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SUMÁRIO PÁGINA
1. O que é Redação Oficial? 2
1.1. A Impessoalidade 3
1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais 4
1.3. Formalidade e Padronização 5
1.4. Concisão e Clareza 5
2. Pronomes de Tratamento 13
2.1. Concordância com os Pronomes de Tratamento 13
2.2. Emprego dos Pronomes de Tratamento 23
2.3. Fechos para Comunicações 31
2.4. Identificação do Signatário 33
3. O Padrão Ofício 34
4. Exposição de Motivos 53
5. Mensagem 55
6. Telegrama 55
7. Fax 55
8. Correio Eletrônico 56
9. ATA 58
10. Parecer 60
11. Relatório 61
12. Requerimento 63
13. Declaração 66
14. Carta 66
15. Despacho 68
16. Portaria 69
17. Ordem de Serviço 70
18. Atestado 71
19. Lista de questões para revisão 78
20. Gabarito 102
Olá, pessoal!
A teoria desta aula engloba um extrato do Manual de Redação da
Presidência da República, para que você tenha em mão um material claro,
efetivo e que englobe o que realmente cai na prova.
Você vai perceber ao longo da aula que algumas vezes são cobradas as
expressões literais desse manual, por isso evitei colocar considerações minhas,
mas um retrato fiel sobre o que ele expõe.
Também inseri trechos do Manual de Redação da Câmara dos Deputados
Federais apenas porque às vezes, nas alternativas, há nomes de documentos
não referenciados naquele primeiro manual. Muitas vezes são estão ali na
questão para nos confundir mesmo. Assim, você fica por dentro da
nomenclatura e não cai em pegadinha da prova.
Vale observar que a banca Consulplan não tem número grande de
questões deste assunto, motivo que me fez inserir questões também de outras
bancas, a fim de praticarmos bastante.
Outra coisa: a banca CESPE é a referência neste assunto, motivo que me
fez disponibilizar uma aula em vídeo só com questões do CESPE para você
praticar. Muitas mesmo!!!!!!
1.1. A Impessoalidade
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para
que haja comunicação, são necessários:
a) alguém que comunique;
b) algo a ser comunicado; e
c) alguém que receba essa comunicação.
No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público
(este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço,
Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do
órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o
conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros
Poderes da União.
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos
assuntos que constam das comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora
se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de determinada
Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação.
Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que comunicações
elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa
uniformidade;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas
possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como
público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário
concebido de forma homogênea e impessoal;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo
temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito
ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou
pessoal.
c) coloquial e concisa.
d) formal e persuasiva.
e) formal e imperativa.
Comentário: Conforme se observa no tópico 1.2, os expedientes oficiais têm
a finalidade precípua de informar com clareza e objetividade. Assim, a
alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A
difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se
ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas
a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos
cidadãos.
III. Não há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita.
Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer
alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros
elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação,
etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa
distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as
transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se
apenas de si mesma para comunicar.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentário: A frase I é uma cópia da introdução do Manual de Redação da
Presidência da República. Perceba que as palavras mais importantes são:
impessoalidade, formalidade, padrão culto. Veja isso no tópico 1.3
anteriormente referenciado.
Na frase II, perceba uma afirmação realmente lógica. O termo técnico
pode ser usado quando necessário. Porém, se o documento é enviado a quem
possa não ter conhecimento, é natural que seja explicado no decorrer do
texto. Isso está previsto no 9° parágrafo do tópico 1.2 anteriormente
referenciado.
O erro na frase III é o advérbio “Não”. Há, sim, um distanciamento
entre língua falada e língua escrita, e todo o trecho acima confirmou isso. Veja
no 3° parágrafo do tópico 1.2.
Gabarito: A
2. Pronomes de Tratamento
O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga
tradição na língua portuguesa.
2.1. Concordância com os Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam
certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal.
Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala,
ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira
pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como
seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa
Excelência conhece o assunto”.
