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Aula 06

Português p/ Prefeitura de Ilhabela-SP


(Com Videoaulas) - Pós-Edital

Autor:
Décio Terror Filho
Aula 06

28 de Fevereiro de 2020
Décio Terror Filho
Aula 06

SINTAXE: PROCESSOS DE COORDENAÇÃO.


PONTUAÇÃO. CONJUNÇÃO.
Sumário

1 – Diferença entre frase, período e oração e a pontuação ............................................................................. 2

1.1 – Frase, ponto Final, ponto de exclamação e ponto de interrogação ..................................................... 2

1.2 – Dois-pontos e aspas............................................................................................................................... 5


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1.3 – Reticências ........................................................................................................................................... 11

1.4 - Período................................................................................................................................................. 14

1.5 – Oração ................................................................................................................................................ 15

2 – Diferença entre coordenação e subordinação ........................................................................................... 16

3 – Estrutura básica do período composto por coordenação ........................................................................... 20

3.1 – Orações coordenadas sindéticas ......................................................................................................... 21

4 – Comentários do autor/orações parentéticas .............................................................................................. 43

5 – O que devo tomar nota como mais importante? ........................................................................................ 47

6 – Lista de questões de revisão ...................................................................................................................... 50

7 – Gabarito .................................................................................................................................................... 68

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1 – DIFERENÇA ENTRE FRASE, PERÍODO E ORAÇÃO E A


PONTUAÇÃO

1.1 – Frase, ponto Final, ponto de exclamação e ponto de


interrogação

Olá, pessoal!

Para que possamos treinar bastante o conteúdo e aprofundar naquilo que realmente é necessário,
tomei a liberdade de apresentar a você questões de várias bancas.

Trabalharemos o período composto por coordenação, abordando o princípio gramatical de frase,


período e oração, o uso das conjunções e da pontuação.

Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a diferença entre frase, período e
oração.

Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase. Podemos dizer que o sentido
completo ocorrerá explicitamente na linguagem quando houver as seguintes pontuações finais (. ! ? : ...).
Com isso, a próxima palavra deverá estar em letra inicial maiúscula.

Não deixe de se manter motivado. Estudo é aplicação.

O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A frase terminada com esta
pontuação é chamada de frase declarativa:

As aulas terminaram mais cedo.

O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um sentimento. A frase terminada
com esta pontuação é chamada de frase exclamativa:

Socorro! Ajude-me!

O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta:

Por que você não veio ontem?

Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção do leitor:

O rombo da corrupção? O povo paga.

Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma bem objetiva: O povo paga
o rombo da corrupção.

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Mas ele preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar aquilo que poderia ser apenas uma
declaração, como fizemos no exemplo acima.

1. (VUNESP / CRBio Professor – 2017)


Assinale a alternativa em que a pontuação está empregada corretamente e preserva o sentido original do
texto.
(A) – Preciso falar urgentemente com o senhor! (3º parágrafo)
(B) Perguntei (já pensando em trucidar quem havia dado o número do meu celular) se tinha experiência
como atriz? (6º parágrafo)
(C) – Quando pequena; ela queria ser professora, mas escolheu a carreira artística. (9º parágrafo)
(D) – É, ela vai longe! (11º parágrafo)
(E) Essa (febre de fama) me dá calafrios. (último parágrafo)
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o advérbio “urgentemente” e a expressão anterior a esta frase
“Uma voz aflita de mulher” transmitem que a fala da mulher tem um tom emotivo, o que sugere a inserção
do ponto de exclamação.
A alternativa (B) está errada, pois o contexto não admite uma pergunta, mas uma afirmação de que
haveria perguntado algo. Dessa forma, há erro no emprego do ponto de interrogação.
A alternativa (C) está errada, pois a estrutura adverbial não pode ser separada por ponto e vírgula.
A alternativa (D) está errada, pois no texto original há o emprego de reticências, o que denota uma
noção de prolongamento, realçando a ironia crítica. Com a mudança da pontuação, esta noção de
prolongamento e de crítica perde força.
A alternativa (E) está errada, pois o sujeito “Essa febre de fama” não pode receber parênteses.
Gabarito: A

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2. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ens. Fundamental Anos Iniciais 2019)

O sinal de pontuação exclamativo está sendo utilizado na tirinha de maneira recorrente. No primeiro e no
terceiro quadrinho o sinal é utilizado predominantemente para:
A) dar ênfase a alguma coisa.
B) isolar frases.
C) isolar expressões explicativas.
D) indicar dúvida ou hesitação.
E) para separar os itens de uma sequência.
Comentário: A exclamação é utilizada para transmitir certa emoção. Nesses quadrinhos, tal expressividade
se envolve na ênfase. Assim, após observar as demais alternativas, notamos que, por exclusão, cabe apenas
a alternativa (A).
Gabarito: A

3. (IDECAN / DETRAN-RO Agente – 2014)


No trecho “Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo, renovar suas
estruturas de transporte?” (1º§), o ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para
a) indicar pergunta.
b) exprimir admiração.
c) realçar uma palavra ou expressão.
d) fechar período de frases imperativas.
e) representar, na escrita, hesitações comuns da língua falada.

Comentário: O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta, isto é, uma pergunta,
questionamento. Assim, a alternativa (A) é a correta.

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Gabarito: A

1.2 – Dois-pontos e aspas

Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente cobrados nas provas, mas
cabem aqui apenas os dois-pontos finalizando frase. Os outros empregos dessa pontuação serão vistos
adiante e em outras aulas. Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma citação, a fala de alguém,
o recorte de um outro texto. Veja:

O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”

Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que transmite exatamente a fala de
alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”.

Assim, o termo entre aspas ‘Há dois anos os juros estavam mais baixos’ seria a voz do personagem;
e “O ministro declarou” seria a voz do narrador.

Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar” do personagem. Neste caso,
basta que ele insira a conjunção “que” e adapte quando necessário.

Veja:

Discurso direto:

O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”

Discurso indireto:

O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos.

Antes de entrarmos nas questões, veremos um breve resumo sobre o uso das aspas, o que nos
ajudará bastante nas questões que envolvem citações.

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Aspas

As aspas são empregadas:

a. Em citações textuais diretas:

O Ministro declarou: “As reformas só trarão benefícios.”

O Deputado indagou: “Quais serão os benefícios?”

Alguém comentou: “Não acredito!”

Em citações indiretas, não há necessidade de aspas, mas podem ser usadas quando se quer dar
destaque a todo o texto, ou a algum termo em particular:

O Ministro declarou que as reformas só trarão benefícios. (sem nenhuma ênfase ou destaque)

O ministro declarou que “as reformas só trarão benefícios”. (ênfase nas palavras usadas pelo Ministro)

O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”. (ênfase específica numa palavra, sobressaindo
uma ideia)

b. Para indicar sentido irônico, figurado ou impróprio de uma palavra:

O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”: aumento da carga tributária, arrocho
salarial, alta da inflação, perda do poder de compra...

Observação: Muitas vezes apenas o contexto ou a entonação, no caso de pronunciamento oral,


indicarão a ironia ou impropriedade.

c. Com gírias, neologismos, criações vocabulares de qualquer tipo ou palavras estrangeiras ainda não
incorporadas ao vocabulário da língua, quando couber o seu uso no texto:

Essa manobra tem ar de “maracutaia”.

O conferencista falou em puro “economês”, o que não agradou à maioria dos presentes, que era de
leigos.

Favor dar um “feedback” confirmando sua presença.

d. Para destacar títulos, termos técnicos, expressões fixas, definições, exemplificações e assemelhados:

Foi discutida a “privatização das universidades federais” no encontro de reitores.

O maior inteiro que divide simultaneamente cada membro de um conjunto é o “máximo divisor
comum”.

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Não confundir o prefixo ante-, que significa “anterior”, com anti-, “contra”.

Para efeitos deste estudo, entenda-se por “transtorno bipolar”...

Nem sempre se pode aplicar uma “norma ideal” no lugar de uma “norma real”.

4. (VUNESP / Câmara de Vereadores de Piracicaba-SP Jornalista 2019)


Ao filósofo americano Daniel Dennett, os editores da revista Edge perguntaram: “Em 2013, o que deve nos
preocupar?”. (1º parágrafo)
Essa frase está corretamente reescrita, no que se refere à pontuação, em:
(A) Os editores da revista Edge perguntaram ao filósofo americano Daniel Dennett: – Em 2013, o que deve
nos preocupar?
(B) – Em 2013, o que deve nos preocupar? – perguntaram, ao filósofo americano, Daniel Dennett os editores
da revista Edge.
(C) Perguntaram – os editores da revista Edge, ao filósofo americano Daniel Dennett: – Em 2013, o que deve
nos preocupar?
(D) Os editores da revista Edge – ao filósofo americano Daniel Dennett, perguntaram – Em 2013, o que deve
nos preocupar?
(E) Perguntaram, ao filósofo americano – Daniel Dennett os editores da revista Edge: – Em 2013, o que deve
nos preocupar?
Comentário: Na frase do pedido da questão, o sinal de dois-pontos sinaliza que a oração seguinte (“Em 2013,
o que deve nos preocupar?”) é uma citação direta. Dentro desta oração, há um adjunto adverbial antecipado
(“em 2013”) separado por uma vírgula.
Na primeira oração (“Ao filósofo americano Daniel Dennett, os editores da revista Edge
perguntaram”) o termo “Ao filósofo americano Daniel Dennett” é objeto indireto do verbo “perguntaram”
e, mesmo estando antecipado na oração, não deveria estar separado por vírgula.
Ao analisarmos a alternativa correta, fica fácil perceber os erros das demais e um deles é que, nas alternativas
(B), (C), (D) e (E), há o objeto indireto separado por vírgula, o que é incorreto gramaticalmente.
A alternaitva (A) é a correta, pois desfaz a inversão e retira a vírgula que separa o objeto indireto (“Os editores
da revista Edge perguntaram ao filósofo americano Daniel Dennett”); retira as aspas, mantém os dois-pontos
e coloca travessão, indicando o discurso direto (“– Em 2013, o que deve nos preocupar?”). Veja:
Os editores da revista Edge perguntaram ao filósofo americano Daniel Dennett: – Em 2013, o que deve nos
preocupar?

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Gabarito: A

5. (VUNESP / PC-SP Escrivão de Polícia Civil 2018)

Acerca do emprego de aspas no primeiro e no segundo quadrinho da tira, é correto afirmar que,
a) no primeiro, as aspas sinalizam uma frase que a personagem quer destacar; no segundo, marcam o
emprego de palavra descontextualizada.
b) no primeiro, as aspas sinalizam uma frase que está sendo lida; no segundo, marcam uma expressão de
gíria.
c) no primeiro, as aspas sinalizam a citação de uma frase; no segundo, dão destaque a uma palavra.
d) em ambos, as aspas sinalizam expressões empregadas em sentido figurado pelo menino Calvin.
e) em ambos, as aspas sinalizam a fala da personagem que faz a pergunta ao tigre Haroldo.

Comentário: A expressão “Duas milhas marítimas é igual a dois nós.” é uma frase escrita em um livro. Assim,
as aspas sinalizam a citação de uma frase, a qual está sendo neste momento. Assim, podemos excluir as
alternativas (A), (D) e (E).

A palavra “nós”, no segundo quadrinho, é um destaque à palavra, e não uma gíria. Assim, a alternativa
(C) é a correta.

Gabarito: C

6. (VUNESP / Prefeitura de Barretos – SP Agente de Comunicação Social 2018)


Fragmento do texto: O que conta é ser “reconhecido” pelos próprios semelhantes, mas não no sentido do
reconhecimento como estima ou prêmio, mas naquele mais banal que faz com que alguém possa dizer ao
vê-lo na rua: “Olhe, é ele mesmo!”. O valor predominante é aparecer e naturalmente o meio mais seguro é
a TV. E não é necessário ser um renomado economista ou um médico agraciado com o prêmio Nobel, basta
confessar num programa lacrimogêneo que foi traído pelo cônjuge.
Nas frases do 3° parágrafo – O que conta é ser “reconhecido”… / “Olhe, é ele mesmo!”. –, as aspas são
empregadas, respectivamente, para
a) intensificar o sentido da palavra / destacar a ironia presente na expressão.
b) questionar o sentido da palavra / acentuar o valor significativo da expressão.

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c) relativizar o sentido da palavra / indicar uma fala atribuída a outra pessoa.


d) acentuar o significado da palavra no texto / indicar que a expressão introduz um diálogo.
e) realçar a ironia presente na palavra / destacar o efeito de sentido da expressão no texto.

