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Livro Eletrônico

Aula 03

Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas

Décio Terror Filho


Décio Terror Filho
Aula 03

Aula 3: Sintaxe: processo de coordenação. Pontuação.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Diferença entre frase, período e oração e a pontuação 1
2. Diferença entre coordenação e subordinação 13
3. Estrutura básica do período composto por coordenação 15
4. Comentário do autor 32
5. Lista das questões da banca FGV 34
6. O que devo tomar nota como mais importante? 56
7. Gabarito 68
1202013

Olá, pessoal!

Nesta aula, trabalharemos o período composto por coordenação,


abordando o princípio gramatical de frase, período e oração, o uso das
conjunções e da pontuação.

A transformação de estruturas é a reescrita de orações mantendo o


sentido original, o que veremos muito nas questões.

Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a


diferença entre frase, período e oração.

Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase.


Podemos dizer que o sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem
quando houver as seguintes pontuações finais (. ! ? : ...). Com isso, a
próxima palavra deverá estar em letra inicial maiúscula.

Não deixe de se manter motivado. Estudo é aplicação.

O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A


frase terminada com esta pontuação é chamada de frase declarativa:

As aulas terminaram mais cedo.

O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um


sentimento. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase
exclamativa:
Socorro! Ajude-me!
O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta:
Por que você não veio ontem?

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Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção


do leitor:
O rombo da corrupção? O povo paga.
Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma
bem objetiva: O povo paga o rombo da corrupção.
Mas ele preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar aquilo
que poderia ser apenas uma declaração, como fizemos no exemplo acima.
Pref São Gonçalo Rio Abaixo–MG 2014 Agente (banca IDECAN)
Em “O acesso à justiça e a luta por direitos representa um enorme avanço
social que o Brasil conseguiu nos últimos anos, mas algo mudou de lá para cá
na sociedade em si?” (3º§), o ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para
a) exprimir espanto.
b) finalizar frase imperativa.
c) indicar continuação de um fato.
d) realizar pergunta, questionamento.
Comentário: O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta,
isto é, uma pergunta, questionamento. Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

DETRAN-RO 2014 Agente (banca IDECAN)


No trecho “Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao
mesmo tempo, renovar suas estruturas de transporte?” (1º§), o ponto de
interrogação ( ? ) foi utilizado para
a) indicar pergunta.
b) exprimir admiração.
c) realçar uma palavra ou expressão.
d) fechar período de frases imperativas.
e) representar, na escrita, hesitações comuns da língua falada.
Comentário: O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta,
isto é, uma pergunta, questionamento. Assim, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

PMMG 2013 Assistente Administrativo (banca CRS PMMG)


Nas afirmativas abaixo, marque “V” se for verdadeira ou “F” se for falsa. Em
seguida, marque a alternativa que contém a sequência de respostas
CORRETA:
( ) O silêncio dos inocentes. (frase nominal),
( ) O homem é produto do meio. (oração / período simples)
( ) O silêncio vale ouro. (frase nominal)
( ) Pedro chegou motorizado e saiu a pé. (oração / período composto)
A. ( ) F, V, V, V.

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B. ( ) V, F, V, V.
C. ( ) V, V, V, F.
D. ( ) V, V, F, V.
Comentário: Frase nominal é o segmento com sentido completo sem verbo.
Assim, “O silêncio dos inocentes.” é uma frase nominal e devemos considerar
a afirmação como verdadeira (V).
Oração é um segmento com verbo. Como tem sentido completo, é
também um período. Quando o período é constituído de apenas uma oração é
chamado de período simples. Assim, “O homem é produto do meio.” é uma
oração absoluta, ou seja, um período simples. Assim, devemos considerar a
afirmação como verdadeira (V).
Como frase nominal é o segmento com sentido completo sem verbo e o
enunciado “O silêncio vale ouro.” possui o verbo “vale”, é uma frase verbal,
uma oração, um período simples. Assim, devemos considerar a afirmação
como falsa (F).
Como a oração é um segmento com verbo e o segmento “Pedro chegou
motorizado e saiu a pé.” apresenta dois verbos, há orações, portanto, um
período composto. Assim, devemos considerar a afirmação como verdadeira
(V).
Assim, a sequência correta é V, V, F, V
Gabarito: D

CODESP 2012 Artesão (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Pensaram mal do que viram e o mataram a flechadas.
Ele morreu cheio de flechas pelo corpo.
Em “Ele morreu cheio de flechas pelo corpo.”, o ponto final ( . ) foi utilizado
para
A) marcar surpresa ou espanto. D) inserir uma explicação.
B) marcar uma maior pausa. E) acrescentar uma reflexão.
C) realizar um questionamento.
Comentário: Vimos, pelas questões anteriores, o ponto final como pausa
maior. Assim também ocorreu nesta.
Gabarito: B

Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente


cobrados nas provas, mas cabem aqui apenas os dois-pontos finalizando frase.
Os outros empregos dessa pontuação serão vistos adiante e em outras aulas.
Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma citação, a fala de
alguém, o recorte de um outro texto. Veja:
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”
Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que
transmite exatamente a fala de alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza
palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”.
Assim, o termo entre aspas „Há dois anos os juros estavam mais baixos’
seria a voz do personagem; e “O ministro declarou” seria a voz do narrador.

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Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar”
do personagem. Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte
quando necessário.
Veja:
Discurso direto:
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”
Discurso indireto:
O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos.
Antes de entrarmos nas questões, veremos um breve resumo sobre o
uso das aspas, o que nos ajudará bastante nas questões que envolvem
citações.
UFPB 2016 Auxiliar Administrativo (banca IDECAN)
Fragmento do texto: Em casa, as paredes do quarto são forradas de
pôsteres, revistas são consumidas aos milhares, álbuns são confeccionados
com devoção e programas de TV são ansiosamente esperados apenas para
assistir a uma rápida aparição do ídolo.
Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para
atrair a atenção de tantos jovens? A primeira e mais óbvia resposta é que
todos esses astros, mais do que qualquer outro mortal, detêm objetos de
desejo de nossa cultura ocidental, como fama, sucesso, beleza, dinheiro etc.
No trecho “Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão
especial para atrair a atenção de tantos jovens?” (linha 5), os dois pontos ( : )
foram utilizados
a) antes de uma citação.
b) devido a uma enumeração.
c) para finalizar frase declarativa.
d) para anunciar a fala do personagem.
Comentário: A expressão “o que essas pessoas têm de tão especial para
atrair a atenção de tantos jovens?” é a pergunta de muitos pais, anunciada na
oração anterior. Assim, entendemos que o sinal de dois pontos marca uma
citação direta e a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

Aspas
As aspas são empregadas:
a. Em citações textuais diretas:
O Ministro declarou: “As reformas só trarão benefícios.”
O Deputado indagou: “Quais serão os benefícios?”
Alguém comentou: “Não acredito!”

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Em citações indiretas, não há necessidade de aspas, mas podem ser


usadas quando se quer dar destaque a todo o texto, ou a algum termo em
particular:
O Ministro declarou que as reformas só trarão benefícios. (sem nenhuma ênfase ou
destaque)

O ministro declarou que “as reformas só trarão benefícios”. (ênfase nas palavras
usadas pelo Ministro)

O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”. (ênfase específica


numa palavra, sobressaindo uma ideia)

b. Para indicar sentido irônico, figurado ou impróprio de uma palavra:


O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”: aumento da
carga tributária, arrocho salarial, alta da inflação, perda do poder de compra...
Observação: Muitas vezes apenas o contexto ou a entonação, no caso
de pronunciamento oral, indicarão a ironia ou impropriedade.
c. Com gírias, neologismos, criações vocabulares de qualquer tipo ou palavras
estrangeiras ainda não incorporadas ao vocabulário da língua, quando couber o
seu uso no texto:
Essa manobra tem ar de “maracutaia”.
O conferencista falou em puro “economês”, o que não agradou à maioria
dos presentes, que era de leigos.
Favor dar um “feedback” confirmando sua presença.
d. Para destacar títulos, termos técnicos, expressões fixas, definições,
exemplificações e assemelhados:
Foi discutida a “privatização das universidades federais” no encontro de
reitores.
O maior inteiro que divide simultaneamente cada membro de um
conjunto é o “máximo divisor comum”.
Não confundir o prefixo ante-, que significa “anterior”, com anti-,
“contra”.
Para efeitos deste estudo, entenda-se por “transtorno bipolar”...
Nem sempre se pode aplicar uma “norma ideal” no lugar de uma “norma
real”.
Pref São Gonçalo Rio Abaixo–MG 2014 Agente (banca IDECAN)
Fragmento do texto: Querem mais? No Brasil, 67% da população, ou seja,
130 milhões de almas, sintonizam a televisão todos os dias. E a média diária
de permanência à frente da telinha é de 3h26 nos dias de semana (3h20 aos
sábados e domingos). A pesquisa desce a detalhes. A tevê, de acordo com seu
público consumidor, oscila entre o lixo e a informação. Mas o próprio
espectador guarda uma salutar distância daquilo que ouve quando a televisão
simula ser “séria”. Entre confiar e desconfiar da notícia de tevê, dá empate
técnico: 49% a 51%. Por via das dúvidas, é ainda melhor se fiar no que vem
impresso no papel.

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A pontuação tem por objetivo estruturar os textos, estabelecer pausas e


entonações da fala além de outros. No parágrafo, o uso de aspas indica que o
termo
a) destaca a característica atribuída à televisão positivamente.
b) confere um grau maior de confiabilidade ao teor da informação.
c) apresenta um sentido particular no contexto em que está inserido.
d) acrescenta um dado argumentativo acerca da referida informação.
Comentário: A expressão “simula ser „séria‟” já elimina as alternativas (A),
(B).
A alternativa (D) está errada, pois a inserção de trecho entre aspas
como um dado argumentativo normalmente é feito com a citação direta, o que
não ocorreu neste parágrafo.
Dessa forma, a alternativa (C) é a correta, pois a palavra “séria”, entre
aspas, teve um tom particular: a crítica na simulação de confiabilidade, de
responsabilidade.
Gabarito: C

DECEA 2012 Controlador de Tráfego Aéreo (banca Cesgranrio)


A Associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a
bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São
cem, cento e vinte senhoras, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no
velho aeroporto, hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de
alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como
você está bonita, como você está conservada.”
Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens
de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o
avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a
aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com entusiasmo
os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo
para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de
esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da
aviação, todas se lançarão de paraquedas.
Alguns não abrirão. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria
possível sem um mínimo de titilantes incertezas.
SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras,
1995, p. 211. Adaptado.
O emprego das aspas em alguns trechos do texto desempenha principalmente
a função de
(A) indicar discurso de pessoa diferente do narrador.
(B) iniciar apresentação de textos desconhecidos do leitor.
(C) destacar elementos do enredo importantes para o leitor.
(D) sugerir importância das falas do cotidiano para a narrativa.
(E) demonstrar crítica do narrador ao conteúdo das frases.
Comentário: Note que as aspas sinalizam as falas das aeromoças, como
“Como você está bonita, como você está conservada.”; “Posso lhe oferecer um

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lanche, senhora?”; “Algo para beber, senhora?” e até a voz das aeromoças
cantando o hino: “Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam
lembranças, por nós embaladas”.
Assim, está correta a alternativa (A), pois realmente as aspas indicam
discurso de pessoa diferente do narrador.
Gabarito: A

Termobahia 2012 Técnico de Administração (banca Cesgranrio)


Crescimento da população é “desafio do século”, diz consultor da ONU
O crescimento populacional é o “desafio do século” e não está sendo
tratado de forma adequada na Rio+20, segundo o consultor do Fundo de
População das Nações Unidas, Michael Herrmann.
“O desafio do século é promover bem-estar para uma população grande
e em crescimento, ao mesmo tempo em que se assegura o uso sustentável
dos recursos naturais” [...] “As questões relacionadas à população estão
sendo tratadas de forma adequada nas negociações atuais? Eu acho que não.
O assunto é muito sensível e muitos preferem evitá-lo. Mas nós estaremos
enganando a nós mesmos se acharmos que é possível falar de
desenvolvimento sustentável sem falar sobre quantas pessoas seremos no
planeta, onde estaremos vivendo e que estilo de vida teremos”, afirmou.
No Texto, as aspas são usadas para
(A) indicar desvio de significado original
(B) citar falas de especialista em uma área
(C) assinalar exposição de crítica irônica
(D) destacar dados de estudos científicos
(E) inserir trechos de publicação especializada
Comentário: Os termos entre aspas são seguidos de expressões, como
segundo o consultor do Fundo de População das Nações Unidas,
Michael Herrmann e afirmou, as quais confirmam a fala de um especialista.
Assim, a alternativa (B).
Gabarito: B

CODEG 2013 Auxiliar-Administrativo (banca Consulplan)


Fragmento do texto: E isso pode criar uma situação inusitada – por instituir
uma pena branda demais, a nova lei pode estimular o delito, em vez de coibi-
lo. “Tem muito computador por aí com informação que vale muito mais do que
uma cesta básica”, diz Opice Blum. Aos criminosos, cometer o delito, ser pego
e ter de pagar pelo crime de invasão, pode compensar.
O uso da vírgula em “„Tem muito computador por aí com informação que vale
muito mais do que uma cesta básica‟, diz Opice Blum.” justifica-se por
A) separar um vocativo.
B) separar um adjunto adverbial anteposto.
C) acrescentar oração justaposta para registro de ato de fala.
D) antecipar um termo que será retomado por um pronome.
E) separar um adjunto adverbial na sua ordem natural para realçá-lo.

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Comentário: A expressão entre aspas “Tem muito computador por aí com


informação que vale muito mais do que uma cesta básica” é o recorte da fala
de Opice Blum, conforme se observa com a vírgula, seguida da oração “diz
Opice Blum”. Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

PM TO 2013 Nível médio (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Não é difícil para um hacker, com o conhecimento
técnico certo, invadir um computador pessoal e colher dali fotos e informações
que possa usar para denegrir a imagem da vítima na Internet ou chantageá-
la. Mas para alcançar seu objetivo, o criminoso depende da ajuda do usuário:
o clique em um link desconhecido, enviado na maioria das vezes por e-mail.
“O criminoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente
favorável. E isso acontece quando você clica em um link que não é seguro ou
mantém uma senha fraca para acesso ao e-mail, por exemplo”, explica, ao
site de VEJA, o especialista em crimes virtuais, Wanderson Castilho.
O uso das aspas no texto indica
(A) citação textual.
(B) expressão em evidência.
(C) interrupção do pensamento.
(D) movimento ou continuação de um fato.
Comentário: Citação é o recorte da fala de alguém ou das expressões de leis,
de livros etc. A expressão entre aspas “O criminoso encontra uma forma de
entrar, mas precisa de um ambiente favorável. E isso acontece quando você
clica em um link que não é seguro ou mantém uma senha fraca para acesso
ao e-mail, por exemplo” é o recorte da fala de Wanderson Castilho, conforme
se observa com a expressão “explica, ao site de VEJA, o especialista em
crimes virtuais, Wanderson Castilho”. Assim, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A

Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em


diversas situações, as quais serão vistas adiante.
Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a
declaração que vinha sendo feita ainda continua. Isso ocorre quando
recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas vezes o autor usa esta
continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto.
Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres
e muita munição, entra num colégio em Realengo (RJ) e...
Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe
ocorrida em abril de 2011, em Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais
nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer nossa atenção ao problema.
Além das reticências, esse sentido de continuidade do enunciado também
pode ser expresso por “etc”, uma abreviatura da forma latina “et coetera”, a

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qual significa “e as demais coisas”, muito usada para que o leitor entenda que
a enumeração é longa e os elementos já elencados transmitem a informação
necessária para a compreensão do texto. Veja isso na questão seguinte.
Mas antes de entrarmos nas questões, vamos a um breve resumo sobre
o uso deste sinal de pontuação:
Reticências
As reticências ( ... ) são utilizadas para denotar emoções variadas (uso
sobretudo literário), para assinalar a interrupção de uma frase ou para indicar
a omissão de partes de um texto. Nesses dois últimos casos, são usadas:
a. Quando o emissor deixa o pensamento em suspenso ou quando a frase está
incompleta:
Se o projeto será aprovado? Bem...
b. Para indicar hesitação:
Pensamos que... Achamos que... Que isso não é certo.
c. Quando um interlocutor é interrompido por outro (nos pronunciamentos,
quando o orador é interrompido):
– O Presidente da República está ciente... (início de uma declaração)
– Um aparte, por favor... (outra pessoa interrompe)
– ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre advogado. (Continuação da
declaração, após a interrupção. Em
seguida, foi concedida a palavra a outrem)

d. Para indicar, nas citações, que uma parte da frase ou do texto foi omitida,
recomendando-se neste caso o seu emprego entre colchetes:
“A política de desenvolvimento urbano [...] tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de
seus habitantes.” (CF, art. 182)
CODESP 2012 Agente Comunitário (banca Consulplan)
Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco.
Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi
pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher fez
uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus
dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em
suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda
pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-
a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...
Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós,
seres humanos. As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam
a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de
produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos
educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser
sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são
dores na alma.

