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TEMA 2 – INTRODUCAO À TEORIA DE PROBABILIDADE

A Teoria de Probabilidades.
Definição frequencista de e clássica
de probabilidade.

Semana 6 Semana 7 Semana 8

Introdução à teoria de Probabilidades; Probabilidades Condicionadas.


Experiências aleatórias; Espaço Conceito de probabilidade
amostral; Análise Combinatória. condicionada. O teorema de Bayes
Permutações, Aranjos e Combinações.

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A história da teoria das probabilidades, teve


início com os jogos de cartas, de dados e de
roleta que ainda hoje movimentam enormes
quantias de dinheiro. Esse é o motivo da grande
existência de exemplos de jogos de azar no
estudo da probabilidade, aliás, o estudo da
probabilidade iniciou-se pela proposição de
problemas relativos a jogos de azar feita pelo
jogador francês Chevalier de Méré aos
matemáticos franceses Pascal e Fermat.
Quando se estuda teoria de probabilidades, é necessário ter bases sobre os
conceitos de experiência aleatória e espaço amostral (também chamado espaço
de resultados).
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Experiências aleatórias
Consideremos o exemplo do jogo denominado
monopólio. Este é um dos jogos de tabuleiro mais
populares do mundo, em que propriedades como
bairro, casas, hotéis, empresas são compradas e
vendidas, onde uns jogadores ficam "ricos" e outros
vão à falência. Dentre os componentes do jogo,
existe um elemento que ajuda a encontrar os
números aleatórios do jogo – o dado.
Este é lançado ao ar e casualmente aparecem números
definindo a sequência a cumprir no jogo. O aparecimento
dos números com base no lançamento do dado é casual
e todos os integrantes do jogo repetem sob as mesmas
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Experimentos aleatórios são aqueles que


quando repetidos em iguais condições, podem
fornecer resultados diferentes, ou seja, são
resultados explicados ao acaso. Outro exemplo
de experimentos aleatórios é o caso em que
possibilidades de ganho na loteria.

Podemos classificar os experimentos em dois tipos:


Não aleatórios: Também chamado de experimentos determinísticos. Os
experimentos determinísticos são totalmente caracterizados a priori, ou seja, são
fenómenos em que o resultado é sabido antes mesmo em que ele ocorra e desta
forma, nada temos a fazer. Exemplo: Chutar uma bola ao ar e verificar a
velocidade com que ela atinge o solo, verificar a que temperatura determinado
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leite ferve, etc…
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Aleatórios. Também chamados casuais. Neste tipo de experimento não


sabemos o resultado a priori, ou seja, são acontecimentos cujos resultados não
podem ser previstos.

Características de um experimento aleatório

1. Experimentos que podem ser repetidos várias vezes (indefinidamente) sob


as condições semelhantes, isto é, condições essencialmente inalteradas;
2. Experimentos para os quais pode-se prever o conjunto de todos os
resultados possíveis
3. Experimentos para os quais não se pode prever qual particular resultado,
entre todos os possíveis, irá ocorrer.

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Espaço amostral
Também denominado espaço de resultados, é um conjunto de todos os
resultados de uma experiência aleatória e cada resultado é chamado ponto
amostral
Um espaço amostral pode ser considerado:
Discreto – se tem um número finito de pontos;
Contínuo – quando o espaço de resultados é infinito não numerável.

Eventos ou acontecimentos
Eventos ou acontecimentos é um subconjunto do espaço amostral, sendo:
Elementar: Um único resultado possível
Composto: Mais do que um resultado possível
Certo: Está relacionado com todos os resultados possíveis
Impossível: Sem resultados
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Usando operações de conjuntos sobre eventos em S, podemos obter outros


eventos em S. Por exemplo, se A e B são eventos, então:
A B é o evento “ou A ou B ou ambos. É chamado união de A e B.

A B é o evento “ambos, A e B”. É chamado intersecção de A e B.


A é o evento “não A”. É chamado complemento de A.
A − B = A  B é o evento “ A, mas não B”. Em particular A = S − A

Se os conjuntos correspondentes ais eventos A e B são disjuntos, i.e., A  B = 


dizemos, em geral, que os eventos são mutuamente exclusivos. Isto significa que
não podem ocorrer ao mesmo tempo.

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Exemplo 1: Um dado simples é lançado.


a) Qual é o espaço de resultados?
b) Quais são os resultados relacionados com o
acontecimento A: “saída dum número par”?

Solução:
a) S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

b) S = {2, 4 ou 6}

Análise Combinatória

Nem sempre é fácil determinar o número de pontos amostrais de espaço amostral.


Para superar este problema, usa-se a análise combinatória que permite
determinar todos os pontos amostrais de um experimento. Este método de análise
também é chamado método sofisticado de contagem.
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Princípio fundamental de contagem. Diagramas de árvores

Se um resultado pode ser descrito como uma sequência de k etapas com n1


resultados possíveis na primeira etapa, n2 na segunda etapa, e assim por diante,
então o número total de resultados experimentais é dado por n1 x n2 x ... x nk.

Exemplo 2: Considere o lançamento de


duas moedas ao ar. Definindo o resultado C

em termos dos padrões de caras e de C


coroas que aparecem nas faces voltadas
K
para cima das duas moedas, na primeira C
etapa n1=2 e no segundo arremesso n2=2. A K
partir da regra de cálculo pode-se ver que
K
há 2x2=4 resultados experimentais distintos,
isto é, {CC, CK, KC, KK}.
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Exemplo 3: A Maria vai sair com as suas amigas e, para escolher a roupa que
usará, separou 2 saias e 4 blusas. De quantas maneiras ela pode se arrumar?