Comentário: Note que as aspas na palavra “reconhecido” sinalizam um sentido diferente, o que é
comprovado em seguida na expressão “não no sentido do reconhecimento como estima ou prêmio, mas
naquele mais banal que faz com que alguém possa dizer ao vê-lo na rua”. Assim, podemos entender que
houve uma relativização do sentido da palavra, isto é, esse sentido tem uma relação direta com o contexto.

A expressão “Olhe, é ele mesmo!” é uma suposta frase que alguém teria dito. Assim, as aspas
sinalizam a citação direta, o discurso direto.

Dessa forma, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

7. (VUNESP / MPE-SP Analista Jurídico do Ministério Público 2018)


Fragmento do texto: Em seu recente “How Democracy Ends”, David Runciman lida com os contornos desse
hipotético fim: se a democracia chegar ao seu termo, não teremos uma repetição da década de 1930,
defende. Não teremos violência de massas, movimentos armados, tanques nas ruas. Vivemos em sociedades
radicalmente diferentes – mais afluentes, envelhecidas, conectadas. E, além disso, conhecemos o preço da
brutalidade autoritária e totalitária. As nostalgias reacionárias são coisa de jovens: eles desejam o que
ignoram e ignoram o que desejam.
Mas se os “golpes tradicionais” são improváveis, há formas invisíveis de conseguir o mesmo objetivo: pela
gradual suspensão da ordem legal; pelo recurso a eleições fraudulentas; pela marginalização dos freios e
contrapesos do regime.
A democracia só sobrevive porque somos capazes de gerir as nossas frustrações quando os resultados nos
são desfavoráveis. Essa tolerância diminui de ano para ano.
E diminui sob o chicote das redes sociais. Runciman acredita que o principal problema do mundo virtual está
no poder praticamente ilimitado que os gigantes tecnológicos exercem sobre os usuários.
Pessoalmente, o meu temor é outro: o poder praticamente ilimitado que os usuários exercem sobre os
poderes Executivo, Legislativo e até Judiciário. A democracia representativa, como a expressão sugere,
sempre foi um compromisso feliz entre a vontade do povo e a capacidade dos mais preparados de filtrar as
irracionalidades do povo.
Em passagens de vários parágrafos do texto o autor emprega dois-pontos. É correto afirmar que ele se vale
desse recurso de pontuação para
a) apresentar ideias que contrastam com outras precedentes, tal como ocorre nas passagens em que se
emprega travessão.
b) introduzir esclarecimentos acerca de ideias que apresenta, tal como ocorre nas passagens em que se
empregam travessão e parênteses.

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c) fazer retificações necessárias para orientação do leitor, tal como ocorre nas passagens em que se
empregam parênteses.
d) pôr em xeque pontos de vista defendidos por outrem, tal como ocorre nas passagens em que se
empregam travessão e parênteses.
e) inserir comentários cuja pertinência é questionável no contexto, tal como ocorre nas passagens em que
se emprega travessão.

Comentário: Note que os segmentos sublinhados abaixo, após o sinal de dois-pontos, não contrastam ideias,
nem fazem retificação, nem colocam em xeque, nem há pertinência questionável. Por isso eliminamos as
alternativas (A), (C), (D) e (E).

Em seu recente “How Democracy Ends”, David Runciman lida com os contornos desse hipotético fim: se a
democracia chegar ao seu termo, não teremos uma repetição da década de 1930, defende.

As nostalgias reacionárias são coisa de jovens: eles desejam o que ignoram e ignoram o que desejam.

Mas se os “golpes tradicionais” são improváveis, há formas invisíveis de conseguir o mesmo objetivo: pela
gradual suspensão da ordem legal; pelo recurso a eleições fraudulentas; pela marginalização dos freios e
contrapesos do regime.

Pessoalmente, o meu temor é outro: o poder praticamente ilimitado que os usuários exercem sobre os
poderes Executivo, Legislativo e até Judiciário.

Assim, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

8. (VUNESP / Prefeitura Alumínio-SP Assistente Social – 2016)


Os dois-pontos em – Green School é uma escola em Bali, na Indonésia, onde tudo é natural: as estruturas
são de bambu e as salas de aula, abertas, para que o calor e o vento balineses possam entrar. (2º parágrafo)
– servem ao propósito de introduzir, com relação à primeira parte da frase,
(A) um contraste.
(B) uma síntese.
(C) uma ressalva.
(D) um esclarecimento.
(E) uma relativização.
Comentário: Os dois-pontos sinalizam um esclarecimento de tudo ser natural naquela escola e para isso se
usou o fato de as estruturas serem de bambu e as salas de aulas serem abertas.
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

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1.3 – Reticências

Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em diversas situações, as quais serão
vistas adiante.

Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a declaração que vinha sendo feita
ainda continua. Isso ocorre quando recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas vezes o autor usa esta
continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto.

Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres e muita munição, entra num
colégio em Realengo (RJ) e...

Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe ocorrida em abril de 2011, em
Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer nossa atenção
ao problema.

Além das reticências, esse sentido de continuidade do enunciado também pode ser expresso por
“etc”, uma abreviatura da forma latina “et coetera”, a qual significa “e as demais coisas”, muito usada para
que o leitor entenda que a enumeração é longa e os elementos já elencados transmitem a informação
necessária para a compreensão do texto. Veja isso na questão seguinte.

Mas antes de entrarmos nas questões, vamos a um breve resumo sobre o uso deste sinal de
pontuação:

As reticências ( ... ) são utilizadas para denotar emoções variadas (uso sobretudo literário), para
assinalar a interrupção de uma frase ou para indicar a omissão de partes de um texto. Nesses dois últimos
casos, são usadas:

a. Quando o emissor deixa o pensamento em suspenso ou quando a frase está incompleta:

Se o projeto será aprovado? Bem...

b. Para indicar hesitação:

Pensamos que... Achamos que... Que isso não é certo.

c. Quando um interlocutor é interrompido por outro (nos pronunciamentos, quando o orador é


interrompido):

– O Presidente da República está ciente... (início de uma declaração)

– Um aparte, por favor... (outra pessoa interrompe)

– ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre advogado. (Continuação da declaração, após a


interrupção. Em seguida, foi concedida a palavra a outrem)

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d. Para indicar, nas citações, que uma parte da frase ou do texto foi omitida, recomendando-se neste caso o
seu emprego entre colchetes:

“A política de desenvolvimento urbano [...] tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.” (CF, art. 182)

9. (IBFC / EBSERH Assistente Administrativo – 2017)


Vivendo e...
Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude conseguisse equilibrá-
la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, e quanto mais jogá-la com a precisão que eu tinha
quando era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez, o significado da palavra
“gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia o que era gude. Gude era gude.
Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando pelo
buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mãos.
Hoje não sei que jeito é esse. [...]
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001)

O emprego das reticências no título, sugere:


a) a incapacidade do autor em completar a ideia.
b) a caracterização de uma enumeração infinita.
c) um convite para que o leitor reflita sobre o tema.
d) a sinalização de um questionamento do leitor.
e) a representação de uma ideia polêmica.

Comentário: As reticências normalmente indicam que o leitor deve pensar para completar o pensamento.
Assim, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

10. (CONSULPLAN / CODESP Agente Comunitário – 2012)


Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a sua rede e toda a colônia
de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher
fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto
duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma

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pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-a de presente
para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...
Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos. As pessoas que se
imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas
têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores, dos profetas.
Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das
vezes são dores na alma.
Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para
a) exprimir indignação.
b) inserir uma explicação.
c) acrescentar uma reflexão.
d) finalizar uma interrogativa direta.
e) indicar a continuidade de uma ação ou fato.

Comentário: As alternativas (A), (B) e (D) estão erradas, porque o contexto nos mostra que não houve
expressão de indignação, explicação ou interrogativa.

Você poderia ter ficado na dúvida entre as alternativas (C) e (E), mas perceba que é o parágrafo
posterior que acrescenta a reflexão do autor, e não o emprego das reticências. Assim, a alternativa (E) é a
correta, pois a esposa recebeu a pérola, ficou feliz e se subentende que, pelo uso das reticências, houve
algumas ações em sequência, mas que não tinham necessidade de serem expressas no texto, para ficarem
no imaginário do leitor.

Gabarito: E

11. (CONSULPLAN / Prefeitura C.V. Oficial Administrativo – 2010)


Fragmento do texto: Quando eu fazia Jornalismo na PUC era assim: se eu quisesse saber das novidades, das
festas, dos encontros, das viagens, eu tinha que encontrar o pessoal ali perto de uma enorme cabeça do
Kennedy, em frente aos elevadores. Às vezes, rodávamos a PUC inteira atrás de alguém que estivesse com a
tabela do nosso campeonato de futebol. Não havia celular ou internet, e a sala de computadores ainda era
a sala das máquinas de escrever. Isso tem 20 anos. O resultado é que nos encontrávamos mais. Estar com as
pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.
“Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.” No trecho anterior, as reticências
(...) foram utilizadas para:
a) Separar palavras da mesma classe gramatical.
b) Indicar continuação do pensamento.
c) Abreviar.
d) Suprimir, intencionalmente o verbo.
e) Destacar termos explicativos enfáticos.

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Comentário: As reticências marcam aí uma pausa no discurso para uma interpretação a mais do leitor: fazê-
lo comparar, aprofundar no tema, naquilo que foi dito. Esse recurso é muito utilizado em crônicas, pois o
autor quer chamar a atenção de quem está lendo sobre o assunto.

Assim, entendemos que há uma continuação do pensamento, e a alternativa correta é a (B).

De acordo com a alternativa (A), para separarmos palavras de mesmo valor, usamos a enumeração
por meio de vírgulas.

De acordo com a alternativa (C), não há uma pontuação específica para abreviar. Isto depende muito
do contexto, e não cabe esta interpretação neste trecho do texto.

De acordo com a alternativa (D), a supressão intencional do verbo é chamada de elipse verbal. Neste
caso inserimos uma vírgula. Veja: Eu estudo Matemática; você, Português.

A vírgula após a palavra “você” indica que o verbo “estuda” foi omitido para evitar repetição de
palavra.

De acordo com a alternativa (E), para destacarmos termos explicativos enfáticos, podemos separar
por travessões, vírgulas ou parênteses. Veja:

No ano passado, fui a Brasília (polo da representatividade democrática brasileira).

Gabarito: B

1.4 - Período

Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período.

Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo.

Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois terem sentido completo, a
frase pode ou não ter verbo, mas o período obrigatoriamente terá.

Então, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. Veja:

“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.

“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo.

“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.

“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo.

Assim, período é o mesmo que frase verbal, pois possui verbo.

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Quando não há verbo com enunciado de sentido completo, chamamos de frase nominal.

Como o período deverá ter sentido completo, a pontuação final dele deve ser a mesma da frase: . !
? : ...

12. (CEPERJ / Sec. Edu. Inspetor – 2011)


Classifica-se como frase nominal:
a) “E por quê, amorzinho?”
b) “– Manhê, eu não quero comer este queijo.”
c) “Detesto!”
d) “– Não me diga!”
e) “Tá todo cheio de buracos!”

Comentário: A frase nominal é o enunciado de sentido completo sem verbo. A frase verbal é o enunciado de
sentido completo com verbo. Assim, a alternativa (A) é a correta, pois é o único enunciado sem verbo.

Gabarito: A

1.5 – Oração

Agora veremos a oração.

A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo.

Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.

Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há período, porque, além de ter
sentido completo, tem verbo. Há orações, porque cada oração terá um verbo diferente.

Assim, vejamos:

1. “Socorro!” (apenas frase)

2. “Ajude-me!” (frase, período e oração)

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3. “Olá!” (apenas frase)

4. “Você está bem?” (frase, período e oração)

5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e orações)

Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este enunciado de período simples,
como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, “Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma
oração absoluta.

Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período composto, como ocorre com “Ana
foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.”.

Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que período simples e é o mesmo
que uma frase, portanto terá a mesma pontuação final de uma frase: . ! ? : ...

Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores de cada oração dentro de
um período composto é o nosso foco nesta aula. Por isso dizemos que, além da pontuação final vista acima,
a oração pode ser sucedida por: , ;─ e às vezes não receberá nenhuma pontuação.

Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por coordenação ou por subordinação.
Isso vai depender da oração que nele se inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função.
Quando um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta.

Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque sua relação semântica
também muda e aí veremos o papel muito importante da conjunção e da pontuação.

2 – DIFERENÇA ENTRE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO


Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação:

3 4
1 2
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova, passará no
concurso.

Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com isso, percebemos que temos
também um período. Como há vários verbos, há várias orações em um período composto.

