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INKAONE/ISTOCK

MATEMÁTICA
ENSINO MÉDIO
MATERIAL DO PROFESSOR
11

Probabilidade

Fenômenos aleatórios 2

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1
SOFIIA KRAVCHENKO/DREAMSTIME

Dados

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VOCÊ VAI APRENDER A
 identificar experimentos aleatórios;
 determinar o espaço amostral e seus números de elementos;
 identificar tipos de eventos;
 calcular a probabilidade de um evento ocorrer;
 calcular probabilidade utilizando a combinação de eventos.

1 FENÔMENOS
ALEATÓRIOS

A
o realizar um experimento, significa que estamos tes-
tando, observando uma determinada coisa, a fim de
analisar o que acontece e, por fim, o resultado final.
dessa forma, é possível dizer que há dois tipos de experimen-
tos: os aleatórios e os não aleatórios. Qual é a diferença en-
tre esses dois experimentos? os experimentos não aleatórios
são aqueles cujo resultado já prevemos antes mesmo de ser
finalizado. é feito o mesmo experimento por inúmeras vezes,
e o resultado é praticamente o mesmo. Por exemplo, subme-
ter uma quantidade de água a temperatura baixa para saber
quando irá virar gelo. A água irá congelar à temperatura de
0oC. E a quantos graus a água começa a evaporar? A 100oC. Por
sua vez, os experimentos aleatórios são aqueles cujo resultado
final não é possível prever. Mesmo sendo realizados inúmeras
vezes, o resultado varia. Por exemplo, ao lançar um dado, que
face ficará voltada para cima? não é possível prever esse resul-
tado. será com esse tipo de experimento aleatório que iremos
trabalhar a seguir.

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Orientação ao professor 1. Abra um diálogo com a classe, pedindo aos alunos que indiquem possíveis experimentos aleatórios.
Exemplos: lançar uma moeda (cara, coroa); escolher uma bola em uma urna que tem bolas de diferentes cores. Se pensarmos no
cotidiano, uma fábrica de sapatos. Não é possível prever o tempo que irá durar um calçado com uma pessoa, pois isso depende das
diferentes condições de uso.

A experiência
PARA COMEÇAR

não permite nunca


atingir a certeza O meu amigo Sérgio foi à padaria, à mercearia, à frutaria e ao açougue,
que ficam todos no mercado, e à banca de jornal. Quando voltou ao estacio-
absoluta. Não namento, Sérgio não encontrou a chave do carro. Ele deve ter esquecido em
devemos procurar uma das lojas por onde andou.
“Em qual loja você acha que perdeu a chave?”, perguntei. “Ah, sei lá, em
obter mais que uma
qualquer uma delas!”. “Com mesma chance para todas?”, “Ihhh, lá vem você
probabilidade. de novo com esse papo de chances...; sim, com mesma chance para todas.”
Pergunta 1: Tendo como referência o texto, o que Sérgio quis dizer quando
Bertrand Russell afirmou: “...com mesma chance para todas”?
Orientação ao professor 2.
Pergunta 2: Como eram quatro lojas no mercado, mais a banca de jornal,
Pergunta 1: a  chance de ocorrer um qual a probabilidade de que a chave do carro estivesse em qualquer um desses
evento é o mesmo que dizer a proba- lugares?
bilidade de este evento acontecer. Por
exemplo, a chance de jogar uma moeda
Fomos primeiro ao mercado e passamos pela padaria, pela mercearia e
e tirar “cara” é de 2 para 1, ou seja, pro- pela frutaria, sem sucesso. “Agora a probabilidade de estar no açougue au-
babilidade de 50%. mentou”, observou o Sérgio. “É”, eu falei, “foi para 50%.” “Como assim, 50%?
Pergunta 2: A probabilidade de que
a chave do carro estivesse em qualquer Foi para 80%!”, respondeu ele.
um desses lugares era de 1/5 para cada, “Porque, se a banca de jornal tinha 20% de chance, então o mercado tinha
ou seja, 20%. 80%, dividida igualmente entre as quatro lojas. Como no mercado só restou o
Pergunta 3: Nesse momento, apenas
ouça as explicações e em seguida conti- açougue, então a chance de que a chave esteja lá é de 80%. Te peguei!”
nue com a análise dos diagramas. Ao que repliquei: “Mas você disse no começo que poderia estar em qual-
Pergunta 4: Se utilizarmos probabilida- quer uma das lojas com mesma chance. Como só sobraram duas, a chance é
de condicional, denotando por A o even-
to de que a chave esteja no açougue e de 50% para cada uma delas. O que me diz disso?”
por B o evento de que a chave está na Pergunta 3: Quem está certo? Explique o por quê.
banca, a probabilidade de que esteja no
Para resolvermos o problema, decidimos utilizar o velho truque da árvore
açougue, sabendo que não está em ne-
nhuma das outras três lojas, é: de probabilidades.
P ( A ∩ ( A ∪ B))
P ( A/A ou B) = = Antes de começar a procurar Depois
P ( A ∪ B)
P (A )
padaria padaria
0, 2 0,2 0
= = 0,5
P ( A ) + P (B) 0,2 + 0,2 mercearia mercearia
0,2 0
ou seja, o açougue e a banca têm a mes- 0,2 0
ma chance, 50%. frutaria frutaria
0,2 ?
Intuitivamente, o segundo argumento é
o correto: a informação de que a chave
0,2 açougue ? açougue
não está em nenhuma das outras três
lojas não altera a probabilidade relativa banca de jornal banca de jornal
entre o açougue e a banca de jornal. Se,
antes da informação, as chances eram Pergunta 4: Agora analisando esses diagramas, você mantém a resposta
de 1 para 1, depois da informação as dada à pergunta anterior? Quem, afinal, estava com a razão e por quê?
chances continuam sendo de 1 para 1. Podemos observar que, inicialmente, a probabilidade de estar no açougue
Pergunta 5: Espaço amostral é o
conjunto de todos os resultados pos- era de 0,2 (1/5 = 0,2), assim como de estar na banca, considerando como
síveis de um experimento aleatório. espaço amostral as cinco lojas possíveis.
No momento em que está sendo uti-
Depois de eliminar a padaria, a mercearia e a frutaria, o novo espaço uni-
lizado no texto, as possibilidades são
duas: açougue ou banca de jornal. verso tem somente o açougue e a banca de jornal. Assim, a nova probabilidade
Pergunta 6: Evento é um subconjun- do açougue deve ser calculada em relação a esse novo espaço amostral.
to do espaço amostral. Exemplo de um
evento: o açougue.
Resolvido o problema, o Sérgio finalmente disse que o meu cabelo estava
lindo e o jantar foi um sucesso.
Onde estava a chave do carro? Ora, no último lugar em que procuramos,
é claro.

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Pergunta 5: Considere a seguinte frase: “Assim, a nova probabilidade do açougue deve ser
calculada em relação a esse novo espaço amostral”. O que você entende como espaço amostral?
Pergunta 6: Saberia dizer o que se entende como “evento” quando é utilizado na estatística?

Fonte: texto adaptado de http://www.rpm.org.br/cdrpm/71/4.html, acesso em 20/05/2016.

