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Aula 03

Português p/ Polícia Federal (Agente)


Com Videoaulas - 2020

Autor:
Décio Terror Filho
Aula 03

10 de Fevereiro de 2020

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Décio Terror Filho
Aula 03

RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES.


DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO
PERÍODO. REORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE
ORAÇÕES E DE PERÍODOS DO TEXTO. EMPREGO DOS
SINAIS DE PONTUAÇÃO.
Sumário
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1 – Princípios gramaticais ................................................................................................................................... 2

2 – Período composto por subordinação substantiva ......................................................................................... 3

3 - Período composto por subordinação adjetiva ............................................................................................ 16

1 – A pontuação e a classificação das orações adjetivas ............................................................................ 18

2 - As orações reduzidas e desenvolvidas.................................................................................................... 21

4 – Período composto por subordinação adverbial ......................................................................................... 47

1 – Valores das orações suvbordinadas adverbiais..................................................................................... 48

4.1.1 Causais ............................................................................................................................................ 48

4.1.2 Consecutivas..................................................................................................................................... 49

4.1.3 Condicionais ..................................................................................................................................... 50

4.1.4 Concessivas ...................................................................................................................................... 51

4.1.5 Comparativas .................................................................................................................................. 52

4.1.6 Conformativas.................................................................................................................................. 53

4.1.7 Proporcionais ................................................................................................................................... 53

4.1.8 Finais ................................................................................................................................................ 55

4.1.9 Temporais ........................................................................................................................................ 55

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5 – O que devo tomar nota como mais importante? ...................................................................................... 106

3 – Lista de questões de revisão .................................................................................................................... 109

4 – Gabarito .................................................................................................................................................. 149

1 – PRINCÍPIOS GRAMATICAIS
Olá, pessoal!

Reconhecemos, na aula passada, a coordenação entre as orações. Tudo com vistas à pontuação e à
troca de conectivos, alvo da banca CESPE.

Também em aula anterior, falamos dos termos da oração. Devemos perceber que sujeito, objeto
direto, objeto indireto e complemento nominal são termos eminentemente substantivos. Isso quer dizer que
seus núcleos devem ser substantivos ou palavras de valor substantivo. Os termos predicativo e aposto
podem ter núcleos substantivos ou adjetivos, mas cabe agora falarmos apenas de seu valor substantivo.

Por exemplo, “isso” é um pronome. Por possuir valor substantivo, pode ocupar as funções sintáticas
faladas anteriormente. Veja:

Isso é lindo. (Isso = sujeito)

Vi isso. (isso = OD)

Sei disso. (disso = OI)

Sou obediente a isso. (a isso = CN)

Ela é isso. (isso = predicativo)

Só quero uma coisa: isso. (isso = aposto)

Um macete para sabermos se a palavra tem valor substantivo é trocá-la pelo pronome demonstrativo
substantivo “ISSO”. Não é sempre que dá certo com o aposto, mas ele tem uma estrutura bem característica.

E por que isso é importante?

Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo e aposto
(de valor substantivo) recebem um verbo, transformam-se numa oração subordinada substantiva.

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2 – PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO


SUBSTANTIVA

Com base nas frases abaixo, observe os termos em negrito e suas funções sintáticas. Quando o termo
recebe um verbo, vira uma oração.

Veja:

Era indispensável teu regresso.


1 VL + predicativo (sujeito simples)
período simples (oração absoluta)

Era indispensável que tu regressasses.


2 VL + predicativo Suj + VI
oração principal oração subordinada substantiva
subjetiva
período composto

Era indispensável tu regressares.


3 VL + predicativo Suj + VI
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de
infinitivo)
período composto

Na frase 1, temos apenas uma oração (período simples), pois há apenas um verbo: “Era”. Esse verbo
é de ligação, seguido do predicativo “indispensável” e o sujeito “teu regresso”.

Na frase 2, o então sujeito “teu regresso” recebeu um verbo e foi modificado para “que tu
regressasses”. Assim, há duas orações (período composto). Note que esta oração recentemente formada
não produz sentido sozinha; por isso a chamamos de subordinada. Ela é considerada substantiva por ter sido
gerada de um termo substantivo. Para se reforçar isso, podemos trocá-la pelo pronome “isso”. Veja: Isso era
indispensável. O pronome “isso” continua na função de sujeito, então a oração sublinhada terá a função de
sujeito da oração principal.

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Note que a oração subordinada substantiva será sempre o termo que falta na oração principal.
Confirme isso na frase 2: na oração principal só há verbo de ligação e predicativo, falta o sujeito, que é toda
a oração posterior. Esta oração é chamada de desenvolvida, pois possui conjunção (integrante “que”) e o
verbo está conjugado em tempo e modo verbal (regressasses).

Na frase 3, a oração sublinhada perdeu a conjunção integrante “que” e isso fez com que reduzíssemos
a quantidade de vocábulos da oração. Assim, o verbo que se encontrava conjugado passou a uma forma
infinitiva. Por esse motivo, dizemos que a oração sublinhada na frase é reduzida de infinitivo.

Essa denominação completa você não precisa decorar, basta entender o processo, a estrutura. A
banca CESPE não pergunta o nome, mas quer saber o emprego disso.

Seguem agora outras estruturas em que o termo, ao receber o verbo, passa a ser uma oração
subordinada substantiva.

Veja:

Na ata da reunião constava a presença deles. (Isso constava na ata da reunião)


adjunto adverbial de lugar + VI + sujeito

Na ata da reunião constava que eles estavam presentes. (Isso constava...)


oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva

Na ata da reunião constava eles estarem presentes. (Isso constava...)


oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo

Foi anunciado o debate deles. (Isso foi anunciado)


locução verbal + sujeito

Foi anunciado que eles debateriam. (Isso foi anunciado)


oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva

Foi anunciado eles debaterem. (Isso foi anunciado)


oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo

As orações subordinadas substantivas subjetivas são também denominadas de sujeito oracional. Vale
lembrar que o verbo da oração principal que tem como sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva
deve ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim, mesmo que haja vocábulos no plural no sujeito
oracional, a oração principal permanecerá com o verbo no singular. Veja que os verbos “constava” e “Foi
anunciado” não se flexionaram no plural, mesmo o sujeito oracional possuindo vocábulos no plural.

Agora veremos o complemento verbal direto. Perceba a seguir que, nas orações principais, os verbos
possuem sujeito, são transitivos diretos e necessitam de um complemento, o qual será toda a oração
posterior.

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Economistas previram um aumento no desemprego. (Economistas previram isso.)


sujeito + VTD + objeto direto

Economistas previram que o desemprego aumentaria. (Economistas previram isso.)


oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta

Economistas previram aumentar o desemprego. (Economistas previram isso.)


oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo

Mas cabe uma peculiaridade da oração subordinada substantiva objetiva direta. Nas frases
interrogativas indiretas, as orações subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas pela
conjunção subordinada integrante “se” e por pronomes ou advérbios interrogativos:

Ninguém sabe se ela aceitará a proposta.

Ninguém sabe como ela aceitará a proposta.

Ninguém sabe quando ela aceitará a proposta.

Ninguém sabe onde ela aceitará a proposta.

Ninguém sabe qual é a proposta.

Ninguém sabe quanto é a proposta.

Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber
(chamados auxiliares sensitivos) ocorre uma forma peculiar de oração subordinada substantiva objetiva
direta reduzida de infinitivo:

Deixe-me repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o gritar.

Nesses três últimos casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo
e, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos átonos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais
e são conhecidos por sujeito acusativo. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome
oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações
reduzidas em desenvolvidas:

Deixe que eu repouse.

Mandei que eles saíssem.

Ouvi que ele gritava.

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É bom esclarecer que os verbos causativos e sensitivos não formam locução verbal, porque fazem
parte de orações distintas, formando um período composto.

Agora, passemos às orações com função de objeto indireto e complemento nominal. Se o objeto
indireto e o complemento nominal (os quais são termos iniciados por preposição) recebem o verbo,
naturalmente vão continuar com a preposição antecedendo-os.

Teus amigos confiam em tua vitória. (Teus amigos confiam nisso.)


sujeito + VTI + objeto indireto

Teus amigos confiam em que tu vencerás. (Teus amigos confiam nisso.)


oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta

Teus amigos confiam em venceres. (Teus amigos confiam nisso.)


oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo

Perceba que, na completiva nominal, não é o verbo que exige o complemento, é o nome.

Teus pais estavam certos de tua volta. (Teus pais estavam certos disso.)
sujeito + VL + predicativo + complemento nominal

Teus pais estavam certos de que tu voltarias. (Teus pais estavam certos disso.)
oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal

Teus pais estavam certos de voltares. (Teus pais estavam certos disso.)
oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo

Note que a oração predicativa transmite a característica do sujeito.

Nossa maior preocupação era a chuva. (Nossa maior preocupação era isso)
sujeito + VL + predicativo

Nossa maior preocupação era que chovesse. (Nossa maior preocupação era isso)
oração principal + oração subordinada substantiva predicativa

Nossa maior preocupação era chover. (Nossa maior preocupação era isso)
oração principal + oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo

Todas as orações até aqui elencadas puderam ser substituídas pela palavra “ISSO”. Apenas a oração
apositiva não transmite coerência com essa troca; porém, observe que a banca não cobra o nome, mas
pergunta se os dois pontos marcam o início de um aposto ou se marcam o início de um esclarecimento,
desenvolvimento de uma palavra anterior. Veja:

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Todos defendiam esta ideia: a desapropriação do prédio.


sujeito + VTD + objeto direto + aposto

Todos defendiam esta ideia: que o prédio fosse desapropriado.


oração principal + oração subordinada substantiva apositiva

Todos defendiam esta ideia: o prédio ser desapropriado.


oração principal + oração subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo

Agora que já vimos todas as orações substantivas, vem a pergunta: Por que temos de identificar esse
tipo de oração? Porque...

a) excetuando o aposto, vimos que esses termos substantivos não são separados por vírgula,
portanto também não podemos separar a oração subordinada substantiva de sua oração principal
por vírgula;
b) quando esse tipo de oração tiver a função de sujeito, objeto direto e predicativo, não deve haver
uso de preposição antecedendo-os;
c) a conjunção que as inicia é chamada de integrante (que, se), a qual não possui valor semântico,
nem função sintática;
d) quando houver oração subordinada substantiva subjetiva (sujeito oracional), o verbo da oração
principal sempre ficará na terceira pessoa do singular.

Outra coisa importante!!!

A conjunção integrante “que” geralmente expressa certeza:

Diga que começou o trabalho.

A conjunção integrante “se” geralmente expressa dúvida:

Diga se começou o trabalho.

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1. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Mas é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral (de uma
diminuição da crença em princípios fundamentais) ou de outras causas, econômicas, sociais, políticas,
culturais ou até mesmo biológicas.
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” (linha 1) funciona como complemento desse termo.

Comentário: Na oração principal “é difícil”, há o verbo de ligação “é” e o predicativo “difícil”. Assim, falta o
sujeito, que é a oração posterior “dizer”. Como podemos trocar a oração substantiva pela palavra “isso” para
ficar mais fácil perceber seu valor, temos a seguinte estrutura: isso é difícil.

Note que o verbo “dizer” é transitivo direto e toda a estrutura posterior “se a maior turbulência
depende de uma crise moral (de uma diminuição da crença em princípios fundamentais) ou de outras causas,
econômicas, sociais, políticas, culturais ou até mesmo biológicas” é uma oração subordinada substantiva
objetiva direta, a qual funciona como complemento do verbo “dizer”, e não do adjetivo “difícil”.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

2. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)


Fragmento do texto: Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha,
um resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que morasse alguém
naquele cemitério de gigantes.
No texto, o sujeito da oração “Era custoso” (linha 4) é
a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (linhas 4 e 5).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (linhas 4 e 5).
c) o termo “custoso” (linha 4).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (linhas 3 e 4).

Comentário: A estrutura da questão anterior é a mesma desta, pois, na oração principal “Era custoso”, há o
verbo de ligação “Era” e o predicativo “custoso”. Assim, falta o sujeito, que é a oração posterior “acreditar”.
Como podemos trocar a oração substantiva pela palavra “isso” para ficar mais fácil perceber seu valor, temos
a seguinte estrutura: isso era custoso.

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Note que o verbo “acreditar” é transitivo direto e toda a estrutura posterior “que morasse alguém
naquele cemitério de gigantes” é uma oração subordinada substantiva objetiva direta, a qual funciona como
complemento do verbo “acreditar”.

Assim, entendemos que a alternativa (A) é a correta, pois o verbo “acreditar” é o sujeito oracional e
é estendido pela oração subordinada substantiva objetiva direta “que morasse alguém naquele cemitério de
gigantes”.

A alternativa (B) está errada, pois “alguém” é sujeito do verbo “morasse” e “naquele cemitério de
gigantes” é o adjunto adverbial de lugar.

A alternativa (C) está errada, pois “custoso” é o predicativo.

As alternativas (D) e (E) estão erradas, pois o sujeito está determinado e é aquele que se encontra na
alternativa (A).

Observação: Vemos os tipos de sujeito oculto e indeterminado na aula de concordância.

Gabarito: A

3. (CESPE / PM AL Soldado 2018)


Fragmento do texto: As mesmas causas explicam por que parece tão fácil outros afirmarem-se como seus
tutores.
Seriam preservadas a correção e a coesão do texto caso fosse inserida uma vírgula imediatamente após
“explicam” (linha 1).

Comentário: No período, o termo “As mesmas causas” é o sujeito, o verbo “explicam” é transitivo direto e a
oração “por que parece tão fácil” é subordinada substantiva objetiva direta (As mesmas causas explicam
isso). Como sabemos que não cabe vírgula entre oração principal e oração subordinada substantiva, a
afirmação está errada.

Observação: Note que a expressão interrogativa “por que” se encontra numa das estruturas
peculiares da oração subordinada substantiva objetiva direta. Ela se encontra numa frase interrogativa
indireta. Note também que a preposição “por” não ocorre por exigência do verbo “explicam”, mas porque a
expressão “por que” é uma locução causal.

Gabarito: E

4. (CESPE / PC SE Delegado 2018)


Fragmento do texto: Para que a atuação policial ocorra dentro dos parâmetros democráticos, é essencial
que haja a implementação de um modelo de policiamento que corresponda aos preceitos constitucionais,
promovendo-se o equilíbrio entre os pressupostos de liberdade e segurança.
A oração “que haja a implementação de um modelo de policiamento” (ℓ. 2) tem a função de qualificar o
adjetivo que a antecede: “essencial” (ℓ.1).

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Comentário: Primeiramente, notamos que uma oração que caracteriza um substantivo é adjetiva, a qual é
vista adiante em nossa aula. Assim, já há um primeiro erro. Além disso, a questão afirma que haveria uma
caracterização de um adjetivo, o que não pode ocorrer, pois um adjetivo pode ser modificado por um
advérbio, transmitindo-lhe circunstância, o que aqui também não ocorreu.

Na realidade, o verbo “é” é de ligação e “essencial” é o predicativo. Assim, falta na oração principal o
sujeito. Por isso, a oração “que haja a implementação de um modelo de policiamento” é subordinada
substantiva subjetiva.

Note que podemos trocar a oração substantiva por “isso”: Isso é essencial.

Portanto, um sujeito não tem o papel de caracterizar e a afirmação está errada.

Gabarito: E

5. (CESPE / TCE MG Analista de Controle Externo 2018)


Fragmento do texto: Descobrir a gota ocasional da verdade no meio de um grande oceano de confusão e
mistificação requer vigilância, dedicação e coragem. Mas, se não praticarmos esses hábitos rigorosos de
pensar, não poderemos ter esperança de solucionar os problemas verdadeiramente sérios que enfrentamos.
No texto, em “não poderemos ter esperança de solucionar os problemas verdadeiramente sérios”, o trecho
“de solucionar os problemas verdadeiramente sérios”
a) exprime uma circunstância de modo para “poderemos ter”.
b) exprime uma circunstância de modo para “ter esperança”.
c) completa o sentido do termo abstrato “esperança”.
d) completa o sentido da expressão “poderemos ter”.
e) exprime uma circunstância de finalidade para “ter esperança”.

Comentário: O substantivo abstrato “esperança” rege a preposição “de” e a oração “de solucionar os
problemas verdadeiramente sérios” é subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo.

Assim como, nos termos da oração, o complemento nominal completa o sentido de um substantivo
abstrato, a oração completiva nominal também completa o sentido do substantivo abstrato “esperança” e a
alternativa (C) é a correta.

As alternativas (A), (B) e (E) estão erradas, pois quem transmite circunstância é a estrutura adverbial.

A alternativa (D) está errada, pois oração que completa o sentido de verbo é objetiva direta ou
indireta.

Gabarito: C

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6. (CESPE / EBSERH Técnico – 2018)


Fragmento do texto: Essa mudança drástica não deixou o organismo humano ileso. Estudos mostram que o
açúcar, por alterar alguns tecidos humanos durante a fase de crescimento, pode ser o responsável por
problemas que vão de miopia e acne até o câncer.
A colocação de uma vírgula logo após a forma verbal “mostram” (linha 1) prejudicaria a correção gramatical
do texto.

Comentário: O verbo “mostram” é transitivo direto e a oração “que o açúcar (...) pode ser o responsável por
problemas” é subordinada substantiva objetiva direta, a qual não pode ser separada de sua principal por
vírgula. Assim, realmente a vírgula prejudicaria a correção gramatical e a afirmação está correta.

Gabarito: C

7. (CESPE / ABIN Agente de Inteligência – 2018)


Fragmento do texto: Cabe à inteligência tratar fundamentalmente da produção de conhecimentos com o
objetivo específico de auxiliar o usuário a tomar decisões de maneira mais fundamentada.
As orações “de auxiliar o usuário” (linha 2) e “a tomar decisões de maneira mais fundamentada” (linha 2)
exercem a função de complemento do nome “objetivo” (linha 2).

Comentário: A oração “de auxiliar o usuário” é subordinada substantiva completiva nominal e completa o
sentido do substantivo “objetivo”. Porém, a oração “a tomar decisões de maneira mais fundamentada” é
subordinada substantiva objetiva indireta e completa o sentido do verbo “auxiliar”.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

8. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: Em linhas gerais, pode-se afirmar que os direitos civis igualam os indivíduos pela
possibilidade legal de terem liberdades comuns. Os direitos políticos garantem aos indivíduos igualdade de
participação na escolha do governo. Os direitos sociais definem um mínimo de igualdade, considerando-se a
desigualdade econômica e de oportunidades. Responder a esse modelo de forma integrada e aproximar as
expectativas do cidadão da realidade social parece ser o desafio das democracias de massa para obter
legitimidade.
No último período do parágrafo, o trecho “ser o desafio das democracias de massa para obter legitimidade”,
formado por duas orações coordenadas entre si, exerce a função sintática de sujeito da forma verbal
“parece”.

Comentário: Primeiramente, já podemos notar o erro na afirmação, tendo em vista que “para obter
legitimidade” não é estrutura coordenada, mas subordinada. O valor da preposição “para” será visto adiante.

Depois, podemos notar que a estrutura “Responder a esse modelo de forma integrada e aproximar
as expectativas do cidadão da realidade social” é constituída de duas orações subordinadas substantivas

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reduzidas de infinitivo e se encontram coordenadas entre si. Elas são o sujeito da locução verbal de ligação
“parece ser”. Assim, a expressão “o desafio das democracias de massa” é o predicativo do sujeito.

Por tudo isso, a afirmação está errada.

Gabarito: E

9. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: A efetiva transparência do administrador público não se resume à publicidade dos
gastos. É necessário que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita legalidade, visto que, enquanto o
administrador privado pode fazer tudo o que não seja proibido em lei, o administrador público somente
pode fazer aquilo que a lei expressamente autorize.
A oração “que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita legalidade” (linha 2) exerce a função de
complemento do adjetivo “necessário” (linha 2).

Comentário: Na oração principal, o verbo “É” é de ligação, “necessário” é o predicativo e “que as suas contas
sejam analisadas à luz da estrita legalidade” é uma oração subordinada substantiva subjetiva. Assim, tal
oração não é complemento e a afirmação está errada.

Gabarito: E

10. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: É possível deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla branca.
A oração “apertar a tecla branca” exerce, no período em que ocorre, a função de complemento da forma
verbal “basta”.

Comentário: O complemento verbal é o objeto direto ou indireto, e nunca o sujeito. Como o verbo “basta”
é intransitivo e a oração “apertar a tecla branca” é subordinada substantiva subjetiva, a afirmação está
errada.

Gabarito: E

11. (CESPE / ICMBIO Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: O arquiteto por trás da iniciativa, Jan Gehl, acreditava que os espaços urbanos deveriam
servir para a interação social. Na época, foi criticado pela imprensa e por comerciantes, que ponderavam
que as pessoas não passariam muito tempo ao ar livre em uma capital gélida. Erraram. As vendas triplicaram,
e a rua de pedestres foi ocupada pelos moradores.
Nas sequências “acreditava que os espaços urbanos” (linha 1) e “ponderavam que as pessoas não passariam”
(linhas 2 e 3), o “que” introduz complementos oracionais para as formas verbais “acreditava” e
“ponderavam”.

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Comentário: Sabemos que as orações subordinadas substantivas objetivas diretas, objetivas indiretas são
empregadas para completarem o sentido de verbos. Além disso, as orações subordinadas substantivas
completivas nominais são empregadas para completarem o sentido de nomes.

Justamente isso é cobrado nesta questão. Quando se afirma que a conjunção integrante “que” inicia
complementos oracionais para as formas verbais transitivas diretas “acreditava” e “ponderavam”, isso
significa que devemos perceber se essas orações são substantivas objetivas diretas.

O verbo “acreditava” tem como núcleo do sujeito “arquiteto” e como objeto direto a oração “que os
espaços urbanos deveriam servir para a interação social”.

O verbo “ponderavam” tem como sujeito o pronome relativo “que”, o qual retoma o substantivo
“comerciantes” e, possivelmente, o substantivo “imprensa”, e como objeto direto a oração “que as pessoas
não passariam muito tempo ao ar livre em uma capital gélida”:

O arquiteto por trás da iniciativa, Jan Gehl, acreditava que os espaços urbanos deveriam servir para a
interação social. Na época, foi criticado pela imprensa e por comerciantes, que ponderavam que as pessoas
não passariam muito tempo ao ar livre em uma capital gélida.

Assim, a afirmativa está correta.

Gabarito: C

12. (CESPE / TJ SE Analista – 2014)


Fragmento do texto: No entanto, junto com esse crescimento do mundo virtual, aumentaram também o
cometimento de crimes e outros desconfortos que levaram à criação de leis que criminalizam determinadas
práticas no uso da Internet, tais como invasão a sítios e roubo de senhas. Devido ao aumento dos problemas
motivados pela digitalização das relações pessoais, comerciais e governamentais, surgiu a necessidade de se
regulamentar o uso da Internet.
O termo “de senhas” (linha 3) e a oração “de se regulamentar o uso da Internet” (linhas 4 e 5) complementam
o sentido de nomes substantivos.

Comentário: Sabemos que o termo que completa o sentido de substantivos é o complemento nominal. Note
que o substantivo “roubo” exige o complemento nominal “de senhas” e o substantivo “necessidade” exige
a oração subordinada substantiva completiva nominal “de se regulamentar o uso da Internet” (necessidade
disso).

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

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13. (CESPE / FUB Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: A academia não pode estar voltada apenas para seu público interno. É muito
importante que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando em um grupo fechado, até
para que haja crescimento da própria comunidade científica.
As orações “que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando em um grupo fechado”
(linha 2), ligadas entre si por uma relação de coordenação, exercem a função de complemento do nome
“importante” (linha 2).

Comentário: Deve-se notar que o complemento de um nome deve ser o complemento nominal. Assim,
devemos observar se essas duas orações coordenadas são subordinadas substantivas completivas nominais.

Analisando o período, verifica-se que o verbo “É” é de ligação, “importante” é o predicativo do sujeito
e as orações “que as informações sejam divulgadas” e “não permaneçam circulando em um grupo fechado”
são subordinadas substantivas subjetivas e estão coordenadas entre si (isso é muito importante). Veja:

É muito importante que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando em um grupo
fechado...

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

14. (CESPE / MPU Analista – 2013)


Fragmento do texto: A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais na
medida em que se desigualam.
A oração “quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam” (linhas 1 e 2) exerce a
função de complemento indireto da forma verbal “consiste” (linha 1).

Comentário: O verbo “consiste” é transitivo indireto e a oração “quinhoar desigualmente aos desiguais” é
subordinada substantiva objetiva indireta. Tal oração é estendida pela expressão “na medida em que se
desigualam”. Assim, toda a estrutura pode ser entendida como complemento indireto da forma verbal
“consiste”. Note que podemos substituir toda a estrutura pela palavra “isso”: “A regra da igualdade não
consiste senão nisso”.

Gabarito: C

15. (CESPE / TRE ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de três ideias
fundamentais. A primeira é a do mandato livre e independente, isto é, os representantes, ao serem eleitos,
não têm nenhuma obrigação, necessariamente, para com as reivindicações e os interesses de seus eleitores.
O representante deve exercer seu papel com base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em
que é ele quem tem a capacidade de discernimento para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos seus

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constituintes. A segunda ideia é a de que os representantes devem exprimir interesses gerais, e não
interesses locais ou regionais.
Em “A segunda ideia é a de que” (linha 6), o “a” que precede “de que” poderia ser retirado, sem acarretar
prejuízo à correção gramatical, ao passo que, em “A primeira é a do” (linha 2), o “a” que precede “do” não
poderia ser retirado, visto que substitui a palavra “ideias” (linha 2).

Comentário: Nas duas ocorrências, o substantivo “ideia” está subentendido após o artigo “a”. O uso desses
artigos é obrigatório para que realmente o substantivo fique subentendido nas duas orações e exija
complemento nominal e oração subordinada substantiva completiva nominal, respectivamente.

Por isso, a afirmativa está errada.

A primeira é a (ideia) do mandato livre e independente...


sujeito + VL + predicativo + complemento nominal

A segunda ideia é a (ideia) de que os representantes devem exprimir interesses gerais...


sujeito + VL + predicativo oração subordinada substantiva completiva nominal

oração principal

Gabarito: E

16. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível superior – 2011)


Fragmento de texto: Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi maquiavélico;
o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social.
A expressão de realce “é que” (linha 2) poderia ser retirada sem prejuízo para o sentido e a correção
gramatical do período em que ela se insere.

Comentário: Note que a expressão “é que” não é empregada como realce, ela não pode ser retirada, por ser
constituída de verbo de ligação e a conjunção integrante que inicia a oração subordinada substantiva
predicativa. Veja:

...o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social...
sujeito + VL + oração subordinada substantiva predicativa
Gabarito: E

17. (CESPE / Tribunal de Contas TO nível superior – 2009)


Fragmento do texto: É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com
a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado
de mercadorias e capitais.

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O trecho “confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de


livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais”
exerce a função sintática de sujeito.

Comentário: A oração principal “É fácil, hoje em dia,” é constituída de verbo de ligação “É”, predicativo “fácil”
e adjunto adverbial de tempo “hoje em dia”. Na sequência, ocorreu a oração subordinada substantiva
subjetiva reduzida de infinitivo.

Gabarito: C

3 - PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO ADJETIVA


Vimos, no início da aula, os termos da oração e as orações subordinadas substantivas, que provêm
da maioria destes termos. Agora veremos as orações subordinadas adjetivas.

As orações subordinadas adjetivas têm esse nome porque equivalem a um adjetivo. Em termos
sintáticos, essas orações exercem a função que normalmente cabe a um adjetivo (a de um adjunto adnominal
ou aposto explicativo). O adjunto adnominal é termo do qual ainda não falamos, mas nos basta entender o
seguinte: todo termo da oração possui no mínimo um vocábulo, o qual chamamos de núcleo. Por vezes, esse
núcleo vem antecipado ou seguido de outros vocábulos de valor adjetivo, os quais passam à função de
adjunto adnominal.

Perceba isso no exemplo abaixo. O objeto direto é o termo “gente mentirosa”. O núcleo é o
substantivo “gente” e o adjunto adnominal é “mentirosa”, o qual serve para caracterizar o núcleo.

Detesto gente mentirosa.


VTD núcleo Adj. Adn.
do OD
objeto direto
período simples

Detesto gente que mente.


oração principal Or Sub Adjetiva
período composto

Na primeira construção, o adjetivo “mentirosa” é adjunto adnominal, o qual caracteriza o núcleo do


objeto direto “gente”. Ao se inserir um verbo nesta função adjetiva, naturalmente haverá uma oração de
mesmo valor. Por isso passa a ser uma oração subordinada adjetiva.

A conexão entre a oração subordinada adjetiva e a oração principal é feita pelo pronome relativo
que. Esse vocábulo não pode ser confundido com a conjunção integrante “que”, vista anteriormente, a qual
inicia uma oração subordinada substantiva. Portanto vamos às formas de se evitar o erro:

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1. Detesto mentiras. 2. Detesto gente mentirosa.

1. Detesto que mintam. 2. Detesto gente que mente.

a) O vocábulo “mentiras” é um substantivo. Quando a) O vocábulo “mentirosa” é um adjetivo. Quando é


é substituído por verbo, passa a fazer parte de uma substituído por um verbo, passa a fazer parte de
oração subordinada substantiva. uma oração adjetiva.

b) “mentiras” é núcleo do objeto direto do verbo b) “mentirosa” é adjunto adnominal e restringe o


“Detesto”, por isso “que mintam” é oração núcleo do objeto direto.
subordinada substantiva objetiva direta da oração
principal “Detesto”. c) Não há coesão em se substituir a oração “que
mente” pelo vocábulo “isso”. Veja: Detesto gente
c) O vocábulo “que” é uma conjunção integrante e isso. Por isso não é oração substantiva. O segundo
toda a oração a partir desse vocábulo pode ser passo é substituir o “que” por “o qual” e suas
substituída pelo vocábulo “isso”, para a variações, para confirmar se é pronome relativo
confirmação de ser oração substantiva. (Detesto iniciando oração adjetiva. Veja: Detesto gente a qual
isso.) mente.

No período “Detesto gente que mente”, desenvolvem-se duas ideias, relacionadas à palavra “gente”:
a primeira é a de que eu a detesto e a segunda a de que ela mente. Assim:

Detesto gente. Gente mente.


VTD + OD Suj + VI

Entendendo-se que o vocábulo “gente” está se repetindo desnecessariamente, pode-se inserir no


lugar desse vocábulo repetido o pronome relativo “que” ou “a qual”. “Gente” está na função de sujeito,
então o pronome “que” ou “a qual” também ocupa a função de sujeito. Veja:

Detesto gente. Gente mente.

Detesto gente que mente.

Detesto gente a qual mente.

sujeito

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Visando ao que pode ser exigido pela banca CESPE, muitas vezes se vê questão que pede para substituir
um vocábulo por outro, permanecendo o sentido e a gramaticalidade. Neste caso, se a banca pedisse para
substituirmos “gente” por “pessoas”, permaneceria a semântica, mesmo um estando no singular e o outro
no plural. Mas essa substituição implicaria mudança na concordância do verbo “mente”, que deveria
flexionar-se no plural, haja vista que o pronome relativo “que” é sujeito e retomaria “pessoas”. Assim:

Detesto pessoas que mentem.


VTD + objeto direto Suj + V. intransitivo
oração principal oração Sub Adjetiva

Outras vezes a banca CESPE cobra simplesmente a atenção voltada ao contexto para identificar o
referente. Por exemplo:

1. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que demitiu duzentos funcionários.

2. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que exportou para a Europa.

3. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que embelezam as mulheres.

Na frase 1, o pronome relativo “que” retomou o substantivo “dono”, pois se entende que quem
demite é o “dono”; na frase 2, foi retomado o substantivo “empresa”, pois é mais adequado dizer que a
exportação é feita pela “empresa” e não pelo “dono”. Na frase 3, a concordância é feita no plural, porque o
pronome relativo retomou “cosméticos”, que também está no plural. Isso é muito cobrado na prova. Muita
atenção.

Uma forma de isso ficar mais claro é substituir o pronome “que” pelo pronome relativo “o qual” e
suas variações, típica questão do CESPE. Assim, na frase 1 seria “o qual”, na 2 “a qual” e na 3 “os quais”.

Não veremos nesta aula quais são os pronomes relativos e suas funções sintáticas. Isso será visto na
aula de regência verbal e nominal. Vamos trabalhar agora a pontuação nestas orações.

1 – A pontuação e a classificação das orações adjetivas

Para entendermos a pontuação referente a termos adjetivos, é necessário sabermos a diferença


entre dois tipos de adjetivo.

Adjetivo explicativo: é aquele que denota qualidade essencial do ser, característica inerente, ou seja,
qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente,
todo leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em relação a homem, fogo e
leite.

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Adjetivo restritivo: é o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade que pode
ser retirada do substantivo. Por exemplo, nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo
leite é enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em relação a homem, fogo
e leite.

mortal quente branco explicativo


homem fogo leite
inteligente alto enriquecido restritivo

Quando o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado por ele, teremos o seguinte:
se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre vírgulas e funcionará sintaticamente como aposto
explicativo; se for adjetivo restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como adjunto adnominal.
Por exemplo: “O homem, mortal, age como um ser imortal.” Nessa frase, mortal é adjetivo explicativo, pois
indica uma qualidade essencial do substantivo, por isso está entre vírgulas e sua função sintática é a de
aposto explicativo. Já na frase “O homem inteligente lê mais.”, inteligente é adjetivo restritivo, pois se
entende que nem todo homem lê muito, por isso não está entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto
adnominal.

Assim, o adjetivo pode ter o valor restritivo (especifica o sentido do termo antecedente,
individualizando-o) e explicativo (realça um detalhe ou amplifica características básicas sobre o antecedente,
que já se encontra suficientemente definido). Como aprofundamento disso, vejamos o adjetivo “inteligente”.

1. O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos.

2. O homem inteligente não joga lixo no chão.

Na frase 1, esse adjetivo possui valor básico do homem: ser pensante, que raciocina. Essa é a condição
básica para que ele possa ter a capacidade cognitiva e então através dos séculos ter a possibilidade de isso
ser ampliado. Esse adjetivo está entre vírgulas para marcar o valor explicativo e com isso há a função sintática
de aposto explicativo.

Na frase 2, esse mesmo adjetivo possui valor semântico diferente, pois se sabe que nem todos os
homens deixam de jogar o lixo no chão. Então esse não é um princípio só do poder de raciocínio, mas da
virtude, da educação. Assim, inteligente, neste caso, é o homem educado. Como sabemos que nem todos
são educados, há certamente um valor restritivo. Por isso esse vocábulo não está separado por vírgulas e
cumpre a função sintática de adjunto adnominal.

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Portanto, se o aposto explicativo recebe um verbo, tornar-se-á uma oração subordinada adjetiva
explicativa. Se o adjunto adnominal recebe um verbo, tornar-se-á oração subordinada adjetiva restritiva.
O uso de vírgula continua da mesma forma que nos termos da oração ditos anteriormente. Veja:

O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos.


sujeito aposto VTD + objeto direto + adjunto adverbial de tempo
explicativo
período simples

O homem, que é inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos.
oração subordinada
adjetiva explicativa
oração principal
período composto

O homem inteligente não joga lixo no chão.


adjunto Adj Adv VTD OD Adj Adv lugar
Adj Adn + núcleo adnominal
negação
sujeito simples
período simples

O homem que é inteligente não joga lixo no chão.


oração subordinada
adjetiva restritiva
oração principal
período composto

Portanto, dependendo do uso da vírgula numa oração adjetiva, haverá mudança de sentido. Em
determinados momentos, a vírgula poderá ser inserida ou retirada, isso fará com que a oração mude o
sentido, mas não quer dizer que haverá incoerência com os argumentos do texto. Exemplo:

Angélica, encontrei seu irmão que mora em Paris.

Angélica, encontrei seu irmão, que mora em Paris.

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Uma forma prática de se enxergar melhor a restrição é subentendendo a expressão somente aquele
que.

Assim, no primeiro período, observa-se que somente o irmão de Angélica o qual mora em Paris foi
encontrado por mim, os outros irmãos dela não foram citados no contexto. Portanto, sem vírgulas, entende-
se que ela tem mais de um irmão.

Já no segundo período, entende-se que a característica básica de irmão de Angélica é ser morador de
Paris, pois ele é o único irmão. Veja outros:

O curso possui oitocentos alunos que farão a prova da OAB.

O curso possui oitocentos alunos, que farão a prova da OAB.

No primeiro período, entende-se que somente oitocentos alunos do curso farão a prova da OAB, os
outros não. Então o curso possui mais de oitocentos alunos. No segundo período, percebe-se que todo o
efetivo discente do curso fará a prova da OAB. E sua totalidade é de oitocentos alunos.

Escolha a joia de que goste. Escolha a joia, de que gosta.

No primeiro período, alguém foi convidado a escolher uma joia ainda não apreciada, conhecida pela
felizarda. A joia da qual gostar poderá ser escolhida. Ao passo que, no segundo período, a pessoa
presenteada já conhecia a joia e já gostava dela, por isso passou a haver a característica explicativa.

Outro ponto importante. Se o aposto explicativo pode ser separado por vírgulas, travessões e
parênteses; o mesmo vai ocorrer com a oração subordinada adjetiva explicativa.

2 - As orações reduzidas e desenvolvidas

Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo conjugado em modo e tempo
verbal, as orações subordinadas adjetivas são chamadas de desenvolvidas. Além delas, existem as orações
subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas
por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).

Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.

Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.

No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo
pronome relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há
uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no
infinitivo.

