) por
à acusação, pois, nesse caso, o emprego do sinal indicativo de crase é opcional.

108. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento do texto: O tribunal considerou que a liberdade de expressão não se pode traduzir em
desrespeito às diferentes manifestações dessa mesma liberdade, pois ela encontra limites no próprio
exercício de outros direitos fundamentais.
Na linha 2, o emprego do sinal indicativo de crase em “às diferentes” justifica-se pela regência de
“desrespeito”, que exige complemento antecedido da preposição a, e pela presença de artigo feminino plural
antes de “diferentes”.

109. (CESPE / Depen Nível superior – 2015)


Fragmento do texto: Desde 2012, entre os projetos voltados à recuperação e à reinserção social, está a
remição de pena por meio da leitura.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, o sinal indicativo de crase poderia ser eliminado em ambas
as ocorrências no trecho “voltados à recuperação e à reinserção social” (linha 1).

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110. (CESPE / Depen Nível médio – 2015)


Fragmento do texto: É preciso compreender que o preso conserva os demais direitos (educação, integridade
física, segurança, saúde, assistência jurídica, trabalho e outros) adquiridos como cidadão, uma vez que a
perda temporária do direito de liberdade em decorrência dos efeitos de sentença penal refere-se tão
somente à liberdade de ir e vir. Isso, geralmente, não é o que ocorre.
No trecho “refere-se tão somente à liberdade de ir e vir”, o emprego do sinal indicativo de crase deve-se ao
fato de a locução “tão somente” exigir complemento antecedido pela preposição a.

111. (CESPE / TRE GO Técnico Judiciário – 2015)


Fragmento de texto: A ele se somavam dois membros efetivos e dois substitutos, sorteados dentre os
ministros do STF, além de dois efetivos e dois substitutos, sorteados dentre os desembargadores da Corte
de Apelação do DF.
O emprego de acento indicativo de crase na expressão “A ele” (linha 1) — À ele — prejudicaria a correção
gramatical do texto.

112. (CESPE / IRBR Diplomacia – 2015)


Fragmento de texto: A saúde frágil — teve quase todas as doenças sociais possíveis, de paratifo a tuberculose
— não o impediu de sonhar um futuro radioso para os filhos.
Na expressão “de paratifo a tuberculose” (linha 1), o uso do sinal indicativo de crase no termo “a” não
prejudicaria a correção gramatical do texto, pois, nesse caso, tal uso tem caráter facultativo.

113. (CESPE / IRBR Diplomacia – 2015)


Fragmento de texto: Celso Cunha tinha, na minha geração literária, a posição que, na geração anterior à
nossa, coube a Souza da Silveira.
Em razão do arranjo sintático na expressão “na geração anterior à nossa” (linhas 1 e 2), torna-se obrigatório
o emprego do sinal indicativo de crase, apesar de esta preceder um pronome possessivo.

114. (CESPE / TRE RS Analista Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Enquanto a inelegibilidade é um impedimento prévio à eleição, que torna nulos os
votos dados ao cidadão inelegível, a incompatibilidade é um impedimento posterior ao pleito eleitoral e
proibitivo do exercício do mandato.
O uso do acento indicativo de crase em “à eleição” (linha 1) é exigido pela presença do substantivo
“impedimento” (linha 1) e pela presença de artigo definido feminino que determina o substantivo “eleição”.

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6 – GABARITO

1. E 24. E 47. C 70. D 93. C


2. E 25. C 48. E 71. E 94. C
3. E 26. E 49. E 72. E 95. C
4. A 27. E 50. E 73. E 96. C
5. E 28. C 51. E 74. E 97. E
6. E 29. C 52. E 75. C 98. C
7. E 30. C 53. C 76. C 99. E
8. C 31. C 54. E 77. E 100. E
9. C 32. E 55. E 78. C 101. E
10. E 33. C 56. C 79. E 102. C
11. E 34. E 57. C 80. E 103. C
12. C 35. E 58. C 81. E 104. E
13. E 36. C 59. C 82. E 105. C
14. C 37. E 60. C 83. C 106. E
15. C 38. E 61. C 84. E 107. E
16. C 39. E 62. C 85. E 108. C
17. C 40. C 63. C 86. C 109. C
18. C 41. C 64. C 87. C 110. E
19. C 42. E 65. C 88. E 111. C
20. E 43. E 66. C 89. C 112. E
21. E 44. C 67. E 90. E 113. C
22. E 45. E 68. E 91. E 114. E
23. C 46. E 69. E 92. E

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