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de
tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu
substituto” (e não “Vossa ... vosso...”).
Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical
deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo
que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é
“Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se
for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar
satisfeita”. Isso tem uma razão lógica dentro da correspondência oficial:
clareza na informação.
Observações:
a. Quando esses pronomes estão na função de objeto indireto ou
complemento nominal, antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois
não admitem artigo: Refiro-me a Vossa Senhoria.
b. Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você,
vocês. O senhor e a senhora são empregados num tratamento formal; você e
vocês, no tratamento familiar e amigável.
Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”,
por isso, se esse pronome for precedido de preposição “a”, haverá crase:
Refiro-me à senhora Gioconda.
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Curso de Português para TRF 2ª R
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 11
(C) É notório que V. Sa. deveis estar sabendo dos progressos conseguidos por
estas pessoas, e por isso vimos solicitar-vos vossa atenção para uma
situação surgida recentemente.
(D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que não abandoneis a
organização de nossos programas culturais, em nome daqueles que
dependem de vosso conhecimento nessa área.
(E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora, dirigimos os votos de
que possa cumprir com êxito sua missão diplomática em região tão
conturbada por conflitos entre nações vizinhas.
Comentário: Perceba que nesta questão foi cobrado apenas o uso dos
pronomes. Assim, mesmo havendo algumas frases com posicionamento
subjetivo e pouco claro, devemos nos ater apenas ao uso desses pronomes.
Na alternativa (A), o pronome correto seria “V. Sa.” (Vossa Senhoria).
Além disso, a expressão “cumprimentar-vos” deve ser corrigida para
“cumprimentá-lo”.
Na alternativa (B), o verbo “encetaram” é transitivo direto e tem como
sujeito elíptico “V. Exa”, por isso deve ser flexionado na terceira pessoa do
singular (encetou). O pronome relativo “que” está na função de objeto direto
e retoma “os trabalhos”. A expressão “vós mesmos o fizestes” deve ser
corrigida para “Vossa Excelência mesma os fez”. Como não há referência a
uma autoridade do sexo masculino, o pronome demonstrativo (mesma)
concorda literalmente com o núcleo “Excelência”.
Como se referem ao substantivo plural “trabalhos”, o ideal é que os
pronomes “-lo” e “o” se flexionem no plural: “-los” e “os”.
Na alternativa (C), o verbo e pronomes devem ser flexionados na
terceira pessoa. Corrigindo, teremos:
É notório que V. Sa. deve estar sabendo dos progressos conseguidos por
estas pessoas, e por isso vimos solicitar-lhe sua atenção para uma situação
surgida recentemente.
Na alternativa (D), o verbo “abandoneis” e o pronome “vosso” devem se
flexionar na terceira pessoa (abandone e seu).
A alternativa (E) está correta, pois a locução verbal “possa cumprir” e o
pronome “sua”, os quais se referem à autoridade, estão corretamente
flexionados na terceira pessoa do singular. Veja que a linguagem da frase está
subjetiva, porém não foi isso o cobrado nesta questão.
Gabarito: E
(D) Vêm aqui, por este recurso, solicitar-vos os interessados que Vossa
Excelência remetais o parecer do processo em tela ao Juiz da 4ª Vara.
(E) Vimos, por este dispositivo, solicitar que Vossa Senhoria acolha e
encaminhe ao Juiz da 4ª Vara os autos do referido processo.
Comentário: Ao comentarmos a alternativa (E), que é a correta, já se vê por
que as demais estão erradas. O verbo “vimos” está corretamente empregado
no presente do indicativo, o pronome “Vossa Senhoria” é o tratamento
cerimonioso dirigido a qualquer cidadão ou a ocupante de cargo que não seja
de altas autoridades, por isso está correto. Os verbos “acolha” e “encaminhe”
estão corretamente empregados na terceira pessoa do singular do presente do
subjuntivo.