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18. (CESPE / MPC-PA Analista Ministerial – Controle Interno e Externo 2019)


No texto CG2A1-I, seriam preservados a correção gramatical e os sentidos do trecho “Um exemplo da
extensão do problema está na declaração dada em 2017 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF), segundo a qual 1,4 milhão de crianças, de quatro diferentes países da África — Nigéria, Somália,
Iêmen e Sudão do Sul —, corre risco iminente de morrer de fome” se
A) o travessão logo após “África” fosse substituído por dois-pontos.
B) os travessões fossem substituídos por parênteses.
C) uma vírgula fosse empregada logo após “problema”.
D) o segmento “segundo a qual” fosse isolado entre vírgulas.
E) a vírgula empregada logo após “crianças” fosse suprimida.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o termo “Nigéria, Somália, Iêmen e Sudão do Sul” é o aposto
enumerativo intercalado, o qual deve ficar entre dois travessões. Assim, não cabe a substituição de apenas
um deles por vírgula.

A alternativa (B) é a correta, pois o termo “Nigéria, Somália, Iêmen e Sudão do Sul” é o aposto
enumerativo intercalado, o qual pode ficar entre dois travessões ou entre parênteses. Veja:

...segundo a qual 1,4 milhão de crianças, de quatro diferentes países da África (Nigéria, Somália, Iêmen e
Sudão do Sul), corre risco iminente de morrer de fome”.

A alternativa (C) está errada, pois não cabe vírgula entre o sujeito “Um exemplo da extensão do
problema” e o verbo “está”.

A alternativa (D) foi dada como errada. Entende-se da afirmação que se pedia uma vírgula após o
adjunto adverbial de conformidade “segundo a qual”, o que naturalmente pode ocorrer. Assim, na realidade,
tal termo não estaria entre vírgulas, pois não está intercalado, mas antecipado, e a primeira vírgula ocorre
porque inicia uma oração subordinada adjetiva explicativa.

Assim, a vírgula após “segundo a qual” é correta, mas possivelmente a banca considerou a afirmação
errada, porque o termo não está intercalado, como sugere o trecho “isolado entre vírgulas”.

A alternativa (E) está errada, pois o termo “de quatro diferentes países da África” está separado por
vírgula, porque é um aposto explicativo. A exclusão da vírgula torna o termo um adjunto adnominal, o qual
passa a ter valor restritivo.

Gabarito: B

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19. (CESPE / MPC-PA Conhecimentos básicos nível médio 2019)


Fragmento de texto: Em seus estudos, o economista comparou a situação de desequilíbrio entre países
pobres, cuja capacidade de produção agrícola é baixa, e países ricos, de alta capacidade produtiva. Nessa
análise, percebeu-se que os países desenvolvidos possuíam muito mais dinheiro investido no chamado
capital humano, mais especificamente em educação.
A correção gramatical e os sentidos originais do segundo parágrafo do texto CG3A3-II seriam mantidos caso
A) a vírgula empregada logo após “análise” (linha 3) fosse suprimida.
B) o ponto final empregado na linha 2 fosse substituído por vírgula, com a devida alteração de maiúscula e
minúscula no início do período subsequente.
C) uma vírgula fosse inserida logo após “percebeu-se” (linha 3).
D) uma vírgula fosse introduzida logo após “desenvolvidos” (linha 3).
E) as vírgulas empregadas logo após “pobres” (linha 2) e “ricos” (linha 2) fossem suprimidas.

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois “Nessa análise” é um adjunto adverbial de pequena extensão
e está antecipado. Assim, a vírgula é facultativa.

A alternativa (B) está errada, pois o ponto finaliza a afirmação do período anterior. Em seguida, ocorre
o adjunto adverbial “Nessa análise”, o qual está subordinado à estrutura posterior. Com a substituição do
ponto final por vírgula, ocorreria um problema de coesão, pois não haveria clareza sobre a quem o termo
“nessa análise” estaria subordinado: à estrutura anterior ou posterior. Compare:

Em seus estudos, o economista comparou a situação de desequilíbrio entre países pobres, cuja
capacidade de produção agrícola é baixa, e países ricos, de alta capacidade produtiva. Nessa análise,
percebeu-se que os países desenvolvidos possuíam muito mais dinheiro investido no chamado capital
humano, mais especificamente em educação.

Em seus estudos, o economista comparou a situação de desequilíbrio entre países pobres, cuja
capacidade de produção agrícola é baixa, e países ricos, de alta capacidade produtiva, nessa análise,
percebeu-se que os países desenvolvidos possuíam muito mais dinheiro investido no chamado capital
humano, mais especificamente em educação.

A alternativa (C) está errada, pois o verbo “percebeu” é transitivo direto, o pronome “se” é
apassivador. Assim, não cabe vírgula entre a oração principal e a oração subordinada substantiva subjetiva
(de valor paciente) “que os países desenvolvidos possuíam muito mais dinheiro investido no chamado capital
humano, mais especificamente em educação”.

A alternativa (D) está errada, pois não cabe vírgula entre sujeito (“os países desenvolvidos”) e verbo
(“possuíam”).

A alternativa (E) está errada, pois a vírgula após o adjetivo “pobres” inicia a oração subordinada
adjetiva explicativa intercalada “cuja capacidade de produção agrícola é baixa”. Assim, se houvesse a
exclusão da primeira vírgula, haveria a necessidade da inserção de vírgula após “baixa”. Ainda assim, haveria
mudança de sentido de explicação para restrição.

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Além disso, o termo “de alta capacidade produtiva” está separado por vírgula por ser um aposto
explicativo. A exclusão da vírgula transforma esse termo a adjunto adnominal. Confirme:

Em seus estudos, o economista comparou a situação de desequilíbrio entre países pobres, cuja capacidade
de produção agrícola é baixa, e países ricos, de alta capacidade produtiva.

Gabarito: A

20. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)


Fragmento do texto: Ao ar livre, as pilhas, que alcançam um metro de altura, refletem os raios de sol de
forma difusa e provocam um incessante piscar de olhos. Por trás delas, um corredor estreito, formado por
antigos decodificadores de televisão a cabo, se esconde sob uma poeira fina que sobe do chão.
A supressão da vírgula empregada logo após o vocábulo “estreito” (ℓ. 3) alteraria os sentidos originais do
texto, mas manteria sua correção gramatical.

Comentário: A oração “formado por antigos decodificadores de televisão a cabo” é subordinada adjetiva
explicativa e está intercalada por duas vírgulas. Assim, a exclusão apenas da primeira torna a estrutura
sintática errada gramaticalmente.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

21. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)


Fragmento do texto: Há cerca de um ano, Adílson vive com os cerca de 600 reais que ganha por mês
coletando, separando e revendendo sobras de computadores, que recebem o nome de e-lixo. Todos os
meses, ele transforma 20 toneladas de sucata eletrônica em quilos e quilos de alumínio, ferro, cobre, plástico
e até mesmo ouro.
O elemento “que”, em “que recebem o nome de e-lixo” (ℓ. 2), retoma o termo “sobras de computadores”
(ℓ.2).

Comentário: Entendemos do trecho que sobras de computadores recebem o nome de e-lixo. Assim,
realmente o pronome relativo “que” retoma “sobras de computadores” e a afirmação está correta.

Gabarito: C

22. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Passávamos férias na fazenda da Jureia, que ficava na região de lindas propriedades
cafeeiras. Íamos de automóvel até Barra do Piraí, onde pegávamos um carro de boi. Lembro-me do aboio do
condutor, a pé, ao lado dos animais, com uma vara: “Xô, Marinheiro! Vâmu, Teimoso!”.
A retirada da vírgula empregada na linha 1 alteraria os sentidos originais do primeiro período do texto.

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Comentário: A oração “que ficava na região de lindas propriedades cafeeiras” é precedida do


vocábulo “que”, o qual retoma “fazenda da Jureia” e pode ser substituído por “a qual”. Assim, temos
certeza de que tal oração é subordinada adjetiva. Como ela está precedida de vírgula, é explicativa.
Dessa forma, se retirarmos a vírgula, tal oração muda o sentido para restritiva.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

23. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: O ICMS, adotado no país, é o único caso no mundo de imposto que, embora se pareça
com o IVA, não é administrado pelo governo federal — o que dá aos estados total autonomia para
administrar, cobrar e gastar os recursos dele originados.
No texto, o emprego de vírgulas para isolar as expressões “adotado no país” (linha 1) e “embora se pareça
com o IVA” (linhas 1 e 2) é
a) facultativo em ambas as expressões.
b) obrigatório apenas na primeira expressão.
c) apenas uma escolha estilística do autor.
d) justificado por regras distintas de pontuação.
e) necessário devido ao deslocamento dessas expressões dentro do período.

Comentário: Deve-se dar especial atenção ao uso da dupla vírgula. A oração “adotado no país” é subordinada
adjetiva explicativa reduzida de particípio e pode ser desenvolvida da seguinte forma: que é adotado no país.

Tal oração deve, obrigatoriamente, ficar entre vírgulas, mas também pode ser separada por
travessões ou parênteses.

A oração “embora se pareça com IVA” é subordinada adverbial concessiva e se encontra intercalada,
por isso deve ser separada por vírgulas.

Assim, o emprego de vírgulas é obrigatório e justificado por regras distintas de pontuação, tendo em
vista que a primeira oração é explicativa e a segunda é subordinada adverbial.

Portanto, a alternativa correta é (D).

Gabarito: D

24. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo ambiental muito alto, avisam os
cientistas. Nos humanos, o excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual dormimos pode reduzir
drasticamente os níveis de melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília.

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A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho “que se infiltra
no ambiente no qual dormimos” (ℓ. 2) fosse isolado por vírgulas.

Comentário: A oração “que se infiltra no ambiente” é subordinada adjetiva restritiva. Ao inserirmos a dupla
vírgula, tal oração passa a explicativa.

Analisando o texto, sem a dupla vírgula, podemos compreender que há um excesso de luz que se
infiltra no ambiente e outro que não se infiltra, justamente pelo valor restritivo dessa oração.

Ao colocar a dupla vírgula, podemos entender que todo e qualquer excesso de luz urbana se infiltra
no ambiente no qual dormimos.

Portanto, a afirmação está correta.

Gabarito: C

25. (CESPE / MPU Técnico 2018)


Fragmento do texto: A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração global
decorrente da modernização dos meios de comunicação como a Internet, pois é sinônimo de estranheza e
de falta de tolerância.
A inserção de uma vírgula após “global” (linha 1) alteraria os sentidos originais do texto, mas não sua
correção gramatical.

Comentário: No texto, o termo “decorrente da modernização dos meios de comunicação como a Internet” é
um adjunto adnominal, por apresentar valor restritivo. Com a inserção da vírgula, passamos a um sentido
explicativo (aposto explicativo). Assim, muda-se o sentido, mas se preserva a correção gramatical, por isso a
afirmação está correta. Compare:

A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração global decorrente da modernização


dos meios de comunicação como a Internet, pois é sinônimo de estranheza e de falta de tolerância.

A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração global, decorrente da modernização


dos meios de comunicação como a Internet, pois é sinônimo de estranheza e de falta de tolerância.

Gabarito: C

26. (CESPE / Polícia Federal Perito Criminal 2018)


Fragmento do texto: As séries da TV retratam incorretamente os cientistas forenses, mostrando-os como se
tivessem tempo de sobra para todos os casos. Os programas mostram diversos detetives, técnicos e
cientistas dedicando toda sua atenção a uma investigação.
A substituição da forma verbal “dedicando” (linha 3) por que dedicam manteria os sentidos originais do
texto.

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Comentário: Temos que ter bastante cuidado ao transformarmos uma oração reduzida numa desenvolvida,
pois o tempo verbal a ser inserido deve manter a informação original. Note que a oração “dedicando toda
sua atenção a uma investigação” está reduzida de gerúndio e a questão pede para a transformarmos em
desenvolvida.

Note que "dedicando" é gerúndio e está sendo empregado com valor de ação em desenvolvimento,
isto é, diversos detetives, técnicos e cientistas são mostrados durante o trabalho de uma investigação, com
toda a sua atenção voltada a essa atividade. Confirme:

Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma
investigação.

Porém, ao utilizarmos a oração adjetiva "que dedicam toda sua atenção a uma investigação", o
presente do indicativo não transmite a ação em desenvolvimento. Há, agora, apenas menção de que os
programas mostram os profissionais que normalmente se dedicam, regularmente dedicam, e não há mais a
noção de ação em desenvolvimento, mas simplesmente uma regularidade, uma rotina. Compare ambas as
construções:

Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma
investigação.

Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas que dedicam toda sua atenção a uma
investigação.

Assim, por notarmos que deixamos de ter uma ação em desenvolvimento para termos uma rotina,
regularidade, há mudança de sentido e a afirmação está errada.

Gabarito: E

27. (CESPE / TCE MG Analista de Controle Externo 2018)


Um esforço combinado que vise transmitir a todos os cidadãos a ciência — por meio de rádio, TV, cinema,
jornais, livros, programas de computadores, parques temáticos, salas de aula — deve pautar-se em quatro
razões principais. (...)
A ciência nos alerta contra os perigos introduzidos por tecnologias que alteram o mundo, especialmente o
meio ambiente de que nossas vidas dependem. (...)
A longo prazo, a maior dádiva da ciência talvez seja nos ensinar, de um modo ainda não superado por
nenhum outro empenho humano, alguma coisa sobre nosso contexto cósmico, sobre o ponto do espaço e
do tempo em que estamos, e sobre quem nós somos. (...)
Os valores da ciência e os da democracia são concordantes, em muitos casos indistinguíveis. (...)
Tanto a ciência quanto a democracia encorajam opiniões não convencionais e debate vigoroso. Ambas
requerem raciocínio adequado, argumentos coerentes, padrões rigorosos de evidência e honestidade.
A correção gramatical do texto seria mantida, ainda que seu sentido fosse alterado, caso se inserisse uma
vírgula logo após

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a) “combinado” (ℓ.1).
b) “ambiente” (ℓ.5).
c) “superado” (ℓ.6).
d) “democracia” (ℓ.9).
e) “Ambas” (ℓ.10)

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a oração intercalada “que vise transmitir a todos os cidadãos
a ciência — por meio de rádio, TV, cinema, jornais, livros, programas de computadores, parques temáticos,
salas de aula —” é subordinada adjetiva restritiva. Ao inserirmos uma vírgula no seu início, devemos também
inserir uma vírgula após. Porém, isso não foi mencionado na alternativa. Assim, haveria erro gramatical
inserir uma vírgula após “combinado”.

A alternativa (B) é a correta, pois a oração “de que nossas vidas dependem” é subordinada adjetiva
restritiva. A inserção de uma vírgula muda o sentido para explicativo, mas mantém a correção gramatical.

A alternativa (C) está errada, pois “superado” é um particípio e “por nenhum outro empenho
humano” é o agente da passiva, o qual não pode ser precedido de vírgula.

As alternativas (D) e (E) estão erradas, pois não cabe vírgula entre o sujeito e o predicado.

Gabarito: B

28. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Frise-se que foi a partir das formulações de Cícero que a compreensão de dignidade
ficou desvinculada da posição social. O filósofo conferiu à dignidade da pessoa humana um sentido mais
amplo ligado à natureza humana: todos estão sujeitos às mesmas leis da natureza, que proíbem que uns
prejudiquem aos outros.
Seria mantido o sentido do texto caso o trecho “que proíbem que uns prejudiquem aos outros” (linhas 3 e
4) fosse reescrito da seguinte forma: o que impossibilita que uns e outros se prejudiquem.

Comentário: No trecho original, percebemos que o pronome relativo “que” retoma o substantivo “leis”.
Assim, entendemos que as leis da natureza proíbem que uns prejudiquem aos outros.

Porém, com a troca, o pronome relativo “que” passa a retomar o pronome demonstrativo “o”, o qual
retoma toda a ação anterior, ou seja: o fato de todos estarem sujeitos às mesmas leis da natureza.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

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29. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Esse rapaz que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida é um
sintoma da revivescência de um sentimento que parecia ter morrido no coração dos homens: o domínio
sobre a mulher. Há outros casos. (...)
Caso se isolasse por vírgulas o trecho “que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida”
(linha 1), seria pertinente inferir que o autor se referisse a um rapaz já anteriormente mencionado, ou
conhecido do interlocutor.

Comentário: A oração “que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida” é subordinada
restritiva por não estar separada por vírgulas. Assim, entendemos do texto original que foi feita referência a
um rapaz não conhecido, isto é, fala-se de alguém que se enquadraria na situação de matar a ex-noiva e
suicidar-se em seguida, não havendo referência a uma pessoa conhecida, mas que se enquadrasse nisso.

Ao inserirmos as vírgulas, a oração passaria a ter sentido explicativo, tal explicação seria a
característica básica desse rapaz, supostamente já conhecido por tal característica ou relacionado
anteriormente no texto.

Gabarito: C

30. (CESPE / STM Técnico Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Narração é diferente de narrativa, uma vez que mantém algo da ideia de acompanhar
os fatos à medida que eles acontecem. A narrativa é uma totalidade de acontecimentos encadeados, uma
espécie de soma final, e está presente em tudo: na sequência de entrada, prato principal e sobremesa de
um jantar; em mitos, romances, contos, novelas, peças, poemas; no Curriculum vitae; na história dos nossos
corpos; nas notícias; em relatórios médicos; em conversas, desenhos, sonhos, filmes, fábulas, fotografias.
Sem prejuízo à correção gramatical e aos sentidos originais do texto, o termo “encadeados” (linha 2) poderia
ser substituído pela oração que se encadeiam.

Comentário: Note que “encadeados” é um adjetivo restritivo, o qual cumpre a função de adjunto adnominal.
A questão apenas queria que você observasse a possibilidade da inserção do verbo, com os devidos ajustes,
para a transformação em oração subordinada adjetiva restritiva.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

31. (CESPE / TCE PB Auditor de Contas Públicas – 2018)


Fragmentos do texto: Há também quem caracterize a história como uma ciência da mudança no tempo, e
quase ninguém aponta sua genuína capacidade de reiteração. (...)
Além disso, se ao longo do tempo se destacam as alterações cumulativas de fatos e ocorrências, não
é difícil notar, também, a presença de problemas estruturais que permanecem como que inalterados e assim
se repetem, vergonhosamente, na nossa história nacional. (...)

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Nessa lista seria possível mencionar os racismos, o feminicídio, a corrupção, a homofobia e o


patrimonialismo.
Desigualdade não é uma contingência nem um acidente qualquer, tampouco uma decorrência
natural e mutável de um processo que não nos diz respeito. (...)
Quando se trata de enfrentar a desigualdade, não há saída fácil ou receita de bolo. Prefiro apostar
nos alertas que nós mesmos somos capazes de identificar.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se inserisse uma vírgula logo após
a) “alertas” (ℓ.11).
b) “também” (ℓ.1).
c) “tempo” (ℓ.3).
d) “lista” (ℓ.6).
e) “processo” (ℓ.9).

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a oração “que nós mesmos somos capazes de identificar” é
subordinada adjetiva restritiva, a qual delimita o sentido do substantivo “alertas”. Ao inserirmos a vírgula,
passamos a um sentido explicativo. Assim, preserva-se a correção gramatical, mas muda-se o sentido.

A alternativa (B) está errada, pois “também” é um advérbio intercalado, o qual pode receber duas
vírgulas, não apenas uma. Assim, a inserção de uma vírgula após o advérbio “também” implicaria erro
gramatical.

A alternativa (C) está errada, pois “ao longo do tempo” é uma locução adverbial intercalada, a qual
pode receber duas vírgulas, não apenas uma. Assim, a inserção de uma vírgula após “tempo” implicaria erro
gramatical.

A alternativa (D) é a correta, pois a expressão “Nesta lista” é um adjunto adverbial antecipado, por
isso pode receber vírgula sem mudança de sentido.

A alternativa (E) está errada, pois a oração “que não nos diz respeito” é subordinada adjetiva
restritiva, a qual delimita o sentido do substantivo “processo”. Ao inserirmos a vírgula, passamos a um
sentido explicativo. Assim, preserva-se a correção gramatical, mas muda-se o sentido.

Gabarito: D

32. (CESPE / TCE PB Agente de documentação – 2018)


Fragmentos do texto: No espaço aberto da cidade, no refúgio da biblioteca, na magnitude do livro e na
humildade dos objetos mais simples, a escrita teve como missão conjurar contra a fatalidade da perda. (...)
O excesso de escrita, que multiplica os textos inúteis e abafa o pensamento sob o acúmulo de
discursos, foi considerado um perigo tão grande quanto seu contrário. Embora fosse temido, o apagamento
era necessário, assim como o esquecimento também o é para a memória. Nem todos os escritos foram
destinados a se tornar arquivos cuja proteção os defenderia da imprevisibilidade da história. Alguns foram
traçados sobre suportes que permitiam escrever, apagar e depois escrever de novo.

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Seria mantida a correção gramatical do texto, embora com alteração do sentido original, caso se inserisse
uma vírgula logo após a palavra
a) “grande” (ℓ.4).
b) “como” (ℓ.5).
c) “arquivos” (ℓ.6).
d) “missão” (ℓ.2).
e) “inúteis” (ℓ.3).

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “quanto seu contrário” é estrutura subordinada adverbial
comparativa, a qual pode ser precedida de vírgula, sem alteração de sentido.

A alternativa (B) está errada, pois a locução conjuntiva subordinativa “assim como” não permite ser
seguida de vírgula.

A alternativa (C) é a correta, pois a oração “cuja proteção os defenderia da imprevisibilidade da


história” é subordinada adjetiva restritiva, a qual delimita o sentido do substantivo “arquivos”. Ao inserirmos
a vírgula, passamos a um sentido explicativo. Assim, preserva-se a correção gramatical, mas muda-se o
sentido.

A alternativa (D) está errada, pois a expressão “como missão” é intercalada, por isso pode receber
duas vírgulas, e não apenas uma.

A alternativa (E) está errada, pois a conjunção “e” une duas orações coordenadas de mesmo sujeito.
Assim, não cabe vírgula antes de tal conjunção.

Gabarito: C

33. (CESPE / CGM João Pessoa PB Técnico – 2018)


Fragmento do texto: O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Se a regra transgredida não causa
prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou na fila; chega uma pessoa
precisando pagar sua conta que vence naquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar
dessa forma de “jeitinho”.
A palavra “que” (linha 3) retoma o termo que a antecede e relaciona duas orações no período.

Comentário: A palavra “que”, na linha 3, é um pronome relativo, o qual retoma o substantivo “conta” e inicia
a oração subordinada adjetiva restritiva “que vence naquele dia”.

Assim, tal vocábulo é visto como elemento anafórico (pois retoma palavra anterior) além de ser um
conectivo, pois liga a oração subordinada à principal “precisando pagar sua conta”.

Por isso, a afirmação está correta.

Gabarito: C

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34. (CESPE / CGM João Pessoa PB Técnico – 2018)

Os termos “antiéticas”, “ilegais” e “combatidas” qualificam a palavra “práticas”.

Comentário: Note que o substantivo “práticas” está sendo qualificado pelos adjetivos “antiéticas”, “ilegais”
e também pela oração subordinada adjetiva explicativa “que devem, sim, ser combatidas”.

Note que o erro da afirmação foi mencionar “combatidas” como uma possível adjetivo, quando na
verdade é o verbo principal da locução verbal da voz passiva “devem ser combatidas”. Assim, não é
“combatidas” que caracteriza “práticas”, mas toda a oração “que devem, sim, ser combatidas”.

Gabarito: E

35. (CESPE / PC MA Delegado – 2018)


Fragmento do texto: “Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta, precisa impregná-lo de
palavras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz, que lhe proclamam e
promovem”
O pronome “que” possui o mesmo antecedente nas três ocorrências no trecho “precisa impregná-lo de
palavras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz, que lhe proclamam e
promovem”.

Comentário: O primeiro pronome relativo “que” retoma “palavras e conceitos”, o segundo e o terceiro
pronomes relativos “que” retomam “valores humanos”.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

36. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


Fragmento do texto: O desastre, que completou um ano no último dia 28 de novembro, matou 71 pessoas,
em sua maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense.

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O sentido seria preservado caso as vírgulas que sucedem as palavras “desastre” (linha 1) e “novembro” (linha
1) fossem suprimidas.

Comentário: A oração subordinada adjetiva “que completou um ano no último dia 28 de novembro” é
explicativa por estar separada por duas vírgulas. Ao excluirmos as vírgulas, passamos a uma oração
subordinada adjetiva restritiva. Assim, o sentido muda obrigatoriamente e a afirmação está errada.

Gabarito: E

37. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


Fragmento do texto: O desastre, que completou um ano no último dia 28 de novembro, matou 71 pessoas,
em sua maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense.
A substituição do termo “que” (linha 1) por o qual prejudicaria a correção gramatical do texto.

Comentário: Como o pronome relativo “que” retoma o substantivo masculino “desastre”, pode ser
substituído por “o qual”, mantendo-se a correção e o sentido.

Já que a questão afirmou haver prejuízo da correção gramatical, está errada.

Gabarito: E

38. (CESPE / TRT 7ª R Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: Na mídia em geral, nos discursos políticos, em mensagens publicitárias, na fala de
diferentes atores sociais, enfim, nos diversos contextos em que a comunicação se faz presente, deparamo-
nos repetidas vezes com a palavra cidadania.(...)
O fenômeno é mundial, afeta, de modos e em graus distintos, todas as sociedades e aponta para uma
democratização progressiva e sustentada das repúblicas. (...)
Em suma, reconhecer a centralidade que assumiu a discussão sobre direitos ajuda a entender a atual
onipresença da palavra cidadania. Mas avançar na elucidação desse fenômeno impõe perceber que, ao lado
da valorização dos direitos, se desenvolve igualmente a certeza de que o caminho para efetivá-los é a
mobilização pública do sentimento de justiça, e não a ativação de métodos personalistas de acesso a eles.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso se isolasse por vírgulas
a) o trecho “avançar na elucidação desse fenômeno” (linha 7).
b) o trecho “que assumiu a discussão sobre direitos” (linha 6).
c) a expressão “repetidas vezes” (linha 3).
d) a palavra “sustentada” (linha 5).

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de
infinitivo “avançar na elucidação desse fenômeno” não pode ser separada por vírgula.

A alternativa (B) está errada, pois a oração “que assumiu a discussão sobre direitos” é subordinada
adjetiva restritiva. Se recebesse vírgula, passaria a explicativa. Assim, haveria mudança de sentido.

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A alternativa (C) é a correta, pois o adjunto adverbial intercalado “repetidas vezes” pode ser separado
por dupla vírgula.

A alternativa (D) está errada, pois o termo “progressiva e sustentada” é o adjunto adnominal
composto de “democratização”. Assim, há um valor restritivo. Com a inserção de vírgulas, haveria mudança
de sentido. Além disso, não cabe a separação por vírgulas apenas do último núcleo, por constituírem um só
termo sintático.

Gabarito: C

39. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: É consensual que uma administração pública moderna, orientada por princípios de
racionalidade, deve iniciar o seu controle na própria atuação de seus agentes públicos.
A supressão das vírgulas que isolam o trecho “orientada por princípios de racionalidade” (linha 2) alteraria o
sentido original do período em que esse trecho se insere.

Comentário: A oração “orientada por princípios de racionalidade” é subordinada adjetiva reduzida de


particípio. Como está isolada por vírgulas, é explicativa. Se houver a exclusão das vírgulas, isso altera o
sentido para restrição.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

40. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais,
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida baseia-se em
um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade de garantir um hábitat
saudável às atuais e futuras gerações humanas.
A oração “que protege os animais” (linha 1) delimita o sentido do termo “norma” (linha 1).

Comentário: A oração “que protege os animais” é subordinada adjetiva. Como não está separada por
vírgulas, é restritiva. O valor restritivo é justamente aquele que delimita o sentido do substantivo a que se
refere. Por isso, a afirmação está correta.

Gabarito: C

41. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal, os animais são
tema de direito civil. Ainda são estudados na atualidade brasileira, sob a influência do direito romano, como
simples coisas semoventes, como se desprovidos fossem da capacidade de sentir dor ou apego. Em
jurisprudência majoritária, são apenas objetos que possuem a capacidade de se mover e que podem
proporcionar lucros aos seus proprietários.

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A inserção de uma vírgula imediatamente após “objetos” (linha 4) manteria a correção gramatical e o sentido
original do período.

Comentário: A oração “que possuem a capacidade” é subordinada adjetiva. Como não está separada por
vírgulas, é restritiva. Logicamente, se houvesse inserção de vírgula antes dessa oração, haveria mudança de
sentido para explicação. Por isso, a afirmação está errada.

Gabarito: E

42. (CESPE / PC GO Superior – 2016)


Fragmento do texto: Além disso, há uma questão relacionada à possibilidade do estado de dependência do
crime: a probabilidade de se cometerem crimes no presente está relacionada à quantidade de crimes que já
se cometeram.
A oração “que já se cometeram” (linhas 2 e 3)
a) equivale, sintática e semanticamente, a que foi cometida.
b) está coordenada à expressão “quantidade de crimes” (linha 2).
c) explica o termo “crimes” (linha 2).
d) complementa o substantivo “quantidade” (linha 2).
e) restringe o sentido do termo “crimes” (linha 2).

Comentário: Quando uma oração adjetiva não é precedida de vírgula, é de natureza restritiva. Assim, a
oração subordinada adjetiva “que já se cometeram” restringe o substantivo “crimes”, isto é, o termo a que
ela se refere.

Assim, a alternativa correta é a (E).

A alternativa (A) está errada, pois deve haver a flexão no masculino e plural: que foram cometidos.

A alternativa (B) está errada, pois não há relação de coordenação, mas de subordinação adjetiva.

A alternativa (C) está errada, pois não há explicação, mas restrição.

A alternativa (D) está errada, pois uma oração adjetiva não complementa termo, ela o caracteriza.
Além disso, o termo caracterizado é “crimes”, e não “quantidade”.

Gabarito: E

43. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento do texto: As audiências públicas integram o perfil dos Estados democráticos de direito,
modelados pelo constitucionalismo europeu do pós-guerra, segundo o qual o poder político não apenas
emana do povo, sendo em nome dele exercido, mas comporta a participação direta do povo.

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É por meio dessas audiências que o responsável pela decisão tem acesso às diversas opiniões sobre
a matéria debatida e abre a oportunidade para as pessoas que irão sofrer os reflexos da deliberação se
manifestarem antes de seu desfecho.
A oração “que irão sofrer os reflexos da deliberação” (linha 5) é indispensável ao sentido do período, pois
delimita a referência de “pessoas” (linha 5).

Comentário: Primeiramente, devemos notar que a oração “que irão sofrer os reflexos da deliberação” é
subordinada adjetiva e se refere ao substantivo “pessoas”.

Essa oração adjetiva é indispensável no período, pois traduz um valor de restrição ao substantivo
“pessoas”.

A banca quis apenas nos testar sobre nosso conhecimento a respeito da diferença entre a explicação
(expressão que basicamente confirma a anterior), por isso é elemento normalmente dispensável no
segmento.

Já a restrição deve ser mantida, haja vista a delimitação de sentido do substantivo anterior.

Portanto, a afirmação está correta.

Gabarito: C

44. (CESPE / FUB Superior – 2016)


Fragmento do texto: Em 1875, quando estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou à física, um
jovem alemão chamado Max Planck foi fortemente aconselhado a não escolher a física, porque os grandes
avanços já haviam sido realizados. Garantiram-lhe que o século vindouro seria de consolidação e
refinamento, não de revolução. Planck não deu ouvidos.
É facultativo o emprego das vírgulas que isolam, no texto, o trecho “quando estava decidindo se dedicaria a
vida à matemática ou à física” (21 e 22).

Comentário: A oração “quando estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou à física” está
intercalada e deve se manter separada por vírgulas.

Primeiro há o adjunto adverbial de tempo “Em 1875”. Na sequência, ocorre a oração subordinada
adjetiva explicativa “quando estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou à física”.

Perceba que “quando” é um pronome relativo neste contexto, haja vista que retoma a expressão
anterior. Compare:

Em 1875, quando estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou à física, um jovem alemão chamado
Max Planck foi fortemente aconselhado...

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Em 1875, período em que estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou à física, um jovem alemão
chamado Max Planck foi fortemente aconselhado...

Dessa forma, a dupla vírgula é obrigatória e a afirmação está errada.

Gabarito: E

45. (CESPE / CGE PI Auditor – 2015)


Fragmento do texto: Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me pareceu
um pouco estranho.
No trecho “ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me pareceu um pouco estranho”, o
elemento “que” introduz oração de natureza restritiva, intercalada por estrutura de valor adverbial.

Comentário: Vimos que, quando uma oração adjetiva não é precedida de vírgula, ela é de natureza restritiva.
Assim, a primeira parte da afirmação está correta.

Além disso, a expressão “apesar disso” é um adjunto adverbial concessivo, o qual se encontra
intercalado e separado por vírgulas. Dessa forma, também a segunda parte da afirmação está correta.

Gabarito: C

46. (CESPE / CGE PI Auditor – 2015)


Fragmento do texto: Nem todas serão interessantes, não raras serão aborrecidas, mas, se o dono tiver
cuidado, pode extrair uma dúzia delas que mereçam sair cá fora.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se inserisse uma vírgula logo após o termo
“delas”.

Comentário: Podemos perceber que a palavra “que”, mencionada na questão, é um pronome relativo. Prova
disso é que podemos substituir “que” por “as quais”. Veja:

...pode extrair uma dúzia delas que mereçam sair cá fora.

...pode extrair uma dúzia delas as quais mereçam sair cá fora.

Assim, temos certeza de que há oração subordinada adjetiva restritiva. Uma vírgula colocada antes
certamente mudaria o sentido para explicativa. Dessa forma, houve erro na afirmação.

Gabarito: E

47. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento do texto: O histórico dos crimes cibernéticos, por sua vez, remonta à década de 70, quando, pela
primeira vez, foi definido o termo hacker, como sendo aquele indivíduo que, dotado de conhecimentos
técnicos, promove a invasão de sistemas operacionais privados e a difusão de pragas virtuais.

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A oração “que, dotado (...) pragas virtuais” é de natureza restritiva.

Comentário: A oração “que (...) promove a invasão de sistemas operacionais privados e a difusão de pragas
virtuais” é subordinada adjetiva, pois podemos trocar a palavra “que” pela expressão “o qual”. Assim,
confirmamos realmente a oração adjetiva. Como ela não está precedida de vírgula, temos certeza de que ela
tem valor restritivo. Assim, a afirmativa está correta.

Gabarito: C

48. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento do texto: Posteriormente, na década de 70, foi criado o protocolo Internet, que permitiu a
comunicação entre os seus poucos usuários até então, uma vez que ela ainda estava restrita aos centros de
pesquisa dos Estados Unidos da América.
As vírgulas empregadas nas linha 2 isolam oração de natureza condicional.

Comentário: A oração “que permitiu a comunicação entre os seus poucos usuários até então” é subordinada
adjetiva, pois podemos trocar a palavra “que” pela expressão “o qual”. Assim, sabemos que a oração não
tem valor condicional, mas adjetivo. Como tal oração é precedida de vírgula, tem valor adjetivo explicativo.

Gabarito: E

49. (CESPE / SECTI DF Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: É comum, inclusive, a falta de clareza a respeito dos objetivos e produtos de cada
unidade administrativa ou prestadora de serviços. Portanto, para se reproduzir a racionalidade
microeconômica, devem ser definidos critérios e criados mecanismos que sejam coerentes com a realidade
do setor público.
No período compreendido entre as linhas 2 e 4, a supressão da expressão “que sejam” não prejudicaria a
correção gramatical nem os sentidos do texto.

Comentário; Para compreendermos bem o pedido da questão, vamos inserir o período original e em seguida
a reescrita da forma como pede a questão.

Período original:

Portanto, para se reproduzir a racionalidade microeconômica, devem ser definidos critérios e criados
mecanismos que sejam coerentes com a realidade do setor público.

Reescrita:

Portanto, para se reproduzir a racionalidade microeconômica, devem ser definidos critérios e criados
mecanismos coerentes com a realidade do setor público.

Lendo os períodos, percebemos que não há prejuízo gramatical, pois simplesmente houve a troca de
uma base oracional adjetiva por uma base adjetiva. Assim, a afirmação está correta.

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Gabarito: C

50. (CESPE / Câmara Deputados Analista Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: O calor intenso derreteu a neve nas pistas, forçou o cancelamento de treinos e
prejudicou competições. Por trás dessa surpresa, um velho conhecido: o aquecimento global, fenômeno
responsável por mudanças climáticas intensas que têm afetado o planeta no último século e que pôde ser
notado em anomalias frequentes nessa última temporada de inverno no Hemisfério Norte e de verão, no
Sul.
As orações “que têm afetado” (linha 3) e “que pôde ser notado” (linhas 3 e 4) referem-se a “aquecimento
global” (linha 2).

Comentário: Para que as orações subordinadas adjetivas refiram-se a um termo, o pronome relativo deve
retomá-lo. Na oração “que têm afetado”, o pronome relativo “que” retoma “mudanças climáticas”. Já, na
oração “que pôde ser notado em anomalias frequentes”, o pronome relativo “que” retoma “aquecimento
global”.

“...o aquecimento global, fenômeno responsável por mudanças climáticas intensas que têm afetado o
planeta no último século e que pôde ser notado em anomalias frequentes...”

Assim, os referentes são diferentes e a afirmação está errada.

Gabarito: E

51. (CESPE / ICMBIO Nível médio – 2014)


Fragmento do texto: As palavras estampadas na bandeira nacional poderiam receber o complemento de um
adjetivo, diante do arcabouço de ideias e discussões que tratam do futuro do planeta.
Na linha 2, o elemento “que” tem a função de restringir o sentido das expressões que o antecedem, a saber,
“ideias” e “discussões”.

Comentário: Vimos que, quando uma oração adjetiva não for precedida de vírgula, ela terá a função de
restringir o sentido do termo anterior. Assim, a primeira parte da afirmação está correta.

Além disso, o pronome relativo “que” retoma os substantivos “ideias” e “discussões”, pois podemos
entender que ideias e discussões tratam do futuro do planeta. Dessa forma, também a segunda parte da
afirmação está correta.