MATEMÁTICA NO COTIDIANO

A senha do cartão
Há algum tempo, para a digitação da senha do cartão no caixa eletrônico de alguns bancos,
havia uma única tecla para cada dígito, de 0 a 9. Hoje, porém, cada tecla corresponde, no mínimo,
a dois dígitos. Vamos ver a implicação disso na segurança da senha do cartão.
Suponha que a senha seja composta por 7 dígitos, entre 0, 1, 2, …, 9.
Se seu cartão foi furtado, e o bandido não viu você inserindo a senha, qual é a chance de ele
adivinhá-la? Vamos dividir o caso em duas situações:
• No sistema antigo, existem 107 senhas possíveis, já que cada tecla corresponde a um único
dígito; logo, a probabilidade de o bandido acertar a senha, digitando ao acaso uma sequência
1
de 7 teclas, é de ou 0,00001%.
107
• No sistema atual, considerando que cada tecla corresponde a dois dígitos., há cinco teclas
para a digitação. Desse modo, o bandido tem cinco opções para cada dígito, do primeiro até
o sétimo dígito. Logo, existem 57 sequências possíveis para a digitação da senha. Assim, a
probabilidade de o bandido acertar a senha, digitando ao acaso uma sequência de 7 teclas, é
1
= 0,00128%, ou seja, 128 vezes a chance no sistema antigo!
57
Algo parece errado! O sistema mudou para facilitar a vida dos bandidos?
Na verdade, a chance aumentou, mas muito pouco, fazendo com que, na prática, seja quase
impossível acertar a senha.
Acredito que o sistema mudou para piorar a vida do ban-

BRAUNS/ISTOCK
dido, caso ele observe uma pessoa inserir a senha e anote a
sequência de números (no sistema antigo) ou a sequência de
pares de números (no sistema atual) e depois furte o cartão.
De fato,
» No sistema antigo, o bandido saberá exatamente a senha,
pois cada tecla corresponde a um único dígito. Logo, é de
100% a chance de ele acertar.
» No sistema atual, cada tecla digitada tem dois dígitos, de
modo que há duas opções para cada uma das cinco teclas,
totalizando 27 senhas possíveis, levando em conta a infor-
mação obtida na observação. Daí, a chance de o bandido
acertar, escolhendo uma dessas senhas ao acaso, é agora
1
de , aproximadamente 0,8%. Veja que agora a diferença
27
é bastante significativa, caiu de 100% para 0,8%.
Na situação real, em que o ladrão está diante de um te-
clado específico, sua chance de acertar a sequência correta de
teclas, digitando ao acaso, pode ser maior se, por exemplo, al-
Caixa eletrônico
guns dos pares de dígitos que ele anotou aparecerem novamente
em alguma tecla.
Disponível em: <http://www.rpm.org.br/cdrpm/76/4.html>. Acesso em: 19 maio 2016. Adaptado.

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ROTEIRO DE APRENDIZAGEM

Conceitos Combinação de eventos


1 • Experimentos aleatórios
• Espaço amostral
• Probabilidade com união
de eventos
• Evento 3 • Eventos mutuamente
exclusivos
• Probabilidade condicional
• Eventos independentes
2 Cálculo da probabilidade

ConCeitos
De modo geral, probabilidade estuda as chances de No lançamento de um dado de seis faces, sair um nú-
um evento ocorrer. mero par.
B = {2, 4, 6}
n(B) = 3
EXPERIMENTOS ALEATÓRIOS No lançamento de uma moeda, sair coroa.
São experimentos que, embora realizados de forma C = {coroa}
idêntica, apresentam diferentes resultados. Alguns exem- n(C) = 1
plos são:
a) jogar um dado de seis faces e observar a face voltada
para cima;
EVEnTo CERTo
b) jogar uma moeda e observar a face voltada para cima; É um evento igual ao espaço amostral.
c) retirar uma bola de uma caixa com bolas de diversas No lançamento de um dado de seis faces, sair um nú-
cores. mero entre 1 e 6.
A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} é o evento.
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} é o espaço amostral.
ESPAÇO AMOSTRAL A é um evento certo.
Conjunto formado por todos os possíveis resultados
de um experimento aleatório. Denota-se o espaço amostral
EVEnTo iMPossÍVEL
pela letra S e por n(S) o número de elementos deste.
É o conjunto vazio.
No lançamento de um dado de seis faces, há seis pos-
No lançamento de um dado de seis faces, sair o nú-
síveis resultados.
mero 8.
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} → espaço amostral
B = { } é vazio, pois o número 8 não está contido no
n(S) = 6 → número de elementos do espaço amostral.
espaço amostral.
No lançamento de uma moeda, há dois possíveis
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} é o espaço amostral.
resultados.
B é um evento impossível.
S = {cara, coroa} e n(S) = 2

UniÃo dE EVEnTos
EVENTO
União de dois eventos, A e B, é o evento A ∪ B e ocor-
Qualquer subconjunto do espaço amostral.
re quando A ocorre ou B ocorre.
No lançamento de um dado de seis faces, sair o nú-
No lançamento de um dado de seis faces, sair um nú-
mero três.
mero par ou um número primo.
A = {3} → evento
A = {2, 4, 6} e B = {2, 3, 5}
n(A) = 1 → número de elementos do evento A
A ∪ B = {2, 3, 4, 5, 6}
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inTERsEÇÃo dE EVEnTos d) sair o número 3 ou o número 7 e o nú-
mero de elementos desse evento.
Interseção de dois eventos, A e B, é o even-
C = {3, 7}, n(C) = 2 CONECTIVIDADE
to A ∩ B que ocorre se, e somente se, A e B
ocorrerem ao mesmo tempo.
Este livro traz fundamen-
No lançamento de um dado de seis faces, tos, teoremas e táticas
sair um número primo e ímpar. 2. Na atividade anterior, quais eventos são relacionadas ao estudo
A = {2, 3, 5} e B = {1, 3, 5} complementares? da Análise Combinatória
Eventos A e B. e Probabilidade com uma
A ∩ B = {3, 5} abordagem inovado-
ra, clara e elucidativa
(Análise Combinatória e
EVEnTos CoMPLEMEnTAREs Probabilidade. MOR-
3. Considere o experimento de retirar uma GADO, Augusto et al.
Dado um evento A, seu complementar,
bola de uma caixa que contém duas bo- Editora SBM).
denotado por Ā, é o evento que ocorre se, e
las vermelhas, três brancas e uma azul.
somente se, A não ocorre.
Determine:
No lançamento de um dado de seis faces,
a) o espaço amostral e seu número de
sair o número
elementos.
4 é complementar ao evento não sair o nú-
S = {v, v, b, b, b, a}, n(S) = 6
mero 4.
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
A = {4} e Ā = {1, 2, 3, 5, 6}
b) retirar uma bola branca e o número de
No lançamento de um dado de seis faces,
elementos desse evento.
sair um número ímpar é complementar a sair
A = {b, b, b}, n(A) = 3
um número par.
A = {1, 3, 5} e Ā = {2, 4, 6}
União de um evento com seu complemen-
c) retirar uma bola branca ou uma bola
tar é igual ao espaço amostral.
vermelha e o número de elementos
A∪Ā=SeA∩Ā=Ø
desse evento.
Logo, n(S) = n(A) + n(Ā)
B = {v, v, b, b, b}, n(B) = 5

1. No lançamento de um dado de nove faces,


4. Num jogo de bingo, um globo contém bo-
determine:
las numeradas de 1 a 20. Considere o ex-
a) o espaço amostral e seu número de
perimento de retirar uma bola. Determine:
elementos.
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}, n(S) = 9 a) o espaço amostral e seu número de
elementos.
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15,
16, 17, 18, 19, 20}, n(S) = 20

b) o evento de sair um número par e seu


número de elementos.
A = {2, 4, 6, 8}, n(A) = 4
b) retirar uma bola com número primo e
o número de elementos desse evento.
A = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19}, n(A) = 8

c) sair um número ímpar e o número de


c) o espaço amostral e seu número de
elementos desse evento.
B = {1, 3, 5, 7, 9}, n(B) = 5 elementos para o número da bola
maior que 11.
S = { 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20}
n(S) = 9

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CONEXÃO

GEnéTiCA
A probabilidade está presente em diversas situações que envolvem resultados possíveis (espaço
amostral) e resultados favoráveis (eventos). Nesse sentido, ela está presente em diferentes áreas,
como por exemplo, na genética. Além do seu uso na disciplina de Matemática, a Genética é outra
área que utiliza as teorias da probabilidade, pois

CYBERKORT/ISTOCK
os acontecimentos nesse ramo da Biologia envol-
vem eventos aleatórios, como o encontro dos ga-
metas masculinos e femininos com determinados
genes na fecundação. Vamos supor que um indi-
víduo heterozigoto para determinada caracterís-
tica (Aa) forma dois tipos de espermatozoides, A
e a. Caso uma mulher também seja heterozigota,
formará óvulos A e a.
A fecundação ocorrerá ao acaso, pois não sa-
bemos se o gene A ou a será expresso durante a
fecundação.
Observe o esquema: Ilustração de óvulo e espermatozóide

Pais Aa X Aa

Gametas A a A a

Geração AA Aa Aa aa

Veja o quadro de possibilidades:

Meninos / Meninas A = 1/2 a = 1/2

A = 1/2 AA = 1/4 = 25% Aa = 1/4 = 25%

a = 1/2 Aa = 1/4 = 25% aa = 1/4 = 25%

Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/matematica/probabilidade-genetica.htm>. Acesso em 19 maio 2016. Adaptado.