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Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para


A) exprimir indignação. D) finalizar uma interrogativa direta.
B) inserir uma explicação. E) indicar a continuidade de uma ação ou fato.
C) acrescentar uma reflexão.
Comentário: As alternativas (A), (B) e (D) estão erradas, porque o contexto
nos mostra que não houve expressão de indignação, explicação ou
interrogativa.
Você poderia ter ficado na dúvida entre as alternativas (C) e (E), mas
perceba que é o parágrafo posterior que acrescenta a reflexão do autor, e não
o emprego das reticências. Assim, a alternativa (E) é a correta, pois a esposa
recebeu a pérola, ficou feliz e se subentende que, pelo uso das reticências,
houve algumas ações em sequência, mas que não tinham necessidade de
serem expressas no texto, para ficarem no imaginário do leitor.
Gabarito: E

IBASCAF – 2011 – Advogado (banca Fund. Dom Cintra)


Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não
esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve
ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que
era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à
esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco
com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc. Mas a
angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita.
Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo
que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido
outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de
notas.
“Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes
pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o
hieróglifo no tablete de barro etc.”. O emprego da abreviatura etc no final
desse período indica que:
A) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita.
B) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da
escrita.
C) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de
alusões.
D) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de
expectativa que favorece o riso.
E) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer
todos os detalhes informativos ao leitor.
Comentário: Se o autor fosse elencar todas as etapas da evolução da escrita,
fatalmente a enumeração seria tão extensa que o texto perderia o foco, o seu
motivo. Assim, foi utilizado o recurso da abreviatura “etc”, para mostrar ao
leitor que as etapas foram várias, mas não interessava listar todas ao leitor.
Dessa forma, a alternativa correta é a (B).

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A alternativa (A) está errada, pois já vimos que não houve a intenção de
citar todas. Isso não ocorreu por esquecimento.
A alternativa (C) está errada, pois “alusões” é um elemento estilístico em
que o autor insere uma expressão ou nome que faz referência (alusão) a um
feito, uma virtude, uma moral. Exemplo:
Ela acha que sabe de mais. Não se lembra da lição de Sócrates.
Aqui foi feita alusão à célebre frase de Sócrates “Só sei que nada sei.”,
como uma crítica à presunção de inteligência de alguém.
Assim, percebemos que isso nada tem a ver com a abreviatura “etc”
deste texto.
A alternativa (D) está errada, pois a quebra de expectativa é sinalizada,
na linguagem, com a adversidade, oposição, contraste, por meio de
conjunções como “mas”, “porém”, “contudo”.
A alternativa (E) está errada, pois, se fosse para fornecer todos os
detalhes, a abreviatura “etc” não poderia ter sido usada, pois todos os
elementos da enumeração deveriam ter sido elencados.
Gabarito: B

Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período.

Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo.


Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois
terem sentido completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período
obrigatoriamente terá.
Então, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período.
Veja:
“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.
“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo.
“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.
“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo.
Assim, período é o mesmo que frase verbal, pois possui verbo.
Quando não há verbo com enunciado de sentido completo, chamamos de
frase nominal.
Como o período deverá ter sentido completo, a pontuação final dele deve
ser a mesma da frase: . ! ? : ...

Agora veremos a oração.


A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo.
Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.
Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há
período, porque, além de ter sentido completo, tem verbo. Há orações,
porque cada oração terá um verbo diferente.

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Assim, vejamos:
1. “Socorro!” (apenas frase)
2. “Ajude-me!” (frase, período e oração)
3. “Olá!” (apenas frase)
4. “Você está bem?” (frase, período e oração)
5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e
orações)

Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este


enunciado de período simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”,
“Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma oração
absoluta.
Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período
composto, como ocorre com “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de
vendas.”.
Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que
período simples e é o mesmo que uma frase, portanto terá a mesma
pontuação final de uma frase: . ! ? : ...
Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores
de cada oração dentro de um período composto é o nosso foco nesta aula. Por
isso dizemos que, além da pontuação final vista acima, a oração pode ser
sucedida por: ,; e às vezes não receberá nenhuma pontuação.
Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por
coordenação ou por subordinação. Isso vai depender da oração que nele se
inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. Quando
um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta.
Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque
sua relação semântica também muda e aí veremos o papel muito importante
da conjunção e da pontuação.
Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação:
1 2 3

Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar


4
calmo durante a prova, passará no concurso.

Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com
isso, percebemos que temos também um período. Como há vários verbos, há
várias orações em um período composto.

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O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que


alguém consiga esse resultado, deverá passar por algumas condições: “se
mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo durante a
prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de
estruturas coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas
possuem o mesmo valor: condição.
Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO.
Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si.
Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas
em coordenação) foi necessária para se ter um resultado: “passará no
concurso”.
Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam
sentido; por isso, além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do
resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas precisam de outra
para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido?
1 2 3
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar
calmo durante a prova ...passará no concurso do TSE.
Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que
as outras (subordinadas) tenham sentido.
Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas
entre si (justapostas, paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações
estão subordinadas em relação à oração 4 (principal).
A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração
coordenada se liga a outra também coordenada (ou também chamada de
oração inicial).
A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos.
Veja:
“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.”

Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os


substantivos “carnes”, “frutas” e “legumes” estão paralelos entre si. A
enumeração de substantivos ocorre em qualquer termo composto da oração
(mais de um núcleo).
Então podemos entender que termos paralelos (enumerados,
coordenados) podem ser substantivos (quando queremos nominar os seres),
adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando queremos
demonstrar uma sequência de ações). Veja:
Enumeração de substantivos:
1 Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno.

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Enumeração de adjetivos:
2
Achei a pintura clara, intrigante, linda!

Sequência de ações:
3 Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e
voltou para casa.
Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar
a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3,
respectivamente)? Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é?
Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente
os termos coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que
o último dos termos possa ficar separado pela conjunção “e”, para que o leitor
faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório, desde que haja uma vírgula
em seu lugar. Veja que, na enumeração dos adjetivos, o autor preferiu não
inserir a conjunção “e”.
Prefeitura de Marilândia - ES 2016 Auxiliar Adm (banca IDECAN)

No trecho “Hoje eu roubei um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de


gasolina, uma velhinha e um celular.", as vírgulas foram utilizadas para
a) exprimir espanto.
b) separar enumerações.
c) marcar pausa de longa duração.
d) destacar informações importantes.
Comentário: Vimos que os termos enumerados, coordenados são separados
por vírgulas, o que ocorreu em “um caixa eletrônico, uma padaria, um posto
de gasolina, uma velhinha”.
Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

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MAPA 2014 Administrador (banca Consulplan)


Considerando as várias funções da vírgula e sua importância, identifique o
motivo pelo qual as vírgulas foram empregadas em “[...] e essa busca incluía
conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia.”.
A) Separar uma enumeração.
B) Separar expressões retificativas.
C) Separar uma aposição explicativa.
D) Separar termos que serão retomados por pronome.
Comentário: Note que as vírgulas separam os termos enumerados
“conversação entre iguais”, “a polêmica”, “o debate” e “a controvérsia”.
Assim, só cabe a alternativa (A) como a correta.
Gabarito: A
Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico de
cada estrutura coordenada. Para isso, vamos ver que as conjunções
COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de acordo com o
esquema a seguir:

Esquema do período composto por coordenação


______________________ e ____________________. (aditiva)

______________________, mas _________________. (adversativa)

______________________ ou ___________________. (alternativa)

______________________, portanto ______________. (conclusiva)

______________________, pois _________________. (explicativa)

oração inicial (ou assindética) oração coordenada sindética

Período composto por coordenação


Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações
coordenadas. Os elementos coordenados estão unidos pelas conjunções “e”,
“mas”, “ou”, “portanto”, “pois”.
A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e
síndetos. Assim, quando uma oração coordenada é iniciada por conjunção, ela
é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de seu valor
semântico, conforme apontado nesse esquema.
Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste
caso as chamamos de orações coordenadas assindéticas. É importante
reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do sentido.
Exemplo:
Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética)

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Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética)


Normalmente não é cobrado o nome destas orações, mas a pontuação e
a possibilidade de troca de conjunções de mesmo sentido.
Vejamos os principais valores:
1) Aditivas:
______________________ e ____________________. (aditiva)
oração inicial(ou assindética) oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear


enumeração dentro de uma lógica. As principais são:
e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também,
senão também, tanto...como, tanto...quanto.
Ex.: Ele caminha e corre todos os dias.

Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso
no nosso esquema do período composto por coordenação. Mas, se o “e” for
substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como mostrada acima,
naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos.
Ele não caminha nem corre.
Josefina não trabalha, tampouco estuda.
Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos.
A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações:
a) quando o sujeito for diferente:
Ana estudou, e Jucélia trabalhou.
Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é
facultativa.
b) quando o sentido for de contraste, oposição:
Estudei muito, e não entendi nada.
Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste
caso houve uma contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode
ser substituída por “mas”. Esta vírgula é considerada obrigatória, mas
podemos observar bons escritores dispensando esta vírgula.
c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter
valor significativo no texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja:
Enumeração subjetiva:
_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________.

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A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se


calmamente, e chegou tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante.
A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações.
Chamamos de subjetiva ou enfática, porque transmite uma carga de emoção
para se aumentar a força nos argumentos.
Agora, vejamos a enumeração objetiva:
Enumeração objetiva:
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se


calmamente, chegou tranquila, realizou a prova e saiu confiante.
Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor
simplesmente se atém a relatar aquilo que realmente ocorreu, sem
transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração
subjetiva.

Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas


são obrigatórias. Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da
enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja:
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se


calmamente, chegou tranquila, realizou a prova, saiu confiante.
A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a
entonação final da enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula.
Mas as duas construções estão corretas.
Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou
vírgula dentro dos termos enumerados. Com isso é natural separarmos esses
elementos por ponto e vírgula. Veja:
Uso do ponto e vírgula:
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

1 2 3 4 5 6

Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição


leve; alimentaram-se bem; chegaram tranquila e calmamente à sala;
realizaram a prova; e saíram confiantes.

Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por


ponto e vírgula, porque há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do
ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior clareza na

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enumeração, assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une
os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é
utilizada para que o leitor não confunda o último termo enumerado (6) e o
penúltimo (5) como apenas um.
Assim, veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna:

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________.

1 2 3 4 5 6

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________.

1 2 3 4 5 6

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________.

1 2 3 4 5 6

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

1 2 3 4 5 6

Vale lembrar que o ponto e vírgula também pode ser usado no lugar da
vírgula quando há enunciados de grande extensão, mesmo sem divisões
internas, como visto anteriormente. Isso torna o texto mais claro ao leitor.
Exemplo:
A rotina dos trabalhos das grandes empresas foca a dinâmica do
processamento com particularidades ainda não plenamente entendidas por
funcionários antigos; essa lógica tem trazido prejuízos àqueles que não se
adaptam ao novo.
UFPB 2016 Administrador (banca IDECAN)
Fragmento do texto: Hoje pela manhã ela começou a me dizer qualquer
coisa – “seu Rubem, o cajueirinho...”– mas o telefone tocou, fui atender, e a
frase não se completou. Agora mesmo ela voltou da feira; trouxe um pequeno
vaso com terra e transplantou para ele a mudinha.
Em “... mas o telefone tocou, fui atender, e a frase não se completou.”
A partícula “e”, sublinhada nessa estrutura, estabelece entre as orações uma
ideia de
a) oposição.
b) conclusão.
c) acréscimo.
d) proporção.

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Comentário: A conjunção “e” nunca poderá ter valor de proporção. Assim, já


eliminamos a alternativa (D). O contexto também não permite o valor de
conclusão.
Vimos que a conjunção “e” possui valor de adição (acréscimo), além de
valor adversativo, o qual transmite contraste.
Assim, nesse contexto, sabemos que houve uma quebra de expectativa,
pois uma pessoa foi atender o telefone e de repente houve falha na
comunicação: a frase não se completou.
Dessa forma, entendemos que a conjunção “e”, além de transmitir a
noção de acréscimo de informação, traduz também um valor adversativo, de
contraste.
Mas a banca quis que você não confundisse contraste com oposição.
Note que o fato de ir atender não é exatamente antagônico, oposto, em
relação ao fato de a frase não se completar. O oposto de atender é não
atender, concorda? O personagem foi atender, mas a frase não se completou.
Se a alternativa apresentasse a palavra “contraste”, esta seria a
resposta correta.
Como ficamos entre oposição e acréscimo, esta última está de acordo
com o contexto, pois a conjunção “e”, além de transmitir acréscimo, traduz
valor de contraste. Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

PRODEB 2015 Analista de TI (banca IDECAN)


“Ferramentamos, ajudamos e até atrapalhamos, ok.”
A respeito do período anterior, analise as afirmativas.
I. Há, no período, uma oração reduzida.
II. O período apresenta apenas orações coordenadas.
III. Há ocorrência de oração coordenada sindética aditiva.
IV. O período é composto por duas orações coordenadas e uma subordinada.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV.
Comentário: No período acima, há três orações coordenadas aditivas,
enumeradas. As duas primeiras são assindéticas, a última apresenta a
conjunção aditiva “e”, por isso é sindética.
Dessa forma, as afirmações II e III estão corretas e a alternativa (B) é a
correta.
Gabarito: B

Banco do Brasil 2015 Escriturário (banca Cesgranrio)


Na última frase do texto, é transcrita a opinião de um empresário, para quem
“conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas também para seus
fornecedores”.

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Considerando-se o conteúdo dessa opinião, que outra estrutura frasal poderia


representá-la?
(A) Conhecer bem o CDC é vital tanto para os lojistas quanto para seus
fornecedores.
(B) Conhecer bem o CDC é vital em especial para os lojistas assim como para
seus fornecedores.
(C) Conhecer bem o CDC é vital nem tanto para os lojistas como para seus
fornecedores.
(D) Conhecer bem o CDC é vital inclusive para os lojistas sem falar em seus
fornecedores.
(E) Conhecer bem o CDC é vital não tanto para os lojistas bem como para
seus fornecedores.
Comentário: A estrutura original possui a expressão correlativa de adição
“não só...mas também”.
A reescrita deve possuir expressão que mantenha o sentido de adição.
A alternativa (A) é a correta, pois houve simplesmente a substituição da
expressão correlativa “não só...mas também” pela expressão de igual valor
“tanto...quanto”. Compare:
“conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas também para seus
fornecedores”.
Conhecer bem o CDC é vital tanto para os lojistas quanto para seus
fornecedores.
A alternativa (B) está errada, pois houve acréscimo da expressão “em
especial” e da expressão comparativa “assim como”, as quais de certa forma
fazem mudar o sentido.
As alternativas (C) e (E) estão erradas, porque as expressões “nem
tanto” e “não tanto” negam a necessidade de conhecer bem o CDC, o que faz
mudar o sentido.
A alternativa (D) está errada, pois o vocábulo “inclusive” faz mudar o
sentido, pois dá a noção de que não era de se esperar que os lojistas
conhecessem bem o CDC. Note que podemos substituir tal palavra por “até
mesmo”, o que reforça a mudança de sentido.
Gabarito: A

2) Adversativas:

______________________ , mas ____________________. (adversativa)


oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva,


compensação. As principais são:

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mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.


Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a
valor adversativo e podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao
passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar disso, em
todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor
adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas
memorizar as conjunções.

Ex.: Estudou muito, mas não passou.


Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa.
Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos
conhecimentos básicos.
==12575d==

Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a


sustentabilidade do planeta.
O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver.

Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no início da


oração, as conjunções porém, entretanto, contudo, no entanto, todavia têm a
capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também no meio ou no final
da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):
Há muito serviço, porém ninguém trabalhava.
Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava.
Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém.
As questões costumam cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O
posicionamento dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível
ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode ser substituída pela
conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto,
contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições
vistas acima.
Uso do ponto e vírgula:
Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-
se substituir a vírgula que separa as orações adversativas por ponto e vírgula,
quando há divisão interna. Veja:
Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava.
Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém.
Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções
deslocadas (como visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração,
é percebida em bons autores a divisão por ponto e vírgula. Veja:
Há muito serviço; porém ninguém trabalhava.

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Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode


posicionar-se após a conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda
será vista adiante.
Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava.
PM SP 2017 Soldado (banca VUNESP)
A expressão no entanto, em “Para Bertolucci, no entanto, o conceito é
incorreto.” (último parágrafo), pode ser substituída, sem alteração de sentido,
por
(A) com isso.
(B) porque.
(C) todavia.
(D) em vista disso.
(E) portanto.
Comentário: A expressão “no entanto” só pode ser um conectivo
coordenativo adversativo e pode ser substituído pela conjunção “todavia”.
Dessa forma, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

UFPB 2016 Administrador (banca IDECAN)


Fragmento do texto: O princípio de que, para enfrentar a exclusão, é
preciso compreendê-la como processo que ocorre em várias circunstâncias, é
também adotado neste texto, acrescentando-se que a percepção no contexto
mais abrangente em que se situam: o da diversidade. O enfrentamento da
exclusão necessita do empenho acadêmico, social e político em decisões e
movimentos pela inclusão, justiça e autonomia dos sujeitos, respeitando-se
suas diferenças socioculturais e identitárias.
Contudo, ressalva-se que não se entende ou propõe o acolhimento à
diversidade como subalternização do outro, do diferente, como forma de
colonização, mas sim garantindo-se seus direitos à vida cidadã e, nesse
sentido, a sua efetiva participação nas decisões políticas e a sua afirmação
como sujeitos sociais. É nesse sentido que se assume, como premissa e
perspectiva deste estudo, a reivindicação do respeito à diversidade, em seus
vários contornos. [...]
O 2º§ é introduzido pelo termo “contudo" que estabelece uma relação tal
entre as informações que o antecedem e que o sucedem que poderia ser
substituído sem qualquer prejuízo semântico por:
a) Todavia.
b) Porquanto.
c) Desde que.
d) Consoante.
Comentário: A conjunção sublinhada só pode ter valor coordenativo
adversativo. Assim, pode ser substituída por “Todavia”.
A conjunção “Porquanto” tem valor explicativo, “Desde que” tem valor
adverbial condicional e “Consoante” tem valor adverbial de conformidade.
Assim, a alternativa correta é a (A).

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Gabarito: A

Prefeitura Itápolis-SP 2016 Agente Educacional (banca VUNESP)

O termo Mas, no segundo quadrinho, tem valor


(A) causal, e pode ser substituído por Pois.
(B) conclusivo, e pode ser substituído por Portanto.
(C) explicativo, e pode ser substituído por Porque.
(D) adversativo, e pode ser substituído por Contudo.
(E) alternativo, e pode ser substituído por Ou.
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa, por isso pode
ser substituída pela conjunção “contudo”. Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

UFPB 2016 Técnico Segurança do Trabalho (banca IDECAN)


“Não existem vacinas contra o zika, embora algumas plataformas possam ser
adaptadas em pouco tempo. No entanto, como os casos surgem de forma
esporádica e imprevisível, vacinar populações inteiras pode ser proibitivo pelos
custos e pela inutilidade de imunizar milhões de pessoas em regiões poupadas
pelo vírus.”
O termo sublinhado, de acordo com o contexto, pode ser substituído por:
a) Portanto.
b) Porquanto.
c) Além disso.
d) Não obstante.
Comentário: A expressão sublinhada só pode ter valor coordenativo
adversativo. Assim, pode ser substituída por “Não obstante”.
A conjunção “Portanto” tem valor conclusivo, “Porquanto” tem valor
explicativo e “Além disso” tem valor aditivo.
Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

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IPISM SP 2016 Agente Administrativo (banca VUNESP)


O sedentarismo está entre os principais fatores de risco que ameaçam a
saúde. No entanto, é preciso ter cuidado ao começar a praticar atividades
físicas.
Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado do texto, de acordo
com a norma-padrão da língua portuguesa, mantendo seu sentido original.
(A) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, assim é
preciso cautela ao começar a prática de exercícios.
(B) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, contudo é
preciso cautela ao começar a prática de exercícios.
(C) Conforme o sedentarismo seja uma das principais causas de risco à
saúde, é preciso cautela ao começar a prática de exercícios.
(D) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, para isso é
preciso cautela ao começar a prática de exercícios.
(E) Se o sedentarismo fosse uma das principais causas de risco à saúde,
seria preciso cautela ao começar a prática de exercícios.
Comentário: Entre os períodos sintáticos, o conectivo “No entanto” é
coordenativo adversativo. Não se pode substituir tal conectivo por “assim”,
“conforme”, “para isso” e “se”. Assim, a alternativa (B) é a correta. Compare o
original e esta alternativa:
O sedentarismo está entre os principais fatores de risco que ameaçam a
saúde. No entanto, é preciso ter cuidado ao começar a praticar atividades
físicas.
O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, contudo é
preciso cautela ao começar a prática de exercícios.
Gabarito: B

3) Alternativas:

______________________ ou ____________________. (alternativa)


oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em


cada uma das orações. Com a conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas
normalmente não são separadas por vírgula, como vimos no esquema acima.

Veja as principais conjunções:


ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.
Ex.: Faça sua parte, ou procure outro trabalho.

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A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada como conectivo


de orações, ela normalmente cobra seu valor de inclusão ou exclusão entre
substantivos ou adjetivos, e isso será mais explorado na aula de concordância.
Inclusão:
João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão)
Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual
dos termos, os dois possuem tal característica: Tanto João quanto Pedro
possuem as características de bons candidatos.
Exclusão:
João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão)
Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá
Pedro e vice-versa.
Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem
valor conjuntivo indicando alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer,
seja...seja, bem...bem. Eles devem ser duplos e iniciar cada uma das orações
alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece por bons autores
separando orações cujo conectivo é repetido:
Ora narrava, ora comentava.

4) Conclusivas:
______________________, portanto ____________________. (conclusiva)
oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação


A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados
exemplos destas construções sem vírgula. Então não se cobra na prova a
obrigatoriedade ou não deste sinal de pontuação. Ele simplesmente pode
ocorrer, é o registro mais aceitável.
As conjunções coordenativas conclusivas são muito utilizadas em textos
dissertativos, como resultado de um fato originário, fechamento de argumento
conclusivo e dedução. As principais são:

logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por


isso, então, assim, em vista disso.

Ex.: Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas.


O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo
economicamente.
Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria.
Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil.
Estudou, então passou.

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Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenativas


conclusivas também têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar
no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):

Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde.


Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde.
Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde.

Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula


pode posicionar-se após a conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda
é a conclusiva. Note o último exemplo da sequência anterior.
Outro fato relevante para as provas é notarmos que algumas vezes este
tipo de oração encontra-se com verbo no gerúndio e sem conjunção.
Chamamos isso de oração reduzida de gerúndio, a qual será mais explorada
adiante.
O Brasil exportou mais em 2010, continuando sua trajetória econômica
ascensional.
A questões pedem muitas vezes para transformar essa oração reduzida
em desenvolvida, com as conjunções conclusivas ou até com a conjunção “e”.
Neste caso, essa conjunção, além de ter valor adicional, terá também o de
conclusão. Veja:
O Brasil exportou mais em 2010, portanto continua sua trajetória
econômica ascensional.
O Brasil exportou mais em 2010; logo, continua sua trajetória
econômica ascensional.
O Brasil exportou mais em 2010, e continua sua trajetória econômica
ascensional.

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CRBio – 1ª Região 2017 Técnico (banca VUNESP)


Considere a charge de Ronaldo para responder à questão.

Na frase dita pela personagem, a segunda oração “e ela começou a rir...”


apresenta, em relação à primeira oração, ideia de
(A) condição, sinalizando que o cliente vai ser obrigado a recorrer ao cheque
especial para pagar suas contas.
(B) conformidade, sinalizando que o cliente não obteve o empréstimo
bancário que havia solicitado ao gerente.
(C) finalidade, sinalizando que o cliente está com o saldo bancário negativo
há vários dias.
(D) consequência, sinalizando que o cliente tem pouco dinheiro ou está sem
dinheiro na conta bancária.
(E) causa, sinalizando que o cliente está endividado em decorrência da
cobrança dos altos juros bancários.
Comentário: A conjunção “e” demonstra que um fato ocorreu após o outro: o
segundo sendo o resultado do primeiro. Note que o usuário pediu o saldo, e o
resultado (a consequência) foi o riso.
Certamente, isso sinaliza que o cliente tem pouco dinheiro ou está sem
dinheiro na conta bancária. Assim, cabe apenas a alternativa (D).
Gabarito: D

TJ SP 2017 Psicólogo (banca VUNESP)


No enunciado “Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados
triunfaram do mal, e Fadinha ficou boa, completamente boa...”, a
conjunção “e”, que introduz o trecho destacado, imprime a este o sentido de
(A) consequência.
(B) condição.
(C) oposição.
(D) causa.
(E) tempo.

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Comentário: A conjunção “e” normalmente tem o valor de adição. Porém,


observando as alternativas, percebemos que a banca quer o seu valor
secundário, contextual.
Note pelo contexto que, primeiro, os cuidados da ciência e a ciência dos
cuidados triunfaram do mal. Com base nisso, a Fadinha ficou boa,
completamente boa.
Assim, podemos trocar a conjunção coordenativa “e” pelo conectivo
coordenativo conclusivo “por conseguinte”. Veja:
“Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do
mal, por conseguinte Fadinha ficou boa, completamente boa...”
Como a conclusão traduz o resultado, o efeito, a consequência de uma
ação anterior, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

PRODEB 2015 Assistente (banca IDECAN)


Fragmento do texto: A neurociência busca determinar como o cérebro afeta
o comportamento, e o Direito se preocupa em regular o comportamento.
Assim, é de se esperar que as descobertas dos neurocientistas tenham um
peso cada vez maior nas leis. No Reino Unido, porém, existe uma enorme
brecha entre os avanços dos laboratórios e o dia a dia dos tribunais. Não há
fóruns de discussão para que cientistas e profissionais da Justiça explorem
temas de interesse comum. Em países como o Brasil, não é diferente. E isso
traz grandes consequências para a sociedade.
“Assim, é de se esperar que as descobertas dos neurocientistas tenham um
peso cada vez maior nas leis."
O conectivo “assim" introduz uma
a) causa.
b) adição.
c) condição.
d) conclusão.
Comentário: A palavra “assim” é um conectivo que traduz um efeito, um
resultado da informação que ela antecede e a anterior. Para confirmar,
podemos até trocar pela conjunção “portanto”. Veja:
“Portanto, é de se esperar que as descobertas dos neurocientistas tenham
um peso cada vez maior nas leis."
Dessa forma, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

CEPISA 2012 Assistente Administrativo (banca Consulplan)


“E nós sabemos que não estamos tratando da Terra como deveríamos. Por
isso os membros da Organização das Nações Unidas (ONU) preocupam-se
com o meio ambiente.”

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O termo em destaque, no fragmento anterior, pode ser substituído sem que


haja prejuízo de sentido por
A) já que.
B) em vista disso.
C) no entanto.
D) mas ainda.
E) assim como.
Comentário: Primeiro, note que o termo destacado encontra-se no início do
período e por isso está iniciado com letra maiúscula. A banca se descuidou e
colocou todos os conectivos das alternativas com letra minúscula. Porém, isso
não fará diferença, porque a questão se ateve exclusivamente ao sentido.
Assim, desconsidere as iniciais minúsculas das alternativas.
Vimos que o conectivo “Por isso” tem valor conclusivo. Assim, pode ser
substituído pela expressão “Em vista disso” (alternativa B).
Gabarito: B

CEPISA 2012 Assistente Administrativo (banca Consulplan)


No trecho “Todos os homens são iguais e, portanto, têm o direito de viver
bem, num ambiente saudável”, pode-se depreender que a segunda oração
exprime em relação à primeira o sentido de
A) conclusão.
B) finalidade.
C) contraste.
D) explicação.
E) consequência.
Comentário: A conjunção “portanto” só pode ser empregada com valor
coordenativo conclusivo. Assim, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A

5) Explicativas:
______________________, pois ____________________. (explicativa)
oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

As conjunções coordenativas explicativas iniciam termo que esclarece


uma declaração anterior ou ameniza uma ordem.
As principais conjunções são:
porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.
As conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é
natural a banca pedir para substituir essas conjunções explicativas por “uma
vez que”, “já que”, etc. Reconheceremos a seguir as conjunções.
Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas:

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a) Esclarecimento de uma informação anterior:


Ele deve ter chorado muito, porque os olhos estão inchados.
Choveu muito, pois o chão está alagado.
Joana está mesmo cansada, porquanto pediu desconto em férias.
A vírgula neste caso é facultativa.

b) Amenização de uma ordem:


Estudem, que o concurso não é fácil.
Tranque a porta, pois tem havido muito assalto aqui.
A vírgula neste caso é obrigatória, pois mudamos a entonação em cada
oração. A primeira oração expressa uma ordem; a segunda, uma explicação.
Tem sido cobrada nas provas a inserção da conjunção coordenativa
explicativa com a retirada de ponto final ou dois-pontos. Mas, para isso, deve-
se entender SEMPRE o valor semântico da oração no texto. Veja os exemplos:
Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia.
Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o
vocábulo “Sua” mude a inicial maiúscula para minúscula. Veja:
Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os
preocuparia.(Note que a vírgula antes da conjunção “pois” é facultativa.)
Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja:
Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia.
Finalizando, as orações coordenadas aqui vistas são chamadas de
independentes. Isso porque geralmente elas não dependem de outra para
fazer sentido.
Por esse motivo, muitas vezes podemos unir períodos simples e um
único período composto e vice-versa.

CRA-MA 2014 Administrador Fiscal (banca IDECAN)


Fragmento do texto: Uma alternativa é diminuir o consumo. Mas, isto
também não é simples, pois existem bilhões de habitantes que não possuem
condições adequadas de sobrevivência e lutam por uma vida com mais
conforto, com mais educação e saúde, com melhores condições de habitação e
lazer etc. A China, por exemplo, é um país que controlou o crescimento da
população, mas liberou o crescimento do consumo e já é o maior mercado
para alimentos, moradias, eletrodomésticos, motocicletas, automóveis,
celulares etc.
Os termos “mas" e “pois" em: “Mas, isto também não é simples, pois existem
bilhões de habitantes [...]" (2º§) estabelecem, respectivamente, uma relação
de
a) acréscimo e causa.
b) oposição e conclusão.