Gabarito: C

52. (CESPE / Câmara dos Deputados Analista Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: Ao vender Sochi como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, o presidente russo
Vladimir Putin prometeu uma experiência única: turistas e atletas poderiam esquiar nas montanhas, onde é
muito frio, e mergulhar em piscinas abertas de hotéis, onde o clima é mais ameno, no mesmo dia. Sochi é
famosa como estância de veraneio de milionários russos. Pelo fato de o clima na região ser subtropical, a

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temperatura prevista para a Olimpíada já estava no limite do aceitável para a prática de esportes na neve:
no inverno, é esperada a média de 6 °C na altura do mar Negro, que banha o litoral.
As orações “onde é muito frio” (linhas 2 e 3) e “que banha o litoral” (linha 6) têm natureza explicativa, o que
justifica o fato de estarem isoladas por vírgulas.

Comentário: Primeiro, devemos ter certeza de que as duas orações são subordinadas adjetivas. A oração
“onde é muito frio” é iniciada pelo pronome relativo “onde”, o qual será estudado nas aulas posteriores.
Chegamos a essa conclusão, porque podemos substituir “onde” por “em que” ou “nas quais”. Além disso, a
oração “que banha o litoral” é iniciada pelo pronome relativo “que”. Chegamos a essa conclusão, porque
podemos substituir “que” por “o qual”.

Como temos certeza de que há orações subordinadas adjetivas, as vírgulas marcam natureza
explicativa.

Gabarito: C

53. (CESPE / Câmara dos Deputados Técnico Legislativo – 2014)

No segundo quadrinho, a retirada da vírgula logo após “felicidade” modificaria a relação semântica e sintática
entre essa palavra e o trecho “a qual é meu direito inalienável” e afetaria a coerência da argumentação.

Comentário: A oração “a qual é meu direito inalienável, de acordo com a nossa Constituição” é subordinada
adjetiva explicativa, porque está precedida de vírgula. Assim, a retirada da vírgula obrigatoriamente faz
mudar o sentido e a relação sintática, pois deixaríamos o valor explicativo e teríamos o restritivo. Com a
mudança do valor semântico, muda-se o nome da oração, por isso também há mudança sintática.

Além disso, com a vírgula, entendemos que toda e qualquer felicidade é direito inalienável de acordo
com a Constituição. Ao retirarmos a vírgula, passaremos ao sentido de que nem toda felicidade é direito
inalienável previsto na CF. Notadamente, o contexto não permite interpretar que poderia haver uma
felicidade permitida e outra não. Assim, a retirada da vírgula transmite incoerência nos argumentos do texto.

Gabarito: C

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54. (CESPE / SECTI DF Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: O que realmente é o servidor público? Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro, servidor
público é expressão empregada ora em sentido amplo, para designar todas as pessoas físicas que prestam
serviços ao Estado e às entidades da administração pública indireta, com vínculo empregatício, ora em
sentido menos amplo, que exclui os que prestam serviços às entidades com personalidade jurídica de direito
privado.
Em “ora em sentido menos amplo, que exclui os que prestam serviços às entidades com personalidade
jurídica de direito privado” (linhas 3 a 5), a vírgula empregada após o vocábulo “amplo” é necessária para
isolar oração adjetiva explicativa.

Comentário: A oração “que exclui os” é subordinada adjetiva. Como está precedida de vírgula, tem valor
explicativo. Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

55. (CESPE / ANS nível médio – 2013)


Fragmento do texto:
1 O seu controle é difícil, porque o inseto é muito versátil na escolha dos criadouros onde deposita seus
ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água
propicie a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às
pupas, das quais surge o adulto.
5 O único modo possível de se evitar a transmissão da dengue é a eliminação do mosquito transmissor
da doença, combatendo-se os focos de acúmulo de água — locais que propiciam sua criação.
As orações “que são extremamente resistentes” (linha 2) e “que propiciam sua criação” (linha 6), embora
sejam introduzidas pelo mesmo pronome relativo, denotam sentido explicativo e restritivo,
respectivamente.

Comentário: Como falamos anteriormente, a oração subordinada adjetiva explicativa deve ser separada por
vírgula(s), como é o caso da oração “que são extremamente resistentes”. Veja:

O seu controle é difícil, porque o inseto é muito versátil na escolha dos criadouros onde deposita seus
ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água
propicie a incubação.

Já a oração subordinada adjetiva restritiva não pode ser separada por vírgula, como é o caso da
oração “que propiciam sua criação”. Veja:

O único modo possível de se evitar a transmissão da dengue é a eliminação do mosquito transmissor


da doença, combatendo-se os focos de acúmulo de água — locais que propiciam sua criação.

Assim, a afirmativa está correta.

Gabarito: C

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56. (CESPE / CNJ Analista Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma relação construída a partir de um
paradigma de poder social que manipula o instrumental legal, de um poder-saber que estrutura discursos de
dominação.
As orações “que manipula o instrumental legal” (linha 2) e “que estrutura discursos de dominação” (linhas 2
e 3) têm sentido restritivo, isto é, especificam os termos a que se referem — “poder social” (linha 2) e
“poder-saber” (linha 3), respectivamente.

Comentário: Primeiro é necessário assegurar que as orações em destaque são adjetivas. Para isso, devemos
substituir os vocábulos “que” por “o qual” porque as expressões masculinas e singulares “poder social” e
“um poder-saber” estão sendo retomadas, respectivamente. Veja:

Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma relação construída a partir de um paradigma de poder social
o qual manipula o instrumental legal, de um poder-saber o qual estrutura discursos de dominação.

Tendo certeza de que as orações são realmente adjetivas e não estando precedidas de vírgula, elas
são adjetivas restritivas e a questão está correta.

Gabarito: C

57. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2013)


Fragmento do texto: No que toca às pessoas com deficiência, é possível afirmar que o viés assistencialista e
caridosamente excludente que orientava as ações governamentais tem sido substituído por programas de
efetiva inclusão, que visam formar cidadãos sujeitos do próprio destino, e não mais meros beneficiários de
políticas de assistência social.
A inserção de vírgulas imediatamente antes e depois da oração “que orientava as ações governamentais”
(linha 2) manteria a correção gramatical, mas alteraria o sentido do período.

Comentário: Primeiro, é sempre bom assegurar que a oração em destaque é realmente adjetiva. Para isso,
devemos substituir o vocábulo “que” por “o qual”, porque o substantivo “viés” está sendo retomado. Dessa
forma, passamos a ter certeza de que o vocábulo “que” realmente é um pronome relativo e inicia uma oração
subordinada adjetiva. Veja:

No que toca às pessoas com deficiência, é possível afirmar que o viés assistencialista e caridosamente
excludente o qual orientava as ações governamentais tem sido substituído por programas de efetiva inclusão,
que visam formar cidadãos sujeitos do próprio destino, e não mais meros beneficiários de políticas de
assistência social.

Tendo a certeza de que realmente há oração adjetiva e percebendo que tal oração não é precedida
de vírgula, sabemos que ela tem valor restritivo. Assim, ao inserirmos dupla vírgula, a oração
obrigatoriamente mudaria o sentido para explicação. Por isso a afirmativa está correta.

Gabarito: C

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58. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Jogadores de futebol de diversos times entraram em campo em prol do programa “Pai
Presente”, nos jogos do Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa reduzir o número de pessoas
que não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento.
A oração subordinada “que não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento” (linha 3) não é
antecedida por vírgula porque tem natureza restritiva.

Comentário: Primeiro é necessário assegurar que a oração em destaque é adjetiva. Para isso, devemos
substituir o vocábulo “que” por “as quais”, porque o substantivo “pessoas” está sendo retomado. Dessa
forma, passamos a ter certeza de que o vocábulo “que” realmente é um pronome relativo e inicia uma oração
subordinada adjetiva. Veja:

Jogadores de futebol de diversos times entraram em campo em prol do programa “Pai Presente”, nos jogos
do Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa reduzir o número de pessoas as quais não possuem
o nome do pai em sua certidão de nascimento.

Tendo a certeza de que realmente há oração adjetiva e percebendo que tal oração não é precedida
de vírgula, sabemos que ela tem valor restritivo, como afirmado na questão.

Gabarito: C

59. (CESPE / TRE MS Analista Judiciário – 2013)


Para chegar a uma explicação melhor, precisamos resolver o que chamo de o paradoxo da democracia, que
consiste na disseminação da democracia pelo mundo, ao mesmo tempo em que, nas democracias maduras,
supostamente copiadas pelo resto do mundo, há uma desilusão generalizada com os processos
democráticos.
Dado o seu caráter adverbial, a oração “Para chegar a uma explicação melhor” (linha 1) poderia ser
corretamente deslocada para logo após o trecho “precisamos resolver o que chamo de o paradoxo da
democracia” (linha 1).

Comentário: Sabemos que a oração subordinada adverbial pode ser deslocada. Neste caso, a oração “Para
chegar a uma explicação melhor” é subordinada adverbial de finalidade e se encontra antecipada, por isso a
vírgula é obrigatória. Naturalmente, tal oração poderia se posicionar após a oração principal; mas, neste
contexto, o problema é a oração subordinada adjetiva explicativa “que consiste na disseminação da
democracia pelo mundo”. Veja que, no texto, o pronome relativo “que” retoma a expressão “o paradoxo da
democracia”. Com o deslocamento da oração adverbial, o pronome relativo “que” passaria a retomar a
expressão “explicação melhor”, o que causaria incoerência nos argumentos do texto. Veja:

Para chegar a uma explicação melhor, precisamos resolver o que chamo de o paradoxo da democracia, que
consiste na disseminação da democracia pelo mundo...

Precisamos resolver o que chamo de o paradoxo da democracia, para chegar a uma explicação melhor, que
consiste na disseminação da democracia pelo mundo...

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Gabarito: E

60. (CESPE / SEGER ES Analista do Executivo – 2013)


Assinale a opção em que foram empregados corretamente os sinais de pontuação.
a) As pessoas, que dão valor, apenas, ao lado material da vida, não sabem, o que de valor há na vida.
b) Propõem-se situações semelhantes às do cotidiano nas quais o estudante terá a experiência, próxima da
realidade, com que irá deparar-se.
c) A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois, por meio dela podem-se perceber os valores que
fundamentam as práticas de uma comunidade.
d) Os artefatos produzidos, têm seu valor econômico, mas é preciso também, levar em consideração seu
valor simbólico.
e) De fato, enfrentaremos uma situação constrangedora, que será difícil de ser contornada; contamos, pois,
com a colaboração de todos para superarmos este desafio.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não pode haver vírgula entre o verbo “sabem” e o objeto
direto “o”. A oração “que dão valor, apenas, ao lado material da vida” tem valor restritivo, pois sabemos que
nem todas as pessoas dão valor apenas ao lado material da vida. Assim, devemos retirar a dupla vírgula que
intercala essa oração. Admite-se dupla vírgula para intercalar o advérbio “apenas”. Veja a correção:

As pessoas que dão valor, apenas, ao lado material da vida não sabem o que de valor há na vida.

A alternativa (B) está errada, pois a expressão “próxima da realidade” é um adjunto adnominal, termo
que não admite ser separado por vírgula. Veja a correção:

Propõem-se situações semelhantes às do cotidiano nas quais o estudante terá a experiência próxima da
realidade com que irá deparar-se.

A alternativa (C) está errada, pois o adjunto adverbial intercalado “por meio dela” não pode receber
apenas uma vírgula. Como podemos entender tal termo como de pequena extensão, podemos inserir mais
uma vírgula a fim de intercalar esse termo ou excluir a vírgula que o antecede. Veja:

A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois, por meio dela, podem-se perceber os valores que
fundamentam as práticas de uma comunidade.

ou

A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois por meio dela podem-se perceber os valores que
fundamentam as práticas de uma comunidade.

A alternativa (D) está errada, pois não pode haver vírgula entre o sujeito e o verbo. O advérbio
“também” está intercalado e não pode receber apenas uma vírgula: ou recebe duas, ou não recebe
nenhuma.

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Os artefatos produzidos têm seu valor econômico, mas é preciso, também, levar em consideração seu valor
simbólico.

ou

Os artefatos produzidos têm seu valor econômico, mas é preciso também levar em consideração seu valor
simbólico.

A alternativa (E) é a correta. A expressão “De fato” é um adjunto adverbial de afirmação, certeza.
Como tal termo é de pequena extensão, a vírgula é facultativa. A oração “que será difícil de ser contornada”
é subordinada adjetiva. Como se encontra precedida de vírgula, tem valor explicativo. A conjunção “pois”,
por estar deslocada e entre vírgulas, tem valor conclusivo. Tendo em vista a oração “contamos, pois, com a
colaboração de todos” possuir duas vírgulas, percebemos o uso estilístico do ponto e vírgula, a fim de
transmitir mais clareza.

De fato, enfrentaremos uma situação constrangedora, que será difícil de ser contornada; contamos, pois,
com a colaboração de todos para superarmos este desafio.

Gabarito: E

61. (CESPE / ANS nível Superior – 2013)


Fragmento do texto: Quando isso ocorre, os clientes que já haviam contratado o serviço continuam no
direito de usá-lo, mas a operadora não pode aceitar novos beneficiários nesses planos.
O segmento “que já haviam contratado o serviço” (linha 1) tem natureza restritiva.

Comentário: Como a oração subordinada adjetiva “que já haviam contratado o serviço” está intercalada,
mas não se encontra entre vírgulas, ela tem valor restritivo. Assim, a afirmativa está correta.

Gabarito: C

62. (CESPE / PRF nível Superior – 2013)


Fragmento do texto: Torceram também para que a versão que inculpou o pai e a madrasta fosse verdadeira.
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto, a oração “que inculpou o pai e a madrasta”
poderia ser isolada por vírgulas, sendo a opção pelo emprego desse sinal de pontuação uma questão de
estilo apenas.

Comentário: Como a oração subordinada adjetiva “que inculpou o pai e a madrasta” está intercalada, mas
não se encontra entre vírgulas, ela tem valor restritivo. Ao inserirmos dupla vírgula, tal oração muda o
sentido de restrição para explicação. Assim, uma suposta inserção do sinal de pontuação neste caso não seria
apenas por estilo, mas por intenção de mudar o sentido. Dessa forma, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

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63. (CESPE / ANS nível médio – 2013)


Fragmento do texto: O grupo técnico — composto por representantes de operadoras, beneficiários, órgãos
de defesa do consumidor, entre outros — estudou o tema e levou em consideração inúmeras publicações
disponíveis que dão suporte à proposta feita pela ANS.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir os travessões (linhas 1 e 2) por vírgulas ou
parênteses.

Comentário: A expressão intercalada “composto por representantes de operadoras, beneficiários, órgãos de


defesa do consumidor, entre outros” é um exemplo de oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de
particípio Perceba que o vocábulo “composto” é o particípio do verbo “compor”.

Como esta é uma oração subordinada adjetiva explicativa intercalada, ela pode ficar separada por vírgulas,
travessões ou parênteses. Assim, a afirmativa está corretíssima.

Gabarito: C

64. (CESPE / Polícia Civil CE Inspetor – 2012)


Fragmento de texto: E considerar outras formas de soberania que respondam melhor a um mundo
caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade.
Na linha 2, caso se insira, antes de “caracterizado”, o segmento que é, será necessário, para a manutenção
da correção gramatical e do sentido do período, o emprego de vírgula após “mundo”.

Comentário: A oração “caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade” é subordinada
adjetiva restritiva reduzida de particípio. O autor pode optar em desenvolvê-la inserindo o pronome relativo
“que” e o verbo “é”:

...um mundo que é caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade

O erro está na exigência do uso da vírgula. Neste caso, a oração passaria a explicativa, perdendo,
assim, o sentido original (que era restritivo).

Gabarito: E

Recapitulando...

Até agora, vimos os termos básicos da oração e entendemos que não se pode separá-los por vírgula.
Vimos também que o sujeito, OD e predicativo não são antecipados por preposição. Além disso, estudamos
o vocativo e o aposto tendo em vista a sua pontuação.

Em seguida, vimos que o termo adjetivo pode ter dois valores semânticos (restrição e explicação).
Quando esses termos recebem verbo, naturalmente viram orações adjetivas.

Agora falta falarmos dos termos adverbiais, principalmente no que diz respeito ao sentido e à
pontuação. Quando o adjunto adverbial recebe um verbo, transforma-se em oração subordinada adverbial.

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4 – PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO ADVERBIAL

Vírgula
Facultativa

O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo.


VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa
sujeito predicado verbal
período simples
Vírgula
Facultativa

O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo.


VTI objeto indireto VTI + objeto indireto
predicado verbal predicado verbal
sujeito
oração principal oração subordinada adverbial causal
período composto

Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se para o início ou para o meio
da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será empregada conforme foi visto nos adjuntos adverbiais de
grande extensão. Assim, via de regra, a oração subordinada adverbial, quando posposta à oração principal,
será iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se for antecipada ou intercalada, receberá vírgula ou vírgulas
obrigatoriamente.

Antecipando a estrutura adverbial...


Vírgula
obrigatória

Devido ao seu esforço no estudo, o candidato passou no concurso


adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto
sujeito
predicado verbal
período simples
Vírgula
obrigatória

Porque se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso


VTI + objeto indireto VTI objeto indireto
predicado verbal sujeito predicado verbal
oração subordinada adverbial causal oração principal
período composto

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Agora, intercalando...

vírgulas obrigatórias

O candidato, devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso.


adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto
sujeito predicado verbal
período simples

vírgulas obrigatórias

O candidato, porque se esforçou no estudo, passou no concurso


VTI+ objeto indireto VTI objeto indireto
sujeito predicado verbal predicado verbal
oração subordinada adverbial causal
oração principal
período composto

Assim como foi visto nas orações substantivas e adjetivas, as orações podem ser reduzidas. Isso
ocorre porque a conjunção é excluída e o verbo deixa de ser conjugado em modo e tempo verbal e passa a
uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio, particípio.

Por se esforçar muito nos estudos, o candidato passou no concurso.

oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo+ oração principal

1 – Valores das orações suvbordinadas adverbiais

Vários são os valores circunstanciais das orações subordinadas adverbais. Eles basicamente se
dividem em 9.

4.1.1 Causais

Exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da estrutura causa-consequência, em que a
origem ocorre temporalmente antes. E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais
conjunções causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada), já que, visto
que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc:

A mulher gritou porque teve medo.

Como fazia frio, fechou as janelas.

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Já que me pediram, vou continuar.

Uma vez que desfruta de bons pensamentos, realiza boas atitudes.

Observações:

I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que funcionam como base ou
ponto de partida de um raciocínio, em construções como:

Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a organização de seu material de


estudo.

Se ele não estudou, por que está chateado por não ter passado no concurso?

Note que podemos trocar a conjunção “se” por “como”, “já que”, por exemplo:

Como o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a organização de seu material


de estudo.

Já que ele não estudou, por que está chateado por não ter passado no concurso?

II - Vimos na aula anterior que as conjunções porque, porquanto e pois podem ser coordenativas
explicativas. Nesta, percebemos que elas também podem ser causais. A banca CESPE não pergunta qual é a
diferença entre elas, apenas pede a troca das conjunções.

4.1.2 Consecutivas

Na relação causa-consequência, o processo verbal da consequência ocorre após o da causa, e suas


conjunções exprimem um efeito, um resultado e aparecem de duas formas:

I - conjunção “que” precedida de “tal”, “tão”, “tanto”, “tamanho”:

Fazia tanto frio que meus dedos congelavam.

Tal foi seu entusiasmo que todos o seguiram.

Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar subentendidos.

Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto...)

II – locuções conjuntivas “de maneira que”, “de jeito que”, “de ordem que”, “de sorte que”, “de modo
que”, etc:

Ontem estive doente, de sorte que não pude ir ao trabalho.

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“As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar minha viagem.” (Domingos
Paschoal Cegalla)

III – locução conjuntiva “sem que”, e a conjunção “que”, seguida de negação.

Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar.

Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar.

Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação; na segunda, sua
ausência é substituída pelo advérbio de negação “não”.

4.1.3 Condicionais

Nesta relação de condição, hipótese, é muito cobrada a correlação de modo e tempo verbal. Veja:

verbo no futuro do presente do


verbo no futuro do subjuntivo
indicativo
Se o candidato estudar bastante, passará no concurso.

condição no futuro resultado provável no futuro


oração subordinada adverbial condicional oração principal

verbo no futuro do pretérito do


verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo
indicativo
Se o candidato estudasse bastante, passaria no concurso.

condição no passado resultado improvável no futuro


oração subordinada adverbial condicional oração principal

verbo no futuro do presente do


verbo no presente do subjuntivo
indicativo
Caso o candidato estude bastante, passará no concurso.

condição no presente resultado provável no futuro


oração subordinada adverbial condicional oração principal

Se uma condição é expressa no futuro ou presente, há condições de cumpri-la; por isso o resultado
expresso na oração principal é provável. Não há certeza de o candidato ser aprovado, mas há grande
possibilidade. Já numa condição expressa no passado, não há condições de cumpri-la; por isso o resultado

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expresso na oração principal é pouco provável, ou mesmo improvável. A banca CESPE normalmente pede
para substituir as conjunções ou os verbos. Portanto, deve-se atentar quanto à correlação destes tempos
verbais.

Algumas vezes, por motivo de ênfase e reforço motivacional, o autor do texto troca o tempo verbal
da oração principal de futuro do presente para presente do indicativo e futuro do pretérito para pretérito
imperfeito do indicativo. Veja a diferença:

Se o candidato estudar, passa no concurso.

Se o candidato estudasse, passava no concurso.

Não há erro nestas substituições, há apenas ênfase.

Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções conjuntivas contanto que, desde
que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que.

Comprarei o carro desde que não seja caro.

Não sairás daqui, sem que termine o estudo.

Poderão ganhar o campeonato, salvo se acontecer algum imprevisto.

“A carinha podia ser de chinesa, fossem os olhos mais enviesados.” (Raquel de Queirós)

Note a última construção. A conjunção condicional fica subentendida, e com isso é imprescindível
entender a correlação verbal para que não haja dúvida neste valor semântico.

As locuções conjuntivas condicionais desde que, dado que, uma vez que podem ser confundidas com
as causais. Para não ficar com dúvida, verifique que os verbos nas orações condicionais ficam no modo
subjuntivo, enquanto os das orações causais ficam no modo indicativo. Compare esses exemplos nos
respectivos valores adverbiais vistos anteriormente.

É encontrada também a forma reduzida:

Conhecendo os alunos, o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio)

4.1.4 Concessivas

Exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição ao da oração principal. As conjunções
são: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais
que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não).

Gostava de Matemática, embora tivesse dificuldades com cálculos.

Por incrível que pareça, eles não conheciam ‘pen-drive’.

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Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas afirmações. (Domingos Paschoal
Cegalla)

Dado que soubesse, não dirigia à noite.

Por mais que gritasse, não me ouviram.

Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer. (Otto Lara Resende)

Assim como ocorreu nas orações substantivas (vistas nesta aula), as adverbiais também podem ser
reduzidas. Por isso deve-se tomar muito cuidado quando a banca pedir a substituição de conjunção ou
locução conjuntiva por preposição ou locução prepositiva.

Veja:

Embora chegasse cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

Ao se substituir a conjunção embora pela preposição mesmo, o verbo é obrigado a sair da forma
conjugada em modo e tempo verbal para a forma nominal gerúndio. Isso fará com que esta oração seja
reduzida de gerúndio:

Mesmo chegando cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

Se fosse substituída pela locução prepositiva “apesar de”, a oração seria reduzida de infinitivo:

Apesar de chegar cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

Assim, cuidado com as substituições pedidas na prova.

4.1.5 Comparativas

Representam o segundo termo de uma comparação e se expressam de três formas, com as


conjunções como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que,
(menos) que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o mesmo que (=como):

I – com verbo expresso:

A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.

Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar.

A praia é tal qual você descreveu. (tal como)

II – com o predicado ou verbo subentendido:

A luz é mais veloz do que o som. (do que o som é)

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O leopardo é tão ágil quanto a onça. (quanto a onça é)

Ele corre feito uma gazela.

Nas estruturas comparativas de superioridade e inferioridade (com verbos expressos ou não), a


palavra “do” é opcional.

Cantava mais do que trabalhava.


Com verbo expresso.
Cantava mais que trabalhava.

Os mais magros correm mais do que os mais cheinhos. Verbo


Os mais magros correm mais que os mais cheinhos. subentendido

III – como comparação hipotética (uso da conjunção se):

O homem parou perplexo, como se esperasse um guia.

4.1.6 Conformativas

Exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro. Suas conjunções são: como, conforme,
segundo, consoante. Geralmente é usado para reforçar argumento. A oração principal é a declaração feita
pelo autor e a oração subordinada adverbial conformativa é a base de sustentação do argumento, muito
marcado por leis, regulamentos, fala de especialistas, etc. Esse valor adverbial é vastamente explorado como
argumento de autoridade:

Como disse o prefeito, o IPTU vai subir 5% este ano.

“Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi contar.” (Machado de Assis)

Conforme prevê o artigo 37 da CF, o serviço público é impessoal.

Consoante opinam alguns, a história se repete.

4.1.7 Proporcionais

Iniciam ideia de proporção, com as locuções conjuntivas à proporção que, à medida que, ao passo
que, quanto mais ... tanto mais, quanto mais ... tanto menos, quanto mais ... tanto menos, quanto menos ...
tanto mais, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... quanto (como).

Os alunos respondiam, à medida que eram chamados.

À proporção que subiam a montanha, o ar ia ficando rarefeito.

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O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai diminuindo.

Tanto gostava de um quanto aborrecia o outro.

Não são corretas as locuções à medida em que, na medida que, a medida que, com valor de
proporção, cabendo apenas à medida que. Outro detalhe, não há crase em locuções conjuntivas de outro
valor, somente há nas proporcionais: “à medida que” e “à proporção que”.

Vimos que a locução conjuntiva “na medida em que” é causal. Ela pode também fazer parte de
estrutura oracional adjetiva.

Compare todos:

“À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem.”


oração subordinada adverbial proporcional + oração principal

"O Brasil exportou mais na medida em que a indústria e a pecuária estão fortalecidas."
oração principal + oração subordinada adverbial causal

“A expansão da lavoura algodoeira não pôde produzir-se em São Paulo na


oração principal
mesma medida em que se produziu noutras terras.”
+ oração subordinada adjetiva restritiva

Então, cuidado quando se pedir a substituição das estruturas “à medida que” e “na medida em que”,
pois definitivamente elas não têm o mesmo sentido.

Observação: A locução conjuntiva ao passo que também deve receber especial atenção, pois pode
agregar três valores semânticos distintos. Ela possui valor de tempo concomitante e se estende à proporção
(que também possui a concomitância temporal) e à oposição (pois também pode agregar, além do valor de
tempo concomitante, o de adversidade):

Subordinada adverbial proporcional:

“Pequenos cogumelos, ao passo que devoram os tecidos dos insetos, semeiam os seus esporos
mortais.” (= à proporção que)

Subordinada adverbial temporal:

Ela dormia, ao passo que o professor dissertava. (= enquanto)

Coordenativa adversativa:

É feia, ao passo que a irmã é bonita. (= mas)

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Deve-se entender, antes de tudo, que esta locução conjuntiva transmite tempo concomitante e,
dependendo do contexto, transmite os outros dois valores semânticos. Perceba que a proporção se dá com
uma ideia de evolução temporal, os processos verbais vão se acumulando, progredindo temporalmente, de
forma diferente dos outros valores semânticos.

4.1.8 Finais

Indicam finalidade, objetivo, com as locuções conjuntivas: para que, a fim de que, que (= para que),
porque (= para que):

Afastou-se depressa, para que não o víssemos.

Viemos aqui a fim de que realizássemos um acordo.

“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis)

“Fez tudo porque eu não obtivesse bons resultados.”

Muito utilizada é a forma reduzida de infinitivo:

Suportou todo tipo de humilhação para obter o visto americano.

4.1.9 Temporais

Indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal, podendo ser um tempo geral,
concomitante, antes ou depois de um referente. Suas conjunções: quando, enquanto, logo que, mal (= logo
que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que,
toda vez que.

Não fale enquanto come.

Mal você saiu, ela chegou.

Só voltou a jogar quando se sentiu bem.

Assim que chegou, foi para a cozinha.

A forma reduzida também é muito utilizada:

Terminada a festa, todos foram embora.

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65. (CESPE / MPC-PA Conhecimentos básicos nível médio 2019)


Fragmento de texto: Segundo ele, mesmo que isso tenha um custo, quanto mais se investir na capacitação
das pessoas, mais produtiva e rica uma nação será, de modo que os efeitos tendem a ser mais positivos que
negativos.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos originais do texto CG3A3-II, a expressão “mesmo que”
(linha 1) poderia ser substituída por
A) ainda que.
B) desde que.
C) uma vez que.
D) ao passo que.
E) contanto que.

Comentário: A locução conjuntiva “mesmo que” inicia a oração subordinada adverbial concessiva “mesmo
que isso tenha um custo”, da mesma forma que a locução conjuntiva “ainda que”.

Assim, a alternativa (A) é a correta.

A locução conjuntiva “desde que” pode ter valor adverbial condicional, causal ou temporal; “uma vez
que” tem valor adverbial causal; “ao passo que” tem valor adverbial proporcional; “contato que” tem valor
adverbial condicional.

Gabarito: A

66. (CESPE / MPC-PA Conhecimentos básicos nível médio 2019)


Fragmento de texto: A prática mostra que, uma vez executado e pago o serviço, feito está, pois não se
recupera todo o dinheiro público gasto irregularmente.
Os sentidos originais e a correção gramatical do texto CG3A3-I seriam preservados caso o termo “pois” (linha
1) fosse substituído por
A) por conseguinte.
B) assim.
C) visto que.
D) embora.
E) ao passo que.

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Comentário: A conjunção “pois” pode transmitir explicação ou causa. Assim, pode ser substituída por “visto
que”, e a alternativa (C) é a correta.

Note que “por conseguinte” e “assim” são conectivos coordenativos conclusivos; “embora” é
conjunção subordinativa adverbial concessiva; “ao passo que” é uma locução conjuntiva subordinativa
adverbial proporcional.

Gabarito: C

67. (CESPE / MPC-PA Conhecimentos básicos nível médio 2019)


Fragmento de texto: Em outros termos, quando se trata da coisa pública, o “errar é humano” não vale, não
pode valer. E não porque o ser humano não possa errar, mas porque, direta ou indiretamente, o erro custa
muito caro à sociedade.
A correção gramatical do segundo parágrafo do texto CG3A3-I seria mantida caso
A) a vírgula empregada logo após “vale” (linha 2) fosse suprimida.
B) o ponto final empregado logo após “valer” (linha 2) fosse substituído por ponto e vírgula, com a devida
alteração de maiúscula e minúscula no período subsequente.
C) a vírgula empregada logo após “errar” (linha 2) fosse suprimida.
D) a vírgula empregada logo após “indiretamente” (linha 3) fosse substituída por travessão.
E) a vírgula empregada logo após “pública” (linha 1) fosse suprimida.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não se pode suprimir a vírgula que separa as orações
coordenadas assindéticas “o ‘errar é humano’ não vale, não pode valer”.

A alternativa (B) é a correta, pois o segundo período é constituído de dois períodos sintáticos:

Em outros termos, quando se trata da coisa pública, o “errar é humano” não vale, não pode valer. E
não porque o ser humano não possa errar, mas porque, direta ou indiretamente, o erro custa muito caro à
sociedade.

Como há dois períodos sintáticos, naturalmente sabemos que há uma relação de coordenação, de
independência sintática entre eles. Assim, coube o sinal de ponto final, assim como cabe o sinal de ponto e
vírgula. Confirme:

Em outros termos, quando se trata da coisa pública, o “errar é humano” não vale, não pode valer; e
não porque o ser humano não possa errar, mas porque, direta ou indiretamente, o erro custa muito caro à
sociedade.

A alternativa (C) está errada, pois a conjunção coordenativa adversativa “mas” deve ser precedida de
vírgula. Por isso, ela não pode ser suprimida.

A alternativa (D) está errada, pois o termo “direta ou indiretamente” é um adjunto adverbial
intercalado, por isso não se pode excluir apenas uma vírgula.

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A alternativa (E) está errada, pois a oração subordinada adverbial temporal “quando se trata da coisa
pública” está intercalada e deve ficar entre duas vírgulas. Assim, não se pode excluir uma delas.

Gabarito: B

68. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)


Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto de
praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato, incompletas, sem
paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que morasse alguém naquele
cemitério de gigantes.
O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um caminhão, um
homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, beijos e carícias ousadas. Mais desolado e
triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito mais. Em Juazeiro tinha gente, a cidade era viva. E no
meio daquele povo todo sempre se encontrava uma alma boa como a de sua mãe, uma moça bonita, um
amigo animado. Candeia era morta.
Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir a música do caminhoneiro. Quase sorriu. O esboço
de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher assombrosa, praguejando com
uma vassoura na mão e mandando desligar aquela música maldita. O caminhoneiro a chamou pelo nome:
— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, coisa-ruim!
Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas canecas.
Foi e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos, duas bananas cozidas e um
pote de margarina.
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto, poderia ser inserida uma vírgula logo após
a) “construções” (linha 2).
b) “música” (linha 10).
c) “azul” (linha 11).
d) “porta” (linha 14).
e) “triste” (linha 7).

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não cabe vírgula entre o sujeito “Algumas construções” e o
predicado “nem sequer tinham telhado”.

A alternativa (B) está errada, pois não vírgula entre o núcleo do objeto direto “música” e seu adjunto
adnominal “do caminhoneiro”.

A alternativa (C) está errada, pois não cabe apenas uma vírgula fechando o adjunto adverbial
intercalado de grande extensão “pela porta mal pintada de azul”. Deve haver outra vírgula iniciando-o. Veja:

O esboço de alegria durou até aparecer, pela porta mal pintada de azul, uma mulher assombrosa...

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A alternativa (D) é a correta, pois o adjunto adverbial “Pela mesma porta” está antecipado e admite
ser seguido de vírgula. Veja:

Pela mesma porta, saiu uma moça...

A alternativa (E) está errada, pois não cabe vírgula separando a expressão comparativa “mais...que”.
Veja na ordem direta para ficar mais claro:

Aquele povoado era mais desolado e triste que Juazeiro do Norte...

Gabarito: D

69. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito que de
um juízo fundado em argumentos extraídos da razão ou da experiência.
Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam mantidos se fosse inserido o vocábulo do imediatamente
após a palavra “espírito” (linha 2).
Comentário: A expressão comparativa de superioridade “mais...que” admite que a inserção da
palavra “do” seja facultativa:
A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito que de um juízo
fundado em argumentos extraídos da razão ou da experiência.
A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito do que de um juízo
fundado em argumentos extraídos da razão ou da experiência.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

70. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)

Fragmento do texto: Se observarmos bem, essas ondas longas da história, como as chamava Braudel,
tornaram-se cada vez mais curtas.

O sentido original e a correção gramatical do texto seriam mantidos se a palavra “como” (linha 1) fosse
substituída por conforme.

Comentário: No contexto, entendemos que essas ondas longas da história tornaram-se cada vez mais curtas,
conforme/segundo/consoante as chamava Braudel.

Assim, temos certeza de que cabe valor de conformidade e a afirmação está correta.

Gabarito: C

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71. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)

Fragmento do texto: Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para
absolver o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos.

No período em que se inserem, os trechos “para absolver o presente” (linhas 1 e 2) e “para louvar os bons
tempos antigos” (linha 2) exprimem finalidades.

Comentário: A preposição “para”, nas duas ocorrências, pode ser substituída por “a fim de”, “com o objetivo
de”. Assim, temos certeza de que realmente há o valor de finalidade e a afirmação está correta.

Gabarito: C

72. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: Por outro lado, se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia,
os custos desse setor diminuiriam, o que possibilitaria a queda dos preços de seus produtos e poderia gerar
um crescimento das vendas.
No texto, a oração “se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia” (ℓ. 1) apresenta,
no período em que se insere, noção de
a) concessão, uma vez que representa uma exceção às regras de tributação do país.
b) explicação, uma vez que esclarece uma ação que diminuiria os custos do referido setor.
c) proporcionalidade, uma vez que os custos do referido setor diminuiriam à medida que se diminuísse a
tributação.
d) tempo, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor ocorreria somente após a redução da
tributação sobre ele.
e) condição, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor dependeria da redução da tributação
sobre ele.

Comentário: Note que a conjunção “se” pode ser substituída por “caso”, por isso temos certeza de que a
oração “se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia” é subordinada adverbial
condicional.

Assim, por eliminação, temos certeza de que a alternativa (E) é a correta.

Gabarito: E

73. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações diversas
entre os indivíduos, assim como a organização do trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades
e momentos da história.
Com o emprego da expressão “assim como” (ℓ.2), estabelece-se uma relação de comparação entre ideias
expressas no período.

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Comentário: Entendemos do texto que os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam
relações diversas entre os indivíduos, da mesma forma como a organização do trabalho alterou-se bastante
entre diferentes sociedades e momentos da história.

Assim, notamos que cabe o valor de comparação e a afirmação está correta.

Gabarito: C

74. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe
em razão de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos objetos que nos cercam
movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a organização do trabalho alterou-se
bastante entre diferentes sociedades e momentos da história.
Seriam mantidos os sentidos do texto caso o primeiro período do segundo parágrafo fosse assim reescrito:
Quando prestamos atenção a nossa volta, percebemos que quase tudo que vemos existe pelas atividades do
trabalho humano.

Comentário: Naturalmente você percebeu que a conjunção “Se” é subordinativa adverbial condicional. Ao
substituirmos pela conjunção “Quando”, o sentido muda para tempo. Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

75. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)


Fragmento do texto: Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis, devemos
necessariamente aceitar que sábado e domingo são dias inúteis. É inútil, portanto: ir ao cinema e ao teatro,
fazer piquenique no parque com os filhos, almoçar com a família, tomar cerveja com os amigos, ler um livro,
passar a madrugada acordado vendo séries.
O segmento “Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis” (ℓ. 1) expressa uma hipótese
real, ou seja, expressa um fato existente.

