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DICAS DE LÍNGUA

PORTUGUESA



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Língua Portuguesa
Dica 1:
Em Língua Portuguesa, estudamos, entre outras coisas, a diferença entre linguagem de sentido denotativo (ou
literal, do dicionário) e linguagem de sentido conotativo (ou figurado).

Ex.: Rosa é uma flor.


1. Morfologia:
▪ Rosa: substantivo;
▪ Uma: artigo;
▪ É: verbo ser;
▪ Flor: substantivo
2. Sintaxe:
▪ Rosa: sujeito;
▪ É uma flor: predicado;

Língua portuguesa
▪ Uma flor: predicativo do sujeito.
3. Semântica:
▪ Rosa pode ser entendida como uma pessoa ou como uma planta, depende do sentido.


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D ica 4:
O artigo é a palavra variável que tem por função individualizar algo, ou seja, possui como função primordial
indicar um elemento, por meio de definição ou indefinição da palavra que, pela anteposição do artigo, passa a ser
substantivada.

D ica 5:
O artigo é utilizado para substantivar um termo. Ou seja, quer transformar algo em um substantivo? Coloque um
artigo em sua frente.

▪ Ex.: Cantar alivia a alma. (Verbo)


▪ Ex.: O cantar alivia a alma. (Substantivo)

D ica 6:
Adjetivo é a palavra variável que expressa uma qualidade, característica ou origem de algum substantivo ao qual
se relaciona.

Língua portuguesa
D ica 7:
Locução Adjetiva é a expressão que tem valor adjetival, mas que é formada por mais de uma palavra. Geralmente,
concorrem para sua formação uma preposição e um substantivo.

▪ Ex.: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada).


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D ica 8:
Um substantivo pode passar a ser, por derivação imprópria, um adjetivo. Assim, também serão invariáveis os
“substantivos adjetivados”.

▪ Ex.: Terno cinza -Ternos cinza


▪ Ex.: Vestido rosa -Vestidos rosa

E também: O plural de surdo-mudo é surdos-mudos, de pele-vermelha é peles-vermelhas. Azul-marinho e azul-


-celeste são invariáveis.

D ica 9:
Atente à mudança de sentido provocada pela alteração de posição do adjetivo.

▪ Ex.: Homem grande (alto, corpulento)


▪ Ex.: Grande homem (célebre)

Mas isso nem sempre ocorre. Se você analisar a construção “giz azul” e “azul giz”, perceberá que não há diferença

Língua portuguesa
semântica.

D ica 10:
Existem as chamadas locuções adverbiais que vêm quase sempre introduzidas por uma preposição: à farta (=
fartamente), às pressas (= apressadamente), à toa, às cegas, às escuras, às tontas, às vezes, de quando em quando,


de vez em quando etc.

4 Existem casos em que utilizamos um adjetivo como forma de advérbio. É o que chamamos de adjetivo adverbializado. 4
▪ Ex.: Aquele orador fala belamente. (advérbio de modo).
▪ Ex.:Aquele orador fala bonito. (adjetivo adverbializado que tenta designar modo).

D ica 11:
Conjunção é a palavra invariável que conecta elementos em algum encadeamento frasal. A relação em questão pode
ser de natureza lógico-semântica (relação de sentido) ou apenas indicar uma conexão exigida pela sintaxe da frase.

D ica 12:
Interjeição é o termo que exprime, de modo enérgico, um estado súbito de alma.

D ica 13:
Numeral é a palavra que indica uma quantidade, multiplicação, fração ou um lugar numa série.

D ica 14:
Preposição é a palavra invariável que serve de ligação entre dois termos de uma oração ou, às vezes, entre duas

Língua portuguesa
orações.

D ica 15:
Locuções Prepositivas, além das preposições simples, existem também as chamadas locuções prepositivas, que


terminam sempre por uma preposição simples: abaixo de, acerca de, acima de.

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D ica 16:
Pronome é o termo que substitui um substantivo, desempenhando, na sentença em que aparece, uma função
coesiva.

D ica 17:
Podemos dividir os pronomes em sete categorias, são elas:

▪ Pessoais; ▪ Indefinidos;
▪ Tratamento; ▪ Interrogativos;
▪ Demonstrativos; ▪ Possessivos.
▪ Relativos;

D ica 18:
Não se confunda com as sentenças em que a ordem frasal está alterada. Deve-se, nesses casos, tentar pôr a sen-
tença na ordem direta.

Língua portuguesa
▪ Ex.: Para mim, fazer exercícios é muito bom. – Fazer exercícios é muito bom para mim.
▪ Ex.: Não é tarefa para mim realizar esta revisão. – Realizar esta revisão não é tarefa para mim.