O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que alguém consiga esse resultado,
deverá passar por algumas condições: “se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo

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durante a prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de estruturas
coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas possuem o mesmo valor: condição.

Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO.

Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si.

Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas em coordenação) foi
necessária para se ter um resultado: “passará no concurso”.

Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam sentido; por isso, além de
estarem coordenadas entre si, elas dependem do resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas
precisam de outra para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido?
1 2 3
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova ...passará no
concurso do TSE.

Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que as outras (subordinadas) tenham
sentido.

Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas entre si (justapostas, paralelas,


enumeradas) e que estas mesmas orações estão subordinadas em relação à oração 4 (principal).

A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração coordenada se liga a outra também
coordenada (ou também chamada de oração inicial).

A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos. Veja:

“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.”

Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os substantivos “carnes”, “frutas”
e “legumes” estão paralelos entre si. A enumeração de substantivos ocorre em qualquer termo composto da
oração (mais de um núcleo).

Então podemos entender que termos paralelos (enumerados, coordenados) podem ser substantivos
(quando queremos nominar os seres), adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando
queremos demonstrar uma sequência de ações).

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Veja:

Enumeração de substantivos:
1 Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno.

Enumeração de adjetivos:
2 Achei a pintura clara, intrigante, linda!
Sequência de ações:
3 Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e voltou para casa.

Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar a vírgula após os vocábulos
“Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3, respectivamente)? Lógico que não. Mas isso não é
novidade, não é?

Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente os termos coordenados
ficarão separados por vírgula. É natural, também, que o último dos termos possa ficar separado pela
conjunção “e”, para que o leitor faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório, desde que haja uma
vírgula em seu lugar. Veja que, na enumeração dos adjetivos, o autor preferiu não inserir a conjunção “e”.

13. (IBFC / MGS Técnico Contábil – 2017)


Texto II
Família
(Titãs, fragmento)
Família, família
Papai, mamãe, titia,
Família, família
Almoça junto todo dia,
Nunca perde essa mania
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe, não dão nenhum tostão
Família êh!
Família áh!
Nos três primeiros versos, as vírgulas foram usadas para:

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a) indicar uma sequência infinita de termos.


b) separar elementos de uma enumeração.
c) marcar uma pausa longa entre as palavras.
d) enumerar termos de classes gramaticais distintas.

Comentário: As vírgulas separam os substantivos enumerados “Família”, “família”, “Papai”, “mamãe”,


“titia”, “Família”, “família”. Assim, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

14. (IDECAN / Prefeitura de Marilândia - ES Auxiliar Adm – 2016)

No trecho “Hoje eu roubei um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma velhinha e um
celular.", as vírgulas foram utilizadas para
a) exprimir espanto.
b) separar enumerações.
c) marcar pausa de longa duração.
d) destacar informações importantes.

Comentário: Vimos que os termos enumerados, coordenados são separados por vírgulas, o que ocorreu em
“um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma velhinha”.

Assim, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

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3 – ESTRUTURA BÁSICA DO PERÍODO COMPOSTO POR


COORDENAÇÃO
Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico de cada estrutura
coordenada. Para isso, vamos ver que as conjunções COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos,
de acordo com o esquema a seguir:

Esquema do Período Composto por Coordenação

____________________ e ____________________. (aditiva)

____________________, mas ____________________. (adversativa)

____________________ ou ____________________. (alternativa)

____________________, portanto ____________________. (conclusiva)

____________________, pois ____________________. (explicativa)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações coordenadas. Os elementos
coordenados estão unidos pelas conjunções “e”, “mas”, “ou”, “portanto”, “pois”.

A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e síndetos. Assim, quando uma oração
coordenada é iniciada por conjunção, ela é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de
seu valor semântico, conforme apontado nesse esquema.

Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste caso as chamamos de
orações coordenadas assindéticas. É importante reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória,
independente do sentido. Exemplo:

Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética)

Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética)

Normalmente não é cobrado o nome destas orações, mas a pontuação e a possibilidade de troca de
conjunções de mesmo sentido.

Vejamos os principais valores:

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3.1 – Orações coordenadas sindéticas

3.1.1 Aditivas

____________________ e ____________________. (aditiva)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear enumeração dentro de uma lógica. As
principais são:

e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também, tanto...como,
tanto...quanto.

Ex.: Ele caminha e corre todos os dias.

Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso no nosso esquema do período
composto por coordenação. Mas, se o “e” for substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como
mostrada acima, naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos.

Ele não caminha nem corre.

Josefina não trabalha, tampouco estuda.

Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos.

A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações:

a) quando o sujeito for diferente:

Ana estudou, e Jucélia trabalhou.

Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é facultativa.

b) quando o sentido for de contraste, oposição:

Estudei muito, e não entendi nada.

Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste caso houve uma contradição,
um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode ser substituída por “mas”. Esta vírgula é considerada
obrigatória, mas podemos observar bons escritores dispensando esta vírgula.

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c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter valor significativo no texto, o
qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja:

Enumeração subjetiva:

_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________.

A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se calmamente, e chegou
tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante.

A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. Chamamos de subjetiva ou
enfática, porque transmite uma carga de emoção para se aumentar a força nos argumentos.

Agora, vejamos a enumeração objetiva:

Enumeração objetiva:

_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila,
realizou a prova e saiu confiante.

Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor simplesmente se atém a relatar aquilo
que realmente ocorreu, sem transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração
subjetiva.

Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas são obrigatórias. Perceba a
conjunção “e”, que sinaliza o último termo da enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical.
Veja:

_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila,
realizou a prova, saiu confiante.

A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a entonação final da
enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. Mas as duas construções estão corretas.

Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou vírgula dentro dos termos
enumerados. Com isso é natural separarmos esses elementos por ponto e vírgula. Veja:

Uso do ponto e vírgula:

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1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2


_____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ ; e __________.

1 2 3 4 5 6

Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição leve; alimentaram-se bem;
chegaram tranquila e calmamente à sala; realizaram a prova; e saíram confiantes.

Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por ponto e vírgula, porque há
divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior
clareza na enumeração, assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une os elementos 5 e
6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é utilizada para que o leitor não confunda o último
termo enumerado (6) e o penúltimo (5) como apenas um.

Assim, veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna:

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2


_____ e _____ , _____ e _____ , __________ , _____ e _____ , __________ e __________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
_____ e _____ , _____ e _____ , __________ , _____ e _____ , __________ , e __________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
_____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ e __________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
_____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ ; e __________.

1 2 3 4 5 6

Vale lembrar que o ponto e vírgula também pode ser usado no lugar da vírgula quando há enunciados
de grande extensão, mesmo sem divisões internas, como visto anteriormente. Isso torna o texto mais claro
ao leitor. Exemplo:

A rotina dos trabalhos das grandes empresas foca a dinâmica do processamento com particularidades ainda
não plenamente entendidas por funcionários antigos; essa lógica tem trazido prejuízos àqueles que não se
adaptam ao novo.

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3.1.2 Adversativas

____________________, mas ____________________. (adversativa)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação. As principais são:

mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.

Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a valor adversativo e podem
iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar
disso, em todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor adversativo; por isso é
importante entender a oposição e não apenas memorizar as conjunções.

Ex.: Estudou muito, mas não passou.

Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa.

Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos conhecimentos básicos.

Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a sustentabilidade do planeta.

O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver.

Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no início da oração, as conjunções porém,
entretanto, contudo, no entanto, todavia têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também
no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):

Há muito serviço, porém ninguém trabalhava.

Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava.

Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém.

As questões costumam cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O posicionamento dessas


conjunções é que irá determinar se a troca é possível ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode
ser substituída pela conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto, contudo, no
entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições vistas acima.

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Uso do ponto e vírgula:

Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-se substituir a vírgula que
separa as orações adversativas por ponto e vírgula, quando há divisão interna. Veja:

Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava.

Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém.

Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções deslocadas (como visto
acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, é percebida em bons autores a divisão por ponto e
vírgula. Veja:

Há muito serviço; porém ninguém trabalhava.

Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a conjunção: a
primeira delas é a adversativa e a segunda será vista adiante.

Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava.

3.1.3. Alternativas

____________________ ou ____________________. (alternativa)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em cada uma das orações. Com a
conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas normalmente não são separadas por vírgula, como vimos no
esquema acima.

Veja as principais conjunções:

ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.

Ex.: Faça sua parte, ou procure outro trabalho.

A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada como conectivo de orações, ela normalmente
cobra seu valor de inclusão ou exclusão entre substantivos ou adjetivos, e isso será mais explorado na aula
de concordância.

Inclusão:

João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão)

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Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual dos termos, os dois possuem
tal característica: Tanto João quanto Pedro possuem as características de bons candidatos.

Exclusão:

João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão)

Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá Pedro e vice-versa.

Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem valor conjuntivo indicando
alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja, bem...bem. Eles devem ser duplos e iniciar cada
uma das orações alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece por bons autores separando
orações cujo conectivo é repetido:

Ora narrava, ora comentava.

3.1.4. Conclusivas

____________________, portanto ____________________. (conclusiva)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados exemplos destas construções
sem vírgula. Então não se cobra na prova a obrigatoriedade ou não deste sinal de pontuação. Ele
simplesmente pode ocorrer, é o registro mais aceitável.

As conjunções coordenativas conclusivas são muito utilizadas em textos dissertativos, como


resultado de um fato originário, fechamento de argumento conclusivo e dedução. As principais são:

logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em vista disso.

Ex.: Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas.

O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo economicamente.

Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria.

Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil.

Estudou, então passou.

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Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenativas conclusivas também têm a
capacidade de mobilidade, podendo se posicionar no meio ou no final da oração, com vírgula(s)
obrigatória(s):

Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde.

Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde.

Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto.

Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde.

Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto.

Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde.

Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde.

Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a
conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda é a conclusiva. Note o último exemplo da sequência
anterior.

Outro fato relevante para as provas é notarmos que algumas vezes este tipo de oração encontra-se
com verbo no gerúndio e sem conjunção. Chamamos isso de oração reduzida de gerúndio, a qual será mais
explorada adiante.

O Brasil exportou mais em 2010, continuando sua trajetória econômica ascensional.

As questões pedem muitas vezes para transformar essa oração reduzida em desenvolvida, com as
conjunções conclusivas ou até com a conjunção “e”. Neste caso, essa conjunção, além de ter valor adicional,
terá também o de conclusão. Veja:

O Brasil exportou mais em 2010, portanto continua sua trajetória econômica ascensional.

O Brasil exportou mais em 2010; logo, continua sua trajetória econômica ascensional.

O Brasil exportou mais em 2010, e continua sua trajetória econômica ascensional.

3.1.5 Explicativas

____________________, pois ____________________. (explicativa)

Oração inicial Oração coordenada sindética

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As conjunções coordenativas explicativas iniciam termo que esclarece uma declaração anterior ou
ameniza uma ordem.

As principais conjunções são:

porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

As conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é natural a banca pedir para
substituir essas conjunções explicativas por “uma vez que”, “já que”, etc. Reconheceremos a seguir as
conjunções.

Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas:

a) Esclarecimento de uma informação anterior:

Ele deve ter chorado muito, porque os olhos estão inchados.

Choveu muito, pois o chão está alagado.

Joana está mesmo cansada, porquanto pediu desconto em férias.

A vírgula neste caso é facultativa.

b) Amenização de uma ordem:

Estudem, que o concurso não é fácil.

Tranque a porta, pois tem havido muito assalto aqui.

A vírgula neste caso é obrigatória, pois mudamos a entonação em cada oração. A primeira oração
expressa uma ordem; a segunda, uma explicação.

Tem sido cobrada nas provas a inserção da conjunção coordenativa explicativa com a retirada de
ponto final ou dois-pontos. Mas, para isso, deve-se entender SEMPRE o valor semântico da oração no texto.
Veja os exemplos:

Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia.

Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o vocábulo “Sua” mude a inicial
maiúscula para minúscula. Veja:

Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os preocuparia.(Note que a vírgula
antes da conjunção “pois” é facultativa.)

Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja:

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Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia.

Finalizando, as orações coordenadas aqui vistas são chamadas de independentes. Isso porque
geralmente elas não dependem de outra para fazer sentido.

Por esse motivo, muitas vezes podemos unir períodos simples e um único período composto e vice-
versa.