Gabarito: E
1
Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos titulares dos
Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da
Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União.
Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministros do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
c) do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de
Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal
Federal.
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do
cargo respectivo:
Senhor Senador,
Senhor Juiz,
Senhor Ministro,
Senhor Governador,
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo
(DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto
para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida
evocação.
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para
particulares. O vocativo adequado é:
Senhor Fulano de Tal,
(...)
No envelope, deve constar do endereçamento:
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, no 123
12345-000 – Curitiba. PR
Santíssimo Padre,
(...)
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações
aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo:
Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,
(...)
Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a
Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima
para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é
empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.
Questão 15: TRE MG 2015 Técnico Judiciário (banca Consulplan)
O texto “Eleições no Brasil" apresenta de forma sucinta o histórico do
processo eleitoral e as normas em vigor. No segundo parágrafo, a autora
cita: os cargos eletivos que são disputados no âmbito federal e estadual, para
os cargos de: “Presidente da República (e vice), Senador, Deputado Federal,
Governador (e vice) e Deputado Estadual; eleições municipais – para os
cargos de Prefeito (e vice) e Vereadores". Sabe-se que, ao serem eleitos e
empossados serão diferencialmente tratados, inclusive pelo emprego dos
pronomes de tratamento e vocativos que obedecem à secular tradição. O
vocativo “Excelentíssimo Senhor" deve ser empregado ao se referir às
seguintes autoridades:
a) Senador da República e Deputado Federal.
A ......
Senhor Peri dos Montes Verdes
Diretor-Presidente da Artefatos Quaisquer
Nesta Cidade
3. O Padrão Ofício
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A
impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações;
2
O constante neste item aplica-se também à exposição de motivos e à mensagem (v. 4. Exposição de Motivos e 5. Mensagem).
Comentário: Conforme o tópico 3.2 (a), deve ser utilizada fonte do tipo
Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas
notas de rodapé. Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B
3.4. Memorando
3.4.1. Definição e Finalidade
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades
administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente
em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma
forma de comunicação eminentemente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para
a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por
determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando
em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de
procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de
comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio
documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse
procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado,
assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se
historie o andamento da matéria tratada no memorando.
3.4.2. Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício,
com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que
ocupa.
Exemplos:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
b) parecer.
c) mensagem.
d) memorando.
e) ordem de serviço.
Comentário: Note que houve um comunicado entre as unidades
administrativas de um mesmo órgão: a prefeitura. Assim, a alternativa correta
é a (D), pois, conforme vimos no tópico 3.4.1, “O memorando é a modalidade
de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão,
que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis
diferentes.”.
Gabarito: D
4. Exposição de Motivos
5. Mensagem
5.1. Definição e Finalidade
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes
Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo
ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública; expor
o plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao
Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de suas Casas;
apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja
de interesse dos poderes públicos e da Nação.
6. Telegrama
7. Fax
[Órgão Expedidor]
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]
________________________________________________________________________________
Destinatário:_____________________________________________________________________
No do fax de destino:_____________________________________________________
Data:_______/_______/____
Remetente:
________________________________________________________________________________
Tel. p/ contato:_______________________ Fax/correio
eletrônico:_______________________________________
No de páginas: esta +___________________________No do
documento:_______________________
Observações:____________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
8. Correio Eletrônico
9. ATA
É o instrumento utilizado para o registro expositivo dos fatos e deliberações
ocorridos em uma reunião, sessão ou assembleia.
Estrutura
1. Título – ATA. Em se tratando de atas elaboradas sequencialmente, indicar o
respectivo número da reunião ou sessão, em caixa alta.
2. Texto, incluindo:
a) Preâmbulo – registro da situação espacial e temporal e participantes;
b) Registro dos assuntos abordados e de suas decisões, com indicação das
personalidades envolvidas, se for o caso; e
c) Fecho – termo de encerramento com indicação, se necessário, do redator,
do horário de encerramento, de convocação de nova reunião, etc.