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c) causa e consequência.
d) contraste e explicação.
e) conclusão e comparação.
Comentário: A conjunção “mas” tem valor adversativo (contraste, oposição)
e a conjunção “pois” inicia oração explicativa. Assim, a alternativa correta é a
(D).
Gabarito: D

ODAC 2016 Agente Administrativo Científico (banca VUNESP)


A alternativa que preenche corretamente a lacuna da frase – Já entrávamos
no restaurante quando minha amiga deu um grito, ________ tinha esquecido
seu casaco no táxi. –, preservando a relação de sentido estabelecida no
primeiro parágrafo, é:
(A) pois
(B) porém
(C) contudo
(D) embora
(E) entretanto
Comentário: Podemos entender que houve um esclarecimento do motivo de
ter havido um grito. Assim, cabe a conjunção “pois” e a alternativa (A) é a
correta. Veja:
Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito, pois tinha
esquecido seu casaco no táxi.
Gabarito: A

Prefeitura Alumínio-SP 2016 Assistente Social (banca VUNESP)


Os dois-pontos em – Green School é uma escola em Bali, na Indonésia, onde
tudo é natural: as estruturas são de bambu e as salas de aula, abertas, para
que o calor e o vento balineses possam entrar. (2º parágrafo) – servem ao
propósito de introduzir, com relação à primeira parte da frase,
(A) um contraste.
(B) uma síntese.
(C) uma ressalva.
(D) um esclarecimento.
(E) uma relativização.
Comentário: Os dois-pontos sinalizam um esclarecimento de tudo ser natural
naquela escola e para isso se usou o fato de as estruturas serem de bambu e
as salas de aulas serem abertas.
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

DECEA 2012 Controlador de Tráfego Aéreo (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças
(“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós
embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas

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nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente,
disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um
lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de
poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando
os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas.
No trecho do Texto “disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir”, o
sinal de dois-pontos pode ser substituído por um conectivo, mantendo-se a
mesma relação de sentido entre as orações.
Esse conectivo é
(A) todavia (B) embora (C) porque (D) então ( E) enquanto
Comentário: Nesta estrutura, veja novamente que há uma explicação
sinalizada pelos dois-pontos. Assim, podemos trocar os dois-pontos pela
conjunção coordenativa explicativa “porque”. Compare:
“disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir.”
“disputam com entusiasmo os carrinhos porque querem servir.”
Gabarito: C

Comentários do autor/orações parentéticas


Além das orações coordenadas, também são estruturas independentes
as orações intercaladas. Elas não fazem parte do grupo de orações
coordenadas, pois são inserções feitas pelo autor, com desprendimento
sintático, por isso podem ser separadas por vírgula, travessão ou
parênteses. Essa estrutura é também chamada de expressão parentética ou
comentário do autor e transmite certos valores semânticos:
a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário:
Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um
dos meus melhores amigos.
b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar:
D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a
brincadeira da garotada. (Machado de Assis)
c) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom
ou mau:
José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da
classe.
d) escusa: o falante se desculpa:
“Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por
que fenômenos de ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa
frase bárbara) murmurei comigo...” (Machado de Assis)
e) permissão: o falante solicita algo:
Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu
espírito era naquela ocasião uma espécie de peteca.” (Machado de Assis)

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f) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um


enunciado:
Ele, que eu saiba, nunca veio aqui.
“Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo
repreendeu severamente aos fariseus.” (Camilo Castelo Branco)
Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito.
g) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado:
“– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos
outros homens.” (Machado de Assis)
“Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório)
“Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner
Andressen)

Pref Presidente Prudente-SP 2016 Engenheiro (banca VUNESP)


Assinale a alternativa em que a expressão destacada expressa uma
advertência do autor.
a) Há muitas e muitas décadas – para não dizer séculos –, a humanidade
tenta decifrar o impacto do avanço tecnológico em nossa vida.
b) Por outro lado, – e que ninguém duvide disso –, é a força primeira que
faz o mundo andar.
c) A razão é clara: as novas tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria
e tristeza, dependendo do ângulo por que se olhe.
d) Por um lado, o avanço das técnicas torna ultrapassadas inúmeras
empresas e uma multidão de trabalhadores.
e) Desde o domínio do fogo e das primeiras ferramentas de pedra, as
conquistas humanas apresentam a característica de modificar nossos
hábitos.
Comentário: A questão nos cobra o conhecimento das orações intercaladas,
isto é, do comentário do autor com um conteúdo semântico específico:
“advertência”, como vimos na letra “a” da teoria acima. Fica fácil perceber que
a única alternativa que apresenta em negrito o comentário à parte do autor é
a (B). Além disso, percebemos o tom de advertência: “e que ninguém
duvide disso”.
As demais estruturas em negrito não transmitem advertência.
Nas alternativas (A), (C) e (E), as estruturas em negrito transmitem
noção temporal.
Na alternativa (D), a estrutura em negrito transmite a restrição a um
lado, a qual sugere uma afirmação contrastante na sequência: por um
lado...por outro lado.
Gabarito: B

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Agora é hora de praticarmos com questões da FGV! Vamos lá?!

Questão 1: ALERJ 2017 – Especialista Legislativo (banca FGV)


“Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas
humanitárias, a bioética, o choque de culturas também / supõe um
conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutrina,
das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao
mundo”.
O trecho acima foi separado em duas partes por uma barra inclinada. Sobre o
emprego das vírgulas nessas duas partes, é correto afirmar que:
a) marcam a presença de enumerações de termos nas duas partes;
b) indicam, respectivamente, a presença de aposto e da enumeração de
termos;
c) documentam a presença de apostos explicativos nos dois segmentos;
d) mostram, nos dois segmentos, inserções de termos;
e) indicam, respectivamente, a presença de enumeração e de aposto
explicativo.
Comentário: O verbo “Entender” é transitivo direto e o objeto direto
composto tem seus núcleos (“debates”, “práticas”, “bioética” e “choque”)
separados por vírgulas. Assim, estão enumerados. O substantivo
“conhecimento” é seguido do complemento nominal composto, que tem seus
núcleos (“cristianismo”, “elementos”, “peripécias” e “etapas”) separados por
vírgulas. Assim, também estão enumerados. Confirme:
“Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas
humanitárias, a bioética, o choque de culturas também / supõe um
conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutrina,
das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao
mundo”.
Dessa forma, as vírgulas separam elementos enumerados e a alternativa
correta é a (A).
Gabarito: A

Questão 2: ALEMA 2013 – Consultor Legislativo (banca FGV)


Fragmento do texto: No início do mês, um assaltante matou um jovem em
São Paulo com um tiro na cabeça, mesmo depois de a vítima ter lhe passado o
celular. Identificado por câmeras do sistema de segurança do prédio do rapaz,
o criminoso foi localizado pela polícia, mas – apesar de todos os registros que
não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato – não ficará um dia preso.
Menor de idade, foi “apreendido” e levado a um centro de recolhimento. O
máximo de punição a que está sujeito é submeter se, por três anos, à
aplicação de medidas “socioeducativas”.

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No primeiro parágrafo do texto aparecem entre aspas os vocábulos


“apreendido” e “socioeducativas”. O motivo da utilização desses sinais gráficos
é indicar que esses vocábulos
(A) foram empregados em sentido figurado.
(B) registram vocábulos empregados em relação a jovens infratores.
(C) marcam a intenção textual de destacar termos importantes.
(D) indicam a presença de um novo sentido aplicado a tais vocábulos.
(E) criticam a linguagem empregada em caso de crimes contra jovens.
Comentário: Note que o autor do texto demonstra, por suas palavras e pela
forma como narrou o fato, crítica à situação de um menor não ficar preso,
mesmo tendo matado alguém de forma banal, pois a vítima já havia passado
ao menor criminoso o celular.
Essa crítica se mostra também pelas aspas nas palavras “apreendido” e
“socioeducativas”. Por que a palavra “apreendido” e não “preso”? Por que o
menor não vai ficar na prisão, lugar que parece ser o ideal na visão do autor?
Por que medida “socioeducativa”? Na visão do autor, possivelmente essas
medidas são perigosas e não educam o jovem infrator.
Assim, as aspas não foram usadas em sentido figurado, por isso
eliminamos a alternativa (A); não foram usadas para marcar simplesmente
termos importantes, como termos técnicos, por isso eliminamos a alternativa
(C); não foram usadas para aplicar novo sentido, por isso eliminamos a
alternativa (D); e não foram usadas especificamente para criticar crimes
contra jovens, mas crimes realizados pelos menores.
Assim, resta a alternativa (B) como correta, pois as aspas foram usadas
para registrar vocábulos empregados em relação a jovens infratores,
criticados pelo autor do texto.
Gabarito: B

Questão 3: DPE RJ 2014 Técnico (banca FGV)


Fragmento do texto: Os problemas da expansão urbana estão na conversa
cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem
“onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da
violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante
depara com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o
assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de
comunicação.
No primeiro parágrafo do texto o segmento “onde o sapato aperta” aparece
entre aspas porque
(A) mostra uma frase sem respeito pela norma culta.
(B) indica o tópico central do parágrafo.
(C) destaca uma ironia da autora do texto.
(D) copia uma expressão popular.
(E) enfatiza uma ideia importante do texto.
Comentário: As aspas podem indicar expressões não dicionarizadas, típicas
de linguagem popular, como ocorre com a expressão “onde o sapato aperta”.

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Assim, observamos que a alternativa (D) é a correta.


Gabarito: D

Questão 4: TJ BA 2015 Analista Judiciário(banca FGV)


O segmento abaixo em que a conjunção E tem valor adversativo, e não
aditivo, é:
(A) “Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em mais
rápida expansão”;
(B) “Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros
impressionantes, influência política e prestígio”;
(C) “São também os únicos produtos (legais) que, usados como manda o
figurino, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes os matam”;
(D) “Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados
Unidos,..”;
(E) “Isso dá grandes lucros para a indústria do tabaco, e enormes prejuízos
para os clientes”.
Comentário: Fica patente o emprego da conjunção “e”, com valor
adversativo, na alternativa (E), pois há a oposição “grande lucros” e “enormes
prejuízos”.
Gabarito: E

Questão 5: ISS Niterói 2015 Fiscal de Tributos (banca FGV)


O segmento, abaixo transcrito, em que o conectivo E tem valor de oposição é:
(A) “...nossos filhos possuem brinquedos de verdade: caixas e caixas de
brinquedos que eles deixam de lado em questão de dias”;
(B) “Temos jardins equipados com carrinhos de mão, tesouras, podões e
cortadores de gramas”;
(C) “Temos máquinas de remo em que nunca nos exercitamos, mesa de
jantar em que não comemos e fornos triplos em que não cozinhamos”;
(D) “São os nossos brinquedos: consolos às pressões incessantes por
conseguir o dinheiro para comprá-los, e que, em nossa busca deles nos
infantilizam”;
(E) “Na minha vida, devo admitir que andei fascinado pelo brilho do consumo
e ao mesmo tempo enojado”.
Comentário: Vimos anteriormente que a conjunção “e” pode assumir um
valor de oposição. Vimos, inclusive, que deve receber vírgula. Mas note que a
questão não cobra pontuação, então resolva a questão focando basicamente
no sentido.
Na alternativa (A), a conjunção “e” une dois substantivos repetidos
(caixas e caixas). Assim, não há oposição, mas realce.
Na alternativa (B), a conjunção “e” une o penúltimo substantivo da
enumeração e o último. Assim, há apenas junção, adição, e não oposição.
Na alternativa (C), há também uma enumeração. Há três substantivos
enumerados (“máquinas”, “mesa” e “fornos”) e seguidos de seus
especificadores. Assim, a conjunção “e” une o penúltimo substantivo da
enumeração e o último. Por isso, há apenas junção, adição, e não oposição.

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Na alternativa (D), ocorre uma liberdade linguística do autor, haja vista


que não houve paralelismo, pois a conjunção “que”, em seguida, não é ligada
a nenhuma outra neste período. Problemas gramaticais à parte, o que importa
é que não visualizamos oposição nesta alternativa, apenas adição.
A alternativa (E) é a correta e fica clara a ideia de oposição, tendo em
vista a noção contrastante da expressão “andei fascinado pelo brilho do
consumo” em relação a “enojado”. Ora, se estamos fascinados por algo, não
seria natural ficarmos enojados. Assim, há oposição.
Observação: É fato que a conjunção “e” que possua valor adversativo deve
ser precedida de vírgula, porém isso não foi empregado pelo autor do texto.
Mas note que a questão não fez nenhuma menção ao sinal de pontuação.
Simplesmente devemos nos ater ao sentido da conjunção.
Gabarito: E

Questão 6: Detran 2013 – Analista (banca FGV)


Sobre a pontuação em “Três fatores criam a confusão: semáforos desligados;
alagamentos nas ruas; falta de energia.”
Pode se afirmar corretamente que
(A) os dois pontos antecipam uma enumeração.
(B) as ocorrências de (;) mostram finalidades diferentes.
(C) os (;) mostram elementos em oposição.
(D) a última ocorrência de (;) poderia ser substituída por “ou”.
(E) após (:) a palavra seguinte deveria iniciar se com letra maiúscula.
Comentário: Vimos na teoria que devemos usar o ponto e vírgula quando há
uma divisão interna. Porém, o autor desse texto usou o ponto e vírgula para
separar elemento enumerado de pequena dimensão. Essa pontuação não é a
ideal gramaticalmente, por isso a questão não perguntou se está correta a
pontuação, mas simplesmente o motivo do uso dos sinais de dois pontos e do
ponto e vírgula, tudo bem?
A alternativa (A) é a correta, pois realmente o sinal de dois pontos
antecipa a enumeração de três termos coordenados aditivos.
A alternativa (B) e (C) estão erradas, pois as ocorrências de (;)
mostram finalidades iguais: enumeração de termos coordenados aditivos.
A alternativa (D) está errada. Como há enumeração de termos
coordenados aditivos, não cabe a conjunção alternativa “ou” no último
elemento, mas a conjunção aditiva “e”.
A alternativa (E) está errada. Como há uma enumeração, não há início
de frase, por isso não cabe inicial maiúscula na primeira palavra após os dois
pontos.
Gabarito: A

Questão 7: Funarte – Assistente Administrativo 2014 (Banca FGV)


Em todos os segmentos abaixo, a conjunção “E” une ações ocorridas em
tempos sucessivos; assinale o caso em que as ações ligadas por essa
conjunção indicam momentos simultâneos:

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(A) “Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo tempo que
possa ser dispensado à sua leitura”;
(B) “Falam-nos de gratidão e poderão fazer-nos pensar no quanto a gratidão
fará, ou não, parte das nossas vidas”;
(C) “Salazar destituiu-o do cargo e o fez viver na miséria até ao fim da
vida”;
(D) “...a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela”;
(E) “...a porta se abriu e o vigia o resgatou com vida”.
Comentário: A conjunção “e” pode unir ações numa ordenação temporal, isto
é, uma ação em tempo subsequente à anterior, ou pode simplesmente juntar
elementos que transmitem ações simultâneas. Assim, é fácil perceber que
uma ação subsequente a outra normalmente não admite a mudança de
posição entre elas; já a simples junção de ações simultâneas normalmente
permite a troca de posição entre elas.
Na alternativa (A), note que alguém traz algumas histórias já com
gratidão da possibilidade pelo tempo que ainda pode ser dispensado à sua
leitura. Veja que a conjunção “e” une as ideias “trago-vos algumas histórias” e
“fico grato”. Essas ideias são simultâneas, por isso esta é a alternativa
correta.
Na alternativa (B), há uma ordenação temporal na enumeração:
primeiro alguém fala de gratidão, só depois isso nos faz pensar no quanto a
gratidão faz parte de nossas vidas.
Na alternativa (C), há uma ordenação temporal na enumeração:
primeiro Salazar destituiu alguém do cargo, em seguida isso fez com que essa
pessoa desempregada vivesse na miséria até ao fim da vida.
Na alternativa (D), há uma ordenação temporal na enumeração:
primeiro a porta se fechou, em seguida alguém ficou preso do lado de dentro
dessa porta.
Na alternativa (E), há uma ordenação temporal na enumeração:
primeiro a porta se abriu, e isso permitiu que o vigia resgatasse alguém com
vida.
Gabarito: A