Comentário: Primeiro, houve a afirmação de que “aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis”.
Isso é uma realidade, uma verdade, concorda?

Assim, entendemos que há uma realidade, ou seja, um fato existente.

A hipótese real é a mesma que utilizamos na lógica argumentativa, em que a base do raciocínio está
na oração com os dados reais, verdadeiros: se A, então B.

Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis, devemos necessariamente aceitar que sábado
e domingo são dias inúteis.

Assim, o segmento B só tem valor de verdade, porque o segmento A também o tem.

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Mas acredito que você possa ter ficado na dúvida, porque a palavra hipótese pode nos conduzir a
erro, porque seria um paradoxo dizermos hipótese (suposição) real (fato).

Porém, devemos entender que a palavra hipótese originalmente apresenta valor de “suposição”,
“conjectura”, “acontecimento incerto”, “eventualidade”.

Com base na conjectura, tal palavra passou a ser utilizada na filosofia como proposição que admite
um fundamento, um princípio, do qual se pode deduzir um conjunto dado de proposições: Se A, então B. É
justamente esta a hipótese real. E é justamente este vocábulo “Se” que apresenta originalmente um valor
de condição e secundariamente um valor de causa. Confirme:

Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis, devemos necessariamente aceitar que sábado
e domingo são dias inúteis.

Já que aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis, devemos necessariamente aceitar que
sábado e domingo são dias inúteis.

Portanto, a afirmação está correta.

Gabarito: C

76. (CESPE / SEFAZ-RS Técnico Tributário da Receita Estadual 2018)


Fragmento de texto: Assim que surgiu a moeda, surgiu também a ideia de substituir a contribuição braçal
por dinheiro.
No texto, a expressão “Assim que” indica, no período em que ocorre, uma noção de
A) tempo, podendo ser substituída por Logo que, sem alteração dos sentidos do texto.
B) modo, podendo ser substituída por Dessa maneira que, sem alteração dos sentidos do texto.
C) conclusão, podendo ser substituída por Tão logo, sem alteração dos sentidos do texto.
D) causa, podendo ser substituída por Como, sem alteração dos sentidos do texto.
E) comparação, podendo ser substituída por Assim como, sem alteração dos sentidos do texto.

Comentário: A locução conjuntiva "Assim que" transmite valor adverbial temporal. Assim, pode ser
substituída por "Logo que", mantendo o valor de uma ação imediatamente após a outra.

Portanto, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

77. (CESPE / SEFAZ-RS Técnico Tributário da Receita Estadual 2018)


Fragmento de texto: A democracia moderna, tal como a concebemos hoje, isto é, pautada em ordenamentos
jurídicos e instituições políticas sólidas.

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A correção gramatical, a coesão e os sentidos do texto seriam preservados se o trecho “tal como a
concebemos hoje” fosse substituído por
A) tal que tomamos hoje.
B) tal qual concebido hoje.
C) tal estruturada hoje.
D) tal nós inventamos hoje.
E) tal como compreendida por nós hoje.

Comentário: A locução "tal como" tem valor comparativo. Assim, eliminamos as alternativas (A), (C) e (D),
pois não cabe a substituição simples por "tal que" ou "tal".

A alternativa (B) está errada, pois o particípio "concebido" deve concordar com "democracia":
concebida.

Assim, a alternativa (E) é a correta, pois repetiu a locução conjuntiva "tal como" e o verbo
"concebemos" tem o mesmo sentido de "compreender". Compare:

A democracia moderna, tal como a concebemos hoje, isto é, pautada em ordenamentos jurídicos e
instituições políticas sólidas.

A democracia moderna, tal como compreendida por nós hoje, isto é, pautada em ordenamentos jurídicos e
instituições políticas sólidas.

Gabarito: E

78. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: O fato de ele necessitar da ajuda do educador, como ocorre em qualquer relação
pedagógica, não significa dever a ajuda do educador anular a sua criatividade e a sua responsabilidade na
construção de sua linguagem escrita e na leitura desta linguagem.
O trecho “como ocorre em qualquer relação pedagógica” (linhas 1 e 2) foi apresentado entre vírgulas pelo
fato de se tratar de uma oração intercalada.

Comentário: Como a oração “como ocorre em qualquer relação pedagógica” é adverbial e está intercalada,
isto é, encontra-se no meio da principal, as vírgulas são obrigatórias e a afirmação está correta.

Gabarito: C

79. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


Fragmento do texto: Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir corrupção nas corporações já
recebem queixas de assédio e ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele, “o anonimato ajuda, já
que as pessoas se sentem mais protegidas para falar”.

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No texto, a correção gramatical e o sentido do trecho ‘O anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais
protegidas para falar’ (linhas 2 e 3) seriam preservados caso se substituísse o termo “já que” por
a) a fim de que.
b) ainda que.
c) contanto que.
d) uma vez que.
e) logo que.

Comentário: A locução conjuntiva “já que” é subordinativa adverbial causal, por isso pode ser substituída
por “uma vez que”, também causal, e a alternativa correta é a (D).

A locução conjuntiva “a fim de que” tem valor de finalidade, “ainda que” tem valor adverbial
concessivo, “contanto que” tem valor condicional, “logo que” tem valor adverbial temporal.

Gabarito: D

80. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Era Borjalino Ferraz e perdeu o primeiro emprego na Prefeitura de Macajuba por coisas
de pontuação. Certa vez, o diretor do Serviço de Obras chamou o amanuense para uma conversa de fim de
expediente. E aconselhativo:
— Seu Borjalino, tenha cuidado com as vírgulas.
Desse jeito, o amigo acaba com o estoque e a comarca não tem dinheiro para comprar vírgulas novas.
Fez outros ofícios, semeou vírgulas empenadas por todos os lados e foi despedido. Como era sujeito de brio,
tomou aulas de gramática, de modo a colocar as vírgulas em seus devidos lugares.
Na linha 8, a conjunção “Como” introduz uma comparação.

Comentário: Nesse contexto, a conjunção “Como” pode ser substituída por “Já que”, “Uma vez que”, por
transmitir valor de causa, e não de comparação.

Gabarito: E

81. (CESPE / TCM BA Auditor de Controle Externo – 2018)


Fragmento do texto: Nesse caso, o escândalo provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa
porque incomoda precisamente aqueles a quem ela não diz respeito.
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto, se o trecho “porque incomoda” (linha 2) fosse
substituído por
a) porquanto incomoda.
b) à medida que incomoda.
c) a par de incomodar.

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d) consoante incomode.
e) uma vez que incomode.

Comentário: A conjunção “porque” é subordinativa adverbial causal. O mesmo ocorre com a conjunção
“porquanto”, por isso a alternativa (A) é a correta.

Note que a locução conjuntiva “uma vez que” só pode ter valor causal quando o verbo nesta oração
estiver flexionado no modo indicativo. Como “incomode” se encontra no presente do subjuntivo, tal locução
tem valor adverbial condicional.

Gabarito: A

82. (CESPE / MPU Analista 2018)


Fragmento do texto: Os mecanismos que reproduzem as desigualdades devem ser revelados de forma que
se possibilite seu enfrentamento pela sociedade civil por meio da cidadania ativa, buscando-se o
aprofundamento da democracia e a garantia da justiça de gênero, da igualdade racial e dos direitos humanos.
A introdução de uma vírgula imediatamente após a palavra “revelados” (linha 1) manteria a correção
gramatical do texto.

Comentário: A oração “de forma que se possibilite seu enfrentamento pela sociedade civil por meio da
cidadania ativa” é iniciada pela locução conjuntiva consecutiva “de forma que”. Assim, cabe vírgula para
separar a oração principal da oração subordinada adverbial consecutiva, respectivamente. Tal vírgula é
facultativa, tendo em vista a oração subordinada adverbial se encontrar após a oração principal.

Gabarito: C

83. (CESPE / MPU Técnico 2018)


Fragmento do texto: As medidas previstas visam garantir o gozo dos direitos humanos e das liberdades
fundamentais das mulheres, em igualdade de condições com os homens, além de buscar alterar os padrões
socioculturais de conduta e suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e exploração da prostituição
feminina.
A substituição de “e suprimir” (linha 3) por ao suprimir não comprometeria a correção gramatical do período,
mas alteraria seu sentido original.

Comentário: A oração “e suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e exploração da prostituição


feminina” apresenta a conjunção coordenativa aditiva “e”. Ao trocarmos “e suprimir” por “ao suprimir”,
passamos a uma oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo. Assim, mantém-se a
correção, mas naturalmente o sentido muda de adição para tempo. Compare:

As medidas previstas visam garantir o gozo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais das
mulheres, em igualdade de condições com os homens, além de buscar alterar os padrões socioculturais de
conduta e suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e exploração da prostituição feminina.

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As medidas previstas visam garantir o gozo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais das
mulheres, em igualdade de condições com os homens, além de buscar alterar os padrões socioculturais de
conduta ao suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e exploração da prostituição feminina.

Por tudo isso, a afirmação está correta.

Gabarito: C

84. (CESPE / IHBDF Técnico de Enfermagem – 2018)


Fragmento do texto: Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos
hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa da sujeira,
do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” (linha 3) expressa uma consequência do que se afirma
nas duas orações imediatamente anteriores, no mesmo período.

Comentário: Note que no período “Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos
(por causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.” ocorre a expressão
correlativa “tão...que”. Note que a primeira oração (“os hospitais curavam tão pouco”) é coordenada com a
posterior (“eram tão perigosos”) e em seguida há a conjunção consecutiva “que”, iniciando a oração
subordinada adverbial consecutiva “que os ricos preferiam”.

Portanto, a afirmação está correta.

Gabarito: C

85. (CESPE / MPU Técnico 2018)


Fragmento do texto: Se a cultura, no que tange a valores e visões de mundo, é fundamental para nossa
constituição enquanto indivíduos (servindo-nos como parâmetro para nosso comportamento moral, por
exemplo), limitarmo-nos a ela, desconhecendo ou depreciando as demais culturas de povos ou grupos dos
quais não fazemos parte, pode nos levar a uma visão estreita das dimensões da vida humana.
Na linha 3, a correção do texto seria prejudicada caso a vírgula empregada logo após o parêntese fosse
substituída por ponto e vírgula.

Comentário: Para termos uma ideia mais clara do trecho, vamos inserir apenas as ideias mais importantes,
sem intercalação:

Se a cultura (...) é fundamental para nossa constituição enquanto indivíduos (...), limitarmo-nos a ela (...)
pode nos levar a uma visão estreita das dimensões da vida humana.

Assim, entendemos que a oração “Se a cultura (...) é fundamental para nossa constituição enquanto
indivíduos” é subordinada adverbial condicional e a oração “limitarmo-nos a ela” é a principal. Dessa forma,
a vírgula antes da oração principal é obrigatória.

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Como sabemos que o sinal de ponto e vírgula só pode ser empregado para separar segmentos
coordenados, não cabe ponto e vírgula para separar a oração subordinada de sua principal.

Como a questão afirmou que essa substituição de pontuação geraria prejuízo gramatical, a está
correta.

Gabarito: C

86. (CESPE / IHBDF Técnico de Enfermagem – 2018)


Fragmento do texto: Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos
hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa da sujeira,
do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” (linha 3) expressa uma consequência do que se afirma
nas duas orações imediatamente anteriores, no mesmo período.

Comentário: Note que no período “Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos
(por causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.” ocorre a expressão
correlativa “tão...que”. Note que a primeira oração (“os hospitais curavam tão pouco”) é coordenada com a
posterior (“eram tão perigosos”) e em seguida há a conjunção consecutiva “que”, iniciando a oração
subordinada adverbial consecutiva “que os ricos preferiam”.

Portanto, a afirmação está correta.

Gabarito: C

87. (CESPE / PM AL Soldado 2018)


Fragmento do texto: Também os olhos, que só armazenam as imagens do que já fora, doem. A dor vem de
afastadas distâncias, sepultados tempos, inconvenientes lugares, inseguros futuros. Não se chora pelo
amanhã. Só se salga a carne morta. No princípio, se um de nós caía, a dor doía ligeiro. Um beijo seu curava a
cabeça batida na terra, o dedo espremido na dobradiça da porta, o pé tropeçado no degrau da escada, o
braço torcido no galho da árvore.
No trecho “se um de nós caía, a dor doía ligeiro” (linha 3), a substituição de “se” por caso não prejudicaria a
correção gramatical do texto.

Comentário: A substituição da conjunção condicional “se” pela conjunção de mesmo valor semântico “caso”
forçaria o emprego do pretérito imperfeito do subjuntivo “caísse” e naturalmente o futuro do pretérito do
indicativo “doeria”. Compare:

No princípio, se um de nós caía, a dor doía ligeiro.

No princípio, caso um de nós caísse, a dor doeria ligeiro.

Assim, a afirmação está errada.

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Gabarito: E

88. (CESPE / Polícia Federal Escrivão 2018)


Fragmento do texto: Punem-se as agressões, mas, por meio delas, as agressividades, as violações e, ao
mesmo tempo, as perversões, os assassinatos que são, também, impulsos e desejos. Dir-se-ia que não são
eles que são julgados; se são invocados, é para explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto
a vontade do réu estava envolvida no crime. As sombras que se escondem por trás dos elementos da causa
é que são, na realidade, julgadas e punidas.
Sem prejuízo para o sentido original e a correção gramatical do texto, a oração “se são invocados” (linha 3)
poderia ser deslocada para logo após a palavra “crime” (linha 4), desde que estivesse isolada por vírgulas.

Comentário: A expressão “se...é” é enfática e notamos isso porque podemos excluí-la permanecendo a
coerência e a correção gramatical:

...são invocados para explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava
envolvida no crime.

Agora, com a mudança de posição do trecho “se são invocados” para o final do período, haveria
incoerência, pois os elementos de coesão feririam a estrutura sintática, além de não caber dupla vírgula,
tendo em vista que o trecho finaliza o período. Veja:

... é para explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava envolvida
no crime, se são invocados,.

O ideal seria a troca de “se” por “que” e a exclusão das vírgula. Assim, mantém-se a correção, mas
mudaríamos o sentido para certeza de algo:

... é para explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava envolvida
no crime que são invocados.

Por tudo isso, notamos que a afirmação está errada.

Gabarito: E

89. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento do texto: Certamente que essa pólvora terá toda ela emprego útil; mas, se ela é indispensável
para certos fins industriais, convinha que se averiguassem bem as causas das explosões, se são acidentais ou
propositais, a fim de que fossem removidas na medida do possível. Isso, porém, é que não se tem dado e
creio que até hoje não têm as autoridades chegado a resultados positivos.
O trecho “se são acidentais ou propositais” (linhas 2 e 3) exprime uma condição sobre a ideia expressa na
oração anterior.

Comentário: Note que, neste contexto, não conseguimos trocar a conjunção “se” por “caso” (com o devido
ajuste do verbo), pois o segmento “se são acidentais ou propositais” não tem valor condicional.

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Na realidade, tal segmento explicita o substantivo “causas”. Dessa forma, poderíamos até inserir a
expressão explicativa “isto é”:

...convinha que se averiguassem bem as causas das explosões, isto é, se são acidentais ou propositais...

Gabarito: E

90. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento do texto: Entretanto, é sabido que certas pólvoras, submetidas a dadas condições, explodem
espontaneamente, e tem sido essa a explicação para uma série de acidentes bastante dolorosos, a começar
pelo do Maine, na baía de Havana, sem esquecer também o do Aquidabã.
A inserção de caso fossem imediatamente antes do termo “submetidas” (linha 1) explicitaria o sentido
condicional do trecho “submetidas a dadas condições” (linha 1) sem que houvesse prejuízo para a correção
gramatical do texto.

Comentário: A oração “submetidas a dadas condições” é subordinada adverbial condicional reduzida de


particípio e a questão quer que nós a transformemos em desenvolvida, por isso pediu que inseríssemos a
conjunção “caso” e o verbo conjugado em modo e tempo verbal “fossem”.

O problema é que a oração principal apresenta verbo no presente do indicativo “explodem” e a


oração anterior a ela também: “é”. Assim, não cabe o pretérito imperfeito do subjuntivo “fossem”, mas o
presente do subjuntivo “sejam”:

Entretanto, é sabido que certas pólvoras, caso sejam submetidas a dadas condições, explodem
espontaneamente, e tem sido essa a explicação para uma série de acidentes bastante dolorosos...

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

91. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento do texto: Certamente que essa pólvora terá toda ela emprego útil; mas, se ela é indispensável
para certos fins industriais, convinha que se averiguassem bem as causas das explosões, se são acidentais ou
propositais, a fim de que fossem removidas na medida do possível. Isso, porém, é que não se tem dado e
creio que até hoje não têm as autoridades chegado a resultados positivos.
O trecho “se são acidentais ou propositais” (linhas 2 e 3) exprime uma condição sobre a ideia expressa na
oração anterior.

Comentário: Note que, neste contexto, não conseguimos trocar a conjunção “se” por “caso” (com o devido
ajuste do verbo), pois o segmento “se são acidentais ou propositais” não tem valor condicional.

Na realidade, tal segmento explicita o substantivo “causas”. Dessa forma, poderíamos até inserir a
expressão explicativa “isto é”:

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...convinha que se averiguassem bem as causas das explosões, isto é, se são acidentais ou propositais...

Gabarito: E

92. (CESPE / IPHAN Nível médio – 2018)


Fragmento do texto: Ainda que circunscritas a determinados limites, essas ações de resistência,
aparentemente insignificantes, colocam em movimento as relações e podem alterar a realidade de uma
ordem imposta ou dominante, em um jogo vivido cotidiana e mais ou menos silenciosamente.
A expressão “Ainda que” (ℓ.1) poderia ser substituída por Embora, sem prejuízo das relações de coesão e
dos sentidos originais do texto.

Comentário: A locução conjuntiva “Ainda que” tem valor adverbial concessivo, por isso pode ser substituída
pela conjunção de mesmo valor “embora”. Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

93. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Não sou de choro fácil, mas um composto orgânico cujas moléculas contêm as
instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e o funcionamento de todos os seres vivos me
comove. Cromossomas me animam, ribossomas me espantam. A divisão celular não me deixa dormir, e olha
que eu moro bem no meio das montanhas. De vez em quando vejo passarem os aviões, mas isso nunca
acontece de madrugada — a noite se guarda toda para o infinito silêncio.
A substituição da expressão “e olha que eu moro bem no meio das montanhas” (linhas 3 e 4) por embora eu
more entre montanhas manteria a coerência do trecho no qual se insere, mas alteraria seu nível de
formalidade.

Comentário: A expressão “e olha que” inicia, contextualmente, uma noção de contraste com a informação
anterior, por isso cabe a substituição desta pela conjunção adverbial concessiva “embora” com os devidos
ajustes. Note que o verbo “moro”, que se encontrava no presente do indicativo, passa obrigatoriamente
para o presente do subjuntivo “more”. Naturalmente você também percebeu que morar no meio das
montanhas é o mesmo que morar entre montanhas.

Por tudo isso, a afirmação está correta.

Gabarito: C

94. (CESPE / TCE PB Agente de documentação – 2018)


No texto, as relações sintático-semânticas do período “Embora fosse temido, o apagamento era necessário,
assim como o esquecimento também o é para a memória” seriam preservadas caso a conjunção “Embora”
fosse substituída por
a) Por conseguinte.
b) Ainda que.

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c) Consoante.
d) Desde que.
e) Uma vez que.

Comentário: A conjunção “Embora” é subordinada adverbial concessiva, por isso pode ser substituída pela
locução conjuntiva “Ainda que”.

O conectivo “Por conseguinte” é coordenativo conclusivo, “Consoante” é conjunção subordinativa de


conformidade, “Desde que” é locução conjuntiva condicional, causal ou temporal, e “uma vez que” é locução
causal ou condicional.

Gabarito: B

95. (CESPE / PC SE Delegado 2018)


Fragmento do texto: A existência da polícia se justifica pela imprescindibilidade dessa agência de segurança
para a viabilidade do poder de coerção estatal. Em outras palavras, como atestam clássicos do pensamento
político, a sua ausência culminaria na impossibilidade de manutenção de relações pacificadas. Devido a seu
protagonismo e sua importância na organização e garantia da reprodução das normas legais, o Estado
democrático não pode abdicar dessa instituição.
Na linha 2, o termo “como” estabelece uma comparação de igualdade entre o que se afirma no primeiro
período do texto e a informação presente na oração “a sua ausência culminaria na impossibilidade de
manutenção de relações pacificadas” (ℓ. 3).

Comentário: A oração “como atestam clássicos do pensamento político” é subordinada adverbial


conformativa e, para confirmar, podemos trocar a conjunção “como” por “conforme”, “segundo”,
“consoante”. Assim, não cabe a noção de comparação e a afirmação está errada.

Gabarito: E

96. (CESPE / TCM BA Auditor de Controle Externo – 2018)


Fragmento do texto: Ainda existem pessoas para as quais a greve é um “escândalo”: isto é, não só um erro,
uma desordem ou um delito, mas também um crime moral, uma ação intolerável que perturba a própria
natureza. “Inadmissível”, “escandalosa”, “revoltante”, dizem alguns leitores do Figaro, comentando uma
greve recente. Para dizer a verdade, trata-se de uma linguagem do tempo da Restauração, que exprime a
sua mentalidade profunda. É a época em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco tempo, executa
uma espécie de junção entre a moral e a natureza, oferecendo a uma a garantia da outra. Temendo-se a
naturalização da moral, moraliza-se a natureza; finge-se confundir a ordem política e a ordem natural, e
decreta-se imoral tudo o que conteste as leis estruturais da sociedade que se quer defender. Para os
prefeitos de Carlos X, assim como para os leitores do Figaro de hoje, a greve constitui, em primeiro lugar, um
desafio às prescrições da razão moralizada: “fazer greve é zombar de todos nós”, isto é, mais do que infringir
uma legalidade cívica, é infringir uma legalidade “natural”, atentar contra o bom senso, misto de moral e
lógica, fundamento filosófico da sociedade burguesa.

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Nesse caso, o escândalo provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa porque incomoda
precisamente aqueles a quem ela não diz respeito. É a razão que sofre e se revolta: a causalidade direta,
mecânica, essa causalidade é perturbada; o efeito se dispersa incompreensivelmente longe da causa, escapa-
lhe, o que é intolerável e chocante. Ao contrário do que se poderia pensar sobre os sonhos da burguesia,
essa classe tem uma concepção tirânica, infinitamente suscetível, da causalidade: o fundamento da moral
que professa não é de modo algum mágico, mas, sim, racional. Simplesmente, trata-se de uma racionalidade
linear, estreita, fundada, por assim dizer, numa correspondência numérica entre as causas e os efeitos. O
que falta a essa racionalidade é, evidentemente, a ideia das funções complexas, a imaginação de um
desdobramento longínquo dos determinismos, de uma solidariedade entre os acontecimentos, que a
tradição materialista sistematizou sob o nome de totalidade.
Assinale a opção que apresenta trecho do texto que expressa uma ideia de comparação.
a) “mas também um crime moral” (linha 2)
b) “mais do que infringir uma legalidade cívica” (linhas 10 e 11)
c) “a quem ela não diz respeito” (linha 14)
d) “o que é intolerável e chocante” (linha 16)
e) “que a tradição materialista sistematizou sob o nome de totalidade” (linhas 21 e 22)

Comentário: A alternativa (B) é a correta, pois há a expressão correlativa comparativa de superioridade “mais
do que”.

Gabarito: B

97. (CESPE / SEFAZ RS Auditor – 2018)


Fragmento do texto: Quem me lê poderá objetar que basta a gente passar os olhos pelo jornal desta manhã
para verificar que o mundo nunca teve tantas e tão dramáticas porteiras como em nossos dias... Mas que
importa? Um dia as porteiras hão de cair, ou alguém as derrubará. “Para erguer outras ainda mais terríveis”
— replicará o leitor cético. Ora, amigo, precisamos ter na vida um mínimo de otimismo e esperança para
poder ir até ao fim da picada. Você não concorda? Ô mundo velho sem porteira!
Em relação ao trecho “ou alguém as derrubará” (linha 3) no texto, a oração ‘Para erguer outras ainda mais
terríveis’ (linha 3) transmite uma ideia de
a) conformidade.
b) condição.
c) causa.
d) proporção.
e) propósito.

Comentário: A preposição “Para” tem valor de finalidade. Como não há tal palavra dentre as alternativas, o
vocábulo que se aproxima desse sentido é “propósito”. Assim, a alternativa correta é a (E).

Gabarito: E

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98. (CESPE / IFF Assistente de Educação 2018)


Fragmento do texto: Assim, é comum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos tenham
acesso a um ensino de qualidade, sem reivindicar para si mesmos o direito que lhes foi violado.
A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade” (ℓ. 1 e 2) expressa circunstância de
a) finalidade.
b) causa.
c) modo.
d) proporção.
e) concessão.

Comentário: A locução conjuntiva “para que” transmite valor de finalidade, por isso a alternativa (A) é a
correta.

Gabarito: A

99. (CESPE / IFF Superior 2018)


Fragmento do texto: Volto aos “Cangaceiros” e desde logo tudo o que vi e senti se refugia no fundo da
sensibilidade, para que a narrativa corra, como em leito de rio que a estiagem secara, mas que as águas
novas enchem, outra vez, de correntezas.
A locução conjuntiva “para que” (linha 2) introduz uma consequência do trecho “desde logo tudo o que vi e
senti se refugia no fundo da sensibilidade” (linhas 1 e 2).

Comentário: A locução conjuntiva “para que” transmite um valor de finalidade, e não de consequência.
Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

100. (CESPE / EMAP Cargos de nível médio 2018)


Fragmento do texto: A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da redução
de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos grandes avanços
nas comunicações, tem exigido mudanças efetivas na atuação do comércio internacional.
A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela concorrência, visto que é por meio
da garantia e da possibilidade de entrar no mercado internacional, de estabelecer permanência ou de
engendrar saída, que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança o resultado
último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e serviços.
A oração introduzida pela locução “visto que” (linha 4) explica o porquê de ser necessário considerar a
concorrência na abordagem do comércio internacional.

Comentário: A locução conjuntiva “visto que” é causal e naturalmente expressa o motivo de algo. Neste
caso, o motivo de ser necessário considerar a concorrência na abordagem do comércio internacional, pois o

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texto afirma que a abordagem desse tipo de comércio (comércio internacional), inevitavelmente, passa pela
concorrência.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

101. (CESPE / MP PI Analista 2018)


Fragmento do texto: Por duas razões: em primeiro lugar, porque constitui uma prova tão forte que não há
necessidade de acrescentar outras, nem de entrar na difícil e duvidosa combinatória dos indícios; a confissão,
desde que seja devidamente feita, quase exime o acusador de fornecer outras provas (em todo o caso, as
mais difíceis); em segundo, a única maneira para que esse procedimento perca toda a sua autoridade unívoca
e para que se torne uma vitória efetivamente obtida sobre o acusado, a única maneira para que a verdade
exerça todo o seu poder, é que o criminoso assuma o seu próprio crime e assine aquilo que foi sábia e
obscuramente construído pela investigação.
O trecho “que não há (...) indícios” (linhas 1 e 2) exprime uma noção de consequência.

Comentário: A conjunção “que” é precedida do intensificador “tão” (tão forte que). Assim, a oração “que
não há necessidade” é subordinada adverbial consecutiva e ela é estendida pelas orações subordinadas
substantivas completivas nominais reduzidas de infinitivo e coordenadas entre si “de acrescentar outras” e
“nem de entrar na difícil e duvidosa combinatória dos indícios”.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

102. (CESPE / IPHAN Nível médio – 2018)


Fragmento do texto: A criança sempre foi vista como símbolo do futuro, como parte de um discurso
ancorado tanto na retórica ufanista do texto político quanto no discurso cristão, responsável pela defesa de
uma imagem de inocência infantil. Pautado pelo princípio teleológico do tempo, o presente irá atuar nesses
discursos como instrumento de mediação para que se conserve a lição do passado como intocável e
permanente.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos originais do texto, o trecho “para que se conserve a lição
do passado como intocável e permanente” (ℓ. 4 e 5) poderia ser reescrito da seguinte forma: afim de
conservar, intocável e permanentemente, a lição do passado.

Comentário: A questão pede a reescrita de uma oração subordinada adverbial de finalidade desenvolvida
para uma reduzida, porém notamos que a locução prepositiva de finalidade é “a fim de”, e não “afim”. Assim,
a afirmação está errada.

Gabarito: E

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103. (CESPE / EBSERH Técnico – 2018)


Fragmento do texto: Naquele período, além dos incentivos ao casamento e à reprodução, vigia uma
legislação que proibia o uso de métodos contraceptivos e o aborto: o Decreto Federal n.º 20.291, de 1932,
que vedava a prática médica que tivesse por fim impedir a concepção ou interromper a gestação, e a Lei das
Contravenções Penais, sancionada em 1941, que proibia “anunciar processo, substância ou objeto destinado
a provocar o aborto ou evitar a gravidez”.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso o trecho “que tivesse por fim impedir a
concepção” (linha 3) fosse assim reescrito: adotada afim de impedir a concepção.

Comentário: A expressão “que tivesse”, ao ser substituída por “adotada”, deixa de transmitir uma suposição
para transmitir um fato, algo já praticado. Assim, há mudança de sentido original. Além disso, a locução
prepositiva de valor de finalidade é “a fim de”, e não “afim de”.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

104. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018)


Fragmento do texto: A máquina replicava os rotores do sistema alemão e tentava reproduzir diferentes
combinações de posições dos rotores para testar possíveis soluções.
No trecho “para testar possíveis soluções” (linha 2), o emprego da preposição “para”, além de contribuir
para a coesão sequencial do texto, introduz, no período, uma ideia de finalidade.

Comentário: Podemos trocar a preposição “para” por “a fim de”, “com o intuito de”. Assim, entendemos o
valor de finalidade e a firmação está correta.

Gabarito: C

105. (CESPE / CGM João Pessoa PB Técnico – 2018)

No trecho “Tentar subornar o guarda para evitar multas”, a oração “para evitar multas” expressa a causa, o
motivo que leva alguém a cometer suborno.

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Comentário: Podemos trocar a preposição “para” por “a fim de”, “com o intuito de”. Assim, entendemos o
valor de finalidade, e não de causa.

Por isso, a afirmação está errada.

Gabarito: E

106. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: O estado de São Paulo realiza o chamado “dia D” da vacinação contra a febre amarela
em 54 cidades da Grande São Paulo, do Vale do Paraíba e da Baixada Santista. O governo do estado pretende
imunizar 9,2 milhões de pessoas. Para se vacinar, as pessoas devem apresentar documento de identidade e
carteiras do SUS e de vacinação.
Em “Para se vacinar, as pessoas precisam de documento de identidade e carteiras do SUS e de vacinação”
(linhas 3 e 4), a preposição “Para” exerce o papel de conectivo e introduz uma oração que expressa
finalidade.

Comentário: Podemos trocar a preposição “para” por “a fim de”, “com o intuito de”. Assim, entendemos o
valor de finalidade e a afirmação está correta.

Gabarito: C

107. (CESPE / IFF Cargos de nível superior – 2018)


Fragmento do texto: Além de participar das oficinas, é preciso ter dedicação. A pedagoga acrescenta que a
maioria dos alunos é composta por adultos, que, diferentemente das crianças, têm maior capacidade de
concentração ao estudar em casa. Apesar das exigências, o método de ensino permite que o aluno organize
seu próprio horário de estudos e concilie a graduação com um emprego.
No texto a oração “ao estudar em casa” (linha 3) tem sentido equivalente ao da oração
A) ao passo que estudam em casa.
B) ainda que estudem em casa.
C) quando estudam em casa.
D) porque estudam em casa.
E) por estudarem em casa.

Comentário: Pelo contexto, conseguimos entender um valor temporal na oração “ao estudar em casa”, isto
é, “quando estuda em casa”.

Assim, a alternativa (C) é a correta.

Note que “ao passo que” transmite noção de proporção ou adversidade; “ainda que” transmite
noção adverbial concessiva; “porque” e “por” transmitem circunstância de causa.

Gabarito: C

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108. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018)


Fragmento do texto: Após espiões poloneses terem roubado uma cópia da máquina, Turing e o campeão de
xadrez Gordon Welchman construíram uma réplica da Enigma na base militar de Bletchey Park.
A vírgula logo após o termo “máquina” (linha 1) poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção
gramatical do período no qual ela aparece.

Comentário: A vírgula separa a oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo e antecipada
“Após espiões poloneses terem roubado uma cópia da máquina”. Assim, tal vírgula é obrigatória e a
afirmação está errada.

Gabarito: E

109. (CESPE / IHBDF Técnico de Enfermagem – 2018)


Fragmento do texto: Surpresas fazem parte da rotina de um socorrista. Quando um chamado chega via 192,
as informações nem sempre vêm de acordo com a real situação.
O elemento “Quando” (linha 1) introduz no texto uma oração condicional, podendo ser substituído por Se.

Comentário: A conjunção “Quando” traduz um valor adverbial temporal, e não condicional. Note que não
há uma suposição ou condição, mas tempo.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

110. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a organização
holandesa Aviation Safety Network (ASN). Foram dez acidentes — nenhum deles envolvendo linhas
comerciais regulares —, com 79 mortos, 44 entre passageiros e tripulantes e outras 35 pessoas que estavam
em terra.
Em 2016, foram registrados 16 acidentes, com 303 vítimas fatais, e o último episódio, com um avião
de passageiros de maiores proporções: a queda do Avro RJ85, operado pela empresa LaMia, próximo de
Medellín, na Colômbia. O desastre, que completou um ano no último dia 28 de novembro, matou 71 pessoas,
em sua maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense.
“Desde 1997 a média de acidentes tem caído de forma contínua e persistente”, disse o presidente da
ASN, destacando os esforços da Organização Internacional da Aviação Civil e da Fundação de Segurança no
Voo para melhorar os padrões de segurança da indústria de aviação.
A pontuação empregada no texto permaneceria correta se,
I no primeiro parágrafo, o segundo travessão fosse eliminado.
II na linha 1, fosse inserida vírgula logo após “2017”.
III na linha 9, fosse inserida vírgula logo após ‘1997’.

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IV na linha 9, a vírgula logo após ‘persistente’ fosse eliminada.


Assinale a opção correta.
a) Nenhum item está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas o item IV está certo.
d) Apenas os itens I e II estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Comentário: A primeira afirmação está errada, pois os travessões sinalizam a intercalação do comentário à
parte do autor “nenhum deles envolvendo linhas comerciais regulares”, por isso não podem ser excluídos.
Assim, já eliminamos as alternativas (D) e (E).

A segunda afirmação está errada, pois não cabe vírgula entre o sujeito “O ano de 2017” e o verbo
“foi”.

A terceira afirmação está correta, pois “Desde 1997” é um adjunto adverbial temporal antecipado,
por isso pode ser separado por vírgula. Com base nisso, podemos eliminar as alternativas (A) e (C), restando
a (B) como a correta.

Note que a quarta afirmação está errada, pois a vírgula após “persistente” destaca a voz do narrador,
dentro de um discurso direto. Assim, tal vírgula é obrigatória.

Gabarito: B

111. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: A linguagem ideal seria aquela em que cada palavra designasse apenas uma coisa,
correspondesse a uma só ideia ou conceito, tivesse um só sentido. Como tal não ocorre em nenhuma língua
conhecida, as palavras são, por natureza, enganosas, porque polissêmicas ou plurivalentes.
Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significam de maneira precisa, inequívoca
(Ogden e Richards são radicais: “as palavras nada significam por si mesmas”): “...o que determina o valor da
palavra é o contexto, o qual, a despeito da variedade de sentidos de que a palavra seja suscetível, lhe impõe
um valor ‘singular’; é o contexto também que a liberta de todas as representações passadas, nela acumuladas
pela memória, e que lhe atribui um valor ‘atual’”.
O vocábulo “Como” (linha 2) introduz no segundo período uma ideia de comparação.

Comentário: Podemos trocar a conjunção “como” por “já que”, “uma vez que”, “porque”. Assim, notamos
que há valor causal, e não de comparação. Portanto a afirmação está errada.

Gabarito: E

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112. CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: A ética e a cidadania não se desvinculam da questão dos princípios da ação do Estado
e da moralidade administrativa, uma vez que, por mais alargados que pareçam os direitos e as esferas
individuais — as quais parecem ser extremamente flexíveis nos atuais contextos —, urge que sejam
regulamentadas as vinculações estreitas que existem entre esferas individuais e esferas coletivas,
pressupondo-se, assim, níveis de avanço no campo do progresso moral da sociedade.
No texto, a locução “uma vez que” (linha 2) introduz no período em que ocorre uma ideia de
a) causa.
b) consequência.
c) conclusão.
d) finalidade.
e) condição.

Comentário: A locução conjuntiva “uma vez que” basicamente por ter dois valores adverbiais:

a) Pode transmitir condição, quando podemos substituir tal locução por “caso”. Além disso, o verbo deve se
encontrar no modo subjuntivo:

Uma vez que você estude, passará no concurso.

Caso você estude, passará no concurso.

b) Pode transmitir causa, quando podemos substituir por “já que”, “porque”. Além disso, o verbo deve se
encontrar no modo indicativo:

Uma vez que você estudou, passou no concurso.

Já que você estudou, passou no concurso.

Dessa forma, fica fácil observar que a locução conjuntiva neste contexto tem valor causal e a
alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

113. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: Gregos que enriqueceram como comerciantes e armadores não eram iguais àqueles
que possuíam a propriedade da terra e do conhecimento, de modo que não reuniam os critérios para uma
igual participação na formulação das leis.
Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto caso a expressão “de modo que” (linha
2) fosse substituída por
a) enfim.

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b) logo.
c) de sorte que.
d) desde que.
e) a fim de que.