CÁLCULo da PRobabiLidade
Para calcular a probabilidade de um evento A ocorrer Exemplo
num experimento aleatório, usa-se a seguinte fórmula: No lançamento de um dado de seis faces, calcula-se a
probabilidade dos seguintes eventos:
• Sair o número 3
n(A) → número de elementos
n(A) Primeiro, determinam-se S e n(S): S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
do evento
P(A) = em que e n(S) = 6
n(S) n(S) → número de elementos
Depois, determinam-se o evento e seu número de
do espaço amostral
elementos:
A = {3} e n(A) = 1
Outra forma de expressar essa fórmula: n(A) 1
Probabilidade de ocorrência de A: P(A) = =
n(S) 6
• Sair número par
número de casos favoráveis ao evento A B = {2, 4, 6} e n(B) = 3
P=
número de casos possíveis n(B) 3 1
P(B) = = = = 0,5
n(S) 6 2

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• Sair número ímpar Seja n(A) o número de elementos de um evento A, e
C = {1, 3, 5}, n(C) = 3 n(S) o número de elementos do espaço amostral.
n(C) 3 1 Então:
P(C) = = = = 0,5 0 n(A) n(S) n(A)
n(S) 6 2 0 ≤ n(A) ≤ n(S) → ≤ ≤ →0≤ ≤1
n(S) n(S) n(S) n(S)
P3) A probabilidade é um número racional entre zero
a(A)
e um. Como P(A) = , tem-se 0 ≤ P(A) ≤ 1
n(S)

SUSTENTABILIDADE

Tempo quente
Entenda-se “tempo quente”

IVAN BAJIC/ISTOCK
de maneira literal. Sim, o assunto
é aquecimento global e mudança
climática.
Procure enxergar algumas dé-
cadas à frente. A maior parte do
dióxido de carbono (CO2) que pro-
duzimos com nossos veículos, des-
matamento e usinas termelétricas
estará firme na atmosfera.
Cerca de 70% do CO2 emiti-
do pela humanidade demorará até
cem anos para ser reabsorvido nos
oceanos. O restante permanecerá
séculos contribuindo para agravar Conserve water

o efeito estufa.
E o Brasil com isso? A resposta está num estudo divulgado pelo Cemaden (Centro de Moni-
toramento e Alertas de Desastres Naturais), “Riscos de Mudanças Climáticas no Brasil e Limites
à Adaptação”.
A temperatura no país tem probabilidade de 70% de galgar 4°C até o ano 2100, se o planeta
seguir no ciclo atual de poluição e aquecimento. Ultrapassaríamos a média de 30°C, com efeitos
drásticos sobre a saúde, a agricultura, a energia e a biodiversidade.
No campo da saúde, tendo empurrão do aquecimento global, as perspectivas são sombrias.
O efeito mais preocupante viria com o estresse por calor. Na exposição contínua a temperatu-
ras de 37oC ou mais, sobretudo em condições de alta umidade, o corpo não consegue dissipar calor
por meio do suor, o que pode levar à morte.
Na saúde, a mortalidade por doenças cardiovasculares poderia aumentar de 10% a 30%, até
2100, em algumas regiões do país.
Na agricultura, no pior cenário, o arroz perderia 13% das áreas mais propícias. O feijão, 57%.
A soja, carro-chefe das exportações agrícolas, veria sua lavoura de baixo risco encolher 81%.
No campo da geração hidrelétrica, a vazão diminuída dos rios agravaria a probabilidade de
apagões. Para piorar a vulnerabilidade do sistema, a demanda por energia aumentaria de forma
acentuada com a elevação da temperatura, pelo uso de aparelhos de ar condicionado.
A biodiversidade, por fim, teria um risco 15,7% maior de extinção de espécies. Na reta esta-
riam principalmente as abelhas, além de plantas comestíveis do cerrado.
Frente a esse possível futuro, vamos refletir melhor sobre nossas ações.
Disponível em: <http://m.folha.uol.com.br/colunas/marceloleite/2016/03/1746860-o-brasil-tem-
futuro-mas-nao-e-bom.shtml>. Acesso em: 25 maio 2016. Adaptado.

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1. Numa caixa com três bolas vermelhas, duas brancas e 4. Uma moeda não viciada é lançada três vezes. Qual a
duas pretas, qual a probabilidade de retirar uma bola probabilidade de:
branca? Qual a probabilidade de sair uma bola que a) obter 3 caras?
não seja branca? S = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca), (Co, Ca, Ca), (Ca,
Co, Co),
S = {v, v, v, b, b, p, p}, n(S) = 7
(Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca), (Co, Co, Co)}
n(S) = 8
O evento retirar uma bola branca é A = {b, b}, n(A) = 2 n(A) 1
2 a) A = {(Ca, Ca, Ca)}, n(A) = 1. P(A) = =
P( A ) = n(S) 8
7
O evento não retirar uma bola branca é complementar de
A, ou seja, Ā e não seja branca?

2 5 b) obter exatamente duas coroas?


P(A) = 1 – P(A) = 1 – = 3
7 7 B = {(Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca)}, n(B) = 3. P(B) =
8

c) obter pelo menos duas caras?


C = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca), (Co, Ca, Ca)}, n(C) =
4 1
2. Num baralho normal de 52 cartas, qual a probabilida- = 4. P(C) = =
8 2
de de retirar uma carta que seja um rei?
n(S) = 52
A é o evento tirar um rei, então n(A) = 4
4 1
P(A) = =
52 13 5. No lançamento de um dado honesto de 6 faces, calcu-
le a probabilidade de se obter:
3. No lançamento de dois dados honestos de seis faces, a) o número 5;
um preto e outro branco, qual a probabilidade de saí- U = {1,2,3,4,5,6} e n(U) = 6
A={5}, portanto n(A)=1
rem dois números iguais? 1
P(A)= ≅ 0,16666
S = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), 6
(3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), P(A) ≅ 16,67%
(5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}
n(S) = 36
b) um número ímpar.
A = {(1,1), (2,2), (3,3), (4,4), (5,5), (6,6)} B={1,3,5}, portanto n(B)=3
n(A) = 6 3
P(B)= 0,5
6
P(B) = 50%

Combinação de eventos
PROBABILIDADE COM
UNIÃO DE EVENTOS 1 2 3 4 5
Probabilidade de ocorrer um evento A ou um evento B:
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)
Ao lançar um dado, qual a probabilidade de sair um 6 7 8 9 10
número primo ou um número ímpar?
Sair um número primo: A = {2, 3, 5}, n(A) = 3 • Espaço amostral E = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}
Sair um número ímpar: B = {1, 3, 5}, n(B) = 3 → n(E) = 10
A ∩ B = {3, 5}, n(A ∩ B) = 2 • Evento A = {2, 4, 6, 8, 10} → n(A) = 5
Assim:
3 3 2 4 2
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) = + – = =
6 6 6 6 3 2 4 6 8 10
Note que A ∪ B = {1, 2, 3, 5} e n(A ∪ B) = 4
Probabilidade de sair um cartão com número par:
Calcule a probabilidade de se retirar ao acaso um nú- 5 1
P(A) = =
mero par ou um número maior ou igual a cinco. 10 2