Exemplo 4: Determinar o número de placas de carros que podem ser construídas


com o uso de três letras e quatro algarismos.

A partir das informações e exemplos pode-se concluir que o princípio fundamental


da contagem se constitui em um instrumento básico para a Análise Combinatória.
Entretanto, em algumas situações pode se tornar trabalhosa a resolução de
problemas com sua aplicação directa. Assim, vamos, a seguir, detalhar as
diferentes maneiras de formarmos agrupamentos e deduzir as fórmulas que
permitam a sua contagem.

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Arranjos
Chama-se arranjos de n elementos p a p aos
agrupamentos distintos que podem formar-se de modo que
em cada um dos agrupamentos entrem os p dos n
elementos, considerando como distinto os dois
agrupamentos que difiram pela natureza (espécie) ou pela
ordem dos seus elementos.

Arranjos sem repetição Arranjos com repetição

n!
A p = (n − p)! Ap = n
n n p

Exemplo 7: Quantos números de quatro algarismos diferentes são possível


formar com os quatro elementos do conjunto {1, 2, 3, 5, 6}?
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Os agrupamentos que se pretendem obter diferem entre si ou pela natureza dos


elementos ou pela ordem desses elementos. O número 2315, de quatro
algarismos diferentes, não é o mesmo que 2135. São portanto, arranjos sem
repetição, onde temos o total de elementos igual a 5 (n=5) e os agrupamentos a
serem formados por quatro elementos (p=4):

5! 5! 5  4  3  2 1!
A4 = (5 − 4)! = 1! = = 120
5

1!
Exemplo 8: Atendendo o exemplo anterior quantos seriam possíveis sendo 6 o
algarismo da unidades?

Solução: Uma vez que o elemento 6 tem uma posição fixa, restam 3 posições a
serem preenchidas pelos restantes 4 elementos {1, 2, 3, 4} (_ _ _ 6)

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Exemplo 9: Quantos números distintos com 2 algarismos, podemos formar com


os dígitos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9?
Solução:
Uma vez que no enunciado não esta proibida a repetição dum número dentro de
um agrupamento concreto, então trata-se de arranjos com repetição. O número
possível de arranjos com repetição de 10 elementos (dígitos) tomados 2 a 2 é 102
= 100
Por outro lado os números iniciados por 0 não terão 2 dígitos e sua quantidade
corresponde a 10 números: {00, 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09}. Para dar a
resposta final, temos que subtrair ao resultado anterior (100) esses 10 números:
102 – 10 = 90

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Permutações
Dá-se o nome de permutações de n elementos aos agrupamentos que podem
formar-se com esses n elementos, tomados de cada vez, considerando como
distintos dois agrupamentos que difiram somente pela ordem dos elementos nos
agrupamentos. As permutações são um caso particular dos arranjos.

Permutações sem repetição Permutações com repetição


 ,  , n!
= n! P =
P n
n
 !  ! !

Permutações circulares

P n
= (n − 1)!

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Exemplo 10: Com todas as letras da palavra ROMA, quantos arranjos se pode
formar?

Solução: É evidente que dois arranjos sé podem deferir pela ordem das letras,
visto que em cada um dos arranjos entram todas as letras, basta mudar a ordem
dos elementos ou por outras palavras permutar os elementos. Tendo 4
elementos (letras) na palavra ROMA o número de permutações possíveis é:

P 4
= 4! = 24

Exemplo 11: Com todas as letras da palavra BATATA, quantos arranjos se


podem formar?

Solução: É claro que se as letras fossem distintas, teríamos: P 6


= 6! = 720

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Mas ocorre que temos 3 letras A, 2 letras T e 1 letra B. Como entram todas as
letras e há letras repetidas, o agrupamento é uma permutação com repetição.
Utilizando a formula será:

6! 6!
= = = 60
2.3
P 6
2!3! 2!3!
Exemplo 11: De quantos modos diferentes 4 pessoas podem sentar-se em torno
de uma mesa?

Solução:

P 4
= (4 − 1)! = 3! = 6

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Combinações
Chama-se combinação de n elementos tomados p a p aos agrupamentos
distintos que podem formar-se de modo que em cada um desses agrupamentos
entrem p dos n elementos, considerando como distintos dos agrupamentos que
difiram somente pela natureza (espécie) de pelo menos um elemento.

Combinações sem repetição Combinações com repetição

n! n + p −1 (n + p − 1)!
C p = p !(n − p)!
n
C =
p
n !(n − 1)!

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Exemplo 11: Um estudante pretende comprar 4 livros diferentes, mas de igual


custo, e só tem dinheiro para comprar três desses livros. De quantos modos
diferentes o estudante pode fazer a escolha dos três livros de entre os quatro que
deseja?

Exemplo 12: Numa classe existem 8 alunas da quais uma se chama Maria e 7
alunos, sendo José o nome de um deles. Formam-se comissões constituídas de
5 alunas e 4 alunos. Quantas são as comissões das quais:

a) Maria participa?
b) Maria participa sem José
c) José participa
d) Maria e José participam simultaneamente

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De um modo geral, podemos dizer que:

Arranjos (com ou sem repetição) – A ordem interessa ab  ba


Combinações (com ou sem repetição) – Não interessa a ordem ab = ba
Permutações (com ou sem repetição) – Interessa a ordem ab  ba

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SUMÁRIO:

Introdução à teoria de Probabilidades;


Experiências aleatórias;
Espaço amostral;
Análise Combinatória. Permutações, Aranjos e Combinações.

NOTA: No caso de encontrarem erros, reportem por favor.

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