Observações
1. A ata será assinada e/ou rubricada por todos os presentes à reunião ou
apenas pelo Presidente e Relator, dependendo das exigências regimentais do
órgão.
2. A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscritas, deve-se, em caso de
erro, utilizar o termo “digo”, seguida da informação correta a ser registrada.
No caso de omissão de informações ou de erros constatados após a redação,
usa-se a expressão “Em tempo” ao final da ata, com o registro das
informações corretas.
10. Parecer
É a opinião fundamentada, emitida em nome pessoal ou de órgão
administrativo, sobre tema que lhe haja sido submetido para análise e
competente pronunciamento. Visa a fornecer subsídios para tomada de
decisão.
Estrutura
1. Número de ordem (quando necessário).
2. Número do processo de origem.
3. Ementa (resumo do assunto).
4. Texto, compreendendo:
a) Histórico ou relatório (introdução);
b) Parecer (desenvolvimento com razões e justificativas);
c) Fecho opinativo (conclusão).
5. Local e data.
6. Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista.
Observação:
O desenvolvimento do parecer pode ser dividido em tantos itens (e estes
intitulados) quantos bastem ao parecerista para o fim de melhor organizar o
assunto, imprimindo-lhe clareza e didatismo.
11. Relatório
É o relato expositivo, detalhado ou não, do funcionamento de uma instituição,
do exercício de atividades ou acerca do desenvolvimento de serviços
específicos num determinado período.
Estrutura
1. Título – RELATÓRIO ou RELATÓRIO DE...
2. Texto – registro em tópicos das principais atividades desenvolvidas,
podendo ser indicados os resultados parciais e totais, com destaque, se for o
caso, para os aspectos positivos e negativos do período abrangido. O
cronograma de trabalho a ser desenvolvido, os quadros, os dados estatísticos e
as tabelas poderão ser apresentados como anexos.
3. Local e data.
4. Assinatura e função ou cargo do(s) funcionário(s) relator(es).
12. Requerimento
É o instrumento por meio do qual o interessado requer a uma autoridade
administrativa um direito do qual se julga detentor.
Estrutura
1. Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário), ou seja, da
autoridade competente.
2. Texto, incluindo:
a) Preâmbulo, contendo nome do requerente (grafado em letras
maiúsculas) e respectiva qualificação: nacionalidade, estado civil, profissão,
documento de identidade, idade (se maior de 60 anos, para fins de preferência
na tramitação do processo, segundo a Lei 10.741/03), e domicílio (precedendo
à qualificação civil deve ser colocado o número do registro funcional e a
lotação);
3. Fecho:
“Nestes termos,
Pede deferimento”.
4. Local e data.
5. Assinatura e, se for o caso de servidor, função ou cargo.
Observações:
1. Quando mais de uma pessoa fizer uma solicitação, reivindicação ou
manifestação, o documento utilizado será um abaixo-assinado, com estrutura
semelhante à do requerimento, devendo haver identificação das assinaturas.
2. A Constituição Federal assegura a todos, independentemente do
pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder (art. 5º, XXXIV, “a”), sendo
que o exercício desse direito se instrumentaliza por meio de requerimento. No
que concerne especificamente aos servidores públicos, a lei que institui o
Regime Único estabelece que o requerimento deve ser dirigido à autoridade
competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver
imediatamente subordinado o requerente (Lei 8.112/90, art. 105).
13. Declaração
É o documento em que se informa, sob responsabilidade, algo sobre pessoa ou
acontecimento.
Estrutura
1. Título: DECLARAÇÃO, centralizado.
2. Texto: exposição do fato ou situação declarada, com finalidade, nome do
interessado em destaque (em maiúsculas) e sua relação com a Câmara nos
casos mais formais.
3. Local e data.
4. Assinatura: nome da pessoa que declara e, no caso de autoridade, função
ou cargo.