10
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• Evento B = {5, 6, 7, 8, 9, 10} → n(B) = 6 P (A∩B) P (A∩B)
P(B | A) = ou P(A | B) =
P (A) P (B)

5 6 7 8 9 10 Exemplo de probabilidade condicional:


Numa sala de aula, há 40 alunos, sendo 25 meninos,
Probabilidade de sair o cartão 5 ou maior que 5 dos quais 15 usam óculos, e entre as meninas apenas 5
6 3 usam óculos. Escolhendo um aluno aleatório,dessa sala,
P(A) = = qual a probabilidade de escolhermos um menino, sabendo-
10 5
se que o aluno escolhido usa óculos?
• Tem-se A ∩ B = {6, 8, 10} → n(A ∩ B) = 3 Nesse caso, temos a seguinte distribuição:

6 8 10 Usam óculos Não usam óculos Total

Meninos 15 10 25

A probabilidade é: Meninas 5 10 15
3
P(A ∩ B) Total 20 20 40
10
Sendo o evento A os alunos que usam óculos, e B o
• Calculando a probabilidade de A ∪ B: evento representando os meninos.
5 6 3 Queremos a probabilidade de escolher um menino,
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) = + – =
10 10 10 dado que já ocorreu a escolha de um aluno que usa óculos,
8 4
= =
10 5 logo a probabilidade é:
• Probabilidade de escolher um aluno com óculos:
20 1
2 4 5 6 P(A) =
40
=
2

• Probabilidade de escolher um menino e que usa óculos:


15 3
7 8 9 10 P(B ∩ A) =
40
=
8

Logo, a probabilidade de escolhermos um menino


dado que já ocorreu a escolha de um aluno com óculos:
EVENTOS MUTUAMENTE 3
3 2 3
EXCLUSIVOS P(B | A ) = 8 = . =
1 8 1 4
Dois eventos, A e B, são mutuamente exclusivos se, e 2
somente se, A ∩ B = Ø. Poderíamos usar a definição de probabilidade, sendo o
Nesse caso, P(A ∩ B) = 0 espaço amostral o número de alunos que usam óculos, pois
Ao lançar um dado, qual a probabilidade de sair ao foi o evento que já ocorreu, e o evento seria escolher um
mesmo tempo um número par (evento A = {2, 4 ,6}) e ím- menino de óculos. Assim, teríamos:
par (evento B = {1, 3, 5})?
15 3
Como não é possível que um número seja par e ímpar P(B | A) = =
20 4
ao mesmo tempo, os eventos são mutuamente exclusivos.
Como consequência da Probabilidade Condicional, te-
Assim: P(A ∩ B) = 0
mos o Teorema da Multiplicação ou Probabilidade da Inter-
secção, que é a probabilidade de ocorrerem dois eventos
PROBABILIDADE CONDICIONAL simultaneamente.
A probabilidade condicional é a probabilidade de ocor- Esse teorema é dado por:
rer o evento B, dado que já ocorreu o evento A. Para esta P (B∩A)
P(B | A) = → P(B ∩ A) = P(A) ∙ P(B|A)
situação, usamos a notação P(B|A). P (A)
Quando calculamos a P(B|A), trabalhamos como se o
Lembrando que P(B ∩ A) é a probabilidade de ocorre-
espaço amostral fosse reduzido para o evento A, ou seja, o
rem o evento B e A simultaneamente.
novo espaço amostral é o evento A.
Exemplo clássico da Probabilidade da Intersecção é o
Com isso, a fórmula da probabilidade condicional é
sorteio sem reposição.
dada por:
11
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ENSINO MÉDIO

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Numa caixa com duas bolas vermelhas e Usando como exemplo o experimento I: co-
CONECTIVIDADE
CONEXÕES três azuis, qual a probabilidade de retirar uma locam-se numa sacola 10 cartões, 6 vermelhos e
vermelha e depois uma azul, sem repor as bolas? 4 azuis, e retiram-se ao acaso dois deles.
O filme mostra um grupo Calcule essa probabilidade sem o uso da fór-
de estudantes muito
talentosos que, com suas
mula, pois são eventos mutuamente exclusivos.
mentes brilhantes, são Na primeira retirada:
capazes de aumentar • o espaço amostral é S1 = {v, v, a, a, a},
em grande escala as
n(S1) = 5
probabilidades de ganhar
em jogos de cartas • o evento é A = {v, v}, n(A) = 2
(Quebrando a banca. 2 Qual a probabilidade de se retirarem os dois
Direção: Robert Luketic.
Logo, P(A) =
5 da mesma cor?
EUA: 2008.).
Para a retirada do primeiro cartão, não exis-
Na segunda retirada:
te exigência, havendo probabilidade de sair um
SONY PICTURES

• o espaço amostral se modifica, pois uma


vermelho ou um azul.
bola vermelha foi retirada. Assim, S2 = {v,
a, a, a}, n(S2) = 4
• o evento B = {a, a, a}, n(B) = 3 ou
3
Logo, P(B|A) =
4 A retirada do segundo cartão acarreta dois
acontecimentos: pode ou não ter a mesma cor
Como A e B devem acontecer, tem-se a
do primeiro.
probabilidade procurada:
• Probabilidade de se obterem dois cartões
2 3 3
P(A ∩ B) = P(A) ∙ P(B|A) = · = vermelhos.
5 4 10
Capa do filme Quebrando
a banca, direção de Robert
Luketic. USA. 2008 EVENTOS INDEPENDENTES
Dois eventos, A e B, de um espaço amostral
Na retirada do primeiro cartão vermelho,
são independentes se a ocorrência de um deles
têm-se 6 em 10 chances. Do segundo, são 5 em
não modifica a probabilidade da ocorrência do
9.
outro.
6 5 1
A e B são independentes ↔ P(B|A) = P(B) e P(V) = · =
10 9 3
P(A|B) = P(A)
Assim, a fórmula da interseção de A e B fica • Probabilidade da retirada de dois cartões
P(A ∩ B) = P(A) ∙ P(B) azuis:
Ao lançar dois dados honestos de seis fa-
ces, qual a probabilidade de sair o número 1 na
primeira vez e 5 na segunda?
O fato de sair o número 1 no primeiro lan-
Na primeira retirada, temos 4 cartões azuis
çamento não modifica a probabilidade do se-
entre 10 chances, e, no segundo, são 3 em 9.
gundo lançamento e vice-versa, logo os eventos
4 3 2
são independentes. P(A) = · =
10 9 15
• Espaço amostral em cada lançamento: S =
{1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(S) = 6 • Não existem outras possibilidades.
• Sair o número 1: A = {1}, com n(A) = 1 P(V ∩ A) = 0
• Sair 5: B = {5}, com n(B) = 1 Então, a probabilidade de se retirarem dois
1 1 1 cartões iguais é:
Assim: P(A ∩ B) = P(A) . P(B) = · =
6 6 36 P(V ∪ A) = P(V) + P(A) − P(V ∩ A)
1 2 5+2 7
+ =0– =
3 15 15 15

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1. Numa urna com 3 bolas pretas, 2 bolas brancas e 5 4. Em dois lançamentos de um dado de 9 faces, qual a
bolas vermelhas, qual a probabilidade de retirar uma probabilidade de sair um número ímpar no primeiro e
bola vermelha ou uma preta? o número 6 no segundo?
S = {p, p, p, b, b, v, v, v, v, v}, n(S) = 10 S = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} e n(S) = 9
A = {p, p, p}, n(A) = 3 A = {1, 3, 5, 7, 9}, n(A) = 5 e B = {6}, n(B) = 1
B = {v, v, v, v, v}, n(B) = 5 5 1 5
A∩B=Ø P(A ∩ B) = P(A)P(B) = · =
9 9 81
3 5 4
P(A ∩ B) = P(A) + P(B) = + =
10 10 5