D ica 19:


É importante lembrar que há uma especificidade em relação à colocação dos pronomes “o” e “a” depois de algu-
mas palavras, eis as considerações:
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Se a palavra terminar em R, S ou Z: tais letras devem ser suprimidas e o pronome há de ser empregado como lo,
la, los, las.

▪ Ex.: Fazer as tarefas = fazê-las / querer o dinheiro = querê-lo.

Se a palavra terminar com ão, õe ou m: tais letras devem ser mantidas e o pronome há de ser empregado como
no, na, nos, nas.

▪ Ex.: Compraram a casa = compraram-na / compõe a canção = compõe-na.

D ica 20:
Muitas bancas gostam de trocar as formas “o” e “a” por “lhe”, o que não pode ser feito sem que a sentença seja
totalmente reelaborada.

▪ Ex.: Comprei um carro para minha namorada = comprei-lhe um carro. (Ocorreu a substituição do objeto indireto)

D ica 21:
“Você” é de 3ª pessoa e “te” é de 2ª pessoa.

Língua portuguesa
▪ Ex.: Quando tu chegares, eu te darei o presente.
▪ Ex.: Quando você chegar, eu lhe darei o presente.


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D ica 22:
Relativos são termos que relacionam palavras em um encadeamento. Os relativos da Língua Portuguesa são:
Que:
Quando puder ser permutado por “o qual” ou um de seus termos derivados. Utiliza-se o pronome “que” para
referências a pessoas ou coisas.
O Qual:
Empregado para referência a coisas ou pessoas.
Quem:
É equivalente, segundo o mestre Napoleão Mendes de Almeida, a dois pronomes – aquele e que.
Quanto:
Será relativo quando seu antecedente for o termo “tudo”.
Onde:
É utilizado para estabelecer referência a lugares, sendo permutável por “em que” ou “no qual” e seus derivados.
Cujo:
Possui um sentido possessivo. Não permite permuta por outro relativo. Também é preciso lembrar que o pronome

Língua portuguesa
cujo não admite artigo, pois já é variável (cujo / cuja, jamais cujo o, cuja a).
▪ Ex.: O peão a que me refiro é Jonas.
▪ Ex.: A casa na qual houve o tiroteio foi interditada.
▪ Ex.: O homem para quem se enviou a correspondência é Alberto.


▪ Ex.: Não gastes tudo quanto tens.


▪ Ex.: O estado para onde vou é Minas Gerais.
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▪ Ex.: Cara, o pedreiro em cujo serviço podemos confiar é Marcelino.
D ica 23:
A preposição que está relacionada a um pronome relativo é, em grande parte dos casos, oriunda do verbo que
aparece posteriormente na sentença. As bancas costumam cobrar isso!

D ica 24:
Fique bem atento para as alterações de sentido relacionadas às mudanças de posição dos pronomes indefinidos.

▪ Ex.: Alguma pessoa passou por aqui ontem.


▪ Ex.: Pessoa alguma passou por aqui ontem.
▪ Ex.: Alguma pessoa = ao menos uma pessoa.
▪ Ex.: Pessoa alguma = ninguém.

D ica 25:
Substantivo é a palavra variável que designa qualidades, sentimentos, sensações, ações etc.

Língua portuguesa
D ica 26:
Verbo é a palavra com que se expressa uma ação (cantar, vender), um estado (ser, estar), mudança de estado
(tornar-se) ou fenômeno da natureza (chover).


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D ica 27:
Para saber a transitividade verbal, é necessário ver o contexto:

▪ Ex.: João morreu. (quem morre, morre. Não é preciso um complemento para entender o verbo).
▪ Ex.: Eu quero um aumento. (quem quer, quer alguma coisa. É preciso um complemento para entender o sentido
do verbo).
▪ Ex.: Eu preciso de um emprego. (quem precisa, precisa “de” alguma coisa. Deve haver uma preposição para ligar
o complemento ao seu verbo).
▪ Ex.: Mário pagou a conta ao padeiro. (quem paga, paga algo a alguém. Há um complemento com preposição e
um complemento sem preposição).

D ica 28:
Vozes verbais, cuidado com esse conteúdo, costuma ser muito cobrado em provas de concursos públicos.