15. (VUNESP / ISS Guarulhos – Inspetor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: Ao revisitar a própria memória, o cineasta Alfonso Cuarón escolhe olhar para Cleo, a
empregada, de origem indígena, de uma família branca de classe média. Resgata, assim, não apenas os seus
anos de formação, mas todas as particularidades do passado do país. O México no início dos anos 1970
fervilhava entre revoluções sociais e a influência da cultura estrangeira. Cleo, porém, se mantinha ingênua,
centrada nas suas obrigações: lavar o pátio, buscar as crianças na escola, lavar a roupa, colocar os pequenos
para dormir.
Em “Cleo, porém, se mantinha ingênua...” (2º parágrafo), o vocábulo porém pode ser substituído, com o
sentido do texto preservado, por
(A) dessa forma.
(B) devido a isso.
(C) por conseguinte.
(D) assim sendo.
(E) em contrapartida.

Comentário: A conjunção “porém” é exclusivamente coordenada adversativa, a qual transmite oposição,


contraste. Assim, pode ser substituída por “em contrapartida”, e a alternativa (E) é a correta.

As expressões “dessa forma”, “por conseguinte”, “assim sendo” e “devido a isso” encontram-se numa
relação de causa e efeito, resultado, conclusão.

Gabarito: E

16. (VUNESP / Câmara de Monte Alto SP Auxiliar Técnico Legislativo 2019)


Assinale a alternativa em que, na reescrita da frase “Mas, nos últimos dez anos, o número de imigrantes
mexicanos nos EUA diminuiu...”, a substituição do termo em destaque mantém o sentido original e o uso das
vírgulas está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Nos, últimos dez anos portanto, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”

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(B) Nos últimos, dez anos apesar disso, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(C) Nos últimos dez anos, contudo, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(D) Nos últimos dez anos, diminuiu por isso, o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(E) Nos últimos dez anos diminuiu, assim o número, de imigrantes mexicanos nos EUA...”

Comentário: A conjunção “mas” é coordenada adversativa, por isso pode ser substituída pela conjunção
coordenativa adversativa “contudo” e a alternativa (C) é a correta.

Note que “portanto”, “por isso” e “assim” apresentam valor conclusivo; e “apesar disso” é expressão
de valor adverbial concessivo.

Gabarito: C

17. (VUNESP / Câmara de Serrana - SP Analista Legislativo 2019)


Fragmento do texto: A pergunta do título comporta vários níveis de resposta. No plano biológico, a
reprodução é um imperativo, fazendo parte de várias das definições de vida. Mas a biologia é só parte da
história. A paternidade também encerra dimensões culturais, econômicas e emocionais.
Inspirado em “Anti-Pluralism”, de William Galston, arrisco algumas reflexões sobre a matéria.
Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico. Ajudavam desde cedo com o trabalho
doméstico, colaborando para o bem-estar da família, e ainda faziam as vezes de plano de aposentadoria para
os pais.
Hoje, contudo, crianças ficaram caras. E, para piorar, elas demoram muito até começar a trazer
contribuições econômicas. Como observa Galston, no espaço de dois séculos, a criação de filhos deixou de
ser um bem privado para tornar-se um bem público.
A frase do quarto parágrafo “Hoje, contudo, crianças ficaram caras.” estabelece, em relação ao que é
enunciado no parágrafo anterior, relação com sentido de
a) causa.
b) condição.
c) contraste.
d) finalidade.
e) proporção.

Comentário: A conjunção “contudo” é exclusivamente coordenativa adversativa, por isso transmite valor de
contraste e a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

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18. (VUNESP / Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP Professor 2018)


Às vezes, quando vejo uma pessoa que nunca vi, e tenho algum tempo para observá-la, eu me
encarno nela e assim dou um grande passo para conhecê-la. E essa intrusão numa pessoa, qualquer que seja
ela, nunca termina pela sua própria autoacusação: ao nela me encarnar, compreendo-lhe os motivos e
perdoo. Preciso é prestar atenção para não me encarnar numa vida perigosa e atraente, e que por isso
mesmo eu não queira o retorno a mim mesmo.
Um dia, no avião... ah, meu Deus – implorei – isso não, não quero ser essa missionária!.
Mas era inútil. Eu sabia que, por causa de três horas de sua presença, eu por vários dias seria
missionária. A magreza e a delicadeza extremamente polida de missionária já me haviam tomado. É com
curiosidade, algum deslumbramento e cansaço prévio que sucumbo à vida que vou experimentar por uns
dias viver. E com alguma apreensão, do ponto de vista prático: ando agora muito ocupada demais com os
meus deveres e prazeres para poder arcar com o peso dessa vida que não conheço – mas cuja tensão
evangelical já começo a sentir. No avião mesmo percebo que já comecei a andar com esse passo de santa
leiga: então compreendo como a missionária é paciente, como se apaga com esse passo que mal quer tocar
o chão, como se pisar mais forte viesse prejudicar os outros. Agora sou pálida, sem nenhuma pintura nos
lábios, tenho o rosto fino e uso aquela espécie de chapéu de missionária.
(Clarice Lispector, Encarnação involuntária. Felicidade clandestina.)
Na passagem – E com alguma apreensão, do ponto de vista prático: ando agora muito ocupada demais com
os meus deveres e prazeres para poder arcar com o peso dessa vida que não conheço – os dois-pontos
introduzem uma
a) condição, podendo ser substituídos por travessão seguido da conjunção se.
b) concessão, podendo ser substituídos por vírgula seguida da conjunção portanto.
c) explicação, podendo ser substituídos por vírgula seguida da conjunção porque.
d) comparação, podendo ser substituídos por ponto-e-vírgula seguido da conjunção como.
e) finalidade, podendo ser substituídos por travessão seguido da conjunção para.
Comentário: Note que foi falado que é com curiosidade, algum deslumbramento e cansaço prévio que
alguém sucumbe à vida que vai experimentar por uns dias viver, além de alguma apreensão, do ponto de
vista prático, pois anda agora muito ocupada demais com os meus deveres e prazeres para poder arcar com
o peso dessa vida que não conheço.
Note nessa reescrita a ideia de explicação!
Assim, a alternativa (C) é a correta e podemos trocar o sinal de dois-pontos pela conjunção “porque”.
Gabarito: C

19. (VUNESP / PC-SP Auxiliar de Papiloscopista Policial 2018)


Os dois-pontos na frase “A diferença é que agora tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o número
de robôs industriais cresce a uma taxa de 9% ao ano” introduzem uma
a) conclusão, podendo ser substituídos por “portanto”.
b) explicação, podendo ser substituídos por “pois”.

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c) condição, podendo ser substituídos por “se”.


d) concessão, podendo ser substituídos por “conquanto”.
e) oposição, podendo ser substituídos por “porém”.
Comentário: Notamos que o sinal de dois-pontos inicia ideia explicativa, por isso podemos trocar o sinal de
dois-pontos por “pois” e a alternativa (B) é a correta.
Gabarito:

20. (VUNESP / PC-SP Agente de Telecomunicações Policial 2018)


Assinale a alternativa que substitui a expressão em destaque na passagem “ ... ainda hoje, a escravidão
persiste, só que agora é multiétnica.”, preservando a relação de sentido do original.
a) mas
b) desde que
c) até
d) pois
e) como
Comentário: A expressão “só que” transmite noção de contraste. Assim, pode ser trocada pela conjunção
“mas” e a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

21. (VUNESP / C.M. Dois Córregos Diretor Contábil – 2018)

Considere as frases do segundo e terceiro quadrinhos:


Quando você queria escrever alguma monstruosidade, era possível comentar de maneira anônima. / Hoje
em dia, essas frescuras não são mais necessárias.
Assinale a alternativa em que o acréscimo da conjunção, destacada na segunda frase, expressa sentido
compatível com o contexto do trecho.
(A) Por isso, hoje em dia, essas frescuras não são mais necessárias.
(B) Porque, hoje em dia, essas frescuras não são mais necessárias.

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(C) Contudo, hoje em dia, essas frescuras não são mais necessárias.
(D) Portanto, hoje em dia, essas frescuras não são mais necessárias.
(E) Contanto que, hoje em dia, essas frescuras não sejam mais necessárias.
Comentário: Como a última frase transmite contraste, deve haver a conjunção coordenativa adversativa
“contudo”.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

22. (VUNESP / TCE SP Agente da Fiscalização – 2017)


Em “Será ingenuidade, entretanto, contar com uma aprovação fácil – os sindicatos da categoria já se
mobilizam contra o texto.”, a conjunção e o advérbio destacados estabelecem no período, respectivamente,
relações de sentido de
(A) conclusão e afirmação.
(B) conclusão e modo.
(C) oposição e tempo.
(D) explicação e tempo.
(E) oposição e afirmação.
Comentário: A conjunção “entretanto” só pode ter valor adversativo, a qual marca oposição. Assim,
eliminamos as alternativas (A), (B) e (D).
O advérbio “já” marca tempo, e nunca afirmação. Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

23. (VUNESP / TCE SP Agente da Fiscalização – 2017)


No enunciado do 4º parágrafo “Para quê! Nunca se chorou tanto num velório, sem se ligar pro morto. A
parentada chorava às pampas, mas não apareceu ninguém com peito para desrespeitar a vontade do
falecido.”, as expressões destacadas reportam, correta e respectivamente, aos sentidos de
(A) coletivo e oposição.
(B) grupo seleto e conclusão.
(C) dispersão e consequência.
(D) conjunto e adição.
(E) restrição e comparação.
Comentário: Matamos a resposta da questão, tendo em vista o emprego da conjunção “mas”, a qual tem
valor adversativo, isto é, de oposição. Assim, já sabemos que a alternativa (A) é a correta. Note que o
substantivo “parentada” refere-se ao grupo de parentes. Assim o entendemos como coletivo.
Gabarito: A

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24. (VUNESP / PM SP SP Oficial – 2017)


Nos versos “Porém o coração, feito valente / Na escola da tortura repetida, / E no uso do penar tornado
crente, / Respondeu...”, o termo em destaque estabelece relação coesiva, cujo sentido é de
(A) condição, sendo possível substituí-lo por “Desde que”.
(B) conclusão, sendo possível substituí-lo por “Portanto”.
(C) explicação, sendo possível substituí-lo por “Pois”.
(D) causa, sendo possível substituí-lo por “Porque”.
(E) oposição, sendo possível substituí-lo por “Todavia”.
Comentário: Como a conjunção “porém” só pode ter valor coordenativo adversativo, cabe o valor de
oposição e a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

25. (VUNESP / Câmara Intanhaém Auxiliar Legislativo – 2017)


A expressão em destaque na passagem – ... percebeu que tinha esbarrado em alguém que não podia vê-la e
que, portanto, a responsabilidade de desviar era dela. – expressa a ideia de
(A) explicação, podendo ser substituída, com coerência, por porém.
(B) causa, podendo ser substituída, com coerência, por porque.
(C) tempo, podendo ser substituída, com coerência, por então.
(D) modo, podendo ser substituída, com coerência, por assim.
(E) conclusão, podendo ser substituída, com coerência, por logo.
Comentário: A conjunção “portanto” só pode ter valor coordenativo conclusivo. Assim, a alternativa (E) é a
correta.
Gabarito: E

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26. (VUNESP / Câmara Valinhos SP Assistente Adm – 2017)


Considere a charge.

Assinale a alternativa em que o termo destacado, no trecho que completa a fala da personagem, apresenta
ideia de oposição.
(A) ... desde que a pontualidade e o conforto para os clientes foram reconsiderados.
(B) ... todavia o espaço entre os assentos e o conforto para os passageiros diminuíram.
(C) ... por conseguinte os lucros devem ter aumentado consideravelmente.
(D) ... porque a falta de espaço entre os assentos e o desconforto não incomodam os passageiros.
(E) ... como o número de assentos e de voos internacionais que elas disponibilizam.
Comentário: A única conjunção, dentre as alternativas, que pode transmitir valor de oposição é a
coordenativa adversativa “todavia”. Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

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27. (VUNESP / CRBio – 1ª Região Técnico – 2017)


Considere a charge de Ronaldo para responder à questão.

Na frase dita pela personagem, a segunda oração “e ela começou a rir...” apresenta, em relação à primeira
oração, ideia de
(A) condição, sinalizando que o cliente vai ser obrigado a recorrer ao cheque especial para pagar suas
contas.
(B) conformidade, sinalizando que o cliente não obteve o empréstimo bancário que havia solicitado ao
gerente.
(C) finalidade, sinalizando que o cliente está com o saldo bancário negativo há vários dias.
(D) consequência, sinalizando que o cliente tem pouco dinheiro ou está sem dinheiro na conta bancária.
(E) causa, sinalizando que o cliente está endividado em decorrência da cobrança dos altos juros bancários.

Comentário: A conjunção “e” demonstra que um fato ocorreu após o outro: o segundo sendo o resultado do
primeiro. Note que o usuário pediu o saldo, e o resultado (a consequência) foi o riso.