Comentário: A locução conjuntiva subordinada adverbial “de modo que” tem valor consecutivo e pode ser
substituída pela locução de mesmo valor semântico “de sorte que”. Assim, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

114. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer as operações de circulação,
compra e venda de mercadorias; e, ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo uma diversidade de
localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que são de diferentes modos incorporadas à dinâmica
mercantil. Hoje, podemos talvez acrescentar que a cidade se torna o lugar do consumismo e do consumismo
de lugar.
A locução “de sorte a” (linha 1) introduz a consequência decorrente do modo como o espaço urbano foi
organizado, de acordo com o texto.

Comentário: A locução conjuntiva “de sorte que” inicia uma oração subordinada adverbial consecutiva
desenvolvida, a locução prepositiva “de sorte a” inicia uma oração subordinada adverbial consecutiva
reduzida de infinitivo. Assim, realmente tal locução inicia uma consequência e a afirmação está correta.

Gabarito: C

115. (CESPE / CBM AL Combatente – 2017)


Fragmento do texto: Quem quer que tenha tido ocasião de visitar os museus de Hiroshima e Nagasaki não
pode deixar de refletir com apreensão sobre o destino da humanidade e da civilização, tal como as
conhecemos, caso ocorra uma confrontação entre potências possuidoras de armamento atômico.
Os sentidos do texto seriam preservados se o termo “caso” (linha 3) fosse substituído por ainda que.

Comentário: A conjunção “caso” é condicional. Assim, não cabe a substituição pela locução conjuntiva “ainda
que”, a qual tem valor adverbial concessivo.

Portanto, a afirmação está errada.

Gabarito: E

116. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais,
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida baseia-se em

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um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade de garantir um hábitat
saudável às atuais e futuras gerações humanas.
Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal, os animais são tema de direito
civil. Ainda são estudados na atualidade brasileira, sob a influência do direito romano, como simples coisas
semoventes, como se desprovidos fossem da capacidade de sentir dor ou apego. Em jurisprudência
majoritária, são apenas objetos que possuem a capacidade de se mover e que podem proporcionar lucros
aos seus proprietários.
A oração “Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal” (linha 6) introduz no período
uma ideia de concessão, razão por que poderia ser corretamente introduzida por Embora, feito o devido
ajuste na inicial maiúscula da palavra “Desprovidos”.

Comentário: Pode-se entender um valor de causa entre “Desprovidos de valor próprio e de relevância
jurídica no direito penal” e “os animais são tema de direito civil”, e não de concessão, como sugere a
afirmação com a conjunção “Embora”.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

117. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)


Fragmento do texto: As críticas à extrema confiança que demos à ciência como forma única de
conhecimento são muitas e espalham-se em diversas frentes. Embora não possamos desconsiderar o avanço
científico a que os últimos séculos assistiram — as revoluções consideráveis no campo da medicina, da física,
da química e das próprias ciências sociais e humanas —, essa ciência capitalista, androcêntrica e colonial não
tem conseguido dar conta de resolver o problema que ela própria ajudou a construir.
O conectivo “Embora” (linha 2) introduz no período em que ocorre uma ideia de concessão.

Comentário: A conjunção “Embora” sempre terá valor adverbial concessivo. Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

118. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: A ética e a cidadania não se desvinculam da questão dos princípios da ação do Estado
e da moralidade administrativa, uma vez que, por mais alargados que pareçam os direitos e as esferas
individuais — as quais parecem ser extremamente flexíveis nos atuais contextos —, urge que sejam
regulamentadas as vinculações estreitas que existem entre esferas individuais e esferas coletivas,
pressupondo-se, assim, níveis de avanço no campo do progresso moral da sociedade.
A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse suprimida a vírgula empregada imediatamente após
o travessão na linha 3.

Comentário: O que se encontra entre travessões é uma oração subordinada adjetiva explicativa. Tal oração
é uma extensão da oração subordinada adverbial concessiva intercalada “por mais alargados que pareçam

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os direitos e as esferas individuais”. Assim, tal estrutura adverbial intercalada deve permanecer com suas
duas vírgulas. Confirme:

A ética e a cidadania não se desvinculam da questão dos princípios da ação do Estado e da moralidade
administrativa, uma vez que, por mais alargados que pareçam os direitos e as esferas individuais — as quais
parecem ser extremamente flexíveis nos atuais contextos —, urge que sejam regulamentadas as vinculações
estreitas que existem entre esferas individuais e esferas coletivas, pressupondo-se, assim, níveis de avanço
no campo do progresso moral da sociedade.

Dessa forma, a afirmação está errada.

Gabarito: E

119. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento do texto: A experimentação é característica dos processos de aquisição de conhecimentos. Ao
adquirir a escrita, a criança testa hipóteses já construídas acerca desse sistema. Pode-se pensar então que,
mesmo antes de entrar para a escola, o aprendiz, graças às práticas de letramento às quais está exposto
cotidianamente, já construiu suas hipóteses no que diz respeito à segmentação da escrita. No entanto, ao
testá-las, o que se lhe apresenta é a dúvida sobre o lugar em que espaços devem ser inseridos na escrita.
Para a resolução desse problema, é necessário que o aprendiz cumpra a complexa tarefa de compreender o
que é uma palavra.
O emprego das vírgulas no terceiro período do texto justifica-se pela mesma regra de pontuação.

Comentário: A afirmação está correta, pois as duplas vírgulas ocorreram por separarem estruturas adverbiais
intercaladas. Veja:

Pode-se pensar então que, mesmo antes de entrar para a escola, o aprendiz, graças às práticas de letramento
às quais está exposto cotidianamente, já construiu suas hipóteses no que diz respeito à segmentação da
escrita.

Gabarito: C

120. (CESPE / PJC MT Delegado – 2017)


Fragmento do texto: Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei Maior a se traduzir em palavras
que fossem apenas a revelação da justiça. Quando os descaminhos não conduzirem a isso, competirá ao
homem transformar a lei na vida mais digna para que a convivência política seja mais fecunda e humana.
Sem prejuízo para a coerência e para a correção gramatical do texto, a conjunção “Quando” (linha 2) poderia
ser substituída por
a) Se.
b) Caso.
c) À medida que.
d) Mesmo se.

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e) Apesar de.

Comentário: A conjunção “Quando” tem valor natural de tempo e, secundariamente, admite-se o valor
condicional. Mas sempre devemos analisar o contexto.

Neste contexto, o resultado de “não conduzirem a isso” é o futuro do indicativo “competirá”. Assim,
notamos o valor de condição.

Observando as alternativas, certamente você notou que não cabe concessão, como “apesar de” ou
“mesmo se”.

Além disso, não cabe o valor de proporção, como em “à medida que”.

Assim, resta o valor condicional e note que as alternativas (A) e (B) apresentam tal valor. Porém,
devemos notar que o verbo “conduzirem” no futuro do subjuntivo, o que é admitido pela conjunção “se”,
mas não pela conjunção “caso”. Assim, a alternativa correta é a (A).

Gabarito: A

121. (CESPE / TRE TO Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Somente em um sistema de democracia indireta ou representativa existem partidos
políticos. A democracia indireta ou representativa, segundo Kelsen, é aquela em que a função legislativa é
exercida por um parlamento eleito pelo povo, e as funções administrativa e judiciária são exercidas por
funcionários igualmente escolhidos por um eleitorado. Dessa forma, um governo é representativo quando
os seus funcionários, durante a ocupação do poder, refletem a vontade do eleitorado e são responsáveis
para com este.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a expressão “quando” (linha 4) fosse
substituída por
a) conquanto.
b) à medida que.
c) enquanto.
d) se.
e) bem como.

Comentário: Nós notamos que a conjunção “quando” pode traduzir um valor temporal e condicional. Assim,
devemos ter cuidado com o contexto para saber a diferença.

Como se trata de uma questão com resposta por alternativa, devemos eliminar as erradas. Note que
não cabe no contexto o valor concessivo de “conquanto”, nem proporcional de “à medida que”, muito menos
o de adição de “bem como”.

Assim, sobraram justamente as conjunções “enquanto” (temporal) e “se” (condicional).

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Entendemos do contexto que um governo é representativo numa determinada situação, isto é, se


satisfizer determinada condição: se os seus funcionários, durante a ocupação do poder, refletem a vontade
do eleitorado e são responsáveis para com este.

Atente agora na substituição pela conjunção temporal “enquanto”. Tal palavra tira a noção
condicional e transmite a ideia de tempo concomitante, o que muda o sentido. Confronte as três formas e
me diga o que achou?

Dessa forma, um governo é representativo quando os seus funcionários, durante a ocupação do poder,
refletem a vontade do eleitorado e são responsáveis para com este.

Dessa forma, um governo é representativo enquanto os seus funcionários, durante a ocupação do poder,
refletem a vontade do eleitorado e são responsáveis para com este.

Dessa forma, um governo é representativo se os seus funcionários, durante a ocupação do poder, refletem a
vontade do eleitorado e são responsáveis para com este.

Não se quer dizer no contexto que um governo é representativo somente no momento em que os
seus funcionários, durante a ocupação do poder, refletem a vontade do eleitorado e são responsáveis para
com este, mas na condição de eles, durante a ocupação do poder, refletirem a vontade do eleitorado e
serem responsáveis para com este.

Assim, notamos o valor condicional e a alternativa correta é a (D).

Gabarito: D

122. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: Desde que a urna eletrônica foi adotada em todo o território brasileiro, votar passou a
ser uma atividade relativamente simples. Diante da urna, o eleitor pode seguir quatro caminhos diferentes.
É possível deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla branca.
No período que inicia o texto, a locução “Desde que” (linha 1) introduz uma ideia de
a) proporcionalidade.
b) tempo.
c) causa.
d) consequência.
e) condição.

Comentário: Pelo contexto, podemos entender que a locução conjuntiva “desde que” pode ser substituída
por “desde quando”. Assim, tem valor temporal e a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

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123. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Desde que a urna eletrônica foi adotada em todo o território brasileiro, votar passou a ser uma
atividade relativamente simples. Diante da urna, o eleitor pode seguir quatro caminhos diferentes. É possível
deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla branca. A segunda opção é digitar um número que
não corresponda a nenhum dos candidatos ou partidos e, com isso, anular o voto. A terceira opção é digitar
o número de um partido e votar “na legenda”. Por fim, é possível escolher um candidato específico digitando-
se o seu número.
Até meados da década de 90 do século XX, ainda na era da cédula de papel, a apuração geralmente
era feita em ginásios esportivos e durava muitos dias. As pessoas que tiveram a oportunidade de ver uma
dessas apurações devem se lembrar das fases da contagem de votos. Inicialmente, os votos em branco eram
carimbados para evitar que eles fossem preenchidos de maneira fraudulenta durante o cômputo. Os votos
nulos eram separados em uma pilha específica. Depois de contados os votos, os boletins de cada urna eram
preenchidos, enviados para níveis superiores de apuração e totalizados. Hoje os poderosos computadores
da justiça eleitoral em Brasília são capazes de proclamar, em poucas horas, quais foram, entre os milhares
de candidatos, os eleitos.
Prejudicaria a correção gramatical e o sentido original do texto a inserção de uma vírgula logo após
a) “adotada” (linha 1).
b) “opção” (linha 3).
c) “específico” (linha 5).
d) “carimbados” (linha 10).
e) “Hoje” (linha 12).

Comentário: Na alternativa (A), a inserção da vírgula após “adotada” é possível, tendo em vista que isso faria
com que o adjunto adverbial intercalado ficasse entre duas vírgulas. Confirme:

Desde que a urna eletrônica foi adotada, em todo o território brasileiro, votar passou a ser uma atividade
relativamente simples.

A alternativa (B) é a que deve ser marcada, tendo em vista que não pode haver vírgula entre o sujeito
“A segunda opção” e o verbo “é”.

Na alternativa (C), a inserção da vírgula ocorre tendo em vista que a oração subordinada reduzida de
gerúndio deve ser precedida de vírgula. Confirme:

Por fim, é possível escolher um candidato específico, digitando-se o seu número.

Na alternativa (D), a inserção da vírgula ocorre para separar a oração subordinada adverbial de
finalidade, que se encontra após a oração principal. Confirme:

Inicialmente, os votos em branco eram carimbados, para evitar que eles fossem preenchidos de maneira
fraudulenta durante o cômputo.

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Na alternativa (E), a inserção da vírgula ocorre para separar o adjunto adverbial de tempo “Hoje”.
Confirme:

Hoje, os poderosos computadores da justiça eleitoral em Brasília são capazes de proclamar, em poucas horas,
quais foram, entre os milhares de candidatos, os eleitos.

Gabarito: B

124. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)


Fragmento do texto: Um estudo coordenado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que, enquanto 80% dos
professores de educação infantil da rede pública do país têm nível superior completo, 65,6% dos docentes
dessa mesma etapa na rede privada têm igual escolaridade.
A correção gramatical do texto seria mantida caso a vírgula empregada logo depois de “que” (linha 1) fosse
suprimida.

Comentário: A oração “enquanto 80% dos professores de educação infantil da rede pública do país têm nível
superior completo” é subordinada adverbial intercalada e deve permanecer entre duas vírgulas. Assim, não
cabe a supressão da primeira, por isso a afirmação está errada.

Gabarito: E

125. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: Acompanhando essa tendência, a área educacional, em especial a da educação
profissional, tem multiplicado os sentidos e usos da palavra competência. Por exemplo, ao se discutir uma
proposta educacional baseada em competências, é importante especificar o conceito de competência
adotado e a forma como ele é utilizado para se discutir o modelo pedagógico decorrente.
No texto, a oração “ao se discutir uma proposta educacional baseada em competências” (linhas 2 e 3)
exprime, no período em que ocorre, uma ideia de
a) finalidade.
b) conclusão.
c) causa.
d) consequência.
e) tempo.

Comentário: Note que podemos inserir nesta oração a conjunção temporal “quando”. Compare:

Por exemplo, ao se discutir uma proposta educacional baseada em competências, é importante especificar o
conceito de competência adotado e a forma como ele é utilizado para se discutir o modelo pedagógico
decorrente.

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Por exemplo, quando se discute uma proposta educacional baseada em competências, é importante
especificar o conceito de competência adotado e a forma como ele é utilizado para se discutir o modelo
pedagógico decorrente.

Assim, a alternativa (E) é a correta.

Gabarito: E

126. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: A linguagem ideal seria aquela em que cada palavra designasse apenas uma coisa,
correspondesse a uma só ideia ou conceito, tivesse um só sentido. Como tal não ocorre em nenhuma língua
conhecida, as palavras são, por natureza, enganosas, porque polissêmicas ou plurivalentes.
Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significam de maneira precisa, inequívoca
(Ogden e Richards são radicais: “as palavras nada significam por si mesmas”): “...o que determina o valor da
palavra é o contexto, o qual, a despeito da variedade de sentidos de que a palavra seja suscetível, lhe impõe
um valor ‘singular’; é o contexto também que a liberta de todas as representações passadas, nela acumuladas
pela memória, e que lhe atribui um valor ‘atual’”.
A palavra “Isoladas” (linha 4) introduz uma oração reduzida que, no texto, apresenta valor condicional.

Comentário: Veja como aqui neste contexto podemos entender um valor temporal ou condicional nesta
oração reduzida de particípio. Podemos entender que, quando estão isoladas de contexto ou situação, as
palavras quase nada significam de maneira precisa, inequívoca...; mas também podemos entender que, se
estiverem isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significarão de maneira precisa,
inequívoca...

Só um detalhe: pela noção de hipótese apresentada no primeiro período, principalmente pela


combinação dos verbos “seria”, “designasse” e “correspondesse”, o valor condicional da oração reduzida é
mais forte.

Resumindo, a afirmação está correta.

Gabarito: C

127. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: A linguagem — seja ela oral ou escrita, seja mímica ou semafórica — é um sistema de
símbolos, signos ou signos-símbolos, voluntariamente produzidos e convencionalmente aceitos, mediante o
qual o ser humano se comunica com seus semelhantes, expressando suas ideias, sentimentos ou desejos.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a vírgula inserida logo após “semelhantes” (linha 3) poderia
ser suprimida.

Comentário: Apesar de a NGB não adotar uma possível 10ª circunstância das orações adverbiais, a modal,
notamos que a oração subordinada adverbial “expressando suas ideias, sentimentos ou desejos” tem valor
de modo, isto é, o modo como o ser humano se comunica com seus semelhantes é expressando suas ideias,
sentimentos ou desejos.

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Como há uma oração adverbial após uma oração principal, a vírgula é facultativa.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

128. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A preocupação do filósofo era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à
sabedoria e à prática do bem. Para o filósofo grego, o papel do educador é, portanto, o de ajudar o discípulo
a caminhar nesse sentido, despertando sua cooperação para que ele consiga, por si próprio, iluminar sua
inteligência e sua consciência.
O trecho “para que ele consiga, por si próprio, iluminar sua inteligência e sua consciência” (linhas 3 e 4)
expressa uma condição em relação à oração “despertando sua cooperação” (linha 3).

Comentário: A locução conjuntiva “para que” só pode ter valor de finalidade, nunca de condição. Assim, a
afirmação está errada.

Gabarito: E

129. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)


Fragmento do texto: Eu gostava de notar a adoração pela violência que as suas almas pacíficas tinham, e a
facilidade com que explicavam tudo e apresentavam remédios. Embora mais moço que ele, várias vezes
cheguei a sorrir aos seus entusiasmos.
A conjunção “Embora” (linha 2) pode ser substituída por Posto que, mantendo-se o sentido e a correção
gramatical do texto.

Comentário: A conjunção “Embora” só pode ter valor adverbial concessivo. A locução conjuntiva “Posto que”
também só pode ter valor adverbial concessivo. Assim, a troca de uma pela outra preserva o sentido e a
correção gramatical.

Gabarito: C

130. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)

Fragmento do texto: Pelo fato de ter remontado na tradução dos Salmos à poesia bíblica, embora nada
tenha de pré-romântico ele foi considerado mais ou menos precursor a partir do decênio de 1830; mas é
inexplicável que os românticos nunca tenham mencionado a Carta, que poderia, na perspectiva deles, ser
lida como verdadeiro manifesto modernizador.

A substituição da conjunção “embora” (linha 1) pela conjunção conquanto prejudicaria o sentido original do
texto.

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Comentário: A conjunção “Embora” só pode ter valor adverbial concessivo. A conjunção “conquanto”
também só pode ter valor adverbial concessivo. Assim, a troca de uma pela outra preserva o sentido e a
correção gramatical. Como a questão afirmou que haveria prejuízo, está errada.

Gabarito: E

131. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)


Fragmento do texto: No plano cultural, satiriza a tirania da herança greco-latina e aspira a algo diferente,
que não formula, sendo porém significativo que enquanto menciona Homero como exemplo de poeta
desligado do real, fechado num mundo factício, louve um moderno, Cervantes, que assim privilegia como
autor de obra-prima mais adequada ao tempo, e que de mais a mais reforça o seu propósito na Carta, por
ser ela própria uma sátira contra costumes e convenções cediças.
A substituição da oração relativa “que não formula” (linha 2) por embora não a formule manteria o sentido
original do texto e sua correção gramatical, desde que fossem mantidas as vírgulas que isolam referida
oração.

Comentário; A oração “que não formula” é subordinada adjetiva explicativa. Com a substituição por uma
oração iniciada pela conjunção subordinada adverbial concessiva “embora”, certamente haverá mudança de
sentido. Assim, a afirmação da questão está errada.

Gabarito: E

132. (CESPE / Prefeitura de São Luís - MA Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de
um infante, entretanto eu tinha um peso enorme no coração. Sim, eu estava triste, e não sabia a que atribuir
minha tristeza. Era a primeira vez que me afligia tão incompreensível pesar.
No texto, o trecho “como o rosto de um infante” (linhas 1 e 2) introduz uma ideia de
a) comparação.
b) contraste.
c) adição.
d) compensação.
e) intensidade.

Comentário: A conjunção “como” é comparativa e podemos inserir o verbo “era” que normalmente fica
subentendido. Veja:

Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã risonha, e bela, como era o rosto de um infante,
entretanto eu tinha um peso enorme no coração.

Assim, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

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133. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: As últimas décadas registraram o ressurgimento do campo do conhecimento
denominado políticas públicas, assim como das instituições, das regras e dos modelos que regem sua
decisão, elaboração, implementação e avaliação. A política pública enquanto área de conhecimento e
disciplina acadêmica surgiu nos Estados Unidos da América (EUA), em um rompimento com a tradição
europeia de estudos e pesquisas nessa área, que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e
suas instituições do que na produção dos governos.
A oração “que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do que na produção
dos governos” (linhas 5 e 6) introduz, no período em que ocorre, além de uma explicação sobre “estudos e
pesquisas nessa área” (linha 5), uma comparação.

Comentário: Note que a oração “que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas
instituições do que na produção dos governos” é subordinada adjetiva explicativa, pois é iniciada com o
pronome relativo “que” e precedida de vírgula. Assim, realmente ela transmite explicação.

Além disso, dentro desta oração, há um trecho comparativo aumentativo, por meio da expressão
“mais...do que”: “mais na análise sobre o Estado e suas instituições do que na produção dos governos”.

Assim, sabemos que a afirmação está correta.

Gabarito: C

134. (CESPE / TRE BA Técnico – 2017)


Em sua definição, o voto em branco é aquele que não se dirige a nenhum candidato entre os que
disputam as eleições. São considerados, portanto, votos estéreis, porque não produzem frutos. Os votos
nulos, por sua vez, são aqueles que, somados aos votos em branco, compõem a categoria dos votos estéreis,
inválidos ou, como denominou o Tribunal Superior Eleitoral, votos apolíticos. Logo, os votos em branco e os
nulos são votos que, a princípio, não produzem resultado nem influenciam no resultado do pleito.
Ao comparecer às urnas no dia das eleições, o eleitor que apresentar voto em branco ou nulo pode
fazê-lo por diversas razões. Esses motivos podem embasar tanto a postura dos que votam em branco quanto
a dos que votam nulo, pois o resultado final é o mesmo: invalidar o voto. Assim sendo,
não é razoável diferenciar o voto em branco do voto nulo. Deve-se considerar a essência do ato, a sua real
motivação, que é a invalidação. É evidente que não se sabe, ao certo, a razão que motiva cada eleitor a votar
em branco ou nulo; entretanto, em ambos os casos, não há dúvida quanto à invalidade do voto por ele dado.
Acerca do papel das conjunções na organização argumentativa do texto, julgue os itens subsequentes.
I A conjunção “porque” (linha 2) combina duas orações que mantêm entre si uma relação de causalidade.
II A conjunção “como” (linha 4) indica uma comparação entre as afirmações das orações por ela conectadas.
III A conjunção “Logo” (linha 4) introduz um período que explica o raciocínio apresentado em períodos
anteriores.
IV A conjunção “entretanto” (linha 11) estabelece relação de contraposição entre os conteúdos das orações
por ela combinadas.

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Estão certos apenas os itens


a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

Comentário; A afirmação I está correta, pois a conjunção “porque” inicia a oração subordinada adverbial
causal “porque não produzem frutos”. Assim, a oração principal “São considerados (...) votos estéreis”
transmite, contextualmente, o valor de consequência. Dessa forma, houve uma relação de
consequência/causa, isto é, relação de causalidade entre as duas orações.

A afirmação II está errada, pois a conjunção “como”, neste contexto, tem valor adverbial de
conformidade. Veja que podemos trocar tal conjunção por “conforme”:

...compõem a categoria dos votos estéreis, inválidos ou, como denominou o Tribunal Superior Eleitoral...

...compõem a categoria dos votos estéreis, inválidos ou, conforme denominou o Tribunal Superior Eleitoral...

...compõem a categoria dos votos estéreis, inválidos ou, segundo denominou o Tribunal Superior Eleitoral...

A afirmação III está errada, pois a palavra “logo”, como conjunção, só pode ter valor coordenativo
conclusivo, nunca explicativo.

A afirmação IV está correta, pois a conjunção “entretanto” só pode ter valor coordenativo
adversativo, isto é, estabelece relação de contraposição entre os conteúdos das orações por ela combinadas.

Assim, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

135. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Seriam mantidas a correção gramatical e o sentido original do texto, caso, no trecho “Como lembra Marilena
Chaui, a cidadania se define pelos princípios da democracia, significando necessariamente conquista e
consolidação social e política”,
a) fosse inserida uma vírgula logo após “significando”.
b) a vírgula empregada logo após “democracia” fosse substituída por ponto e vírgula.
c) o trecho “pelos princípios da democracia” fosse isolado por vírgulas.
d) o vocábulo “necessariamente” fosse isolado por vírgulas.
e) fosse suprimida a vírgula empregada logo após “Chaui”.

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Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o advérbio “necessariamente” está intercalado. Por ser um
adjunto adverbial intercalado de pequena extensão, pode ser separado por dupla vírgula, ou não será
separado por nenhuma. Não cabe apenas uma vírgula. Dessa forma, eliminamos esta alternativa e
percebemos que a alternativa (D) é a correta.

A alternativa (B) está errada, pois oração reduzida de gerúndio é subordinada. Por isso não pode ser
separada por ponto e vírgula. Lembre-se de que empregamos ponto e vírgula para separar expressões ou
orações coordenadas.

A alternativa (C) está errada, pois a expressão “pelos princípios da democracia” é o agente da passiva,
o qual não pode ser separado por vírgulas.

A alternativa (E) está errada, pois a oração subordinada adverbial de conformidade “Como lembra
Marilena Chaui” está antecipada, por isso deve ser separada por vírgula.

Gabarito: D

136. (CESPE / TRE TO Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Assim, o conceito de eleição implica que sejam reconhecidos os eleitores e que eles
sejam contemplados com alternativas, que possam escolher uma entre várias propostas (ou representantes)
designadas para resolver determinados problemas públicos. A existência de alternativas torna-se, portanto,
uma condição necessária para que a eleição seja genuinamente democrática.
No texto, a oração “para resolver determinados problemas públicos” (linha 3) exprime a ideia de
a) concessão.
b) consequência.
c) comparação.
d) conformidade.
e) finalidade.

Comentário: A preposição “para” pode ser substituída por “a fim de”. Assim, há valor adverbial de finalidade
e a alternativa (E) é a correta.

Gabarito: E

137. (CESPE / PC GO Delegado – 2017)


Fragmento do texto: Para combater o compartilhamento de fotos íntimas por terceiros, são necessárias
ações preventivas, afirma a advogada. Jovens e adolescentes devem ser educados, de forma que tenham
dimensão do problema que a divulgação desse tipo de imagem pode acarretar.
No texto, a oração “Para combater o compartilhamento de fotos íntimas por terceiros” (linha 1) expressa
ideia de
a) finalidade.

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b) explicação.
c) consequência.
d) conformidade.
e) causa.

Comentário: A preposição “para” inicia a oração subordinada adverbial de finalidade “Para combater o
compartilhamento de fotos íntimas por terceiros”. Assim, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

138. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento do texto: Quer dizer também que o ex-prefeito continua sujeito a todas as sanções previstas para
aqueles que não prestam contas. Por essa razão, é necessário que haja a separação das contas — que devem,
inclusive, ser processadas em autos distintos — quando ocorrer de o cargo de prefeito ser ocupado por mais
de uma pessoa durante o exercício financeiro. Nesse caso, cada um será responsável pelo período em que
ocupou o cargo.
A expressão “Por essa razão” (linha 2) introduz no parágrafo em que ocorre uma ideia de finalidade.

Comentário: Veja que podemos substituir a expressão “por essa razão” por “por causa disso”, “devido a
isso”. Assim, entendemos o valor de causa, e não de finalidade. Portanto, a afirmação está errada.

Gabarito: E

139. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento do texto: Examinando-se a situação financeira dos estados que preparam sua versão da lei de
responsabilidade fiscal, fica difícil aceitar a argumentação. Desde maio de 2000, quando entrou em vigor a
LRF, esses estados, como os demais, estão sujeitos a regras precisas para a gestão do dinheiro público, para
a criação de despesas e, em particular, para os gastos com pessoal. Por que, tendo descumprido algumas
dessas regras, estariam interessados em torná-las ainda mais rigorosas?
Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis pelo dinheiro público que, por alguma razão,
não a cumpriram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas condições atuais esses
responsáveis estão sendo capazes de cumpri-la? O problema não está na lei.
A conjunção “se” (linha 8) introduz uma oração interpretada como a condição para tornar a LRF mais
rigorosa.

Comentário; Veja que não há valor de condição, mas de causa, haja vista que podemos substituir a conjunção
“se” por “já que”. Veja:

De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas condições atuais esses responsáveis estão
sendo capazes de cumpri-la?

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De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, já que nem nas condições atuais esses responsáveis
estão sendo capazes de cumpri-la?

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

140. (CESPE / FUB Superior – 2016)


Fragmento do texto: Se uma coisa podia ser oscilada, acelerada, perturbada, destilada, combinada, pesada
ou gaseificada, eles o fizeram, e no processo produziram um corpo de leis universais tão importantes e
majestosas que ainda tendemos a escrevê-las com maiúsculas: Teoria do Campo Eletromagnético da Luz, a
Lei das Proporções Recíprocas de Richter, a Lei dos Gases de Charles, a Lei dos Volumes de Combinação, a
Lei de Zeroth, o Conceito de Valência, a Lei das Ações das Massas e um sem-número de outras. O mundo
inteiro clangorava e silvava com o maquinário e os instrumentos produzidos por sua engenhosidade. Muitas
pessoas cultas acreditavam que não restava muito para a ciência fazer.
A palavra “que” (linha 3) introduz no texto uma ideia de consequência.

Comentário: A palavra “que” está correlacionada com o advérbio “tão”, formando a expressão correlativa
“tão...que”. Assim, a conjunção “que” inicia a oração subordinada adverbial consecutiva “que ainda
tendemos a escrevê-las com maiúsculas”.

Dessa forma, a afirmação está correta.

Gabarito: C

141. (CESPE / FUNPRESP Assistente – 2016)


Fragmento do texto: Senti como se estivesse nascendo naquele momento. Uma vida nova, passada a limpo,
me esperava em direção a um Norte mais nítido, a uma morte mais próxima e sem alternativa. Mas aquela
casa me protegia, e dentro dela uma mulher se esforçava por me fazer feliz. Aquelas folhas de papel me
esperavam também, intocadas, e era minha obrigação escurecê-las de ideias, histórias, sortilégios capazes,
talvez, de fazer alguém parar no seu cotidiano e se pôr a sonhar.
A oração “por me fazer feliz” (linha 3) expressa uma ideia de finalidade.

Comentário: Sabemos que normalmente a preposição “por” transmite a ideia de causa. Mas sempre
devemos responder à questão observando o contexto em que o segmento é empregado.

Entendemos do trecho que alguém se esforçava para fazer outra pessoa feliz. Note que podemos
trocar a preposição “por” pela preposição “para” e não há diferença de sentido.

À época da prova, muitos questionaram sobre o suposto valor causal dessa preposição “por”. Mas
veja bem o contexto:

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O texto não teve a intenção de afirmar que alguém se esforçava porque fazia alguém feliz. Note que
primeiro há um esforço. Com base nesse esforço é que a pessoa ficava feliz. Assim, não cabe ao trecho “por
me fazer feliz” ser a causa, a origem da ação. Cabe, então, o valor de finalidade.

Assim, realmente, a afirmação está correta, pois a preposição “por”, neste contexto, tem sentido de
finalidade.

Gabarito: C

142. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento do texto: Posteriormente, na década de 70, foi criado o protocolo Internet, que permitiu a
comunicação entre os seus poucos usuários até então, uma vez que ela ainda estava restrita aos centros de
pesquisa dos Estados Unidos da América.
Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original do período ao se substituir a expressão “uma vez que”
por qualquer um dos seguintes termos: porque, já que, pois, por conseguinte.

Comentário: A locução conjuntiva “uma vez que” é causal e naturalmente pode ser substituída por “porque”,
“já que” e “pois”, mas a locução conjuntiva “por conseguinte” é coordenativa conclusiva, por isso não pode
substituir aquela locução. Dessa forma, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

143. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Com a justiça privada, o tipo de pena ou sanção deixou de ser uma surpresa para seu
destinatário, e não mais correspondia a todo e qualquer ato que o ofendido pretendesse; ao contrário, a
punição do ofensor passou a sofrer os limites da extensão e da intensidade do dano causado. Obviamente,
isso quer dizer que, se o dano fosse físico, a retaliação também o seria; por outro lado, fosse a ofensa apenas
moral, não poderia ser de outra natureza o ato do h ofendido contra o originário ofensor.
Do ponto de vista sintático, as vírgulas que isolam a frase “se o dano fosse físico” (linha 4) são de emprego
facultativo, razão por que a correção do texto seria preservada caso se eliminassem ambas ou se apenas uma
delas — seja a primeira, seja a segunda — fosse eliminada.

Comentário: A oração “se o dano fosse físico” é subordinada adverbial condicional e está intercalada. Assim,
a dupla vírgula é obrigatória e nenhuma delas pode ser excluída.

Gabarito: E

144. (CESPE / DEPEN Superior – 2015)


Fragmento do texto: O projeto transforma a leitura em uma extensão da produção de trabalho intelectual,
que já caracterizava a remição de pena por dias de estudo. Os detentos têm acesso a mais de cem livros
comprados pelo governo e, a partir dessa seleção, eles têm de vinte e um a trinta dias para ler um livro e
escrever uma resenha que, se adequada aos parâmetros da lei, como circunscrição ao tema e estética,
subtraem quatro dias da pena.

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A correção gramatical do texto seria mantida caso a vírgula logo após o termo “que” (linha 4) fosse eliminada.

Comentário: A oração “se adequada aos parâmetros da lei” é subordinada adverbial condicional e está
intercalada. Assim, a dupla vírgula é obrigatória, por isso a vírgula que antecede tal oração não pode ser
excluída.

Gabarito: E

145. (CESPE / MEC Nível Superior – 2015)


Fragmento do texto: Não se trata apenas de que não conseguimos respirar na água, mas de que não
suportaríamos as pressões. Como a água é cerca de 1.300 vezes mais pesada que o ar, as pressões aumentam
rapidamente à medida que se desce ― o equivalente a uma atmosfera para cada dez metros de
profundidade. Em terra, se você subisse em uma construção de 150 metros ― a catedral de Colônia ou o
monumento de Washington, digamos ―, a mudança de pressão, de tão pequena, seria imperceptível. No
entanto, à mesma profundidade na água, suas veias se contrairiam e seus pulmões se comprimiriam até ficar
do tamanho de uma lata de refrigerante.
Na linha 5, o emprego da vírgula após o travessão é Facultativo.

Comentário: A oração “se você subisse em uma construção de 150 metros” é subordinada adverbial
condicional e está intercalada. Ela é seguida de um comentário do autor (― a catedral de Colônia ou o
monumento de Washington, digamos ―), o qual fica entre travessões e está exemplificando “uma
construção de 150 metros”. Assim, entendemos que tal comentário se encontra dentro da oração adverbial
intercalada. Por isso, a vírgula após o travessão é obrigatória. Na realidade, ela está separando toda a
informação adverbial e seu comentário da oração principal.

Por isso, a vírgula após o travessão é obrigatória.

Gabarito: E

146. (CESPE / MPU Analista – 2015)


Fragmento do texto: A concentração do poder em um só órgão ou pessoa viria sempre em detrimento do
exercício da liberdade. É que, como observou Montesquieu, “todo homem que tem poder tende a abusar
dele; ele vai até onde encontra limites.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas, caso a vírgula empregada logo após o
vocábulo “que” fosse eliminada.

Comentário: A vírgula após o “que”, na realidade, inicia uma estrutura adverbial intercalada, a qual é a
oração subordinada adverbial de conformidade “como observou Montesquieu”. Assim, tanto a vírgula que
inicia quanto a que finaliza são obrigatórias, fazendo com que a afirmativa da questão seja errada.

Gabarito: E

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147. (CESPE / FUB Analista de Tecnologia da Informação – 2015)


Fragmento do texto: O interesse pela sustentabilidade fortalece-se na medida em que a sociedade se dá
conta dos limites do modelo de desenvolvimento dependente de recursos não renováveis, no contexto de
mudança paulatina dos anseios da sociedade, da busca de segurança energética e de novas possibilidades
de produção.
Sem prejuízo à correção gramatical e ao sentido original do texto, a expressão “na medida em que” (linha 1)
poderia ser substituída por à medida que.

Comentário: A locução conjuntiva “na medida em que” só pode ter valor adverbial causal. Já a locução
conjuntiva “à medida que” só pode ter valor adverbial proporcional. Assim, a substituição implicaria
mudança do sentido. Por isso, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

148. (CESPE / MPOG ENAP Nível superior – 2015)


Fragmento do texto: As mudanças políticas, sociais e culturais, nos últimos vinte anos, fizeram-se sentir no
âmbito do direito administrativo e, mais especificamente, na forma de administrar a coisa pública. Diante
dessa nova realidade, para atender às necessidades fundamentais da sociedade de forma eficaz e com o
menor custo possível, a administração pública precisou aperfeiçoar sua atuação, afastando-se da
administração burocrática e adotando uma administração gerencial.
As vírgulas empregadas nas linha 4 isolam segmento de natureza adverbial: “para atender (...) custo
possível”.

Comentário: A oração “para atender às necessidades fundamentais da sociedade de forma eficaz e com o
menor custo possível” é subordinada adverbial de finalidade e está intercalada. Por isso, a dupla vírgula foi
empregada e a afirmativa está correta.

Gabarito: C

149. (CESPE / TRE GO Técnico-Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Naquela época, o voto não era universal: para participar do processo eleitoral,
requeriam-se 200 mil réis de renda líquida anual comprovada.
Caso a vírgula que sucede o vocábulo “eleitoral” (linha 1) fosse suprimida, o sentido do texto seria
preservado, mas não a sua correção gramatical.

Comentário: A oração “para participar do processo eleitoral” é subordinada adverbial de finalidade e está
antecipada. Por isso, a dupla vírgula foi empregada e a afirmativa está correta.