2. Um experimento consiste no seguinte: num globo há 5. Numa sala de aula estão dez crianças, sendo seis meni-
bolinhas numeradas de 1 até 90. Qual a probabilidade nas e quatro meninos. Três das crianças são sorteadas
de sortear um número múltiplo de 10 ou de 15? para participarem de um jogo. Qual a probabilidade de
S = {1, 2, 3, 4, ..., 88, 89, 90}, n(S) = 90 as três crianças sorteadas serem do mesmo sexo?
Evento A: múltiplos de 10 → A = {10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90} H1 = {homem no primeiro sorteio}, H2 = {homem no segundo sorteio} e
→ n(A) = 9 H3 = {homem no terceiro sorteio}
Evento B: múltiplos de 15 → B = {15, 30, 45, 60, 75, 90} → n(B) = 6 4 3 2 1
A ∩ B = {30, 60, 90}, n(A ∩ B) = 3 P(H1 ∩ H2 ∩ H3) = P(H1) P(H2/H1) P(H3/H1 ∩ H2) = · · =
10 9 8 30
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)
M1 = {mulher no primeiro sorteio}, H2 = {mulher no segundo sorteio} e
9 6 3 12 2 H3 = {mulher no terceiro sorteio}
P(A ∪ B) = + - = =
90 90 90 90 15 6 5 4 1
P(M1 ∩ M2 ∩ M3) = P(M1) P(M2/M1) P(M3/M1 ∩ M2) = · · =
10 9 8 6
Como pode ocorrer três meninos ou três meninas, tem-se que a probabili-
1 1
dade procurada é: P((H1 ∩ H2 ∩ H3) ∪ (M1 ∩ M2 ∩ M3)) = + =
6 1 30 6
=
30 5

3. Uma urna contém 4 bolas brancas e 6 bolas pretas.


Sacam-se, sucessivamente e sem reposição, duas bo- 6. Num grupo de cinco crianças, duas delas não podem
las dessa urna. Determine a probabilidade de ambas comer doces. Duas caixas de doces serão sorteadas
serem brancas. para duas diferentes crianças desse grupo (uma caixa
para cada criança sorteada). Qual é a probabilidade de
O espaço amostral tem 10 elementos. que as caixas de doces sejam sorteadas exatamente
O evento sair uma bola branca na primeira é B1 = {b, b, b, b} e n(B1) = 4. para duas crianças que podem comer doces?
O evento sair uma bola branca na segunda é B2 = {b, b, b}, pois uma
bola branca já foi retirada. Assim, n(B2) = 3, e o número de elementos do A1 = {sair uma criança que pode comer doce no primeiro sorteio}
espaço amostral se modifica para 9 elementos. A2 = {sair uma criança que pode comer doce no segundo sorteio}
3 2
4 3 2 P(A1) = e P(A2/A1) =
P(B1 ∩ B2) = P(B1) P(B1/B2 ) = · = 5 4
10 9 15
A  3 2 3
Assim, P(A1 ∩ A2) = P(A1)P  2  = × =
 A1  5 4 10

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CONEXÃO

Teoria da probabilidade aplicada à física quântica


Um dos problemas mais interessantes e intrigantes

ZOZZZZO/ISTOCK
da natureza, explicado pela Física Moderna, é a caracte-
rística dual da luz. O problema era: em alguns fenôme-
nos, a luz se comporta como uma onda e, em outros, se
comporta como uma partícula e aí surgiu a pergunta: "A
luz é onda ou partícula?" A busca por uma resposta a
esse problema impulsionou o desenvolvimento da Teoria
Quântica e, paralelamente a isso, motivou vários estudos
matemáticos no campo da Probabilidade.
Nessa área, um determinado experimento envolve
duas conjunturas: a situação a ser analisada, que se refere
ao experimento em si, e a interpretação do fato experi-
mental, que tem como base o conhecimento de que dispo-
mos sobre ele. Entretanto, o conhecimento que possuímos
e que tem base na Física Clássica é determinístico, isto é, representa aquilo que se pode determi-
nar ou precisar, enquanto a Mecânica Quântica é probabilística. Isto é um verdadeiro paradoxo, já
que a Teoria Quântica descreve experimentos tendo como base os princípios da Física de Newton,
embora se saiba que estes não se ajustam à descrição da natureza atômica. É exatamente neste
paradoxo que reside o caráter probabilístico da Teoria Quântica.
Atualmente, uma significativa parte do desenvolvimento tecnológico se deve ao melhor en-
tendimento da Teoria Quântica e, por consequência, do potencial da Teoria da Probabilidade na
interpretação da natureza. As aplicações desses conhecimentos são inimagináveis. Por exemplo,
praticamente todos os dispositivos ópticos eletrônicos, tais como as câmaras fotográficas digitais,
leitores de CD e DVD, controles remotos, microcomputador, entre outros, fazem uso da natureza
dual da luz.de espécies. Na reta estariam principalmente as abelhas, além de plantas comestíveis
do cerrado.
Disponível em: <http://parquedaciencia.blogspot.com.br/2014/04/teoria-da-probabilidade-aplicada-fisica.html>. Acesso em: 25 maio 2016.

VALORES E DIVERSIDADE

Em uma empresa, a diversidade de idade, opiniões, gênero, raça, ou outras, estimula e fortale-
ce a integração nas equipes de trabalho. As empresas que apostam na diversidade de seus funcio-
nários têm maior probabilidade de ter resultados acima da média em relação a seus concorrentes.
A diversidade permite uma visão mais abrangente do enquadramento competitivo e das al-
ternativas disponíveis, mas é também um foco de tensões perante uma gestão tradicionalmente
hierarquizada, a qual não convive de forma fácil com a crítica construtiva nem com pontos de vis-
ta diferentes, apelando instintivamente para uma uniformização e unicidade prejudicial. Embora
possa ser mais difícil de gerir, uma equipe heterogênea tende a fomentar o debate e consequen-
temente aumenta a probabilidade de sucesso das organizações. Uma gestão eficaz deve conseguir
criar o necessário equilíbrio para tirar o máximo partido das potencialidades e conhecimentos dos
seus profissionais.
É fundamental passar das ideias para a ação. “Se quiseres chegar rápido vai sozinho, se quise-
res chegar longe vai acompanhado”. Neste caso, como em muitos outros, o caminho mais rápido
não é seguramente o melhor.
Disponível em: <http://www.ver.pt/a-diversidade-como-vantagem-competitiva/>. Acesso 30 maio 2016. Adaptado.

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REGISTRO DA APRENDIZAGEM

1. Em uma urna, há 10 bolas numeradas de 1 a 10. 3. Uma urna contém 3 bolas azuis e 5 amarelas. Se
Retira-se uma bola ao acaso. tirar, sucessivamente, duas bolas, qual é a probabi-
Descreva os conjuntos e o número de elementos do: lidade de as bolas terem
a) espaço amostral U; a) a mesma cor?
Espaço amostral: U = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10}, e o número de Para se retirar duas bolas da mesma cor, temos duas opções:
elementos desse conjunto é n(U) = 10. retirar duas azuis ou duas amarelas. Logo a probabilidade de
retirarmos duas bolas da mesma cor é:
3 2 5 4 26 13
P= . + . = =
8 7 8 7 56 28

b) evento A: o número da bola é par;


Bolas pares: A = {2,4,6,8,10}, e o número de elementos des-
se conjunto é n(A) = 5.
b) cores diferentes?
Para se retirar duas bolas, uma de cada cor, temos duas op-
ções: retirar uma azul e a outra amarela, ou uma amarela e a
outra azul. Logo a probabilidade de retirar duas bolas de cores
diferentes é dada por:
c) evento B: o numero da bola é maior que 4. 3 5 5 3 30 15
P= . + . = =
Bolas maiores que 4: B = {5,6,7,8,9,10}, e o número de ele- 8 7 8 7 56 28
mentos desse conjunto é n(B) = 6.