Certamente, isso sinaliza que o cliente tem pouco dinheiro ou está sem dinheiro na conta bancária.
Assim, cabe apenas a alternativa (D).

Gabarito: D

28. (VUNESP / PM SP Soldado – 2017)


A expressão no entanto, em “Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto.” (último parágrafo), pode
ser substituída, sem alteração de sentido, por
(A) com isso.
(B) porque.
(C) todavia.
(D) em vista disso.

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(E) portanto.
Comentário: A expressão “no entanto” só pode ser um conectivo coordenativo adversativo e pode ser
substituído pela conjunção “todavia”. Dessa forma, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

29. (VUNESP / TJ SP Psicólogo – 2017)


No enunciado “Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadinha
ficou boa, completamente boa...”, a conjunção “e”, que introduz o trecho destacado, imprime a este o
sentido de
(A) consequência.
(B) condição.
(C) oposição.
(D) causa.
(E) tempo.
Comentário: A conjunção “e” normalmente tem o valor de adição. Porém, observando as alternativas,
percebemos que a banca quer o seu valor secundário, contextual.
Note pelo contexto que, primeiro, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal.
Com base nisso, a Fadinha ficou boa, completamente boa.
Assim, podemos trocar a conjunção coordenativa “e” pelo conectivo coordenativo conclusivo “por
conseguinte”. Veja:
“Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, por conseguinte Fadinha
ficou boa, completamente boa...”
Como a conclusão traduz o resultado, o efeito, a consequência de uma ação anterior, a alternativa
(A) é a correta.
Gabarito: A

30. (VUNESP / TJ SP Escrevente Técnico - 2017)


Fragmento do texto: Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos
escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao modelo de espaços
tradicionais com salas e portas.
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade, desenvolver problemas graves
de concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que
estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de organização.
É correto afirmar que a expressão – contudo –, destacada no segundo parágrafo, estabelece uma relação de
sentido com o parágrafo
(A) posterior, contestando com dados estatísticos o formato tradicional de escritório fechado.
(B) anterior, atestando a eficiência do modelo aberto com base em resultados de pesquisas.

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(C) anterior, confirmando com estatísticas o sucesso das empresas que adotaram o modelo de escritórios
abertos.
(D) posterior, expondo argumentos favoráveis à adoção do modelo de escritórios abertos.
(E) anterior, introduzindo informações que se contrapõem à visão positiva acerca dos escritórios abertos.
Comentário: A conjunção “contudo” só pode ter valor coordenativo adversativo. Assim, ela inicia um
segmento de valor de contraste, oposição, ressalva, em relação a uma informação anterior.
Dessa forma, só cabe a alternativa (E).
Gabarito: E

31. (VUNESP / ODAC Agente Administrativo Científico – 2016)


A alternativa que preenche corretamente a lacuna da frase – Já entrávamos no restaurante quando minha
amiga deu um grito, ________ tinha esquecido seu casaco no táxi. –, preservando a relação de sentido
estabelecida no primeiro parágrafo, é:
(A) pois
(B) porém
(C) contudo
(D) embora
(E) entretanto
Comentário: Podemos entender que houve um esclarecimento do motivo de ter havido um grito. Assim,
cabe a conjunção “pois” e a alternativa (A) é a correta. Veja:
Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito, pois tinha esquecido seu casaco no táxi.
Gabarito: A

32. (VUNESP / Prefeitura Itápolis-SP Agente Educacional – 2016)

O termo Mas, no segundo quadrinho, tem valor


(A) causal, e pode ser substituído por Pois.
(B) conclusivo, e pode ser substituído por Portanto.
(C) explicativo, e pode ser substituído por Porque.

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(D) adversativo, e pode ser substituído por Contudo.


(E) alternativo, e pode ser substituído por Ou.
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa, por isso pode ser substituída pela conjunção
“contudo”. Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

33. (VUNESP / Pref Guarulhos-SP Assistente Gestão Escolar – 2016)


Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que davam uma moqueca muito
boa.
A frase está reescrita, sem alteração do sentido do texto e de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, em:
(A) Camarão só às vezes, caso, em compensação, existisse à venda cações com a carne rija, que davam uma
moqueca muito boa.
(B) Camarão só às vezes, todavia, em compensação, estavam à disposição cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa.
(C) Camarão só às vezes, porque, em compensação, pareciam frescos cações com a carne rija, que davam
uma moqueca muito boa.
(D) Camarão só às vezes, no entanto, em compensação, não faltava cações com a carne rija, que davam uma
moqueca muito boa.
(E) Camarão só às vezes, portanto, em compensação, se vendia a preços módicos cações com a carne rija,
que davam uma moqueca muito boa.
Comentário: Primeiro, devemos notar que a conjunção “mas” tem valor adversativo e não pode ser
substituída por “caso”, “porque” e “portanto”. Assim, podemos excluir as alternativas (A), (C) e (E).
A alternativa (D) deve ser excluída porque o verbo “faltava” deve concordar com o sujeito “cações”.
Assim, a alternativa (B) é a correta. Compare o trecho original com esta alternativa:
Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que davam uma moqueca muito
boa.
Camarão só às vezes, todavia, em compensação, estavam à disposição cações com a carne rija, que davam
uma moqueca muito boa.
Gabarito: B

34. (VUNESP / IPISM SP Agente Administrativo – 2016)


O sedentarismo está entre os principais fatores de risco que ameaçam a saúde. No entanto, é preciso ter
cuidado ao começar a praticar atividades físicas.
Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado do texto, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, mantendo seu sentido original.
(A) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, assim é preciso cautela ao começar a
prática de exercícios.

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(B) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, contudo é preciso cautela ao começar a
prática de exercícios.
(C) Conforme o sedentarismo seja uma das principais causas de risco à saúde, é preciso cautela ao começar
a prática de exercícios.
(D) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, para isso é preciso cautela ao começar a
prática de exercícios.
(E) Se o sedentarismo fosse uma das principais causas de risco à saúde, seria preciso cautela ao começar a
prática de exercícios.
Comentário: Entre os períodos sintáticos, o conectivo “No entanto” é coordenativo adversativo. Não se pode
substituir tal conectivo por “assim”, “conforme”, “para isso” e “se”. Assim, a alternativa (B) é a correta.
Compare o original e esta alternativa:
O sedentarismo está entre os principais fatores de risco que ameaçam a saúde. No entanto, é preciso ter
cuidado ao começar a praticar atividades físicas.
O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, contudo é preciso cautela ao começar a prática
de exercícios.
Gabarito: B

35. (VUNESP / Pref Suzano-SP Agente Administrativo – 2016)


Assinale a alternativa em que a conjunção “mas” tenha sido empregada em um contexto que aponta para
uma perspectiva positiva e otimista.
(A) Vivemos tempos tranquilos, mas ainda passaremos por tempos difíceis.
(B) O momento é de recessão, mas a crise séria mesmo ainda não chegou.
(C) O Brasil já teve economia forte, mas agora as notícias não são animadoras.
(D) Nosso país está doente, mas a cura está em nossas mãos.
(E) A crise econômica brasileira é grave, mas ainda tende a piorar.
Comentário: A questão é mais de interpretação de texto do que propriamente do conectivo.
Certamente você percebeu que os segmentos de perspectiva negativa são “mas ainda passaremos
por tempos difíceis”, “mas a crise séria mesmo ainda não chegou”, “mas agora as notícias não são
animadoras” e “mas ainda tende a piorar”.
Assim, a alternativa (D) é a correta, pois estar com a cura nas mãos é um dado positivo.
Gabarito: D

36. (VUNESP / Câmara Municipal Itatiba - SP Motorista – 2015)


No trecho – De lá para cá, os efeitos nocivos do consumo exagerado ficaram bastante conhecidos. Por
exemplo, provoca gastrite e úlcera, sobrecarrega o fígado e atrofia várias áreas do cérebro, contribuindo
para o aparecimento da demência. – a palavra destacada estabelece sentido de
a) adição.

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b) comparação.
c) causa.
d) tempo.
e) finalidade.
Comentário: Fica fácil perceber que a conjunção “e” une dois substantivos: “gastrite” e “úlcera”. Assim, a
alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

37. (VUNESP / Prefeitura de Suzano - SP Professor – 2015)


Para responder a esta questão, considere a seguinte passagem:
Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular.
Cada vez mais, se rendem. A vida ficou impossível sem ele.
A alternativa em que o emprego de conjunções expressa, com correção, a adequada relação de sentido entre
as orações é:
a) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; ora, cada vez mais, se
rendem, contanto que a vida ficou impossível sem ele.
b) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; entretanto, cada vez mais,
se rendem, embora a vida ficou impossível sem ele.
c) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; todavia, cada vez mais, se
rendem, pois a vida ficou impossível sem ele.
d) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; apesar de que, cada vez mais, se
rendem, mesmo se a vida ficou impossível sem ele.
e) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; então, cada vez mais, se
rendem, como a vida ficou impossível sem ele.
Comentário: Note que o segundo período “Cada vez mais, se rendem.” transmite o valor de oposição em
relação ao primeiro período: “Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular.”.
Além disso, notamos que o terceiro período “A vida ficou impossível sem ele.” transmite um
esclarecimento da informação de as pessoas se renderam aos celulares. Assim, a alternativa (C) é a correta.
Confirme:
Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; todavia, cada vez mais, se
rendem, pois a vida ficou impossível sem ele.
Gabarito: C

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38. (VUNESP / TJ SP Contador – 2015)

As falas da personagem estruturam-se em relações de sentido de


(A) causa e consequência.
(B) negação.
(C) oposição.
(D) objetividade.
(E) redundância.
Comentário: O título “mutuamente excludentes” e expressões de contraste, como “morrer” e “viver”,
“adquirir conhecimento” e “apenas dormir”, “ser solteira” e “casar”, já marcam a ideia de oposição e a
alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

39. (VUNESP / TJ PA Analista Judiciário – 2014)


Assinale a alternativa em que a seguinte passagem – Mas o vento foi mais ágil e o papel se perdeu. (terceiro
parágrafo) – está reescrita com o acréscimo de um termo que estabelece uma relação de conclusão,
consequência, entre as orações.
a) Mas o vento foi mais ágil e, porém, o papel se perdeu.
b) Mas o vento foi mais ágil e, contudo, o papel se perdeu.
c) Mas o vento foi mais ágil e, todavia, o papel se perdeu.
d) Mas o vento foi mais ágil e, assim, o papel se perdeu.

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e) Mas o vento foi mais ágil e, entretanto, o papel se perdeu


Comentário: A conjunção que transmite a ideia de conclusão, dentre as alternativas, é “assim”, por isso a
alternativa (D) é a correta.
Note que “porém”, “contudo”, “todavia” e “entretanto” são conjunções coordenativas adversativas.
Gabarito: D

40. (VUNESP / TJ SP Escrevente Técnico – 2014)


Fragmento do texto: No vestibular, que é o princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo
dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os candidatos convencionais a vagas de
medicina nas federais foi de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A diferença entre eles,
portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é mais do
que razoável.
A conjunção portanto expressa ideia de
(A) comparação.
(B) explicação.
(C) adição.
(D) condição.
(E) conclusão.
Comentário: A conjunção “portanto” só pode ser coordenativa conclusiva. Assim, a alternativa (E) é a
correta.
Gabarito: E

4 – COMENTÁRIOS DO AUTOR/ORAÇÕES PARENTÉTICAS


Além das orações coordenadas, também são estruturas independentes as orações intercaladas. Elas
não fazem parte do grupo de orações coordenadas, pois são inserções feitas pelo autor, com
desprendimento sintático, por isso podem ser separadas por vírgula, travessão ou parênteses. Essa
estrutura é também chamada de expressão parentética ou comentário do autor e transmite certos valores
semânticos:

a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário:

Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um dos meus melhores amigos.

b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar:

D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a brincadeira da garotada. (Machado de
Assis)

c) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom ou mau:

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José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da classe.

d) escusa: o falante se desculpa:

“Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por que fenômenos de
ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa frase bárbara) murmurei comigo...” (Machado de
Assis)

e) permissão: o falante solicita algo:

Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu espírito era naquela ocasião uma
espécie de peteca.” (Machado de Assis)

f) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um enunciado:

Ele, que eu saiba, nunca veio aqui.

“Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo repreendeu severamente aos
fariseus.” (Camilo Castelo Branco)

Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito.

g) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado:

“– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos outros homens.” (Machado de
Assis)

“Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório)

“Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner Andressen)

41. (VUNESP / ISS Guarulhos – Inspetor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: O filme Roma está constantemente entre dois caminhos. É pessoal e grandioso, popular
e intelectual, tecnológico – rodado em 65 mm digital – e clássico – feito em preto e branco com a mesma
ousadia dos movimentos cinematográficos das décadas de 1950 e 1960. O título, uma referência a Colonia
Roma, bairro da Cidade do México, também remete a Roma, Cidade Aberta, filme-símbolo do neorrealismo
italiano assinado por Roberto Rossellini.

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As informações “rodado em 65 mm digital” e “feito em preto e branco com a mesma ousadia dos
movimentos cinematográficos das décadas de 1950 e 1960”, destacadas com travessões no parágrafo, ligam-
se, respectivamente, aos vocábulos tecnológico e clássico com o propósito de
(A) mostrar que são sinônimos.
(B) ilustrar a que se referem.
(C) contestar seus sentidos.
(D) apresentá-los como hipotéticos.
(E) distorcer seus significados.

Comentário: Certamente você notou que a expressão “rodado em 65 mm digital” serve para comprovar que
o filme é “tecnológico”. Além disso, notamos que a expressão “feito em preto e branco com a mesma ousadia
dos movimentos cinematográficos das décadas de 1950 e 1960” comprova a característica dada pelo autor
de “clássico”.

Assim, naturalmente eliminamos as alternativas (C) e (E), pois as expressões entre travessões
comprovam o sentido das palavras anteriores, e não as contestam ou as distorcem.

As expressões entre parênteses explicam e comprovam as palavras anteriores, por meio de suas
características, mas isso não quer dizer que sejam sinônimas das palavras anteriores. Assim, eliminamos
também a alternativa (A).

Tais expressões entre parênteses não são hipotéticas, não são suposições. Assim, eliminamos
também a alternativa (D), restando a (B) como a correta.

Gabarito: B

42. (VUNESP / C.M. Dois Córregos Oficial de Atendimento – 2018)


Mas a mulher australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com uma
síndrome rara chamada “Memória Autobiográfica Altamente Superior”, ou HSAM na sigla em inglês, também
conhecida como Síndrome da Supermemória.
O travessão introduz, com relação ao que se afirma anteriormente, uma informação com sentido
(A) explicativo.
(B) hipotético.
(C) corretivo.
(D) contraditório.
(E) concessivo.

Comentário: A oração “ela foi diagnosticada com uma síndrome rara chamada ‘Memória Autobiográfica
Altamente Superior’, ou HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória” é
coordenada assindética explicativa. Assim, a alternativa (A) é a correta.

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Gabarito: A

43. (VUNESP / Pref Presidente Prudente-SP Engenheiro – 2016)


Assinale a alternativa em que a expressão destacada expressa uma advertência do autor.
a) Há muitas e muitas décadas – para não dizer séculos –, a humanidade tenta decifrar o impacto do avanço
tecnológico em nossa vida.
b) Por outro lado, – e que ninguém duvide disso –, é a força primeira que faz o mundo andar.
c) A razão é clara: as novas tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo
por que se olhe.
d) Por um lado, o avanço das técnicas torna ultrapassadas inúmeras empresas e uma multidão de
trabalhadores.
e) Desde o domínio do fogo e das primeiras ferramentas de pedra, as conquistas humanas apresentam a
característica de modificar nossos hábitos.

Comentário: A questão nos cobra o conhecimento das orações intercaladas, isto é, do comentário do autor
com um conteúdo semântico específico: “advertência”, como vimos na letra “a” da teoria acima. Fica fácil
perceber que a única alternativa que apresenta em negrito o comentário à parte do autor é a (B). Além disso,
percebemos o tom de advertência: “e que ninguém duvide disso”.

As demais estruturas em negrito não transmitem advertência.

Nas alternativas (A), (C) e (E), as estruturas em negrito transmitem noção temporal.

Na alternativa (D), a estrutura em negrito transmite a restrição a um lado, a qual sugere uma
afirmação contrastante na sequência: por um lado...por outro lado.

Gabarito: B

44. (VUNESP / Pref Presidente Prudente-SP Engenheiro – 2016)


Leia a frase:
A razão é clara: as novas tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo
por que se olhe.
Assinale a alternativa em que, alterando-se a ordem das palavras, a frase está pontuada corretamente, com
preservação do sentido original do texto.
a) A razão é clara: a um tempo as novas tecnologias são, dependendo do ângulo por que se olhe motivo de
alegria e tristeza.
b) As novas tecnologias – a razão é clara – dependendo do ângulo por que se olhe a um tempo, são motivo
de alegria e tristeza.
c) Dependendo do ângulo por que se olhe as novas tecnologias, a um tempo são motivo de alegria e tristeza:
a razão é clara.

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d) A razão é clara: as novas tecnologias, dependendo do ângulo por que se olhe, são, a um tempo, motivo
de alegria e tristeza.
e) A um tempo a razão é clara; dependendo do ângulo por que se olhe, as novas tecnologias são motivo de
alegria e tristeza.
Comentário: Na frase do pedido da questão, o sinal de dois-pontos sinaliza que a oração seguinte (“as novas
tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza”) é explicativa. Dentro desta oração, há um adjunto
adverbial intercalado (“a um só tempo”) separado por dupla vírgula.
Tal oração é seguida de uma consideração do autor (“dependendo do ângulo por que se olhe”), por
isso é precedida de vírgula.
A razão é clara: as novas tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo
por que se olhe.
Ao analisarmos a alternativa correta, fica fácil perceber os erros das demais.
A alternativa (D) é a correta, porque o comentário do autor (“dependendo do ângulo por que se olhe”)
ficou intercalado. Assim, preservou-se o sentido original e a correção gramatical. Veja:
A razão é clara: as novas tecnologias, dependendo do ângulo por que se olhe, são, a um tempo, motivo de
alegria e tristeza.
Gabarito: D

5 – O QUE DEVO TOMAR NOTA COMO MAIS IMPORTANTE?

Esquema do Período Composto por Coordenação

____________________ e ____________________. (aditiva)

____________________, mas ____________________. (adversativa)

____________________ ou ____________________. (alternativa)

____________________, portanto ____________________. (conclusiva)

____________________, pois ____________________. (explicativa)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

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• Principais conjunções e valores semânticos (coordenadas)

1) Aditivas: e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também,
tanto...como.

2) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.

3) Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.

4) Conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em
vista disso.

5) Explicativas: porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

• Esquema das possíveis construções da enumeração com divisão interna:

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2


_____ e _____ , _____ e _____ , __________ , _____ e _____ , __________ e __________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
_____ e _____ , _____ e _____ , __________ , _____ e _____ , __________ , e __________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
_____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ e __________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
_____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ ; e __________.

1 2 3 4 5 6

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Até o próximo encontro!


Terror

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6 – LISTA DE QUESTÕES DE REVISÃO

1. (VUNESP / CRBio Professor – 2017)


Assinale a alternativa em que a pontuação está empregada corretamente e preserva o sentido original do
texto.
(A) – Preciso falar urgentemente com o senhor! (3º parágrafo)
(B) Perguntei (já pensando em trucidar quem havia dado o número do meu celular) se tinha experiência
como atriz? (6º parágrafo)
(C) – Quando pequena; ela queria ser professora, mas escolheu a carreira artística. (9º parágrafo)
(D) – É, ela vai longe! (11º parágrafo)
(E) Essa (febre de fama) me dá calafrios. (último parágrafo)

2. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ens. Fundamental Anos Iniciais 2019)

O sinal de pontuação exclamativo está sendo utilizado na tirinha de maneira recorrente. No primeiro e no
terceiro quadrinho o sinal é utilizado predominantemente para:

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A) dar ênfase a alguma coisa.


B) isolar frases.
C) isolar expressões explicativas.
D) indicar dúvida ou hesitação.
E) para separar os itens de uma sequência.

3. (IDECAN / DETRAN-RO Agente – 2014)


No trecho “Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo, renovar suas
estruturas de transporte?” (1º§), o ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para
a) indicar pergunta.
b) exprimir admiração.
c) realçar uma palavra ou expressão.
d) fechar período de frases imperativas.
e) representar, na escrita, hesitações comuns da língua falada.

4. (VUNESP / Câmara de Vereadores de Piracicaba-SP Jornalista 2019)


Ao filósofo americano Daniel Dennett, os editores da revista Edge perguntaram: “Em 2013, o que deve nos
preocupar?”. (1º parágrafo)
Essa frase está corretamente reescrita, no que se refere à pontuação, em:
(A) Os editores da revista Edge perguntaram ao filósofo americano Daniel Dennett: – Em 2013, o que deve
nos preocupar?
(B) – Em 2013, o que deve nos preocupar? – perguntaram, ao filósofo americano, Daniel Dennett os editores
da revista Edge.
(C) Perguntaram – os editores da revista Edge, ao filósofo americano Daniel Dennett: – Em 2013, o que deve
nos preocupar?
(D) Os editores da revista Edge – ao filósofo americano Daniel Dennett, perguntaram – Em 2013, o que deve
nos preocupar?
(E) Perguntaram, ao filósofo americano – Daniel Dennett os editores da revista Edge: – Em 2013, o que deve
nos preocupar?

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5. (VUNESP / PC-SP Escrivão de Polícia Civil 2018)

Acerca do emprego de aspas no primeiro e no segundo quadrinho da tira, é correto afirmar que,
a) no primeiro, as aspas sinalizam uma frase que a personagem quer destacar; no segundo, marcam o
emprego de palavra descontextualizada.
b) no primeiro, as aspas sinalizam uma frase que está sendo lida; no segundo, marcam uma expressão de
gíria.
c) no primeiro, as aspas sinalizam a citação de uma frase; no segundo, dão destaque a uma palavra.
d) em ambos, as aspas sinalizam expressões empregadas em sentido figurado pelo menino Calvin.
e) em ambos, as aspas sinalizam a fala da personagem que faz a pergunta ao tigre Haroldo.

6. (VUNESP / Prefeitura de Barretos – SP Agente de Comunicação Social 2018)


Fragmento do texto: O que conta é ser “reconhecido” pelos próprios semelhantes, mas não no sentido do
reconhecimento como estima ou prêmio, mas naquele mais banal que faz com que alguém possa dizer ao
vê-lo na rua: “Olhe, é ele mesmo!”. O valor predominante é aparecer e naturalmente o meio mais seguro é
a TV. E não é necessário ser um renomado economista ou um médico agraciado com o prêmio Nobel, basta
confessar num programa lacrimogêneo que foi traído pelo cônjuge.
Nas frases do 3° parágrafo – O que conta é ser “reconhecido”… / “Olhe, é ele mesmo!”. –, as aspas são
empregadas, respectivamente, para
a) intensificar o sentido da palavra / destacar a ironia presente na expressão.
b) questionar o sentido da palavra / acentuar o valor significativo da expressão.
c) relativizar o sentido da palavra / indicar uma fala atribuída a outra pessoa.
d) acentuar o significado da palavra no texto / indicar que a expressão introduz um diálogo.
e) realçar a ironia presente na palavra / destacar o efeito de sentido da expressão no texto.

7. (VUNESP / MPE-SP Analista Jurídico do Ministério Público 2018)


Fragmento do texto: Em seu recente “How Democracy Ends”, David Runciman lida com os contornos desse
hipotético fim: se a democracia chegar ao seu termo, não teremos uma repetição da década de 1930,
defende. Não teremos violência de massas, movimentos armados, tanques nas ruas. Vivemos em sociedades
radicalmente diferentes – mais afluentes, envelhecidas, conectadas. E, além disso, conhecemos o preço da

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brutalidade autoritária e totalitária. As nostalgias reacionárias são coisa de jovens: eles desejam o que
ignoram e ignoram o que desejam.
Mas se os “golpes tradicionais” são improváveis, há formas invisíveis de conseguir o mesmo objetivo: pela
gradual suspensão da ordem legal; pelo recurso a eleições fraudulentas; pela marginalização dos freios e
contrapesos do regime.
A democracia só sobrevive porque somos capazes de gerir as nossas frustrações quando os resultados nos
são desfavoráveis. Essa tolerância diminui de ano para ano.
E diminui sob o chicote das redes sociais. Runciman acredita que o principal problema do mundo virtual está
no poder praticamente ilimitado que os gigantes tecnológicos exercem sobre os usuários.
Pessoalmente, o meu temor é outro: o poder praticamente ilimitado que os usuários exercem sobre os
poderes Executivo, Legislativo e até Judiciário. A democracia representativa, como a expressão sugere,
sempre foi um compromisso feliz entre a vontade do povo e a capacidade dos mais preparados de filtrar as
irracionalidades do povo.
Em passagens de vários parágrafos do texto o autor emprega dois-pontos. É correto afirmar que ele se vale
desse recurso de pontuação para
a) apresentar ideias que contrastam com outras precedentes, tal como ocorre nas passagens em que se
emprega travessão.
b) introduzir esclarecimentos acerca de ideias que apresenta, tal como ocorre nas passagens em que se
empregam travessão e parênteses.
c) fazer retificações necessárias para orientação do leitor, tal como ocorre nas passagens em que se
empregam parênteses.
d) pôr em xeque pontos de vista defendidos por outrem, tal como ocorre nas passagens em que se
empregam travessão e parênteses.
e) inserir comentários cuja pertinência é questionável no contexto, tal como ocorre nas passagens em que
se emprega travessão.