Observações
1. A declaração documenta uma informação prestada por autoridade ou
particular. No caso de autoridade, a comprovação do fato ou o conhecimento
da situação declarada deve ser em razão do cargo que ocupa ou da função que
exerce.
2. Declarações que possuam características específicas podem receber uma
qualificação, a exemplo da “declaração funcional”.
14. Carta
É a forma de correspondência emitida por particular, ou autoridade com
objetivo particular, não se confundindo com o memorando (correspondência
interna) ou o ofício (correspondência externa), nos quais a autoridade que
assina expressa uma opinião ou dá uma informação não sua, mas, sim, do
órgão pelo qual responde. Em grande parte dos casos da correspondência
enviada por deputados, deve-se usar a carta, não o memorando ou ofício, por
estar o parlamentar emitindo parecer, opinião ou informação de sua
responsabilidade, e não especificamente da Câmara dos Deputados. O
parlamentar deverá assinar memorando ou ofício apenas como titular de
função oficial específica (presidente de comissão ou membro da Mesa, por
exemplo).
Estrutura
1. Local e data.
2. Endereçamento, com forma de tratamento, destinatário, cargo e endereço.
3. Vocativo.
4. Texto.
5. Fecho.
6. Assinatura: nome e, quando necessário, função ou cargo.
Observações
1. Se o gabinete usar cartas com frequência, poderá numerá-las. Nesse caso,
a numeração poderá apoiar-se no padrão básico de diagramação.
2. O fecho da carta segue, em geral, o padrão da correspondência oficial, mas
outros fechos podem ser usados, a exemplo de “Cordialmente”, quando se
Trata-se de
(A) parecer.
(B) portaria.
(C) ofício.
(D) requerimento.
(E) ata.
Comentário: Além de várias outras características, perceba que só o ofício,
dentre as alternativas, possui o fecho “Atenciosamente” ou
“Respeitosamente”.
Gabarito: C
(D) I - P , III - Q , IV - R , V - S
(E) II - Q , III - P , IV - R , V - S
Comentário: Segundo o Manual, Ata é “o instrumento utilizado para o
registro expositivo dos fatos e deliberações ocorridos em uma reunião, sessão
ou assembleia”. Assim, a primeira correspondência é I-R e já sabemos que a
alternativa (B) é a correta. Para confirmar, vamos registrar o que está
previsto no Manual:
Atestado: “é um documento em que uma autoridade comprova um fato ou
situação em razão do cargo que ocupa ou função que exerce”.
Memorando: “é a modalidade de comunicação entre unidades
administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em
mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de
comunicação eminentemente interna.”
Relatório: “é o relato expositivo, detalhado ou não, do funcionamento de
uma instituição, do exercício de atividades ou acerca do desenvolvimento de
serviços específicos num determinado período.”
Gabarito: B
Gabarito: C
(E) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos informar de quais
providências vão ser tomadas para resolver essa confusão que foi criado
pelos manifestantes.
A ......
Senhor Peri dos Montes Verdes
Diretor-Presidente da Artefatos Quaisquer
Nesta Cidade
Trata-se de
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Curso de Português para TRF 2ª R
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 11
(A) parecer.
(B) portaria.
(C) ofício.
(D) requerimento.
(E) ata.
1. A 2. A 3. A 4. D 5. D 6. A 7. D 8. A 9. B 10. B
11. E 12. E 13. A 14. B 15. D 16. C 17. E 18. E 19. A 20. A
21. E 22. D 23. E 24. E 25. A 26. C 27. D 28. A 29. C 30. E
31. B 32. A 33. D 34. D 35. B 36. E 37. B 38. C 39. E 40. E
41. E 42. C 43. D 44. D 45. A 46. A 47. A 48. D 49. D 50. C
51. B 52. C 53. C 54. B 55. C 56. B 57. E 58. B 59. B 60. C
61. B 62. A