Gabarito: C

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150. (CESPE / MEC 2014 Nível superior – 2015)


Fragmento do texto: O aumento do número de alunos no ensino integral é atribuído ao Programa Mais
Educação, criado pelo Ministério da Educação para incentivar as secretarias estaduais e municipais de
educação, com a transferência de recursos federais, a oferecer a educação integral.
O termo “para” (linha 2) introduz ideia de finalidade e poderia ser substituído, sem prejuízo para a correção
gramatical e o sentido original do texto, por afim de.

Comentário: A preposição “para” tem valor adverbial de finalidade, por isso pode ser substituída pela
locução prepositiva “a fim de”. Assim, o erro da afirmação foi a grafia “afim”.

Gabarito: E

151. (CESPE / Câmara dos Deputados Analista Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: No ambiente virtual, combinações de usuário e senha funcionam para dar acesso a
emails, celulares, redes sociais e cadastros em lojas online. Lidamos com tantas combinações desse tipo, que
já se fala de uma nova categoria de estresse: a “fadiga de senhas”.
A oração introduzida pela conjunção “que” (linha 3) expressa ideia de consequência em relação à oração
anterior, à qual se subordina.

Comentário: A oração “que já se fala de uma nova categoria de estresse: a ‘fadiga de senhas’” é iniciada pela
conjunção consecutiva “que”. Note que a oração principal “Lidamos com tantas combinações desse tipo”
possui o vocábulo “tantas”, o que reforça a estrutura I, vista na teoria. Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

152. (CESPE / ICMBIO Nível médio – 2014)


Fragmento do texto: As palavras estampadas na bandeira nacional poderiam receber o complemento de um
adjetivo, diante do arcabouço de ideias e discussões que tratam do futuro do planeta. A depender da
contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da Universidade de Brasília, o lema de 1889,
inspirado nos conceitos positivistas do francês Augusto Comte, teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo
Progresso”.
Na linha 2, a substituição da expressão “A depender” por Se dependesse não comprometeria nem a sintaxe
nem o sentido do período de que faz parte.

Comentário: Esta questão cobra a possibilidade de transformação da oração reduzida de infinitivo em oração
desenvolvida.

Primeiramente, devemos realizar a substituição e verificar o contexto. Veja:

Se dependesse da contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da Universidade de Brasília,


o lema de 1889, inspirado nos conceitos positivistas do francês Augusto Comte, teria a seguinte redação:
“Ordem e um Novo Progresso”.

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Assim, percebemos que o contexto admite o valor condicional. Além disso, é importante notar a
relação entre os tempos verbais pretérito imperfeito do subjuntivo (“dependesse”) e futuro do pretérito do
indicativo (“teria”), conforme observamos na teoria.

Assim, a substituição está correta.

Gabarito: C

153. (CESPE / Câmara dos Deputados Técnico Legislativo – 2014)

No segundo quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional, ponto de partida para o
raciocínio de Calvin, que pode ser assim esquematizado: Se A, então B.

Comentário: A oração “Se os ignorantes é que são felizes” é iniciada pela conjunção condicional “Se”. Note
que tal oração possui a expressão expletiva ou de realce “é que”. O restante do segmento “então esta aula
é uma tentativa deliberada de sua parte de privar-me da felicidade” é o resultado do raciocínio basilar,
condicional. Assim, podemos entender o esquema “Se A, então B”, o que demonstra que a afirmação está
correta.

Gabarito: C

154. (CESPE / CEF Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Após a viagem, Táriq teria mandado gravar, em moedas comemorativas, uma linha
sinuosa, em forma de um esse maiúsculo (S), representando o longo e tortuoso caminho percorrido para
alcançar o continente europeu. Mandou colocar, no sentido vertical, duas colunas paralelas, cortando essa
linha sinuosa. As colunas representavam as Colunas de Hércules e significavam força, poder e a perseverança
da empreitada. O símbolo, gravado nas moedas, difundiu-se e passou a ser reconhecido mundialmente como
cifrão, representação gráfica do dinheiro.
A oração “cortando essa linha sinuosa” (linhas 3 e 4) tem valor temporal no contexto em que ocorre.

Comentário: Você não precisa saber especificamente o valor da oração, o que importa é perceber se tal
oração reduzida mantém ou não o valor temporal, neste contexto.

Para isso, devemos observar se ela, neste contexto, admitiria conjunções, como “quando”,
“enquanto” etc.

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Veja que não se entende no texto que Táriq mandou colocar duas colunas paralelas, quando
cortavam essa linha, ou enquanto cortavam essa linha. Isso já mostra que a afirmação está errada.

Na realidade, a oração reduzida de gerúndio “cortando essa linha sinuosa” pode ter valor contextual
de característica do substantivo “colunas” (Mandou colocar, no sentido vertical, duas colunas paralelas, que
cortassem essa linha sinuosa) ou até um valor adverbial de finalidade: Mandou colocar, no sentido vertical,
duas colunas paralelas, para que cortassem essa linha sinuosa.

Gabarito: E

155. (CESPE / TRE MS Técnico Judiciário – 2013)


Um sistema eleitoral pode prever condições legítimas a serem preenchidas pelo cidadão para se tornar
eleitor, desde que não sejam discriminatórias ou levem em consideração valores pessoais.
A expressão “desde que” (linha 2) poderia ser corretamente substituída por com a condição de que.

Comentário: A locução conjuntiva “desde que”, neste contexto, tem valor adverbial condicional. Note o
verbo no presente do subjuntivo “sejam”. Assim, a locução conjuntiva “desde que” pode ser substituída pela
expressão “com a condição de que”. Compare:

Um sistema eleitoral pode prever condições legítimas a serem preenchidas pelo cidadão para se tornar
eleitor, desde que não sejam discriminatórias ou levem em consideração valores pessoais.

Um sistema eleitoral pode prever condições legítimas a serem preenchidas pelo cidadão para se tornar
eleitor, com a condição de que não sejam discriminatórias ou levem em consideração valores pessoais.

Gabarito: C

156. (CESPE / MPU Analista – 2013)


Fragmento do texto: Essa blasfêmia contra a razão e a fé, contra a civilização e a humanidade, é a filosofia
da miséria; executada, não faria senão inaugurar a organização da miséria.
Não haveria prejuízo para o sentido original nem para a correção gramatical do texto caso se inserisse
quando ou se for imediatamente antes de “executada”.

Comentário: Pode-se entender no particípio antecipado “executada” um valor adverbial condicional. Assim,
caberia a conjunção “se” ou “quando”. Veja:

Essa blasfêmia contra a razão e a fé, contra a civilização e a humanidade, é a filosofia da miséria; se
executada, não faria senão inaugurar a organização da miséria.

Essa blasfêmia contra a razão e a fé, contra a civilização e a humanidade, é a filosofia da miséria; quando
executada, não faria senão inaugurar a organização da miséria.

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O problema é que a questão inseriu um verbo no futuro do subjuntivo (“for”). Tal palavra força que o verbo
da oração principal se flexione no futuro do presente (“fará”). Como há o futuro do pretérito do indicativo
“faria”, o único tempo que caberia junto à conjunção “se” seria “fosse”. Veja:

Essa blasfêmia contra a razão e a fé, contra a civilização e a humanidade, é a filosofia da miséria; se fosse
executada, não faria senão inaugurar a organização da miséria.

Assim, a questão está errada.

Gabarito: E

157. (CESPE / TRE MS Analista Judiciário – 2013)


Em linhas gerais, o texto da Lei da Ficha Limpa prevê que, para ficar impedido de concorrer a um cargo
público eletivo, basta que o candidato tenha sido condenado por um órgão colegiado, ainda que ele esteja
com recursos em tramitação, caso muito comum, por exemplo, em condenações de tribunais eleitorais.
No texto, a expressão “ainda que” (linha 2) tem sentido equivalente ao da expressão desde que

Comentário: A locução conjuntiva “ainda que” tem valor adverbial concessivo; já a locução conjuntiva “desde
que” pode ter valor adverbial causal, condicional ou temporal. Assim, tais conectivos não têm sentido
equivalente e a afirmativa está errada.

Gabarito: E

158. (CESPE / PRF Nível superior – 2013)


Fragmento do texto: Se toda morte violenta, ou súbita, nos deixa frente a frente com o real traumático,
busca-se a possibilidade de inscrever o acontecido em uma narrativa, ainda que terrível, capaz de produzir
sentido para o que não tem tamanho nem nunca terá, o que não tem conserto nem nunca terá, o que não
faz sentido.
A substituição da expressão “ainda que terrível” (linha 2) por senão que terrível preservaria a correção
gramatical e o sentido original do texto.

Comentário: A locução conjuntiva “ainda que” tem valor adverbial concessivo, o qual poderia ser preservado
com a expressão “mesmo que”, “embora”. O vocábulo “senão” não transmite valor adverbial concessivo, por
isso a afirmativa está errada.

Gabarito: E

159. (CESPE / TRE MS Analista Judiciário (banca CESPE)


Especialmente no que comunica o papel da justiça eleitoral ao princípio da autenticidade eleitoral,
cabe a ela garantir que prevaleça a vontade do eleitor. Entenda-se: não lhe é cabível exigir ou orientar
escolhas melhores, ou escolhas ideais, apenas fazer valer a escolha expressada legitimamente pelo eleitor
no resultado das urnas. Assim, embora louvável o esforço, não lhe cabe primar por “votos de qualidade”,
apenas pelos votos legitimamente conquistados.

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O que macula o processo e a formação da vontade não são os critérios utilizados pelo eleitor (por
mais absurdos, subjetivos ou incoerentes que sejam), mas, sim, o falseamento de sua vontade. Embora por
vezes seja atraente o discurso de que uma das funções da justiça 10 eleitoral seria incentivar o eleitor a
melhor escolher seus candidatos, a utilizar-se de critérios objetivos e a não levar em conta elementos
menores que o interesse público, este não é o seu papel.
O mesmo motivo justifica o emprego de vírgula logo depois de “esforço” (linha 4) e de “candidatos” (linha
9).

Comentário: A afirmativa está errada, pois não há o mesmo motivo no emprego das vírgulas. A vírgula após
“esforço” é a segunda da intercalação da estrutura adverbial concessiva “embora louvável o esforço”; já a
vírgula após “candidatos” separa orações enumeradas. Tais orações enumeradas são subordinadas
substantivas objetivas indiretas reduzidas de infinitivo. Compare:

Assim, embora louvável o esforço, não lhe cabe primar por “votos de qualidade”, apenas pelos votos
legitimamente conquistados.

ou

Embora por vezes seja atraente o discurso de que uma das funções da justiça eleitoral seria incentivar o
eleitor a melhor escolher seus candidatos, a utilizar-se de critérios objetivos e a não levar em conta elementos
menores que o interesse público, este não é o seu papel.

Gabarito: E

160. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2013)


Fragmento do texto: Embora as conquistas obtidas a partir da Revolução Francesa tenham possibilitado a
consolidação da concepção de cidadania, elas não foram suficientes para que essa condição se verificasse na
prática.
Dada a relação de concessão estabelecida entre as duas primeiras orações do texto, a palavra “Embora”
(linha 1) poderia, sem prejuízo do sentido ou da correção gramatical do texto, ser substituída por Conquanto.

Comentário: Como a conjunção “Conquanto” também possui valor adverbial concessivo, como a conjunção
“Embora”, pode haver a substituição, sem prejuízo do sentido ou da correção gramatical do texto.

Gabarito: C

161. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: O CNJ e os demais órgãos do Judiciário estão mobilizados para acelerar os julgamentos
dos casos de violência contra as mulheres e para promover a correta aplicação da Lei Maria da Penha. Outra
campanha que mobilizou o Judiciário brasileiro em torno da cultura da paz e do diálogo na resolução de
conflitos foi a da 7.ª edição da Semana Nacional de Conciliação.
Nas linhas 1 e 2, as duas ocorrências de “para” conferem às orações em que ocorrem relações sintáticas
diferentes.

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Comentário: A preposição “para”, nos dois casos, inicia orações subordinadas adverbiais de finalidade, as
quais se encontram coordenadas entre si por adição. Dessa forma, tais orações não possuem relações
sintáticas diferentes, elas possuem a mesma função sintática. Assim, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

162. (CESPE / Polícia Civil CE Inspetor – 2012)


Fragmento de texto: O cientista político Phillippe Schmitter argumentou que, embora a situação europeia
seja singular, seu progresso para além do Estado nacional tem uma pertinência mais genérica, pois “o
contexto contemporâneo favorece sistematicamente a transformação dos Estados em confederatii,
condominii ou federatii, numa variedade de contextos”.
O conector “pois” (linha 2) introduz ideia de consequência no trecho em que ocorre.

Comentário: A conjunção “pois” tem valor adverbial causal, e não de consequência.

Gabarito: E

163. (CESPE / MPE PI Superior – 2012)


Fragmento do texto: No Brasil, o desafio envolve muitas variáveis, desde o número crescente da frota de
veículos e a precariedade dos transportes públicos até o comportamento dos motoristas ao volante.
Enquanto os especialistas analisam o assunto na tentativa de apontar soluções para o problema, o Psicólogos
do Trânsito, um grupo de jovens paulistanos, decidiu levar bom humor à rua, mostrando que um simples
gesto pode melhorar o caos do trânsito.
A conjunção “Enquanto” (linha 3) introduz oração de valor consecutivo.

Comentário: Vimos as conjunções adverbiais consecutivas. Elas transmitem valor de consequência. Já a


conjunção “Enquanto” transmite o valor de tempo.

Gabarito: E

164. CESPE / EBC Nível Médio – 2011)


Fragmento de texto: Por princípio, todo o sistema de comunicação deveria ser público, uma vez que a sua
missão é prestar um serviço público. Nesse sentido, poderiam até variar as formas de financiamento, mas o
controle deve ser da sociedade.
Seria mantida a relação sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período do texto ao
se substituir “uma vez que” (linha 1) por qualquer um dos termos a seguir: porque, porquanto, já que, visto
que, conquanto.

Comentário: A locução conjuntiva “uma vez que” inicia a oração subordinada adverbial causal. Os conectivos
“porque”, “porquanto”, “já que” e “visto que” preservam o valor causal; mas a conjunção “conquanto” tem
valor adverbial concessivo, o qual será visto adiante. Assim, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

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165. (CESPE / Assembleia Legislativa ES Procurador – 2011)


No Brasil, as denúncias de corrupção têm sido divulgadas pela grande mídia como se fossem uma
característica do agrupamento político que está no poder. Tudo se passa como se pessoas de caráter
duvidoso se aproveitassem do Estado em favor de seus interesses pessoais e grupais.
Essa forma de veicular denúncias e indícios reafirma muitos dos mitos acerca do fenômeno da
corrupção. Podem-se inventariar alguns: a colonização portuguesa, que seria essencialmente
patrimonialista, em contraposição ao “poder local” e ao “espírito de comunidade” da tradição anglo-saxã; a
cultura brasileira, com seu universo miscigenado, tão criticado por perspectivas eugenistas do início do
século XX, e sua “amoralidade macunaímica”, que não teria, mesmo após a independência e a República,
conseguido separar o público do privado; a disjunção entre elites políticas e sociedade, como se as primeiras
não fossem reflexo, direto e(ou) indireto, da última; a ausência de uma base educacional formal sólida como
explicação para comportamentos não republicanos; por fim, a ausência e(ou) fragilidade de leis e de
instituições capazes de fiscalizar, controlar e punir os casos de malversação dos recursos públicos, como se
o país fosse “terra de ninguém”.
No segundo parágrafo, o emprego de ponto e vírgula justifica-se por marcar a intercalação das orações que
descrevem cada mito.

Comentário: É certo que esses elementos enumerados após os dois-pontos caracterizam e descrevem alguns
dos mitos. Cada elemento é separado por ponto e vírgula, haja vista as divisões internas.

Porém, a questão está errada, porque os pontos e vírgulas não separam orações (que devem ter base
no verbo), mas termos da oração (“a colonização portuguesa”, “a cultura brasileira”, “a disjunção entre elites
políticas e sociedade”, “a ausência de uma base educacional formal sólida” e “a ausência e(ou) fragilidade
de leis e de instituições”).

Esses termos coordenados fazem parte do aposto enumerativo, o qual internamente possui algumas
orações explicativas e adverbiais.

Gabarito: E

166. (CESPE) / TRE ES Técnico – 2011)


Fragmento de texto: Era a elite intelectual e política do Brasil, composta de magistrados, membros do clero,
fazendeiros, senhores de engenho, altos funcionários, militares e professores. Desse grupo, sairiam mais
tarde 33 senadores, 28 ministros de Estado, dezoito presidentes de província, sete membros do primeiro
conselho de Estado e quatro regentes do Império.
No trecho “Era a elite intelectual (...) quatro regentes do Império”, a organização dos elementos estruturais
indica o predomínio da coordenação.

Comentário: Perceba que predomina neste excerto a enumeração, a junção de substantivos e adjetivos. Por
isso entendemos esses termos como compostos ou coordenados. A banca cobra este assunto com estas
palavras: coordenação, termos compostos ou enumeração. Muitas vezes explora o uso da vírgula entre eles.
Por tudo isso, a questão está correta.

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Gabarito: C

167. (CESPE / INCA nível superior – 2010)


Fragmento do texto: Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos exames pré-admissional, periódico
e demissional do trabalhador, criou recursos médico-periciais voltados à identificação do nexo da
causalidade entre os danos sofridos e a ocupação desempenhada.
A vírgula logo depois de “trabalhador” é opcional e sua retirada preservaria a correção gramatical do texto,
pois os três termos da enumeração que ela tem função de marcar já estão separados pela conjunção “e”:
“exames pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador”.

Comentário: A vírgula após “trabalhador” é obrigatória, por haver a antecipação da oração subordinada
adverbial causal (ou temporal) reduzida de infinitivo “Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos
exames pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador”. Os três termos enumerados não
interferem no motivo desta vírgula.

Gabarito: E

168. (CESPE / Agente educacional ES nível médio – 2010)


Fragmento do texto: A China foi o caso mais marcante de superação da crise de 2008, porque conseguiu
crescer 8,7% no ano passado, enquanto o resto do mundo patinhava.
O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção gramatical e sem alterar as informações originais
do período, ser substituído por ao passo que.

Comentário: A conjunção “enquanto” traduz valor de tempo concomitante, da mesma forma que a locução
conjuntiva “ao passo que”. Por isso elas podem ser substituídas uma pela outra sem alterar a informação
original. Perceba que, para não haver problema de entendimento pelo candidato, a banca evitou afirmar
valor semântico original, ela preferiu informações originais, pois não importa se continua sendo temporal
ou se transformaria em proporcional; o que importa é que a ideia de concomitância foi preservada.

Gabarito: C

169. (CESPE / Caixa Econômica Federal nível médio – 2010)


Fragmento do texto: “O mercado brasileiro está fervilhando. Enquanto as nossas vendas ficaram estáveis em
alguns países, no Brasil elas subiram 30% em 2009”, completa o espanhol.
O vocábulo “Enquanto”, por expressar uma ideia de proporcionalidade, poderia ser substituído por À medida
que, mantendo-se o sentido original do texto.

Comentário: A conjunção “enquanto” não expressa proporção, ela traduz valor de tempo concomitante, o
que poderia também ocorrer com as conjunções de proporção. Porém, há de se perceber que a proporção
(diferente da temporal) necessita da evolução temporal (cada elemento vai realizando algo a seu tempo e
isso se traduz em uma evolução), mas isso não ocorreu neste contexto, pois foi dito que “as nossas vendas
ficaram estáveis”. Isso quer dizer que uma não traduziu resultado para a outra.

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Gabarito: E

170. (CESPE / Médico perito INSS nível superior – 2009)


Julgue a frase quanto à correção gramatical: O povo por estar insatisfeito com o “bota-abaixo” e influenciado
pela imprensa se revoltou contra a vacina.

Comentário: Há orações subordinadas adverbiais causais reduzidas de infinitivo e estão coordenadas entre
si com a conjunção “e”. Como essas orações estão intercaladas à oração principal “O povo se revoltou contra
a vacina”, deve haver vírgula após o substantivo “povo” e depois de “imprensa.”

Gabarito: E

5 – O QUE DEVO TOMAR NOTA COMO MAIS IMPORTANTE?

• Não se pode separar oração subordinada substantiva da principal por vírgula.


• O pronome relativo “que” pode ser substituído por “o qual” e suas variações.
• As vírgulas nos termos adverbiais.
• Principais conjunções subordinativas adverbiais e seus valores semânticos

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3 – LISTA DE QUESTÕES DE REVISÃO

1. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Mas é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral (de uma
diminuição da crença em princípios fundamentais) ou de outras causas, econômicas, sociais, políticas,
culturais ou até mesmo biológicas.
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” (linha 1) funciona como complemento desse termo.

2. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)


Fragmento do texto: Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha,
um resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que morasse alguém
naquele cemitério de gigantes.
No texto, o sujeito da oração “Era custoso” (linha 4) é
a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (linhas 4 e 5).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (linhas 4 e 5).
c) o termo “custoso” (linha 4).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (linhas 3 e 4).

3. (CESPE / PM AL Soldado 2018)


Fragmento do texto: As mesmas causas explicam por que parece tão fácil outros afirmarem-se como seus
tutores.
Seriam preservadas a correção e a coesão do texto caso fosse inserida uma vírgula imediatamente após
“explicam” (linha 1).

4. (CESPE / PC SE Delegado 2018)


Fragmento do texto: Para que a atuação policial ocorra dentro dos parâmetros democráticos, é essencial
que haja a implementação de um modelo de policiamento que corresponda aos preceitos constitucionais,
promovendo-se o equilíbrio entre os pressupostos de liberdade e segurança.
A oração “que haja a implementação de um modelo de policiamento” (ℓ. 2) tem a função de qualificar o
adjetivo que a antecede: “essencial” (ℓ.1).

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5. (CESPE / TCE MG Analista de Controle Externo 2018)


Fragmento do texto: Descobrir a gota ocasional da verdade no meio de um grande oceano de confusão e
mistificação requer vigilância, dedicação e coragem. Mas, se não praticarmos esses hábitos rigorosos de
pensar, não poderemos ter esperança de solucionar os problemas verdadeiramente sérios que enfrentamos.
No texto, em “não poderemos ter esperança de solucionar os problemas verdadeiramente sérios”, o trecho
“de solucionar os problemas verdadeiramente sérios”
a) exprime uma circunstância de modo para “poderemos ter”.
b) exprime uma circunstância de modo para “ter esperança”.
c) completa o sentido do termo abstrato “esperança”.
d) completa o sentido da expressão “poderemos ter”.
e) exprime uma circunstância de finalidade para “ter esperança”.

6. (CESPE / EBSERH Técnico – 2018)


Fragmento do texto: Essa mudança drástica não deixou o organismo humano ileso. Estudos mostram que o
açúcar, por alterar alguns tecidos humanos durante a fase de crescimento, pode ser o responsável por
problemas que vão de miopia e acne até o câncer.
A colocação de uma vírgula logo após a forma verbal “mostram” (linha 1) prejudicaria a correção gramatical
do texto.

7. (CESPE / ABIN Agente de Inteligência – 2018)


Fragmento do texto: Cabe à inteligência tratar fundamentalmente da produção de conhecimentos com o
objetivo específico de auxiliar o usuário a tomar decisões de maneira mais fundamentada.
As orações “de auxiliar o usuário” (linha 2) e “a tomar decisões de maneira mais fundamentada” (linha 2)
exercem a função de complemento do nome “objetivo” (linha 2).

8. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: Em linhas gerais, pode-se afirmar que os direitos civis igualam os indivíduos pela
possibilidade legal de terem liberdades comuns. Os direitos políticos garantem aos indivíduos igualdade de
participação na escolha do governo. Os direitos sociais definem um mínimo de igualdade, considerando-se a
desigualdade econômica e de oportunidades. Responder a esse modelo de forma integrada e aproximar as
expectativas do cidadão da realidade social parece ser o desafio das democracias de massa para obter
legitimidade.
No último período do parágrafo, o trecho “ser o desafio das democracias de massa para obter legitimidade”,
formado por duas orações coordenadas entre si, exerce a função sintática de sujeito da forma verbal
“parece”.

9. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: A efetiva transparência do administrador público não se resume à publicidade dos
gastos. É necessário que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita legalidade, visto que, enquanto o
administrador privado pode fazer tudo o que não seja proibido em lei, o administrador público somente
pode fazer aquilo que a lei expressamente autorize.

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A oração “que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita legalidade” (linha 2) exerce a função de
complemento do adjetivo “necessário” (linha 2).

10. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: É possível deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla branca.
A oração “apertar a tecla branca” exerce, no período em que ocorre, a função de complemento da forma
verbal “basta”.

11. (CESPE / ICMBIO Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: O arquiteto por trás da iniciativa, Jan Gehl, acreditava que os espaços urbanos deveriam
servir para a interação social. Na época, foi criticado pela imprensa e por comerciantes, que ponderavam
que as pessoas não passariam muito tempo ao ar livre em uma capital gélida. Erraram. As vendas triplicaram,
e a rua de pedestres foi ocupada pelos moradores.
Nas sequências “acreditava que os espaços urbanos” (linha 1) e “ponderavam que as pessoas não passariam”
(linhas 2 e 3), o “que” introduz complementos oracionais para as formas verbais “acreditava” e
“ponderavam”.

12. (CESPE / TJ SE Analista – 2014)


Fragmento do texto: No entanto, junto com esse crescimento do mundo virtual, aumentaram também o
cometimento de crimes e outros desconfortos que levaram à criação de leis que criminalizam determinadas
práticas no uso da Internet, tais como invasão a sítios e roubo de senhas. Devido ao aumento dos problemas
motivados pela digitalização das relações pessoais, comerciais e governamentais, surgiu a necessidade de se
regulamentar o uso da Internet.
O termo “de senhas” (linha 3) e a oração “de se regulamentar o uso da Internet” (linhas 4 e 5) complementam
o sentido de nomes substantivos.

13. (CESPE / FUB Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: A academia não pode estar voltada apenas para seu público interno. É muito
importante que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando em um grupo fechado, até
para que haja crescimento da própria comunidade científica.
As orações “que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando em um grupo fechado”
(linha 2), ligadas entre si por uma relação de coordenação, exercem a função de complemento do nome
“importante” (linha 2).

14. (CESPE / MPU Analista – 2013)


Fragmento do texto: A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais na
medida em que se desigualam.
A oração “quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam” (linhas 1 e 2) exerce a
função de complemento indireto da forma verbal “consiste” (linha 1).

15. (CESPE / TRE ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de três ideias
fundamentais. A primeira é a do mandato livre e independente, isto é, os representantes, ao serem eleitos,

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não têm nenhuma obrigação, necessariamente, para com as reivindicações e os interesses de seus eleitores.
O representante deve exercer seu papel com base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em
que é ele quem tem a capacidade de discernimento para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos seus
constituintes. A segunda ideia é a de que os representantes devem exprimir interesses gerais, e não
interesses locais ou regionais.
Em “A segunda ideia é a de que” (linha 6), o “a” que precede “de que” poderia ser retirado, sem acarretar
prejuízo à correção gramatical, ao passo que, em “A primeira é a do” (linha 2), o “a” que precede “do” não
poderia ser retirado, visto que substitui a palavra “ideias” (linha 2).

16. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível superior – 2011)


Fragmento de texto: Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi maquiavélico;
o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social.
A expressão de realce “é que” (linha 2) poderia ser retirada sem prejuízo para o sentido e a correção
gramatical do período em que ela se insere.

17. (CESPE / Tribunal de Contas TO nível superior – 2009)


Fragmento do texto: É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com
a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado
de mercadorias e capitais.
O trecho “confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de
livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais”
exerce a função sintática de sujeito.

18. (CESPE / MPC-PA Analista Ministerial – Controle Interno e Externo 2019)


No texto CG2A1-I, seriam preservados a correção gramatical e os sentidos do trecho “Um exemplo da
extensão do problema está na declaração dada em 2017 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF), segundo a qual 1,4 milhão de crianças, de quatro diferentes países da África — Nigéria, Somália,
Iêmen e Sudão do Sul —, corre risco iminente de morrer de fome” se
A) o travessão logo após “África” fosse substituído por dois-pontos.
B) os travessões fossem substituídos por parênteses.
C) uma vírgula fosse empregada logo após “problema”.
D) o segmento “segundo a qual” fosse isolado entre vírgulas.
E) a vírgula empregada logo após “crianças” fosse suprimida.

19. (CESPE / MPC-PA Conhecimentos básicos nível médio 2019)


Fragmento de texto: Em seus estudos, o economista comparou a situação de desequilíbrio entre países
pobres, cuja capacidade de produção agrícola é baixa, e países ricos, de alta capacidade produtiva. Nessa
análise, percebeu-se que os países desenvolvidos possuíam muito mais dinheiro investido no chamado
capital humano, mais especificamente em educação.
A correção gramatical e os sentidos originais do segundo parágrafo do texto CG3A3-II seriam mantidos caso
A) a vírgula empregada logo após “análise” (linha 3) fosse suprimida.

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B) o ponto final empregado na linha 2 fosse substituído por vírgula, com a devida alteração de maiúscula e
minúscula no início do período subsequente.
C) uma vírgula fosse inserida logo após “percebeu-se” (linha 3).
D) uma vírgula fosse introduzida logo após “desenvolvidos” (linha 3).
E) as vírgulas empregadas logo após “pobres” (linha 2) e “ricos” (linha 2) fossem suprimidas.

20. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)


Fragmento do texto: Ao ar livre, as pilhas, que alcançam um metro de altura, refletem os raios de sol de
forma difusa e provocam um incessante piscar de olhos. Por trás delas, um corredor estreito, formado por
antigos decodificadores de televisão a cabo, se esconde sob uma poeira fina que sobe do chão.
A supressão da vírgula empregada logo após o vocábulo “estreito” (ℓ. 3) alteraria os sentidos originais do
texto, mas manteria sua correção gramatical.

21. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)


Fragmento do texto: Há cerca de um ano, Adílson vive com os cerca de 600 reais que ganha por mês
coletando, separando e revendendo sobras de computadores, que recebem o nome de e-lixo. Todos os
meses, ele transforma 20 toneladas de sucata eletrônica em quilos e quilos de alumínio, ferro, cobre, plástico
e até mesmo ouro.
O elemento “que”, em “que recebem o nome de e-lixo” (ℓ. 2), retoma o termo “sobras de computadores”
(ℓ.2).

22. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Passávamos férias na fazenda da Jureia, que ficava na região de lindas propriedades
cafeeiras. Íamos de automóvel até Barra do Piraí, onde pegávamos um carro de boi. Lembro-me do aboio do
condutor, a pé, ao lado dos animais, com uma vara: “Xô, Marinheiro! Vâmu, Teimoso!”.
A retirada da vírgula empregada na linha 1 alteraria os sentidos originais do primeiro período do texto.

23. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: O ICMS, adotado no país, é o único caso no mundo de imposto que, embora se pareça
com o IVA, não é administrado pelo governo federal — o que dá aos estados total autonomia para
administrar, cobrar e gastar os recursos dele originados.
No texto, o emprego de vírgulas para isolar as expressões “adotado no país” (linha 1) e “embora se pareça
com o IVA” (linhas 1 e 2) é
a) facultativo em ambas as expressões.
b) obrigatório apenas na primeira expressão.
c) apenas uma escolha estilística do autor.
d) justificado por regras distintas de pontuação.
e) necessário devido ao deslocamento dessas expressões dentro do período.

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24. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo ambiental muito alto, avisam os
cientistas. Nos humanos, o excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual dormimos pode reduzir
drasticamente os níveis de melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília.
A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho “que se infiltra
no ambiente no qual dormimos” (ℓ. 2) fosse isolado por vírgulas.

25. (CESPE / MPU Técnico 2018)


Fragmento do texto: A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração global
decorrente da modernização dos meios de comunicação como a Internet, pois é sinônimo de estranheza e
de falta de tolerância.
A inserção de uma vírgula após “global” (linha 1) alteraria os sentidos originais do texto, mas não sua
correção gramatical.

26. (CESPE / Polícia Federal Perito Criminal 2018)


Fragmento do texto: As séries da TV retratam incorretamente os cientistas forenses, mostrando-os como se
tivessem tempo de sobra para todos os casos. Os programas mostram diversos detetives, técnicos e
cientistas dedicando toda sua atenção a uma investigação.
A substituição da forma verbal “dedicando” (linha 3) por que dedicam manteria os sentidos originais do
texto.

27. (CESPE / TCE MG Analista de Controle Externo 2018)


Um esforço combinado que vise transmitir a todos os cidadãos a ciência — por meio de rádio, TV, cinema,
jornais, livros, programas de computadores, parques temáticos, salas de aula — deve pautar-se em quatro
razões principais. (...)
A ciência nos alerta contra os perigos introduzidos por tecnologias que alteram o mundo, especialmente o
meio ambiente de que nossas vidas dependem. (...)
A longo prazo, a maior dádiva da ciência talvez seja nos ensinar, de um modo ainda não superado por
nenhum outro empenho humano, alguma coisa sobre nosso contexto cósmico, sobre o ponto do espaço e
do tempo em que estamos, e sobre quem nós somos. (...)
Os valores da ciência e os da democracia são concordantes, em muitos casos indistinguíveis. (...)
Tanto a ciência quanto a democracia encorajam opiniões não convencionais e debate vigoroso. Ambas
requerem raciocínio adequado, argumentos coerentes, padrões rigorosos de evidência e honestidade.
A correção gramatical do texto seria mantida, ainda que seu sentido fosse alterado, caso se inserisse uma
vírgula logo após
a) “combinado” (ℓ.1).
b) “ambiente” (ℓ.5).
c) “superado” (ℓ.6).
d) “democracia” (ℓ.9).
e) “Ambas” (ℓ.10)

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28. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Frise-se que foi a partir das formulações de Cícero que a compreensão de dignidade
ficou desvinculada da posição social. O filósofo conferiu à dignidade da pessoa humana um sentido mais
amplo ligado à natureza humana: todos estão sujeitos às mesmas leis da natureza, que proíbem que uns
prejudiquem aos outros.
Seria mantido o sentido do texto caso o trecho “que proíbem que uns prejudiquem aos outros” (linhas 3 e
4) fosse reescrito da seguinte forma: o que impossibilita que uns e outros se prejudiquem.

29. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Esse rapaz que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida é um
sintoma da revivescência de um sentimento que parecia ter morrido no coração dos homens: o domínio
sobre a mulher. Há outros casos. (...) ==16df9e==

Caso se isolasse por vírgulas o trecho “que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida”
(linha 1), seria pertinente inferir que o autor se referisse a um rapaz já anteriormente mencionado, ou
conhecido do interlocutor.

30. (CESPE / STM Técnico Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Narração é diferente de narrativa, uma vez que mantém algo da ideia de acompanhar
os fatos à medida que eles acontecem. A narrativa é uma totalidade de acontecimentos encadeados, uma
espécie de soma final, e está presente em tudo: na sequência de entrada, prato principal e sobremesa de
um jantar; em mitos, romances, contos, novelas, peças, poemas; no Curriculum vitae; na história dos nossos
corpos; nas notícias; em relatórios médicos; em conversas, desenhos, sonhos, filmes, fábulas, fotografias.
Sem prejuízo à correção gramatical e aos sentidos originais do texto, o termo “encadeados” (linha 2) poderia
ser substituído pela oração que se encadeiam.

31. (CESPE / TCE PB Auditor de Contas Públicas – 2018)


Fragmentos do texto: Há também quem caracterize a história como uma ciência da mudança no tempo, e
quase ninguém aponta sua genuína capacidade de reiteração. (...)
Além disso, se ao longo do tempo se destacam as alterações cumulativas de fatos e ocorrências, não
é difícil notar, também, a presença de problemas estruturais que permanecem como que inalterados e assim
se repetem, vergonhosamente, na nossa história nacional. (...)
Nessa lista seria possível mencionar os racismos, o feminicídio, a corrupção, a homofobia e o
patrimonialismo.
Desigualdade não é uma contingência nem um acidente qualquer, tampouco uma decorrência
natural e mutável de um processo que não nos diz respeito. (...)
Quando se trata de enfrentar a desigualdade, não há saída fácil ou receita de bolo. Prefiro apostar
nos alertas que nós mesmos somos capazes de identificar.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se inserisse uma vírgula logo após
a) “alertas” (ℓ.11).
b) “também” (ℓ.1).

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c) “tempo” (ℓ.3).
d) “lista” (ℓ.6).
e) “processo” (ℓ.9).

32. (CESPE / TCE PB Agente de documentação – 2018)


Fragmentos do texto: No espaço aberto da cidade, no refúgio da biblioteca, na magnitude do livro e na
humildade dos objetos mais simples, a escrita teve como missão conjurar contra a fatalidade da perda. (...)
O excesso de escrita, que multiplica os textos inúteis e abafa o pensamento sob o acúmulo de
discursos, foi considerado um perigo tão grande quanto seu contrário. Embora fosse temido, o apagamento
era necessário, assim como o esquecimento também o é para a memória. Nem todos os escritos foram
destinados a se tornar arquivos cuja proteção os defenderia da imprevisibilidade da história. Alguns foram
traçados sobre suportes que permitiam escrever, apagar e depois escrever de novo.
Seria mantida a correção gramatical do texto, embora com alteração do sentido original, caso se inserisse
uma vírgula logo após a palavra
a) “grande” (ℓ.4).
b) “como” (ℓ.5).
c) “arquivos” (ℓ.6).
d) “missão” (ℓ.2).
e) “inúteis” (ℓ.3).

33. (CESPE / CGM João Pessoa PB Técnico – 2018)


Fragmento do texto: O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Se a regra transgredida não causa
prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou na fila; chega uma pessoa
precisando pagar sua conta que vence naquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar
dessa forma de “jeitinho”.
A palavra “que” (linha 3) retoma o termo que a antecede e relaciona duas orações no período.

34. (CESPE / CGM João Pessoa PB Técnico – 2018)

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Os termos “antiéticas”, “ilegais” e “combatidas” qualificam a palavra “práticas”.