4. Num bairro foram entrevistadas 80 pessoas em


2. Uma escola ganhou ingressos para o teatro. Cada relação à preferência musical. O resultado foi o
sala de aula teve direito a um ingresso a ser sortea- seguinte:
do entre os alunos. A sala da professora Ana tinha • 40 pessoas ouvem música clássica
a seguinte distribuição de alunos por idade: • 50 pessoas rock
Idade 7 8 9 10 • 20 pessoas ouvem música clássica e rock
o
Se escolhermos ao acaso uma dessas pessoas, qual
n de alunos 9 17 8 2
a probabilidade de ela ouvir
Sendo assim, calcule a probabilidade de a criança a) música clássica.
sorteada ter: 40 1
= = 50%
a) 8 anos de idade, 80 2
A sala da professora Ana tem 36 alunos, n(U) = 36.
O número de alunos com 8 de idade é 17, n(A) = 17
17
P(A) = ≅ 0,47222
36 b) rock.
P(A) ≅ 47,22% 50 5
= = 0, 625 = 62,5%
80 8

c) apenas rock.
b) Idade acima de 9 anos. 50 − 20 = 30
n(U) = 36 30 3
O número de alunos idade acima de 9 anos é 2, n(B) = 2 = = 37,5%
80 8
2
P(B)= ≅ 0,0555
36
P(B) ≅ 5,55% d) música clássica e rock.
20 1
= = 25%
80 4

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5. Numa urna há 10 bolas de diferentes cores: 5 7. Maurício tem dois estojos de lápis. No estojo maior
azuis, 3 pretas e 2 amarelas. Se forem retiradas, há 6 lápis rosas e 4 lápis azuis. No estojo menor há
sucessivamente, e sem reposição duas bolas dessa 2 lápis rosas e 8 lápis azuis. Se escolher ao acaso
urna, qual é a probabilidade de retirar um dos estojos e, em seguida, escolher também
a) duas bolas da mesma cor. ao acaso um lápis, qual a probabilidade de ser um
5 4 3 2 2 1 14 lápis de cor
. + . + . = ou ≅ 31,11%
10 9 10 9 10 9 45 a) azul?
1 4 1 8 12
. + . = ou 60%
2 10 2 10 20

b) duas bolas azuis.


5 4 20 ou ≅ 22,22%
. =
10 9 90

b) rosa?
1 6 1 2 8 ou 40%
. + . =
2 10 2 10 20
c) uma bola preta na segunda extração.
5 3 3 2 2 3 3 ou ≅ 30%
. + . + . =
10 9 10 9 10 9 10

8. Em um curso de engenharia com 50 estudantes, 30


d) uma bola amarela na segunda extração. optaram por especializar-se apenas em engenharia
5 2 3 2 2 1 2 civil, 15 apenas em engenharia mecânica e 5 se es-
. + . + . = ou ≅ 20%
10 9 10 9 10 9 10
pecializaram tanto em engenharia civil quanto em
mecânica. Qual é a probabilidade de um aluno que
optou por especializar-se em mecânica também ter
optado pela engenharia civil?
e) nenhuma bola preta nas extrações. 5
ou 25%
5 6 2 6 7 20
. + . = ou ≅ 46,67%
10 9 10 9 15

6. Um casal pretende ter 3 filhos. Qual a probabilida-


de de nascerem todos de um mesmo sexo?
A probabilidade de nascerem todos do sexo masculino
é dado por:
1 1 1 1
. . . = ou 12,5
2 2 2 8
Como a probabilidade de nascerem todos os filhos do
sexo feminino é igual à de nascerem todos do sexo mas-
culino, então a probabilidade de nascerem todos de um
mesmo sexo é de 25%. (1/8 + 1/8 = 2/8 = ¼)

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COMPREENSÃO tentativa, se acertar uma senha formada apenas por
1. Unesp — Um dado convencional e uma moeda, ambos números primos?
não viciados, serão lançados simultaneamente. Uma a) 6,0%
das faces da moeda está marcada com o número 3, b) 6,4%
e a outra, com o número 6. A probabilidade de que c) 7,2%
a média aritmética entre o número obtido da face do d) 7,8%
dado e o da face da moeda esteja entre 2 e 4 é igual a e) 8,0%
1
a)
3 4. AFA-SP — Em uma mesa há dois vasos com rosas. O
1 vaso A contém 9 rosas das quais 5 têm espinhos, e o
b)
3 vaso B contém 8 rosas, sendo que exatamente 6 não
1 têm espinhos.
c)
3 Retira-se, aleatoriamente, uma rosa do vaso A e colo-
1 ca-se em B. Em seguida, retira-se uma rosa de B.
d)
3 A probabilidade de essa rosa retirada de B ter espinhos é
1 8
e) a)
3 81
18
2. UFJF-MG — Na fase final do processo seletivo para o b)
81
Mestrado em Matemática de uma certa universidade,
18
há 10 candidatos. Nessa fase, cada um dos 5 professo- c)
81
res do corpo docente do departamento deve escolher
23
apenas um dos candidatos para orientar, formando, d)
81
assim, uma dupla do tipo (professor, aluno). Os cinco
escolhidos serão os aprovados no processo, e os de- 5. Unicamp-SP — Uma moeda balanceada é lançada qua-
mais serão reprovados. Qual é a probabilidade de João, tro vezes, obtendo-se cara exatamente três vezes. A
um dos candidatos, ser aprovado para o Mestrado, e probabilidade de que as caras tenham saído consecu-
Maria, uma das professoras, ser a orientadora de João? tivamente é igual a
1 1
a) a)
2 4
1 3
b) b)
10 8
1
c) 1
3024 c)
2
1
d) 3
6084 d)
4
1
e)
30240 6. UEMG — Em uma empresa, foi feita uma pré-seleção para
sorteio de uma viagem. Esta pré-seleção se iniciou com a
3. UPE (adaptado) — Um cadeado
distribuição, entre os funcionários, de fichas numeradas de
está protegido pela combinação
1 a 23. Em seguida, foram selecionados os funcionários
dos números em três cilindros nu-
com as fichas numeradas, com as seguintes regras:
merados de 0 a 9 cada um, con-
• Fichas com um algarismo: o algarismo tem de ser
forme a figura a seguir. Qual é a
SQBACK/THINKSTOCK

primo;
probabilidade de, numa única
• Fichas com dois algarismos: a soma dos algarismos
deverá ser um número primo.

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Após essa pré-seleção, Glorinha foi classificada para o 9. Faculdade Albert Einstein-SP — Em uma urna vazia,
sorteio. foram colocadas fichas iguais, em cada uma das quais
A probabilidade de Glorinha ganhar essa viagem no foi escrito apenas um dos anagramas da palavra HOS-
sorteio é de, aproximadamente, PITAL. A probabilidade de que, ao sortear-se uma única
a) 7% ficha dessa urna, no anagrama nela marcado as letras
b) 8% inicial e final sejam ambas consoantes é
c) 9% 5
d) 10% a)
14
3
b)
DESENVOLVIMENTO 7
7. Unesp — Uma loja de departamentos fez uma pesquisa 4
c)
de opinião com 1.000 consumidores, para monitorar a 7
qualidade de atendimento de seus serviços. Um dos 9
d)
consumidores que opinaram foi sorteado para receber 14
um prêmio pela participação na pesquisa.
10. UPE — Se dois dados idênticos e não viciados são
A tabela mostra os resultados percentuais registrados
lançados, a probabilidade de a soma dos pontos ob-
na pesquisa, de acordo com as diferentes categorias
tidos ser um múltiplo de 2 ou um múltiplo de 3 é de,
tabuladas.
aproximadamente,
categorias percentuais a) 66,6%
ótimo 25 b) 60,0%
regular 43 c) 55,2%
d) 35,3%
péssimo 17
e) 33,0%
não opinaram 15