Questão 8: SEGEP MA 2014– Auditor (banca FGV)


“Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia
possível”.
Nesse segmento do texto, a conjunção “e” une
(A) duas ações simultâneas.
(B) duas ações de mesmo sentido.
(C) duas ações que se contrariam.
(D) duas ações que mostram causa/consequência.
(E) duas ações que se seguem.
Comentário: A conjunção aditiva “e” une duas ações: “surgiu” e
“popularizou”. Naturalmente, você notou que tais ações não ocorreram ao
mesmo tempo, por isso a alternativa (A) está errada. Elas não possuem o

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mesmo sentido, nem são contrárias, pois surgir não é o mesmo que
popularizar, também não é seu contrário, por isso eliminamos também as
alternativas (B) e (C). Além disso, observamos que o fato de ter surgido não é
a causa clara de ter se popularizado. Com isso, eliminamos a alternativa (D).
A alternativa (E) é a correta, pois há duas ações que se seguem, isto é,
uma seguida da outra, pois primeiro surgiu, em seguida se popularizou.
Gabarito: E

Questão 9: SEGEP MA 2014– Auditor (banca FGV)


Assinale a alternativa em que a troca de posição entre os termos sublinhados
altera o sentido do segmento.
(A) “Mais uma vez, deu distopia”.
(B) “...que significaria um renascimento para a humanidade...”
(C) “...o direito à educação e à saúde seria universal...”
(D) “...Morus prescrevia dois escravos para cada família...”
(E) “Quando surgiu e se popularizou o automóvel...
Comentário: Veja que a questão pede a troca de posição entre os termos
sublinhados que alteram o sentido. Às vezes, aparece somente um termo
sublinhado. Isso quer dizer que você deve trocar as palavras ou expressões
dentro desse termo sublinhado.
Na alternativa (A), no termo “Mais uma vez”, termo a palavra “Mais” e a
expressão “uma vez”. A troca deles não altera o sentido: Uma vez mais.
Na alternativa (B), o objeto direto “um renascimento” pode se posicionar
após o objeto indireto “para a humanidade”, pois ambos os termos não têm
relação entre si, mas somente com o verbo. Assim, cabe a troca de posição:
significaria para a humanidade um renascimento.
Na alternativa (C), há um paralelo, isto é, o complemento nominal
composto. Assim, os núcleos podem ser trocados sem mudança de sentido:
direito à saúde e à educação.
Na alternativa (D), o objeto direto “dois escravos” pode se posicionar
após o objeto indireto “para cada família”, pois ambos os termos não têm
relação entre si, mas somente com o verbo. Assim, cabe a troca de posição:
prescrevia para cada família dois escravos.
A alternativa (E) é a que apresenta a mudança de sentido com a troca,
pois há uma ideia de sequência, isto é, primeiro houve a ação de surgir, em
seguida houve a ação de se popularizar. Assim, a troca faria mudar o sentido
e transmitiria certa incoerência, concorda?!
Gabarito: E

Questão 10: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV)


A opção abaixo em que a troca de posição dos termos sublinhados altera o
significado da frase original é:

(A) “determinou a todos os agentes públicos no Brasil e no exterior, a


partir de 1972...”;

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(B) “nenhum pedido de esclarecimento de organizações nacionais e


internacionais ...”;
(C) “sobre mortos e desaparecidos em consequência da repressão”;
(D) “que vinha denunciando e cobrando esclarecimentos”;
(E) “torturas, desaparecimentos e assassinatos de opositores”.
Comentário: Nas alternativas (A), (B), (C) e (E), há um paralelo, isto é,
fazem parte de um termo composto. A expressão “no Brasil” e “no exterior”
fazem parte do adjunto adverbial de lugar composto; “nacionais” e
“internacionais” são os adjunto adnominais de “organizações”; “mortos” e
“desaparecidos” são os núcleos do adjunto adverbial de assunto;
“desaparecimentos” e “assassinatos” são núcleos paralelos a “torturas”.
Assim, a mudança de posição não faz mudar o sentido.
Já na alternativa (D), a troca muda o sentido, pois há uma noção de
sequência temporal entre eles: primeiro houve denúncia, em seguida houve
cobrança da solução dessa denúncia.
Gabarito: D

Questão 11: Conder 2013 – Técnico (banca FGV)


Assinale a alternativa em que a troca de posição dos elementos sublinhados
mantém a coerência do texto.

(A) “Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e


dar o fora”.
(B) “Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é
decorrência ou é passatempo”.
(C) “O que vem antes e depois dos nossos anos férteis é só o prólogo e o
epílogo”.
(D) “Se a natureza quisesse otimizar seus métodos já nasceríamos púberes e
morreríamos assim que nossos filhos, que também nasceriam púberes,
pudessem criar seus filhos...”
(E) “...a polpa com que a Natureza protege a nossa semente e assegura a
continuação da vida.”
Comentário: Na alternativa (A), há uma ordenação temporal na enumeração:
primeiro há a transmissão dos genes, depois a multiplicação da espécie e em
seguida a fuga. Assim, a troca de posição dos dois últimos traria uma
incoerência à sequência.
A alternativa (B) é a correta, pois o fato de ser decorrência não precede
obrigatoriamente passatempo. Pode haver a troca com a permanência da
coerência. Note que não há relação temporal entre eles.
Na alternativa (C), há uma ordenação temporal, pois primeiro ocorre o
prólogo (o início), somente em seguida ocorre o epílogo (o fim). Assim, a
troca de posição dos dois últimos traria uma incoerência à sequência.
Na alternativa (D), há uma ordenação temporal, pois primeiro ocorre o
nascimento, depois ocorre a morte. Assim, a troca de posição dos dois últimos
traria uma incoerência à sequência.

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Na alternativa (E), há uma relação de ordenação em que a segunda


ação depende da primeira: a vida será preservada com a ação primária de
proteger a semente.
Gabarito: B

Questão 12: Pref Osasco – Analista 2014 (Banca FGV)


No trecho “(...) joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até que a noite cai
(...)”, o valor estilístico da repetição do “e” (polissíndeto) expressa, no
contexto:
(A) acréscimo;
(B) ampliação;
(C) reiteração;
(D) intensificação;
(E) redundância.
Comentário: A repetição de palavras intencionalmente é chamada de
reiteração, por isso fica claro que a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

Questão 13: Pref Osasco 2014– Agente de Trânsito (banca FGV)


“Os pagamentos das Guias de recolhimento de impostos, taxas e contribuições
devem ser feitas pela própria empresa...”.
A regra que justifica o emprego da vírgula nesse segmento é:
(A) indicar o vocativo;
(B) destacar o aposto;
(C) separar elementos de uma enumeração;
(D) marcar o deslocamento de um termo;
(E) distinguir uma restrição de uma explicação.
Comentário: O termo “de impostos, taxas e contribuições” é um
complemento nominal composto. Naturalmente entendemos aí uma
enumeração, por isso ocorre a vírgula entre o primeiro e o segundo elemento
enumerado e a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

Questão 14: PROCEMPA 2014 Técnico Administrativo (banca FGV)


Assinale a opção que indica a frase em que a conjunção e mostra valor
adversativo.
a) “Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros?"
b) “A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades."
c) “O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza."
d) “...tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os
morticínios."
e) “Pensamos em demasia e sentimos bem pouco."
Comentário: O valor adversativo transmite contraste, tema que será visto
adiante.

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Na alternativa (A), a conjunção “e” une dois verbos que não se opõem:
“odiar” e “desprezar”. Veja que ambos possuem um tom negativo.
Na alternativa (B), a conjunção “e” une dois adjetivos que não se
opõem: “boa” e “rica”. Veja que ambos possuem um tom positivo.
Na alternativa (C), a conjunção “e” une dois substantivos que não se
opõem: “liberdade” e “beleza”. Veja que ambos possuem um tom positivo.
Na alternativa (D), a conjunção “e” une dois substantivos que não se
opõem: “miséria” e “morticínios”(relação com morte). Veja que ambos
possuem um tom negativo.
A alternativa (E) é a correta, pois a conjunção “e” une duas orações que
efetivamente se contrastam, pois pensamos muito, porém sentimos pouco.
Note que os adjuntos adverbiais “em demasia” e “bem pouco” reforçam a
ideia de contraste (muito e pouco, respectivamente).
Observação: É fato que a conjunção “e” que possua valor adversativo deve
ser precedida de vírgula, porém isso não foi empregado pelo autor do texto.
Mas note que a questão não fez nenhuma menção ao sinal de pontuação.
Simplesmente devemos nos ater ao sentido da conjunção.
Gabarito: E

Questão 15: DPE RO 2015 Analista Contábil (banca FGV)


“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e
generosa, ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e
promoção”.
A inclusão de uma vírgula entre os dois segmentos faz supor a implícita
existência de um conector entre eles; tal conector deveria representar:
(A) uma concessão, como “ainda que”;
(B) uma adversidade, como “porém”;
(C) uma conclusão, como “logo”;
(D) uma explicação , como “pois”;
(E) uma proporcionalidade, como “à medida que”.
Comentário: Podemos notar um valor de contraste entre as duas
informações, haja vista que, se o ECA é visto como uma lei bem justa e
generosa, não seria natural que ela fosse ignorada. Mas, como ela está sendo
ignorada, entende-se aí um valor adversativo com a possibilidade da inserção
da conjunção “porém”. Assim, a alternativa (B) é a correta. Veja:
“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e
generosa, porém é ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção
e promoção”.
Veremos na aula de orações adverbiais que a “concessão” também
transmite um contraste, normalmente representado pela locução conjuntiva
“ainda que”. Porém, veja que você não se iludiria com isso, porque, se
inseríssemos tal conectivo, haveria a repetição da palavra “ainda”, causando
um erro gramatical: ainda que ainda largamente...
Gabarito: B

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Questão 16: TJ SC 2015 Assistente Social (banca FGV)


Considerando-se a relação lógica existente entre os dois segmentos dos
pensamentos (Millôr Fernandes) adiante citados, o espaço pontilhado que NÃO
poderá ser corretamente preenchido pela conjunção mas é:
(A) Guio bem, ............... o motor do meu carro sempre foi pra mim um
mistério insondável.
(B) Condenam-se muito os excessos, ............... também há um limite para o
mínimo.
(C) Eu sofro de mimfobia, tenho medo de mim mesmo, ............... me
enfrento todo dia.
(D) A pobreza não é necessariamente vergonhosa, ............... há muito pobre
sem vergonha.
(E) Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela, ...............
acha aquele ambiente grã-fino demais para ela.
Comentário: A alternativa (A) pode ser preenchida pela conjunção “mas”,
pois o fato de alguém guiar bem nos leva a uma expectativa de que há algum
conhecimento sobre o motor de um carro. Porém, esta expectativa foi
quebrada. Na realidade, o motor do carro é um mistério insondável para o
locutor.
A alternativa (B) pode ser preenchida pela conjunção “mas”, pois o fato
de alguém condenar muito os excessos leva a uma contrapartida: um limite
para o mínimo.
A alternativa (C) pode ser preenchida pela conjunção “mas”, pois o fato
de alguém ter medo dela mesma leva a uma contrapartida: enfrentar-se todo
dia.
A alternativa (D) pode ser preenchida pela conjunção “mas”, pois há o
contraste entre a pobreza ser vergonhosa e pobre sem vergonha.
A alternativa (E) deve ser preenchida por uma conjunção causal, como
“porque”. A razão de uma pessoa ser considerada extremamente pobre é
quando ela não entra na favela por achar aquele ambiente grã-fino demais
para ela. Veja:
Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela, porque acha
aquele ambiente grã-fino demais para ela.
Gabarito: E

Questão 17: TJ RJ 2015 Analista Judiciário (banca FGV)


Fragmento do texto: É difícil imaginar como pode ser o mundo de um animal
considerando que não só sua inteligência, mas também seus sistemas
sensoriais são diferentes dos nossos. Todavia, os animais captam estímulos
que nós não captamos. O ornitorrinco, por exemplo, percebe com seu bico,
parecido com o dos patos, as descargas elétricas produzidas pelos camarões, a
um metro de distância.
O segundo período do texto se inicia pela conjunção “todavia”; sobre esse
emprego, a afirmação correta é:

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(A) pode ser substituída adequadamente por “porém”;


(B) deve ser alterada para “pois”;
(C) necessita ser trocada por “embora”;
(D) pode modificar-se para “logo”;
(E) deve ser mantida, já que mostra correção.
Comentário: O autor inseriu um contraste equivocado no texto, pois a oração
“os animais captam estímulos que nós não captamos” reforça a afirmação de
que os sistemas sensoriais dos animais são diferentes dos nossos. Ele não se
opõe a esta ideia, ele reforça. Assim, a conjunção “todavia” deve ser
substituída pela explicativa “pois”. Veja:
É difícil imaginar como pode ser o mundo de um animal considerando que não
só sua inteligência, mas também seus sistemas sensoriais são diferentes dos
nossos, pois os animais captam estímulos que nós não captamos. O
ornitorrinco, por exemplo, percebe com seu bico, parecido com o dos patos, as
descargas elétricas produzidas pelos camarões, a um metro de distância.
Gabarito: B

Questão 18: Funarte – Administrador 2014 (Banca FGV)


“A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no
Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que,
direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”.
O conectivo “no entanto” traz uma oposição entre termos do texto; os termos
opostos, nesse caso, são:
(A) a primeira / a segunda;
(B) escassamente conhecida / nada compreendida;
(C) bastante divulgada / escassamente conhecida;
(D) exterior / lá fora;
(E) escassamente / sistematicamente.
Comentário: Cuidado com a pegadinha da alternativa (A)! Sabemos que os
termos “a primeira” e “ a segunda” encabeçam as estruturas em contraste.
Mas devemos notar que são as suas características (“escassamente
conhecida” e “bastante divulgada”) que realmente transmitem relação de
oposição, concorda?! Assim, é a alternativa (C) a correta. Confirme:
“A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no
Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem
que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”.
Gabarito: C

Questão 19: Funarte – Administrador 2014 (Banca FGV)


Brasileiro, Homem do Amanhã (Paulo Mendes Campos)
Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o
Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais.
Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a
capacidade de adiar.