35. (CESPE / PC MA Delegado – 2018)


Fragmento do texto: “Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta, precisa impregná-lo de
palavras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz, que lhe proclamam e
promovem”
O pronome “que” possui o mesmo antecedente nas três ocorrências no trecho “precisa impregná-lo de
palavras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz, que lhe proclamam e
promovem”.

36. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


Fragmento do texto: O desastre, que completou um ano no último dia 28 de novembro, matou 71 pessoas,
em sua maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense.
O sentido seria preservado caso as vírgulas que sucedem as palavras “desastre” (linha 1) e “novembro” (linha
1) fossem suprimidas.

37. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


Fragmento do texto: O desastre, que completou um ano no último dia 28 de novembro, matou 71 pessoas,
em sua maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense.
A substituição do termo “que” (linha 1) por o qual prejudicaria a correção gramatical do texto.

38. (CESPE / TRT 7ª R Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: Na mídia em geral, nos discursos políticos, em mensagens publicitárias, na fala de
diferentes atores sociais, enfim, nos diversos contextos em que a comunicação se faz presente, deparamo-
nos repetidas vezes com a palavra cidadania.(...)
O fenômeno é mundial, afeta, de modos e em graus distintos, todas as sociedades e aponta para uma
democratização progressiva e sustentada das repúblicas. (...)
Em suma, reconhecer a centralidade que assumiu a discussão sobre direitos ajuda a entender a atual
onipresença da palavra cidadania. Mas avançar na elucidação desse fenômeno impõe perceber que, ao lado
da valorização dos direitos, se desenvolve igualmente a certeza de que o caminho para efetivá-los é a
mobilização pública do sentimento de justiça, e não a ativação de métodos personalistas de acesso a eles.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso se isolasse por vírgulas
a) o trecho “avançar na elucidação desse fenômeno” (linha 7).
b) o trecho “que assumiu a discussão sobre direitos” (linha 6).
c) a expressão “repetidas vezes” (linha 3).
d) a palavra “sustentada” (linha 5).

39. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: É consensual que uma administração pública moderna, orientada por princípios de
racionalidade, deve iniciar o seu controle na própria atuação de seus agentes públicos.

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A supressão das vírgulas que isolam o trecho “orientada por princípios de racionalidade” (linha 2) alteraria o
sentido original do período em que esse trecho se insere.

40. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais,
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida baseia-se em
um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade de garantir um hábitat
saudável às atuais e futuras gerações humanas.
A oração “que protege os animais” (linha 1) delimita o sentido do termo “norma” (linha 1).

41. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal, os animais são
tema de direito civil. Ainda são estudados na atualidade brasileira, sob a influência do direito romano, como
simples coisas semoventes, como se desprovidos fossem da capacidade de sentir dor ou apego. Em
jurisprudência majoritária, são apenas objetos que possuem a capacidade de se mover e que podem
proporcionar lucros aos seus proprietários.
A inserção de uma vírgula imediatamente após “objetos” (linha 4) manteria a correção gramatical e o sentido
original do período.

42. (CESPE / PC GO Superior – 2016)


Fragmento do texto: Além disso, há uma questão relacionada à possibilidade do estado de dependência do
crime: a probabilidade de se cometerem crimes no presente está relacionada à quantidade de crimes que já
se cometeram.
A oração “que já se cometeram” (linhas 2 e 3)
a) equivale, sintática e semanticamente, a que foi cometida.
b) está coordenada à expressão “quantidade de crimes” (linha 2).
c) explica o termo “crimes” (linha 2).
d) complementa o substantivo “quantidade” (linha 2).
e) restringe o sentido do termo “crimes” (linha 2).

43. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento do texto: As audiências públicas integram o perfil dos Estados democráticos de direito,
modelados pelo constitucionalismo europeu do pós-guerra, segundo o qual o poder político não apenas
emana do povo, sendo em nome dele exercido, mas comporta a participação direta do povo.
É por meio dessas audiências que o responsável pela decisão tem acesso às diversas opiniões sobre
a matéria debatida e abre a oportunidade para as pessoas que irão sofrer os reflexos da deliberação se
manifestarem antes de seu desfecho.
A oração “que irão sofrer os reflexos da deliberação” (linha 5) é indispensável ao sentido do período, pois
delimita a referência de “pessoas” (linha 5).

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44. (CESPE / FUB Superior – 2016)


Fragmento do texto: Em 1875, quando estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou à física, um
jovem alemão chamado Max Planck foi fortemente aconselhado a não escolher a física, porque os grandes
avanços já haviam sido realizados. Garantiram-lhe que o século vindouro seria de consolidação e
refinamento, não de revolução. Planck não deu ouvidos.
É facultativo o emprego das vírgulas que isolam, no texto, o trecho “quando estava decidindo se dedicaria a
vida à matemática ou à física” (21 e 22).

45. (CESPE / CGE PI Auditor – 2015)


Fragmento do texto: Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me pareceu
um pouco estranho.
No trecho “ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me pareceu um pouco estranho”, o
elemento “que” introduz oração de natureza restritiva, intercalada por estrutura de valor adverbial.

46. (CESPE / CGE PI Auditor – 2015)


Fragmento do texto: Nem todas serão interessantes, não raras serão aborrecidas, mas, se o dono tiver
cuidado, pode extrair uma dúzia delas que mereçam sair cá fora.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se inserisse uma vírgula logo após o termo
“delas”.

47. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento do texto: O histórico dos crimes cibernéticos, por sua vez, remonta à década de 70, quando, pela
primeira vez, foi definido o termo hacker, como sendo aquele indivíduo que, dotado de conhecimentos
técnicos, promove a invasão de sistemas operacionais privados e a difusão de pragas virtuais.
A oração “que, dotado (...) pragas virtuais” é de natureza restritiva.
48. (CESPE / MPU Técnico – 2015)
Fragmento do texto: Posteriormente, na década de 70, foi criado o protocolo Internet, que permitiu a
comunicação entre os seus poucos usuários até então, uma vez que ela ainda estava restrita aos centros de
pesquisa dos Estados Unidos da América.
As vírgulas empregadas nas linha 2 isolam oração de natureza condicional.

49. (CESPE / SECTI DF Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: É comum, inclusive, a falta de clareza a respeito dos objetivos e produtos de cada
unidade administrativa ou prestadora de serviços. Portanto, para se reproduzir a racionalidade
microeconômica, devem ser definidos critérios e criados mecanismos que sejam coerentes com a realidade
do setor público.
No período compreendido entre as linhas 2 e 4, a supressão da expressão “que sejam” não prejudicaria a
correção gramatical nem os sentidos do texto.

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50. (CESPE / Câmara Deputados Analista Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: O calor intenso derreteu a neve nas pistas, forçou o cancelamento de treinos e
prejudicou competições. Por trás dessa surpresa, um velho conhecido: o aquecimento global, fenômeno
responsável por mudanças climáticas intensas que têm afetado o planeta no último século e que pôde ser
notado em anomalias frequentes nessa última temporada de inverno no Hemisfério Norte e de verão, no
Sul.
As orações “que têm afetado” (linha 3) e “que pôde ser notado” (linhas 3 e 4) referem-se a “aquecimento
global” (linha 2).

51. (CESPE / ICMBIO Nível médio – 2014)


Fragmento do texto: As palavras estampadas na bandeira nacional poderiam receber o complemento de um
adjetivo, diante do arcabouço de ideias e discussões que tratam do futuro do planeta.
Na linha 2, o elemento “que” tem a função de restringir o sentido das expressões que o antecedem, a saber,
“ideias” e “discussões”.

52. (CESPE / Câmara dos Deputados Analista Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: Ao vender Sochi como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, o presidente russo
Vladimir Putin prometeu uma experiência única: turistas e atletas poderiam esquiar nas montanhas, onde é
muito frio, e mergulhar em piscinas abertas de hotéis, onde o clima é mais ameno, no mesmo dia. Sochi é
famosa como estância de veraneio de milionários russos. Pelo fato de o clima na região ser subtropical, a
temperatura prevista para a Olimpíada já estava no limite do aceitável para a prática de esportes na neve:
no inverno, é esperada a média de 6 °C na altura do mar Negro, que banha o litoral.
As orações “onde é muito frio” (linhas 2 e 3) e “que banha o litoral” (linha 6) têm natureza explicativa, o que
justifica o fato de estarem isoladas por vírgulas.

53. (CESPE / Câmara dos Deputados Técnico Legislativo – 2014)

No segundo quadrinho, a retirada da vírgula logo após “felicidade” modificaria a relação semântica e sintática
entre essa palavra e o trecho “a qual é meu direito inalienável” e afetaria a coerência da argumentação.

54. (CESPE / SECTI DF Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: O que realmente é o servidor público? Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro, servidor
público é expressão empregada ora em sentido amplo, para designar todas as pessoas físicas que prestam
serviços ao Estado e às entidades da administração pública indireta, com vínculo empregatício, ora em

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sentido menos amplo, que exclui os que prestam serviços às entidades com personalidade jurídica de direito
privado.
Em “ora em sentido menos amplo, que exclui os que prestam serviços às entidades com personalidade
jurídica de direito privado” (linhas 3 a 5), a vírgula empregada após o vocábulo “amplo” é necessária para
isolar oração adjetiva explicativa.

55. (CESPE / ANS nível médio – 2013)


Fragmento do texto:
1 O seu controle é difícil, porque o inseto é muito versátil na escolha dos criadouros onde deposita seus
ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água
propicie a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às
pupas, das quais surge o adulto.
5 O único modo possível de se evitar a transmissão da dengue é a eliminação do mosquito transmissor
da doença, combatendo-se os focos de acúmulo de água — locais que propiciam sua criação.
As orações “que são extremamente resistentes” (linha 2) e “que propiciam sua criação” (linha 6), embora
sejam introduzidas pelo mesmo pronome relativo, denotam sentido explicativo e restritivo,
respectivamente.

56. (CESPE / CNJ Analista Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma relação construída a partir de um
paradigma de poder social que manipula o instrumental legal, de um poder-saber que estrutura discursos de
dominação.
As orações “que manipula o instrumental legal” (linha 2) e “que estrutura discursos de dominação” (linhas 2
e 3) têm sentido restritivo, isto é, especificam os termos a que se referem — “poder social” (linha 2) e
“poder-saber” (linha 3), respectivamente.

57. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2013)


Fragmento do texto: No que toca às pessoas com deficiência, é possível afirmar que o viés assistencialista e
caridosamente excludente que orientava as ações governamentais tem sido substituído por programas de
efetiva inclusão, que visam formar cidadãos sujeitos do próprio destino, e não mais meros beneficiários de
políticas de assistência social.
A inserção de vírgulas imediatamente antes e depois da oração “que orientava as ações governamentais”
(linha 2) manteria a correção gramatical, mas alteraria o sentido do período.

58. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Jogadores de futebol de diversos times entraram em campo em prol do programa “Pai
Presente”, nos jogos do Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa reduzir o número de pessoas
que não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento.
A oração subordinada “que não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento” (linha 3) não é
antecedida por vírgula porque tem natureza restritiva.

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59. (CESPE / TRE MS Analista Judiciário – 2013)


Para chegar a uma explicação melhor, precisamos resolver o que chamo de o paradoxo da democracia, que
consiste na disseminação da democracia pelo mundo, ao mesmo tempo em que, nas democracias maduras,
supostamente copiadas pelo resto do mundo, há uma desilusão generalizada com os processos
democráticos.
Dado o seu caráter adverbial, a oração “Para chegar a uma explicação melhor” (linha 1) poderia ser
corretamente deslocada para logo após o trecho “precisamos resolver o que chamo de o paradoxo da
democracia” (linha 1).

60. (CESPE / SEGER ES Analista do Executivo – 2013)


Assinale a opção em que foram empregados corretamente os sinais de pontuação.
a) As pessoas, que dão valor, apenas, ao lado material da vida, não sabem, o que de valor há na vida.
b) Propõem-se situações semelhantes às do cotidiano nas quais o estudante terá a experiência, próxima da
realidade, com que irá deparar-se.
c) A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois, por meio dela podem-se perceber os valores que
fundamentam as práticas de uma comunidade.
d) Os artefatos produzidos, têm seu valor econômico, mas é preciso também, levar em consideração seu
valor simbólico.
e) De fato, enfrentaremos uma situação constrangedora, que será difícil de ser contornada; contamos, pois,
com a colaboração de todos para superarmos este desafio.

61. (CESPE / ANS nível Superior – 2013)


Fragmento do texto: Quando isso ocorre, os clientes que já haviam contratado o serviço continuam no
direito de usá-lo, mas a operadora não pode aceitar novos beneficiários nesses planos.
O segmento “que já haviam contratado o serviço” (linha 1) tem natureza restritiva.

62. (CESPE / PRF nível Superior – 2013)


Fragmento do texto: Torceram também para que a versão que inculpou o pai e a madrasta fosse verdadeira.
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto, a oração “que inculpou o pai e a madrasta”
poderia ser isolada por vírgulas, sendo a opção pelo emprego desse sinal de pontuação uma questão de
estilo apenas.

63. (CESPE / ANS nível médio – 2013)


Fragmento do texto: O grupo técnico — composto por representantes de operadoras, beneficiários, órgãos
de defesa do consumidor, entre outros — estudou o tema e levou em consideração inúmeras publicações
disponíveis que dão suporte à proposta feita pela ANS.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir os travessões (linhas 1 e 2) por vírgulas ou
parênteses.

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64. (CESPE / Polícia Civil CE Inspetor – 2012)


Fragmento de texto: E considerar outras formas de soberania que respondam melhor a um mundo
caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade.
Na linha 2, caso se insira, antes de “caracterizado”, o segmento que é, será necessário, para a manutenção
da correção gramatical e do sentido do período, o emprego de vírgula após “mundo”.

65. (CESPE / MPC-PA Conhecimentos básicos nível médio 2019)


Fragmento de texto: Segundo ele, mesmo que isso tenha um custo, quanto mais se investir na capacitação
das pessoas, mais produtiva e rica uma nação será, de modo que os efeitos tendem a ser mais positivos que
negativos.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos originais do texto CG3A3-II, a expressão “mesmo que”
(linha 1) poderia ser substituída por
A) ainda que.
B) desde que.
C) uma vez que.
D) ao passo que.
E) contanto que.

66. (CESPE / MPC-PA Conhecimentos básicos nível médio 2019)


Fragmento de texto: A prática mostra que, uma vez executado e pago o serviço, feito está, pois não se
recupera todo o dinheiro público gasto irregularmente.
Os sentidos originais e a correção gramatical do texto CG3A3-I seriam preservados caso o termo “pois” (linha
1) fosse substituído por
A) por conseguinte.
B) assim.
C) visto que.
D) embora.
E) ao passo que.

67. (CESPE / MPC-PA Conhecimentos básicos nível médio 2019)


Fragmento de texto: Em outros termos, quando se trata da coisa pública, o “errar é humano” não vale, não
pode valer. E não porque o ser humano não possa errar, mas porque, direta ou indiretamente, o erro custa
muito caro à sociedade.
A correção gramatical do segundo parágrafo do texto CG3A3-I seria mantida caso
A) a vírgula empregada logo após “vale” (linha 2) fosse suprimida.
B) o ponto final empregado logo após “valer” (linha 2) fosse substituído por ponto e vírgula, com a devida
alteração de maiúscula e minúscula no período subsequente.
C) a vírgula empregada logo após “errar” (linha 2) fosse suprimida.

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D) a vírgula empregada logo após “indiretamente” (linha 3) fosse substituída por travessão.
E) a vírgula empregada logo após “pública” (linha 1) fosse suprimida.

68. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)


Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto de
praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato, incompletas, sem
paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que morasse alguém naquele
cemitério de gigantes.
O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um caminhão, um
homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, beijos e carícias ousadas. Mais desolado e
triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito mais. Em Juazeiro tinha gente, a cidade era viva. E no
meio daquele povo todo sempre se encontrava uma alma boa como a de sua mãe, uma moça bonita, um
amigo animado. Candeia era morta.
Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir a música do caminhoneiro. Quase sorriu. O esboço
de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher assombrosa, praguejando com
uma vassoura na mão e mandando desligar aquela música maldita. O caminhoneiro a chamou pelo nome:
— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, coisa-ruim!
Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas canecas.
Foi e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos, duas bananas cozidas e um
pote de margarina.
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto, poderia ser inserida uma vírgula logo após
a) “construções” (linha 2).
b) “música” (linha 10).
c) “azul” (linha 11).
d) “porta” (linha 14).
e) “triste” (linha 7).

69. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito que de
um juízo fundado em argumentos extraídos da razão ou da experiência.
Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam mantidos se fosse inserido o vocábulo do imediatamente
após a palavra “espírito” (linha 2).

70. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Se observarmos bem, essas ondas longas da história, como as chamava Braudel,
tornaram-se cada vez mais curtas.
O sentido original e a correção gramatical do texto seriam mantidos se a palavra “como” (linha 1) fosse
substituída por conforme.

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71. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para
absolver o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos.
No período em que se inserem, os trechos “para absolver o presente” (linhas 1 e 2) e “para louvar os bons
tempos antigos” (linha 2) exprimem finalidades.

72. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: Por outro lado, se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia,
os custos desse setor diminuiriam, o que possibilitaria a queda dos preços de seus produtos e poderia gerar
um crescimento das vendas.
No texto, a oração “se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia” (ℓ. 1) apresenta,
no período em que se insere, noção de
a) concessão, uma vez que representa uma exceção às regras de tributação do país.
b) explicação, uma vez que esclarece uma ação que diminuiria os custos do referido setor.
c) proporcionalidade, uma vez que os custos do referido setor diminuiriam à medida que se diminuísse a
tributação.
d) tempo, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor ocorreria somente após a redução da
tributação sobre ele.
e) condição, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor dependeria da redução da tributação
sobre ele.

73. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações diversas
entre os indivíduos, assim como a organização do trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades
e momentos da história.
Com o emprego da expressão “assim como” (ℓ.2), estabelece-se uma relação de comparação entre ideias
expressas no período.

74. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe
em razão de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos objetos que nos cercam
movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a organização do trabalho alterou-se
bastante entre diferentes sociedades e momentos da história.
Seriam mantidos os sentidos do texto caso o primeiro período do segundo parágrafo fosse assim reescrito:
Quando prestamos atenção a nossa volta, percebemos que quase tudo que vemos existe pelas atividades do
trabalho humano.

75. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)


Fragmento do texto: Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis, devemos
necessariamente aceitar que sábado e domingo são dias inúteis. É inútil, portanto: ir ao cinema e ao teatro,

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fazer piquenique no parque com os filhos, almoçar com a família, tomar cerveja com os amigos, ler um livro,
passar a madrugada acordado vendo séries.
O segmento “Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis” (ℓ. 1) expressa uma hipótese
real, ou seja, expressa um fato existente.

76. (CESPE / SEFAZ-RS Técnico Tributário da Receita Estadual 2018)


Fragmento de texto: Assim que surgiu a moeda, surgiu também a ideia de substituir a contribuição braçal
por dinheiro.
No texto, a expressão “Assim que” indica, no período em que ocorre, uma noção de
A) tempo, podendo ser substituída por Logo que, sem alteração dos sentidos do texto.
B) modo, podendo ser substituída por Dessa maneira que, sem alteração dos sentidos do texto.
C) conclusão, podendo ser substituída por Tão logo, sem alteração dos sentidos do texto.
D) causa, podendo ser substituída por Como, sem alteração dos sentidos do texto.
E) comparação, podendo ser substituída por Assim como, sem alteração dos sentidos do texto.

77. (CESPE / SEFAZ-RS Técnico Tributário da Receita Estadual 2018)


Fragmento de texto: A democracia moderna, tal como a concebemos hoje, isto é, pautada em ordenamentos
jurídicos e instituições políticas sólidas.
A correção gramatical, a coesão e os sentidos do texto seriam preservados se o trecho “tal como a
concebemos hoje” fosse substituído por
A) tal que tomamos hoje.
B) tal qual concebido hoje.
C) tal estruturada hoje.
D) tal nós inventamos hoje.
E) tal como compreendida por nós hoje.

78. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: O fato de ele necessitar da ajuda do educador, como ocorre em qualquer relação
pedagógica, não significa dever a ajuda do educador anular a sua criatividade e a sua responsabilidade na
construção de sua linguagem escrita e na leitura desta linguagem.
O trecho “como ocorre em qualquer relação pedagógica” (linhas 1 e 2) foi apresentado entre vírgulas pelo
fato de se tratar de uma oração intercalada.

79. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


Fragmento do texto: Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir corrupção nas corporações já
recebem queixas de assédio e ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele, “o anonimato ajuda, já
que as pessoas se sentem mais protegidas para falar”.
No texto, a correção gramatical e o sentido do trecho ‘O anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais
protegidas para falar’ (linhas 2 e 3) seriam preservados caso se substituísse o termo “já que” por

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a) a fim de que.
b) ainda que.
c) contanto que.
d) uma vez que.
e) logo que.

80. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Era Borjalino Ferraz e perdeu o primeiro emprego na Prefeitura de Macajuba por coisas
de pontuação. Certa vez, o diretor do Serviço de Obras chamou o amanuense para uma conversa de fim de
expediente. E aconselhativo:
— Seu Borjalino, tenha cuidado com as vírgulas.
Desse jeito, o amigo acaba com o estoque e a comarca não tem dinheiro para comprar vírgulas novas.
Fez outros ofícios, semeou vírgulas empenadas por todos os lados e foi despedido. Como era sujeito de brio,
tomou aulas de gramática, de modo a colocar as vírgulas em seus devidos lugares.
Na linha 8, a conjunção “Como” introduz uma comparação.

81. (CESPE / TCM BA Auditor de Controle Externo – 2018)


Fragmento do texto: Nesse caso, o escândalo provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa
porque incomoda precisamente aqueles a quem ela não diz respeito.
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto, se o trecho “porque incomoda” (linha 2) fosse
substituído por
a) porquanto incomoda.
b) à medida que incomoda.
c) a par de incomodar.
d) consoante incomode.
e) uma vez que incomode.

82. (CESPE / MPU Analista 2018)


Fragmento do texto: Os mecanismos que reproduzem as desigualdades devem ser revelados de forma que
se possibilite seu enfrentamento pela sociedade civil por meio da cidadania ativa, buscando-se o
aprofundamento da democracia e a garantia da justiça de gênero, da igualdade racial e dos direitos humanos.
A introdução de uma vírgula imediatamente após a palavra “revelados” (linha 1) manteria a correção
gramatical do texto.

83. (CESPE / MPU Técnico 2018)


Fragmento do texto: As medidas previstas visam garantir o gozo dos direitos humanos e das liberdades
fundamentais das mulheres, em igualdade de condições com os homens, além de buscar alterar os padrões
socioculturais de conduta e suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e exploração da prostituição
feminina.

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A substituição de “e suprimir” (linha 3) por ao suprimir não comprometeria a correção gramatical do período,
mas alteraria seu sentido original.

84. (CESPE / IHBDF Técnico de Enfermagem – 2018)


Fragmento do texto: Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos
hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa da sujeira,
do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” (linha 3) expressa uma consequência do que se afirma
nas duas orações imediatamente anteriores, no mesmo período.

85. (CESPE / MPU Técnico 2018)


Fragmento do texto: Se a cultura, no que tange a valores e visões de mundo, é fundamental para nossa
constituição enquanto indivíduos (servindo-nos como parâmetro para nosso comportamento moral, por
exemplo), limitarmo-nos a ela, desconhecendo ou depreciando as demais culturas de povos ou grupos dos
quais não fazemos parte, pode nos levar a uma visão estreita das dimensões da vida humana.
Na linha 3, a correção do texto seria prejudicada caso a vírgula empregada logo após o parêntese fosse
substituída por ponto e vírgula.

86. (CESPE / IHBDF Técnico de Enfermagem – 2018)


Fragmento do texto: Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos
hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa da sujeira,
do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” (linha 3) expressa uma consequência do que se afirma
nas duas orações imediatamente anteriores, no mesmo período.

87. (CESPE / PM AL Soldado 2018)


Fragmento do texto: Também os olhos, que só armazenam as imagens do que já fora, doem. A dor vem de
afastadas distâncias, sepultados tempos, inconvenientes lugares, inseguros futuros. Não se chora pelo
amanhã. Só se salga a carne morta. No princípio, se um de nós caía, a dor doía ligeiro. Um beijo seu curava a
cabeça batida na terra, o dedo espremido na dobradiça da porta, o pé tropeçado no degrau da escada, o
braço torcido no galho da árvore.
No trecho “se um de nós caía, a dor doía ligeiro” (linha 3), a substituição de “se” por caso não prejudicaria a
correção gramatical do texto.

88. (CESPE / Polícia Federal Escrivão 2018)


Fragmento do texto: Punem-se as agressões, mas, por meio delas, as agressividades, as violações e, ao
mesmo tempo, as perversões, os assassinatos que são, também, impulsos e desejos. Dir-se-ia que não são
eles que são julgados; se são invocados, é para explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto
a vontade do réu estava envolvida no crime. As sombras que se escondem por trás dos elementos da causa
é que são, na realidade, julgadas e punidas.
Sem prejuízo para o sentido original e a correção gramatical do texto, a oração “se são invocados” (linha 3)
poderia ser deslocada para logo após a palavra “crime” (linha 4), desde que estivesse isolada por vírgulas.

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89. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento do texto: Certamente que essa pólvora terá toda ela emprego útil; mas, se ela é indispensável
para certos fins industriais, convinha que se averiguassem bem as causas das explosões, se são acidentais ou
propositais, a fim de que fossem removidas na medida do possível. Isso, porém, é que não se tem dado e
creio que até hoje não têm as autoridades chegado a resultados positivos.
O trecho “se são acidentais ou propositais” (linhas 2 e 3) exprime uma condição sobre a ideia expressa na
oração anterior.

90. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento do texto: Entretanto, é sabido que certas pólvoras, submetidas a dadas condições, explodem
espontaneamente, e tem sido essa a explicação para uma série de acidentes bastante dolorosos, a começar
pelo do Maine, na baía de Havana, sem esquecer também o do Aquidabã.
A inserção de caso fossem imediatamente antes do termo “submetidas” (linha 1) explicitaria o sentido
condicional do trecho “submetidas a dadas condições” (linha 1) sem que houvesse prejuízo para a correção
gramatical do texto.

91. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento do texto: Certamente que essa pólvora terá toda ela emprego útil; mas, se ela é indispensável
para certos fins industriais, convinha que se averiguassem bem as causas das explosões, se são acidentais ou
propositais, a fim de que fossem removidas na medida do possível. Isso, porém, é que não se tem dado e
creio que até hoje não têm as autoridades chegado a resultados positivos.
O trecho “se são acidentais ou propositais” (linhas 2 e 3) exprime uma condição sobre a ideia expressa na
oração anterior.

92. (CESPE / IPHAN Nível médio – 2018)


Fragmento do texto: Ainda que circunscritas a determinados limites, essas ações de resistência,
aparentemente insignificantes, colocam em movimento as relações e podem alterar a realidade de uma
ordem imposta ou dominante, em um jogo vivido cotidiana e mais ou menos silenciosamente.
A expressão “Ainda que” (ℓ.1) poderia ser substituída por Embora, sem prejuízo das relações de coesão e
dos sentidos originais do texto.

93. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Não sou de choro fácil, mas um composto orgânico cujas moléculas contêm as
instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e o funcionamento de todos os seres vivos me
comove. Cromossomas me animam, ribossomas me espantam. A divisão celular não me deixa dormir, e olha
que eu moro bem no meio das montanhas. De vez em quando vejo passarem os aviões, mas isso nunca
acontece de madrugada — a noite se guarda toda para o infinito silêncio.
A substituição da expressão “e olha que eu moro bem no meio das montanhas” (linhas 3 e 4) por embora eu
more entre montanhas manteria a coerência do trecho no qual se insere, mas alteraria seu nível de
formalidade.

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94. (CESPE / TCE PB Agente de documentação – 2018)


No texto, as relações sintático-semânticas do período “Embora fosse temido, o apagamento era necessário,
assim como o esquecimento também o é para a memória” seriam preservadas caso a conjunção “Embora”
fosse substituída por
a) Por conseguinte.
b) Ainda que.
c) Consoante.
d) Desde que.
e) Uma vez que.

95. (CESPE / PC SE Delegado 2018)


Fragmento do texto: A existência da polícia se justifica pela imprescindibilidade dessa agência de segurança
para a viabilidade do poder de coerção estatal. Em outras palavras, como atestam clássicos do pensamento
político, a sua ausência culminaria na impossibilidade de manutenção de relações pacificadas. Devido a seu
protagonismo e sua importância na organização e garantia da reprodução das normas legais, o Estado
democrático não pode abdicar dessa instituição.
Na linha 2, o termo “como” estabelece uma comparação de igualdade entre o que se afirma no primeiro
período do texto e a informação presente na oração “a sua ausência culminaria na impossibilidade de
manutenção de relações pacificadas” (ℓ. 3).

96. (CESPE / TCM BA Auditor de Controle Externo – 2018)


Fragmento do texto: Ainda existem pessoas para as quais a greve é um “escândalo”: isto é, não só um erro,
uma desordem ou um delito, mas também um crime moral, uma ação intolerável que perturba a própria
natureza. “Inadmissível”, “escandalosa”, “revoltante”, dizem alguns leitores do Figaro, comentando uma
greve recente. Para dizer a verdade, trata-se de uma linguagem do tempo da Restauração, que exprime a
sua mentalidade profunda. É a época em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco tempo, executa
uma espécie de junção entre a moral e a natureza, oferecendo a uma a garantia da outra. Temendo-se a
naturalização da moral, moraliza-se a natureza; finge-se confundir a ordem política e a ordem natural, e
decreta-se imoral tudo o que conteste as leis estruturais da sociedade que se quer defender. Para os
prefeitos de Carlos X, assim como para os leitores do Figaro de hoje, a greve constitui, em primeiro lugar, um
desafio às prescrições da razão moralizada: “fazer greve é zombar de todos nós”, isto é, mais do que infringir
uma legalidade cívica, é infringir uma legalidade “natural”, atentar contra o bom senso, misto de moral e
lógica, fundamento filosófico da sociedade burguesa.
Nesse caso, o escândalo provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa porque incomoda
precisamente aqueles a quem ela não diz respeito. É a razão que sofre e se revolta: a causalidade direta,
mecânica, essa causalidade é perturbada; o efeito se dispersa incompreensivelmente longe da causa, escapa-
lhe, o que é intolerável e chocante. Ao contrário do que se poderia pensar sobre os sonhos da burguesia,
essa classe tem uma concepção tirânica, infinitamente suscetível, da causalidade: o fundamento da moral
que professa não é de modo algum mágico, mas, sim, racional. Simplesmente, trata-se de uma racionalidade
linear, estreita, fundada, por assim dizer, numa correspondência numérica entre as causas e os efeitos. O
que falta a essa racionalidade é, evidentemente, a ideia das funções complexas, a imaginação de um

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desdobramento longínquo dos determinismos, de uma solidariedade entre os acontecimentos, que a


tradição materialista sistematizou sob o nome de totalidade.
Assinale a opção que apresenta trecho do texto que expressa uma ideia de comparação.
a) “mas também um crime moral” (linha 2)
b) “mais do que infringir uma legalidade cívica” (linhas 10 e 11)
c) “a quem ela não diz respeito” (linha 14)
d) “o que é intolerável e chocante” (linha 16)
e) “que a tradição materialista sistematizou sob o nome de totalidade” (linhas 21 e 22)

97. (CESPE / SEFAZ RS Auditor – 2018)


Fragmento do texto: Quem me lê poderá objetar que basta a gente passar os olhos pelo jornal desta manhã
para verificar que o mundo nunca teve tantas e tão dramáticas porteiras como em nossos dias... Mas que
importa? Um dia as porteiras hão de cair, ou alguém as derrubará. “Para erguer outras ainda mais terríveis”
— replicará o leitor cético. Ora, amigo, precisamos ter na vida um mínimo de otimismo e esperança para
poder ir até ao fim da picada. Você não concorda? Ô mundo velho sem porteira!
Em relação ao trecho “ou alguém as derrubará” (linha 3) no texto, a oração ‘Para erguer outras ainda mais
terríveis’ (linha 3) transmite uma ideia de
a) conformidade.
b) condição.
c) causa.
d) proporção.
e) propósito.

98. (CESPE / IFF Assistente de Educação 2018)


Fragmento do texto: Assim, é comum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos tenham
acesso a um ensino de qualidade, sem reivindicar para si mesmos o direito que lhes foi violado.
A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade” (ℓ. 1 e 2) expressa circunstância de
a) finalidade.
b) causa.
c) modo.
d) proporção.
e) concessão.

99. (CESPE / IFF Superior 2018)


Fragmento do texto: Volto aos “Cangaceiros” e desde logo tudo o que vi e senti se refugia no fundo da
sensibilidade, para que a narrativa corra, como em leito de rio que a estiagem secara, mas que as águas
novas enchem, outra vez, de correntezas.

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A locução conjuntiva “para que” (linha 2) introduz uma consequência do trecho “desde logo tudo o que vi e
senti se refugia no fundo da sensibilidade” (linhas 1 e 2).

100. (CESPE / EMAP Cargos de nível médio 2018)


Fragmento do texto: A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da redução
de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos grandes avanços
nas comunicações, tem exigido mudanças efetivas na atuação do comércio internacional.
A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela concorrência, visto que é por meio
da garantia e da possibilidade de entrar no mercado internacional, de estabelecer permanência ou de
engendrar saída, que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança o resultado
último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e serviços.
A oração introduzida pela locução “visto que” (linha 4) explica o porquê de ser necessário considerar a
concorrência na abordagem do comércio internacional.

101. (CESPE / MP PI Analista 2018)


Fragmento do texto: Por duas razões: em primeiro lugar, porque constitui uma prova tão forte que não há
necessidade de acrescentar outras, nem de entrar na difícil e duvidosa combinatória dos indícios; a confissão,
desde que seja devidamente feita, quase exime o acusador de fornecer outras provas (em todo o caso, as
mais difíceis); em segundo, a única maneira para que esse procedimento perca toda a sua autoridade unívoca
e para que se torne uma vitória efetivamente obtida sobre o acusado, a única maneira para que a verdade
exerça todo o seu poder, é que o criminoso assuma o seu próprio crime e assine aquilo que foi sábia e
obscuramente construído pela investigação.
O trecho “que não há (...) indícios” (linhas 1 e 2) exprime uma noção de consequência.

102. (CESPE / IPHAN Nível médio – 2018)


Fragmento do texto: A criança sempre foi vista como símbolo do futuro, como parte de um discurso
ancorado tanto na retórica ufanista do texto político quanto no discurso cristão, responsável pela defesa de
uma imagem de inocência infantil. Pautado pelo princípio teleológico do tempo, o presente irá atuar nesses
discursos como instrumento de mediação para que se conserve a lição do passado como intocável e
permanente.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos originais do texto, o trecho “para que se conserve a lição
do passado como intocável e permanente” (ℓ. 4 e 5) poderia ser reescrito da seguinte forma: afim de
conservar, intocável e permanentemente, a lição do passado.

103. (CESPE / EBSERH Técnico – 2018)


Fragmento do texto: Naquele período, além dos incentivos ao casamento e à reprodução, vigia uma
legislação que proibia o uso de métodos contraceptivos e o aborto: o Decreto Federal n.º 20.291, de 1932,
que vedava a prática médica que tivesse por fim impedir a concepção ou interromper a gestação, e a Lei das
Contravenções Penais, sancionada em 1941, que proibia “anunciar processo, substância ou objeto destinado
a provocar o aborto ou evitar a gravidez”.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso o trecho “que tivesse por fim impedir a
concepção” (linha 3) fosse assim reescrito: adotada afim de impedir a concepção.

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104. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018)


Fragmento do texto: A máquina replicava os rotores do sistema alemão e tentava reproduzir diferentes
combinações de posições dos rotores para testar possíveis soluções.
No trecho “para testar possíveis soluções” (linha 2), o emprego da preposição “para”, além de contribuir
para a coesão sequencial do texto, introduz, no período, uma ideia de finalidade.

105. (CESPE / CGM João Pessoa PB Técnico – 2018)

No trecho “Tentar subornar o guarda para evitar multas”, a oração “para evitar multas” expressa a causa, o
motivo que leva alguém a cometer suborno.

106. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: O estado de São Paulo realiza o chamado “dia D” da vacinação contra a febre amarela
em 54 cidades da Grande São Paulo, do Vale do Paraíba e da Baixada Santista. O governo do estado pretende
imunizar 9,2 milhões de pessoas. Para se vacinar, as pessoas devem apresentar documento de identidade e
carteiras do SUS e de vacinação.
Em “Para se vacinar, as pessoas precisam de documento de identidade e carteiras do SUS e de vacinação”
(linhas 3 e 4), a preposição “Para” exerce o papel de conectivo e introduz uma oração que expressa
finalidade.

107. (CESPE / IFF Cargos de nível superior – 2018)


Fragmento do texto: Além de participar das oficinas, é preciso ter dedicação. A pedagoga acrescenta que a
maioria dos alunos é composta por adultos, que, diferentemente das crianças, têm maior capacidade de
concentração ao estudar em casa. Apesar das exigências, o método de ensino permite que o aluno organize
seu próprio horário de estudos e concilie a graduação com um emprego.
No texto a oração “ao estudar em casa” (linha 3) tem sentido equivalente ao da oração
A) ao passo que estudam em casa.
B) ainda que estudem em casa.
C) quando estudam em casa.
D) porque estudam em casa.
E) por estudarem em casa.

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108. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018)


Fragmento do texto: Após espiões poloneses terem roubado uma cópia da máquina, Turing e o campeão de
xadrez Gordon Welchman construíram uma réplica da Enigma na base militar de Bletchey Park.
A vírgula logo após o termo “máquina” (linha 1) poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção
gramatical do período no qual ela aparece.