Quanto às vozes, os verbos apresentam voz:

Língua portuguesa
▪ Ativa: sujeito é agente da ação verbal; (O corretor vende casas)
▪ Passiva: sujeito é paciente da ação verbal; (Casas são vendidas pelo corretor)
▪ Reflexiva: o sujeito é agente e paciente da ação verbal. (A garota feriu-se ao cair da escada)
▪ Recíproca: há uma ação mútua descrita na sentença. (Os amigos entreolharam-se)


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D ica 29:
A oração é dividida em termos. Assim, o estudo fica organizado e impossibilita a confusão. São os termos da oração:

▪ Essenciais;
▪ Integrantes;
▪ Acessórios.

D ica 30:
Classificação do Sujeito:

▪ Sujeito Determinado (simples, composto, oculto);


▪ Sujeito Indeterminado;
▪ Sujeito Inexistente (oração sem sujeito).
Obs. 1: Sujeito Oracional é Sujeito Determinado.
Obs. 2: Quando há voz passiva, o Sujeito é Determinado.

Língua portuguesa
D ica 31:
Predicado é o termo que designa aquilo que se declara acerca do sujeito. É mais simples e mais prudente para o
aluno buscar identificar o predicado antes do sujeito, pois, se assim o fizer, terá mais concretude na identificação do
sujeito.


D ica 32:
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Lembre os principais verbos de ligação: ser, estar, permanecer, continuar, ficar, parecer, andar e tornar-se.
D ica 33:
Termos Integrantes da Oração:

▪ Objeto Direto (complemento verbal);


▪ Objeto Indireto (complemento verbal);
▪ Complemento Nominal;
▪ Agente da Passiva.

D ica 34:
Termos Acessórios da Oração:

▪ Adjunto Adnominal;
▪ Adjunto Adverbial ;
▪ Aposto;
▪ Vocativo.

Língua portuguesa
D ica 35:
Há dois processos de composição de período em Língua Portuguesa. São eles: coordenação e subordinação.
Coordenação
Ocorre quando são unidas orações independentes sintaticamente. Ou seja, são autônomas do ponto de vista


estrutural. Vamos a um exemplo.

12 ▪ Altamiro pratica esportes e estuda muito. 12


Subordinação
Ocorre quando são unidas orações que possuem dependência sintática. Ou seja, não estão completas em sua
estrutura.
D ica 36:
O nome Oração Subordinada Adjetiva se deve ao fato de ela desempenhar a mesma função de um adjetivo na
oração, ou seja, a função de adjunto adnominal.

D ica 37:
Fique de olho aberto para a relação do sujeito com o verbo. Uma boa noção de Sintaxe é importantíssima para
entender esse segmento do conteúdo.

D ica 38:
Concordância Verbal
Regra geral
O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa:

▪ O primeiro-ministro russo acusou seus inimigos.


▪ Dois parlamentares rebateram a acusação.

Língua portuguesa
▪ Contaram-se mentiras no telejornal.
▪ Vós sois os responsáveis por vosso destino.

D ica 39:


Cuidado para não confundir aqui! Deve ficar atento à função da palavra “SE”.
I. SE - na função de pronome apassivador: verbo concorda com o sujeito paciente.
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▪ Ex.: Vendem-se casas e sobrados em Alta Vista.
▪ Ex.: Presenteou-se o aluno aplicado com uma gramática.
II. SE - na função de índice de indeterminação do sujeito: verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.
▪ Ex.: Precisa-se de empregados com capacidade de aprender.
▪ Ex.: Vive-se muito bem na riqueza.

D ica 40:
A dica é ficar de olho na transitividade do verbo. Se o verbo for VTI, VI ou VL, o termo “SE” será índice de inde-
terminação do sujeito.

D ica 41:
A concordância nominal está relacionada aos termos do grupo nominal. Ou seja, entram na dança o substantivo,
o pronome, o artigo, o numeral e o adjetivo. Vamos à regra geral para a concordância.
Regra geral
O artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo devem concordar com o substantivo a que se referem em
gênero e número.

Língua portuguesa
D ica 42:
Troque a palavra “bastante” por “muito”. Se “muito” for para o plural, “bastante” também irá.

▪ Ex.: Há bastantes motivos para sua ausência. (adjetivo)




▪ Ex.: Os alunos falam bastante. (advérbio)

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D ica 43:
Só / sós. Variam apenas quando forem adjetivos.

Quando forem advérbios, serão invariáveis.

▪ Ex.: Pedro apareceu só (sozinho) na sala. / Os meninos apareceram sós (sozinhos) na sala.(adjetivo)
▪ Ex.: Estamos só (somente) esperando sua decisão. (advérbio)
A expressão “a sós” é invariável.
▪ Ex.: A menina ficou a sós com seus pensamentos.