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A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no


Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que,
direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
Nesse segmento há uma oposição, que:
(A) apresenta um elemento novo, que contrasta com outro anterior;
(B) mostra uma oposição a uma informação expressa anteriormente;
(C) substitui um elemento por outro;
(D) corrige uma informação errada;
(E) acrescenta um segundo argumento que se opõe ao primeiro.
Comentário: Sabemos que a conjunção coordenativa adversativa transmite
valor de adversidade, contraste ou oposição. Esta questão nos cobrou essa
ideia, além da adequação vocabular. Note que o pedido da questão já
apresenta a palavra “oposição”, por isso não deveria tal palavra ser repetida
na alternativa, haja vista a redundância. Assim, a alternativa (A) é a correta,
pois a oposição transmitida pelo “no entanto” apresenta, sim, um dado novo
em contraste com o anterior.
Certamente, você ficou na dúvida entre esta alternativa, a (B) e a (E),
pois há as palavras “oposição” e “opõe” nestas duas últimas. Mas veja como
ficaria redundante a informação com essas alternativas:
Nesse segmento há uma oposição, que mostra uma oposição a uma
informação expressa anteriormente.
Nesse segmento há uma oposição, que acrescenta um segundo argumento
que se opõe ao primeiro.
Então, haveria uma redundância nessas alternativas, por isso a questão
cobrou também a adequação vocabular.
Naturalmente, você percebeu que as alternativas (C) e (D) estão
erradas, porque não há ideia de correção de informação anterior, mas apenas
de contaste, de oposição.
Gabarito: A

Questão 20: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV)


Brasileiro, Homem do Amanhã (Paulo Mendes Campos)
Em 3 de novembro de 1957, a cadela Laika se tornava o primeiro animal
da Terra a ser colocado em órbita. A bordo da nave soviética Sputnik2, ela
morreu horas depois do lançamento, mas pôde entrar para a história da
corrida espacial.
O animal escolhido para ir ao espaço era uma vira-latas de 6Kg de nome
kudriavka. Depois os soviéticos decidiram renomeá-la como Laika. Sua cabine
tinha espaço para ela ficar deitada ou em pé. Comida e água eram
providenciadas em forma de gelatina. Ela tinha uma proteção e eletrodos para
monitorar seus sinais vitais. Os primeiros dados da telemetria mostraram que
ela estava agitada, mas comia a ração.
Apesar de toda a preparação, ela morreu devido a uma combinação de
superaquecimento e pânico, deixando alguns cientistas tristes.

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No texto há duas ocorrências do vocábulo “mas”; em ambos os casos, esse


vocábulo:
(A) marca uma oposição entre dois segmentos;
(B) indica posicionamentos críticos diante de algum fato;
(C) explicita uma relação lógica entre dois termos;
(D) introduz um aspecto positivo após a citação de algo negativo;
(E) esclarece alguma ideia anterior.
Comentário: Sabedores que somos de que a conjunção “mas” tem valor
adversativo, naturalmente não cabe a alternativa (B), nem (C), tampouco a
(E).
A alternativa (D) poderia fazer você ficar na dúvida, mas devemos
lembrar que somente a primeira ocorrência da conjunção “mas” mostra que
há uma ideia negativa (a morte da cadela) e uma ideia positiva (ela entrar
para a história). Já, na segunda ocorrência, não se pode dizer que há ideia
negativa em “ela estar agitada” e positiva em “comer ração”.
Assim, sobra a alternativa (A) como a correta, pois simplesmente há um
contraste, uma oposição entre essas informações. Note que não se espera que
uma cadela entre para a história, mas isso ocorreu. Assim, entende-se uma
oposição. Também não se espera que a cadela, estando agitada, comeria a
ração, mas isso aconteceu. Assim, também há oposição.
Gabarito: A

Questão 21: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV)


Brasileiro, Homem do Amanhã (Paulo Mendes Campos)
Em 3 de novembro de 1957, a cadela Laika se tornava o primeiro animal
da Terra a ser colocado em órbita. A bordo da nave soviética Sputnik2, ela
morreu horas depois do lançamento, mas pôde entrar para a história da
corrida espacial.
O animal escolhido para ir ao espaço era uma vira-latas de 6Kg de nome
kudriavka. Depois os soviéticos decidiram renomeá-la como Laika. Sua cabine
tinha espaço para ela ficar deitada ou em pé. Comida e água eram
providenciadas em forma de gelatina. Ela tinha uma proteção e eletrodos para
monitorar seus sinais vitais. Os primeiros dados da telemetria mostraram que
ela estava agitada, mas comia a ração.
Apesar de toda a preparação, ela morreu devido a uma combinação de
superaquecimento e pânico, deixando alguns cientistas tristes.
No texto há duas ocorrências do vocábulo “mas”; em ambos os casos, esse
vocábulo:
(A) marca uma oposição entre dois segmentos;
(B) indica posicionamentos críticos diante de algum fato;
(C) explicita uma relação lógica entre dois termos;
(D) introduz um aspecto positivo após a citação de algo negativo;
(E) esclarece alguma ideia anterior.
Comentário: Sabedores que somos de que a conjunção “mas” tem valor
adversativo, naturalmente não cabe a alternativa (B), nem (C), tampouco a

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(E).
A alternativa (D) poderia fazer você ficar na dúvida, mas devemos
lembrar que somente a primeira ocorrência da conjunção “mas” mostra que
há uma ideia negativa (a morte da cadela) e uma ideia positiva (ela entrar
para a história). Já, na segunda ocorrência, não se pode dizer que há ideia
negativa em “ela estar agitada” e positiva em “comer ração”.
Assim, sobra a alternativa (A) como a correta, pois simplesmente há um
contraste, uma oposição entre essas informações. Note que não se espera que
uma cadela entre para a história, mas isso ocorreu. Assim, entende-se uma
oposição. Também não se espera que a cadela, estando agitada, comeria a
ração, mas isso aconteceu. Assim, também há oposição.
Gabarito: A

Questão 22: Funarte – Administrador 2014 (banca FGV)

A frase que registra o pensamento pode ser reescrita de forma adequada do


seguinte modo:
(A) Ele é tão novo, que já conhece o sistema;
(B) Ele é bem novo, já conhece, porém, o sistema;
(C) Ele é bem novo, embora conheça o sistema;
(D) Por ser novo, ele conhece o sistema;
(E) Ele é muito novo, logo conhece o sistema.
Comentário: Note a conjunção “e” com valor adversativo! É fácil perceber
isso, porque não é natural uma criança entender o sistema de corrupção na
política. Assim, houve contraste.
A alternativa (A) está errada, porque “tão...que” é uma expressão que
inicia o valor adverbial de consequência, sobre o qual falaremos adiante.
A alternativa (B) é a correta, pois a conjunção “porém” mantém o valor
adversativo. Note que tal conjunção encontra-se deslocada, por isso está
entre vírgulas.
A alternativa (C) está errada, porque a conjunção “embora” inicia o
valor adverbial concessivo, sobre o qual falaremos adiante.
A alternativa (D) está errada, porque a preposição “por” inicia o valor
adverbial de causa, sobre o qual falaremos adiante.
A alternativa (E) está errada, porque a conjunção “logo” inicia o valor
coordenativo conclusivo, sobre o qual falaremos adiante.
Gabarito: B

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Questão 23: Câmara M Recife 2014 – Assistente Administrativo (banca FGV)


“O século XX foi marcado por grandes guerras de repercussão mundial em
razão de seu alcance e do número de países envolvidos. Já o século XXI
apresenta guerras locais ou regionais, mas que de certa forma se tornam
mundiais pelo número de espectadores. Isso se dá graças à tecnologia de
informação, que envolve direta ou indiretamente cidadãos de quase todo o
mundo”. O vocábulo “já” traz as ideias de:
(A) comparação e oposição;
(B) conclusão e explicação;
(C) alternância e adversidade;
(D) adição e causa;
(E) causa e proporção.
Comentário: A palavra “Já” pode ter valores de tempo (Ela já saiu daqui.) ou
adversativo (Os ricos esbanjam, já os pobres tentam sobreviver com o pouco
que têm.).
Assim, excluímos as alternativas (B), (D) e (E).
Você verá à frente que, somente quando houver a repetição da palavra
“já” (já...já), pode haver valor coordenativo alternativo. Como tal palavra
ocorreu somente uma vez, podemos eliminar também a alternativa (C).
Assim, fica fácil perceber que a alternativa (A) é a correta, pois no
primeiro houve uma afirmação sobre o século XX, o qual foi marcado por
grandes guerras de repercussão mundial. Em contraste, apresentou-se o
século XXI, o qual apresenta guerras locais ou regionais.
Além do contraste, houve também uma comparação entre essas duas
épocas e suas guerras.
Isso confirma a alternativa (A) como a correta.
Gabarito: A

Questão 24: Detran 2013 – Analista (banca FGV)


“Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que os
moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade
com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no trabalho.
Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas;
falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo?”.
Os conectivos sublinhados constroem uma estrutura que não se repete em:
(A) Consertem se os sinais ou o trânsito vai ficar caótico.
(B) Ora a culpa é da natureza, ora a culpa é das autoridades.
(C) A situação se repete seja por acaso, seja por inépcia.
(D) Tanto os semáforos quanto a falta de energia prejudicam o trânsito.
(E) Já se reclama da chuva, já se protesta contra o prefeito.
Comentário: Os conectivos “quer”, “quer” transmitem uma ideia
coordenativa alternativa. Para confirmar, poderíamos reescrever essa
construção com a conjunção alternativa “ou”. Veja:
“É verdade que os moradores estão sofrendo além da conta, circulando pela

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cidade com seus carros ou nos ônibus e metrô, ou em casa ou no trabalho”.


A questão pede a alternativa em que não haja valor coordenativo
alternativo.
A alternativa (A) apresenta valor coordenativo alternativo, pelo uso da
conjunção “ou”.
A alternativa (B) apresenta valor coordenativo alternativo, pelo uso da
expressão correlativa “ora...ora”.
A alternativa (C) apresenta valor coordenativo alternativo, pelo uso da
expressão correlativa “seja...seja”.
A alternativa (E) apresenta valor coordenativo alternativo, pelo uso da
expressão correlativa “Já...já”.
Assim, a alternativa (D) é a única com valor semântico diferente. Não há
valor alternativo, mas valor coordenativo aditivo, por causa do uso da
expressão correlativa “Tanto...quanto”.
Tanto os semáforos quanto a falta de energia prejudicam o trânsito.
Gabarito: D

Questão 25: Detran 2013 – Analista (banca FGV)


“Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que os
moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade
com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no trabalho.
Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas;
falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo?”.
O segmento sublinhado indica que os problemas dos habitantes da cidade de
São Paulo
(A) são mais graves que os das outras capitais brasileiras.
(B) atingem igualmente a todos os habitantes.
(C) perturbam mais gravemente as atividades produtivas.
(D) incomodam prioritariamente as classes mais pobres.
(E) permanecem durante todos os dias do ano.
Comentário: A expressão correlativa “quer...quer” transmite um sentido
coordenativo de inclusão, isto é, perante o caos originado pela chuva em São
Paulo, indistintamente as pessoas que circulam pela cidade de carro, ônibus
ou metrô ou as pessoas que estejam em casa ou no trabalho sofrem além da
conta. Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Questão 26: AL MA 2013 – Consultor Legislativo (banca FGV)


Assinale a alternativa cuja oração sublinhada exemplifica o processo de
coordenação.
a) "É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) prover
crianças e adolescentes com cuidados, segurança, oportunidades, inclusive
de recuperação diante de deslizes sociais".
b) "Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, que asseguram
proteção a uma parcela da população em geral incapaz de discernir entre o

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certo e o errado à luz das regras sociais".


c) "Mas, se estes são aspectos consideráveis, por outro lado é condenável o
viés paternalista de uma lei orgânica que mais contempla direitos do que
cobra obrigações daqueles a quem pretende proteger".
d) "É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,
como o emprego de menores em ações - inclusive armadas - de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo-conduto a jovens criminosos para afrontar
a lei".
e) "É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,
como o emprego de menores em ações - inclusive armadas - de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo-conduto a jovens criminosos para afrontar
a lei".
Comentário: Para acharmos o processo de coordenação, basta nos
lembrarmos dos conectivos. A alternativa (E) é a correta, porque a conjunção
“ou” tem valor coordenativo alternativo.
Na alternativa (A), a oração sublinhada tem valor subordinativo
substantivo. Veremos esse valor na próxima aula.
Na alternativa (B), a oração sublinhada tem valor subordinativo
adjetivo. Veremos esse valor na próxima aula.
Na alternativa (C), a oração sublinhada tem valor subordinativo
adverbial. Veremos esse valor na próxima aula.
Na alternativa (D), a oração sublinhada tem valor subordinativo
adjetivo. Veremos esse valor na próxima aula.
Gabarito: E

Questão 27: SSP AM 2015 Assistente Operacional (banca FGV)


“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas que
lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos carros
está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo abertamente
esquecer o caso por uma boa propina. O homem fica indignado e, usando o
“Você sabe com quem está falando?”, identifica-se como promotor público,
prendendo o guarda”.
(DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1990)
“... identifica-se como promotor público, prendendo o guarda”; a oração
reduzida “prendendo o guarda” pode ser reescrita, em forma desenvolvida
adequada, do seguinte modo:
(A) quando prende o guarda;
(B) por isso prende o guarda;
(C) porém prendeu o guarda;
(D) portanto prendeu o guarda;
(E) e prende o guarda.
Comentário: Inseri esta questão neste ponto da aula, porque aqui falamos da
redução de gerúndio da oração.
Note que o fato de prender o guarda se deu depois que o homem se
identificou como promotor público. Mas a ação de prender o guarda não é o

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resultado, o efeito, a consequência de ter se identificado como promotor


público. Assim, as alternativas (B) e (D), relativas ao valor de conclusão, estão
erradas.
Também fica patente que não cabe um valor de contraste. Assim,
eliminamos a alternativa (C).
A conjunção “quando”, neste contexto, dá ideia de simultaneidade: uma
ação ocorrendo ao mesmo tempo da outra. Porém, isso não ocorreu e
eliminamos a alternativa (A).
Portanto, sobra a alternativa (E) como correta. Houve apenas a adição
de duas ações: uma após a outra.
Gabarito: E

Questão 28: TJ RJ 2015 Analista Judiciário (banca FGV)


Fragmento do texto: Felizmente, a inteligência nos permite encontrar
soluções e nos possibilita criar alternativas. O pensamento liberta! Não nos
contentamos em conhecer, não nos basta possuir, não somos seres passivos.
Nossos projetos buscam conectar-se à realidade e ampliá-la. Por exemplo,
milhares de pessoas leem livros de autoajuda, pois desejam mudar sua própria
realidade, ainda que os resultados sejam pequenos. Então, por que continuam
lendo? Porque a simples ideia de que “se pode” mudar enche o coração de
esperança.
“Não nos contentamos em conhecer, / não nos basta possuir, / não somos
seres passivos”; nesse trecho do texto há três segmentos destacados e, entre
eles, as conjunções adequadas seriam:
(A) mas – já que;
(B) e – pois;
(C) pois – e;
(D) já que – logo;
(E) porém – dado que.
Comentário: Pelo contexto, podemos entender que os dois primeiros
segmentos juntam-se por transmitirem negações de ações (“não nos
contentamos em conhecer, não nos basta possuir”). Assim, cabe, no lugar da
vírgula, a conjunção aditiva “e”.
Em seguida, ocorre a justificativa disso: pois não somos seres passivos.
Veja que o terceiro segmento, apesar de também iniciar-se com a
negação, refere-se a uma negação de uma característica negativa, isto é,
negamos a passividade (característica negativa), para que possamos agir
(característica positiva). Esta última ação é justamente a ideia de não se
contentar em conhecer apenas, não possuir apenas.
Dessa forma, a alternativa (B) é a correta. Veja:
“Não nos contentamos em conhecer e não nos basta possuir, pois não somos
seres passivos”
Gabarito: B

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Questão 29: INEA 2013 – Administrador (banca FGV)


Fragmento do texto: Particularmente, após o desastre da Região Serrana
(RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou se o Centro
Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força Tarefa
de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou se o
Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas
ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos
desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos.
“Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e
respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos”.
Com relação aos dois períodos desse segmento do texto, o segundo deles, em
relação ao primeiro, indica
(A) uma retificação.
(B) uma explicação.
(C) uma consequência.
(D) uma conclusão.
(E) uma concessão.
Comentário: Note que podemos entender que estas iniciativas ainda estão
concentradas somente no monitoramento, alerta e respostas aos desastres,
porque faltam políticas mais eficientes, isto é, políticas integradas para
redução de riscos. Assim, o segundo período transmite valor de explicação e
alternativa correta é a (B).
A alternativa (A) está errada, porque retificação significa correção do
que foi afirmado anteriormente e sabemos que isso não ocorreu.
A alternativa (C) está errada, porque não houve uma consequência, isto
é, um efeito em razão de uma ação anterior. Esse valor semântico será visto
nas aulas posteriores.
A alternativa (D) está errada, porque não houve uma conclusão. Note
que não podemos subentender o início de tal período com a conjunção
“Portanto” ou “Por conseguinte”.
A alternativa (E) está errada, porque não houve uma concessão, isto é,
contraste. Esse valor semântico será visto nas aulas posteriores.
Gabarito: B

Questão 30: INEA 2013 – Técnico (banca FGV)


Fragmento do texto: 1. A década de 70 foi marcada pelo despertar das
preocupações ambientais. Até o início dos anos 80, as questões relacionadas
ao uso da água (geração de energia, abastecimento doméstico e industrial,
coleta de esgoto, lazer) e seu manuseio não levaram em conta as
consequências ambientais.
A reflexão 1 informa ao leitor que a década de 70 foi marcada pelo despertar
das preocupações ambientais. O segundo período dessa reflexão mostra
(A) uma contradição em relação ao que foi dito anteriormente.
(B) uma repetição, em outras palavras, do já informado.
(C) uma conclusão a partir dos dados antes fornecidos.