109. (CESPE / IHBDF Técnico de Enfermagem – 2018)


Fragmento do texto: Surpresas fazem parte da rotina de um socorrista. Quando um chamado chega via 192,
as informações nem sempre vêm de acordo com a real situação.
O elemento “Quando” (linha 1) introduz no texto uma oração condicional, podendo ser substituído por Se.

110. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a organização
holandesa Aviation Safety Network (ASN). Foram dez acidentes — nenhum deles envolvendo linhas
comerciais regulares —, com 79 mortos, 44 entre passageiros e tripulantes e outras 35 pessoas que estavam
em terra.
Em 2016, foram registrados 16 acidentes, com 303 vítimas fatais, e o último episódio, com um avião
de passageiros de maiores proporções: a queda do Avro RJ85, operado pela empresa LaMia, próximo de
Medellín, na Colômbia. O desastre, que completou um ano no último dia 28 de novembro, matou 71 pessoas,
em sua maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense.
“Desde 1997 a média de acidentes tem caído de forma contínua e persistente”, disse o presidente da
ASN, destacando os esforços da Organização Internacional da Aviação Civil e da Fundação de Segurança no
Voo para melhorar os padrões de segurança da indústria de aviação.
A pontuação empregada no texto permaneceria correta se,
I no primeiro parágrafo, o segundo travessão fosse eliminado.
II na linha 1, fosse inserida vírgula logo após “2017”.
III na linha 9, fosse inserida vírgula logo após ‘1997’.
IV na linha 9, a vírgula logo após ‘persistente’ fosse eliminada.
Assinale a opção correta.
a) Nenhum item está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas o item IV está certo.
d) Apenas os itens I e II estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

111. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: A linguagem ideal seria aquela em que cada palavra designasse apenas uma coisa,
correspondesse a uma só ideia ou conceito, tivesse um só sentido. Como tal não ocorre em nenhuma língua
conhecida, as palavras são, por natureza, enganosas, porque polissêmicas ou plurivalentes.

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Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significam de maneira precisa, inequívoca
(Ogden e Richards são radicais: “as palavras nada significam por si mesmas”): “...o que determina o valor da
palavra é o contexto, o qual, a despeito da variedade de sentidos de que a palavra seja suscetível, lhe impõe
um valor ‘singular’; é o contexto também que a liberta de todas as representações passadas, nela acumuladas
pela memória, e que lhe atribui um valor ‘atual’”.
O vocábulo “Como” (linha 2) introduz no segundo período uma ideia de comparação.

112. CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: A ética e a cidadania não se desvinculam da questão dos princípios da ação do Estado
e da moralidade administrativa, uma vez que, por mais alargados que pareçam os direitos e as esferas
individuais — as quais parecem ser extremamente flexíveis nos atuais contextos —, urge que sejam
regulamentadas as vinculações estreitas que existem entre esferas individuais e esferas coletivas,
pressupondo-se, assim, níveis de avanço no campo do progresso moral da sociedade.
No texto, a locução “uma vez que” (linha 2) introduz no período em que ocorre uma ideia de
a) causa.
b) consequência.
c) conclusão.
d) finalidade.
e) condição.

113. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: Gregos que enriqueceram como comerciantes e armadores não eram iguais àqueles
que possuíam a propriedade da terra e do conhecimento, de modo que não reuniam os critérios para uma
igual participação na formulação das leis.
Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto caso a expressão “de modo que” (linha
2) fosse substituída por
a) enfim.
b) logo.
c) de sorte que.
d) desde que.
e) a fim de que.

114. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer as operações de circulação,
compra e venda de mercadorias; e, ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo uma diversidade de
localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que são de diferentes modos incorporadas à dinâmica
mercantil. Hoje, podemos talvez acrescentar que a cidade se torna o lugar do consumismo e do consumismo
de lugar.
A locução “de sorte a” (linha 1) introduz a consequência decorrente do modo como o espaço urbano foi
organizado, de acordo com o texto.

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115. (CESPE / CBM AL Combatente – 2017)


Fragmento do texto: Quem quer que tenha tido ocasião de visitar os museus de Hiroshima e Nagasaki não
pode deixar de refletir com apreensão sobre o destino da humanidade e da civilização, tal como as
conhecemos, caso ocorra uma confrontação entre potências possuidoras de armamento atômico.
Os sentidos do texto seriam preservados se o termo “caso” (linha 3) fosse substituído por ainda que.

116. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais,
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida baseia-se em
um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade de garantir um hábitat
saudável às atuais e futuras gerações humanas.
Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal, os animais são tema de direito
civil. Ainda são estudados na atualidade brasileira, sob a influência do direito romano, como simples coisas
semoventes, como se desprovidos fossem da capacidade de sentir dor ou apego. Em jurisprudência
majoritária, são apenas objetos que possuem a capacidade de se mover e que podem proporcionar lucros
aos seus proprietários.
A oração “Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal” (linha 6) introduz no período
uma ideia de concessão, razão por que poderia ser corretamente introduzida por Embora, feito o devido
ajuste na inicial maiúscula da palavra “Desprovidos”.

117. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)


Fragmento do texto: As críticas à extrema confiança que demos à ciência como forma única de
conhecimento são muitas e espalham-se em diversas frentes. Embora não possamos desconsiderar o avanço
científico a que os últimos séculos assistiram — as revoluções consideráveis no campo da medicina, da física,
da química e das próprias ciências sociais e humanas —, essa ciência capitalista, androcêntrica e colonial não
tem conseguido dar conta de resolver o problema que ela própria ajudou a construir.
O conectivo “Embora” (linha 2) introduz no período em que ocorre uma ideia de concessão.

118. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: A ética e a cidadania não se desvinculam da questão dos princípios da ação do Estado
e da moralidade administrativa, uma vez que, por mais alargados que pareçam os direitos e as esferas
individuais — as quais parecem ser extremamente flexíveis nos atuais contextos —, urge que sejam
regulamentadas as vinculações estreitas que existem entre esferas individuais e esferas coletivas,
pressupondo-se, assim, níveis de avanço no campo do progresso moral da sociedade.
A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse suprimida a vírgula empregada imediatamente após
o travessão na linha 3.

119. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento do texto: A experimentação é característica dos processos de aquisição de conhecimentos. Ao
adquirir a escrita, a criança testa hipóteses já construídas acerca desse sistema. Pode-se pensar então que,
mesmo antes de entrar para a escola, o aprendiz, graças às práticas de letramento às quais está exposto
cotidianamente, já construiu suas hipóteses no que diz respeito à segmentação da escrita. No entanto, ao
testá-las, o que se lhe apresenta é a dúvida sobre o lugar em que espaços devem ser inseridos na escrita.

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Para a resolução desse problema, é necessário que o aprendiz cumpra a complexa tarefa de compreender o
que é uma palavra.
O emprego das vírgulas no terceiro período do texto justifica-se pela mesma regra de pontuação.

120. (CESPE / PJC MT Delegado – 2017)


Fragmento do texto: Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei Maior a se traduzir em palavras
que fossem apenas a revelação da justiça. Quando os descaminhos não conduzirem a isso, competirá ao
homem transformar a lei na vida mais digna para que a convivência política seja mais fecunda e humana.
Sem prejuízo para a coerência e para a correção gramatical do texto, a conjunção “Quando” (linha 2) poderia
ser substituída por
a) Se.
b) Caso.
c) À medida que.
d) Mesmo se.
e) Apesar de.

121. (CESPE / TRE TO Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Somente em um sistema de democracia indireta ou representativa existem partidos
políticos. A democracia indireta ou representativa, segundo Kelsen, é aquela em que a função legislativa é
exercida por um parlamento eleito pelo povo, e as funções administrativa e judiciária são exercidas por
funcionários igualmente escolhidos por um eleitorado. Dessa forma, um governo é representativo quando
os seus funcionários, durante a ocupação do poder, refletem a vontade do eleitorado e são responsáveis
para com este.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a expressão “quando” (linha 4) fosse
substituída por
a) conquanto.
b) à medida que.
c) enquanto.
d) se.
e) bem como.

122. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: Desde que a urna eletrônica foi adotada em todo o território brasileiro, votar passou a
ser uma atividade relativamente simples. Diante da urna, o eleitor pode seguir quatro caminhos diferentes.
É possível deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla branca.
No período que inicia o texto, a locução “Desde que” (linha 1) introduz uma ideia de
a) proporcionalidade.
b) tempo.
c) causa.

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d) consequência.
e) condição.

123. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Desde que a urna eletrônica foi adotada em todo o território brasileiro, votar passou a ser uma
atividade relativamente simples. Diante da urna, o eleitor pode seguir quatro caminhos diferentes. É possível
deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla branca. A segunda opção é digitar um número que
não corresponda a nenhum dos candidatos ou partidos e, com isso, anular o voto. A terceira opção é digitar
o número de um partido e votar “na legenda”. Por fim, é possível escolher um candidato específico digitando-
se o seu número.
Até meados da década de 90 do século XX, ainda na era da cédula de papel, a apuração geralmente
era feita em ginásios esportivos e durava muitos dias. As pessoas que tiveram a oportunidade de ver uma
dessas apurações devem se lembrar das fases da contagem de votos. Inicialmente, os votos em branco eram
carimbados para evitar que eles fossem preenchidos de maneira fraudulenta durante o cômputo. Os votos
nulos eram separados em uma pilha específica. Depois de contados os votos, os boletins de cada urna eram
preenchidos, enviados para níveis superiores de apuração e totalizados. Hoje os poderosos computadores
da justiça eleitoral em Brasília são capazes de proclamar, em poucas horas, quais foram, entre os milhares
de candidatos, os eleitos.
Prejudicaria a correção gramatical e o sentido original do texto a inserção de uma vírgula logo após
a) “adotada” (linha 1).
b) “opção” (linha 3).
c) “específico” (linha 5).
d) “carimbados” (linha 10).
e) “Hoje” (linha 12).

124. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)


Fragmento do texto: Um estudo coordenado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que, enquanto 80% dos
professores de educação infantil da rede pública do país têm nível superior completo, 65,6% dos docentes
dessa mesma etapa na rede privada têm igual escolaridade.
A correção gramatical do texto seria mantida caso a vírgula empregada logo depois de “que” (linha 1) fosse
suprimida.

125. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: Acompanhando essa tendência, a área educacional, em especial a da educação
profissional, tem multiplicado os sentidos e usos da palavra competência. Por exemplo, ao se discutir uma
proposta educacional baseada em competências, é importante especificar o conceito de competência
adotado e a forma como ele é utilizado para se discutir o modelo pedagógico decorrente.
No texto, a oração “ao se discutir uma proposta educacional baseada em competências” (linhas 2 e 3)
exprime, no período em que ocorre, uma ideia de
a) finalidade.
b) conclusão.

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c) causa.
d) consequência.
e) tempo.

126. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: A linguagem ideal seria aquela em que cada palavra designasse apenas uma coisa,
correspondesse a uma só ideia ou conceito, tivesse um só sentido. Como tal não ocorre em nenhuma língua
conhecida, as palavras são, por natureza, enganosas, porque polissêmicas ou plurivalentes.
Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significam de maneira precisa, inequívoca
(Ogden e Richards são radicais: “as palavras nada significam por si mesmas”): “...o que determina o valor da
palavra é o contexto, o qual, a despeito da variedade de sentidos de que a palavra seja suscetível, lhe impõe
um valor ‘singular’; é o contexto também que a liberta de todas as representações passadas, nela acumuladas
pela memória, e que lhe atribui um valor ‘atual’”.
A palavra “Isoladas” (linha 4) introduz uma oração reduzida que, no texto, apresenta valor condicional.

127. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: A linguagem — seja ela oral ou escrita, seja mímica ou semafórica — é um sistema de
símbolos, signos ou signos-símbolos, voluntariamente produzidos e convencionalmente aceitos, mediante o
qual o ser humano se comunica com seus semelhantes, expressando suas ideias, sentimentos ou desejos.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a vírgula inserida logo após “semelhantes” (linha 3) poderia
ser suprimida.

128. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A preocupação do filósofo era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à
sabedoria e à prática do bem. Para o filósofo grego, o papel do educador é, portanto, o de ajudar o discípulo
a caminhar nesse sentido, despertando sua cooperação para que ele consiga, por si próprio, iluminar sua
inteligência e sua consciência.
O trecho “para que ele consiga, por si próprio, iluminar sua inteligência e sua consciência” (linhas 3 e 4)
expressa uma condição em relação à oração “despertando sua cooperação” (linha 3).

129. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)


Fragmento do texto: Eu gostava de notar a adoração pela violência que as suas almas pacíficas tinham, e a
facilidade com que explicavam tudo e apresentavam remédios. Embora mais moço que ele, várias vezes
cheguei a sorrir aos seus entusiasmos.
A conjunção “Embora” (linha 2) pode ser substituída por Posto que, mantendo-se o sentido e a correção
gramatical do texto.

130. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)

Fragmento do texto: Pelo fato de ter remontado na tradução dos Salmos à poesia bíblica, embora nada
tenha de pré-romântico ele foi considerado mais ou menos precursor a partir do decênio de 1830; mas é
inexplicável que os românticos nunca tenham mencionado a Carta, que poderia, na perspectiva deles, ser
lida como verdadeiro manifesto modernizador.

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A substituição da conjunção “embora” (linha 1) pela conjunção conquanto prejudicaria o sentido original do
texto.

131. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)


Fragmento do texto: No plano cultural, satiriza a tirania da herança greco-latina e aspira a algo diferente,
que não formula, sendo porém significativo que enquanto menciona Homero como exemplo de poeta
desligado do real, fechado num mundo factício, louve um moderno, Cervantes, que assim privilegia como
autor de obra-prima mais adequada ao tempo, e que de mais a mais reforça o seu propósito na Carta, por
ser ela própria uma sátira contra costumes e convenções cediças.
A substituição da oração relativa “que não formula” (linha 2) por embora não a formule manteria o sentido
original do texto e sua correção gramatical, desde que fossem mantidas as vírgulas que isolam referida
oração.

132. (CESPE / Prefeitura de São Luís - MA Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de
um infante, entretanto eu tinha um peso enorme no coração. Sim, eu estava triste, e não sabia a que atribuir
minha tristeza. Era a primeira vez que me afligia tão incompreensível pesar.
No texto, o trecho “como o rosto de um infante” (linhas 1 e 2) introduz uma ideia de
a) comparação.
b) contraste.
c) adição.
d) compensação.
e) intensidade.

133. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: As últimas décadas registraram o ressurgimento do campo do conhecimento
denominado políticas públicas, assim como das instituições, das regras e dos modelos que regem sua
decisão, elaboração, implementação e avaliação. A política pública enquanto área de conhecimento e
disciplina acadêmica surgiu nos Estados Unidos da América (EUA), em um rompimento com a tradição
europeia de estudos e pesquisas nessa área, que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e
suas instituições do que na produção dos governos.
A oração “que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do que na produção
dos governos” (linhas 5 e 6) introduz, no período em que ocorre, além de uma explicação sobre “estudos e
pesquisas nessa área” (linha 5), uma comparação.

134. (CESPE / TRE BA Técnico – 2017)


Em sua definição, o voto em branco é aquele que não se dirige a nenhum candidato entre os que
disputam as eleições. São considerados, portanto, votos estéreis, porque não produzem frutos. Os votos
nulos, por sua vez, são aqueles que, somados aos votos em branco, compõem a categoria dos votos estéreis,
inválidos ou, como denominou o Tribunal Superior Eleitoral, votos apolíticos. Logo, os votos em branco e os
nulos são votos que, a princípio, não produzem resultado nem influenciam no resultado do pleito.

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Ao comparecer às urnas no dia das eleições, o eleitor que apresentar voto em branco ou nulo pode
fazê-lo por diversas razões. Esses motivos podem embasar tanto a postura dos que votam em branco quanto
a dos que votam nulo, pois o resultado final é o mesmo: invalidar o voto. Assim sendo,
não é razoável diferenciar o voto em branco do voto nulo. Deve-se considerar a essência do ato, a sua real
motivação, que é a invalidação. É evidente que não se sabe, ao certo, a razão que motiva cada eleitor a votar
em branco ou nulo; entretanto, em ambos os casos, não há dúvida quanto à invalidade do voto por ele dado.
Acerca do papel das conjunções na organização argumentativa do texto, julgue os itens subsequentes.
I A conjunção “porque” (linha 2) combina duas orações que mantêm entre si uma relação de causalidade.
II A conjunção “como” (linha 4) indica uma comparação entre as afirmações das orações por ela conectadas.
III A conjunção “Logo” (linha 4) introduz um período que explica o raciocínio apresentado em períodos
anteriores.
IV A conjunção “entretanto” (linha 11) estabelece relação de contraposição entre os conteúdos das orações
por ela combinadas.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

135. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Seriam mantidas a correção gramatical e o sentido original do texto, caso, no trecho “Como lembra Marilena
Chaui, a cidadania se define pelos princípios da democracia, significando necessariamente conquista e
consolidação social e política”,
a) fosse inserida uma vírgula logo após “significando”.
b) a vírgula empregada logo após “democracia” fosse substituída por ponto e vírgula.
c) o trecho “pelos princípios da democracia” fosse isolado por vírgulas.
d) o vocábulo “necessariamente” fosse isolado por vírgulas.
e) fosse suprimida a vírgula empregada logo após “Chaui”.

136. (CESPE / TRE TO Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Assim, o conceito de eleição implica que sejam reconhecidos os eleitores e que eles
sejam contemplados com alternativas, que possam escolher uma entre várias propostas (ou representantes)
designadas para resolver determinados problemas públicos. A existência de alternativas torna-se, portanto,
uma condição necessária para que a eleição seja genuinamente democrática.
No texto, a oração “para resolver determinados problemas públicos” (linha 3) exprime a ideia de
a) concessão.

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b) consequência.
c) comparação.
d) conformidade.
e) finalidade.

137. (CESPE / PC GO Delegado – 2017)


Fragmento do texto: Para combater o compartilhamento de fotos íntimas por terceiros, são necessárias
ações preventivas, afirma a advogada. Jovens e adolescentes devem ser educados, de forma que tenham
dimensão do problema que a divulgação desse tipo de imagem pode acarretar.
No texto, a oração “Para combater o compartilhamento de fotos íntimas por terceiros” (linha 1) expressa
ideia de
a) finalidade.
b) explicação.
c) consequência.
d) conformidade.
e) causa.

138. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento do texto: Quer dizer também que o ex-prefeito continua sujeito a todas as sanções previstas para
aqueles que não prestam contas. Por essa razão, é necessário que haja a separação das contas — que devem,
inclusive, ser processadas em autos distintos — quando ocorrer de o cargo de prefeito ser ocupado por mais
de uma pessoa durante o exercício financeiro. Nesse caso, cada um será responsável pelo período em que
ocupou o cargo.
A expressão “Por essa razão” (linha 2) introduz no parágrafo em que ocorre uma ideia de finalidade.

139. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento do texto: Examinando-se a situação financeira dos estados que preparam sua versão da lei de
responsabilidade fiscal, fica difícil aceitar a argumentação. Desde maio de 2000, quando entrou em vigor a
LRF, esses estados, como os demais, estão sujeitos a regras precisas para a gestão do dinheiro público, para
a criação de despesas e, em particular, para os gastos com pessoal. Por que, tendo descumprido algumas
dessas regras, estariam interessados em torná-las ainda mais rigorosas?
Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis pelo dinheiro público que, por alguma razão,
não a cumpriram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas condições atuais esses
responsáveis estão sendo capazes de cumpri-la? O problema não está na lei.
A conjunção “se” (linha 8) introduz uma oração interpretada como a condição para tornar a LRF mais
rigorosa.

140. (CESPE / FUB Superior – 2016)


Fragmento do texto: Se uma coisa podia ser oscilada, acelerada, perturbada, destilada, combinada, pesada
ou gaseificada, eles o fizeram, e no processo produziram um corpo de leis universais tão importantes e
majestosas que ainda tendemos a escrevê-las com maiúsculas: Teoria do Campo Eletromagnético da Luz, a

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Lei das Proporções Recíprocas de Richter, a Lei dos Gases de Charles, a Lei dos Volumes de Combinação, a
Lei de Zeroth, o Conceito de Valência, a Lei das Ações das Massas e um sem-número de outras. O mundo
inteiro clangorava e silvava com o maquinário e os instrumentos produzidos por sua engenhosidade. Muitas
pessoas cultas acreditavam que não restava muito para a ciência fazer.
A palavra “que” (linha 3) introduz no texto uma ideia de consequência.

141. (CESPE / FUNPRESP Assistente – 2016)


Fragmento do texto: Senti como se estivesse nascendo naquele momento. Uma vida nova, passada a limpo,
me esperava em direção a um Norte mais nítido, a uma morte mais próxima e sem alternativa. Mas aquela
casa me protegia, e dentro dela uma mulher se esforçava por me fazer feliz. Aquelas folhas de papel me
esperavam também, intocadas, e era minha obrigação escurecê-las de ideias, histórias, sortilégios capazes,
talvez, de fazer alguém parar no seu cotidiano e se pôr a sonhar.
A oração “por me fazer feliz” (linha 3) expressa uma ideia de finalidade.

142. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento do texto: Posteriormente, na década de 70, foi criado o protocolo Internet, que permitiu a
comunicação entre os seus poucos usuários até então, uma vez que ela ainda estava restrita aos centros de
pesquisa dos Estados Unidos da América.
Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original do período ao se substituir a expressão “uma vez que”
por qualquer um dos seguintes termos: porque, já que, pois, por conseguinte.

143. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Com a justiça privada, o tipo de pena ou sanção deixou de ser uma surpresa para seu
destinatário, e não mais correspondia a todo e qualquer ato que o ofendido pretendesse; ao contrário, a
punição do ofensor passou a sofrer os limites da extensão e da intensidade do dano causado. Obviamente,
isso quer dizer que, se o dano fosse físico, a retaliação também o seria; por outro lado, fosse a ofensa apenas
moral, não poderia ser de outra natureza o ato do h ofendido contra o originário ofensor.
Do ponto de vista sintático, as vírgulas que isolam a frase “se o dano fosse físico” (linha 4) são de emprego
facultativo, razão por que a correção do texto seria preservada caso se eliminassem ambas ou se apenas uma
delas — seja a primeira, seja a segunda — fosse eliminada.

144. (CESPE / DEPEN Superior – 2015)


Fragmento do texto: O projeto transforma a leitura em uma extensão da produção de trabalho intelectual,
que já caracterizava a remição de pena por dias de estudo. Os detentos têm acesso a mais de cem livros
comprados pelo governo e, a partir dessa seleção, eles têm de vinte e um a trinta dias para ler um livro e
escrever uma resenha que, se adequada aos parâmetros da lei, como circunscrição ao tema e estética,
subtraem quatro dias da pena.
A correção gramatical do texto seria mantida caso a vírgula logo após o termo “que” (linha 4) fosse eliminada.

145. (CESPE / MEC Nível Superior – 2015)


Fragmento do texto: Não se trata apenas de que não conseguimos respirar na água, mas de que não
suportaríamos as pressões. Como a água é cerca de 1.300 vezes mais pesada que o ar, as pressões aumentam
rapidamente à medida que se desce ― o equivalente a uma atmosfera para cada dez metros de

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profundidade. Em terra, se você subisse em uma construção de 150 metros ― a catedral de Colônia ou o
monumento de Washington, digamos ―, a mudança de pressão, de tão pequena, seria imperceptível. No
entanto, à mesma profundidade na água, suas veias se contrairiam e seus pulmões se comprimiriam até ficar
do tamanho de uma lata de refrigerante.
Na linha 5, o emprego da vírgula após o travessão é Facultativo.

146. (CESPE / MPU Analista – 2015)


Fragmento do texto: A concentração do poder em um só órgão ou pessoa viria sempre em detrimento do
exercício da liberdade. É que, como observou Montesquieu, “todo homem que tem poder tende a abusar
dele; ele vai até onde encontra limites.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas, caso a vírgula empregada logo após o
vocábulo “que” fosse eliminada.

147. (CESPE / FUB Analista de Tecnologia da Informação – 2015)


Fragmento do texto: O interesse pela sustentabilidade fortalece-se na medida em que a sociedade se dá
conta dos limites do modelo de desenvolvimento dependente de recursos não renováveis, no contexto de
mudança paulatina dos anseios da sociedade, da busca de segurança energética e de novas possibilidades
de produção.
Sem prejuízo à correção gramatical e ao sentido original do texto, a expressão “na medida em que” (linha 1)
poderia ser substituída por à medida que.

148. (CESPE / MPOG ENAP Nível superior – 2015)


Fragmento do texto: As mudanças políticas, sociais e culturais, nos últimos vinte anos, fizeram-se sentir no
âmbito do direito administrativo e, mais especificamente, na forma de administrar a coisa pública. Diante
dessa nova realidade, para atender às necessidades fundamentais da sociedade de forma eficaz e com o
menor custo possível, a administração pública precisou aperfeiçoar sua atuação, afastando-se da
administração burocrática e adotando uma administração gerencial.
As vírgulas empregadas nas linha 4 isolam segmento de natureza adverbial: “para atender (...) custo
possível”.

149. (CESPE / TRE GO Técnico-Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Naquela época, o voto não era universal: para participar do processo eleitoral,
requeriam-se 200 mil réis de renda líquida anual comprovada.
Caso a vírgula que sucede o vocábulo “eleitoral” (linha 1) fosse suprimida, o sentido do texto seria
preservado, mas não a sua correção gramatical.

150. (CESPE / MEC 2014 Nível superior – 2015)


Fragmento do texto: O aumento do número de alunos no ensino integral é atribuído ao Programa Mais
Educação, criado pelo Ministério da Educação para incentivar as secretarias estaduais e municipais de
educação, com a transferência de recursos federais, a oferecer a educação integral.
O termo “para” (linha 2) introduz ideia de finalidade e poderia ser substituído, sem prejuízo para a correção
gramatical e o sentido original do texto, por afim de.

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151. (CESPE / Câmara dos Deputados Analista Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: No ambiente virtual, combinações de usuário e senha funcionam para dar acesso a
emails, celulares, redes sociais e cadastros em lojas online. Lidamos com tantas combinações desse tipo, que
já se fala de uma nova categoria de estresse: a “fadiga de senhas”.
A oração introduzida pela conjunção “que” (linha 3) expressa ideia de consequência em relação à oração
anterior, à qual se subordina.

152. (CESPE / ICMBIO Nível médio – 2014)


Fragmento do texto: As palavras estampadas na bandeira nacional poderiam receber o complemento de um
adjetivo, diante do arcabouço de ideias e discussões que tratam do futuro do planeta. A depender da
contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da Universidade de Brasília, o lema de 1889,
inspirado nos conceitos positivistas do francês Augusto Comte, teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo
Progresso”.
Na linha 2, a substituição da expressão “A depender” por Se dependesse não comprometeria nem a sintaxe
nem o sentido do período de que faz parte.

153. (CESPE / Câmara dos Deputados Técnico Legislativo – 2014)

No segundo quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional, ponto de partida para o
raciocínio de Calvin, que pode ser assim esquematizado: Se A, então B.

154. (CESPE / CEF Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Após a viagem, Táriq teria mandado gravar, em moedas comemorativas, uma linha
sinuosa, em forma de um esse maiúsculo (S), representando o longo e tortuoso caminho percorrido para
alcançar o continente europeu. Mandou colocar, no sentido vertical, duas colunas paralelas, cortando essa
linha sinuosa. As colunas representavam as Colunas de Hércules e significavam força, poder e a perseverança
da empreitada. O símbolo, gravado nas moedas, difundiu-se e passou a ser reconhecido mundialmente como
cifrão, representação gráfica do dinheiro.
A oração “cortando essa linha sinuosa” (linhas 3 e 4) tem valor temporal no contexto em que ocorre.

155. (CESPE / TRE MS Técnico Judiciário – 2013)


Um sistema eleitoral pode prever condições legítimas a serem preenchidas pelo cidadão para se tornar
eleitor, desde que não sejam discriminatórias ou levem em consideração valores pessoais.
A expressão “desde que” (linha 2) poderia ser corretamente substituída por com a condição de que.

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156. (CESPE / MPU Analista – 2013)


Fragmento do texto: Essa blasfêmia contra a razão e a fé, contra a civilização e a humanidade, é a filosofia
da miséria; executada, não faria senão inaugurar a organização da miséria.
Não haveria prejuízo para o sentido original nem para a correção gramatical do texto caso se inserisse
quando ou se for imediatamente antes de “executada”.

157. (CESPE / TRE MS Analista Judiciário – 2013)


Em linhas gerais, o texto da Lei da Ficha Limpa prevê que, para ficar impedido de concorrer a um cargo
público eletivo, basta que o candidato tenha sido condenado por um órgão colegiado, ainda que ele esteja
com recursos em tramitação, caso muito comum, por exemplo, em condenações de tribunais eleitorais.
No texto, a expressão “ainda que” (linha 2) tem sentido equivalente ao da expressão desde que

158. (CESPE / PRF Nível superior – 2013)


Fragmento do texto: Se toda morte violenta, ou súbita, nos deixa frente a frente com o real traumático,
busca-se a possibilidade de inscrever o acontecido em uma narrativa, ainda que terrível, capaz de produzir
sentido para o que não tem tamanho nem nunca terá, o que não tem conserto nem nunca terá, o que não
faz sentido.
A substituição da expressão “ainda que terrível” (linha 2) por senão que terrível preservaria a correção
gramatical e o sentido original do texto.

159. (CESPE / TRE MS Analista Judiciário (banca CESPE)


Especialmente no que comunica o papel da justiça eleitoral ao princípio da autenticidade eleitoral,
cabe a ela garantir que prevaleça a vontade do eleitor. Entenda-se: não lhe é cabível exigir ou orientar
escolhas melhores, ou escolhas ideais, apenas fazer valer a escolha expressada legitimamente pelo eleitor
no resultado das urnas. Assim, embora louvável o esforço, não lhe cabe primar por “votos de qualidade”,
apenas pelos votos legitimamente conquistados.
O que macula o processo e a formação da vontade não são os critérios utilizados pelo eleitor (por
mais absurdos, subjetivos ou incoerentes que sejam), mas, sim, o falseamento de sua vontade. Embora por
vezes seja atraente o discurso de que uma das funções da justiça 10 eleitoral seria incentivar o eleitor a
melhor escolher seus candidatos, a utilizar-se de critérios objetivos e a não levar em conta elementos
menores que o interesse público, este não é o seu papel.
O mesmo motivo justifica o emprego de vírgula logo depois de “esforço” (linha 4) e de “candidatos” (linha
9).

160. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2013)


Fragmento do texto: Embora as conquistas obtidas a partir da Revolução Francesa tenham possibilitado a
consolidação da concepção de cidadania, elas não foram suficientes para que essa condição se verificasse na
prática.
Dada a relação de concessão estabelecida entre as duas primeiras orações do texto, a palavra “Embora”
(linha 1) poderia, sem prejuízo do sentido ou da correção gramatical do texto, ser substituída por Conquanto.

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161. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: O CNJ e os demais órgãos do Judiciário estão mobilizados para acelerar os julgamentos
dos casos de violência contra as mulheres e para promover a correta aplicação da Lei Maria da Penha. Outra
campanha que mobilizou o Judiciário brasileiro em torno da cultura da paz e do diálogo na resolução de
conflitos foi a da 7.ª edição da Semana Nacional de Conciliação.
Nas linhas 1 e 2, as duas ocorrências de “para” conferem às orações em que ocorrem relações sintáticas
diferentes.

162. (CESPE / Polícia Civil CE Inspetor – 2012)


Fragmento de texto: O cientista político Phillippe Schmitter argumentou que, embora a situação europeia
seja singular, seu progresso para além do Estado nacional tem uma pertinência mais genérica, pois “o
contexto contemporâneo favorece sistematicamente a transformação dos Estados em confederatii,
condominii ou federatii, numa variedade de contextos”.
O conector “pois” (linha 2) introduz ideia de consequência no trecho em que ocorre.

163. (CESPE / MPE PI Superior – 2012)


Fragmento do texto: No Brasil, o desafio envolve muitas variáveis, desde o número crescente da frota de
veículos e a precariedade dos transportes públicos até o comportamento dos motoristas ao volante.
Enquanto os especialistas analisam o assunto na tentativa de apontar soluções para o problema, o Psicólogos
do Trânsito, um grupo de jovens paulistanos, decidiu levar bom humor à rua, mostrando que um simples
gesto pode melhorar o caos do trânsito.
A conjunção “Enquanto” (linha 3) introduz oração de valor consecutivo.

164. CESPE / EBC Nível Médio – 2011)


Fragmento de texto: Por princípio, todo o sistema de comunicação deveria ser público, uma vez que a sua
missão é prestar um serviço público. Nesse sentido, poderiam até variar as formas de financiamento, mas o
controle deve ser da sociedade.
Seria mantida a relação sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período do texto ao
se substituir “uma vez que” (linha 1) por qualquer um dos termos a seguir: porque, porquanto, já que, visto
que, conquanto.

165. (CESPE / Assembleia Legislativa ES Procurador – 2011)


No Brasil, as denúncias de corrupção têm sido divulgadas pela grande mídia como se fossem uma
característica do agrupamento político que está no poder. Tudo se passa como se pessoas de caráter
duvidoso se aproveitassem do Estado em favor de seus interesses pessoais e grupais.
Essa forma de veicular denúncias e indícios reafirma muitos dos mitos acerca do fenômeno da
corrupção. Podem-se inventariar alguns: a colonização portuguesa, que seria essencialmente
patrimonialista, em contraposição ao “poder local” e ao “espírito de comunidade” da tradição anglo-saxã; a
cultura brasileira, com seu universo miscigenado, tão criticado por perspectivas eugenistas do início do
século XX, e sua “amoralidade macunaímica”, que não teria, mesmo após a independência e a República,
conseguido separar o público do privado; a disjunção entre elites políticas e sociedade, como se as primeiras
não fossem reflexo, direto e(ou) indireto, da última; a ausência de uma base educacional formal sólida como
explicação para comportamentos não republicanos; por fim, a ausência e(ou) fragilidade de leis e de

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instituições capazes de fiscalizar, controlar e punir os casos de malversação dos recursos públicos, como se
o país fosse “terra de ninguém”.
No segundo parágrafo, o emprego de ponto e vírgula justifica-se por marcar a intercalação das orações que
descrevem cada mito.

166. (CESPE) / TRE ES Técnico – 2011)


Fragmento de texto: Era a elite intelectual e política do Brasil, composta de magistrados, membros do clero,
fazendeiros, senhores de engenho, altos funcionários, militares e professores. Desse grupo, sairiam mais
tarde 33 senadores, 28 ministros de Estado, dezoito presidentes de província, sete membros do primeiro
conselho de Estado e quatro regentes do Império.
No trecho “Era a elite intelectual (...) quatro regentes do Império”, a organização dos elementos estruturais
indica o predomínio da coordenação.

167. (CESPE / INCA nível superior – 2010)


Fragmento do texto: Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos exames pré-admissional, periódico
e demissional do trabalhador, criou recursos médico-periciais voltados à identificação do nexo da
causalidade entre os danos sofridos e a ocupação desempenhada.
A vírgula logo depois de “trabalhador” é opcional e sua retirada preservaria a correção gramatical do texto,
pois os três termos da enumeração que ela tem função de marcar já estão separados pela conjunção “e”:
“exames pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador”.

168. (CESPE / Agente educacional ES nível médio – 2010)


Fragmento do texto: A China foi o caso mais marcante de superação da crise de 2008, porque conseguiu
crescer 8,7% no ano passado, enquanto o resto do mundo patinhava.
O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção gramatical e sem alterar as informações originais
do período, ser substituído por ao passo que.

169. (CESPE / Caixa Econômica Federal nível médio – 2010)


Fragmento do texto: “O mercado brasileiro está fervilhando. Enquanto as nossas vendas ficaram estáveis
em alguns países, no Brasil elas subiram 30% em 2009”, completa o espanhol.
O vocábulo “Enquanto”, por expressar uma ideia de proporcionalidade, poderia ser substituído por À medida
que, mantendo-se o sentido original do texto.

170. (CESPE / Médico perito INSS nível superior – 2009)


Julgue a frase quanto à correção gramatical: O povo por estar insatisfeito com o “bota-abaixo” e influenciado
pela imprensa se revoltou contra a vacina.

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4 – GABARITO

1. E 30. C 59. E 88. E 117. C 146. E


2. A 31. D 60. E 89. E 118. E 147. E
3. E 32. C 61. C 90. E 119. C 148. C
4. E 33. C 62. E 91. E 120. A 149. C
5. C 34. E 63. C 92. C 121. D 150. E
6. C 35. E 64. E 93. C 122. B 151. C
7. E 36. E 65. A 94. B 123. B 152. C
8. E 37. E 66. C 95. E 124. E 153. C
9. E 38. C 67. B 96. B 125. E 154. E
10. E 39. C 68. D 97. E 126. C 155. C
11. C 40. C 69. C 98. A 127. C 156. E
12. C 41. E 70. C 99. E 128. E 157. E
13. E 42. E 71. C 100. C 129. C 158. E
14. C 43. C 72. E 101. C 130. E 159. E
15. E 44. E 73. C 102. E 131. E 160. C
16. E 45. C 74. E 103. E 132. A 161. E
17. C 46. E 75. C 104. C 133. C 162. E
18. B 47. C 76. A 105. E 134. B 163. E
19. A 48. E 77. E 106. C 135. D 164. E
20. E 49. C 78. C 107. C 136. E 165. E
21. C 50. E 79. D 108. E 137. A 166. C
22. C 51. C 80. E 109. E 138. E 167. E
23. D 52. C 81. A 110. B 139. E 168. C
24. C 53. C 82. C 111. E 140. C 169. E
25. C 54. C 83. C 112. A 141. C 170. E
26. E 55. C 84. C 113. C 142. E
27. B 56. C 85. C 114. C 143. E
28. E 57. C 86. C 115. E 144. E
29. C 58. C 87. E 116. E 145. E

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