8. (VUNESP / Prefeitura Alumínio-SP Assistente Social – 2016)


Os dois-pontos em – Green School é uma escola em Bali, na Indonésia, onde tudo é natural: as estruturas
são de bambu e as salas de aula, abertas, para que o calor e o vento balineses possam entrar. (2º parágrafo)
– servem ao propósito de introduzir, com relação à primeira parte da frase,
(A) um contraste.
(B) uma síntese.
(C) uma ressalva.
(D) um esclarecimento.
(E) uma relativização.

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9. (IBFC / EBSERH Assistente Administrativo – 2017)


Vivendo e...
Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude conseguisse equilibrá-
la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, e quanto mais jogá-la com a precisão que eu tinha
quando era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez, o significado da palavra
“gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia o que era gude. Gude era gude.
Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando pelo
buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mãos.
Hoje não sei que jeito é esse. [...]
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001)

O emprego das reticências no título, sugere: ==165f62==

a) a incapacidade do autor em completar a ideia.


b) a caracterização de uma enumeração infinita.
c) um convite para que o leitor reflita sobre o tema.
d) a sinalização de um questionamento do leitor.
e) a representação de uma ideia polêmica.

10. (CONSULPLAN / CODESP Agente Comunitário – 2012)


Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a sua rede e toda a colônia
de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher
fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto
duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma
pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-a de presente
para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...
Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos. As pessoas que se
imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas
têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores, dos profetas.
Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das
vezes são dores na alma.
Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para
a) exprimir indignação.
b) inserir uma explicação.
c) acrescentar uma reflexão.
d) finalizar uma interrogativa direta.
e) indicar a continuidade de uma ação ou fato.

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11. (CONSULPLAN / Prefeitura C.V. Oficial Administrativo – 2010)


Fragmento do texto: Quando eu fazia Jornalismo na PUC era assim: se eu quisesse saber das novidades, das
festas, dos encontros, das viagens, eu tinha que encontrar o pessoal ali perto de uma enorme cabeça do
Kennedy, em frente aos elevadores. Às vezes, rodávamos a PUC inteira atrás de alguém que estivesse com a
tabela do nosso campeonato de futebol. Não havia celular ou internet, e a sala de computadores ainda era
a sala das máquinas de escrever. Isso tem 20 anos. O resultado é que nos encontrávamos mais. Estar com as
pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.
“Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.” No trecho anterior, as reticências
(...) foram utilizadas para:
a) Separar palavras da mesma classe gramatical.
b) Indicar continuação do pensamento.
c) Abreviar.
d) Suprimir, intencionalmente o verbo.
e) Destacar termos explicativos enfáticos.

12. (CEPERJ / Sec. Edu. Inspetor – 2011)


Classifica-se como frase nominal:
a) “E por quê, amorzinho?”
b) “– Manhê, eu não quero comer este queijo.”
c) “Detesto!”
d) “– Não me diga!”
e) “Tá todo cheio de buracos!”

13. (IBFC / MGS Técnico Contábil – 2017)


Texto II
Família
(Titãs, fragmento)
Família, família
Papai, mamãe, titia,
Família, família
Almoça junto todo dia,
Nunca perde essa mania
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe, não dão nenhum tostão
Família êh!
Família áh!
Nos três primeiros versos, as vírgulas foram usadas para:
a) indicar uma sequência infinita de termos.

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b) separar elementos de uma enumeração.


c) marcar uma pausa longa entre as palavras.
d) enumerar termos de classes gramaticais distintas.

14. (IDECAN / Prefeitura de Marilândia - ES Auxiliar Adm – 2016)

No trecho “Hoje eu roubei um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma velhinha e um
celular.", as vírgulas foram utilizadas para
a) exprimir espanto.
b) separar enumerações.
c) marcar pausa de longa duração.
d) destacar informações importantes.
15. (VUNESP / ISS Guarulhos – Inspetor Fiscal 2019)
Fragmento do texto: Ao revisitar a própria memória, o cineasta Alfonso Cuarón escolhe olhar para Cleo, a
empregada, de origem indígena, de uma família branca de classe média. Resgata, assim, não apenas os seus
anos de formação, mas todas as particularidades do passado do país. O México no início dos anos 1970
fervilhava entre revoluções sociais e a influência da cultura estrangeira. Cleo, porém, se mantinha ingênua,
centrada nas suas obrigações: lavar o pátio, buscar as crianças na escola, lavar a roupa, colocar os pequenos
para dormir.
Em “Cleo, porém, se mantinha ingênua...” (2º parágrafo), o vocábulo porém pode ser substituído, com o
sentido do texto preservado, por
(A) dessa forma.
(B) devido a isso.
(C) por conseguinte.
(D) assim sendo.
(E) em contrapartida.

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16. (VUNESP / Câmara de Monte Alto SP Auxiliar Técnico Legislativo 2019)


Assinale a alternativa em que, na reescrita da frase “Mas, nos últimos dez anos, o número de imigrantes
mexicanos nos EUA diminuiu...”, a substituição do termo em destaque mantém o sentido original e o uso das
vírgulas está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Nos, últimos dez anos portanto, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(B) Nos últimos, dez anos apesar disso, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(C) Nos últimos dez anos, contudo, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(D) Nos últimos dez anos, diminuiu por isso, o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(E) Nos últimos dez anos diminuiu, assim o número, de imigrantes mexicanos nos EUA...”

17. (VUNESP / Câmara de Serrana - SP Analista Legislativo 2019)


Fragmento do texto: A pergunta do título comporta vários níveis de resposta. No plano biológico, a
reprodução é um imperativo, fazendo parte de várias das definições de vida. Mas a biologia é só parte da
história. A paternidade também encerra dimensões culturais, econômicas e emocionais.
Inspirado em “Anti-Pluralism”, de William Galston, arrisco algumas reflexões sobre a matéria.
Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico. Ajudavam desde cedo com o trabalho
doméstico, colaborando para o bem-estar da família, e ainda faziam as vezes de plano de aposentadoria para
os pais.
Hoje, contudo, crianças ficaram caras. E, para piorar, elas demoram muito até começar a trazer
contribuições econômicas. Como observa Galston, no espaço de dois séculos, a criação de filhos deixou de
ser um bem privado para tornar-se um bem público.
A frase do quarto parágrafo “Hoje, contudo, crianças ficaram caras.” estabelece, em relação ao que é
enunciado no parágrafo anterior, relação com sentido de
a) causa.
b) condição.
c) contraste.
d) finalidade.
e) proporção.

18. (VUNESP / Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP Professor 2018)


Às vezes, quando vejo uma pessoa que nunca vi, e tenho algum tempo para observá-la, eu me
encarno nela e assim dou um grande passo para conhecê-la. E essa intrusão numa pessoa, qualquer que seja
ela, nunca termina pela sua própria autoacusação: ao nela me encarnar, compreendo-lhe os motivos e
perdoo. Preciso é prestar atenção para não me encarnar numa vida perigosa e atraente, e que por isso
mesmo eu não queira o retorno a mim mesmo.
Um dia, no avião... ah, meu Deus – implorei – isso não, não quero ser essa missionária!.
Mas era inútil. Eu sabia que, por causa de três horas de sua presença, eu por vários dias seria
missionária. A magreza e a delicadeza extremamente polida de missionária já me haviam tomado. É com

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curiosidade, algum deslumbramento e cansaço prévio que sucumbo à vida que vou experimentar por uns
dias viver. E com alguma apreensão, do ponto de vista prático: ando agora muito ocupada demais com os
meus deveres e prazeres para poder arcar com o peso dessa vida que não conheço – mas cuja tensão
evangelical já começo a sentir. No avião mesmo percebo que já comecei a andar com esse passo de santa
leiga: então compreendo como a missionária é paciente, como se apaga com esse passo que mal quer tocar
o chão, como se pisar mais forte viesse prejudicar os outros. Agora sou pálida, sem nenhuma pintura nos
lábios, tenho o rosto fino e uso aquela espécie de chapéu de missionária.
(Clarice Lispector, Encarnação involuntária. Felicidade clandestina.)
Na passagem – E com alguma apreensão, do ponto de vista prático: ando agora muito ocupada demais com
os meus deveres e prazeres para poder arcar com o peso dessa vida que não conheço – os dois-pontos
introduzem uma
a) condição, podendo ser substituídos por travessão seguido da conjunção se.
b) concessão, podendo ser substituídos por vírgula seguida da conjunção portanto.
c) explicação, podendo ser substituídos por vírgula seguida da conjunção porque.
d) comparação, podendo ser substituídos por ponto-e-vírgula seguido da conjunção como.
e) finalidade, podendo ser substituídos por travessão seguido da conjunção para.

19. (VUNESP / PC-SP Auxiliar de Papiloscopista Policial 2018)


Os dois-pontos na frase “A diferença é que agora tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o número
de robôs industriais cresce a uma taxa de 9% ao ano” introduzem uma
a) conclusão, podendo ser substituídos por “portanto”.
b) explicação, podendo ser substituídos por “pois”.
c) condição, podendo ser substituídos por “se”.
d) concessão, podendo ser substituídos por “conquanto”.
e) oposição, podendo ser substituídos por “porém”.

20. (VUNESP / PC-SP Agente de Telecomunicações Policial 2018)


Assinale a alternativa que substitui a expressão em destaque na passagem “ ... ainda hoje, a escravidão
persiste, só que agora é multiétnica.”, preservando a relação de sentido do original.
a) mas
b) desde que
c) até
d) pois
e) como

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21. (VUNESP / C.M. Dois Córregos Diretor Contábil – 2018)

Considere as frases do segundo e terceiro quadrinhos:


Quando você queria escrever alguma monstruosidade, era possível comentar de maneira anônima. / Hoje
em dia, essas frescuras não são mais necessárias.
Assinale a alternativa em que o acréscimo da conjunção, destacada na segunda frase, expressa sentido
compatível com o contexto do trecho.
(A) Por isso, hoje em dia, essas frescuras não são mais necessárias.
(B) Porque, hoje em dia, essas frescuras não são mais necessárias.
(C) Contudo, hoje em dia, essas frescuras não são mais necessárias.
(D) Portanto, hoje em dia, essas frescuras não são mais necessárias.
(E) Contanto que, hoje em dia, essas frescuras não sejam mais necessárias.

22. (VUNESP / TCE SP Agente da Fiscalização – 2017)


Em “Será ingenuidade, entretanto, contar com uma aprovação fácil – os sindicatos da categoria já se
mobilizam contra o texto.”, a conjunção e o advérbio destacados estabelecem no período, respectivamente,
relações de sentido de
(A) conclusão e afirmação.
(B) conclusão e modo.
(C) oposição e tempo.
(D) explicação e tempo.
(E) oposição e afirmação.

23. (VUNESP / TCE SP Agente da Fiscalização – 2017)


No enunciado do 4º parágrafo “Para quê! Nunca se chorou tanto num velório, sem se ligar pro morto. A
parentada chorava às pampas, mas não apareceu ninguém com peito para desrespeitar a vontade do
falecido.”, as expressões destacadas reportam, correta e respectivamente, aos sentidos de
(A) coletivo e oposição.

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(B) grupo seleto e conclusão.


(C) dispersão e consequência.
(D) conjunto e adição.
(E) restrição e comparação.

24. (VUNESP / PM SP SP Oficial – 2017)


Nos versos “Porém o coração, feito valente / Na escola da tortura repetida, / E no uso do penar tornado
crente, / Respondeu...”, o termo em destaque estabelece relação coesiva, cujo sentido é de
(A) condição, sendo possível substituí-lo por “Desde que”.
(B) conclusão, sendo possível substituí-lo por “Portanto”.
(C) explicação, sendo possível substituí-lo por “Pois”.
(D) causa, sendo possível substituí-lo por “Porque”.
(E) oposição, sendo possível substituí-lo por “Todavia”.