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(D) uma retificação de uma informação equivocada.


(E) uma explicação de um termo de difícil compreensão.
Comentário: Veja que o primeiro período afirma que a década de 70 foi
marcada pelo despertar das preocupações ambientais. Veja bem: despertar.
Assim, começou-se a pensar numa conscientização ambiental, mas isso não
quer dizer que medidas tenham sido efetivadas naquela época. Aliás, até hoje
ainda temos muito a aprender, concorda?!
Bom, o segundo período mostra como isso foi importante, pois até o
início dos anos 80 (perpassando a década de 70), as questões relacionadas ao
uso da água e seu manuseio não levaram em conta as consequências
ambientais. Daí a importância de nesta década de 70, as pessoas passarem a
se preocupar. Então, veja que o segundo período ambienta o leitor,
confirmando a afirmação anterior, explicando e desenvolvendo essa
informação. Agora, vamos às alternativas:
A alternativa (A) está errada, porque contradição significa oposição e
sabemos que isso não ocorreu.
A alternativa (C) está errada, porque não houve uma conclusão. Note
que não podemos subentender o início de tal período com a conjunção
“Portanto” ou “Por conseguinte”. Veja também que o primeiro período não
transmite uma ideia que desencadeou a outra como um resultado, um efeito.
Assim, seguramente, não houve conclusão.
A alternativa (D) está errada, porque retificação significa correção do
que foi afirmado anteriormente e sabemos que isso não ocorreu.
A alternativa (E) está errada. Houve, sim, uma explicação do que foi
afirmado anteriormente, porém não foi uma explicação de um termo de difícil
compreensão. O recurso da explicação a que se refere esta alternativa ocorre
quando há um termo altamente técnico, o qual não entra no domínio da
população em geral. Assim, para o texto ficar compreensível, o autor lança
mão de explicações extras.
Assim, resta a alternativa (B) como a correta, pois realmente o autor do
texto repete informação anterior, porém a desenvolve de uma maneira mais
didática, de forma a elucidar o leitor quanto à afirmação anterior. Assim, ele
explica com outras palavras.
Gabarito: B

Questão 31: DPE MT 2015 Analista Administrador (banca FGV)


Os sete erros que devem ser evitados em tempos de seca
O primeiro desses “erros” era “usar água da chuva para beber, tomar banho e
cozinhar”. Segundo o aviso, “A água da chuva armazenada em casa não pode
ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela contém uma alta
concentração de poluentes atmosféricos, que podem causar mal à saúde. Essa
água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito somente por
especialistas, não bastando ferver ou filtrar. Por isso, é melhor usá-la apenas
na limpeza da casa”.
“Essa água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito
somente por especialistas, não bastando ferver ou filtrar”.

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O segmento sublinhado mostra formas reduzidas; a forma reduzida do verbo


“bastar” poderia ser adequadamente substituída por
(A) mas não basta ferver ou filtrar.
(B) pois não basta ferver ou filtrar.
(C) logo não bastaria ferver ou filtrar.
(D) quando não bastará ferver ou filtrar.
(E) caso não baste ferver ou filtrar.
Comentário: Veremos mais detidamente nas próximas aulas o que venham a
ser orações reduzidas. Mas, para resolver esta questão, basta entendermos o
contexto. Veja que foi afirmado que essa água só é indicada para consumo
com tratamento químico, isto é, não basta ferver ou filtrar. Com a expressão
“isto é” ficou fácil perceber o valor explicativo, não é mesmo? Assim, a
alternativa correta é a (B), tendo em vista a oração coordenada sindética
explicativa “pois não basta ferver ou filtrar”.
O contexto até admite a conjunção conclusiva “logo” (logo, não basta
ferver ou filtrar), mas veja na alternativa (C) que a banca a colocou junto a
um verbo no futuro do pretérito do indicativo “bastaria” (“logo não bastaria
ferver ou filtrar”) justamente para você perceber que este tempo verbal não
cabe no contexto e eliminar tal alternativa.
As demais alternativas estão bem fora do contexto.
Gabarito: B

Questão 32: DPE RJ 2014– Técnico (banca FGV)


Fragmento do texto: Os problemas da expansão urbana estão na conversa
cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem
“onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da
violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante
depara com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o
assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de
comunicação.
O segundo período do primeiro parágrafo, em relação ao anterior, tem valor de
(A) conclusão. (B) retificação. (C) consequência.
(D) explicação. (E) oposição.
Comentário: Note que entre os dois primeiros períodos sintáticos, podemos
inserir a conjunção “pois”, haja vista que a informação de que os milhões de
brasileiros são reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da
precariedade dos serviços públicos explica a informação de que eles sabem
“onde o sapato aperta”. Veja:
Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos milhões de
brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”,
pois são reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da
precariedade dos serviços públicos.
Gabarito: D

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Questão 33: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV)


“A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos
números de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de
educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de cinto de
segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas
alcoólicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, são
comprovadamente eficientes”.
No caso desse segmento do texto, o segundo período, em relação ao primeiro,
funciona como
(A) retificação do que foi dito anteriormente.
(B) explicação de um dos termos anteriores.
(C) exemplificação de campanhas educativas.
(D) citação de casos motivadores de acidentes graves.
(E) enumeração de novas campanhas a serem feitas.
Comentário: Veja que o segundo período inicia-se com a palavra
“Campanhas”. Assim, essas campanhas “de mobilização pelo uso de cinto de
segurança”, “das práticas positivas na direção”, “da não utilização de bebidas
alcoólicas ao dirigir”, “do uso da faixa de pedestres” são os exemplos de
instrumentos de educação e conscientização, mencionados na afirmação
anterior.
Gabarito: C

Questão 34: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV)


Galileu, maio 2009
“Alguns alimentos têm as características modificadas quando entram em
contato com o ar porque ocorre uma troca de umidade. Os pães ficam duros
porque têm muita água, e os biscoitos amolecem devido ao fato de quase não
levarem água”.
Em relação ao primeiro período do texto, o segundo período funciona como:
(A) oposição a uma afirmação anterior;
(B) retificação de algo afirmado;
(C) repetição, em outras palavras, de algo já dito;
(D) exemplificação de um fato;
(E) explicação de um conceito.
Comentário: Observe que o segundo período apresenta exemplos de alguns
alimentos que têm características modificadas quando entram em contato com
o ar, como “pães” e “biscoitos”.
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Talvez você ficasse na dúvida entre as alternativas (C) e (E), porém
deve observar que o segundo não repetiu as informações com outras
palavras, não se quis reproduzir a informação anterior por meio de sinônimos.
Na alternativa (E), veja que não houve conceito no primeiro período, mas
apenas uma afirmação. Um exemplo de conceito seria: “Alimentos são todas
as substâncias e proteínas utilizadas pelos seres vivos como fontes de

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energia.”. Além disso, vê-se que não houve uma simples explicação, mas
exemplos como confirmação da informação anterior.
Gabarito: D

O que devo tomar nota como mais importante?

 Esquema do período composto por coordenação

______________________ e ____________________. (aditiva)

______________________, mas _________________. (adversativa)

______________________ ou ___________________. (alternativa)

______________________, portanto ______________. (conclusiva)

______________________, pois _________________. (explicativa)

oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação


 Principais conjunções e seus valores semânticos (coordenadas)
1) Aditivas: e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como
também, senão também, tanto...como.
2) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
3) Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.
4) Conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do
verbo), por isso, então, assim, em vista disso.
5) Explicativas: porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

 Esquema das possíveis construções da enumeração com divisão interna:

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________.

1 2 3 4 5 6

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1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________.

1 2 3 4 5 6

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

1 2 3 4 5 6

Grande abraço!!!
Professor Terror

Questão 1: ALERJ 2017 – Especialista Legislativo (banca FGV)


“Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas
humanitárias, a bioética, o choque de culturas também / supõe um
conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutrina,
das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao
mundo”.
O trecho acima foi separado em duas partes por uma barra inclinada. Sobre o
emprego das vírgulas nessas duas partes, é correto afirmar que:
a) marcam a presença de enumerações de termos nas duas partes;
b) indicam, respectivamente, a presença de aposto e da enumeração de
termos;
c) documentam a presença de apostos explicativos nos dois segmentos;
d) mostram, nos dois segmentos, inserções de termos;
e) indicam, respectivamente, a presença de enumeração e de aposto
explicativo.

Questão 2: ALEMA 2013 – Consultor Legislativo (banca FGV)


Fragmento do texto: No início do mês, um assaltante matou um jovem em
São Paulo com um tiro na cabeça, mesmo depois de a vítima ter lhe passado o
celular. Identificado por câmeras do sistema de segurança do prédio do rapaz,
o criminoso foi localizado pela polícia, mas – apesar de todos os registros que
não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato – não ficará um dia preso.
Menor de idade, foi “apreendido” e levado a um centro de recolhimento. O
máximo de punição a que está sujeito é submeter se, por três anos, à
aplicação de medidas “socioeducativas”.
No primeiro parágrafo do texto aparecem entre aspas os vocábulos
“apreendido” e “socioeducativas”. O motivo da utilização desses sinais gráficos
é indicar que esses vocábulos

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(A) foram empregados em sentido figurado.


(B) registram vocábulos empregados em relação a jovens infratores.
(C) marcam a intenção textual de destacar termos importantes.
(D) indicam a presença de um novo sentido aplicado a tais vocábulos.
(E) criticam a linguagem empregada em caso de crimes contra jovens.

Questão 3: DPE RJ 2014 Técnico (banca FGV)


Fragmento do texto: Os problemas da expansão urbana estão na conversa
cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem
“onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da
violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante
depara com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o
assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de
comunicação.
No primeiro parágrafo do texto o segmento “onde o sapato aperta” aparece
entre aspas porque
(A) mostra uma frase sem respeito pela norma culta.
(B) indica o tópico central do parágrafo.
(C) destaca uma ironia da autora do texto.
(D) copia uma expressão popular.
(E) enfatiza uma ideia importante do texto.

Questão 4: TJ BA 2015 Analista Judiciário(banca FGV)


O segmento abaixo em que a conjunção E tem valor adversativo, e não
aditivo, é:
(A) “Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em mais
rápida expansão”;
(B) “Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros
impressionantes, influência política e prestígio”;
(C) “São também os únicos produtos (legais) que, usados como manda o
figurino, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes os matam”;
(D) “Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados
Unidos,..”;
(E) “Isso dá grandes lucros para a indústria do tabaco, e enormes prejuízos
para os clientes”.

Questão 5: ISS Niterói 2015 Fiscal de Tributos (banca FGV)


O segmento, abaixo transcrito, em que o conectivo E tem valor de oposição é:
(A) “...nossos filhos possuem brinquedos de verdade: caixas e caixas de
brinquedos que eles deixam de lado em questão de dias”;
(B) “Temos jardins equipados com carrinhos de mão, tesouras, podões e
cortadores de gramas”;
(C) “Temos máquinas de remo em que nunca nos exercitamos, mesa de
jantar em que não comemos e fornos triplos em que não cozinhamos”;
(D) “São os nossos brinquedos: consolos às pressões incessantes por
conseguir o dinheiro para comprá-los, e que, em nossa busca deles nos

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infantilizam”;
(E) “Na minha vida, devo admitir que andei fascinado pelo brilho do consumo
e ao mesmo tempo enojado”.

Questão 6: Detran 2013 – Analista (banca FGV)


Sobre a pontuação em “Três fatores criam a confusão: semáforos desligados;
alagamentos nas ruas; falta de energia.”
Pode se afirmar corretamente que
(A) os dois pontos antecipam uma enumeração.
(B) as ocorrências de (;) mostram finalidades diferentes.
(C) os (;) mostram elementos em oposição.
(D) a última ocorrência de (;) poderia ser substituída por “ou”.
(E) após (:) a palavra seguinte deveria iniciar se com letra maiúscula.

Questão 7: Funarte – Assistente Administrativo 2014 (Banca FGV)


Em todos os segmentos abaixo, a conjunção “E” une ações ocorridas em
tempos sucessivos; assinale o caso em que as ações ligadas por essa
conjunção indicam momentos simultâneos:
(A) “Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo tempo que
possa ser dispensado à sua leitura”;
(B) “Falam-nos de gratidão e poderão fazer-nos pensar no quanto a gratidão
fará, ou não, parte das nossas vidas”;
(C) “Salazar destituiu-o do cargo e o fez viver na miséria até ao fim da
vida”;
(D) “...a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela”;
(E) “...a porta se abriu e o vigia o resgatou com vida”.

Questão 8: SEGEP MA 2014– Auditor (banca FGV)


“Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia
possível”.
Nesse segmento do texto, a conjunção “e” une
(A) duas ações simultâneas.
(B) duas ações de mesmo sentido.
(C) duas ações que se contrariam.
(D) duas ações que mostram causa/consequência.
(E) duas ações que se seguem.

Questão 9: SEGEP MA 2014– Auditor (banca FGV)


Assinale a alternativa em que a troca de posição entre os termos sublinhados
altera o sentido do segmento.
(A) “Mais uma vez, deu distopia”.
(B) “...que significaria um renascimento para a humanidade...”
(C) “...o direito à educação e à saúde seria universal...”

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(D) “...Morus prescrevia dois escravos para cada família...”


(E) “Quando surgiu e se popularizou o automóvel...

Questão 10: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV)


A opção abaixo em que a troca de posição dos termos sublinhados altera o
significado da frase original é:
(A) “determinou a todos os agentes públicos no Brasil e no exterior, a
partir de 1972...”;
(B) “nenhum pedido de esclarecimento de organizações nacionais e
internacionais ...”;
(C) “sobre mortos e desaparecidos em consequência da repressão”;
(D) “que vinha denunciando e cobrando esclarecimentos”;
(E) “torturas, desaparecimentos e assassinatos de opositores”.

Questão 11: Conder 2013 – Técnico (banca FGV)


Assinale a alternativa em que a troca de posição dos elementos sublinhados
mantém a coerência do texto.
(A) “Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e
dar o fora”.
(B) “Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é
decorrência ou é passatempo”.
(C) “O que vem antes e depois dos nossos anos férteis é só o prólogo e o
epílogo”.
(D) “Se a natureza quisesse otimizar seus métodos já nasceríamos púberes e
morreríamos assim que nossos filhos, que também nasceriam púberes,
pudessem criar seus filhos...”
(E) “...a polpa com que a Natureza protege a nossa semente e assegura a
continuação da vida.”