D ica 44:
Regência Verbal e Nominal, regência é a parte da Gramática Normativa que estuda a relação entre dois termos,
verificando se um termo serve de complemento a outro e se nessa complementação há uma preposição.

Dividimos a Regência em:

▪ Regência Verbal (ligada aos verbos).

Língua portuguesa
▪ Regência Nominal (ligada aos substantivos, adjetivos ou advérbios).

D ica 45:
Embora transitivo indireto, o verbo “obedecer” admite forma passiva:


▪ Ex.: Os pais são obedecidos pelos filhos.

O antônimo “desobedecer” também segue a mesma regra.


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D ica 46:
Perdoar: É transitivo direto e indireto, com objeto direto de coisa e indireto de pessoa:

▪ Ex.: Jesus perdoou os pecados aos pecadores.


▪ Ex.: Perdoava-lhe a desconsideração.

Perdoar admite a voz passiva:

▪ Ex.: Os pecadores foram perdoados por Deus.

D ica 47:
Preferir É um verbo bitransitivo, ou seja, é transitivo direto e indireto, sempre exigindo a preposição a (preferir
alguma coisa a outra):

▪ Ex.: Adelaide preferiu o filé ao risoto.


▪ Ex.: Prefiro estudar a ficar em casa descansando.
▪ Ex.: Prefiro o sacrifício à desistência.

Língua portuguesa
É incorreto reforçar o verbo “preferir” ou utilizar a locução “do que”.

D ica 48:
Crase: o acento grave é solicitado nas palavras quando há a união da preposição “a” com o artigo (ou a vogal


dependendo do caso) feminino “a” ou com os pronomes demonstrativos (aquele, aquela, aquilo e “a”).

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D ica 49:
Quando houver determinação da palavra “casa”, ocorrerá crase.

▪ Ex.: Voltei à casa de meus pais


A mesma regra da palavra “casa” se aplica à palavra “terra”.
▪ Ex.: As pessoas vieram à terra natal.

D ica 50:
No caso de locuções adverbiais que exprimem hora determinada e nos casos em que o numeral estiver precedido
de artigo, acentua-se:

▪ Ex.: Chegamos às oito horas da noite.


▪ Ex.: Assisti às duas sessões de ontem.

No caso dos numerais, há uma dica para facilitar o entendimento dos casos de crase. Se houver o “a” no singular
e a palavra posterior no plural, não ocorrerá o acento grave. Do contrário, ocorrerá.

Língua portuguesa
D ica 51:
Não se usa crase antes de nomes históricos ou sagrados:

▪ Ex.: O padre fez alusão a Nossa Senhora.


▪ Ex.: Quando o professor fez menção a Joana D’Arc, todos ficaram entusiasmados.


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D ica 52:
Quanto à pontuação, as Bancas, eventualmente, costumam perguntar sobre a possibilidade de troca de termos,
portanto, atenção!

▪ Vírgulas, travessões e parênteses, quando isolarem um aposto, podem ser trocadas sem prejuízo para a sentença;
▪ Travessões podem ser trocados por dois pontos, a fim de enfatizar um enunciado.

D ica 53:
Regra de ouro
Na ordem natural de uma sentença, é proibido:
Separar Sujeito e Predicado com vírgulas:
▪ Ex.: Aqueles maravilhosos velhos ensinamentos de meu pai foram de grande utilidade. (certo)
▪ Ex.: Aqueles maravilhosos velhos ensinamentos de meu pai, foram de grande utilidade. (errado)
Separar Verbo de Objeto:
▪ Ex.: O presidente do maravilhoso país chamado Brasil assinou uma lei importante. (certo)

Língua portuguesa
▪ Ex.: O presidente do maravilhoso país chamado Brasil assinou, uma lei importante. (errado)

D ica 54:
O Novo Acordo Ortográfico explica que, agora, escreve-se com “i” antes de sílaba tônica. Veja alguns exemplos:


acriano (admite-se, por ora, acreano), rosiano (de Guimarães Rosa), camoniano, nietzschiano (de Nietzsche) etc.

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D ica 55:
Cuidado para não confundir os termos viagem (substantivo) com viajem (verbo “viajar”). Vejamos o emprego.

▪ Ele fez uma bela viagem.


▪ Tomara que eles viajem amanhã.

D ica 56:
O “ç” só será usado antes das vogais a, o, u.

D ica 57:
O Texto Dissertativo
Nas acepções mais comuns do dicionário, o verbo “dissertar” significa “discorrer ou opinar sobre algum tema”. O
texto dissertativo apresenta uma ideia básica que começa a ser desdobrada em subitens ou termos menores. Cabe
ressaltar que não existe apenas um tipo de dissertação, há mais de uma maneira de o autor escrever um texto dessa
natureza.