25. (VUNESP / Câmara Intanhaém Auxiliar Legislativo – 2017)


A expressão em destaque na passagem – ... percebeu que tinha esbarrado em alguém que não podia vê-la e
que, portanto, a responsabilidade de desviar era dela. – expressa a ideia de
(A) explicação, podendo ser substituída, com coerência, por porém.
(B) causa, podendo ser substituída, com coerência, por porque.
(C) tempo, podendo ser substituída, com coerência, por então.
(D) modo, podendo ser substituída, com coerência, por assim.
(E) conclusão, podendo ser substituída, com coerência, por logo.

26. (VUNESP / Câmara Valinhos SP Assistente Adm – 2017)


Considere a charge.

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Assinale a alternativa em que o termo destacado, no trecho que completa a fala da personagem, apresenta
ideia de oposição.
(A) ... desde que a pontualidade e o conforto para os clientes foram reconsiderados.
(B) ... todavia o espaço entre os assentos e o conforto para os passageiros diminuíram.
(C) ... por conseguinte os lucros devem ter aumentado consideravelmente.
(D) ... porque a falta de espaço entre os assentos e o desconforto não incomodam os passageiros.
(E) ... como o número de assentos e de voos internacionais que elas disponibilizam.

27. (VUNESP / CRBio – 1ª Região Técnico – 2017)


Considere a charge de Ronaldo para responder à questão.

Na frase dita pela personagem, a segunda oração “e ela começou a rir...” apresenta, em relação à primeira
oração, ideia de
(A) condição, sinalizando que o cliente vai ser obrigado a recorrer ao cheque especial para pagar suas
contas.
(B) conformidade, sinalizando que o cliente não obteve o empréstimo bancário que havia solicitado ao
gerente.
(C) finalidade, sinalizando que o cliente está com o saldo bancário negativo há vários dias.
(D) consequência, sinalizando que o cliente tem pouco dinheiro ou está sem dinheiro na conta bancária.
(E) causa, sinalizando que o cliente está endividado em decorrência da cobrança dos altos juros bancários.

28. (VUNESP / PM SP Soldado – 2017)


A expressão no entanto, em “Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto.” (último parágrafo), pode
ser substituída, sem alteração de sentido, por
(A) com isso.
(B) porque.
(C) todavia.
(D) em vista disso.

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(E) portanto.

29. (VUNESP / TJ SP Psicólogo – 2017)


No enunciado “Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadinha
ficou boa, completamente boa...”, a conjunção “e”, que introduz o trecho destacado, imprime a este o
sentido de
(A) consequência.
(B) condição.
(C) oposição.
(D) causa.
(E) tempo.

30. (VUNESP / TJ SP Escrevente Técnico - 2017)


Fragmento do texto: Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos
escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao modelo de espaços
tradicionais com salas e portas.
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade, desenvolver problemas graves
de concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que
estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de organização.
É correto afirmar que a expressão – contudo –, destacada no segundo parágrafo, estabelece uma relação de
sentido com o parágrafo
(A) posterior, contestando com dados estatísticos o formato tradicional de escritório fechado.
(B) anterior, atestando a eficiência do modelo aberto com base em resultados de pesquisas.
(C) anterior, confirmando com estatísticas o sucesso das empresas que adotaram o modelo de escritórios
abertos.
(D) posterior, expondo argumentos favoráveis à adoção do modelo de escritórios abertos.
(E) anterior, introduzindo informações que se contrapõem à visão positiva acerca dos escritórios abertos.

31. (VUNESP / ODAC Agente Administrativo Científico – 2016)


A alternativa que preenche corretamente a lacuna da frase – Já entrávamos no restaurante quando minha
amiga deu um grito, ________ tinha esquecido seu casaco no táxi. –, preservando a relação de sentido
estabelecida no primeiro parágrafo, é:
(A) pois
(B) porém
(C) contudo
(D) embora
(E) entretanto

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32. (VUNESP / Prefeitura Itápolis-SP Agente Educacional – 2016)

O termo Mas, no segundo quadrinho, tem valor


(A) causal, e pode ser substituído por Pois.
(B) conclusivo, e pode ser substituído por Portanto.
(C) explicativo, e pode ser substituído por Porque.
(D) adversativo, e pode ser substituído por Contudo.
(E) alternativo, e pode ser substituído por Ou.

33. (VUNESP / Pref Guarulhos-SP Assistente Gestão Escolar – 2016)


Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que davam uma moqueca muito
boa.
A frase está reescrita, sem alteração do sentido do texto e de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, em:
(A) Camarão só às vezes, caso, em compensação, existisse à venda cações com a carne rija, que davam uma
moqueca muito boa.
(B) Camarão só às vezes, todavia, em compensação, estavam à disposição cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa.
(C) Camarão só às vezes, porque, em compensação, pareciam frescos cações com a carne rija, que davam
uma moqueca muito boa.
(D) Camarão só às vezes, no entanto, em compensação, não faltava cações com a carne rija, que davam uma
moqueca muito boa.
(E) Camarão só às vezes, portanto, em compensação, se vendia a preços módicos cações com a carne rija,
que davam uma moqueca muito boa.

34. (VUNESP / IPISM SP Agente Administrativo – 2016)


O sedentarismo está entre os principais fatores de risco que ameaçam a saúde. No entanto, é preciso ter
cuidado ao começar a praticar atividades físicas.
Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado do texto, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, mantendo seu sentido original.

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(A) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, assim é preciso cautela ao começar a
prática de exercícios.
(B) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, contudo é preciso cautela ao começar a
prática de exercícios.
(C) Conforme o sedentarismo seja uma das principais causas de risco à saúde, é preciso cautela ao começar
a prática de exercícios.
(D) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, para isso é preciso cautela ao começar a
prática de exercícios.
(E) Se o sedentarismo fosse uma das principais causas de risco à saúde, seria preciso cautela ao começar a
prática de exercícios.

35. (VUNESP / Pref Suzano-SP Agente Administrativo – 2016)


Assinale a alternativa em que a conjunção “mas” tenha sido empregada em um contexto que aponta para
uma perspectiva positiva e otimista.
(A) Vivemos tempos tranquilos, mas ainda passaremos por tempos difíceis.
(B) O momento é de recessão, mas a crise séria mesmo ainda não chegou.
(C) O Brasil já teve economia forte, mas agora as notícias não são animadoras.
(D) Nosso país está doente, mas a cura está em nossas mãos.
(E) A crise econômica brasileira é grave, mas ainda tende a piorar.

36. (VUNESP / Câmara Municipal Itatiba - SP Motorista – 2015)


No trecho – De lá para cá, os efeitos nocivos do consumo exagerado ficaram bastante conhecidos. Por
exemplo, provoca gastrite e úlcera, sobrecarrega o fígado e atrofia várias áreas do cérebro, contribuindo
para o aparecimento da demência. – a palavra destacada estabelece sentido de
a) adição.
b) comparação.
c) causa.
d) tempo.
e) finalidade.

37. (VUNESP / Prefeitura de Suzano - SP Professor – 2015)


Para responder a esta questão, considere a seguinte passagem:
Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular.
Cada vez mais, se rendem. A vida ficou impossível sem ele.
A alternativa em que o emprego de conjunções expressa, com correção, a adequada relação de sentido entre
as orações é:
a) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; ora, cada vez mais, se
rendem, contanto que a vida ficou impossível sem ele.

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b) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; entretanto, cada vez mais,
se rendem, embora a vida ficou impossível sem ele.
c) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; todavia, cada vez mais, se
rendem, pois a vida ficou impossível sem ele.
d) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; apesar de que, cada vez mais, se
rendem, mesmo se a vida ficou impossível sem ele.
e) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; então, cada vez mais, se
rendem, como a vida ficou impossível sem ele.

38. (VUNESP / TJ SP Contador – 2015)

As falas da personagem estruturam-se em relações de sentido de


(A) causa e consequência.
(B) negação.
(C) oposição.
(D) objetividade.
(E) redundância.

39. (VUNESP / TJ PA Analista Judiciário – 2014)


Assinale a alternativa em que a seguinte passagem – Mas o vento foi mais ágil e o papel se perdeu. (terceiro
parágrafo) – está reescrita com o acréscimo de um termo que estabelece uma relação de conclusão,
consequência, entre as orações.

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a) Mas o vento foi mais ágil e, porém, o papel se perdeu.


b) Mas o vento foi mais ágil e, contudo, o papel se perdeu.
c) Mas o vento foi mais ágil e, todavia, o papel se perdeu.
d) Mas o vento foi mais ágil e, assim, o papel se perdeu.
e) Mas o vento foi mais ágil e, entretanto, o papel se perdeu

40. (VUNESP / TJ SP Escrevente Técnico – 2014)


Fragmento do texto: No vestibular, que é o princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo
dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os candidatos convencionais a vagas de
medicina nas federais foi de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A diferença entre eles,
portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é mais do
que razoável.
A conjunção portanto expressa ideia de
(A) comparação.
(B) explicação.
(C) adição.
(D) condição.
(E) conclusão.

41. (VUNESP / ISS Guarulhos – Inspetor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: O filme Roma está constantemente entre dois caminhos. É pessoal e grandioso, popular
e intelectual, tecnológico – rodado em 65 mm digital – e clássico – feito em preto e branco com a mesma
ousadia dos movimentos cinematográficos das décadas de 1950 e 1960. O título, uma referência a Colonia
Roma, bairro da Cidade do México, também remete a Roma, Cidade Aberta, filme-símbolo do neorrealismo
italiano assinado por Roberto Rossellini.
As informações “rodado em 65 mm digital” e “feito em preto e branco com a mesma ousadia dos
movimentos cinematográficos das décadas de 1950 e 1960”, destacadas com travessões no parágrafo, ligam-
se, respectivamente, aos vocábulos tecnológico e clássico com o propósito de
(A) mostrar que são sinônimos.
(B) ilustrar a que se referem.
(C) contestar seus sentidos.
(D) apresentá-los como hipotéticos.
(E) distorcer seus significados.

42. (VUNESP / C.M. Dois Córregos Oficial de Atendimento – 2018)


Mas a mulher australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com uma
síndrome rara chamada “Memória Autobiográfica Altamente Superior”, ou HSAM na sigla em inglês, também
conhecida como Síndrome da Supermemória.
O travessão introduz, com relação ao que se afirma anteriormente, uma informação com sentido

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(A) explicativo.
(B) hipotético.
(C) corretivo.
(D) contraditório.
(E) concessivo.

43. (VUNESP / Pref Presidente Prudente-SP Engenheiro – 2016)


Assinale a alternativa em que a expressão destacada expressa uma advertência do autor.
a) Há muitas e muitas décadas – para não dizer séculos –, a humanidade tenta decifrar o impacto do avanço
tecnológico em nossa vida.
b) Por outro lado, – e que ninguém duvide disso –, é a força primeira que faz o mundo andar.
c) A razão é clara: as novas tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo
por que se olhe.
d) Por um lado, o avanço das técnicas torna ultrapassadas inúmeras empresas e uma multidão de
trabalhadores.
e) Desde o domínio do fogo e das primeiras ferramentas de pedra, as conquistas humanas apresentam a
característica de modificar nossos hábitos.

44. (VUNESP / Pref Presidente Prudente-SP Engenheiro – 2016)


Leia a frase:
A razão é clara: as novas tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo
por que se olhe.
Assinale a alternativa em que, alterando-se a ordem das palavras, a frase está pontuada corretamente, com
preservação do sentido original do texto.
a) A razão é clara: a um tempo as novas tecnologias são, dependendo do ângulo por que se olhe motivo de
alegria e tristeza.
b) As novas tecnologias – a razão é clara – dependendo do ângulo por que se olhe a um tempo, são motivo
de alegria e tristeza.
c) Dependendo do ângulo por que se olhe as novas tecnologias, a um tempo são motivo de alegria e tristeza:
a razão é clara.
d) A razão é clara: as novas tecnologias, dependendo do ângulo por que se olhe, são, a um tempo, motivo
de alegria e tristeza.
e) A um tempo a razão é clara; dependendo do ângulo por que se olhe, as novas tecnologias são motivo de
alegria e tristeza.

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7 – GABARITO

1. A 16. C 31. A
2. A 17. C 32. D
3. A 18. C 33. B
4. A 19. B 34. B
5. C 20. A 35. D
6. C 21. C 36. A
7. B 22. C 37. C
8. D 23. A 38. C
9. C 24. E 39. D
10. E 25. E 40. E
11. B 26. B 41. B
12. A 27. D 42. A
13. B 28. C 43. B
14. B 29. A 44. D
15. E 30. E

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