Se cada consumidor votou uma única vez, a probabi- 11. PUC-RJ — Em uma urna existem 10 bolinhas de cores
lidade de o consumidor sorteado estar entre os que diferentes, das quais sete têm massa de 300 gramas
opinaram e ter votado na categoria péssimo é de, cada, e as outras três têm massa de 200 gramas cada.
aproximadamente, Serão retiradas 3 bolinhas, sem reposição.
a) 20% d) 29% A probabilidade de que as 3 bolinhas retiradas sejam
b) 30% e) 23% as mais leves é de
c) 28%
1
a)
120
8. Fuvest-SP — Francisco deve elaborar uma pesquisa 3
b)
sobre dois artrópodes distintos. Eles serão seleciona- 10
dos, ao acaso, da seguinte relação: aranha, besouro, 3
c)
barata, lagosta, camarão, formiga, ácaro, caranguejo, 5
abelha, carrapato, escorpião e gafanhoto. 1
d)
Qual é a probabilidade de que ambos os artrópodes 30
escolhidos para a pesquisa de Francisco não sejam 3
e)
insetos? 50

79 12. PUC-MG — Em certa pesquisa, um grupo de adultos e


a)
144 adolescentes foi solicitado a responder à seguinte per-
14
b) gunta: Você possui um telefone celular com linha ativa?
33
Dos adolescentes entrevistados, seis responderam sim,
7
c) e treze, não. Já dentre os adultos consultados, dezes-
22
sete responderam sim, e os demais, não. Apurados os
5
d) resultados, constatou-se que, escolhendo-se ao acaso
22
uma das pessoas entrevistadas nessa pesquisa, a pro-
15
e) babilidade de ela ser um adulto que não possui celular
144

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com linha ativa era de 52%. Com base nessas informa- sobre um número que já foi sorteado, o participante
ções, é correto afirmar que o total de pessoas entrevis- deve responder à próxima pergunta não sorteada, no
tadas nessa pesquisa é igual a: sentido horário.
a) 72 Em um jogo, já foram sorteadas as perguntas 1, 2, 3,
b) 75 5, 6, 7 e 10. Assim, a probabilidade de que a pergunta
c) 78 4 seja a próxima a ser respondida é de
d) 81 1
a)
4
APROFUNDAMENTO 1
b)
13. Udesc-SC — Em uma associação, serão eleitos um pre- 3
sidente, um tesoureiro e dois revisores. Cada membro 1
c)
vota em um candidato para presidente, um para tesou- 2
reiro e um para revisor. Supondo que haja 4 candida- 2
d)
tos para presidente, 3 para tesoureiro e 6 para revisor, 3
então a probabilidade de todos os candidatos de um 3
e)
eleitor qualquer, que não anulou nem votou em bran- 4
co, serem eleitos é de:
16. UERJ — Em uma sala, encontram-se dez halteres, dis-
1 tribuídos em cinco pares de cores diferentes. Os halte-
a)
36 res de mesma massa são da mesma cor. Seu armaze-
1 namento é denominado “perfeito” quando os halteres
b)
360 de mesma cor são colocados juntos.
1
c) Nas figuras abaixo, podem-se observar dois exemplos
180
de armazenamento perfeito.
1
d)
90
1
e)
72

14. IME-RJ — Os inteiros n e m são sorteados do conjunto


{1, 2, 3, ..., 2016}, podendo haver repetição. Qual a
probabilidade de o produto n×m ser múltiplo de 12?
5
a)
12
5
b)
18
5
c)
24
5
d)
36 Arrumando-se ao acaso os dez halteres, a probabilida-
5 de de que eles formem um armazenamento perfeito
e)
144 equivale a:
1
15. UFRGS-RS — Um jogo consiste em responder corre- a)
5040
tamente às perguntas sorteadas, ao girar um pontei-
1
ro sobre uma roleta numerada de 1 a 10, no sentido b)
945
horário. O número no qual o ponteiro parar corres-
1
ponde à pergunta a ser respondida. A cada número c)
252
corresponde somente uma pergunta, e cada pergunta 1
só pode ser sorteada uma vez. Caso o ponteiro pare d)
120

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17. UEPB — Uma academia de dança de salão é formada 19. Enem — Uma competição esportiva envolveu 20 equipes
por jovens com idade entre 14 e 26 anos, distribuídos com 10 atletas cada. Uma denúncia à organização dizia
por faixa etária, conforme a tabela de distribuição de que um dos atletas havia utilizado substância proibida.
frequência que se segue. Um participante foi sorteado Os organizadores, então, decidiram fazer um exame
pela academia para receber uma passagem aérea em antidoping. Foram propostos três modos diferentes
viagem internacional. A probabilidade de o sorteado para escolher os atletas que irão realizá-lo:
ter idade igual ou superior a 18 anos e inferior a 24 Modo I: sortear três atletas dentre todos os
anos é participantes;
Modo II: sortear primeiro uma das equipes e, desta,
Faixa de idade em anos Frequência
sortear três atletas;
14 → 16 20 Modo III: sortear primeiro três equipes e, então, sortear
16 → 18 60 um atleta de cada uma dessas três equipes.
Considere que todos os atletas têm igual probabilidade
18 → 20 40
de serem sorteados e que P(I), P(II) e P(III) sejam as pro-
20 → 22 24 babilidades de o atleta que utilizou a substância proi-
22 → 24 20 bida seja um dos escolhidos para o exame no caso do
sorteio ser feito pelo modo I, II ou III.
24 → 26 16
Comparando-se essas probabilidades, obtém-se
Total 180 a) P(I) < P(III) < P(II)
b) P(II) < P(I) < P(III)
5
a) c) P(I) < P(II) = P(III)
9
d) P(I) = P(II) < P(III)
7
b) e) P(I) = P(II) = P(III)
15
8
c) Competência 7 — Compreender o caráter aleatório e não deter-
15 minístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos
adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de
31
d) probabilidade para interpretar informações de variáveis apresenta-
45 das em uma distribuição estatística.
Habilidade 28 — Resolver situação-problema que envolva conhe-
2
e) cimentos de estatística e probabilidade.
3

ESTUDO PARA O ENEM


20. Enem
18. Enem — Em uma escola, a probabilidade de um alu-
no compreender e falar inglês é de 30%. Três alunos
O HPV é uma doença sexualmente
dessa escola, que estão em fase final de seleção de in-
transmissível. Uma vacina com eficácia de
tercâmbio, aguardam, em uma sala, serem chamados
98% foi criada com o objetivo de prevenir a
para uma entrevista. Mas, em vez de chamá-los um
infecção por HPV e, dessa forma, reduzir o
a um, o entrevistador entra na sala e faz, oralmente,
número de pessoas que venham a desenvol-
uma pergunta em inglês que pode ser respondida por
ver câncer de colo de útero. Uma campanha
qualquer um dos alunos.
de vacinação foi lançada em 2014 pelo SUS,
A probabilidade de o entrevistador ser entendido e ter
para um público-alvo de meninas de 11 a 13
sua pergunta oralmente respondida em inglês é
anos de idade. Considera-se que, em uma
a) 23,7%
população não vacinada, o HPV acomete
b) 30,0%
50% desse público ao longo de suas vidas.
c) 44,1%
Em certo município, a equipe coordenadora
d) 65,7%
da campanha decidiu vacinar meninas en-
e) 90,0%
tre 11 e 13 anos de idade em quantidade
Competência 7 — Compreender o caráter aleatório e não deter- suficiente para que a probabilidade de uma
minístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos menina nessa faixa etária, escolhida ao aca-
adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de
probabilidade para interpretar informações de variáveis apresenta- so, vir a desenvolver essa doença seja, no
das em uma distribuição estatística. máximo, de 5,9%. Houve cinco propostas de
Habilidade 28 —Resolver situação-problema que envolva conhe-
cimentos de estatística e probabilidade. cobertura, de modo a atingir essa meta:

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Proposta I: vacinação de 90% do pú- O quadro refere-se a um teste diagnós-
blico-alvo. tico para a doença A, aplicado em uma
Proposta II: vacinação de 55,8% do pú- amostra composta por duzentos indivíduos.
blico-alvo.
Proposta III: vacinação de 88,2% do Doença A
Resultado do Teste
público-alvo. Presente Ausente
Proposta IV: vacinação de 49% do pú-
Positivo 95 15
blico-alvo.
Proposta V: vacinação de 95,9% do pú- Negativo 5 85
blico-alvo. BENSEÑOR, I. M.; LOTUFO, P. A. Epidemiologia: abordagem
Para diminuir os custos, a proposta esco- prática. São Paulo: Sarvier, 2011 (adaptado).
lhida deveria ser também aquela que vacinas- Conforme o quadro do teste proposto, a sensibilidade
se a menor quantidade possível de pessoas. dele é de
Disponível em: www.virushpv.com.br. a) 47,5%
Acesso em: 30 ago. 2014 (adaptado)
b) 85,0%
A proposta implementada foi a de número c) 86,3%
a) I. d) 94,4%
b) II. e) 95,0%
c) III.
d) IV. Competência 7 — Compreender o caráter aleatório e não deter-
minístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos
e) V. adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de
probabilidade para interpretar informações de variáveis apresenta-
Competência 7 — Compreender o caráter aleatório e não deter- das em uma distribuição estatística.
minístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos Habilidade 28 — Resolver situação-problema que envolva conhe-
adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de cimentos de estatística e probabilidade.
probabilidade para interpretar informações de variáveis apresenta-
das em uma distribuição estatística.
Habilidade 28 — Resolver situação-problema que envolva conhe-
cimentos de estatística e probabilidade. 22. Enem — Numa escola com 1 200 alunos, foi realizada
uma pesquisa sobre o conhecimento desses em duas
línguas estrangeiras, inglês e espanhol.
21. Enem — Para analisar o desempenho de um método Nessa pesquisa constatou-se que 600 alunos falam in-
diagnóstico, realizam-se estudos em populações con- glês, 500 falam espanhol e 300 não falam nenhum um
tendo pacientes sadios e doentes. Quatro situações desses idiomas.
distintas podem acontecer nesse contexto de teste: Escolhendo-se um aluno dessa escola ao acaso e sa-
bendo-se que ele não fala inglês, qual a probabilidade
1. Paciente TEM a doença e o resultado de que esse aluno fale espanhol?
do teste é POSITIVO.
1 5
2. Paciente TEM a doença e o resultado a) d)
do teste é NEGATIVO. 2 6
5 5
3. Paciente NÃO TEM a doença e o re- b) e)
8 14
sultado do teste é POSITIVO.
1
4. Paciente NÃO TEM a doença e o re- c)
4
sultado do teste é NEGATIVO.
Um índice de desempenho para avalia- Competência 7 — Compreender o caráter aleatório e não deter-
ção de um teste diagnóstico é a sensibi- minístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos
adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de
lidade, definida como a probabilidade de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresenta-
o resultado do teste ser POSITIVO se o das em uma distribuição estatística.
Habilidade 28 —Resolver situação-problema que envolva conhe-
paciente estiver com a doença. cimentos de estatística e probabilidade.

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23. Enem — Em um blog de variedades, músicas, mantras 24. Enem — Um banco solicitou aos seus clientes a cria-
e informações diversas, foram postados “Contos de ção de uma senha pessoal de seis dígitos, formada so-
Halloween”. Após a leitura, os visitantes poderiam opi- mente por algarismos de 0 a 9, para acesso à conta
nar, assinalando suas reações em “Divertido”, “Assus- corrente pela internet. Entretanto, um especialista em
tador” ou “Chato”. Ao final de uma semana, o blog sistemas de segurança eletrônica recomendou à dire-
registrou que 500 visitantes distintos acessaram esta ção do banco recadastrar seus usuários, solicitando,
postagem. para cada um deles, a criação de uma nova senha com
O gráfico a seguir apresenta o resultado da enquete. seis dígitos, permitindo agora o uso das 26 letras do
alfabeto, além dos algarismos de 0 a 9. Nesse novo sis-
CONTOS DE HALLOWEEN tema, cada letra maiúscula era considerada distinta de
opinião dos visitantes
sua versão minúscula. Além disso, era proibido o uso
Divertido 52% de outros tipos de caracteres. Uma forma de avaliar
uma alteração no sistema de senhas é a verificação do
Assustador 15%
coeficiente de melhora, que é a razão do novo número
Chato 12% de possibilidades de senhas em relação ao antigo.
O coeficiente de melhora da alteração recomendada é
Não opinaram 21% a) 626 / 106
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% b) 62! / 10!
c) (62! 4!) / (10! 56!)
O administrador do blog irá sortear um livro entre d) 62! − 10!
os visitantes que opinaram na postagem “Contos de e) 626 – 106
Halloween”.
Sabendo que nenhum visitante votou mais de uma vez, Competência 7 — Compreender o caráter aleatório e não deter-
minístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos
a probabilidade de uma pessoa escolhida ao acaso en- adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de
tre as que opinaram ter assinalado que o conto “Con- probabilidade para interpretar informações de variáveis apresenta-
das em uma distribuição estatística.
tos de Halloween” é “Chato” é mais aproximada por Habilidade 30 — Avaliar propostas de intervenção na realidade
a) 0,09. utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.

b) 0,12.
c) 0,14.
d) 0,15.
e) 0,18.

Competência 7 — Compreender o caráter aleatório e não deter-


minístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos
adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de
probabilidade para interpretar informações de variáveis apresenta-
das em uma distribuição estatística.
Habilidade 28 — Resolver situação-problema que envolva conhe-
cimentos de estatística e probabilidade.

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QUADRO DE RESPOSTAS
Fenômenos aleatórios
1. A 7. A 13. A 19. E
2. B 8. C 14. B 20. A
3. B 9. A 15. C 21. E
4. D 10. A 16. B 22. A
5. C 11. A 17. B 23. D
6. C 12. B 18. D 24. A

REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS
BRASIL. Ministério de Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnologia. Parâmetros Curriculares Nacionais — Ensino Médio.
Brasília: MEC.
EVES, H. Introdução à história da Matemática. Tradução: Domingues, H. Campinas, SP: Unicamp, 1995.
MENDONÇA, P. M. Álgebra 2. Rio de Janeiro: FENAME, 1977.
IMENES, L. M. P. Microdicionário de Matemática. São Paulo: Scipione, 1998.

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Gerência de produtos Maria Tereza Montes Canteras


Coordenação editorial Luciano Delfini, Osvaldo Antônio Govone
Organização Competência 21
Edição Felipe Pinheiro Freire de Lima
Coordenação de arte e produção editorial Cleber Figueira, Gisele Mezarobba
Pesquisa iconográfica Cristiane Gameiro, Heraldo Colon Junior,
Maiti Salla, Rebeca Fiamozzini
Ilustração Bruna Moraes Tiso, Carla Viana,
Carolina Plumari Meneghetti
Projeto gráfico Vicente Design
Leitura técnica Osvaldo Antônio Govone
Preparação de texto Lílian Volta Rezende Zaramella,
Daniela Eugênio de Oliveira
Revisão de texto Fernanda Regina Braga Simon
Editoração eletrônica Vicente Design

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Matemática: ensino médio / [organização Ari Herculano de Souza]. — São Paulo:


Pearson Education do Brasil, 2016.

“Sistema de Ensino Dom Bosco”.


Bibliografia
ISBN 978-85-430-1364-0 (aluno)
ISBN 978-85-430-1365-7 (professor)

1. Matemática (Ensino médio) I. Souza, Ari Herculano de.


V2B71

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Índices para catálogo sistemático:


1. Matemática: Ensino médio 510.7

1ª. edição — 2016


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