Língua portuguesa
D ica 58:
Padrão Dissertativo-expositivo
A característica fundamental do padrão expositivo da dissertação é utilizar a estrutura da prosa não para conven-
cer alguém de alguma coisa, e sim para apresentar uma ideia, apresentar um conceito.


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D ica 59:
Padrão Dissertativo-argumentativo
No texto do padrão dissertativo-argumentativo, existe uma opinião sendo defendida e existe uma posição ideo-
lógica por detrás de quem escreve o texto.

D ica 60:
Sentido conotativo: figurado, ou abstrato. Relaciona-se com as figuras de linguagem.

▪ Adalberto entregou sua alma a Deus.

A ideia de entregar a alma a Deus é figurada, ou seja, não ocorre literalmente, pois não há um serviço de entrega
de almas. Essa é uma figura que convencionamos chamar de metáfora.

Sentido denotativo: literal, ou do dicionário. Relaciona-se com a função referencial da linguagem.

▪ Adalberto morreu.

D ica 61:

Língua portuguesa
Para que o tratamento nas comunicações oficiais seja considerado, de fato, como impessoal, necessita-se, dentre
outras características:

▪ Da ausência de impressões individuais de quem comunica: o que quer dizer que é vetado ao emissor da comu-
nicação introduzir interpelações que pessoalizem o texto, como o pronome de tratamento “você”, bem como


também ficam proibidas sentenças cristalizadas como “eu acho”, “na minha opinião” etc. Lembre-se de que nin-
guém está preocupado com a “sua opinião” ela não faz parte da comunicação direta de um aviso ou ofício, por
20 exemplo. 20
▪ Da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão,
sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de
forma homogênea e impessoal. O que significa que deve ser evitado qualquer tipo de intimidade comunicativa.
▪ Do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe
a questões que dizem respeito ao interesse público, é óbvio que não há espaço para qualquer tom particular ou
pessoal.

D ica 62:
Nos termos do Decreto nº 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, Art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além
dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança
Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da
Corregedoria-Geral da União.

D ica 63:
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido
do cargo respectivo:

Língua portuguesa
▪ Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
▪ Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
▪ Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.


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D ica 64:
Resumo dos principais pronomes de tratamento

Poder Executivo
VOSSA EXCELÊNCIA Poder Legislativo
Poder Judiciário
VOSSA SENHORIA Demais Autoridades e Particulares
VOSSA MAGNIFICÊNCIA Reitores da Universidade
VOSSA SANTIDADE Papa
VOSSA EMINÊNCIA OU VOSSA EMINÊNCIA REVERENDÍSSIMA Cardeais
VOSSA EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA Arcebispo e Bispos
VOSSA REVERENDÍSSIMA OU VOSSA SENHORIA REVERENDÍSSIMA Monsenhores, Cônegos e Superiores Regiliosos
VOSSA REVERÊNCIA Sacerdores, Clérigos e demais Religiosos

D ica 65:

Língua portuguesa
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
destinatário, seguido de vírgula.

D ica 66:


Os avisos são expedidos exclusivamente por Ministros de Estado, Secretário-Geral da Presidência da República,
Consultor-Geral da República, Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete Militar da Presidência
22 da República e pelos Secretários da Presidência da República, para autoridades de mesma hierarquia. 22
D ica 67:
Ofício
É o tipo mais comum de comunicação oficial. Definido como comunicação escrita que as autoridades fazem entre
si, entre subalternos e superiores, e entre a Administração e particulares, sempre em caráter oficial, o ofício não
oferece muitas dificuldades para a redação.

D ica 68:
O memorando presta-se a comunicações internas sobre assuntos rotineiros. Por isso, devem ser suas caracterís-
ticas a rapidez, a simplicidade a clareza e a concisão. Em algumas estruturas, o memorando vem sendo substituído
pelo correio eletrônico.

Quanto à forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com uma ressalva, porém: o destinatário deve
ser mencionado pelo cargo que ocupa.

D ica 69:
Exposição de Motivos

Língua portuguesa
Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para:

▪ Informá-lo de determinado assunto;


▪ Propor alguma medida; ou
▪ Submeter a sua consideração projeto de ato normativo.`


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D ica 70:
Mensagem
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens envia-
das pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública; expor
o plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que
dependem de deliberação de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto
seja de interesse dos poderes públicos e da Nação.

D ica 71:
Valor Documental
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, ou seja,
para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade
do remetente, na forma estabelecida em lei.

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