Questão 12: Pref Osasco – Analista 2014 (Banca FGV)


No trecho “(...) joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até que a noite cai
(...)”, o valor estilístico da repetição do “e” (polissíndeto) expressa, no
contexto:
(A) acréscimo;
(B) ampliação;
(C) reiteração;
(D) intensificação;
(E) redundância.

Questão 13: Pref Osasco 2014– Agente de Trânsito (banca FGV)


“Os pagamentos das Guias de recolhimento de impostos, taxas e contribuições
devem ser feitas pela própria empresa...”.
A regra que justifica o emprego da vírgula nesse segmento é:
(A) indicar o vocativo;
(B) destacar o aposto;

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(C) separar elementos de uma enumeração;


(D) marcar o deslocamento de um termo;
(E) distinguir uma restrição de uma explicação.

Questão 14: PROCEMPA 2014 Técnico Administrativo (banca FGV)


Assinale a opção que indica a frase em que a conjunção e mostra valor
adversativo.
a) “Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros?"
b) “A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades."
c) “O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza."
d) “...tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os
morticínios."
e) “Pensamos em demasia e sentimos bem pouco."

Questão 15: DPE RO 2015 Analista Contábil (banca FGV)


“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e
generosa, ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e
promoção”.
A inclusão de uma vírgula entre os dois segmentos faz supor a implícita
existência de um conector entre eles; tal conector deveria representar:
(A) uma concessão, como “ainda que”;
(B) uma adversidade, como “porém”;
(C) uma conclusão, como “logo”;
(D) uma explicação , como “pois”;
(E) uma proporcionalidade, como “à medida que”.

Questão 16: TJ SC 2015 Assistente Social (banca FGV)


Considerando-se a relação lógica existente entre os dois segmentos dos
pensamentos (Millôr Fernandes) adiante citados, o espaço pontilhado que NÃO
poderá ser corretamente preenchido pela conjunção mas é:
(A) Guio bem, ............... o motor do meu carro sempre foi pra mim um
mistério insondável.
(B) Condenam-se muito os excessos, ............... também há um limite para o
mínimo.
(C) Eu sofro de mimfobia, tenho medo de mim mesmo, ............... me
enfrento todo dia.
(D) A pobreza não é necessariamente vergonhosa, ............... há muito pobre
sem vergonha.
(E) Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela, ...............
acha aquele ambiente grã-fino demais para ela.

Questão 17: TJ RJ 2015 Analista Judiciário (banca FGV)


Fragmento do texto: É difícil imaginar como pode ser o mundo de um animal
considerando que não só sua inteligência, mas também seus sistemas
sensoriais são diferentes dos nossos. Todavia, os animais captam estímulos

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que nós não captamos. O ornitorrinco, por exemplo, percebe com seu bico,
parecido com o dos patos, as descargas elétricas produzidas pelos camarões, a
um metro de distância.
O segundo período do texto se inicia pela conjunção “todavia”; sobre esse
emprego, a afirmação correta é:
(A) pode ser substituída adequadamente por “porém”;
(B) deve ser alterada para “pois”;
(C) necessita ser trocada por “embora”;
(D) pode modificar-se para “logo”;
(E) deve ser mantida, já que mostra correção.

Questão 18: Funarte – Administrador 2014 (Banca FGV)


“A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no
Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que,
direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”.
O conectivo “no entanto” traz uma oposição entre termos do texto; os termos
opostos, nesse caso, são:
(A) a primeira / a segunda;
(B) escassamente conhecida / nada compreendida;
(C) bastante divulgada / escassamente conhecida;
(D) exterior / lá fora;
(E) escassamente / sistematicamente.

Questão 19: Funarte – Administrador 2014 (Banca FGV)


Brasileiro, Homem do Amanhã (Paulo Mendes Campos)
Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o
Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais.
Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a
capacidade de adiar.
A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no
Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que,
direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
Nesse segmento há uma oposição, que:
(A) apresenta um elemento novo, que contrasta com outro anterior;
(B) mostra uma oposição a uma informação expressa anteriormente;
(C) substitui um elemento por outro;
(D) corrige uma informação errada;
(E) acrescenta um segundo argumento que se opõe ao primeiro.

Questão 20: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV)


Brasileiro, Homem do Amanhã (Paulo Mendes Campos)
Em 3 de novembro de 1957, a cadela Laika se tornava o primeiro animal
da Terra a ser colocado em órbita. A bordo da nave soviética Sputnik2, ela

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morreu horas depois do lançamento, mas pôde entrar para a história da


corrida espacial.
O animal escolhido para ir ao espaço era uma vira-latas de 6Kg de nome
kudriavka. Depois os soviéticos decidiram renomeá-la como Laika. Sua cabine
tinha espaço para ela ficar deitada ou em pé. Comida e água eram
providenciadas em forma de gelatina. Ela tinha uma proteção e eletrodos para
monitorar seus sinais vitais. Os primeiros dados da telemetria mostraram que
ela estava agitada, mas comia a ração.
Apesar de toda a preparação, ela morreu devido a uma combinação de
superaquecimento e pânico, deixando alguns cientistas tristes.
No texto há duas ocorrências do vocábulo “mas”; em ambos os casos, esse
vocábulo:
(A) marca uma oposição entre dois segmentos;
(B) indica posicionamentos críticos diante de algum fato;
(C) explicita uma relação lógica entre dois termos;
(D) introduz um aspecto positivo após a citação de algo negativo;
(E) esclarece alguma ideia anterior.

Questão 21: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV)


Brasileiro, Homem do Amanhã (Paulo Mendes Campos)
Em 3 de novembro de 1957, a cadela Laika se tornava o primeiro animal
da Terra a ser colocado em órbita. A bordo da nave soviética Sputnik2, ela
morreu horas depois do lançamento, mas pôde entrar para a história da
corrida espacial.
O animal escolhido para ir ao espaço era uma vira-latas de 6Kg de nome
kudriavka. Depois os soviéticos decidiram renomeá-la como Laika. Sua cabine
tinha espaço para ela ficar deitada ou em pé. Comida e água eram
providenciadas em forma de gelatina. Ela tinha uma proteção e eletrodos para
monitorar seus sinais vitais. Os primeiros dados da telemetria mostraram que
ela estava agitada, mas comia a ração.
Apesar de toda a preparação, ela morreu devido a uma combinação de
superaquecimento e pânico, deixando alguns cientistas tristes.
No texto há duas ocorrências do vocábulo “mas”; em ambos os casos, esse
vocábulo:
(A) marca uma oposição entre dois segmentos;
(B) indica posicionamentos críticos diante de algum fato;
(C) explicita uma relação lógica entre dois termos;
(D) introduz um aspecto positivo após a citação de algo negativo;
(E) esclarece alguma ideia anterior.

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Questão 22: Funarte – Administrador 2014 (banca FGV)

A frase que registra o pensamento pode ser reescrita de forma adequada do


seguinte modo:
(A) Ele é tão novo, que já conhece o sistema;
(B) Ele é bem novo, já conhece, porém, o sistema;
(C) Ele é bem novo, embora conheça o sistema;
(D) Por ser novo, ele conhece o sistema;
(E) Ele é muito novo, logo conhece o sistema.

Questão 23: Câmara M Recife 2014 – Assistente Administrativo (banca FGV)


“O século XX foi marcado por grandes guerras de repercussão mundial em
razão de seu alcance e do número de países envolvidos. Já o século XXI
apresenta guerras locais ou regionais, mas que de certa forma se tornam
mundiais pelo número de espectadores. Isso se dá graças à tecnologia de
informação, que envolve direta ou indiretamente cidadãos de quase todo o
mundo”. O vocábulo “já” traz as ideias de:
(A) comparação e oposição;
(B) conclusão e explicação;
(C) alternância e adversidade;
(D) adição e causa;
(E) causa e proporção.

Questão 24: Detran 2013 – Analista (banca FGV)


“Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que os
moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade
com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no trabalho.
Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas;
falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo?”.
Os conectivos sublinhados constroem uma estrutura que não se repete em:
(A) Consertem se os sinais ou o trânsito vai ficar caótico.
(B) Ora a culpa é da natureza, ora a culpa é das autoridades.
(C) A situação se repete seja por acaso, seja por inépcia.
(D) Tanto os semáforos quanto a falta de energia prejudicam o trânsito.
(E) Já se reclama da chuva, já se protesta contra o prefeito.

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Questão 25: Detran 2013 – Analista (banca FGV)


“Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que os
moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade
com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no trabalho.
Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas;
falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo?”.
O segmento sublinhado indica que os problemas dos habitantes da cidade de
São Paulo
(A) são mais graves que os das outras capitais brasileiras.
(B) atingem igualmente a todos os habitantes.
(C) perturbam mais gravemente as atividades produtivas.
(D) incomodam prioritariamente as classes mais pobres.
(E) permanecem durante todos os dias do ano.

Questão 26: AL MA 2013 – Consultor Legislativo (banca FGV)


Assinale a alternativa cuja oração sublinhada exemplifica o processo de
coordenação.
a) "É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) prover
crianças e adolescentes com cuidados, segurança, oportunidades, inclusive
de recuperação diante de deslizes sociais".
b) "Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, que asseguram
proteção a uma parcela da população em geral incapaz de discernir entre o
certo e o errado à luz das regras sociais".
c) "Mas, se estes são aspectos consideráveis, por outro lado é condenável o
viés paternalista de uma lei orgânica que mais contempla direitos do que
cobra obrigações daqueles a quem pretende proteger".
d) "É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,
como o emprego de menores em ações - inclusive armadas - de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo-conduto a jovens criminosos para afrontar
a lei".
e) "É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,
como o emprego de menores em ações - inclusive armadas - de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo-conduto a jovens criminosos para afrontar
a lei".

Questão 27: SSP AM 2015 Assistente Operacional (banca FGV)


“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas que
lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos carros
está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo abertamente
esquecer o caso por uma boa propina. O homem fica indignado e, usando o
“Você sabe com quem está falando?”, identifica-se como promotor público,
prendendo o guarda”.
(DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1990)

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“... identifica-se como promotor público, prendendo o guarda”; a oração


reduzida “prendendo o guarda” pode ser reescrita, em forma desenvolvida
adequada, do seguinte modo:
(A) quando prende o guarda;
(B) por isso prende o guarda;
(C) porém prendeu o guarda;
(D) portanto prendeu o guarda;
(E) e prende o guarda.

Questão 28: TJ RJ 2015 Analista Judiciário (banca FGV)


Fragmento do texto: Felizmente, a inteligência nos permite encontrar
soluções e nos possibilita criar alternativas. O pensamento liberta! Não nos
contentamos em conhecer, não nos basta possuir, não somos seres passivos.
Nossos projetos buscam conectar-se à realidade e ampliá-la. Por exemplo,
milhares de pessoas leem livros de autoajuda, pois desejam mudar sua própria
realidade, ainda que os resultados sejam pequenos. Então, por que continuam
lendo? Porque a simples ideia de que “se pode” mudar enche o coração de
esperança.
“Não nos contentamos em conhecer, / não nos basta possuir, / não somos
seres passivos”; nesse trecho do texto há três segmentos destacados e, entre
eles, as conjunções adequadas seriam:
(A) mas – já que;
(B) e – pois;
(C) pois – e;
(D) já que – logo;
(E) porém – dado que.

Questão 29: INEA 2013 – Administrador (banca FGV)


Fragmento do texto: Particularmente, após o desastre da Região Serrana
(RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou se o Centro
Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força Tarefa
de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou se o
Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas
ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos
desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos.
“Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e
respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos”.
Com relação aos dois períodos desse segmento do texto, o segundo deles, em
relação ao primeiro, indica
(A) uma retificação.
(B) uma explicação.
(C) uma consequência.
(D) uma conclusão.
(E) uma concessão.

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Questão 30: INEA 2013 – Técnico (banca FGV)


Fragmento do texto: 1. A década de 70 foi marcada pelo despertar das
preocupações ambientais. Até o início dos anos 80, as questões relacionadas
ao uso da água (geração de energia, abastecimento doméstico e industrial,
coleta de esgoto, lazer) e seu manuseio não levaram em conta as
consequências ambientais.
A reflexão 1 informa ao leitor que a década de 70 foi marcada pelo despertar
das preocupações ambientais. O segundo período dessa reflexão mostra
(A) uma contradição em relação ao que foi dito anteriormente.
(B) uma repetição, em outras palavras, do já informado.
(C) uma conclusão a partir dos dados antes fornecidos.
(D) uma retificação de uma informação equivocada.
(E) uma explicação de um termo de difícil compreensão.

Questão 31: DPE MT 2015 Analista Administrador (banca FGV)


Os sete erros que devem ser evitados em tempos de seca
O primeiro desses “erros” era “usar água da chuva para beber, tomar banho e
cozinhar”. Segundo o aviso, “A água da chuva armazenada em casa não pode
ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela contém uma alta
concentração de poluentes atmosféricos, que podem causar mal à saúde. Essa
água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito somente por
especialistas, não bastando ferver ou filtrar. Por isso, é melhor usá-la apenas
na limpeza da casa”.
“Essa água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito
somente por especialistas, não bastando ferver ou filtrar”.
O segmento sublinhado mostra formas reduzidas; a forma reduzida do verbo
“bastar” poderia ser adequadamente substituída por
(A) mas não basta ferver ou filtrar.
(B) pois não basta ferver ou filtrar.
(C) logo não bastaria ferver ou filtrar.
(D) quando não bastará ferver ou filtrar.
(E) caso não baste ferver ou filtrar.

Questão 32: DPE RJ 2014– Técnico (banca FGV)


Fragmento do texto: Os problemas da expansão urbana estão na conversa
cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem
“onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da
violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante
depara com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o
assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de
comunicação.
O segundo período do primeiro parágrafo, em relação ao anterior, tem valor de
(A) conclusão. (B) retificação. (C) consequência.
(D) explicação. (E) oposição.

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Questão 33: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV)


“A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos
números de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de
educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de cinto de
segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas
alcoólicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, são
comprovadamente eficientes”.
No caso desse segmento do texto, o segundo período, em relação ao primeiro,
funciona como
(A) retificação do que foi dito anteriormente.
(B) explicação de um dos termos anteriores.
(C) exemplificação de campanhas educativas.
(D) citação de casos motivadores de acidentes graves.
(E) enumeração de novas campanhas a serem feitas.

Questão 34: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV)


Galileu, maio 2009
“Alguns alimentos têm as características modificadas quando entram em
contato com o ar porque ocorre uma troca de umidade. Os pães ficam duros
porque têm muita água, e os biscoitos amolecem devido ao fato de quase não
levarem água”.
Em relação ao primeiro período do texto, o segundo período funciona como:
(A) oposição a uma afirmação anterior;
(B) retificação de algo afirmado;
(C) repetição, em outras palavras, de algo já dito;
(D) exemplificação de um fato;
(E) explicação de um conceito.

1A 2B 3D 4E 5E 6A 7A 8E 9E 10 D
11 B 12 C 13 C 14 E 15 B 16 E 17 B 18 C 19 A 20 A
21 A 22 B 23 A 24 D 25 B 26 E 27 E 28 B 29 B 30 B
31 B 32 D 33 C 34 D

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Meu amigo, minha amiga!


Obrigado por ter acompanhado esta aula até o fim!
Pode ter certeza de que sua dedicação valerá a pena!
Se você está gostando da aula, dê um alô no
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Se quiser fazer sugestões, críticas, observações, isso
também ajudará bastante na formulação dos nossos cursos!
Um grande abraço!
Décio Terror

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